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Curso de

Cosmetologia

MÓDULO III

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na Bibliografia Consultada.
MÓDULO III

8. INSUMOS COSMÉTICOS (INERTES E ATIVOS)

Os produtos cosméticos são compostos geralmente por tensoativos, agentes com


propriedades específicas, estabilizantes, agentes de atributos estéticos e veículo,
independente do direcionamento da formulação ser para pele ou cabelo, das suas formas
de apresentação e de suas funções técnicas. No entanto, as matérias primas são
utilizadas nas formulações de acordo com suas propriedades funcionais e físico-químicas,
as quais são derivadas de suas respectivas estruturas químicas.
Essas matérias-primas dos produtos cosméticos podem estar solubilizadas,
emulsionadas ou suspensas em um veículo, geralmente aquoso ou então estar na forma
de pó.

ƒ Substâncias solubilizadas em determinado veículo geralmente produzem soluções


transparentes ou translúcidas. Podem ser solubilizadas em água, sistemas água/
álcool, óleo em soluções de tensoativos. Exemplo são os tônicos, loções
higienizantes, xampus transparentes.
ƒ Emulsões são sistemas constituídos de pelo menos líquido imiscível disperso em
outro com o auxílio de um terceiro componente com afinidade por esses líquidos
(tensoativo). Geralmente um dos líquidos é a água (fase aquosa) e o outro e um
óleo ou derivados graxos insolúveis em água, chamados de fase oleosa. Dessa
forma uma emulsão apresenta no mínimo duas fases (interna e outra externa) e as
emulsões são então representadas como 0/A (emulsão óleo em água, onde a fase
interna finamente dividida em glóbulos ou partículas e a oleosa e a externa é a
aquosa) ou A/ O (emulsão água em óleo). Dependendo do tamanho dos glóbulos
emulsionados as emulsões podem ser brancas (macroemulsões onde os glóbulos
são grandes) ou transparentes (microemulsões onde os glóbulos emulsionados são
de dimensões coloidais). Exemplos são os cremes e loções.

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ƒ Suspensões são sistemas dispersados em que a fase interna consiste de partículas
sólidas insolúveis em água e a fase externa é constituída pelo veículo compatível
com a pele, geralmente água (também chamado de fluido dispersante). Para não
ocorrer separação de fases pode ser usado tensoativos ou hidrocolóides que
estabilizam a suspensão. Exemplos são os géis obtidos com o uso de espessantes
poliméricos, cremes esfoliantes e xampus com bases perolizantes e ativos
anticaspa.
ƒ Pós: são preparações consistindo de diversas matérias-primas na forma de pó
(talco, sulfato de cálcio) que foram finamente misturados com outros aditivos
(essências, glicerina, corantes, pigmentos) para conferir a forma final do produto
cosmético (pó ou pó compacto).

Dentro das categorias citadas acima podemos adequar as formas cosméticas de


apresentação aos consumidores.

ƒ Cremes: são emulsões O/A ou A/O de alta viscosidade e constituídas de uma fase
aquosa e uma fase oleosa líquida que foram homogeneizadas através da utilização
de um terceiro componente que possui afinidade por ambas as fases (tensoativo).
Sua aparência geralmente é branca devido ao maior tamanho dos glóbulos oleosos
emulsionados. Exemplos são os cremes hidratantes, anti-aging, nutritivos,
desodorantes, condicionadores para os cabelos, etc.
ƒ Loções: são emulsões O/A ou A/O de média a baixa viscosidade e constituídas de
uma fase aquosa e uma fase oleosa que foram homogeneizadas através da
utilização de um terceiro componente com afinidade por essas fases (tensoativo) ou
através de um solvente que geralmente é alcoólico. Sua aparência pode ser branca
(macroemulsão) ou transparente (microemulsão) dependendo do tamanho dos
glóbulos oleosos emulsionados. Exemplos são perfumes, colônias, desodorantes,
loções hidratantes, higienizantes para a cavidade oral, etc.
ƒ Géis: são soluções coloidais ou suspensões de substâncias insolúveis em água,
mas hidratáveis. Podem ser transparentes ou opacos. Quanto menores os
tamanhos das partículas, mais transparentes são as soluções aquosas. Exemplos

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são os géis hidratantes para pele oleosa, géis protetores solares, géis esfoliantes
para a pele, géis fixadores e modeladores para os cabelos, géis para banho,
xampus géis, etc. O mercado faz distinção entre um gel creme e um creme gel que
são direcionados geralmente como hidratantes para pele oleosa. Ambos os
produtos possuem a fase aquosa espessada por um polímero orgânico
hidrossolúvel. No entanto, um creme gel possui uma fase oleosa constituída de
derivados graxos que são emulsionados na fase aquosa espessada. Um gel creme
geralmente possui uma fase de silicone dispersa na fase aquosa espessada onde
apenas foi dado um esbranquiçamento ao gel.
ƒ Leites: são emulsões O/A ou A/O de baixa viscosidade e constituídas de uma fase
aquosa e uma fase oleosa que foram homogeneizadas através da utilização de um
terceiro componente com afinidade por essas fases (tensoativo) ou através de um
solvente que geralmente é alcoólico. Sua aparência é branca (macroemulsão)
devido ao tamanho dos glóbulos oleosos emulsionados. Exemplos são os leites de
limpeza.
ƒ Tônicos: são soluções que contém atributos de refrescância e agentes promotores
de circulação. Geralmente são soluções transparentes de baixa viscosidade.
ƒ Óleos: são preparações de origem graxa animal, vegetal ou sintética que
apresentam a forma líquida à temperatura ambiente.
ƒ Soluções de tensoativos: são misturas de tensoativos com propriedades de
limpeza, condicionamento, gerar espuma, conferir viscosidade e reduzir a irritação
à pele. Exemplos são os xampus, sabonetes líquidos, banhos de espuma, loções
higienizantes, condicionadores transparentes para os cabelos.
ƒ Sticks: são preparações constituídas de substâncias graxas e álcool etílico que
foram solidificadas por estearato de sódio. Podem ser transparentes ou opacos e
podem conter ainda substâncias com ação desodorante (bactericidas) e
antiperspirante (cloridróxido de alumínio).
ƒ Aerossóis: são soluções de ingredientes ativos e gases liquefeitos (propelentes) em
um recipiente pressurizado munido de uma válvula, que ao ser pressionada,
descarrega o produto que é expandido pela ação do propelente convertendo-o em

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uma névoa fina denominada de aerossol. A mistura pode conter álcool, fragrância,
água, etc.

