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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CÂMPUS PALMAS

BACHARELADO EM ENGENHARIA AMBIENTAL

Emílio Bezerra Miranda


Giovanna Lourenço Campos
Gustavo Pereira Silva
Rayele Moraes Silva
Valeria de Sousa Pereira

Poluição Ambiental
Avaliação da qualidade da água do Córrego Brejo Comprido

Fevereiro
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CÂMPUS PALMAS
BACHARELADO EM ENGENHARIA AMBIENTAL

Emílio Bezerra Miranda


Giovanna Lourenço Campos
Gustavo Pereira Silva
Rayele Moraes Silva
Valeria de Sousa Pereira

Poluição Ambiental
Avaliação da qualidade da água do Córrego Brejo Comprido

Relatório apresentado à disciplina de


Poluição Ambiental, do curso
bacharelado em Engenharia Ambiental,
da Universidade Federal do Tocantins.
Orientadora: Profº. Thiago
Portelinha.

Fevereiro
2019
1. INTRODUÇÃO

A água possui grande importância para atividades urbanas, porém o crescimento populacio-
nal associado ao desenvolvimento industrial tem agravado a qualidade dos sistemas aquáticos urba-
nos, tornando-as inapropriadas (REBOUÇAS, 2006). De acordo com Carvalho et al. (2000) as alte-
rações químicas e ecológicas de um corpo aquático conduzem a modificação da fauna e da flora
resultando no desequilíbrio econômico local e até no aumento do custo de tratamento de água para
consumo.
A poluição de águas naturais pode ser atribuída ao lançamento de efluentes domésticos
e industriais, sendo esses compostos essencialmente de matéria orgânica biodegradável, compostos
orgânicos não biodegradáveis tais como detergentes e surfactantes, além de contaminantes como mi-
croorganismos e metais potencialmente tóxicos (LIBÂNIO, 2007). Com isso, a avaliação da quali-
dade da água de uma bacia hidrográfica é de fundamental importância para o seu gerenciamento e
seus usos múltiplos (STRIEDER, 2006).
Devido às suas propriedades de solvente e à sua capacidade de transportar partículas, a água
não se apresenta no ambiente na forma puramente molecular (H2O). Nela estão presentes compostos
de origem natural e antropogênica (VON SPERLING, 2014), tais como sais, metais, microrganismos,
matéria orgânica, entre outros. Estes constituintes, também conhecidos como parâmetros de qualidade
da água, são responsáveis pela caracterização da qualidade da mesma (VON SPERLING, 2014),
sendo assim, os responsáveis pela sua classificação de acordo com a nobreza de seu uso. No
Brasil, os padrões de potabilidade da água, segundo as diferentes classes, foram estabelecidos pelo
COMANA nº 20 na Portaria nº 518, de 25 de março de 2004, e os padrões de qualidade de água para
corpos hídricos são definidos pela Resolução nº 357, de 17 de março de 2005 que dispõem sobre as
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece condições e padrões de lança-
mento de efluentes. Com isso, o seguinte relatório tem como objetivo analisar qualidade da água
do Corrégo Brejo Comprido, por meio das medições de parâmetros físicos, químicos e biológicos,
identificando a relação dos mesmos com os aspectos urbanos e locais.

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2. METODOLOGIA

A metodologia utilizada para fazer as análises de água é a “Standard Methods for the Exami-
nation of Water and Wastewater publicação da American Public Health Association (APHA), Ame-
rican Water Works Association (AWWA) e Water Environment Federation ’’, esse método é aplicá-
vel a água potável,águas (superficiais e subterrâneas), e efluentes (domésticos e industrial), é padro-
nizado em todo mundo como o mais utilizado para fazer esse tipo de análises.
As análises determinadas nesse trabalho foram: Sólidos totais dissolvidos, Condutividade
Salinidade, PH, Temperatura, Oxigênio Dissolvido, Turbidez, Cor, Sólidos totais suspensos, nitrato,
nitrito e nitrogênio amoniacal.

1.1 Série de sólidos


Método para determinação – gravimétrico
O método gravimétrico baseia-se na diferença de peso. Dessa forma, a determinação das vá-
rias formas de sólidos prende-se a diferença entre o peso seco e úmido, em relação ao volume de
amostra utilizado no ensaio.

