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Controle suas finanças

Controle suas finanças


Você sabe para onde vai o seu dinheiro todos os meses? Caso não tenha resposta para
essa pergunta, é provável que ele esteja indo para onde não deve: em gastos
desnecessários.

Controlar suas finanças deve ser um hábito. Não com o objetivo de restringir seus
sonhos de consumo, mas sim de convidá-lo a planejar melhor a realização da cada um
deles, gastando o seu dinheiro de maneira mais inteligente e equilibrada. Você se
surpreenderá com os resultados!

Orçamento: a ferramenta principal


A elaboração de um orçamento facilita o seu planejamento o que, por sua vez, permite
que você alcance os seus objetivos financeiros de forma mais eficiente.

Que tal então pensar em orçamento como se fosse uma ferramenta? Pois é isso mesmo
que ele é, listando a você despesas e receitas correspondentes a um determinado período
(geralmente, o orçamento é mensal).

Da mesma forma que o computador ajuda você a executar suas tarefas do dia-a-dia e a
dieta ajuda você a perder peso e gozar de uma saúde melhor, o orçamento ajuda você a
adotar uma vida financeiramente mais responsável.

Dissocie a palavra orçamento da sensação de restrição, e pense no que pode alcançar


com ele. Afinal, o que é um orçamento senão um plano de como pretende usar o seu
dinheiro?

Confira as vantagens de ter um orçamento


Abaixo, listamos as vantagens de você organizar o seu orçamento, fazendo dele a
principal ferramenta para a organização da sua vida financeira:

 permite monitorar sua situação financeira;


 ajuda a criar um quadro visual de gastos;
 faz com que você evite os gastos por impulso;
 auxilia na decisão quanto ao que pode ou não gastar
 possibilita que saiba exatamente como gastar o seu dinheiro
 apóia a criação de um plano de poupança e investimento
 ajuda a decidir sobre como é possível se proteger contra as conseqüências
financeiras de eventos imprevistos.

Primeiro passo: calcule sua renda


O orçamento pode ser dividido, basicamente, em quatro passos. Confira:
Primeiro passo: calcule sua renda

A maioria das pessoas começa o seu orçamento do lado errado: pelas despesas, quando
o ponto de partida deveria as receitas. Pense a respeito: você deve gastar de acordo com
o dinheiro que tem disponível, certo?

Pode-se dizer, então, que as receitas (quanto você ganha) definem o seu poder de
consumo. Seus gastos devem se adaptar a essa realidade.

E o que entra nessas receitas? Inclua aqui o seu salário, rendimento com aplicações
financeiras, ou aluguel.

Observe seu holerite:

Você entende bem o recebimento do seu salário? Se a sua remuneração hoje é de R$ 2


mil, isso não significa que esse dinheiro estará efetivamente na sua conta bancária todo
mês. Já parou para analisar os descontos? Lembre-se: o valor que lhe interessa, no
orçamento, é o salário líquido.

Faça um teste. Respondendo às questões abaixo, você conseguirá saber o quanto


conhece da sua própria receita!

 qual é o seu salário bruto (antes da incidência dos impostos e das contribuições)?
 quais os descontos que aparecem no seu holerite?
 que período de pagamento o seu contracheque cobre?
 quanto, do seu salário bruto, você deduz para pagamento de um plano de
aposentadoria?
 qual o valor atual do seu salário líquido?
 quanto você estima receber (em salários) anualmente?

Um lembrete: só coloque na "lista" o que efetivamente você receber: uma estimativa de


bonificação ou a possibilidade de receber comissão por um serviço não deve ser
considerada. Afinal, ela pode não vir e contar com o dinheiro antes da hora pode ser um
problema!

Da mesma forma, limites do seu cheque especial e do cartão de crédito não entram na
definição da sua receita mensal. Lembre-se: o crédito deve ser utilizado de forma
consciente.

Segundo passo: analise os seus gastos


Agora é hora de listar todas as suas despesas. Primeiro, você deve relacionar as fixas, ou
seja, aquelas que não costumam variar (aluguéis, salários de empregados domésticos,
encargos sociais e trabalhistas etc.).

Ainda nas despesas, reflita muito bem sobre os gastos semi-variáveis (alimentação,
conta de luz, água, telefone etc.) e os variáveis (roupas, calçados, presentes, viagens,
cinema, tarifa bancária etc.).
Procure analisar muito bem os gastos invisíveis: são pequenas despesas do dia-a-dia que
levam o dinheiro da família sem que ninguém perceba: o lanche da escola do seu filho,
o cafezinho antes do trabalho, as revistas que vocês compram e pouco lêem são alguns
exemplos.

Faça uma experiência para começar: aproveite o próximo mês para juntar todos os
recibos que receber e, caso identifique algum outro item que merece atenção, inclua-o
no seu orçamento.

Despesa
Receita Orçamento Diferença
Real
R$ R$ R$
Emprego #1 0.00 0.00 0.00

R$ R$ R$
Emprego #2 0.00 0.00 0.00

R$ R$ R$
Outros 0.00 0.00 0.00

R$ R$ R$
Renda mensal total 0.00 0.00 0.00

R$ R$ R$
Gastos 0.00 0.00 0.00

Despesas fixas
Habitação (aluguel, prestação R$ R$ R$
do imóvel, condomínio, 0.00 0.00 0.00
seguros, etc)
R$ R$ R$
Seguro do carro 0.00 0.00 0.00

R$ R$ R$
Prestação do carro 0.00 0.00 0.00

Cartões de Crédito (caso de R$ R$ R$


pagamento parcial mensal) 0.00 0.00 0.00

Despesas variáveis
Quantias despendidas com
investimentos (fundos, ações, R$ R$ R$
fundo de aposentadoria, 0.00 0.00 0.00
poupanças, etc)
R$ R$ R$
Alimentação - restaurantes 0.00 0.00 0.00

Serviços (água, luz, Internet, R$ R$ R$


gás, telefone) 0.00 0.00 0.00
Transporte
Transporte R$ R$ R$
(metrô/ônibus/táxi) 0.00 0.00 0.00

R$ R$ R$
Gasolina e óleo 0.00 0.00 0.00

R$ R$ R$
Estacionamento e pedágios 0.00 0.00 0.00

R$ R$ R$
Reparos e manutenção carro 0.00 0.00 0.00

Outros
R$ R$ R$
Saúde (médicos e remédios) 0.00 0.00 0.00

R$ R$ R$
Presentes e doações 0.00 0.00 0.00

R$ R$ R$
Vestuário 0.00 0.00 0.00

R$ R$ R$
Lazer e viagens 0.00 0.00 0.00

Manutenção e R$ R$ R$
decoração/utensílios moradia 0.00 0.00 0.00

Cuidados pessoais - esporte, R$ R$ R$


cabeleireiro, perfumaria 0.00 0.00 0.00

Educação (escolas e cursos - R$ R$ R$


por um periodo longo torna- 0.00 0.00 0.00
se despesa fixa)
Empregados (diarista, R$ R$ R$
faxineira, cozinheira) 0.00 0.00 0.00

R$ R$ R$
Despesas mensais totais 0.00 0.00 0.00

Terceiro passo: calcule a diferença


Depois de ter criado seu orçamento, você precisa guardar os dados de sua renda e
despesas reais.

Essas informações o ajudam a entender quaisquer diferenças entre o valor que você
orçou (Orçamento) e o que você gastou realmente (Despesa Real) no mês ou período.
Pode-se dizer que essa é a hora da verdade! Compare o quanto recebe com aquilo que
gasta. Qual é a sua situação?

Quarto passo: acompanhamento, cortes e metas


Caso esteja gastando menos ou em linha com o que ganha, vale a pena refletir sobre a
qualidade destes gastos.

Se estiver com o orçamento equilibrado, mas não estiver poupando, procure cortar
gastos, de forma a investir ao menos 10% daquilo que recebe. Tenha como meta montar
uma reserva de emergência equivalente a ao menos seis meses de suas despesas
correntes.

Se você está gastando mais do que recebe, não há alternativa, a não ser cortar gastos.
Converse com sua a família, todos devem estar envolvidos nesse esforço. Mesmo que
seja o responsável financeiro pela família, não é o único a gastar, de forma que todos
devem estar envolvidos neste objetivo.

O processo de planejamento
Você ficará surpreso com quanto dinheiro poderá economizar com um pouco de
planejamento. Se seu orçamento for realista e se você o usar para orientar suas despesas,
estará prevenido para emergências financeiras e outros gastos inesperados. Você
também estará melhor preparado para um futuro financeiro seguro.

A importância das metas


Saber aonde se quer chegar é fundamental, ainda mais quando estamos falando do seu
dinheiro. Entender quais são seus objetivos e do que você realmente precisa lhe ajudará
a reunir esforços para a realização dos sonhos, por meio do planejamento.

O processo de definir metas envolve a transformação de suas NECESSIDADES em


metas. Uma meta é um resultado muito específico que você pretende alcançar. Pode-se
ter metas de longo prazo e de curto prazo e pode-se ter metas para o dia, a semana, o
ano e para a vida toda.

Motivação para atingir objetivos


A palavra meta é definida no dicionário como "o ponto terminal de uma corrida" e "o
fim na direção do qual o esforço é dirigido".

Muitas vezes, as metas servem de fator de motivação ou força motriz para que fiquemos
concentrados na tarefa que realizamos e nos sonhos a serem realizados. Por isso, é
importante definir metas de curto, médio e longo prazos para qualquer aspecto da sua
vida, seja de ordem pessoal, educacional, social ou financeira.

Voltando ao aspecto financeiro, quando você tiver determinado suas metas, deverá
incluí-las em seu orçamento mensal, a fim de começar a torná-las realidade. Para isso, é
preciso ter disciplina.

Mas, como definir seus objetivos? Metas realistas têm cinco características básicas.
Podemos dizer que elas são:

Específicas - as metas inteligentes são específicas o bastante para sugerir uma ação.
Exemplo: Poupe dinheiro suficiente para comprar um refrigerador, não apenas poupe
dinheiro.

Mensuráveis - você precisa saber quando atingiu sua meta ou a que distância está dela.
Exemplo: um refrigerador custa R$ 1 mil e você tem R$ 500 já poupados.

Atingíveis - os passos dados para atingir sua meta precisam ser razoáveis e possíveis.
Exemplo: sei que posso poupar metade do dinheiro que ganho todo mês para atingir
minha meta dentro de um ano.

Relevantes - A meta precisa ser de bom senso. Você não vai querer trabalhar para
chegar a uma meta que não se encaixa em suas necessidades.
Exemplo: Você não precisa poupar dinheiro para comprar 18 pares de sapatos.

Previsíveis - Estabeleça uma data alvo definida. Exemplo: O técnico disse que meu
refrigerador não vai durar mais um ano.

Atingir suas metas é um grande esforço. Lembre-se de sempre recompensar a si mesmo


quando atingir uma meta, mesmo que seja pequena.

Do plano à atitude
É importante começar a desenvolver um plano para sua vida. Pergunte a si mesmo:
"onde vou querer estar daqui a 5, 10 e 20 anos?" Quando tiver isso em mente, poderá
imaginar as medidas que precisará tomar para atingir essas metas. Quanto mais etapas
você puder visualizar, mais bem-sucedido você será para atingir suas metas.

A etapa seguinte consiste em verificar a ordem de importância para essas etapas. O que
você fará primeiro, depois e por último?

O primeiro passo para atingir suas metas é tomar atitudes. Muitas vezes, as metas não
são alcançadas porque o primeiro passo nunca foi dado.

Ter um plano, em si, não significa que você atingirá suas metas. Na realidade, você
precisa FAZER o seu plano funcionar. Uma importante parte da ação é assimilar suas
metas. É necessário anotá-las.

De fato, os peritos em estabelecer metas dirão para colar as metas em todos os lugares,
para que você as veja. Repita-as em voz alta, como verdadeiros "mantras". Compartilhe-
as com seus melhores amigos. Vê-las por escrito ajuda a transformá-las em realidade.

Estabeleça prioridades em seu orçamento


Quando o assunto é orçamento, você fica em um tremendo conflito ao analisar suas
metas e perceber que nem tudo vem acontecendo como o previsto.

Isso ocorre pela grande dificuldade em estabelecer prioridades: vale mais a pena
aumentar a contribuição ao plano de previdência ou pagar uma parcela maior de uma
dívida pendente? É melhor quitar o financiamento do seu carro ou poupar para garantir
seu curso de especialização?

Abaixo, você pode conferir algumas dicas que irão ajudá-lo a definir suas prioridades
financeiras. A regra mais importante, no entanto, é a de se manter focado no objetivo, e
nunca perseguir outro antes da conclusão do primeiro.

Passo 1. Pague suas dívidas


Por mais que sua intenção seja investir, isso de nada adianta enquanto você tiver dívidas
a pagar. Dependendo do seu grau de endividamento, este pode ser um objetivo difícil de
ser alcançado. Assim, o melhor é estabelecer prioridades no pagamento das dívidas.

Não se esqueça que nem toda dívida precisa ser quitada de uma só vez. Afinal, o que
você deve estabelecer é o seu equilíbrio financeiro, certo? Não há problemas em
financiar a compra de alguns bens, mas, se o gasto com prestações já consome mais do
que 40% do seu orçamento, está na hora de estabelecer como prioridade a redução desta
dívida.

Passo 2. Comece a poupar


Esta é uma boa época para fazer uma "faxina" no seu quarto e identificar possíveis itens
que pode vender em um dos vários sites de leilão existentes. Por que não se livrar de
alguns objetos antigos que não lhe rendem nada, a não ser poeira e, ao mesmo tempo,
juntar algum dinheiro para começar o seu fundo de reserva?