Noções Gerais de Química Orgânica

A Química Orgânica trata dos compostos de carbono, principalmente, os


hidrocarbonetos e seus derivados. É comumente considerada como um tópico em
separado de estudo, porque o número de compostos de carbono é grande e variado. Os
átomos de carbono são capazes de se combinarem entre si, bem como com átomos de
alguns outros elementos, usualmente o hidrogênio, o oxigênio, o nitrogênio e o enxofre,
excedendo a 2 milhões o número total de compostos orgânicos. O número total de
compostos inorgânicos (aqueles que são formados por todos os outros elementos
juntamente) é de cerca de 100 mil. Por que o carbono é um produto tão prolífico de
compostos? Existem várias razões, mas a principal é que os átomos de carbono formam
fortes ligações entre si, sendo possível à existência de cadeias de átomos de carbono de
qualquer comprimento. Estas cadeias, que servem de esqueleto para as moléculas
orgânicas, podem ser simples e lineares, ou podem ser ramificadas em qualquer posição.
As cadeias, às vezes, fecham-se em círculos, formando estruturas cíclicas. Assim, as
possibilidades são ilimitadas, levando a uma variedade interminável de compostos
orgânicos. Constantemente, entramos em contato com compostos orgânicos na nossa
vida diária. Todos os organismos vivos, vegetais e animais, consistem em conjuntos de
compostos de carbono organizados e altamente complicados. O termo "química orgânica"
deriva deste fato, porque não haverá vida como a conhecemos sem carbono e os seus
compostos. Vejamos alguns dos materiais bem conhecidos em que o carbono aparece
sob a forma de composto: (1) todos os alimentos com exceção de alguns sais minerais e
água; (2) combustíveis de todos os tipos inclusive o carvão, o óleo, a gasolina, o gás
natural e a madeira (na realidade, com poucas exceções, como o hidrogênio e os
materiais físseis, todos os combustíveis consistem em compostos orgânicos); (3)
lubrificantes e todos os outros produtos de petróleo; (4) todos os solventes comuns,
exceto a água; (5) têxteis e fibras, inclusive as fibras sintéticas como o náilon, o orlon e o
dácron, e fibras naturais como o algodão, a seda e a 1ã; (6) o couro e as peles; (7)

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corantes de todas as espécies, tanto Naturais como sintéticos; (8) vitaminas e drogas
medicinais; (9) inseticidas e fungicidas; (10) elastômeros, isto é os materiais elásticos,
inclusive a borracha sintética, as resinas e os plásticos; (11) papel e produtos de madeira;
(12) a maioria dos explosivos; (13) asfalto e alcatrão; (14) sabões, detergentes e,
finalmente, o que nos interessa neste curso, produtos cosméticos.
Nesta imensa variedade de substâncias, que têm estruturas e propriedades muito
diversas, o elemento chave é sempre o carbono, sabido formar apenas três arranjos
estereoquímicos: o tetraédrico, o trigonal e o linear.
Os compostos de carbono sofrem reações químicas diversas (adição, eliminação,
substituição eletrofílica e nucleofílica, dupla troca, ácido-base, esterificação, hidrólise,
polimerização, etc.) que serão abordadas ao longo das discussões sobre as matérias
primas.

Matérias-primas de uso cosmético

As matérias primas de uso cosmético são classificadas quanto à origem,


constituição química e propriedades ou benefícios conferidos à formulação e ao ser
humano.

ƒ Quanto à Origem:
- Inorgânicos naturais ou sintéticos;
- Orgânicos naturais, sintéticos ou semi-sintéticos.

ƒ Quanto à constituição química:


- Ésteres
- Éteres
- Aldeídos
- Cetonas
- Ácidos carboxílicos
- Aminas
- Amidas

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ƒ Quanto aos benefícios para pele ou formulação
→ Tensoativos:
- Agentes de detergência ou limpeza;
- Emulsionantes;
- Agentes de tratamento, condicionamento ou sobreengorduramento;
- Agentes espumantes;
- Agentes de viscosidade ou de espessamento da formulação;
- Agentes de redução de irritação de pele e olhos.

→ Agentes com propriedades específicas:


- Emolientes;
- Umectantes;
- Agentes de tratamento, condicionamento ou sobreengorduramento;
- Abrasivos;
- Agentes de redução de irritação a pele e olhos.

→ Estabilizantes da formulação:
- Espessante
- Conservante
- Antioxidante
- Quelante e seqúestrante
- Neutralizantes
- Antiespumantes
- Agentes de atributos estéticos ou de marketing modificadores de caracteres
organolépticos
- Corantes, pigmentos e pérolas.
- Perfume, óleo essencial ou fragrância
- Veículo ou excipiente (água, sólidos ou solvente orgânico)

Alguns fatores de insucesso em produtos cosméticos, tais como contaminações


físicas, contaminações químicas, contaminações microbiológicas, condições de
estocagem não apropriadas (efeitos de temperatura, luz, umidade e ar) podem ser
evitados através da análise prévia das estruturas químicas das matérias primas, ou seja,
presença de cadeias carbônicas lineares, ramificadas, cíclicas ou com insaturações,

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polaridade das moléculas e avaliação da constituição química (éster, éter, aldeído, ácido,
etc.).
Neste estágio, será iniciada a discussão sobre química orgânica aplicada ao
desenvolvimento de produtos cosméticos, onde será relacionado à função dos
componentes nas formulações com suas respectivas estruturas químicas.
Sabendo-se que as formulações dos produtos cosméticos são compostas
basicamente por tensoativos, agentes com propriedades específicas, estabilizantes da
formulação, agentes de atributos estéticos (modificadores dos caracteres organolépticos)
e veículo, todas as matérias primas serão incluídas nesses grupos. Os principais
componentes dos produtos cosméticos estão relacionados na Tabela 3.

Tabela 3
Categoria Classe de produtos Forma cosmética
Aniônicos
ƒ Sabões de ácidos graxos ƒ Xampus
ƒ Lauril sulfato de sódio (ou TEA ou ƒ Sabões líquidos
amônio) ƒ Loções de limpeza e higiene
ƒ Lauril éter sulfato de sódio (ou TEA ou ƒ Creme de barbear
amônio) ƒ Creme dental
ƒ Lauril éter sulfussuccinato de sódio ƒ Géis para banho
ƒ Alquil éter fosfatos
ƒ Alcano sulfonatos
ƒ Sarcosinatos
ƒ Coco isetionatos
Catiônicos
TENSOATIVOS ƒ Cloreto de cetil trimetil amônio (CETAC) ƒ Desodorantes
ou brometo (CETAB) ƒ Condicionadores
ƒ Cloreto de diestearil dimetil amônio ƒ Loções de limpeza
ƒ Cloreto de dialquil dimetil amônio
ƒ Cloreto de benzalcônio (cloreto de alquil
benzil dimetil amônio).
ƒ Éster quats
Não Iônicos
ƒ Mono e diestearato de etilenoglicol ƒ Xampus
ƒ Estearato de polietilenoglicol 6000 ƒ Géis para banho