Equipamentos, vidrarias e reagentes


Equipamentos e materiais
– Bomba de Vácuo
– Balança analítica (precisão ± 0,0001g)
– Dessecador
– Estufa (105 ± 5ºC)
– Mufla (550 ± 5ºC)
– Pinça simples metálica ou de madeira e espátula
– Porta Filtro
– Membrana de filtração de fibra de vidro

Vidrarias
– Proveta graduada (50ml e 100ml)
– Pipeta graduada e volumétrica
– Cápsula de porcelana de 50ml de capacidade
– Cápsula de porcelana de 100ml de capacidade
– Cadinho de porcelana de 50ml de capacidade
– Conjunto kitassato para filtração

1.2 Sólidos suspensos (SST)


Procedimento analítico
Preparo do Cadinho
– Ligar a estufa a 105 ± 5ºC;
– Colocar um cadinho limpo com a membrana de fibra de vidro na mufla para aferição por 1h;
– Deixar o cadinho esfriar na estufa por 45 min seguido de dessecador por 1h;
– Pesar o cadinho e anotar o resultado em g (P0);
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Determinação de Sólidos Suspensos Totais (SST)
– Transferir o cadinho contendo o papel filtro de fibra de vidro para um porta filtro adaptado ao kit
kitassato para filtração
– Filtrar um volume de amostra entre 50, com auxílio de uma proveta graduada, que favoreça a quan-
tificação de SST na amostra em questão;
– Retirar o cadinho contendo o papel filtro fibra de vidro e o resíduo sólido retido no mesmo do kit
kitassato;
– Levar o cadinho com resíduo, para estufa a 105 ± 5ºC por 1h;
– Em seguida, aguardar esfriar no dessecador por 30 min;
– Pesar o cadinho com resíduo e anotar o resultado em g (P1);
– Expressar o resultado:

1.3 Determinação do pH

Determinação por método eletrométrico:


Utiliza-se o medidor de pH (potenciômetro) com eletrodo específico e soluções tampões (pH
4.0; pH 7.0 e pH 10,0).
– Checar o aparelho com solução tampão de pH conhecido;
– Colocar em um becker a amostra e mergulhar os eletrodos. Realizar a leitura.

1.4 Leitura de condutividade elétrica


– Colocar o sensor na amostra.
– Colocar o programa para condutividade.
– Pressionar a tecla ENTER. Quando parar de variar a leitura da condutividade elétrica pode ser
anotada.
– Anotar o valor de condutividade elétrica e a temperatura de referência na ficha de campo.
– Lavar o sensor com água destilada.
– Secar o sensor com papel macio.

1.5 Leitura de salinidade


– Colocar o sensor na amostra.
– Colocar o programa para salinidade.
– Pressionar a tecla ENTER. Quando parar de variar a leitura da salinidade pode ser anotada.
– Anotar o valor de salinidade na ficha de campo.
– Lavar o sensor com água destilada.
– Secar o sensor com papel macio.

1.6 Leitura de temperatura


– Colocar o sensor na amostra.
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– Colocar o programa para temperatura.
– Pressionar a tecla ENTER. Quando parar de variar a leitura da temperatura pode ser anotada.
– Anotar o valor de temperatura na ficha de campo.
– Lavar o sensor com água destilada.
– Secar o sensor com papel macio.

1.7 Leitura de oxigênio dissolvidos


– Colocar o sensor na amostra.
– Colocar o programa para oxigênio dissolvido.
– Pressionar a tecla ENTER. Quando parar de variar a leitura da oxigênio dissolvido pode ser anotada.
– Anotar o valor de oxigênio dissolvido na ficha de campo.
– Lavar o sensor com água destilada.
– Secar o sensor com papel macio.

1.8 Leitura de turbidez


Materiais e equipamentos
– Turbidímetro completo (com cubetas);
– Padrões de turbidez;

1.9 Determinação de turbidez


– Verificar a necessidade de calibração do equipamento utilizando amostras controle ou padrões fixos
fornecidos pelo fabricante do equipamento.
– Homogeneizar a amostra, que deverá estar em temperatura ambiente, tendo o cuidado de não intro-
duzir bolhas de ar;
– Colocar a amostra na cubeta, tendo o cuidado de eliminar a possível presença de bolhas de ar;
– Enxugar a cubeta com papel absorvente macio (sem despreendimento de fibras)
– Colocar a cubeta no aparelho e efetuar a leitura até 15 segundos.