As alternativas não terminam aí. É preciso cortar alguns gastos, ainda que
temporariamente. Lembre-se que esta é a primeira medida para montar um fundo de
reserva.

Passo 3. Monte uma reserva financeira


Alcançado o primeiro passo, que é o de começar o seu pé-de-meia, está na hora de
perseguir uma maior tranqüilidade financeira. Você está pronto para montar uma
reserva de emergência!

Os recursos acumulados devem ser equivalentes ao período de três a seis meses de


despesas correntes, e têm como objetivo garantir sua sobrevivência em caso de algo
inesperado acontecer. A melhor forma de alcançar este objetivo é investir todo o
dinheiro extra que ganhar, o que inclui o dinheiro que recebeu de décimo terceiro ou
bonificação de férias, ou até mesmo a restituição do imposto de renda.

Passo 4. Planeje o futuro


Como as contribuições aos planos de previdência permitem abatimento do imposto de
renda até o limite de 12% da sua renda bruta anual, pode valer a pena investir até esta
quantia todos os anos para se beneficiar do tratamento fiscal vantajoso.
Porém, um alerta: se você já contribui para a previdência o máximo permitido para
abatimento do imposto de renda, mas ainda tem dívidas em atraso ou não montou sua
reserva de emergência, reveja suas prioridades. De nada adianta pensar no futuro, se
você ainda não equilibrou sua situação financeira atual.

Portanto, talvez valha a pena diminuir suas contribuições para a previdência até que
consiga alcançar os passos anteriores.

Passo 5. Quite seu financiamento imobiliário


Se você ainda não tem uma casa própria, ou se levantou financiamento, mas ainda não o
quitou, esta deve ser sua próxima prioridade. Nada de trocar de carro se você ainda não
tem uma casa em seu nome.

Se não tem uma casa própria, mas já regularizou sua situação financeira, de forma que
conta com recursos para levantar um financiamento, este pode ser um bom momento.

Para quem já levantou financiamento, mas agora conta com uma situação financeira
mais equilibrada, essa pode ser a hora de rever os termos do financiamento. Quem sabe
você já não consegue arcar com uma prestação maior, de forma a quitar mais rápido sua
dívida, gastando assim menos com juros?

Passo 6. Pense na família


Se você tem dependentes, é preciso pensar no futuro deles. Comece contratando um
seguro de vida, que lhes dê alguma segurança financeira em caso de seu falecimento.
Outras opções são os seguros para acidentes pessoais, e contra desemprego. Afinal,
você não quer que eles tenham que abandonar os estudos porque você foi demitido,
certo?

Já que pensar nos seus filhos deve ser sua prioridade, por que não juntar uma reserva
para pagar os estudos deles, ou garantir recursos caso venham a abrir um negócio
próprio?

Passo 7. Continue poupando e aproveite a vida


Poupar é um hábito que você deve cultivar por toda a sua vida. Mas, agora que você já
alcançou todos os objetivos acima, é hora de aproveitar a vida e se divertir!

Que tal aprender a poupar?


Quando alguém lhe fala em poupar, você logo pensa: "como, se não sobra nada no fim
do mês?" Realmente, poupar não é uma tarefa fácil para a maioria das pessoas. Mas
você não deve desistir diante do primeiro obstáculo, que pode sim ser superado.

Para se transformar em um poupador, você precisa estar preparado para uma mudança
drástica na forma como se relaciona com o dinheiro. Poupar não é algo natural,
instintivo. Você precisa aprender a fazer: exige certo esforço, mas vale muito a pena!

Como estarei daqui a alguns anos?


Infelizmente muitas pessoas só entendem a necessidade da mudança quando o problema
já tomou proporções maiores. Em outras palavras, quando perdem o emprego ou se
atolam em dívidas. Mesmo que sua situação não seja tão desesperadora, é preciso muito
empenho para ser bem-sucedido na tarefa de poupar.

Reflita sobre o seguinte: se você não mudar a forma como administra o seu dinheiro,
onde estará daqui a alguns anos? É bem provável que, ao fazer esta reflexão, você se
conscientize que, se não fizer nada, não terá a aposentadoria dos seus sonhos. Talvez
seja este o incentivo que falta para que você se convença da necessidade de se
transformar em um poupador.

Nossa intenção, ao orientá-lo, não é transformá-lo em um "pão duro". O ideal é que


você procure o equilíbrio. Isto é, adie alguns sonhos, mas realize outros no meio do
caminho, para que não acabe desanimando.

Analisando a "relação"
Para se transformar em um poupador bem-sucedido, você precisa ter certeza de que seu
esforço será compensado. Nada melhor para isso do que pensar nos seus objetivos e
metas. O que, exatamente, você gostaria de alcançar? É importante que esta meta reflita
os seus valores e necessidades, e não apenas desejos desenfreados de consumo.

Feito isso, é hora de "analisar" a sua relação com o dinheiro. Você sabe para onde ele
está indo? Você está usando o valor de forma produtiva? Quais os fatores que levam
você a gastar?

Escreva em um caderno tudo aquilo que gastou e o porquê desta decisão. É bastante
provável que você consiga estabelecer uma relação emocional para os seus gastos, ou
seja, é possível que você constate que gasta mais quando está triste, quando está
estressado etc.

Crie o hábito de poupar


A maioria das pessoas gasta sem pensar, ou seja, consome por impulso. Por que não
fazer o mesmo com a sua poupança? Como? Simples, imagine que você financiou seu
carro, e agora, após longas 36 prestações, acabou de quitá-lo.

Será que não vale a pena investir o dinheiro que antes estava sendo gasto com o
pagamento da prestação? Afinal, você já havia acomodado o seu orçamento para esta
saída e, a menos que tenha uso melhor para o dinheiro, esta pode ser uma forma
interessante de começar a poupar. Experimente!

Planejamento financeiro ajuda a realizar sonhos


A definição de sonho de consumo varia muito de pessoa para pessoa. Para alguns é
trocar de celular, para outros, comprar um carro mais potente ou simplesmente viajar
pelo mundo.

Qualquer que seja a sua meta, por mais inatingível que ela pareça, com algum esforço e
planejamento sua realização fica bem mais fácil.

Quanto antes melhor


Se você é jovem, e ainda não possui uma conta bancária volumosa, isto não é motivo
para desânimo, ao contrário. Afinal, quando se é jovem, por mais que seu salário seja
baixo, você também goza de mais liberdade orçamentária.

Isso porque, em geral, os jovens não têm dependentes e usam seu dinheiro para
consumo imediato. Se focarem em um objetivo, fica bem mais fácil cortar gorduras e
direcionar uma parcela maior para investimento, visando realizar um sonho de consumo
específico.

Portanto, quando o assunto é investimento, quanto antes se começar, melhor. Este, aliás,
é o principal segredo na hora de investir: perseverança. Mesmo que não tenha muito,
aplique sempre e pelo prazo mais longo possível, pois os juros têm poder multiplicativo.

Que tal um exemplo prático? Investindo regularmente R$ 100 por mês na caderneta de
poupança - supondo-se um retorno médio de 0,60% ao mês - desde os 16 anos, ao
completar 22, você terá acumulado o equivalente a R$ 9 mil. Não resolve seus
problemas, mas é suficiente para dar entrada em um carro zero km, ou até comprar à
vista um usado!

Planejar exige reeducação

Ter um objetivo de consumo ajuda no planejamento financeiro, pois incentiva e motiva


a pessoa a poupar.

Experimente comparar o hábito de poupar com uma dieta: se você tem uma festa e quer
entrar naquela calça que está um pouco apertada, fica mais fácil fechar a boca e não
ceder à tentação da gula. Porém, sem um objetivo claro em mente, resistir às guloseimas
parece uma tarefa bem mais árdua, certo?

Tanto no caso da dieta quanto no do planejamento financeiro, o segredo do sucesso


reside na capacidade da pessoa assimilar seus novos hábitos, ou seja, de se reeducar,
para não perder, rapidamente, o sucesso que alcançou.

Quem não conhece alguém que perdeu dois quilos em um mês e, ao invés de manter os
novos hábitos alimentares, acabou cedendo ao impulso da gula, e terminou acumulando
mais peso do que quando começou? Em finanças o raciocínio é o mesmo, só que no
sentido inverso: você não ganha e sim perde parte do dinheiro que acumulou.

Sem exageros

Na hora de estabelecer metas, seja de perda de peso ou de poupança, o melhor é não


exagerar demais. Isso porque você corre o risco de não conseguir manter a
perseverança, e daí para uma situação de "gangorra", tanto no peso quanto no valor
poupado, é um pulo!

Não seja radical: você pode gastar seu dinheiro, porém, de forma consciente. Distinguir
o "querer" algo do realmente precisar de algo é um ótimo passo.

Reserva de emergência: construa a sua!


Por mais organizado que seja o seu planejamento financeiro, é importante ter
consciência de que os gastos extras sempre aparecem em determinados momentos da
nossa vida. Uma falha mecânica do seu carro, manutenção da casa, problemas de saúde
na família, enfim, diversos fatores que o levam a despender de uma quantia
considerável quando menos se espera.

A principal característica dessas despesas é justamente a urgência: você precisa do


dinheiro rápido e não há muito como protelar.

Planeje-se

Para se garantir neste tipo de situação é preciso se planejar, construindo uma reserva de
emergência. Caso contrário, sua única alternativa pode ser vender um bem ou recorrer a
um financiamento.

A pergunta que surge é: quanto exatamente separar para este tipo de emergência? Não
existe uma regra precisa, tudo depende do seu padrão de vida. Em geral, o que se
recomenda é ter um fundo equivalente a pelo menos três meses de despesas correntes.
Assim, se seus gastos mensais correntes são de cerca de R$ 700, o fundo deve ter pelo
menos R$ 2,1 mil.

Assumindo que a emergência tenha sido causada pela perda de emprego, é preciso
analisar como anda o mercado de trabalho na área em que você atua, de forma que
possa estimar o tempo necessário para se recolocar.

Como o tempo médio para encontrar um emprego pode superar os seis meses, ao
montar seu fundo de reserva vale a pena ser bastante conservador. Assim, deixar
separado o equivalente a seis meses de despesas pode ser o ideal, o que no exemplo
acima equivale a algo como R$ 4,2 mil.

Estabeleça metas realistas

É bom lembrar que este dinheiro não deve ser visto como dinheiro perdido, pois
certamente deve ser aplicado, mas sim como dinheiro que você não deverá usar no
pagamento das despesas correntes. Montar um fundo de reserva exige tempo,
perseverança e, mais do que tudo, objetivos claros e realistas. Assim como em uma
dieta, não adianta você estabelecer regras muito rígidas, porque certamente irá se
desanimar.

A primeira coisa a fazer é montar uma planilha detalhada com seus gastos mensais.
Com base nela, você poderá estimar o quanto sobra no final do mês. É claro que a
maioria das pessoas vai dizer que não sobra nada. Mas isso, em geral reflete o fato de
que as pessoas tendem a consumir itens desnecessários, preferindo o prazer imediato de
ter um bem de consumo, do que o prazer futuro de poder arcar com gastos
extraordinários.

Reveja seu orçamento e estabeleça como meta poupar pelo menos 5% do que ganha
todos os meses. Caso isto não seja possível, estabeleça alguns cortes. Não é difícil achar
"gordura" no orçamento que compense os 5% que pretende poupar. À medida que se
sentir confortável com o seu novo orçamento, você pode aumentar este percentual para
10% ou mais.

Evite as tentações

Para evitar tentações, imagine que você passou a ganhar menos ou que o seu salário
líquido é menor do que o que efetivamente tem. Estabeleça alguma forma de investir
diretamente do seu salário, por exemplo, estabelecendo um sistema de depósitos
mensais em seu fundo de investimento, ou na poupança.

Se você estava planejando algum gasto significativo para este ano, talvez valha a pena
adiar este sonho de consumo e usar o dinheiro para começar seu fundo de reserva. Por
exemplo, se você estava pensando em trocar de celular, comprar um novo laptop, um
aparelho de som ou coisa do gênero, use o dinheiro para começar seu fundo de reserva.

Finalmente, não se esqueça de aplicar este dinheiro em alguma opção que exija de você
algum esforço, nem que seja um telefonema para o banco, para ser sacada. Desta forma,
você consegue evitar saques precipitados, motivados por um impulso consumista de
momento. Montar um fundo de reserva exige uma revisão da forma com que você gasta
o dinheiro, mas o esforço certamente vale a pena.

Como fazer o seu planejamento?


Você sabe, exatamente, para onde está indo o seu dinheiro? Então, é hora de definir
como pretende administrar a quantia que recebe todos os meses e assumir o controle da
situação.

Regra básica: renda é ponto de partida

Se você não está satisfeito com essa regra básica do planejamento, pois acha que a sua
renda é pequena demais para atender às suas necessidades, reflita sobre a situação.

Caso esteja convencido de que não há possibilidade de cortar despesas, você só tem
duas alternativas: rever seu padrão de vida ou procurar fontes alternativas de renda.

Tenha uma meta para despesas correntes

Na ânsia de cortar gastos, nunca deixe de alocar parte da sua renda para o lazer. Você
deve reduzir as despesas para esse fim, mas não suprimi-las por completo. Afinal, de
nada adianta poupar pensando no futuro, se para isso você é forçado a esquecer do
presente. Uma das metas do planejamento deve ser aproveitar bem sua vida, porém com
criativa e sem massacrar seu orçamento por isso!