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ƒ Mono e diestearato de gliceríla ƒ Sabonetes líquidos
ƒ Mono e dietanolamina de ácido graxo ƒ Cremes e loções hidratantes,
ƒ Álcoois graxos etoxilados nutritivos, esfoliantes.
ƒ Monoglicerídeo de ácido graxo etoxilado ƒ Loções de higiene
ƒ Lanolina etoxilada ƒ Desodorantes e
ƒ Alquilpoliglicosídeos antiperspirante
ƒ Ésteres de sacarose ƒ Géis não alcoólicos
ƒ Ésteres de sorbitan ƒ Perfumes e colônias
ƒ Ésteres de sorbitan etoxilados
ƒ Óxidos de amina graxa
Anfóteros
ƒ Betaína de coco ƒ Xampus
ƒ Cocoamidopropil betaína ƒ Géis para banho
ƒ Cococarboxianfoglicinato de sódio ƒ Sabonetes líquidos
ƒ Loções de higiene
Hidrocarbonetos oleosos/ceras: ƒ Cremes e loções
ƒ Óleos mineral emulsionadas A/O e O/A
ƒ Vaselina ƒ Cremes anidros (batons,
ƒ Parafina blushes em bastão).
ƒ Ozoquerita ƒ Demaquilantes
ƒ Ceresina
ƒ Cera microcristalina
ƒ Esqualeno

Ácidos carboxílicos:
ƒ Saturados: láurico, esteárico, mirístico,
palmíticos, etc.
ƒ Insaturados: oléico, linoléico, etc.

Álcoois graxos:
EMOLIENTES ƒ Saturados: Laurílico. Cetílico,
estearílico, mirístico, etc.
ƒ Insaturados: oleílico, etc.

Álcoois graxos propoxilados:


ƒ Álcool estearílico propoxilado

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Esteróis:
ƒ Colesterol e derivados

Ésteres de ácidos graxos e glicerol:


ƒ Glicerídeos: mono e diclicérideos (mono
e diestearato de gliceríla)

Triglicérides:
ƒ Óleos vegetais fixos (de abacate,
semente se uva, girassol, macadâmia,
etc.).

Ésteres de ácidos graxos e álcoois


graxos sintéticos:
ƒ Palmitato de cetila
ƒ Miristato de miristila e de isopropila
ƒ Isonanoato de cetoestearílila

Ceras e cerídeos:
ƒ Cera de abelha, espermacete (animal),
cera de carnaúba, candelila (vegetal),
estearato de cetila.

Esterídeos:
ƒ Lanolina anidra e derivados

Silicones:
ƒ Dimetilpolissilano e derivados
Fosfolipídios ƒ Cremes e loções para pele
ƒ Lecitina ƒ Loções higienizantes
ƒ Pós
Polissacarídeos ƒ Condicionadores
ƒ Ácido hialurônico ƒ Xampus
ƒ Mucilagem (extrato de aloe vera, algas, ƒ Sabonetes líquidos
etc.). ƒ Géis para pele e cabelo
UMECTANTE
Aminoácidos e proteínas conjugadas ou

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não
ƒ PCA (ácido pirrolidin carboxílico)
ƒ Hidrolisado de colágeno, elastina.

Glicosaminoglicanos (pentaglicanos)
Glicóis
ƒ Propilenoglicol
ƒ Glicerina
ƒ Sorbitol
ƒ Polietilenoglicóis

Ésteres
ƒ Lactatos de sódio e amônio
Inorgânicos
ƒ Silicatos coloidais (bentonita, veegum,
etc.) Praticamente toda cosmética
ƒ Eletrólitos (NaCl) necessite aumentar a viscosidade
ESPESSANTES e, em particular, para a formação
Orgânicos de géis.
ƒ Álcoois e ácidos graxos
ƒ Monoestearato de gliceríla
ƒ Ésteres de álcoois e ácidos graxos
ƒ Ceras naturais e minerais
ƒ Óleos e gorduras

Derivados de celulose
ƒ Carboximetilcelulose
ƒ Hidroxietilcelulose, etc.

Polímeros
ƒ Vinílicos: carbômero, PVP, álcool
polivinílico, etc.
ƒ Polissacarídeos: amido, aga-agar,
carragenatos, gomas (guar, karaya,
tragacante), alginatos.
Ésteres do ácido benzóico com função
fenólica ou parabenos:

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CONSERVANTE Imidazolidiniluréia Praticamente toda cosmética
Isotialinonas necessite contra ataque
Álcool benzílico microbiológico
Álcool etílico (acima de 20%)
Fenoxietanol
p-clorometaxilenol
BHT
BHA Aparecem em várias formulas
ANTIOXIDANTES Vitamina C cosméticas; a escolha vai
Vitamina E depender do uso a que se destina
Hidroquinona o produto
Bissulfito de sódio
EDTA
SEQUESTRANTES Sequestrol ou versene e seus sais Cremes, sabonetes e,
Citrato e fosfato de sódio principalmente, xampus
Hidróxido de sódio ou potássio ƒ Cremes e loções para pele
ALCALINIZANTES/ Hidróxido de amônio ƒ Xampus
NEUTRALIZANTES Trietanolamina ƒ Sabonetes líquidos
Monoetanolamina ƒ Tinturas e permanentes
Ácido cítrico
ACIDIFICANTES/ Ácido fosfórico ƒ Cremes e loções para pele
NEUTRALIZANTES Ácido acético ƒ Xampus
Ácido láctico ƒ Sabonetes líquidos
Ácido glicólico
Ácido retinóico
ABRASIVOS Cremes e loções esfoliantes
CORANTES E A maioria das preparações
PIGMENTOS cosméticas
FRAGRÂNCIAS A maioria das preparações
cosméticas

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8.1. TENSOATIVO

Estrutura de um tensoativo

Os tensoativos apresentam a propriedade de reduzir a tensão superficial 1 da água


e de outros líquidos. Apesar de possuírem uma composição química muito variável,
apresentam uma característica comum: sua molécula apresenta um componente hidrófilo
e outro hidrófobo (FIGURA 33).

FIGURA 33: representação da molécula de um tensoativo

Podemos distinguir os tensoativos quanto à localização dos grupos hidrófilos:


ƒ Na posição terminal - apresentam ótimo poder detergente;
ƒ Na posição central - fraco poder detergente, pouco solúvel na água, porém bom
poder dispersante;
ƒ Vários grupos - fraco poder detergente, boa solubilidade em água, apresentando
bom poder dispersante.