1.10 Determinação de cor

Materiais e reagentes
– 2 provetas de 50 mL
– 2 cubetas de 25 mL
– Pisseta com água destilada
– Espectrofotômetro DR5000
Procedimento
– Preencha uma cubeta com 25 ml da água desmineralizada (este será o branco).
Para determinação de cor aparente utilize água desmineralizada não filtrada.
– Entre com o programa para Cor.
– Filtre aproximadamente 50 ml de amostra.
– Preencha outra cubeta com 25 ml da amostra filtrada no passo 7.
– Faça a leitura segundo o DR.
– Zerar com o branco.
– Imediatamente coloque a amostra preparada no compartimento de análise e faça a leitura.

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1.11 Procedimento para realização da análise de nitrato
Materiais e reagentes
– 2 cubetas de 25 mL
– 2 sachês de NitraVer 5 Nitrate Reagent Powder Pillow
– 2 provetas de 25 mL
– Espectrofotômetro DR5000
Método
– Entre com o programa para Nitrato.
– Transfira 25 mL de amostra para cubeta.
– Adicione o conteúdo de um NitraVer 5 Nitrate Reagent Powder Pillow à cubeta. Tampe-a.
– Inicie um período de agitação de 1 minuto terá início.
– Quando o tempo bipar Inicie um período de reação de 5 minutos
– Transfira 25 mL de amostra para outra cubeta (este será o branco).
– Faça a leitura segundo o DR.
– Zerar com o branco.
– Imediatamente coloque a amostra preparada no compartimento de análise e faça a leitura.

1.12 Procedimento para realização da análise de nitrito


Materiais e reagentes
– 1 Cubeta
– 2 Provetas de 25 mL
– NitriVer 3 Nitrite Reagent Powder Pillow
– Espectrofotômetro DR5000
Método
– Entre com o programa para Nitrito.
– Preencha uma cubeta com 10 ml de amostra.
– Adicione o conteúdo de um NitriVer 3 Nitrite Reagent Powder Pillow(esta será a amostra prepa-
rada). Tampe a cubeta. Agite a cubeta até a dissolução do reagente.
Coloração rosa se desenvolverá se nitrito estiver presente.
– Inicie um período de reação de 20 minutos.
– Preencha outra cubeta com 10 ml de amostra (este será o branco).
– Faça a leitura segundo o DR.
– Zerar com o branco.
– Imediatamente coloque a amostra preparada no compartimento de análise e faça a leitura.

1.13 Procedimento para realização da análise de nitrogênio amoniacal


Materiais e reagentes
– 1 Funil
– 1 Cubeta
– 2 Provetas
– 2 Pipeta
– Mineral Stabilizer
– Polyvinil Alcohol Dispersing Agent
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– 1,0 ml de Nessler Reagent
– Espectrofotômetro DR5000
Método
– Entre com o programa para Nitrogênio Amoniacal.
– Transfira 25 ml de amostra para uma proveta
– Transfira 25 ml de água desmineralizada para outra proveta(este será o branco).
– Adicione 3 gotas de Mineral Stabilizer a cada uma das provetas. Inverta-as várias vezes. Adicione
3 gotas de Polyvinil Alcohol Dispersing Agent a cada proveta. Inverta-as várias vezes.
– Com o auxílio de pipeta automática ou volumétrica, adicione 1,0 ml de Nessler Reagent a cada uma
das provetas. Tampe-as. Inverta-as várias vezes.
Coloração amarela se desenvolverá se amônia estiver presente. O reagente causará coloração leve-
mente amarela no branco.
– Inicie um período de reação de 1 minuto terá início.
– Transfira cada solução para cubeta.
– Faça a leitura segundo o DR.
– Zerar com o branco.
– Imediatamente coloque amostra preparada no compartimento de análise e faça a leitura.

1.14 Determinação de fósforo reativo


Materiais e reagentes
– 2 Phosver 3
– 1 Cubeta
– 2 Provetas
– Espectrofotômetro DR5000
Método
– Entre com o programa para fósforo Reativo.
– Faça um branco para esse reagente a cada novo lote de Phosver 3. Utilize água desmineralizada no
lugar da amostra e siga o procedimento de análise. Subtraia o valor obtido pelo branco para
checar a precisão do método , utilize solução padrão no ligar da amostra.
– Coloque 10 ml de amostra na cubeta de 10 ml.
– Adicione um pillow do reagente Phosver 3 Powder Pillow na cubeta com a amostra e agite
imediatamente.
– Uma cor azul vai desenvolver se o fosfato estiver presente .
– Inicie um período de reação de 2 minutos .
– Use um período de reação de 10 minutos se for determinar fósforo total seguindo o procedimento
da digestão ácida com persulfato feito em chapa elétrica.
– Coloque na outra cubeta 10 ml da amostra.(Este é o branco)
– Coloque o branco dentro do espaço para cubeta.
– Faça a leitura segundo o DR.
– Zerar com o branco.
– Imediatamente coloque a amostra preparada no compartimento de análise e faça a leitura , o
resultado será expresso em mg/L de Fósforo Reativo(Ortofosfato) como (PO4).