Procure estimar o quanto da sua renda está comprometido com despesas correntes
essenciais, como, por exemplo: necessidade básica de comida e roupas, faculdade,
despesas de moradia, prestação do carro, pagamento do seguro e lazer.

Reflita sobre o padrão de vida que a sua renda pode lhe assegurar, e corte gastos que
não reflitam esse padrão. O ideal é que as despesas acima não superem 70% da sua
renda líquida anual, ou seja, da sua renda depois de descontados impostos e taxas que
você tem que pagar para investir o seu dinheiro.

Três objetivos financeiros

Quando se fala em planejamento financeiro, há três objetivos em mente: acumular uma


reserva de emergência, poupar no longo prazo para realizar sonhos de consumo e
acumular um pé de meia para a aposentadoria.

Ao estipular que as suas despesas correntes não irão superar 70% da sua renda, você
pode destinar os 30% restantes para esses objetivos acima. Você pode começar
destinando uma parcela equivalente, de 10%, para os três. Mas, à medida que alcançar
algum deles, pode direcionar uma parcela maior para os dois outros.

Para quem está em dúvida entre a poupança de longo prazo e o pé de meia para a
aposentadoria, nunca é demais lembrar que, nos gastos correntes, não incluímos a
realização de sonhos comuns a todos nós, como a troca de carro, compra de uma casa
etc. Essa segunda parte da sua poupança, portanto, deve garantir a realização desses
objetivos no decorrer da sua vida.

Lembre-se, nunca é cedo demais para pensar no seu futuro! Portanto, a terceira meta, ou
seja, a parcela destinada à aposentadoria, é aquela que irá lhe dar tranqüilidade na
velhice. E nesse quesito, quanto antes você começar a poupar, melhor!

Difícil planejar? Previdência pode ajudá-lo a pensar no


futuro
Você já parou para pensar no objetivo da Previdência Complementar, ou Previdência
Privada?

Pois este pode ser um bom caminho, se você tem encontrado dificuldades para planejar
sua vida financeira no presente, e quanto mais no futuro! Você sabe por quê?

Seria ótimo manter o mesmo padrão de vida ao se aposentar, certo? Pois o objetivo da
Previdência Privada é justamente esse: garantir sua saúde financeira na terceira idade.

Começando pela definição


Para muitas pessoas, o termo "complementar" sugere "algo a mais", ou melhor, que o
seu objetivo seja, no futuro, o de garantir um padrão de vida maior do que o de agora.
Pois saiba que este erro faz com que muitos vejam a Previdência Complementar como
algo que seria bom ter, mas não necessariamente fundamental.

Mas a realidade não é bem assim. Fica mais fácil entender, se você considerar como são
raros os casos daqueles que conseguem manter o padrão de vida na aposentadoria,
contando apenas com a Previdência Social. Basta ver, ao redor, caso de parentes
próximos ou distantes e amigos, que passam pela situação.

Neste caso, a Previdência Complementar se transforma em um instrumento importante


de formação de patrimônio no longo prazo e, com isso, de preservação da qualidade de
vida das pessoas na aposentadoria. Não se trata, portanto, de melhorar o que se tem, mas
sim de preservar o que se tem!

Afinal, queira ou não, em algum momento da sua vida você não irá mais trabalhar, ou
pelo menos não da maneira como está acostumado, certo? Mas o caminho é evitar que
sua renda caia após a aposentadoria.

Através do investimento de longo prazo, ou da contratação de Previdência


Complementar, as pessoas conseguem recuperar parte desta renda perdida... e aprendem
a planejar o futuro!

Consumo: presente vs. futuro


Lembre-se sempre: o ato de poupar significa adiar o "consumo presente", com o
objetivo de garantir o "consumo futuro". Porém, como ninguém poupa toda a sua renda,
mas sim uma parcela dela, é preciso fazer com que a quantia poupada cresça ao longo
do tempo, para assim preservar o padrão de vida na aposentadoria. E isso requer muita
disciplina e força de vontade!

Que tal um exemplo? Pense no caso de uma pessoa com renda mensal de R$ 3 mil, e
que poupa R$ 300 por mês. Na prática, isso significa que está fazendo uma renúncia
parcial (em relação ao seu potencial de consumo), mas que, ao se aposentar, pretende ter
acumulado o suficiente para garantir uma renda mensal de R$ 3 mil nessa fase de sua
vida.

O padrão de vida futuro desta pessoa será fruto dos recursos acumulados no decorrer da
sua vida ativa, o que, por sua vez, depende do prazo de acumulação, do retorno obtido
com a aplicação dos recursos poupados e da quantia poupada.

Atenção às reservas acumuladas!


Fica fácil entender, portanto, que quanto maior a renúncia e o prazo de acumulação,
maiores as reservas acumuladas e o padrão de vida futuro. Mas, qual o diferencial da
Previdência neste processo de planejamento futuro?

Ainda que seja possível acumular dinheiro de outras formas, quando o foco é o longo
prazo, o próprio perfil dos produtos de Previdência acaba ajudando no alcance destas
metas. O conceito de contribuições periódicas, por exemplo, ajuda na criação do hábito
de poupar, pois exige que, em determinadas datas, esta pessoa direcione parte de sua
renda para poupança.

E mais: ao contratar um plano de previdência, você tem a opção de definir o


recebimento dos valores que poupou durante a vida na forma de uma renda. Lembre-se,
porém, que ela é calculada não só em relação ao que foi acumulado, mas também na sua
expectativa de vida. O fato de levar a expectativa de vida em consideração é importante,
pois define um padrão de renda mensal em linha com o seu perfil.

Tudo isso acaba lhe forçando a planejar os seus gastos na aposentadoria. Não são raros
os casos de pessoas que, tendo optado por investir sozinhas, acabam retirando o
dinheiro aplicado logo nos primeiros anos de aposentadoria, esquecendo-se de que
muitos outros virão! Sendo assim... planeje-se!
Décimo terceiro salário: planejamento faz toda a
diferença
Décimo terceiro. Para a grande maioria dos trabalhadores, esta é a oportunidade de
pagar dívidas, comprar presentes, refazer o guarda-roupa das crianças, reformar a casa,
garantir a viagem das férias de verão.

Porém, mal ele entra na conta e surpresa! Desaparece numa velocidade assustadora.
Algum erro no depósito? Não, de forma alguma: o que faltou mesmo foi planejamento.

Por que isso acontece?


Antes de colocar em prática os planos para o uso do dinheiro, as pessoas caem na
armadilha das contas mentais. De acordo com esta teoria, do economista
comportamental Richard Thaler, as pessoas tendem a atribuir mais destinos ao mesmo
montante do que ele é capaz de cobrir. Ou seja, muitas vezes, imaginamos que a nossa
renda é suficiente para muito mais gastos do que ela realmente comporta.

Por exemplo: um trabalhador deve receber um valor líquido de R$ 3.200 de 13º salário.
Ao se dar conta da quantia, muitas vezes sem perceber, começa a fazer planos com o
dinheiro extra. "Vou ganhar R$ 3.200, então vou comprar um notebook de R$ 2.000",
"Com os R$ 3.200, vou pagar meu IPVA de 1.700".

Inconscientemente, a pessoa não soma as despesas e apenas se fixa no valor de R$


3.200, ou seja, no exemplo anterior, o trabalhador já assumiria o compromisso de pagar
R$ 3.700 sem perceber, causando um rombo de R$ 500 nas contas.

Lembre-se dos descontos


Outro ponto importante: o trabalhador deve ter ciência de como este valor é pago, para
que possa, enfim, se planejar.

O décimo terceiro é recebido em duas parcelas: a primeira até o dia 30 de novembro (ou
último dia útil do referido mês) e a segunda até o dia 20 de dezembro.

Na primeira parcela o trabalhador recebe 50% do seu último salário, sem descontos.
Porém, no dia 20, surpresa: na segunda metade vêm descontados o Imposto de Renda e
o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Portanto, prepare-se!

Passo a passo
Para que você não se perca em seu planejamento, confira algumas dicas:

 o ideal é organizar seu orçamento antes do pagamento do décimo salário - a


intenção é mapear receitas e despesas, estabelecendo assim um cenário bastante
claro e realista da sua situação financeira;
 no caso de dívidas, estabeleça uma ordem de prioridade para quitação, optando
sempre por reduzir o valor devido com taxas de juros mais elevadas;
 agora sim, é hora de calcular quanto você tem para receber. Tendo isso no papel,
planeje o uso do dinheiro;
 na hora de planejar, muito cuidado: embora as festas da época estimulem o
consumo, controle-se! Construa uma reserva de emergência e pense nas
despesas de início de ano, nos gastos extras com matrícula, material escolar,
IPTU E IPVA, por exemplo;
 caso você não tenha dívidas e seja bastante comedido no consumo, parabéns! É
hora de planejar seus investimentos. Procure diversificar na alocação dos seus
recursos e informe-se muito antes de tomar qualquer decisão.

Gastos com lista de material exigem planejamento


As férias mal começam e, para muitos pais e alunos, já vem junto a preocupação com
material escolar do ano seguinte. Parece cedo para você? Pense só: matrícula,
mensalidade, uniforme... Os gastos são muitos, portanto a palavra de ordem é planejar
as despesas. A dica é iniciar a pesquisa de preço, com o objetivo e evitar correria e, ao
mesmo tempo, ter a liberdade de escolher as melhores condições de pagamento.

Se deixar para fazer as compras muito perto da volta às aulas, a tendência é que pare na
primeira loja e adquira tudo de uma só vez, sem se prender demais ao preço cobrado no
estabelecimento.

A primeira lição é "enxugar" a lista de material, de forma a gastar o mínimo necessário.


Como? Além da economia, cortando alguns itens da sua lista. Veja a seguir algumas
dicas que separamos para ajudá-lo a preservar seu orçamento.

Família unida economiza unida!


A hora é agora: reúna seus filhos e junte todos os itens de material que vocês têm em
casa. Muita coisa pode ser aproveitada de um ano para o outro. A dica é já listar esses
artigos, para que sejam excluídos das compras. Caso contrário, na hora H, com um
pouco de insistência das crianças, você acaba comprando tudo de novo, só que de outra
cor, desenho, personagem e, claro, com preço bem mais alto!

Opte por comprar alguns produtos em maior quantidade. O preço geralmente vale a
pena. Cadernos, lápis, borrachas, canetas e pastas com elásticos são alguns desses itens.

Promoções de grandes lojas


Com a concorrência no setor, principalmente nesta época, são comuns os casos de
papelarias e grandes lojas do ramo oferecerem descontos sobre seus principais produtos.
Se você tiver paciência, perceberá o quanto vale a pena pesquisar os preços.

Uma opção interessante é procurar lojas atacadistas onde o preço tende a ser mais
barato, tendo em vista que alguns materiais são vendidos em pacotes fechados com mais
de uma unidade.

Vale a pena reunir algumas listas com os mesmos materiais - pode ser a de alguns
amigos - e sugerir que a loja lhe dê descontos por se tratar de uma quantidade maior de
produtos. Dificilmente seu pedido será negado.

Compras virtuais
Andar de loja em loja atrás dos melhores preços não é a sua praia, ou então a sua carga
de trabalho não lhe permite o esforço? Neste caso, experimente visitar os sites
especializados no segmento.
Além de ser mais cômodo, você recebe a mercadoria em casa, pagando um frete.
Apenas preste atenção à idoneidade da empresa e às condições de pagamento e entrega
que ela oferece. Se possível, dê preferência às indicações de amigos e parentes que já
utilizaram os serviços, para evitar problemas.

Como a maioria dos sites de vendas on-line oferece uma série de opções de pagamento,
tome cuidado para não cair em golpes, evitando o depósito direto em conta corrente, por
exemplo.

Cuidado com certos itens


Muitos pais não sabem, mas todo material coletivo, relacionado à infra-estrutura do
aluno na escola, como copos descartáveis, papel higiênico e produtos de limpeza, é de
responsabilidade do estabelecimento de ensino.

De acordo com o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), a inclusão deste


tipo de produto na lista de material escolar é indevida. Os materiais contidos na lista
devem se destinar exclusivamente ao desenvolvimento didático-pedagógico do aluno.

A escola não pode determinar o local de compra dos itens pedidos na lista de material.
No máximo, a instituição de ensino pode indicar uma alternativa para a compra.

Por outro lado, a Pro Teste - Associação de Consumidores informa que, se os itens
solicitados não forem encontrados em outros locais, como é o caso de apostilas e
material pedagógico específico da escola, a instituição de ensino poderá cobrar uma
taxa de material escolar para cobrir estes custos.

Já no que diz respeito ao uniforme escolar, a Fundação Procon-SP alerta que, se a


instituição possuir uma marca devidamente registrada, ela poderá determinar o local de
compra desse item. Entretanto, diz o Idec, se os pais garantirem os mesmos padrões na
roupa, eles podem pedir para que a escola forneça o brasão da instituição e mandar
confeccionar no local de sua preferência.

Em quaisquer dos casos, as entidades contatadas sugerem aos pais tentarem negociar
com a escola o que for melhor para ambos. Caso não haja negociação e os pais se
sintam prejudicados, a orientação é para que os responsáveis procurem uma entidade de
defesa do consumidor.

Aprenda a poupar e a investir


Na organização de suas finanças pessoais, é muito importante que você siga uma
determinada seqüência. Primeiro, como você já viu, é muito importante regularizar suas
contas. Depois disso, quando as dívidas não forem mais um problema, você certamente
conseguirá identificar pontos a trabalhar em seu orçamento, possibilitando-lhe
economizar.