Em relação à água, seu caráter heteropolar é devido a sua estrutura molecular


formada de uma parte polar ou hidrófila e outra parte apolar ou hidrófoba.
A parte hidrófila é solúvel em água e é formada geralmente por grupos ácidos ou
básicos (radicais OH dos grupos hidroxilas, aminas, carboxilas, sulfatos, etc.), sendo
responsável pela solubilidade do tensoativo em água.
ƒ Grupos hidrófilos ácidos:

1
Tensão superficial é definida como a força necessária para romper uma superfície. Ela é determinada pelo
grau de coesividade entre as moléculas que formam esta superfície. A água líquida forma uma extensa rede
de pontes de hidrogênio que lhe confere uma grande tensão superficial. Quando um tensoativo é adicionado
à água, as extremidades hidrofílicas que se espalham na superfície competem pelas pontes de hidrogênio
que contribuem para a coesividade da superfície. Como resultado, a tensão superficial é diminuída.

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-COOH grupo carboxila
-OSO3H grupo monoéster sulfúrico ou grupo sulfato
-SO3H grupo sulfônico

ƒ Grupos hidrófilos básicos:


-NH2 amina primária
=NH amina secundária
=N-amina terciária
=N+ = amônio quaternário

Grupos não dissociáveis de caráter hidrófilo, como -(CH2-CH2-O)n-, -CH2CH2OH.

A parte hidrófoba da molécula de tensoativo é insolúvel em água e solúvel em


óleos, sendo constituída por cadeias de hidrocarbonetos alifáticos, lineares ou ramificados
(radical alquil) e radicais aromáticos - alifáticos. Em cosméticos, a parte hidrófoba
geralmente é um radical alquil com um grupo terminal CH3, e toma, portanto, a forma CH3-
(CH2)n. A cadeia alquílica contém em geral, entre 10 e 18 átomos de carbono. Tais
hidrocarbonetos se encontram também nos óleos e gorduras em forma de ácidos graxos,
contendo já um grupo hidrófilo. O comprimento de sua cadeia e o seu grau de ramificação
influencia decisivamente na atividade capilar e em suas propriedades. A seguir estão
listados os principais radicais alquil, de cadeias longas (graxos), com o número de átomos
de carbono da cadeia e sua denominação: C6 = capróico, C8 = cáprico, C10 = caprílico,
C12 = Iáurico, C14 = mirístico, C16 = cetilico, C18 = esteárico, C18:1 = oleico, C18:2 =
linoleico, C18:3 = linolênico, C20 = araquídico.
Uma grande variedade de tensoativos são fabricados e disponíveis no mercado. No
entanto apenas uma pequena parte pode ser utilizada em cosméticos. A principal razão
está relacionada à toxicologia. Um produto para uso cosmético deve ser considerado
seguro para o ser humano, ou seja, ser compatível com a pele e mucosas por longos
períodos de uso.
As propriedades tensoativas requeridas são:
ƒ Detergente

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ƒ Umectante
ƒ Espumante
ƒ Emulsificante
ƒ Solubilizante

Podem ser classificados em:


ƒ Aniônicos
ƒ Não iônicos
ƒ Catiônicos
ƒ Anfóteros

ANIÔNICOS

Agente tensoativo possuindo um ou mais grupamentos funcionais que, ao se


ionizar em solução aquosa, fornece íons orgânicos carregados negativamente e que são
responsáveis pela tenso atividade. Os cátions que rodeiam a carga aniônica são
geralmente íons inorgânicos como sódio e cálcio, íon amônio e alcanolaminas. São
exemplos: sabões, alquil ·sulfatos, alquil éter sulfatos, alquil sulfonatos, alquil
sulfossuccinatos.

Carboxil R-COO-Na+ ==> sabões


Sulfato orgânico R-OSO3-Na+ ==> alquil sulfatos
Éter sulfato R-(CH2-CH2O)SO3-Na+ ==> alquil éter sulfatos
Sulfonato orgânico R-SO3-Na+ ==> alquil sulfonatos
Éster de ácido fosfórico R-OPO3-Na+2 ==> alquil fosfatos
R = cadeia carbônica.

Sabões de ácidos graxos:

Propriedades: detergência espuma, baixa solubilidade em água, baixa tolerância à


dureza de água, baixa (nula) resposta ao espessamento com sal, suavidade a pele,

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sempre pH 9.
A produção do sabão ocorre via uma reação de saponificação com formação de um
íon carboxilato, que pode ser obtido de um ácido carboxílico ou éster. Glicerídeos de
óleos vegetais e gorduras animais sofrem hidrólise básica, comumente chamada
saponificação, também produzindo sabões.

Álcool graxo sulfatado:

Propriedades: detergência espuma, baixa tolerância à dureza de água. ÁIcoois


graxos sulfatados são obtidos por sulfatação convencional de áIcoois com trióxido de
enxofre, em processo contínuo e por sulfatação com ácido clorosulfonico, seguido por
neutralização com uma base apropriada, como hidróxido de sódio, hidróxido de amônio,
trietanolamina, etc. As reações químicas envolvidas são de substituição de um OH por um
grupo SO3 por seguida por neutralização do ácido instável (substituição do H pelo Na
formando um sal):

R-CH2OH + SO3 → R-CH2SO4-H+ + NaOH → R-H2SO4-Na+ + H2O


Álcool Graxo Intermediário instável Hidróx. De sódio Alquil Sulfato de Sódio

Álcoois sulfatados são disponíveis comercialmente como lauril sulfato de sódio. A


solubilidade de álcoois graxos sulfatados depende, além de sua estrutura, da sua
concentração em solução aquosa e da temperatura. A solubilidade deste tensoativo
aumenta com a elevação da temperatura e reduz com o aumento da concentração de
eletrólitos. Porém, a atividade de superfície de alquil sulfatos aumenta com a adição de
eletrólitos, devido à compressão da dupla camada elétrica e ao enfraquecimento das
interações elétricas, com conseqüente aumento da adsorção do tensoativo nas interfaces.
São usados em cremes dentais e xampus.

Álcool graxo etoxilado sulfatado:

Propriedades: detergência espuma, alta solubilidade em água, excelente tolerância

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à dureza de água, excelente resposta ao espessamento com sal, suavidade a pele.
Álcoois graxos etoxilados sulfatados são produzidos por sulfatação convencional
de álcoois graxos etoxilados (2 a 3 moles de óxido de eteno por mol de álcool) da mesma
forma que os álcoois sulfatados. As reações envolvidas são a de etoxilação do álcool
graxo (onde ocorre à reação de um composto nucleofílico com um éter cíclico,
normalmente bastante reativo), seguida pela reação de substituição do grupo OH pelo
grupo SO3 que por sua vez é seguida por neutralização do ácido instável (substituição do
H pelo Na formando um sal):
O
/ \
R - H2OH + CH2 - CH2 → RO(CH2CH2O)nH
ÁIcool graxo Óxido de eteno ÁIcool graxo etoxilado

RO(CH2CH2O)nH + SO3→ R-O(CH2CH2O)nSO3H +NaOH→ R-O(CH2CH2O)nSO3Na + H2O


Álcool Graxo Etoxilado Intermediário instável Alquil Éter Sulfato de Sódio

Onde R= cadeia carbônica do áIcool, geralmente um áIcool laurílico C12-C14 70/ 30


n= número de moles de óxido de eteno (EO), geralmente de 2 a 3.