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1.15 Determinação de DBO(Demanda bioquímica de oxigênio)
Procedimento Winkler com semente

– Regular o pH das amostras para 6,8 a 7,2 quando estiverem a temperatura ambiente. Utilize para o
ajuste soluções levemente ácidas ou básicas como HCl 0,01 mol.L-1 ou NaOH 0,01 mol.L-1;
– Anotar o nº e o volume do frasco ou porcentagem da amostra adicionada em uma ficha de controle;
– Adicionar o volume da amostra ao frasco de DBO preparado evitando a formação de bolhas e tur-
bulências;
– Em um frasco em separado, incubar a semente, adicionando 2ml da semente preparada, comple-
tando o volume com água de diluição;
– Completar o volume do frasco com água de diluição evitando a formação de bolhas e turbulências;
– Medir o ODinicial por meio do método modificado pela azida sódica (ver POP-01);
– Levar as amostras de DBO5 para a incubação (20±1ºC);
– Após 5 dias determinar a concentração de ODfinal da amostra por meio do método modificado pela
azida sódica ;

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3. ANÁLISE TÉCNICA
3.1. Análises do monitoramento do corpo hídrico

Resolução CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos
de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e pa-
drões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.
Nas amostras coletadas, foram apresentados 17 (treze) parâmetros entre físico-químicos e bi-
ológicos verificados no corpo hídrico brejo comprido. Dos parâmetros analisados, 07 (cinco) tiveram
seus resultados comparados com os Valores de Referência (VR) estabelecidos na Resolução Conama
nº. 357/2005 (CONAMA, 2005), sendo 6 (seis) parâmetros que não possuem VR definidos pela
legislação ambiental.
Conforme a Resolução Conama nº. 357/05 não poderão conferir ao corpo receptor caracterís-
ticas de qualidade em desacordo com as metas estabelecidas nessa lei onde classifica os corpos hídri-
cos como classe I, II e III. Complementarmente, supracitada norma determina que o não cumprimento
ao disposto nessa Resolução sujeitará os infratores, entre outros, ás sanções previstas na Lei nº 9.605,
de 12 de fevereiro de 1998 e respectivos regulamentação.
No artigo 15 da Resolução Conama nº. 357/2005 (CONAMA, 2005), foram estabelecidos
parâmetros que se aplicam as aguas de classe 2, ressalvadas algumas seções dentre elas a seção I que
diz “I - não será permitida a presença de corantes provenientes de fontes antrópicas que não sejam
removíveis por processo de coagulação, sedimentação e filtração convencionais”. E também estipu-
lados VMP, os quais trabalhamos com fósforo, oxigênio dissolvido (OD), turbidez, cor nitrogênio
total, coliformes termotolerantes e demanda bioquímica de oxigênio.

3.2. Da análise das amostras no corpo receptor

Os locais centro desse estudo estão localizados nas coordenadas 10º 10’ 48’’ S para o ponto
1 e 48º 21’ 16’’ O para o ponto 2, estando o ponto 1 no território pertencente a Universidade Federal
do Tocantins e o ponto 2 situada sob a ponte da AV. NS 15. Versando sobre a qualidade da água do
corpo, o córrego brejo comprido, considerar-se-á os resultados referentes ao ponto de monitoramento
no ponto 1 e no ponto 2. Para o monitoramento ambiental do corpo hídrico foram todos os parâmetros
foram averiguados e discutidos conforme o estabelecido pela Resolução Conama nº. 357/2005 (CO-
NAMA, 2005).

