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CURSO DE
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
TRAUMAS
Aluno:
1
CURSO DE
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
TRAUMAS
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
1 TRAUMAS
1.1 TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (TCE)
1.1.1 Lesões no couro cabeludo
1.1.2 Fraturas de crânio
1.1.3 Lesões cerebrais
1.1.4 Avaliação e abordagem da vítima
1.1.5 Escala de coma de Glasgow
1.2 TRAUMATISMO DA COLUNA VERTEBRAL
1.2.1 Mecanismos específicos de lesão
1.2.2 Avaliação e Abordagem da Vítima
1.2.3 Imobilização da coluna vertebral
1.3 TRAUMATISMO DE TÓRAX
1.3.1 Fratura de costelas
1.3.2 Tórax instável
1.3.3 Contusão pulmonar
1.3.4 Pneumotórax hipertensivo
1.3.5 Pneumotórax aberto
1.3.6 Contusão cardíaca
1.3.7 Tratamento e Condutas
1.4 TRAUMA DE ABDOME
1.4.1 Traumatismos fechados
1.4.2 Traumatismos penetrantes
1.4.3 Abordagem e condutas
1.5 TRAUMA MUSCULOESQUELÉTICO
1.5.1 Fraturas abertas e fechadas
1.5.2 Luxações
1.5.3 Entorses
1.5.4 Distensões
1.5.5 Amputações traumáticas
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1.5.6 Abordagem e condutas (gerais)
1.5.7 Condutas nas amputações
2 IMOBILIZAÇÕES
2.1 EQUIPAMENTOS DE IMOBILIZAÇÃO
2.1.1 Colar Cervical e Imobilizador Lateral
2.1.2 Prancha Longa
2.1.3 Ked
2.2 TÉCNICAS DE IMOBILIZAÇÃO
2.2.1 Rolamento de 90 graus
2.2.2 Rolamento de 180 graus
2.2.3 Elevação a cavaleiro
2.2.4 Imobilização com a vítima sentada
3 PARTICULARIDADES NO ATENDIMENTO DE BÊBES E CRIANÇAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
1 TRAUMAS
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FONTE: Disponível em: <http://www.malthus.com.br/mg_02045/02051_b.jpg>. Acesso em: 25 ago.
2010.
6
FONTE: Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/_jttoLB3SPIM/SU6iAm-
otkI/AAAAAAAAABo/6s3FUvXe-s0/s400/Imag007.jpg>. Acesso em: 25 ago. 2010.
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Hematomas subdurais: ocorre quando o sangramento está presente entre a
dura-máter e a aracnoide. Geralmente de natureza venosa, tendo uma velocidade
de expansão menor. Podem ser classificados de acordo com a apresentação clínica
em agudos, subagudos e crônicos;
Hematomas intracerebrais: são causados por dano vascular no momento do
impacto. O quadro clínico depende da região do cérebro que foi afetada.
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1.1.4 Avaliação e abordagem da vítima
• Avaliar a cena;
• Realizar a sequência ABCD (abertura das vias aéreas, boa ventilação,
verificação da circulação com controle de hemorragias);
• Realizar miniexame neurológico (escala de coma de glasgow);
• Avaliar pupilas (tamanho, simetria, responsividade à luz);
• Movimentos das extremidades (comparar a simetria entre o lado direito
e esquerdo do corpo);
• Transportar rapidamente para o serviço apropriado para reduzir a
gravidade das lesões. E diminuir a mortalidade das vítimas.
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Localização à dor 5
Flexão inespecífica (retirada) 4
Flexão hipertônica 3
Extensão hipertônica 2
Sem resposta 1
Resposta Verbal Orientado e conversando 5
Desorientado e conversando 4
Palavras inapropriadas 3
Sons incompreensíveis 2
Sem resposta 1
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1.2.1 Mecanismos específicos de lesão
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FONTE: Disponível em:
<http://1.bp.blogspot.com/_5nI68tta0Sc/SuHrTuPDMtI/AAAAAAAAB4Y/7XwoM_vmzZk/s320/lesao-
coluna.jpg>. Acesso em: 25 ago. 2010.
• Avaliar da cena;
• Realizar a sequência ABCDE (Abertura das vias aéreas, Boa
ventilação, verificação da Circulação com controle de hemorragias, verificarem
Deficits neurológicos e Exposição da vítima prevenindo resfriamentos);
• Observar sinais e sintomas indicativos de lesão da coluna como dor ao
movimento, pontos de maciez, deformidade e defesa;
• Observar sinais e sintomas neurológicos indicativos como paralisia
bilateral, paralisia parcial, fraqueza (paresia), “dormência” do membro, sensação de
fincadas, formigamento e choque neurológico.
• Imobilizar da vítima;
• Adaptar a vítima à prancha longa, em decúbito dorsal e em posição
neutra;
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• Reavaliar a imobilização, periodicamente, durante o transporte. Pode
estar “frouxa”, colocando a coluna em risco, ou muito apertada, comprometendo a
circulação nos membros.