Cumpridas essas duas primeiras metas, é então hora de trabalhar com o dinheiro a seu
favor. Como? Investindo o dinheiro poupado!

Tenha sempre em mente a grande diferença entre poupar e investir. Ao economizar e


guardar dinheiro, você pode estar deixando-o escapar, caso não opte por alguma
alternativa que lhe reponha algumas perdas ao longo do tempo. Para isso, é bom
conhecer dois conceitos: taxa de juro e inflação.

Efeito do tempo na prática


O fato é tão comum que, infelizmente, corre-se o risco de se acostumar com a situação:
você gasta R$ 150 na conta do supermercado em uma compra. Um mês depois,
comprando basicamente os mesmos itens, no mesmo local, gasta R$ 20 a mais. Por quê?

Trata-se da subida de preços (inflação) que, embora ocorra hoje em menor escala, deve
ser sempre observada com atenção pelos consumidores. Isso facilita a percepção de que,
ao longo do tempo, o dinheiro acaba "perdendo" valor.

Frente a isso, é importante considerar um outro conceito, de taxa de juro. Visando


corrigir essa perda de valor ao longo do tempo, os juros são considerados tanto quando
você investe seu dinheiro, como ao financiar uma determinada compra.

Geralmente, o retorno de uma aplicação é menor do que o efeito dos juros sobre uma
dívida. Portanto, o ideal é trabalhar muito bem com esses conceitos. Vamos a alguns
exemplos:

EXEMPLO 1. Na primeira situação, você se propõe a juntar R$ 250 todos os meses,


optando por uma modalidade de investimento de risco, digamos, moderado.
Imaginamos aqui uma rentabilidade de 1% a.m.

Investimento mensal R$ 250


Rentabilidade mensal 1,00%
Duração do investimento (meses) 12
Valor total R$ 3.170,63

Sem o efeito dos juros, o valor futuro (quanto juntaria após um ano) seria de R$ 3 mil.
Já considerando a taxa mensal de 1% de juros, mês a mês (juros compostos), o valor
passaria a R$ 3.170,63 (um acréscimo de pouco mais de R$ 170).

EXEMPLO 2. Já aqui você opta por financiar a compra de um eletrônico no valor de


R$ 3 mil por um ano. Vale lembrar que as taxas no crediário, aqui, são bem mais altas.
Imaginamos algo em torno de 5%. Veja só:

Valor do eletroeletrônico R$ 3 mil


Pagamento mensal R$ 338,48
Taxa de juro mensal 5,00%
Número de meses 12
Gasto total R$ 4.061,71
Pagando, neste caso, parcelas de quase R$ 340, você teria, após um ano, mais de R$ 4
mil! Agora compare: neste caso, sua dívida cresceria mais de mil reais, enquanto no
investimento, pouco mais de cem reais! Justamente por isso, vale muito a pena analisar
todas as condições antes de tomar qualquer decisão de endividamento ou investimento.

É perigoso, por exemplo, esforçar-se tanto para investir, a ponto de perder-se em


dívidas!

Tanto no investimento quanto no financiamento, trabalha-se com o conceito de juros


compostos. Quer saber mais sobre o assunto?

Cálculos de juros
1. Cálculo de juros simples:

Valor em Reais x Taxa de juros x Período (em anos) = Valor Final

Exemplo: Se você tinha R$ 100,00 em um investimento que pagou 6% de juros


simples, durante o primeiro ano você ganharia R$ 6,00 em juros.

R$ 100,00 x 0.06 x 1 = R$ 6,00

No final de dois anos, você teria ganho R$ 12,00. A conta continuaria a crescer a uma
taxa de R$ 6,00 por ano, apesar dos juros acumulados.

2. Cálculo de juros compostos:

Os juros são pagos no valor original do depósito, mais qualquer juros ganho.

(Valor R$ Original + Juros Ganhos) x Taxa de Juros x Período = Valor Final

Exemplo: Se você tinha R$ 100,00 em um investimento que pagou 6% de juros


compostos anualmente, no primeiro ano você ganharia R$ 6,00 em juros.

R$ 100,00 x 0.06 x 1 = R$ 6,00


R$ 100,00 + R$ 6,00 = R$ 106,00

Com juros compostos, no segundo ano você ganharia R$ 6,36 de juros.

O cálculo do segundo ano seria assim:

R$ 106,00 x 0.06 x 1 = R$ 6,36


R$ 106,00 + R$ 6,36 = R$ 112,36
Conceitos importantes
Ninguém acerta nos investimentos por pura sorte o tempo todo. Grande parte dos bons
resultados se deve ao preparo do investidor, que acumula o máximo de informações
antes de dar qualquer passo.

Manter-se bem informado proporciona maior segurança para investir e, ainda, deixa-o
ciente de que os riscos existem e é preciso analisá-los com muita cautela.

As opções para investir são muitas e é recomendável que você apure o máximo de
dados de cada modalidade antes de tomar sua decisão. A seguir, listamos alguns
conceitos importantes, que podem ajudá-lo a começar. Confira!

Contas bancárias: como elas funcionam?


A conta corrente serve para receber depósitos e realizar pagamentos do dia-a-dia. Não
rende juros, salvo os casos em que seu banco oferece poupança automática. Verifique
com seu banco.

Permite que você movimente o seu dinheiro utilizando cartões a partir de um caixa
automático ou algum estabelecimento comercial, remotamente pela internet, telefone,
ou pessoalmente em uma agência ou posto bancário.

Caderneta de poupança
Trata-se de um dos modelis mais tradicionais de investimentos. O correntista pode fazer
aplicações que rendem em intervalos de 30 dias. A caderneta de poupança garante
rendimento mínimo de 0,5% ao mês.

Nesta modalidade de investimento, o dinheiro pode ser facilmente resgatado e o risco é


mínimo, desde que seu dinheiro esteja investido em uma instituição financeira
consolidada no mercado.

Conta bancária com poupança automática


Combina os benefícios das contas-correntes e de poupança. O depositante recebe
rendimento sobre qualquer quantia não utilizada em sua conta e pode movimentá-la
livremente.

Títulos de dívida
Um título de dívida é uma espécie de "vale", atestando que você emprestou dinheiro a
um governo ou companhia e que descreve os termos de reembolso.

O comprador pode adquirir um título de dívida com desconto. O título tem uma taxa de
juros fixa por um período determinado. Quando o tempo se esgotar, diz-se que o título
"venceu" e o comprador poderá resgatá-lo pelo valor nominal integral. Alguns tipos:

Títulos de Dívida Externa


São títulos de dívida pública colocados no mercado internacional, em geral
denominados em moeda estrangeira. Existem vários títulos de dívida externa, dentre os
quais os Bradies e os bônus globais são os mais conhecidos.

Títulos de Dívida Pública


Termo que denomina os títulos financeiros com variadas taxas de juros, métodos de
atualização monetária e prazos de vencimento, que são utilizados como instrumentos de
endividamento interno e externo.

Títulos Pós-fixados
Os títulos pós-fixados funcionam de forma diferente. Quando você investe em um pós-
fixado você saberá o quanto irá receber somente no final da aplicação. Isso ocorre
porque o rendimento é determinado pela variação de certo índice mais uma taxa de juros
determinada no início.

Títulos Pré-fixados
São aqueles cuja remuneração é determinada no momento da aplicação. Assim, quando
o gerente do seu banco lhe oferece um CDB pré-fixado de 30 dias rendendo 18%, isto
significa que você já sabe o quanto receberá dentro de um ano - o valor investido mais
juros pelo período (30 dias) em que o dinheiro foi investido.

Títulos Privados
Todos os títulos de renda fixa, que são emitidos por bancos e empresas são conhecidos
como títulos de dívida privada, ou títulos privados. De maneira geral, as aplicações em
renda fixa podem ser organizadas de acordo com seus emissores.

Existem basicamente três emissores de títulos de renda fixa, que são:

 o Governo (LTNs, NTNs, etc.);


 os bancos (CDBs, RDBs, letras hipotecárias, letras cambiais);
 as empresas (debêntures, commercial papers).

Títulos Públicos
Assim como as empresas e os bancos, os governos federal, estadual e municipal
precisam de dinheiro para financiar suas obras e cobrir suas despesas. Os títulos
emitidos por estas entidades são chamados de títulos de dívida pública e podem ser pré
ou pós-fixados.

Fundos de Investimentos
Utilizamos aqui a definição da Anbid, que é a Associação Nacional dos Bancos de
Investimentos, para ajudá-lo a compreender melhor esta modalidade.

Os fundos são condomínios que reúnem em um mesmo lugar diversos investidores com
objetivos e necessidades semelhantes.

Esse condomínio, ou seja, o fundo, contrata uma instituição para gerir seus recursos (o
gestor), que fica sendo a responsável pelas aplicações dos recursos do fundo no
mercado, conforme objetivo e política de investimento definida. O fundo de
investimento consegue condições mais vantajosas no mercado financeiro que o
investidor individualmente.

A principal vantagem de se investir em um fundo é não precisar ser nenhum "mestre"


em investimentos e nem ter muito dinheiro para se beneficiar das oportunidades
disponíveis no mercado financeiro.

A você cabe o papel de escolher o produto que tenha uma política de investimento
adequada às suas expectativas. Para facilitar o acompanhamento, os fundos são
divididos em classes que os agrupam por sua similaridade de política de investimento e
pelo seu grau de risco.

Classes de fundos
Cada fundo possui política de investimento e composição de carteira que variam das
mais conservadoras às mais arrojadas.

A CVM - Comissão de Valores Mobiliários dividiu os fundos da indústria em sete


grandes classes, considerando, para tanto, a composição de sua carteira. Essa iniciativa
possibilitou ao investidor uma visão mais uniforme sobre os tipos de fundos de
investimento disponíveis no mercado.

São eles: de curto prazo, referenciado, renda fixa, multimercado, ações, cambial e
dívida externa. Alguns tipos de fundos de investimentos:

 Fundos DI e Renda Fixa


Fundos DI têm juros variáveis de acordo com a variação da taxa básica de juros
definida pelo Banco Central, por isso são indicados para quando há tendência de
alta nos juros.
 Fundos de ações
O seu banco tem provavelmente uma grande variedade de fundos de ações para
oferecer.
Cada fundo tem um perfil diferente: alguns são compostos de uma mistura de
títulos governamentais e ações de empresas de capital aberto, outros investem
em setores específicos da economia. Um fundo de ações com grau de risco alto
pode render juros altos, mas também está sujeito a perdas - você pode acabar
com menos dinheiro do que investiu.
 Fundos multimercado
São fundos que possuem políticas de investimento que envolvem vários fatores
de risco, pois combinam investimentos nos mercados de renda fixa, câmbio,
ações, entre outros.
 Fundos cambiais
Fundos cambiais têm sua taxa de juros baseada na flutuação do dólar. São
desaconselháveis caso haja uma forte tendência de queda no valor da moeda
norte-americana, mas podem ser uma boa opção para quem está guardando
dinheiro para uma viagem ou curso no exterior.

Ações
A ação representa a propriedade de uma empresa. Os acionistas possuem uma parte da
companhia (menor fração do capital dessas empresas) e têm direito a uma parcela dos
lucros e, dependendo do tipo de ação, um voto sobre como a companhia é administrada.

As empresas emitem ações para aumentar o capital social e os recursos levantados


podem ser utilizados para vários fins, sobretudo futuros investimentos.

Os lucros da companhia podem ser divididos entre os acionistas, na forma de


dividendos, os quais geralmente são pagos trimestralmente.

Uma ação listada em bolsa é uma ação negociada no pregão de uma bolsa de valores.
No Brasil, a Bovespa exerce esta função.

Certamente, você já deve ter visto as siglas ON e PN. Você sabe o que significam?

ON - Ação Ordinária
São ações que conferem ao acionista direito de voto na empresa, por ocasião da
realização das assembléias de acionistas. São ações normalmente menos negociadas no
mercado que as preferenciais e, portanto, de menor liquidez.

PN - Ação Preferencial
São ações que garantem aos acionistas maior participação nos resultados da empresa,
mas que não dão direito a voto.

Característica principal deste investimento:


Investir em ações pode garantir bons ganhos, por conta de apresentar rendimentos mais
altos. Mas é importante lembrar o conceito: quanto maior o retorno, maior o risco. O
dinheiro não estará disponível rapidamente se você precisar dele, e deve ser encarado
como investimento de longo prazo.

Evite fraudes em investimentos


Naturalmente, sua intenção ao investir é justamente ver o seu dinheiro crescer. Portanto,
como estamos falando do seu bolso, é importante tomar algumas precauções, sobretudo
em relação a fraudes, que podem ser evitadas.

 informe-se bem sobre investimentos e empresas, antes de investir;


 fale com outras pessoas que já fizeram investimentos semelhantes;
 obtenha informações de órgãos reguladores estaduais e federais;
 nunca aceite qualquer proposta sem analisar minuciosamente do que se trata;
 evite oportunidades de investimento que prometem grandes retornos em um
espaço de tempo muito curto, que parecem ser "boas demais para serem
verdade" -- provavelmente, não são mesmo!

Caso desconfie de um investimento, consulte o Procon de sua cidade e descubra se


já existem reclamações sobre ele. Outra boa fonte de orientação é a
Superintendência de Proteção e Orientação a Investidores da CVM (Comissão de
Valores Mobiliários) ou ainda o site do Banco Central.