Álcoois graxos etoxilados sulfatados são disponíveis como lauril éter sulfato de
sódio nas formas de líquido com 26 a 28% e de pasta com 68 a 72% de ativo.

Alquil e alquil éter sulfossuccinatos:

Propriedades: detergência espuma, alta solubilidade em água, baixa tolerância à


dureza de água, nula resposta ao espessamento com sal, suavidade a pele.
São obtidos pela reação de condensação do anidrido maleico com um grupo
hidroxila do áIcool laurílico etoxilado, originando o ácido monolauril éter maleico, que na
seqüência é sulfonado na dupla ligação com sulfito de sódio, obtendo-se o monolauril éter
sulfussuccinato de sódio. Apresentam como os sulfatos e alquil éter sulfatos, ligações
éteres e, desta forma, mostram-se também, instáveis em valores de pH muito altos ou

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muito baixos, além disto, o grupo carboxila confere características de sabão a estes
tensoativos, formando sabões de cálcio em água dura. Também apresentam como
subproduto da reação sulfito livre, que pode prejudicar a ação de conservantes do tipo
isotiazolinonas. Dessa forma, é muito importante que a especificação de sulfito livre seja
menor que 0,1%.

Sarcosinatos:

Propriedades: detergência espuma, baixa solubilidade em água, tolerância à


dureza de água, nula resposta espessamento com sal, suavidade a pele, co-tensoativo.
Os sarcosinatos são obtidos pela reação de ácidos graxos com N-metilglicina
(sarcosina) tendo como cátion neutralizante o sódio. São referidos como sabões
interrompidos. A pH 5,5 a 6,0 são bons produtores de espuma, porém, como os sabões,
formam precipitados que interferem com sua atividade frente a altas concentrações de
minerais.

Isetionatos:

Propriedades: hidrolisa em pH muito alto ou baixo, insolubilidade em água, bom


dispersante de sabão de cálcio, suavidade a pele. (DOVE)
Os isetionatos de acila (o mais conhecido é o cocoilisetionato de sódio) são obtidos
pela condensação de cloretos de ácidos láuricos ou de ácidos graxos de coco com o sal
sódico do ácido isotônico (isetionato de sódio). Produz boa espuma frente à água dura,
sendo bons dispersantes de sabões de calcário, porém, como todos os ésteres,
hidrolisam-se facilmente em pH muito alto ou muito baixo, além disto, sua baixa
solubilidade à temperatura ambiente torná-los-iam inadequados para a obtenção de
soluções transparentes.

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NÃO IÔNICOS

Em solução aquosa não sofrem ionização, não possuem carga. Sua solubilidade
em água é devida à hidratação dos grupos hidrófilos (hidroxi, éter, amina, amida), via
pontes de hidrogênio. São exemplos os alquilaril e álcoois etoxilados e etoxilados-
propoxilados, ésteres de álcoois poli-hídricos (ésteres de sorbitan), amidas, óxidos de
amina graxa e aminas etoxiladas. A hidratação dos produtos etoxilados através de pontes
de hidrogênio com as moléculas de água é representada abaixo.

Os principais grupamentos hidrófilos não-iônicos são:

Éter poliglicólico: -O - → álcoois etoxilados


Hidróxi: -OH → ésteres de glicerol e ésteres de sorbitan
Éster de ácido carboxílico: -COO(CH2CH~O)n H → ésteres de polietilenoglicol
Alcanolamidas: RCONH-CH2-CH2-OH → alcanolamidas de ácido graxo
Óxidos de amina: NδO → coco amina óxida

Álcoois Graxos etoxilados e Alquil fenóis etoxilados

Álcoois graxos etoxilados são obtidos através da reação de álcoois graxos com
oxido de eteno (EO), utilizando catalisador básico (NaOH, KOH). A reação é chamada de
alcoxilação (etoxilação, quando utilizado óxido de eteno ou propoxilação, quando utilizado
óxido de propeno), onde reagem um composto nucleofílico com um éter cíclico,
normalmente bastante reativo.
A molécula resultante possui uma parte hidrófoba que é a cadeia carbônica do
álcool ou do alquilfenol e uma parte hidrófila que é o éter poliglicólico. Este último
apresenta uma distribuição de homólogos de óxido de eteno. Na presença de um
catalisador para distribuição estreita, são formadas menores quantidades de álcool graxo
livre e etoxilados de baixo e alto peso molecular. Por isso é comum a nomenclatura éter

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poliglicólico de álcool graxo para esses tensoativos. Quanto maior o grau de etoxilação ou
número de moles de óxido de eterno (EO), maior é a solubilidade em água.
Óxido de propeno também pode ser utilizado como parte hidrofílica, porém a
molécula se torna menos solúvel em água, fazendo com que a maior parte dessas
moléculas seja utilizada como emolientes (por exemplo: álcool estearílico 15 PO ou PPG
15 estearil éter, conforme nome CTFA). A cadeia carbônica do álcool graxo pode ser
linear (álcool laurílico, cetílico, cetoestearílico) ou ramificada (isotndecílico, isodecílico).
A vantagem dos tensoativos não iônicos etoxilados sobre os iônicos reside no fato
que a porção hidrofílica da molécula pode ser ajustada à parte hidrofóbica. Através da
adição de unidades de óxido de eteno na cadeia carbônica pode-se obter uma faixa ótima
para as propriedades físico-químicas, sendo que para detergência a melhor cadeia é a
Iáurica (C12-C14) e para compatibilidade cetoestearilica, estearílica e oleilica.
Uma importante propriedade dos tensoativos não iônicos etoxilados é sua
capacidade de solubilizar-se em substâncias polares ou apolares dependendo da
quantidade de moles de óxido de eteno presente em sua molécula, sendo por isso muito
utilizados como emulsionantes. O caráter hidrofílico ou a solubilidade em água aumenta
paralelamente ao aumento do número de unidades de óxido de eteno na molécula e a
solubilidade em óleo simultaneamente diminui.
Aplicação em emulsionantes para creme, loções óleos de banho,
solubilizante de essências, auxiliar de espessamento para xampus.