Todos os passos devem ser seguidos sem movimentação da cabeça ou
da coluna vertebral. Se há possibilidade de lesão da coluna vertebral, considerar
como certeza até que essa possa ser excluída.
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1.3 TRAUMATISMO DE TÓRAX
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FONTE: Disponível em:
<http://www.clinicadeckers.com.br/imagens/orientacoes/14_costela_lesionada.jpg>. Acesso em: 25
ago. 2010.
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suspeitar se houver sinais de trauma importante do tórax, como fraturas de várias
costelas, tórax instável e equimoses. Crianças podem apresentar contusões graves
sem qualquer sinal de lesão externa ou fratura de costela. O tratamento específico
somente será realizado em ambiente hospitalar ou por unidade de suporte
avançado.
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Nessa situação, o ar pode escapar para debaixo da pele, podendo ser detectado
pela palpação e sendo chamado enfisema subcutâneo. O pneumotórax hipertensivo
poderá matar a vítima em poucos minutos, se não for detectado. Tratamento
específico só em ambiente hospitalar, ou por equipe de suporte avançado de vida.
Consiste na drenagem do ar, permitindo expansão pulmonar.
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1.3.6 Contusão cardíaca
• Avaliação da cena;
• Realizar a sequência ABCDE (Abertura das vias aéreas, Boa
ventilação, verificação da Circulação com controle de hemorragias, verificarem
Deficits neurológicos e Exposição da vítima prevenindo resfriamentos);
• Transporte imediato para centro de saúde de referência.
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1.4 TRAUMA DE ABDOME
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FONTE: Disponível em:
<http://www.famema.br/gallery2/main.php?g2_view=core.DownloadItem&g2_itemId=102&g2_serialNu
mber=2>. Acesso em: 25 ago. 2010.
20
FONTE: Disponível em: <http://2.bp.blogspot.com/_wj8si01CvYk/Sogkkir9hhI/AAAAAAAAAOE/-
v9h91icly4/s400/DSC00665.JPG>. Acesso em: 25 ago. 2010.
• Avaliar da cena;
• Realizar a sequência ABCDE (Abertura das vias aéreas, Boa
ventilação, verificação da Circulação com controle de hemorragias, verificarem
Deficits neurológicos e Exposição da vítima prevenindo resfriamentos);
• Administração de oxigênio;
• Imobilização rápida;
• Acesso venoso e infuso de soro (somente com supervisão e/ou
orientação médica);
• Transporte imediato para o centro de saúde de referência.
A avaliação e o tratamento cirúrgico são os elementos básicos para a
redução da mortalidade dessas vítimas. Por isso, qualquer medida que retarde a
chegada da vítima até esse recurso deve ser bem justificada. O tempo de chegada
ao centro de saúde de referência é crucial.
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1.5 TRAUMA MUSCULOESQUELÉTICO
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FONTE: Disponível em:
<http://4.bp.blogspot.com/_5nI68tta0Sc/StPLXN9aUiI/AAAAAAAAAjM/pit1tpIbTAE/s320/fraturas.jpg>.
Acesso em: 25 ago. 2010.
1.5.2 Luxações
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1.5.3 Entorses
São lesões aos ligamentos. Podem ser de grau mínimo ou grave, causando
ruptura completa do ligamento. As formas graves produzem perda da estabilidade
da articulação, à vezes, acompanhada por luxação.
FONTE: Disponível
em:<http://www.clinicadeckers.com.br/imagens/orientacoes/34_ent_tornozelo.jpg>. Acesso em: 25
ago. 2010.
1.5.4 Distensões
São lesões aos músculos ou seus tendões, geralmente são causados por
hiperextensão ou por contrações violentas. Em casos graves pode haver ruptura do
tendão.
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FONTE: Disponível em:
<http://2.bp.blogspot.com/_YutlH53fVA8/Sw3fRWwtJ4I/AAAAAAAAAKo/ttR5HBMaZRs/s1600/distens
ao.jpg>. Acesso em: 25 ago. 2010.
FONTE: Disponível
em:<http://www.szpilman.com/imagens/biblioteca/primeiros_socorros/avulsao.jpg>. Acesso em: 25
ago. 2010.
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1.5.6 Abordagem e condutas (gerais)
• Avaliar da cena;
• Realizar a sequência ABCDE (Abertura das vias aéreas, Boa
ventilação, verificação da Circulação com controle de hemorragias, verificarem
Deficits neurológicos e Exposição da vítima prevenindo resfriamentos);
• Imobilização adequada (se lesão óssea, imobilizar incluindo uma
articulação acima e uma abaixo; e se lesão articular, imobilizar incluindo um osso em
cima e um abaixo);
• Transporte para o centro de saúde de referência (realizar radiografia).
O tratamento inicial deve ser rápido pela gravidade da lesão, que pode
causar a morte por hemorragia, e pela possibilidade de reimplante do membro
amputado. O controle ABC é crucial na primeira fase do tratamento.
