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INTRODUÇÃO
A agricultura irrigada se desenvolve nas mais diferentes condições de meio físico, atendendo
uma grande variedade de culturas e de interesses sociais e econômicos, de forma que é possível
1
Estudante de Tecnologia em Irrigação e Drenagem, IFCE, Campus Sobral.
2
Prof. IFCE, Campus Sobral, CEP: 62.040-730, Sobral-CE. Fone: (88) 31128100. E-mail: marcorosa@ifce.edu.br.
3
Tecnóloga em Irrigação e Drenagem, Laboratorista IFCE, Campus Sobral, Sobral-CE.
K. F. O. Alves et al.
existir um sistema de irrigação ideal, capaz de atender da melhor maneira a todas as condições e
objetivos envolvidos. Em consequência, deve-se selecionar o sistema de irrigação mais
adequado a cada condição em particular, considerando-se os interesses envolvidos. O processo
de seleção deve ser baseado em uma criteriosa análise das condições presentes, em função das
exigências de cada sistema de irrigação (FRIZZONE, 2005).
A infiltração da água no solo é um processo dinâmico de penetração vertical da água através
da superfície do solo. O conhecimento da taxa de infiltração da água no solo é de fundamental
importância para definir técnicas de conservação do solo, planejar e delinear sistemas de
irrigação e drenagem, bem como auxiliar na composição de uma imagem mais real da retenção
da água e aeração no solo. A infiltração é o processo pelo qual a água atravessa a superfície do
solo Brandão et al. (2006). O conhecimento detalhado das características da infiltração da água
no solo é importante para o dimensionamento e manejo do sistema de irrigação. A velocidade de
infiltração de água em um solo (VI) é um fator importante na irrigação, já que ela determina o
tempo em que se deve manter a água na superfície do solo ou a duração da aspersão, buscando a
aplicação de uma quantidade desejada de água Bernardo et al. (2008).
Este trabalho tem como objetivo principal, determinar as equações de infiltração acumulada,
velocidade de infiltração instantânea e velocidade de infiltração média da água em um solo
arenoso, através da regressão linear e da regressão potencial, a partir de um ensaio de campo,
utilizando o infiltrômetro de anel.
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O primeiro teste (Tabela 1) apresentou uma Velocidade de Infiltração Básica - VIB de 2,4
cm h-1, estabilizada após 3,5 horas e foi o escolhido para representar a área, pois apresentou a
menor VIB dos três.
Na regressão linear, a partir do primeiro teste foi aplicada a transformação logarítmica nos
dados de tempo acumulado e infiltração acumulada (Tabela 2).
Desta forma, temos:
K. F. O. Alves et al.
B = 0,712 = n
A = log a = - 0,847 a = ant log A = ant log – 0,847 = 0,142
Tabela 1 – Teste de infiltração em 20/10/2011
Infiltração Velocidade de
Tempo Régua
Acumulada Infiltração
Hora Inst. Acum. Leitura Dif. I VIm Via
(min) (min) (cm) (cm) (cm) (cm/h) (cm/h)
08:15 0 0 10,0 0 0 0 0
08:16 1 1 10,2 0,2 0,2 12,0 12,0
08:18 2 3 10,4 0,2 0,4 8,0 6,0
08:20 2 5 10,5 0,1 0,5 6,0 3,0
08:25 5 10 10,6 0,1 0,6 3,6 1,2
08:30 5 15 10,7 0,1 0,7 2,8 1,2
08:35 5 20 10,9 0,2 0,9 2,7 2,4
08:40 5 25 11,1 0,2 1,1 2,64 2,4
08:45 5 30 11,3 0,2 1,3 2,6 2,4
08:55 10 40 11,7/10,4 0,4 1,7 2,55 2,4
09:05 10 50 10,8 0,4 2,1 2,52 2,4
09:15 10 60 11,2 0,4 2,5 2,5 2,4
09:30 15 75 11,8/10,3 0,6 3,1 2,48 2,4
09:45 15 90 10,9 0,6 3,7 2,47 2,4
10:15 30 120 12,0/10,1 1,1 4,8 2,4 2,2
10:45 30 150 11,3/10,1 1,2 6,0 2,4 2,4
11:15 30 180 11,3/10,1 1,2 7,2 2,4 2,4
11:45 30 210 11,3 1,2 8,4 2,4 2,4
De posse destes coeficientes, teremos a equação de infiltração acumulada, a partir da Equação 1:
I = 0,142 . T 0,712 (eq. 4)
Aplicando os valores de a e n na Equação 2, teremos a equação de velocidade instantânea:
VI = 60 . 0,142 . 0,712 . T 0,712 – 1 (eq. 5)
Resumindo:
VI = 6,066 . T – 0,288 (eq. 6)
Aplicando os valores de a e n na Equação 3, teremos a equação de velocidade média:
VIm = 60 . 0,142 . T 0,712 – 1 (eq. 7)
Simplificando:
VIm = 8,52 . T – 0,288 (eq. 8)
Tabela 2 – Transformação logarítmica de infiltração acumulada e tempo acumulado
T (min) I (cm) X = log T Y = log I X.Y X2
1 0,2 0,000 -0,699 0,000 0,000
3 0,4 0,477 -0,398 -0,190 0,228
5 0,5 0,699 -0,301 -0,210 0,489
10 0,6 1,000 -0,222 -0,222 1,000
15 0,7 1,176 -0,155 -0,182 1,383
20 0,9 1,301 -0,046 -0,060 1,693
25 1,1 1,398 0,041 0,057 1,954
30 1,3 1,477 0,114 0,168 2,182
40 1,7 1,602 0,230 0,368 2,566
50 2,1 1,699 0,322 0,547 2,887
60 2,5 1,778 0,398 0,708 3,161
75 3,1 1,875 0,491 0,921 3,516
90 3,7 1,954 0,568 1,110 3,818
120 4,8 2,079 0,681 1,416 4,322
150 6,0 2,176 0,778 1,693 4,735
180 7,2 2,255 0,857 1,933 5,085
210 8,4 2,322 0,924 2,146 5,392
Soma 25,268 3,583 10,203 44,411
K. F. O. Alves et al.
Na regressão potencial, após digitar os valores de tempo acumulado e infiltração acumulada
(I) do primeiro teste na planilha do Excel, temos a Figura 1.
12
-0,2883
10 VIm = 8,5355 . T
VIm (cm/h)
2
8 R = 0,8044
0
0 50 100 150 200 250
tempo (min)
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNARDO, S.; SOARES, A. A.; MANTOVANI, E. C. Manual de irrigação. 8. ed. Atual. e Ampl.
Viçosa: UFV, 2008. 625 p.
BRANDAO, V. S.; SILVA, D. D.; RUIZ, H. A.; PRUSKI, F. F.; SCHAEFER, C. E. G. R.; MARTINEZ,
M. A.; MENEZES, S. J. M. C. Resistência hidráulica da crosta formada em solos submetidos a chuvas
simuladas. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.30, p. 13-22, 2006.
FRIZZONE, J. A Irrigação Por Superfície. Série Didática n° 16. Piracicaba:ESALQ- DEPARTAMENTO
DE ENGENHARIA RURAL, 2005. 160 p.; IL.