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Em Poesia
Marcelo Edu Oliveira
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Dedicatória
Família e amigos de Rio Grande da Serra-SP
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Apresentação:
Poder contar histórias em forma de versos, é uma das artes tão antigas, desde culturas
tribais, e em muitos momentos atribuídas aos trovadores, principalmente, quando se trata
do assunto de sua terra, gente da gente, que com olhar poético tem visto o lugar por onde
passa de forma distinta do comum.
Este novo Projeto não tem uma outra intenção que não seja a de Valorizar o que há de
belo, Agradecer pela oportunidade de ter crescido nesse chão, minha família, amigos que
me deram a percepção de mundo que hoje tenho.
Rio Grande da Serra em Poesia é isso, Gratidão por tudo que essa cidade representa na
história e atualmente, como também Esperança de um maior desenvolvimento Artístico em
Especial no campo Poético.
Crendo na Frase de André Malraux "A cultura não se herda, conquista-se". Não teremos
histórias de nossa cidade se não contarmos, viveremos o vitimismo atual se não
construirmos algo de bom, algo que contribua para o bem.
Sendo assim, escrever é uma das maneiras de se conquistar cultura, para que as próximas
gerações saibam mais de nossa terra, de quem somos, do que registramos.
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Da Terra
Ontem fez chuva,
Hoje também,
Amanhã não se sabe,
Da terra por onde passei,
Plantas entre trilhos,
Casas entre matas,
Ruas perto de rios,
É beleza,
Dessa cidade,
Misturas,
Brasilidade,
Só não sabe quem não viu,
Bem vindo
A Rio Grande da Serra,
Brasil.
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Nas Vilas
Tem horário marcado,
Para a cerração,
Neblina não impede sua beleza,
Saúde e natureza,
Tão perto da capital,
Quem por aqui mora,
Triste é
Quando ignora
Paisagem sem igual.
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Cambuci
Perto de casa,
foi a primeira vez que vi,
Azedo no começo,
mas sem medo,
Descobri,
A riqueza que se tem,
No pé de Cambuci,
Nativa da mata atlântica,
Sua fruta,
Vira doce,
Bebida,
Comida,
É vida,
É festival,
Cultura e informação,
Mas por nossa ignorância,
Na ânsia de tudo acabar,
correu risco de extinção
O Cambuci deste lugar.
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Pedreira
Contribuiu para o Estado,
Em que estado ficou,
A Pedreira do trabalho,
A vila se formou,
Quantas vezes dessa altura,
Pude ver essa cidade,
Quando criança o desafio,
De chegar até ali,
Acompanhado da família,
A bica,
Rica vi,
É fonte de água boa,
Pedreira que nunca esqueci.
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Os Trilhos
São Paulo Railway,
Por aqui também passou,
Obras que deram rumo,
Na cidade que se formou,
Vidas a passeio,
Aqui foram,
Aqui veio,
Famílias e suas histórias,
Que quero contar aos meus filhos,
Não sei como os outros percebem,
Mas, para mim,
Sim, sem dúvidas,
São importantes estes trilhos.
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Entre Rios
Tem o nome que tem,
A culpa foi de alguém,
Que passando por aqui viu,
Uma cidade entre rios!
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A Escola
Era só subir o morro,
A escola eu avistava,
Suas longas escadas,
Pareciam maiores,
A primeira vista,
Mas, como era belo,
Carinhosamente,
Chamada de Chico Mello,
O muito que aprendi,
Devo aquele lugar
Sei que com uma poesia,
Não é possível,
Pagar.
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Ruas
Poéticas são,
Não posso negar,
Suas ruas,
São tão minhas,
Por onde amo passar,
Amigos que a tempos não vejo,
Pisam no mesmo chão,
Se encontram e vão,
O vão que fica em mim,
Ao reconhecer que,
Passageiro sou
e fim.
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Estação
Seu som peculiar,
Argumenta que a vida anda,
trabalho, estudo ou passeio,
Parados esperam
O próximo trem,
As vezes atrasam,
Mas sempre vem...
Parecia longa quando pequeno,
A estação desta cidade,
A neblina me lembra lágrimas,
Já o movimento felicidade.
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De todos
Tolo é tentar,
De todos aqui falar,
Na Suzuki me vi crescer,
Na Lopes passava a trabalho,
Futebol na quadra do Chico Mello,
No campo de terra também,
Que unia a Suzuki e galera do Querosene:
No abandono ficou,
Já a memória não falha,
Dos amigos que mudaram,
Dos que ganhamos,
Dos que perdemos,
A longa estrada do Caracu,
Sua terra ou lama,
Era meu melhor rally,
Na bike com meu Tio,
Eu tive infância viu!
Mas não conheci de tudo,
Já que pouco com Deus é muito,
Na Vila Conde aprendi de Fé,
Um marco,
Pois é;
Espero melhor depois explicar esse assunto,
Hoje só me pergunto,
Por onde mais vou passar,
A missão que continua,
Na Letra,
Na Chuva,
Na Rua,
São Poesias nas Nações
E vida pra registrar.
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Ponte
Quem liga,
A gente da gente,
Que passa,
No escuro da madrugada,
Rumo ao trabalho,
Por ali a pé,
Natureza,
Em redor da estreita ponte,
Beleza que tem de monte,
fonte da busca para escrita,
Por mais dura que seja a vida,
A caminhada é bonita.
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Capela
Bela e tão antiga,
Quem liga?
Só para reforçar,
Quanto tempo faz
Que foi erguido este lugar,
Capela de São Sebastião,
No alto ponto,
Diante da praça da bíblia,
História,
E que história,
relíquia do abc,
Quem não viu,
Só posso dizer,
vem vê.
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Mata Atlântica
É honra poder dizer,
Aqui é mata atlântica,
O que de melhor pode ter?
Amigos
Lugares são importantes,
Coisas que construímos,
Mas, nada faria sentido,
Se não fosse ter amigos,
Posso até chegar mais rápido,
em lugares onde vou,
Mas, com amigos vou mais longe,
Pois, um ao outro ajudou.
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Frio Grande
É um frio grande,
Confesso,
Da Serra onde se está,
Lugar de acolher,
Lugar de abraçar,
Só não pode ser,
Lugar de isolar,
Já basta o frio de fora,
Por dentro sol deve habitar.
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Mudanças
Não está parada no tempo,
embora alguns pensem assim,
Quem vem de fora sabe,
O quanto mudou aqui,
Das pessoas que se foram,
Dos risos que não mais vi,
Das pescas,
Comercios,
Enfim,
Mudanças na cidade,
Mudanças também em mim.
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Sempre que
Sempre que te vejo,
Não tenho o que esconder,
Nasci na cidade ao lado,
Mas, quem me criou foi você,
Nisso não há vergonha,
Apenas alegria,
Esperança,
Meus olhos ainda brilham,
Como brilha os da criança,
Quem junto de sua família,
Acha paz e segurança.
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Biografia:
Marcelo é Missionário e Poeta, Nascido em Abril de 1986, Tem participação em outras antologias poéticas
e autor dos livros:
Pulmões de Vida, O Contraste entre dois Jardins, Sustentabilidade e Missões entre outros.
Com sua esposa Vera, trabalham na mobilização e envio de pessoas para outras nações, em especial
entre os povos não alcançados.
Para mais informações e contato com o autor:
oliveiramarceloedu@gmail.com