O membro amputado deve ser protegido com pano limpo e o sangramento
comprimido. O uso de torniquete não é recomendado, pois reduz as chances de
reimplante com sucesso.
Observar sinais de choque hipovolêmico, devido à hemorragia.
As partes amputadas devem ser enxaguadas com solução salina normal ou
água limpa, colocadas em um saco plástico e mantidas frias durante o transporte
para o hospital. Não devem ser colocadas em contato direto com gelo.
Transportar a vítima e o membro amputado o mais rápido possível para o
hospital. Quanto mais precocemente o atendimento, mais chance tem de
reconstituição.
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2 IMOBILIZAÇÕES
27
FONTE: Disponível em: <http://www.idealonline.com.br/Images/Grandes/17.jpg>. Acesso em: 25 ago.
2010.
28
FONTE: Disponível em: <http://www.almedical.com.br/esqueleto_arquivos/imobilizador_cabeca.jpg>.
Acesso em: 25 ago. 2010.
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As técnicas para colocação de pacientes na prancha longa devem respeitar
a estabilização da coluna vertebral, movimentando a vítima em bloco. As mais
utilizadas são as manobras de rolamento.
2.1.3 Ked
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FONTE: Disponível em:<http://www.med-worldwide.com/media/ss/240/660030MAIN.jpg>. Acesso em:
25 ago. 2010.
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do líder (aquele que assume a cabeça), o paciente é rolado em bloco, ficando de
lado. A prancha é deslizada até encostar-se ao corpo da vítima. Sob novo comando,
a vítima retorna ao decúbito dorsal, sobre a prancha. Se houver necessidade de
ajuste de posição, este deverá ser feito com deslizamento lateral, em bloco, sempre
mantendo a estabilização manual da cabeça. Em seguida é feita a fixação dos
tirantes.
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FONTE: Disponível em: < http://img.youtube.com/vi/QAMPFkPl5-8/2.jpg>. Acesso em: 28
ago. 2010.
33
FONTE: Disponível
em:<http://www.buzios.rj.gov.br/noticias/saude/imagens/curso-de-resgate.jpg>.
Acesso em: 25 ago. 2010.
34
FONTE: Disponível em:
<http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://resgate2005.tripod.com/media/Trauma1.jp>.
Acesso em: 25 ago. 2010.
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menos sangue que um adulto. Uma perda de sangue relativamente pequena pode
oferecer risco de morte.
As crianças respiram pelo nariz, que se estiver obstruído, não os fará
abrirem a boca para respirar. Por isso, deve preocupar em limpar o nariz das
secreções. Lembrar também de que a língua é proporcionalmente maior em
crianças, que é uma possível causa de obstrução das vias aéreas. Quando
manusear as vias aéreas de um bebê, tenha certeza de que a cabeça está numa
posição neutra, nem hiperfletida e nem hiperestendida.
Qualquer alteração respiratória em bebê e crianças é grave. Para
insuficiência respiratória, providenciar oxigênio por meio de uma máscara de
tamanho pediátrico. Para insuficiência respiratória severa ou parada respiratória,
providenciar ventilações ou ventilador manual (ambu) com oxigênio suplementar e,
transportar imediatamente para o hospital.
As crianças toleram febre alta melhor que os adultos, mas uma febre que
sobe rapidamente pode causar convulsões. Providenciar transporte para a criança, o
mais rápido possível. Também encaminhar a criança com diarreias e vômitos para a
assistência médica.
Fique atento para necessidades emocionais e para o sofrimento do paciente
vítima de maus tratos, abuso sexual ou negligência. Nesses casos, deve ser discreto
nas suspeitas, na presença do possível indivíduo que praticou o abuso, mas, deve
defender a criança e informar as suspeitas para as autoridades competentes.
Os cuidados gerais para traumas de bebê ou criança são:
• Assegurar as vias aéreas permeáveis. Usar a manobra de tração da
mandíbula para proteger a coluna cervical;
• Assegurar que as vias aéreas estejam limpas. Fazer aspiração, se
necessário;
• Providenciar oxigênio pela máscara ou fazer ventilações com um
ventilador manual com máscara e oxigênio suplementar, seguindo o protocolo;
• Imobilizar a coluna vertebral;
• Providenciar transporte o mais rápido possível para o centro de saúde
de referência;
• Durante o transporte, reavaliar sempre as condições do bebê ou
criança e oferecer os cuidados adequados.
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Quando for determinar prioridade de transporte para o bebê ou criança,
considere alta prioridade se:
• O estado geral da criança não for bom;
• O paciente estiver diferente ou apático;
• Paciente com vias aéreas comprometidas;
• Dificuldade respiratória ou respiração inadequada;
• Possibilidade de choque;
• Hemorragia descontrolada.
Deve-se prestar atenção para condições de risco de vida e lembrar que uma
resposta indiferente da criança necessitará de cuidados imediatos.
FIM DO MÓDULO I
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIM DO CURSO!
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