Óxido de aminas:

Os óxidos de aminas são obtidos pela reação de aminas terciárias (alquil dimetil
aminas, geralmente derivados da distribuição graxa do álcool graxo de coco) com
peróxido de hidrogênio, apresentando bom desempenho como estabilizadores de
espuma, tornado-a rica, estável e cremosa em xampus e sabonetes líquidos. Em baixos
valores de pH adquirem propriedades levemente catiônicas, atuando como
condicionadores e agentes antiestáticos, porém em valores de pH muito baixo, devido a
sua natureza pseudo-catiônica, podem causar alguma turvação quando usados em altas
concentrações com alquilsulfatos. Em geral, a maioria dos sulfatos e alquil éter sulfatos

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em mistura com óxido de aminas na proporção de 9:1 resultam em sistemas límpidos em
pH abaixo de 4. Propriedades: espuma, doador de viscosidade. Aplicação em
detergentes, xampus e sabonetes líquidos.

Alcanolamidas de ácido graxo de coco:

São obtidas pela condensação de ácidos graxos, tais como o láurico, mirístico,
oléico, e uma alcanolamina primária ou secundária como a monoetanolamina ou a
dietanolamina.
As dietanolamidas podem ser obtidas diretamente do óleo vegetal (amida 60 ou 80)
ou do éster metílico (amida 90). Essas 2 formas de reação (amidação direta do óleo e
amidação do éster metílico) diferenciam a pureza das amidas. A primeira fornece uma
amida 80 onde se tem 80 a 84% de amida, 8 a 10% de glicerina livre, 3 a 5% de amina
livre e o restante é um éster de amina graxa (RCOOCH2CH2NH2), ou seja, um sabão de
amina. A amida 60 possui 60% de pureza como amida, 20% de dietanolamina livre, 8 a
10% de glicerina livre e o restante é um sabão de amina. Essa amida 60 é eficiente como
estabilizador de espuma, porém produz xampus muito alcalinos, além de conter sabão em
sua formulação, fazendo com que seu uso em cosméticos seja praticamente descartado.
O segundo processo fornece uma amida 90 ou superamida com 90 a 94% de pureza, 3 a
5% de amina livre, 1 a 1,5% de glicerina e o restante é o éster metílico que não reagiu,
pois o metanol é retirado do produto. Em todos os casos, a amina livre eleva o pH do
xampu, que podem ser corrigidos pelo uso de ácido cítrico. Propriedades: espuma,
doador de viscosidade e sobreengorduramento. Aplicação como co-tensoativo para
xampus e sabonetes líquidos.

Tensoativos derivados de polióis não iônicos:

Propriedades: emulsionantes, solubilizantes de essências, redutores de irritação


em xampus, espessantes e perolizantes. Aplicação em xampus, sabonetes líquidos,
cremes e loções.
São obtidos da esterificação de polióis hidrofílicos como glicol, sorbitol, glicerina,

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poliglicerina, pentaeritriol ou glucosídeos com ácidos graxos. A parte hidrofílica é
representada por grupos OH, que também podem ser etoxilados para dar maior
solubilidade ao éster. Exemplos são os sesteres de sorbitan e ésteres de sorbitan
etoxilados.

Alquilpoliglicosídeos:

Propriedades: co-tensoativos para aumento de espuma e viscosidade, redução de


irritação. Aplicação em sabonetes líquidos e xampus anticaspa e antiqueda.
São sintetizados pela reação da glicose do milho com álcoois graxos. Apresentam
boa solubilidade em água e boa tolerância a eletrólitos. São considerados bons
detergentes, estabilizantes de espuma, incrementadores de viscosidade e reduz a
irritação à pele provocada por tensoativos aniônicos. Adicionalmente apresentam alto
grau de biodegradabilidade.
Apresentam forma pastosa devendo ser aquecidos entre 50 a 60 °C para ser
utilizado no xampu.

CATIÔNICOS

Agente tensoativo possuindo um ou mais grupamentos funcionais que, ao se


ionizar em solução aquosa, fornece íons orgânicos carregados positivamente.

Compostos Quaternários de amônio QACs

Propriedades: incompatíveis com tensoativos aniônicos, não toleram água dura,


íons Fe e metais pesados. Atuam por neutralização de carga no cabelo.
São preparados pela reação de aminas terciárias com um agente de quaternização
que pode ser cloreto de metila, cloreto de benzila, dimetil sulfato ou haletos de alquila
(cloreto ou brometo de laurila). A partir dos ácidos graxos, principalmente de sebo, podem
ser produzidos os quaternários de amônio. O processo consiste na reação de ácido graxo
com amônia, formando um sal de amônio de ácido graxo que é desidratado (perda de

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uma molécula de água), formando uma amida que é desidratada a uma nitrila. Esta última
é hidrogenada (reação de adição de hidrogênios ao composto contendo ligações
insaturadas, geralmente na presença de catalisadores metálicos como o níquel) para
formar uma amina primária ou secundária. Essas aminas são então reagidas (metiladas)
com formaldeído, formando uma amina terciária que posteriormente é quaternizada
(metilada) com cloreto de metila formando o quaternário de amônio.
Álcoois graxos, principalmente cadeias C12 a C16, podem também ser utilizados
na fabricação de quaternános de amônio, usados como bactericidas em loções
higienizantes. O áIcool graxo é reagido com dimetil amina para formar uma amina graxa
terciária que é então reagida com cloreto de benzila para formar o cloreto de alquil dimetil
benzil amônio ou mais conhecido como cloreto de benzalcônio, que, geralmente, possui
pureza de 50%.
São disponíveis comercialmente em soluções aquosas ou água etanol em
concentrações que variam de 25 a 75% de ativo como quaternário de amônio. São
incompatíveis com tensoativos aniônicos, mas podem ser usados em baixas
concentrações em xampus baseados em misturas de tensoativos aniônicos e anfóteros.
Água dura, ferro e metais pesados reduzem a atividade dos quateniários por precipitação.
Os quaternários de amônio contendo cadeias alquila C12 - C18 são usados há
décadas na elaboração de condicionadores e como agentes bactericidas, em
enxaguatórios bucais e loções de limpeza ou higienizantes.
A função dos quateniários de amônio como condicionadores ou bactericidas
depende da cadeia carbônica e do radical, conforme colocado abaixo.

SAIS DE AMÔNIO QUATERNÁRIO


CADEIA GRAXA FUNÇÃO
Láurica-mirística Melhor ação bactericida
Cetílica Emoliencia e condicionamento
Estearílica Amaciamento e lubrificação

RADICAL FUNÇÃO
Metila Melhor oleosidade

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Etila Aumenta o efeito bactericida
Benzila Maior oleosidade, efeito bactericida.

Os mais efetivos como bactericidas são aqueles com 10 a 14 átomos de carbono


na cadeia graxa e radicais etilbenzil, atuando por inibição enzimática, desnaturação
protéica e lesão da membrana citoplasmática, com vazamento dos constituintes celulares.
São altamente eficientes contra bactérias gram-positivas, fungos e leveduras, mas
possuem baixa eficiência contra bactérias gram-negativas (coliformes), vínis e esporos
(mas pode ser esporostático). Seu efeito contra bactérias gram-negativas pode ser
potencializado através do uso de EDTA, pois este possui efeito quelante para alguns
compostos da parede celular, facilitando a penetração do quaternário através da
membrana celular.