CDBs
O que são e como funcionam

 Existem dois tipos: o CDB DI e o CDB pré-fixado. O CDB DI, indicado para
momentos em que os juros apresentam tendência de alta, é remunerado por um
percentual da taxa DI, fixado no momento da aplicação e mantido durante todo o
tempo do investimento.No CDB Pré, o banco paga um valor fixo de juros por
uma quantia fixa de dinheiro, durante um período fixo, por isso é indicado
quando os juros seguem tendência de baixa. Ambos os casos tem carência
mínima de 30 dias antes que você possa efetuar um resgate.
 Oferece riscos baixos, com base na solidez da instituição.
 Oferece taxas de juros mais altas do que as contas de poupança
 O acesso ao seu dinheiro fica restrito nos primeiros 30 dias.
 Sofre penalidade se for sacado antes da data de vencimento (a penalidade pode
ser maior do que os juros auferidos).

Seguro de proteção financeira: mantendo os


pagamentos em dia
Basta uma rápida olhada no seu orçamento, que você logo percebe o número de
prestações que tem que pagar todos os meses. Água, luz, telefone, escola do filho,
crediário da geladeira e do celular, financiamento do carro, do computador, da casa etc.
A cada mês que passa parece que o número de prestações aumenta.

Mas, e se alguma coisa acontecer com você? E se você perder o emprego, sofrer um
acidente que o impeça de trabalhar, mesmo que temporariamente, ou ainda pior, se você
simplesmente vier a falecer? Por mais que você não queira pensar sobre o assunto, isso
não impede que um dos eventos venha a acontecer.

Ao contrário do impacto emocional, para o qual é difícil se preparar, o mesmo não se


pode dizer do impacto financeiro, para o qual é possível, sim, se planejar. O seguro de
proteção financeira foi desenvolvido para isso, para garantir sua capacidade de manter
suas prestações em dia, mesmo que algum desses eventos aconteça.

Como funciona o seguro?


Se você perder o emprego de forma involuntária, ou for vítima de acidente ou doença
que leve a invalidez temporária, você terá garantido o pagamento de 3 a 6 prestações.
Somente nos casos de falecimento, ou invalidez permanente, é possível garantir um
prazo maior de pagamento: de até 12 prestações.

Existem, contudo, algumas restrições. Como o seguro foi desenvolvido para garantir a
sua proteção em caso de desemprego involuntário, se você aderir a um Programa de
Demissão Incentivada, for demitido por justa causa ou se aposentar não terá direito à
cobertura.

Já nos casos de invalidez (temporária ou permanente) ou de morte, você não terá direito
à cobertura se o afastamento for decorrente de doença pré-existente, ou no caso das
mulheres, no evento de parto ou aborto. Como era de se esperar, também não são
indenizados acidentes causados por uso de drogas ou prática de atos ilícitos.
Pacotes permitem custo reduzido
Hoje em dia, o seguro de proteção financeira já é oferecido por algumas empresas de
utilidade pública (ex. luz e telefonia), varejistas (eletrônicos, material de construção e
supermercado), instituições financeiras (financeiras, consórcios e bancos) e até mesmo
escolas. Afinal, em todos os casos você efetua um pagamento mensal.

O custo do seguro varia de acordo com o tipo de proteção contratado. Mas, não é
preciso se preocupar com o peso no orçamento, pois como em geral estas empresas e
instituições contratam a cobertura para vários clientes em pacote, é possível oferecer um
custo bastante reduzido por segurado.

Carência e franquia: qual a diferença?


Na hora de contratar o seguro você deve ficar atento a dois pontos: a carência e a
franquia. A primeira define o período de tempo necessário para que seguro entre em
vigor. Assim, por exemplo, se o seguro tem carência de 24 horas, isso significa que
somente após esse período você terá direito à indenização. Em outras palavras, se um
dos eventos mencionados acima acontecer antes destas 24 horas, você não terá direito à
indenização.

Já a franquia define o período, a partir da data de ocorrência do evento, durante o qual o


segurado ainda é responsável pelo pagamento das prestações. Na prática isso significa
que, num seguro com franquia de 15 dias, você é responsável pelo pagamento de
qualquer prestação cujo vencimento ocorrer até 15 dias após o evento. Passado esse
período, a responsabilidade pelo pagamento da prestação fica com a seguradora, de
acordo com o previsto no contrato.

Ao permitir que você mantenha o pagamento das suas prestações, mesmo diante de um
evento como os que discutimos, o seguro de proteção financeira é uma alternativa barata
para quem se preocupa em manter o seu nome limpo. Ele é particularmente útil para
quem ainda não conseguiu juntar uma reserva de emergência que possa garantir o seu
equilíbrio financeiro neste tipo de situação.

Proteja seu patrimônio


Ao longo da vida, comemoramos várias conquistas que vão compondo o nosso
patrimônio. Tudo é conquistado com bastante trabalho e planejamento. Portanto,
protegê-lo é nossa obrigação, não apenas para evitar perdas financeiras, como também
para garantir a segurança de nossos familiares, caso algo inesperado aconteça.

Existem serviços criados justamente para este fim: são os seguros, que podem ser
considerados "despesas de proteção". Isso porque eles representam um gasto a mais no
seu orçamento, porém com a finalidade de lhe oferecer garantias na ocorrência de uma
situação de risco, adversa (o roubo do carro, um problema de saúde, a perda de um
emprego ou de um familiar etc.).

Seguro: peça importante no planejamento financeiro


Tente refletir sobre os momentos da sua vida em que você passou algum tipo de
dificuldade financeira. Se você nunca passou por esse tipo de situação, parabéns,
certamente isso é fruto dos bons hábitos financeiros que você desenvolveu ao longo da
vida.

Mas, se em algum momento você passou por isso, procure avaliar o que o levou a essa
situação. O mais provável é que você tenha sido surpreendido por um evento
extraordinário, como por exemplo, a perda do emprego, algum problema de saúde, teve
sua casa assaltada etc., o quê acabou afetando o seu orçamento.

Ao contrário do que a maioria das pessoas imagina, apesar do nome, os gastos


extraordinários também podem ser planejados. Impossível? Claro que não. Dê uma
olhada nas suas despesas nos últimos 6 a 12 meses, certamente você conseguirá
identificar que uma parcela relativamente constante do seu orçamento é direcionada
para o que chamamos de gastos extraordinários.

Para que serve o seguro?

Diante desta constatação, fica fácil ver que, se você quiser evitar novas surpresas, terá
que rever o seu planejamento financeiro de forma a considerar esta nova categoria de
gastos. Existe, contudo, uma outra forma de se preparar para estes gastos e se proteger
do impacto que eles têm no seu orçamento. Como? Contratando seguro.

Afinal, é exatamente esse o objetivo dos seguros: protegê-lo do impacto financeiro que
um determinado evento futuro (que pode ou não acontecer) pode lhe causar. A este
evento futuro, que pode levá-lo a uma situação de desequilíbrio financeiro e do qual
você quer se proteger, damos o nome de risco.

Hoje em dia já é possível encontrar seguros para a cobertura dos mais variados riscos,
como por exemplo, o risco de ter seu carro roubado, o de sofrer um acidente e não poder
trabalhar por vários meses, o de perder o emprego e não conseguir manter o pagamento
das prestações em dia ou, o pior deles, o de vir a falecer e deixar sua família
desamparada.

Planejando para o extraordinário

Ao contratar um seguro, você garante que terá direito ao recebimento de uma


determinada quantia, também conhecida como indenização ou cobertura, caso um destes
eventos venha a acontecer. Desta forma, você evita, ou ao menos diminui, o impacto
financeiro que este evento terá no seu orçamento.

Exatamente por isso, pode-se afirmar que o seguro ajuda no seu planejamento
financeiro. Afinal, ao invés de ser surpreendido com uma despesa extraordinária (com
carro, casa, saúde etc.), você se planeja para isso, pagando todos os meses a sua apólice.
Em outras palavras, transforma uma despesa extraordinária que não consegue estimar,
em prestações fixas.

Vale notar, contudo, que seguro não deve ser visto como um substituto à formação de
um patrimônio. Mas, como uma forma inteligente de melhorar a qualidade dos seus
gastos, uma vez que se trata de uma despesa que protege o seu orçamento de riscos.

Seguro de vida ou de acidente: como escolher?


Na intenção de economizar, muitas pessoas contratam seguro de acidentes, por ser,
geralmente, mais barato do que o seguro de vida.

Pois saiba que este não é o melhor caminho, já que não se deve escolher um seguro
somente pelo seu custo, mas sim pelo tipo de cobertura que você necessita. Lembre-se:
ao optar pelo seguro de vida correto, você estará contribuindo, e muito, para o seu
planejamento financeiro!

Atenção à cobertura
Seguro de vida ou de acidentes? Pode-se dizer, de maneira simplificada, que a principal
diferença entre os dois é que o de acidentes não oferece cobertura nos casos de
falecimento por morte natural.

Isso significa que o seguro de vida oferece uma cobertura mais ampla do que o seguro
de acidentes pessoais. No entanto, vale esclarecer que isso acaba refletindo no preço,
que tende a ser mais elevado do que o de seguro de acidentes.

A cobertura básica do seguro de acidentes prevê indenização em caso de invalidez ou


falecimento causado por acidente (que é definido como uma ocorrência involuntária,
externa e súbita). Portanto, caso queira, você precisa contratar uma cobertura adicional
para despesas médicas, incapacidade temporária, e auxílio funeral.

Analise sua situação atual


Que idade você tem? Que tipo de vida você leva? Qual a sua situação familiar, você tem
dependentes?

Sua situação atual deve ser analisada com critério, na escolha do seu seguro: o de
acidentes pode ser a opção mais atrativa se você é jovem, solteiro, pertence a uma
família com situação financeira tranqüila e não tem ninguém que dependa
financeiramente de você.

Por outro lado, se, mesmo sendo jovem, você tiver dependentes (cônjuge, filhos ou pais)
o seguro de vida é mais indicado, pois garante uma cobertura mais ampla, já que o risco
financeiro da sua invalidez ou falecimento é maior neste caso. Afinal, caso isso
aconteça, outras pessoas ficarão desamparadas, daí o porquê de ser importante calcular
com calma o tipo de cobertura necessária.

E quanto ao custo?
De maneira geral, para os jovens, o custo dos dois produtos é praticamente o mesmo.
Como, nesse grupo, o risco de falecimento é baixo, o maior componente refere-se ao
acidente, e daí a semelhança entre os custos dos dois produtos.

Entretanto, lembre-se: ao contratar um seguro, seja ele qual for, o seu objetivo maior
deve ser de se proteger do risco financeiro que um possível evento pode causar. Ou seja,
se o risco financeiro de você vir a falecer por causas naturais for pequeno (cobertura que
só é garantida pelo seguro de vida), pode valer mais a pena contratar um seguro de
acidente, e vice-versa.

Seguro de vida: de quanto deve ser a minha cobertura?


Alguns produtos são contratados, justamente com a intenção de nunca precisarmos
deles. Este é o caso do seguro de vida, item importante no seu planejamento financeiro.
Você possui um?

Pois este pode ser um caminho, caso tenha alguém que dependa financeiramente de
você. Afinal, o objetivo dessa modalidade de seguro é justamente garantir a segurança
financeira dos seus dependentes por certo tempo, caso você esteja impossibilitado de
fazê-lo.

Convencido a contratar um seguro de vida? Então, é hora de verificar que tipo de


cobertura você precisa ter, ou seja, de quanto deve ser a indenização, para que seus
dependentes tenham a tranqüilidade financeira necessária para retomar suas vidas.

Analise o seu estilo de vida


É importante você identificar com clareza qual é o seu estilo de vida: por ele você
poderá determinar o valor do seu seguro de vida. Por exemplo: se você é assalariado e
ainda não acumulou o suficiente para que a sua família possa viver de renda, a cobertura
do seu seguro deve, ao menos, ser capaz de cobrir o seu salário por um determinado
tempo.

Esse período vai depender da situação da sua família. Se o seu cônjuge não trabalha e
você é o único responsável pelo sustento da casa, o tempo necessário de cobertura deve
ser mais longo. Mas, mesmo que o seu cônjuge trabalhe, é bastante provável que, com a
chegada dos filhos, ao menos nos primeiros meses, opte por ficar em casa para dar um
maior apoio às crianças. De forma que é preciso levar isso em consideração na definição
da cobertura do seguro.

Pais e filhos
Para ilustrar, outros exemplos: caso os seus pais sejam idosos e morem com você,
permanecendo, durante o dia, sob os cuidados do seu cônjuge, em algum momento você
terá que avaliar o custo de ter outra pessoa fazendo isso, já que, muito provavelmente,
seu marido, ou esposa, terá que voltar a trabalhar e não terá condições de arcar com esta
responsabilidade.

Outro ponto: ninguém gosta de pensar nisso, mas, avalie se, ao falecer, sua família terá
dificuldades para manter o pagamento de financiamentos ou consórcios. Ainda que a
maioria dos financiamentos imobiliários já inclua, no valor da prestação, o custo de
seguro que garante a quitação do saldo devedor em caso de falecimento, ou acidente
com invalidez permanente do titular, trata-se de uma medida importante para o seu
planejamento financeiro.

E não termina aí. Você também precisa se preocupar com a garantia do futuro dos seus
filhos, dependendo da idade deles. Caso ainda sejam crianças, e você não possua um
seguro educação, ou tenha um plano de previdência voltado à garantia do estudo dos
seus filhos, estes custos, ou ao menos parte deles, também devem ser incluídos no seu
cálculo.

Despesas correntes
Mais um passo para determinar o valor do seu seguro de vida: calcule as despesas
correntes da sua família e estabeleça um prazo para cobertura destas despesas. Afinal, o
seguro não tem como objetivo garantir uma renda perpétua, mas dar condições para que
a sua família consiga se restabelecer.