3.2.1. Resultados da análise do corpo receptor

Em se tratando do fósforo, a sua grande importância deve-se à participação


deste elemento em processos fundamentais do metabolismo dos seres vivos como macronutriente.
Porém, quando comparado a outros nutrientes é, em geral, considerado limitante. Tal fato se deve a
tendência de formar compostos insolúveis associados a argilas, cátions, óxihidróxidos de ferro, ma-
terial particulado, os quais acabam incorporando e concentrando uma significativa quantidade de fós-
foro nos sedimentos. Em águas naturais, é geralmente encontrado na forma iônica ou complexado,
como o fosfato, por ser a única forma estável em solução aquosa. Sob esta forma, o fósforo pode ser
encontrado como: PO43-, HPO42-, H2PO4-, conhecidas como ortofosfato ou, também, fósforo reativo
solúvel. Estas por sua vez, representam a fração de maior biodisponibilidade e rápida assimilação
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pelas algas e plantas aquáticas. As formas dissolvidas ou particuladas estarão sempre combinadas ou
complexadas a outros elementos, a exemplo do ferro. Ainda, a presença de fósforo nos sedimentos
envolve a contribuição dos minerais do solo da bacia de drenagem ou deposição através da coluna
d’água por meio de processos físicos, químicos ou biológicos.
Quanto à análise laboratorial de fósforo total foi observado que no ponto 1 encontra-se fora
do preconizado uma vez que o valor estabelecido não pode exceder 0,030 mg/L, sendo encontrado
0,96 mg/L; importante destacar que no ponto 2 encontrava-se com os padrões encontra-se fora do
valor de referência preconizado na Resolução Conama nº. 357/2005 (CONAMA, 2005) uma vez que
para corpos hídricos de classe II o fósforo total é até 0,030 mg/L, em ambientes lênticos sendo en-
contrado 0,30 mg/L. Para melhor assimilação segue o gráfico abaixo:

Fófosforo Total
1 0,96

0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,3
0,2
0,1
0,03
0
Ponto 1 Ponto 2

CONAMA 357/05

A respeito do Nitrogênio total, podemos afirmar que assim como o fósforo é macronutriente
também, essencial ao metabolismo dos seres vivos pois, após o carbono é o elemento exigido em
maior quantidade pelas células vivas e ao contrário do fósforo (P), é abundante no ambiente aquático
(na grande maioria dos casos, visto que pode atuar também como nutriente limitante). Sua importân-
cia se deve, principalmente, a sua participação na formação de proteínas e, em baixas concentrações,
atuando como nutriente utilizado na produtividade primária, etapa metabólica dos ambientes aquáti-
cos. Em ambientes aquáticos, o nitrogênio encontra-se presente em diferentes espécies: N2 (nitrogênio
molecular), NO2- (nitrito), NO3- (nitrato), N2O (óxido nitroso), nitrogênio orgânico dissolvido, nitro-
gênio orgânico particulado, NH4+ (íon amônio), NH3 (amônia), sendo a soma desses dois últimos o
nitrogênio amoniacal total. Dentre essas espécies, o nitrato e o íon amônio são de grande importância
para os ecossistemas aquáticos, por representarem a principal fonte de nitrogênio para os produtores
primários (Ex.: fitoplâncton).
O estado de oxidação dos compostos de nitrogênio em corpos aquáticos pode indicar a idade
e o grau de poluição. Isto significa dizer, por exemplo, que as formas reduzidas apontam para um
foco de poluição próximo, enquanto a prevalência de NO2- (baixa concentração) e NO3-, ao contrário,
indica que a influência de atividades antropogênicas, como os lançamentos de esgotos, se
encontram distante, considerando que os estados reduzidos ou oxidados são função, principalmente,
da concentração de oxigênio dissolvido na coluna d’água.

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Diante do exposto, efetuamos a análise de Nitrogênio Total conforme a CONAMA 357/05 de
acordo com o artigo 10, inciso 3ª “Para águas doces de classes 1 e 2, quando o nitrogênio for fator
limitante para eutrofização, nas condições estabelecidas pelo órgão ambiental competente, o valor de
nitrogênio total (após oxidação) não deverá ultrapassar 1,27 mg/L para ambientes lênticos e 2,18
mg/L para ambientes lóticos, na vazão de referência”. O corpo estudado é ambiente lênticos então o
valor de referência é 2,18 mg/L, no ponto 1 encontramos 1,723 mg/L e ponto 2, 1,016 mg/L assim,
ficando claro esse paramento atende a lei preconizada. Em vista disso, para melhor análise pode-se
notar o gráfico a seguir:

Nitrogenio Total
2,4
2,18
2,1
1,723
1,8

1,5

1,2 1,0106
0,9

0,6

0,3

0
Ponto 1 Ponto 2

CONAMA 357/05

Da mesma forma ao verificar a cor verdadeira do curso de água em estudo podemos notar que
no ponto 1 foi encontrado 134 mg Pt/L e ponto 2, 139 mg Pt/L, diante do exposto ao verificarmos
com a lei regida podemos perceber que esse parâmetro também encontra-se em desacordo uma vez
que o estabelecido pelo não deve ultrapassar 75 mg Pt/L. Para melhor entendimento segue o gráfico
abaixo:

Página 10 de 19
Cor Verdaeira
139
140 134

120

100

80 75

60

40

20

0
Ponto 1 Ponto 2

CONAMA 357/05

Acerca do potencial hidrogeniônico (pH), pode-se assegurar que o pH de uma solução é o


logaritmo decimal negativo da concentração de íons hidrônio (H3O+, em mol.L-1) e avalia o caráter
ácido ou básico da solução. O pH é normalmente determinado por eletrometria, mas pode ser esti-
mado por titulação ou por papel indicador. A medição do pH por eletrometria baseia-se na determi-
nação da atividade dos íons hidrônio pela medição potenciométrica utilizando um eletrodo de vidro
associado a um eletrodo de referência. Então, após análise laboratorial extraímos os resultados no
ponto 1 e no ponto 2 do córrego, sendo 7,3 e 7,8 respectivamente.
Já em relação ao oxigênio dissolvido (OD) é o elemento principal no metabolismo dos micro-
organismos aeróbios que habitam as águas naturais ou os reatores para tratamento biológico de esgo-
tos. A determinação da concentração de oxigênio dissolvido em águas é também imprescindível para
o desenvolvimento da análise da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) e é um dos parâmetros que
indicam o nível de degradação de ambientes aquáticos. Em corpos aquáticos, a quantificação de OD
pode ser feita com o uso de sensores ou por meio de procedimentos analíticos em laboratório. A
unidade de concentração é mg O2.L-1. Dessa maneira, após análise laboratorial o oxigênio dissolvido
(OD) foi observado no ponto 1 e ponto 2 os valores encontrados foram 7,7 mg/L e 6,65 mg/L respec-
tivamente que em ambos os pontos analisado atenderam a Resolução Conama nº. 357/2005 (CO-
NAMA, 2005), ficando com os níveis de oxigenação acima de 5 mg/L. Para melhor percepção segue
o gráfico abaixo:

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Oxigênio Dissolvido (OD)
8,1 7,7

7,2 6,65
6,3
5,4 5
4,5
3,6
2,7
1,8
0,9
0
Ponto 1 Ponto 2

CONAMA 357/05

Sobre a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) é um teste no qual procedimentos padro-


nizados de laboratório são usados para determinar a quantidade de oxigênio relativa em águas natu-
rais, efluentes domésticos e industriais que são consumidos no processo de estabilização da matéria
orgânica presente na amostra durante um período de tempo, considerando somente a atividade mi-
crobiológica. O teste de DBO é empregado para determinar os níveis de poluição, na avaliação de
cargas poluidoras ou eficiência de um determinado sistema de tratamento.
O teste de DBO mais difundido é o DBO520, no qual, as amostras são
incubadas por 5 dias a 20ºC. Normalmente é realizado o teste de DBO520 devido ao menor período de
incubação e a degradação que ocorre neste tempo equivale a cerca de 70% da concentração de matéria
orgânica presente. Os valores obtidos no teste de DBO com os obtidos nos testes de DQO
podem ser relacionados. Esta relação DQO/DBO indica a biodegrabilidade da
amostra. Quanto mais elevada for esta relação, menor é a fração biodegradável, e quando menor a
relação, maior a atividade de biodegradação da amostra. O valor da DBO é expresso em mg O2.L-1.
Diante disso, ao realizamos as análises obtivemos a DBO no p1, 3,32 mg/L e no p2, 3 mg/L podendo
concluir ao comparmos os valores com a resolução CONAMA 357/05 que estabelece o máximo per-
mitido 5 mg/L. Para melhor clareza segue o gráfico abaixo:

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Demanda Bioquimica de Oxigenio (DBO)
8,1
7,2
6,3
5,4 5
4,5
3,32
3,6 3
2,7
1,8
0,9
0
Ponto 1 Ponto 2