Polímeros quaternários:

Propriedades: compatível com LESS até 5%, pouca lubricidade ao fio. Diversos são
os polímeros pertencentes a este grupo, dentre eles destacam-se:
ƒ Polyquartenium 10: é um sal obtido da reação de sal polimérico de amônio
quaternário da hidroxietilcelulose com epóxido substituído do trimetilamônio. Possui
a forma de pó branco fino de odor fraco de amina. É excelente condicionador a
úmido e a seco, dando maleabilidade e corpo aos cabelos, fornecendo brilho e
podendo auxiliar a restauração de pontas quebradas. Utilizado em xampus infantil e
adulto. Em sabonete Iíqüido diminui a irritação à pele. Em loção e creme de barbear
proporciona toque sedoso. Por ser de origem catiônica, é necessário um balanço
adequado com os tensoativos aniônicos para evitar turvação ou precipitação da
formulação.
ƒ Polyquartenium 7: é um sal de copolímero de amônio quaternário preparado a partir
de acrilamida e cloreto de dimetilamônio, cuja descrição química é copolímero 30/
70 de cloreto de dialil-dimetil-amônio e acrilamida em 8,5% de solução aquosa e
conservado com 0,1% de metilparabeno e 0,02% de propilparabeno. Promove
condicionamento e lubrificação aos cabelos e à pele via atração eletrostática da

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carga catiônica com os sítios aniônicos do cabelo. Adicionalmente confere brilho e
volume aos cabelos e proporciona espuma mais rica e abundante à formulação. É
solúvel em água, produzindo formulações claras. Pode ser utilizado em xampus,
em sabonetes líquidos, em cremes de barbear e em cremes e loções para a pele.
ƒ Poliquatenium 44: É produto em solução a 6% de ativo. Reduz o grau de irritação a
pele das formulações contendo tensoativos aniônicos. Fornece xampus
transparentes com espuma cremosa e com alto poder de condicionamento aos
cabelos sem efeito build-up. Melhora a penteabilidade a úmido e a seco deixando
os cabelos com toque agradável e com volume. Em produtos para a pele
proporciona condicionamento, maciez e aumenta o grau de hidratação. Em
formulações de protetores solares atua como um potencializador na obtenção de
altos FPS.

ANFÓTEROS:

São compostos tensoativos caracterizados por uma estrutura molecular contendo


dois diferentes grupos funcionais com caráter aniônico e catiônico (um átomo de N na
forma quaternária ou protonizada e também um ânion carboxílico). Quando em solução
aquosa ionizam-se para produzirem ânions ou cátions, dependendo do pH. Em meio
básico comportam-se como tensoativos aniônicos, em meio ácido, como catiônicos e na
forma de zwitterions 2 em pH neutro. Os anfóteros têm alta compatibilidade com a pele e
mucosas, conseqüência de sua estrutura análoga à das proteínas. Reduzem a
instabilidade dos alquil sulfatos e alquil éter sulfatos, proporcionam aumento de
viscosidade, estabilização de espuma e condicionamento ao cabelo.

Anfótero betaínico

Propriedades: detergência espuma, alta solubilidade em água, baixa tolerância à

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Zwitterions é um composto com grupos ácidos e básicos na mesma molécula. Quando em solução neutra
a maioria de zwitterions do pH são conseqüentemente anions negativamente carregados e cátions ao
mesmo tempo positivamente carregados. Zwitterions tem geralmente uma solubilidade elevada na água
devido a seus grupos carregados e uma solubilidade pobre em a maioria de solventes orgânicos.

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dureza de água, nula resposta ao espessamento com sal, suavidade a pele. Em pH ácido
se comportam como catiônicos, porém em pH alcalino não apresentam como aniônicos,
mas com carga negativa mais evidenciada. Aplicação como co-tensoativo para aumento
de espuma, viscosidade e redução da irritação para xampus, sabonetes líquidos, loções
higenizantes.

Anfótero Imidazolinico:

Propriedades: suavidade a pele e olho. São derivados carboxilados da imidazolina


de ácidos graxos de coco, anfoterizada, e ionicamente balanceada. Aplicação em xampus
infantis.
Seleção e uso de agentes tensoativos

ƒ Detergência – é um processo complexo que implica na umectação de um substrato


(pele ou cabelo), na eliminação da sujidade, na emulsificação da gordura eliminada
e na estabilização da emulsão.
ƒ Umectância – todos os agentes tensoativos possuem certa propriedade umectante
ƒ Espumante – junto com a detergência, geralmente deseja elevados volumes de
espuma e espumas estáveis.
ƒ Emulsificação – um bom agente emulsificante requer uma unidade hidrófoba
ligeiramente maior de que a de um umectante.
ƒ Solubilização – todos aos agentes tensoativos acima de sua concentração micelar
crítica (CMC) possuem propriedades solubilizantes. Este é muito importante
quando quer incorporar um perfume a um componente orgânico insolúvel e em um
produto transparente, como um xampu.

Propriedades biológicas dos tensoativos

ƒ Efeitos dermatológicos – umedecem e retiram o sebo sobre a superfície da pele.


Quando mal empregados podem causar fissuras, secura da pele.
ƒ Biodegradação – devido alguns tensoativos sintéticos não serem degradados pelas

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bactérias das águas residuais o emprego de tensoativos biodegradáveis é
recomendável, quando não é obrigatório.
ƒ Efeitos toxicológicos – os tensoativos não são uma classe de compostos com
elevada toxicidade. Os produtos catiônicos são os mais tóxicos dentre eles.

A MICELA

Após uma certa concentração, as moléculas de tensoativo, na solução, passam a


se agregar sob a forma de micelas (FIGURA 34) São as micelas os "entes" da solução
responsáveis pela catálise micelar e pela solubilização de gorduras.

FIGURA 34: Micela

O Processo de micelização:

Uma das características comum a todos os tensoativos é a capacidade de formar


agregados em solução aquosa a partir de uma determinada concentração. Estes
agregados são denominados micelas. A concentração onde inicia o processo de formação
das micelas (micelização) é chamada de concentração crítica micelar, CMC, que é uma
propriedade intrínseca e característica do tensoativo.

Por que se formam as micelas?!

A principal razão que leva os monômeros de tensoativo a se associarem sobre a


forma de micelas é a diminuição da área de contato entre as cadeias hidrocarbônicas do
tensoativo e a água.