Depois disso, é importante que você estime o valor do seu patrimônio. Quanto você
acumulou até o momento? Lembre-se, no entanto, que alguns bens não poderão ser
vendidos, como sua casa. Estime seu patrimônio já excluindo bens ou valores que não
poderão ser usados para garantir uma renda familiar. A diferença deve ser o valor do seu
seguro. Uma vez que tenha uma idéia clara do que pretende, é hora de contatar um
corretor e pesquisar as melhores condições oferecidas no mercado.

Seguro residencial: proteção para o seu maior


patrimônio
Apesar da casa própria estar certamente entre os maiores investimentos que uma pessoa
ou família pode fazer, poucos brasileiros se preocupam em contratar um seguro
residencial. Como entender isso?

Simples! Diante do orçamento apertado, muitos brasileiros são forçados a fazer


escolhas, e acabam optando por evitar gastos que não consideram tão necessários.
Também contribui para isso a percepção errada de que o seguro residencial é um
produto caro. Afinal, se o seguro do carro pesa no seu orçamento, como não esperar que
o seguro da casa, bem cujo valor é muito maior, não seja mais caro?

Relativamente barato
Aqui, vale lembrar que o custo de um seguro está intimamente relacionado com o risco
de que a seguradora venha efetivamente a ter que pagar a indenização. Este risco é
menor nas residências do que nos veículos, de forma que, ao contrário do que muitas
pessoas imaginam, o seguro residencial não é caro.

Como era de se esperar, o custo do seguro varia de acordo com o tipo de cobertura que
o segurado deseja (básica ou mais completa). Em geral, o custo anual da apólice varia
entre 0,05% e 3% do valor segurado. Assim, segurar um imóvel de R$ 250 mil pode
custar apenas R$ 125 por ano, ou pouco mais de R$ 10 mensais. Certamente uma
quantia fácil de se economizar, sobretudo quando considerada a proteção financeira que
se recebe em troca.

Apesar disso, apenas 15% das residências brasileiras estão seguradas. Procurando atrair
o interesse do consumidor para o produto, algumas seguradoras já oferecem apólices
combinadas, que protegem a casa e o carro. Para se ter uma idéia, a apólice conjunta
implica em um custo adicional de menos de 5%, frente ao custo de se contratar apenas a
cobertura de seguro de auto.

O que está incluído na cobertura?


Todas as seguradoras são obrigadas a oferecer uma cobertura básica, cobrindo perdas
contra raios, explosão ou incêndio, mas também existem coberturas opcionais, como
por exemplo, contra danos elétricos e quebra de vidros, inundação, roubo e furto, e até
mesmo de responsabilidade civil. Esta última, por exemplo, pode ser útil para o caso de
um vazamento no seu imóvel causar danos materiais no imóvel de um vizinho.
Como, muitas vezes, os danos causados ao imóvel exigem que o morador seja forçado a
morar em outra propriedade por algum tempo, algumas seguradoras também oferecem
cobertura para "perda com aluguel". Neste caso, você será ressarcido se, devido a um
incêndio, inundação ou outro evento que esteja previsto no contrato, você seja forçado a
morar, mesmo que temporariamente, em outro local.

Mas, é preciso ficar atento, pois alguns danos ao imóvel não são cobertos. Esse é o caso,
por exemplo, de falhas no projeto de construção ou desgaste de material usado na obra.
Também são excluídos danos relacionados à má conservação do imóvel, desocupação
por longo tempo etc. Para evitar dúvidas e controvérsias, caso você precise acionar o
seguro, certifique-se de que todas as exclusões estejam incluídas no contrato.

De que cobertura você precisa?


Antes de contratar um seguro, avalie a que tipo de riscos o seu imóvel está exposto. Por
exemplo, que tipo de imóvel você tem: apartamento, casa térrea ou um sobrado? Quais
os riscos aos quais o seu imóvel está exposto? Cabe a você escolher qual cobertura irá
contratar: quanto maior o número de coberturas, maiores os gastos.

Se você mora em apartamento, a lei obriga o imóvel a ter seu próprio seguro, mas estes
seguros são menos abrangentes, já que, em geral, não cobrem perdas que venham a
acontecer em um só apartamento. Portanto, o melhor é contratar um seguro individual
que cubra riscos mais específicos do seu imóvel, ou simplesmente só os bens materiais
(eletrodomésticos, eletrônicos, etc.) que você possui.

Para sua maior segurança, prepare lista detalhada com bens e aparelhos que serão
cobertos pelo seguro, já que muitas seguradoras não realizam vistoria prévia e cabe a
você assegurar que a lista detalhada seja anexada à apólice de seguro. Em geral, jóias e
obras de arte necessitam de cobertura adicional.

Antes de acionar a seguradora, compare o custo de reparo ou reposição com o da


franquia, já que, muitas vezes, não vale a pena acionar a franquia. Lembre-se que, na
hora da renovação, a ausência de sinistro pode levar a seguradora a oferecer descontos
de 10 a 30%.

Seguro de autos: cuidados a serem tomados na


contratação
O seguro de autos é, sem dúvida, um dos mais populares do País. Mesmo assim, estima-
se que apenas um quarto da frota brasileira esteja segurado. A cobertura básica
oferecida na maioria das apólices inclui proteção por perda parcial ou total nos casos de
colisão, furto ou roubo.

Também são oferecidas coberturas para acessórios (ex. som, farol de milha etc.),
cobertura de acidente pessoal para passageiro (APP) e responsabilidade civil facultativa
de veículo (RCF-V). Enquanto a cobertura de APP cobre despesas médicas e garante o
pagamento de indenização no caso de morte ou invalidez permanente de um passageiro,
a RCF-V tem como objetivo garantir indenização, no caso do motorista vir a causar
danos corporais e materiais a terceiros.
Nos últimos anos, as coberturas vêm se ampliando, e já incluem, por exemplo, serviço
de atendimento ao acidentado, carro substituto durante o período em que o veículo
original do segurado ainda estiver sendo consertado etc. Como é de se esperar, quanto
mais ampla for a cobertura, maior o custo da apólice que, em geral, varia entre 5% e
20% do valor segurado. Desde 2003, o valor segurado é calculado com base no valor de
mercado do veículo.

Cuidados a serem tomados


Como se trata de um item relativamente importante do seu orçamento, vale a pena
tomar alguns cuidados, antes de contratar o seu seguro:

 Verifique a idoneidade do corretor


Se você está procurando um seguro para o seu carro, sua primeira providência
deve ser procurar um corretor confiável, que possa orientá-lo na escolha da
melhor apólice. Verifique se ele está inscrito na Superintendência de Seguros
Privados (Susep), que é o órgão regulador do setor.
 Perfil do segurado pode reduzir gasto
Responda ao questionário sobre o perfil do segurado, sem omitir nenhuma
informação e com o máximo de precisão. Esclareça todas as suas dúvidas e seja
o mais preciso possível. Afinal, o questionário será usado para avaliar o risco
que a empresa corre ao segurar o seu veículo.
 Em caso de dúvidas, contate a seguradora
Leia com atenção o contrato e observe as cláusulas. Verifique todas as
informações presentes no contrato. Caso não concorde com algum ponto, entre
em contato com a seguradora.
 Mesmo inadimplente, você pode ter direito à indenização
Se você estiver inadimplente, procure a seguradora para negociar a sua situação.
A seguradora pode rescindir o contrato, assim que for constatada a
inadimplência; no entanto, você deve ser informado com antecedência.
Dependendo do tipo de contrato, você tem direito a receber a indenização, mas é
preciso checar antes a quantidade de meses em atraso.
 Prazo de 30 dias para pagar indenização
Após o recebimento dos documentos exigidos em contrato, a seguradora tem um
prazo máximo de 30 dias para pagar a indenização. Se, após este período, a
quantia ainda não tiver sido paga, você pode entrar em contato com os órgãos de
defesa do consumidor para registrar queixa, uma vez que a seguradora só pode
recusar o pagamento da indenização em casos de fraude.

Na hora de tomar sua decisão, não se concentre apenas no valor da apólice. Avalie
também a amplitude da cobertura, a qualidade do atendimento oferecido pela
seguradora e, é claro, a sua reputação no mercado.

Seguro de acidente pessoal: proteção para profissionais


liberais
Sua carreira está indo muito bem. Depois de alguns anos trabalhando em uma grande
firma, você finalmente tomou coragem e acaba de abrir seu escritório de arquitetura.
Mas, durante um passeio de barco no final de semana você acabou sofrendo um
acidente, que deve deixá-lo de cama por alguns meses.
Familiares e amigos suspiram aliviados, afinal, podia ter sido pior! Mas, você, por outro
lado, se preocupa. Três meses sem poder usar o braço direito! Como é que você vai
fazer para tocar o escritório e, conseqüentemente, se sustentar? Preso a uma cama de
hospital, você não tem como visitar obras, e com o braço imobilizado fica impossível
sequer usar o laptop.

Nestas horas ter um seguro contra acidentes poderia fazer a diferença, pois receberia
uma indenização pelo acidente, que certamente ajudaria a equilibrar melhor sua situação
financeira.

Quem deve contratar?


Você já pensou no que aconteceria se sofresse um acidente e fosse forçado a ficar sem
trabalhar por alguns meses? Se você possui uma reserva de emergência, certamente iria
contar com ela para o seu sustento. Porém, segundo o estudo da Cardif sobre Proteção
do Orçamento Familiar, 40% dos brasileiros não conseguiriam se sustentar por mais de
três meses se tivessem que se ausentar do trabalho. De forma que se o acidente levar a
invalidez longa ou permanente, sua reserva pode não ser suficiente.

Você poderia contar com os benefícios da Previdência Social - isso, é claro, se você
contribui. Mas, mesmo assim, o benefício em geral é bem inferior do que o salário, de
forma que provavelmente teria dificuldades financeiras para se sustentar. A última
alternativa seria pedir dinheiro emprestado.

Se você corre esse tipo de risco, contratar seguro de acidente pessoal teria sido uma
opção mais econômica do que tomar dinheiro emprestado, já que o custo do seguro de
acidente pessoal é relativamente baixo.

O que o seguro cobre?


Originalmente esse tipo de seguro oferecia apenas cobertura para morte ou invalidez
permanente (total ou parcial) causada por acidente. Aqui é importante lembrar que, do
ponto de vista das seguradoras, é considerado acidente pessoal qualquer ocorrência
involuntária, externa, súbita e violenta, que possa ter causado lesões corporais que
levem à invalidez ou morte.

Hoje em dia, contudo, já é possível encontrar novas modalidades de seguros de


acidentes pessoais, que oferecem proteção, por exemplo, contra impossibilidade
temporária de exercer a profissão. Também já são encontrados seguros de acidentes
pessoais que oferecem indenização em caso de uma doença grave. Esse é o caso, por
exemplo, dos seguros voltados ao público feminino, que indenizam em caso de
ocorrência de câncer de mama, útero e ovário, e vem crescendo em aceitação.

Porém, se o acidente for causado, direta ou indiretamente, por perturbações devido ao


uso de álcool, drogas ou qualquer substância tóxica, então muito provavelmente você
não irá receber a sua indenização.

Também podem ficar de fora os acidentes causados por catástrofes naturais, como
furacões, maremotos etc. Mas, como todas as situações em que a indenização não é
paga devem estar descritas no contrato, basta você verificar com cuidado o que está
escrito e não assinar aquilo que não concordar.
Que cobertura devo ter?
O procedimento para determinar o valor da cobertura que você precisa contratar é o
mesmo que o do seguro de vida. Em outras palavras, você deve avaliar seu orçamento
de forma a estimar seus gastos mensais, feito isso analise o período durante o qual você
quer contratar cobertura.

Se você acha que é suficiente garantir seu sustento por seis meses e possui gastos de R$
2.000,00 por mês, uma cobertura de R$ 12.000,00 pode ser suficiente. Porém, é preciso
levar em consideração que as seguradoras adotam um percentual de ajuste para calcular
o valor a ser efetivamente pago no caso de invalidez.

Como originalmente o seguro foi desenvolvido para atender apenas os casos de


invalidez permanente, o percentual de ajuste varia de acordo com a incapacidade do
segurado de exercer uma nova função. Assim, por exemplo, no caso de perda de visão
ou do uso das mãos o percentual aplicado é maior do que aquele aplicado no caso de
surdez.

Tanto o custo do seguro quanto o valor da indenização são definidos com base no
capital segurado, que nada mais é do que a quantia máxima que você irá receber em
caso de acidente. Assim sendo, quanto menor a quantia que você quiser garantir em
caso de acidente, menor o custo mensal do seguro, e vice-versa.

Seguro de responsabilidade civil


Se você é executivo, ou mesmo profissional liberal, provavelmente já ouviu falar do
seguro de responsabilidade civil. Se você não se enquadra em nenhuma destas
categorias é possível que o termo lhe pareça familiar, já que alguns dos seguros de
automóveis oferecidos pelo mercado incluem esse tipo de proteção.

Mas, exatamente, que tipo de proteção oferece esse seguro? O principal objetivo do
seguro de Responsabilidade Civil, ou RC como também é conhecido, é de garantir a sua
proteção caso seja responsabilizado civilmente por ter causado danos involuntários
pessoais e/ou materiais a terceiros.

Para quem não sabe, a grande diferença entre responsabilidade civil e penal é
exatamente esta: a falta de intenção de prejudicar o outro. Na responsabilidade penal,
por outro lado, como existe intenção de causar o dano, o responsável está sujeito a
cumprimento de pena como previsto na lei.

