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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB

Departamento de Química – DQ/CCEN

PRÁTICA N° 10: DETERMINAÇÃO DA ORDEM DE REAÇÃO POR


FOTOCOLORIMETRIA

Grupo: Davi Braga Torquato


Luan De Souza Barroso
Data: 28 de março de 2019
Professor: Karen Cacilda Weber

RESUMO
OBJETIVOS
Determinar a ordem e a constante de velocidade da reação bimolecular entre o cristal
violeta e a hidroxila partir de medidas de espectrofotometría de UV-Vis.

INTRODUÇÃO
Em um reação química existem dois parâmetros a serem observados: se ela
ocorrerá e em quanto tempo ela ocorrerá. A cinética química é o ramo da físico-
química que investiga e observa a velocidades com que essas das reações químicas
ocorrem e os fatores que as influenciam. A velocidade indica a variação da quantidade
de reagentes e produtos com o passar do tempo de reação. Essa velocidade é
influenciada por fatores, como: concentração dos reagentes, meio em que ocorre,
temperatura, luz, pressão, a presença de catalisadores e os produtos finais.
Como a velocidade ou taxa de reação é proporcional pode-se construir um
expressão que relaciona essas duas grandezas, tendo a seguinte forma:

v = k[-OH]m[CV+]n
(1)

Onde k é a constante de velocidade, a potência m representa a ordem de consumo


de CV em relação a -OH e n a ordem de consumo de -OH em relação a CV.
Somando m e n temos a ordem global da reação.
A velocidade da reação também pode ser escrita com a derivada da concentração
pelo tempo.

v = -d[-OH]/dt = -d[CV+]/dt (2)

Substituindo a equação (1) na (2) e integrando a expressão, no intervalo de


concentração inicial até a final, temos as chamadas lei de velocidade.

-d[-OH]/dt = k[-OH]m[CV+]n
(3)
∫d[-OH]/[OH]m[CV+]n = − ∫𝑘𝑘t
(4)

O cristal violeta (CV) é um composto orgânico que reage lentamente com


íons hidroxila (-OH), originando produtos incolores. Existem três estruturas
conhecidas do CV, um delas pode ser representada por CV+, que quando entra em
contato com uma solução básica, reage de acordo com a equação a seguir,
originando a solução incolor.

CV+(aq)+-OH(aq) → CVOH(aq)
O violeta de cristal absorve na região do visível, com máximo em 590 nm e
com isso a sua reação com íons hidroxila pode ser acompanhada por meio de
espectrofotometria, relacionando a absorbância da solução com a concentração do
cristal violeta.

A = 𝜀bc (5)

onde A é absorbância, 𝜀 é a absortividade, b é o percurso óptico e c é a concentração


da solução.
A velocidade dessa reação pode ser expressa pela equação 1, dependendo
também da concentração dos íons hidroxila. Como a concentração do hidróxido de
sódio usado é muito maior à do violeta de cristal, a concentração de hidróxido será
praticamente a mesma durante toda a reação, dando viabilidade para o cálculo da
velocidade com o método de isolamento de Ostwald. Transformando a equação 1 na
equação a seguir para determinar a ordem parcial do violeta de cristal e relacionando
a absorbância da solução com a concentração do violeta de cristal.

v= 𝑘ef[CV+]m, onde 𝑘ef = 𝑘[-OH] (6)

A lei de velocidade muda conforme a ordem global da reação, no caso da


equação 6, com o expoente m. Se m for igual a 0, a reação será de ordem zero e a
lei é dada por:

[CV+] − [CV+]0 = −𝑘t (7)

Se m for igual a 1, a reação será de primeira ordem, onde a concentração do reagente


diminui exponencialmente com o tempo, e lei é dada por:

ln([CV+]/[CV+]0) = −𝑘t (8)

Se m for igual a 2, a reação será de segunda ordem, e a lei é dada por:

1/[CV+] − 1/[CV+]0 = 𝑘t (9)

MATERIAIS & MÉTODOS


EQUIPAMENTOS e REAGENTES
● 04 Balões volumétricos de 50 mL;
● 01 Pipeta volumétrica de 5 mL;
● 01 Espectrofotômetro;
● 01 Cronômetro;
● Solução de Cristal Violeta;
● Solução Hidróxido de Sódio
PROCEDIMENTO
Preparou-se uma solução do cristal violeta diluindo 25mL da solução de xx
mg/L em um balão de 50 mL, chamando de A2. Preparou-se também duas soluções
de NaOH, transferindo 5 mL e 10 mL da solução xxx mol/L para dois balões de 50
mL, chamando-os de B1 E B2, respectivamente.
Após, transferiu-se, primeiramente, uma alíquota da solução A2 e da solução
B1 para beckers separados. Adicionou-se então, rapidamente a solução do béquer
B1 na solução contida no becker A2, acionando o cronômetro. Após isso, uma
alíquota da solução final foi transferida para a célula de quartzo e inserida no
espectrofotômetro. Foram feitas leituras de absorbância a cada minuto de reação até
atingir um tempo final de 30 minutos.
Foi realizado o mesmo procedimento para a solução B2.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
DADOS
TRATAMENTO DE DADOS
DISCUSSÃO

CONCLUSÕES
QUESTÕES
1. Justifique: por quê escolher o filtro de maior absorbância?
Esse procedimento é realizado para evitar os desvios da lei de Lambert-Bee
atrapalhem na indicação correta da concentração do composto analisado.

2. Os valores obtidos são satisfatórios?


Sim, os valores batem bem com os dados da literatura.

3.Quais as possíveis fontes de erro ou limitações neste experimento?


Má elaboração da solução do corante, restos de outras soluções nos beckers, cubeta
e pipeta e negligência quanto ao tempo de reação.

REFERÊNCIAS
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422010000900026
Os valores d e absorvância p ara a solução de 4 mL de NaOH foram os
seguintes
Tabela 1: Valores obtidos para a reação com 4,0 mL da solução de NaOH .
Para verificar se a reação é de primeira ordem construiu-se o gráfico de
ln A x t(s). Desta m aneira o tratamento de dados a seguir fo i feito considerando
os valores do gráfico. Se a reação em relação ao cristal violeta fosse de
primeira o rdem, o gráfico deveria apresentar uma reta cujo coeficiente angu lar
seria o valor de k, pois ln A = ln A 0 – k’ t onde o valor de k’ é negativo , pois a
reta é decrescente.
É importante lembrar que, conforme a tabela 1 , os valores de
absorvância diminuem a medida que a reação ocorre. Quanto m enor for o v alor
da ab sorvância, menor será a concen tração do cristal violeta . Isso a contece
porque a medida que o produto é formado a solução passa de violeta para
incolor, o que mostra que o produto não absorve luz na região do visível.
Com o ob jetivo de obter o valor de k da rela ção k’ = k [OH -]m, calculou-se
a concentração de OH-
Como há duas incógnitas nessa relação, o experimento fo i realizado
novamente com uma concentração de OH- igual a 8,216. 10-3 mol/L.
Os dados da tabela 2 foram obtido s através da mistura do cristal violeta
com uma maior concentração de NaO H, com isso observa-se uma variação
brusca nos valores de abso rvância. Ao aumentarmos a concentração d o
reagente OH-, o e quilíbrio químico é deslocado para a formação do produto,
aumentado a velocidade da reação.
Os cálculos foram realizados de forma semelhante aos a presentados
anteriormente. Obteve-se então:
A partir das duas equações de reta podemos d escobrir o valor de m
fazendo a divisão entre as duas equações da seguinte forma:
Dividindo-se (1) por (2) temos que:

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