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A formação do agregado, porém, leva o tensoativo a uma situação onde os grupos
hidrofílicos (cabeças) estão muito próximos, gerando uma repulsão eletrostática que se
opõe ao processo de micelização. Aqui os contraíons desempenham um papel
fundamental: quando em concentração suficiente (proveniente da própria ionização do
tensoativo ou, ainda, como aditivos à solução), blindam a carga do agregado, diminuindo
o potencial elétrico e a repulsão entre as cabeças dos monômeros.

Contra-íons

Os tensoativos iônicos se dissociam, em solução aquosa, resultando em duas espécies hidratadas: um cátion e
um ânion, ou seja, o monômero do tensoativo e seu respectivo contra-íon.
O Dodecil Sulfato de sódio, por exemplo, é um tensoativo aniônico, e seu contra-íon é o cátion Na+

GRAU DE IRRITAÇÃO DOS TENSOATIVOS:

- -------------------------------------------------------------------------------► +
Não iônicos e anfóteros —> aniônicos → catiônicos

8.2. UMECTANTES

São substâncias higroscópicas e como tais, tem propriedade de reter água tanto
sobre a pele e cabelo, auxiliando na sua hidratação como na formulação, evitando a
formação de crostas na superfície dos cremes. Os umectantes podem pertencer aos

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grupos das funções orgânicas de polióis ou glicois, poliglicois, hidratos de carbono,
derivados de ácidos carboxílicos, uréia, aminoácidos e complexos de aminoácidos,
proteínas hidrolisadas e fosfolipideos.

Polióis

São álcoois contendo mais de um grupo – OH por molécula e por isso chamados
de glicóis. São compostos líquidos de média a baixa volatilidade, solúveis em água, muito
estáveis em ampla faixa de pH e na presença de meio ácido ou alcalino e muito
higroscópicos, pois os seus grupos hidroxilas fazem pontes de hidrogênio com água.
Apresentam toque untuoso sobre a pele.
A glicerina é um subproduto da fabricação do sabão, sendo empregado em
cremes, loções, cosméticos medicinais, sabonetes líquidos e em barras, detergentes,
alimentos e adicionado nos produtos do tabaco para conservá-los úmidos.
O Sorbitol e o manitol são classificados como álcoois hexahidricos. O sorbitol é
muito utilizado em cremes e loções cosméticas como umectante. Possui maior
capacidade de reter água via pontes de hidrogênio que a glicerina e por isto é muito
importante sua utilização em cremes comercializados nas regiões secas.

Poliglicois (ou ésteres poliglicólicos)

São compostos derivados de etileno ou propilenoglicol. Os polietilenoglicois


geralmente são obtidos a partir da reação do dietilenoglicol com óxido de eteno e os
polipropilenoglicol a partir do dipropilenoglicol com óxido de propeno.
Polietilenoglicóis são solúveis em água e higroscópicos. No entanto sua aparência
física depende do grau de etoxilação (n) e por conseqüência, do peso molecular.
Para aplicações em cremes, loções, xampus e sabonetes líquidos os
polietilenoglicóis de menor peso molecular são mais indicados devido sua finalidade de
umectação da pele e cabelo e brilho dos cabelos. Para sabonetes em barras e cremes
dentais os de peso molecular intermediário, para evitar rachaduras nos sabonetes e para
evitar ressecamento do creme dental. Para a função de espessar xampus os de peso

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molecular maior são os indicados.

Hidratos de carbono

O nome hidrato de carbono, ou carboidratos, não refletem a natureza real destes


compostos. Os hidratos de carbono são melhores definidos como aldeídos ou cetonas
que são ao mesmo tempo polióis. Exemplos se incluem os açucares, amidos, celulose e
outros compostos que são encontrados em todos os organismos vivos.

Derivados de ácidos carboxílicos

Os ácidos carboxílicos tais como lático, cítrico, glicólico reagem com bases para
formar sais orgânicos com capacidade de hidratar a pele. Exemplos são os lactato de
sódio e amônio, citrato de sódio, glicolato de sódio.

Uréia

É produzida a partir da reação entre o dióxido de carbono e amônia. Apresenta


forma sólida, sendo muito higroscópica. É excelente umectante para pele em cremes e
loções cosméticas e um bom hidrótopo para melhorar a solubilidade de ativos aniônicos.

Aminoácidos e proteínas

As proteínas são compostos de alto peso molecular, constituídos por muitos


aminoácidos ligados entre si. Aminoácido é uma molécula bifuncional que possui os
grupos amino e ácido carboxílico.
Os aminoácidos mais usados em cosmética são os de colágeno, seda, leite e
elastina.

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8.3. EMOLIENTE

São responsáveis pelo espalhamento e lubrificação da pele e cabelo, que


juntamente com os umectantes serão responsáveis pela hidratação da pele e
cabelo. São responsáveis nas formulações por consistência e aparência.

Hidrocarbonetos

São compostos que contém unicamente hidrogênio e carbono, podendo ser


ramificados ou não, saturados ou insaturados, cíclicos ou acíclicos, alifáticos ou
aromáticos.

ƒ Óleo mineral
ƒ Vaselina
ƒ Parafina
ƒ Ozoquerita
ƒ Ceresina
ƒ Cera microcristalina
ƒ Esqualeno

Álcoois graxos

Na molécula de um álcool, o grupo – OH substitui um átomo de hidrogênio de um


alcano. Podem ser de origem animal ou vegetal.

ƒ Saturados: laurílico, cetílico, estearílico, miristílico


ƒ Instaurados: oleílico

Éteres

São compostos de fórmula geral R – O – R’, onde os dois grupos hidrocarbônicos não

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são necessariamente os mesmos. O emoliente mais usado em cosméticos e que é
classificado como éter poliglicosídeo é o PEG 15 estearil éter.

Ácidos carboxílicos

A oxidação de um aldeído produz um ácido carboxílico. Estes ácidos possuem


grupo funcional – COOH, chamado grupo carboxila. Exemplo é o ácido esteárico.

ƒ Saturados: láurico, esteárico, mirístico, palmítico


ƒ Instaurados: oléico, linoléico

Ésteres

Possuem a fórmula geral RCOOR’ e podem ser sintetizados. Os ésteres de baixo


peso molecular são solúveis em água, como resultado da ponte de hidrogênio entre a
água e o oxigênio carboxílico. Entretanto, à medida que seu peso molecular aumenta,
sua solubilidade diminui e então estes ésteres podem apresentar excelente
capacidade lubrificante e de espalhamento sobre a pele sendo por isto utilizados como
emolientes e como espessantes de cremes e loções cosméticas. Exemplos são os
triglicerídeos do ácido cáprico/caprílico.

Silicones

Fornecem diversas propriedades além de emoliência, tais como ação antiespumante,


doador de brilho, agente de antipegajosidade, lubrificante, protetor da pele e veículos.
Exemplos são os dimeticones ou óleos de silicone.

---------- FIM MÓDULO III ----------

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