Por que ter este tipo de seguro?


Caso você se envolva em um acidente, você pode ser condenado na Justiça a indenizar
alguém pelos prejuízos que causou. No caso de ter contratado um seguro de RC, a
seguradora irá pagar o valor previsto no contrato e, dependendo do plano, pode até arcar
com os custos da assistência jurídica.

Se você possui um seguro de automóvel é possível que já contrate esse tipo de proteção
adicional. Imagine o que aconteceria se você fosse responsável por um acidente de
trânsito que leve à invalidez, temporária ou permanente, do outro motorista? No mínimo
você teria que pagar os gastos com o tratamento da vítima.
Mas, sua responsabilidade não termina aí. Afinal, a família deste motorista poderá
enfrentar dificuldades financeiras, de forma que é provável que você seja obrigado a
pagar uma indenização elevada para a vítima. É aí que o seguro de RC, combinado com
o de auto, faz a diferença. Porém, a cobertura neste caso só é válida para acidentes
causados pelo veículo que foi segurado.

Quem deve contratar seguro de RC?


O Código de Defesa do Consumidor (CDC) vem ampliando os direitos dos cidadãos e
atribuindo mais responsabilidade a quem presta serviços e oferece produtos ao
consumidor.

Exatamente por isso, muitas empresas já contratam o seguro de RC para seus principais
executivos, temendo que uma ação judicial possa implicar seus executivos por danos
causados ao meio ambiente, à saúde dos consumidores etc. Raciocínio semelhante tem
levado muitos médicos, arquitetos, engenheiros e até contadores a contratar esse tipo de
proteção.

Se você, de alguma forma, mesmo que involuntariamente, possa causar o risco a


alguém, vale a pena considerar o seguro de RC. Por exemplo, se você tem um cão feroz
em casa, provavelmente deva considerar a contratação deste seguro. Afinal, pode ser
acionado na Justiça caso o seu cão ataque algum vizinho, certo?

Que cobertura contratar?


Como o seguro garante o pagamento de uma indenização caso o segurado seja
responsabilizado civilmente por causar prejuízo a um terceiro, é recomendável que você
pesquise junto a advogados o tipo de indenização que vem sendo pago em causas
semelhantes por danos materiais e morais. Use esses valores como referência para
definir o valor da indenização.

A maioria dos seguros RC trabalha com o conceito de franquia. O conceito é o mesmo


que o dos seguros de autos, só que ao invés de um valor monetário, muitas vezes ela é
definida como percentual. Assim, uma franquia de 5% significa que em uma
indenização de R$ 500 mil, o segurado terá que arcar com R$ 25 mil.

Seguro ou plano de saúde


Os gastos com saúde respondem por cerca de 5% do total das despesas das famílias
brasileiras, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Este percentual, contudo, reflete uma média nacional. Além de não levar em
consideração renda ou localização, ele também inclui as pessoas que utilizam o sistema
público de saúde, e que, portanto, quase não têm despesas com atendimento médico.

Na prática, isso significa que o gasto efetivo com saúde de uma família que opta pela
utilização do sistema privado pode ser bem mais elevado. Assim, contratar um plano ou
seguro saúde é cada vez mais uma necessidade, especialmente se considerarmos a
qualidade dos serviços públicos oferecidos neste segmento.

Plano ou seguro saúde?


A maior diferença entre os planos e seguros-saúde é operacional. Se você quer ter
liberdade de escolha de médicos e hospital, os seguros são mais indicados, pois com
eles é possível consultar médicos e entidades que não sejam conveniadas, o que já não
acontece nos planos de saúde.

Em outras palavras, o seguro dá mais flexibilidade. Mas, dependendo do seguro


contratado, o valor reembolsado pode ser muito inferior ao preço da consulta. Neste tipo
de situação, é mais vantajoso optar por médicos conveniados, pois o reembolso é total.
Outra diferença é que as seguradoras não podem administrar diretamente hospitais ou
clínicas médicas.

Escolhendo a cobertura ideal para você


Tanto os planos de saúde quanto dos seguros de saúde oferecem hoje cinco tipos de
coberturas. Além do plano de referência, existem outras quatro coberturas segmentadas,
como detalhado abaixo:

 Plano de referência: por ser o mais completo, já que engloba os benefícios dos
planos ambulatoriais e hospitalares, é também o mais caro. Além de consultas
médicas, exames, partos e tratamentos, inclusive para doenças como câncer e
Aids, esses planos também dão acesso a cirurgias e transplantes.
 Plano ambulatorial: a cobertura básica garante consultas médicas em número
ilimitado, acesso a todos os procedimentos ambulatoriais, inclusive aqueles que
exijam procedimento cirúrgico, sendo permitida a internação hospitalar desde
que não supere o período de 12 horas. O plano também dá acesso ao tratamento
de hemodiálise, quimioterapia (desde que não exija internação), radioterapia e
cirurgias oftalmológicas. Para quem tem problema de coração, contudo, o plano
não permite exame de cateterismo, assim como exclui cirurgias com anestesia
geral.
 Hospitalar: o foco deste tipo de plano é o acesso à internação hospitalar tanto
em quarto comum como em quarto de unidade de terapia intensiva. Nos dois
casos não há limite de prazo. Este tipo de plano também cobre gastos com
médicos e enfermeiras durante a internação, assim como exames
complementares, medicamentos, transfusões e tratamento de quimioterapia.

Por um custo adicional, também é possível ter cobertura para doença pré-
existente, ou, segundo previsto em Lei, de cobertura temporária para estas
doenças. Em contrapartida, não é oferecida cobertura para atendimento pré-
natal, transplantes que não de rim e córnea, consultas ambulatoriais, clínicas de
repouso para idosos e clínicas de emagrecimento.

 Plano hospitalar com obstetrícia: Oferece a mesma cobertura que o plano


hospitalar, e inclui atendimento pré-natal, assistências ao parto e recém nascido
por 30 dias, assim como eventuais complicações pós-parto da mãe. Desde que o
plano seja feito até 30 dias após o nascimento do bebê, também permite a
inclusão do filho como dependente do plano, sem que seja exigida carência.
 Plano odontológico: Garante cobertura de todas as despesas com tratamento
dentário realizado em consultório e sem anestesia geral. Isso inclui, por
exemplo, endodontia, cirurgias menores com anestesia local, periodontia e
exames de radiologia.

O que não é incluído?


Nenhum dos planos oferece cobertura para inseminação artificial, tratamentos
experimentais, assim como não fornecem próteses ou acessórios e equipamentos que
não estejam ligados ao ato cirúrgico coberto pelo plano.

Tratamentos psicológicos e de fisioterapia também não são obrigatoriamente cobertos,


pois não são consideradas especialidades médicas, assim como cirurgias plásticas e
tratamentos de emagrecimento com finalidade estética. Os procedimentos médicos e
odontológicos que não são relacionados pelo Conselho Nacional de Saúde, como a
homeopatia, por exemplo, também não são cobertos.

Faça as contas
O valor da mensalidade é função não só do seu perfil de risco, como também das
coberturas às quais você quer ter direito. Se você não tem como arcar com os custos de
um plano de referência, avalie suas necessidades e combine alguns planos segmentados,
de forma a obter uma cobertura mais ampla, sem custos exagerados.

Saiba quando vale a pena fazer um seguro de vida


Como qualquer outro tipo de seguro, o seguro de vida cobre um risco. Enquanto o
seguro de automóvel cobre o risco de você ter o carro roubado ou batido, o de vida
cobre risco de você vir a falecer e deixar alguém desamparado financeiramente.

É exatamente por isso que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, o seguro de vida
não é necessariamente recomendado para pessoas idosas, mas sim para as mais jovens,
que ainda não acumularam o suficiente.

Seguro é para quem não acumulou o suficiente


Quando falamos de pessoas mais jovens, estamos nos referindo somente àquelas que
têm dependentes. Portanto, se você tem vinte e poucos anos e não é casado ou tem
filhos, o seguro talvez não seja a melhor opção. Neste caso o melhor é poupar, isto é,
investir o seu dinheiro de forma a aumentar seu patrimônio.

Por outro lado, se você já é casado e tem filhos, a situação muda. Caso algo aconteça
com você, sua família pode vir a passar necessidade. Neste sentido, a decisão de
comprar um seguro de vida deve ser tomada com base na sua situação financeira.

Se você já acumulou o suficiente, em caso de fatalidade é possível manter o padrão de


vida da sua família, seja através da venda dos seus bens ou da renda recebida com as
suas aplicações, e então o seguro de vida não é tão necessário.

Previdência ou seguro?
Algumas pessoas se confundem na hora de escolher entre um seguro de vida ou um
plano de previdência privada. Os dois produtos são bastante distintos e devem ser vistos
como complementares, e nunca como excludentes.

O plano de previdência deve ser considerado como uma poupança de longo prazo, isto
é, faz parte de sua estratégia de investimento. Já o seguro de vida não é um
investimento, mas uma cobertura de risco.

Os recursos acumulados com a previdência devem ser vistos como o pé-de-meia que
você precisa acumular para se aposentar. Desta forma, quanto mais próximo de se
aposentar, maior será o pé de meia, e menor a necessidade de um seguro. Por outro lado,
para os mais jovens este pé-de-meia pode não ser suficiente para sustentar a família em
caso de falecimento ou invalidez, de forma que o seguro é um complemento
indispensável.

Se você ainda não acumulou o suficiente, a melhor opção é combinar os seguros de vida
com planos de previdência. O lançamento dos VGBLs (Vida Gerador de Benefício
Livre) veio preencher esta lacuna, uma vez que o produto combina esta duas
características.

Seguro não é para sempre!


À medida que o tempo passa e você acumula um patrimônio maior, sua cobertura de
seguros deve diminuir. Lembre-se que seguro não é para sempre: quando você tiver
acumulado o suficiente em bens e planos de previdência para garantir sua família, talvez
esteja na hora de cancelar o seguro de vida.

O dinheiro economizado pode ser usado para aumentar suas reservas, através de
aplicações, ou, por que não, para consumo próprio? Lembre-se que seguro é para
quando você precisa cobrir um risco, portanto quanto menor o risco, menor a cobertura
de seguro necessária. Você faria um seguro de carro se não tivesse risco de bater? O
mesmo raciocínio vale para o seguro de vida. Se você já acumulou o suficiente, o risco
financeiro de você vir a falecer cai bastante, portanto pode estar na hora de rever o valor
da sua apólice.

Planeje sua aposentadoria


Planejar a aposentadoria é uma preocupação cada vez mais freqüente entre as pessoas.
Afinal, é preciso manter o padrão de vida, mesmo após parar de trabalhar, o que não
nem sempre é fácil. Logo vem à mente a faculdade e o casamento dos filhos, as
despesas com saúde, o sonho de viajar e curtir a vida, além dos gastos comuns do dia-a-
dia.

Porém, ao contratarem um plano de previdência privada, muitas pessoas esquecem de


um "detalhe" importante: o aumento da expectativa de vida.

Aposentadoria: o que considerar no seu planejamento?


Ainda que seja importante estabelecer uma estratégia de investimento desde o início da
sua vida profissional, essa não é uma tarefa fácil para quem está começando.

Porém, à medida que você se aproxima dos 40, é importante que já tenha estabelecido o
hábito de poupar regularmente. Seu objetivo nesta fase deve ser o de acumular o
máximo possível. Ou, em outras palavras: maximizar o retorno do seu patrimônio.

Para ajudá-lo nessa trajetória, selecionamos abaixo algumas dicas do que levar em
consideração na hora de elaborar o seu planejamento.

O que você quer?


A primeira etapa de qualquer planejamento financeiro é definir onde você quer chegar.
No caso da sua aposentadoria, não poderia ser diferente: sem um objetivo em mente,
você não tem como traçar um plano de execução.

Portanto, comece refletindo sobre questões bastante básicas como, por exemplo, quando
você pretende se aposentar. Essa é uma variável importante para o planejamento da sua
aposentadoria, que não pode ser esquecida. Um erro comum entre as pessoas é decidir
parar por impulso, em geral, porque se sentem desmotivadas no emprego, ou
fisicamente cansadas. Você pode não acreditar, mas alguns anos podem fazer muita
diferença em termos de planejamento.

Com que receitas você poderá contar?


Nos dias de hoje, contar com a Previdência Social para se sustentar na aposentadoria é
uma estratégia extremamente arriscada. Em geral, recomenda-se assumir que a
Previdência irá responder por, no máximo, 20% da sua renda na aposentadoria.

Com que outras fontes de renda você poderá contar? Por acaso você contribui para um
plano de previdência corporativo ou para um plano individual, de forma que poderá
contar com esses benefícios ao se aposentar? Afora os investimentos em previdência
complementar, você consegue identificar outras fontes de renda financeira?

Estime o quanto precisará juntar


Sonhar com uma aposentadoria tranqüila é uma coisa, pensar no quanto ela irá lhe
custar é outra bem distinta. Comece estimando o padrão de gastos que terá ao se
aposentar. Ainda que algumas despesas devam diminuir (como os gastos com filhos),
outras devem subir, como os gastos com saúde.

Na hora de fazer as contas do quanto precisará juntar, seja conservador. Você


provavelmente irá viver mais do que imagina: portanto, projete sua necessidade de
renda assumindo que irá viver ao menos até os 90 anos.

Comece o quanto antes e seja regular


O ideal é que você comece o quanto antes a investir. Mas, se ainda não o fez, lembre-se
de outro ditado: antes tarde do que nunca! Para quem tem dificuldade em estabelecer
uma estratégia de poupança, o ideal é pensar em alguma forma de investimento
automático.