CONAMA 357/05

Quando nos referimos aos sólidos na água são compostos maciços/compactos ou residual de
todas as matérias suspensas ou dissolvidas na água, provenientes de despejos domésticos ou industri-
ais. Pode-se interpretar o termo sólido a partir de uma definição operacional, como sendo a matéria
que permanece como resíduo após evaporação, secagem ou calcinação, a uma determinada tempera-
tura padrão e por um tempo fixo de um volume de amostra conhecido. Os sólidos de uma água podem
ser classificados de acordo com o fluxograma disposto abaixo:

De acordo com o tratamento térmico efetuado na amostra, pode-se, ainda, fragmentar os sóli-
dos em termos de “fixos” e “voláteis”, sendo que o primeiro é aplicado ao resíduo total, em suspensão
ou dissolvido, após aquecimento e secagem por um período específico e a uma temperatura especí-
fica. A massa perdida por ignição é chamada de “sólidos voláteis”; a determinação dessas porções
não permite distinguir com precisão a matéria orgânica e inorgânica, uma vez que a perda por ignição
não envolve apenas a matéria orgânica, podendo ocorrer perdas (pequenas, considerando a tempera-
tura utilizada) na decomposição ou volatilização de sais minerais.
Dessa maneira, em laboratório realizamos o ensaio do sólidos dissolvidos totais (SDT) e o
produto encontrado no ponto p1 e a p2 expressaram uma concentração de 13,74 e 15,24 mg/L res-
pectivamente. E também dos Sólidos Suspensos Totais (SST) e podemos extrair os seguintes resulta-

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dos ponto 1 com 23 mg/L e ponto 2 com 24 mg/L a vista disso se somarmos ambos os sólidos encon-
trados pode chegar ao valor do sólidos totais presente no corpo hídrico alvo do estudo no quais no
ponto 1 foi de 36,74 mg/L e o ponto 2 de 39,24 mg/L. Para melhor assimilação segue a tabela abaixo:
Parâmetro Unidade Ponto 1 Ponto 2
SDT mg/L 13,74 15,24
SST mg/L 23 24
ST mg/L 36,74 39,24

Quanto a temperatura é descrita diretamente como a medida da intensidade de


calor. Em ambientes aquáticos é um parâmetro importante, pois influi em algumas propriedades da
água (densidade, viscosidade, oxigênio dissolvido), com reflexos sobre a manutenção da vida aqu
tica. A temperatura pode variar em função de fontes naturais (energia solar, sazonalidade do meio) e
fontes antropogênicas (águas residuárias industriais; águas de resfriamento de máquinas e outros) os
valores encontrados para temperatura foram no p1 27 ºC e no p2, 27,2 ºC.
No que se refere a condutividade elétrica é a capacidade que a água possui de conduzir cor-
rente elétrica. Este parâmetro está relacionado com a presença de íons dissolvidos na água, que são
partículas carregadas eletricamente. Quanto maior a quantidade de íons dissolvidos, maior será a con-
dutividade elétrica na água. Para estudos em corpos aquáticos, os resultados são, normalmente, me
surados em campo com o uso de sensores (condutivímetro), devidamente calibrado. O valor se dá
através da medida lida pelo sensor e a unidade apresentada como S.cm-1 ou mS.cm-1. Logo, a
condutividade elétrica da água do corpo receptor no ponto 1 apresentou 25,6 µS/cm. Já no ponto 2
observou que 28,16 µS/cm, Em geral, a condutividade elétrica do corpo receptor manteve-se com
variação pouco expressiva de um ponto a outro.
A Salinidade na água é a forma mais simples de descrever a salinidade é como a relação entre
o conteúdo de sais dissolvidos em uma dada quantidade de água foram encontramos 20,7 mg/L e
21,78 mg/L no ponto 1 e ponto 2, respectivamente.
Quando nos referimos a Turbidez é parâmetro de qualidade da água relacionado diretamente
com a presença de material em suspensão (sólidos suspensos) na água, como areia, silte, argila, subs-
tâncias orgânicas finamente divididas, organismos microscópicos e outras partículas.
Portanto, analisamos a Turbidez do córrego que a CONAMA 357/05 preconiza que não deve
ultrapassar 100 UNT, diante do exposto em laboratório encontramos no ponto 1 com o valor 50,2
UNT e ponto 2 com 49,4 UNT, dessa forma podemos notar que ambos os pontos atenderam a lei
regida. Para melhor absorção segue o gráfico abaixo:

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Turbidez
110
100
100
90
80
70
60
50,2 49,4
50
40
30
20
10
0
Ponto 1 Ponto 2

CONAMA 357/05

Por fim, fizemos a análise dos Coliformes Termotolerantes e Totais conforme o preconizado
pela resolução CONAMA 357/05, art. 15 parágrafo II é dito “coliformes termotolerantes: para uso de
recreação de contato primário deverá ser obedecida a Resolução CONAMA no 274, de 2000. Para os
demais usos, não deverá ser excedido um limite de 1.000 coliformes termotolerantes por 100 milili-
tros em 80% ou mais de pelo menos 6 (seis) amostras coletadas durante o período de um ano, com
freqüência bimestral. A E. coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliformes ter-
motolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente”. Diante do ex-
posto e após a verificação em laboratório chegamos aos seguintes dados os Coliformes Totais em
ambos os pontos excederam 2419 mg/L já os C. Termotolerantes foram distintos em nos dois pontos
sendo 532 mg/L no ponto 1 e 568 mg/L no ponto 2, assim ao verificarmos na lei notamos que está de
acordo o valores estabelecidos. Para melhor consistência segue o gráfico abaixo:

Coliformes Termotolerantes
1050 1000
900
750
532 568
600
450
300
150
0
Ponto 1 Ponto 2

CONAMA 357/05

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4. CONCLUSÃO

Por fim a análise dos parâmetros físico-químicos e biológica, realizada do ponto 1 e ponto 2,
permitiu de maneira geral, verificar que maioria dos valores encontrados, dos dois pontos amostrados,
são condizentes com os da classe II, segundo a resolução Conama 357/2005, com exceção apenas do
fósforo, cor verdadeira e coliformes termotolerantes se encontram fora dos padrões, ou seja, a inges-
tão da água do Córrego Comprido Brejo pode trazer riscos à saúde do consumidor, por exemplo
doenças gastrointestinais.

No entanto, é importante ressaltar que apesar das análises físico-químicas e biológicos tenham
sido realizadas de forma pontual e medidas instantaneamente nos pontos amostrais, é necessário um
grande número de medições para que se obtenha uma maior precisão nos resultados, o que não foi
possível de ser realizado no presente estudo.

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5. ANEXOS

Fig. 2: Medição de parâmetros físi-


Fig. 1: Ponto1 de coleta UFT
cos.

Fig. 3: Coleta de água. Fig. 4: Medição do pH água.

Fig. 5: Medição dos parâmetros


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físicos da água.
Parâmetros Unidade Ponto 1 Ponto 1 357/05
Nitrato mg/L 1,6 0,9
Fosforo mg/L 0,96 0,30 <0,030
Amônia mg/L 0,12 0,11
Nitrito mg/L 0,003 0,006
STD mg/L 13,74 15,24
Condutividade µS/cm 25,6 28,16
Salinidade mg/L 20,7 21,78
pH 7,3 7,8
Temperatura ºC 27 27,2
OD mg/L 7,7 6,65 >5
Turbidez mg/L 50,2 49,4 <100
Cor mg Pt/L 134 139 <75
Nitrogênio Total mg/L 1,723 1,0106 <2,18
DBO mg/L 3,32 3 5
C. Termotolerantes mg/L 532 568 <1000
C. Totais mg/L >2419 >2419
STS mg/L 23 24

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6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APHA. American Public Health Association. Standard methods for the examination ofwater and
watwater, 21st ed. Washington, 2005.

CONAMA. Resolução no. 357/2005 - Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes
ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento
de efluentes, e dá outras providências. . 2005, p. 58–63.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.º 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre pro-
cedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu pa-
drão de potabilidade. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, Seção 1, 04 de
janeiro de 2012, p. 43-49.

BRASIL. Resolução CONAMA 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação de


corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as con-
dições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, n. 53, 18 de março de 2005. Seção 1, p. 58-63.

LIBÂNIO, M. Fundamentos de qualidade e tratamento de água. 2 ed. São Paulo: Átomo 2007

REBOUÇAS, A. BRAGA, B. TUNDISI, J. Águas doces no Brasil: Capital ecológico, uso e con-
servação. 3 ed. São Paulo: Escrituras, 2006.

VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 4. ed. Belo Ho-
rizonte: Editora UFMG, 2014.

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