Uma boa opção são os planos de previdência, sobretudo os corporativos, pois trabalham
com o conceito de contribuições mensais. Além disso, sob as novas regras de tributação,
o investidor se beneficia de alíquotas decrescentes quanto maior o prazo de
investimento.

Coloque seu plano em ação


Com todas essas informações em mãos, é hora de agir! Se você chegou à conclusão de
que não consegue poupar o necessário antes de se aposentar, reveja seus planos.
Provavelmente terá que se aposentar um pouco mais tarde.

E, como poupar nada mais é do que decidir adiar uma decisão de consumo, você deverá
refletir se vale a pena manter o seu estilo de vida hoje, em detrimento do seu padrão na
aposentadoria. Ou se, alternativamente, não seria melhor cortar gastos hoje, de forma a
poder se aposentar na data planejada.
Reveja periodicamente sua estratégia
De tempos em tempos, avalie o seu planejamento. Você está alcançando as suas metas,
ou não? Será que é preciso revê-las? Seu salário aumentou, não vale a pena aproveitar o
momento e poupar mais do que o planejado?

Lembre-se: ainda que o seu objetivo seja o mesmo, suas metas devem ser sempre
ajustadas para que reflitam o seu ciclo financeiro. O ideal é que você poupe mais
quando pode, para fazer frente aos momentos de maior dificuldade financeira.

Agora que você tem uma idéia geral do processo, que tal arregaçar as mangas e
começar? Nada de desespero! Lembre-se: o objetivo aqui é garantir que, com um pouco
de planejamento, você tenha controle sobre o seu futuro financeiro.

Como manter poder aquisitivo ao se aposentar


Um número cada vez maior de brasileiros se preocupa com a sua aposentadoria. Você já
reparou nisso? Esta tendência se reflete no aumento da procura por planos de
previdência privada, que garantem o pagamento de uma renda mensal a partir de uma
determinada data estabelecida em contrato.

Para isso, é preciso analisar com cuidado se essa renda será suficiente para garantir seu
padrão de vida depois da aposentadoria.

Calculando gastos futuros


A primeira coisa a se fazer na hora de estimar a renda ideal para garantir a manutenção
do seu padrão de vida durante a aposentadoria é estimar quais deverão ser seus gastos
ao se aposentar, com base nos preços de hoje. Isto porque uma renda mensal de R$ 2
mil, por exemplo, pode ser suficiente hoje, mas certamente não será daqui a dez anos,
quando a inflação acumulada no período terá reduzido seu poder de compra.

Para tentar estimar quais serão seus gastos no futuro, use como base sua realidade atual.
Adicione despesas que possa vir a ter ao se aposentar e retire gastos que não terá que
arcar mais, como a mensalidade da escola dos seus filhos, por exemplo. Feito isto,
ajuste o valor obtido pela inflação acumulada durante os anos que faltam para você se
aposentar.

Parece complicado? Até poucos anos atrás este exercício era impossível, afinal já era
difícil prever o preço de alguma coisa no final do mês, imagine daqui a vários anos!
Mas hoje essa tarefa está bem mais simples!

Mantendo o seu padrão de vida


Que tal um exemplo? Vamos assumir que você deverá se aposentar em dez anos e que a
inflação, neste período, será de 5% ao ano. Vamos considerar que suas despesas
mensais ao se aposentar, com base nos preços de hoje, sejam de R$ 2.750. Corrigindo
este valor por dez anos, com base em uma inflação de 5% ao ano, ao se aposentar suas
despesas serão de R$ 4.479.

Isso significa que, para manter seu padrão, ignorando outros investimentos que você
possa ter, você irá precisar de uma receita líquida mensal, isto é, já deduzida do
pagamento de imposto, de pelo menos R$ 4.479. Neste sentido, quanto mais tempo
faltar para você se aposentar, maior o efeito da inflação: renda mensal terá que ser
maior, para poder manter o mesmo padrão de vida. Isto deve ser levado em
consideração quando você planeja seus investimentos.

Sendo assim, é importante analisar a evolução do seu poder aquisitivo nos próximos
anos, para tentar estabelecer uma estratégia de investimento que lhe permita garantir
uma aposentadoria tranqüila. Ninguém está falando para você viver "no aperto" e abrir
mão de todos os seus sonhos de consumo, mas é preciso responsabilidade para que a
evolução das suas despesas não supere o crescimento de suas receitas.

Se isto acontecer, além de ter o seu dinheiro corroído pela inflação, você estará, aos
poucos, diminuindo sua capacidade de investimento. Não é preciso conhecer muito de
finanças para saber que, quanto menos você poupar agora, menos poderá gastar no
futuro.

Aposentadoria para mulheres


A lacuna de renda entre homens e mulheres está se fechando, porém lentamente. A
maioria das mulheres ainda ganha menos do que os homens para realizar as mesmas
tarefas e, assim, como poupar mais cedo pode levar a grandes recompensas, a falta de
alguma renda no início do processo de poupança pode criar uma discrepância muito
maior mais tarde.

As mulheres geralmente dedicam uma parte maior do seu tempo para os filhos do que
os homens. Esse tempo sem renda é um período em que elas não estão fazendo
poupança para a aposentadoria.

Além disso, as pesquisas têm mostrado que as mulheres tendem a investir menos
agressivamente do que os homens e a colocar seu dinheiro em investimentos mais
seguros e de rendimento mais baixo. Seus fundos de aposentadoria crescem mais
lentamente e, no decorrer de uma carreira inteira, a diferença entre os investimentos de
médio e baixo risco pode ser enorme.

Outro fator importante é que, em média, as mulheres vivem sete anos a mais do que os
homens. Isso significa sete anos a mais de despesas para seu sustento que as mulheres
precisam prever nas poupanças de aposentadoria. É preciso planejar!

VGBL ou PGBL: qual o plano mais indicado para


você?
Os VGBLs (Vida Gerador de Benefício Livre) combinam elementos de seguro de vida
com outros de previdência e destacam-se pelo tratamento fiscal diferenciado. A grande
vantagem deste produto é que ele atinge um número maior de investidores, em
comparação ao PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre).

Tendo sido desenvolvido em linha com o PGBL, ele também funciona como um plano
de acumulação de longo prazo, onde o investidor define o valor das contribuições
mensais, o prazo a partir de qual iniciará o recebimento, enquanto a seguradora, em
contrapartida, calcula quanto deve ser o valor do benefício pago em função da projeção
de quanto será acumulado no período.

Tratamento fiscal diferente dos PGBLs


Diante de tantas semelhanças, muitos investidores ainda se confundem, ao tentar
escolher entre um e outro. O primeiro ponto a ser levado em consideração é o fato de
que o VGBL não goza do mesmo benefício fiscal que o PGBL, pois não é possível
efetuar a dedução dos valores de contribuição do imposto devido na época da
declaração anual.

No PGBL você pode deduzir as contribuições efetuadas ao plano até o limite de 12% da
sua renda bruta anual. Porém, esse benefício acaba atingindo apenas quem efetivamente
tem imposto a pagar e, portanto, pode se beneficiar da dedução, ou quem declara através
do formulário completo, onde é possível discriminar as deduções.

Pensando nisto, o VGBL foi desenhado para beneficiar um número maior de


investidores do que o PGBL. Desta forma, decidiu-se que no VGBL não seria dada a
opção de se deduzir o valor do imposto a pagar. Mas, em contrapartida, o imposto na
hora do resgate dos benefícios seria menor. Isto porque, ao contrário do que acontece no
PGBL, o imposto a pagar no resgate é calculado somente sobre os rendimentos obtidos,
e não sobre o total sacado, como nos demais casos.

Mas o VGBL também surge como opção para quem, já tendo superado o teto permitido
para dedução das contribuições ao PGBL, ainda deseje investir em previdência para se
beneficiar do diferimento fiscal. Neste caso, a partir do momento que as contribuições
ao PGBL superarem 12% da renda bruta do investidor, ele poderia complementá-las,
com a compra de um VGBL.

Escolhendo o plano ideal


Com isso fica evidente que, antes de escolher o plano ideal para a sua aposentadoria, é
fundamental que você tenha uma boa idéia de como pretende sacar o dinheiro investido
depois de se aposentar: se na forma de renda, ou se na forma de um resgate único.

Não há dúvida de que o benefício fiscal dos planos de previdência faz com que eles
sejam as melhores opções de investimento no longo prazo, pois ao diferir o pagamento
de IR você acumula capital mais rapidamente sobre o qual incidem juros. Ou seja, o
poder multiplicativo do dinheiro acaba funcionando a seu favor.

Entretanto, se você decidir sacar de uma vez só todo o dinheiro acumulado até a sua
aposentadoria, poderá se surpreender ao verificar que boa parte desses ganhos será
engolida no pagamento de IR sobre o valor sacado. Nesta situação, talvez a melhor
opção de previdência fosse um VGBL, pois o menor imposto no resgate compensaria a
isenção de IR durante a fase de acumulação.

Previdência Privada: saiba mais sobre benefício fiscal


O termo diferimento fiscal é conhecido por poucos investidores, e mesmo quem já
ouviu falar sobre o assunto não sabe ao certo o que ele significa. Na verdade, trata-se de
uma vantagem fiscal concedida em algumas aplicações, que deve ser analisada com
cuidado por quem está planejando investir seu dinheiro.
A palavra diferimento nada mais significa do que adiar. Portanto, diferimento fiscal
significa adiar o pagamento de impostos que são devidos quando você aplica seu
dinheiro.

Nas aplicações onde existe a possibilidade de diferimento, o imposto é cobrado somente


na hora do resgate da aplicação.

Desta forma, fica fácil entender que, para quem não tem pressa para sacar os recursos
investidos, os investimentos com diferimento fiscal são particularmente atrativos, pois
como o imposto não é descontado, as reservas acumuladas crescem mais rapidamente.

Ganho na ponta do lápis


O diferimento fiscal é um dos grandes atrativos dos produtos de previdência privada.
Mas, ainda são poucas as pessoas que efetivamente entendem quais são as vantagens
desse tratamento.

Mas, se sua intenção é investir em previdência para ter este benefício fiscal, é
importante que tenha consciência de que na previdência, além da taxa de administração
tradicionalmente cobrada nos fundos de investimento, também é cobrada uma taxa de
carregamento sobre os valores investidos.

Na prática, isso significa que investir em previdência por alguns meses para ter acesso
ao diferimento fiscal não vale a pena, porque aquilo que você ganha por adiar o
recolhimento do imposto, perde por ter que arcar com a taxa de carregamento.

A vantagem realmente aparece quando o prazo de investimento é maior, não só porque


o ganho com o diferimento aumenta, mas também porque as taxas de carregamento em
geral caem com o passar do tempo.

Portanto, optar por uma aplicação desta natureza somente vale a pena se a intenção for,
efetivamente, deixar o dinheiro aplicado no longo prazo. Caso contrário, o que você
ganha em termos fiscais pode perder ao pagar taxas mais altas do que os fundos de
investimentos tradicionais.

Abatimento fiscal
Além do diferimento, os planos de previdência oferecem outra vantagem fiscal: a
possibilidade de abatimento do valor das contribuições efetuadas ao plano do valor do
imposto devido. Esta vantagem, contudo, está restrita aos planos de previdência do tipo
PGBL ou plano tradicional, e não se aplicam aos planos do tipo VGBL.

Vale notar que a vantagem fiscal só se aplica para quem não está isento de recolhimento
de IR. Para ilustrar melhor a vantagem fiscal, vamos assumir uma pessoa que tenha uma
renda mensal de R$ 3.500,00 e que sofra recolhimento com base em uma alíquota de
imposto de renda de 27,5%.

Vale notar que a legislação tributária permite a dedução integral do valor contribuído
desde que esse não supere o teto de 12% da renda bruta tributável, o que no exemplo
acima, seria equivalente a R$ 420 por mês (ou 12% de R$ 3.500,00).
Sem Previdência Com Previdência
Renda bruta mensal R$ 3.500,00 R$ 3.500,00
Dedução permitida da contribuição R$ 0,00 R$ 420,00
Base de cálculo do IR R$ 3.500,00 R$ 3.080,00
Alíquota de IR - Dedução 27,5% e R$ 548,82 27,5% e R$ 548,82
Imposto devido R$ 413,68 R$ 298,18
Ganho fiscal -- R$ 115,50

O ideal é que o dinheiro "economizado" com imposto seja direcionado para a sua
poupança mensal, de forma a contribuir para o crescimento do seu patrimônio.

Conheça seus direitos como consumidor


No dia-a-dia, é bastante natural que você, consumidor, veja-se em alguma situação onde
seus direitos estão sendo desrespeitados, mas não saiba bem como agir.

Pois vale lembrar sempre que, em muitos casos, é possível solucionar essas questões,
sem precisar da ajuda de terceiros (órgãos de defesa do consumidor e Justiça).
Preparamos, com base em orientações do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor),
uma lista de passos a serem seguidos em caso de violação dos seus direitos.

Mantenha-se informado

Quando o assunto é a defesa dos seus direitos, o consumidor deve estar o melhor
informado possível, visando evitar ser enganado de alguma forma.

Para tanto, a primeira medida a ser tomada é ler com cuidado o Código de Defesa do
Consumidor, que pode ser acessado, pela internet, no seguinte endereço:
www.mj.gov.br/data/Pages/MJ5E813CF3PTBRIE.htm.

Em caso de dúvida na interpretação do Código de Defesa do Consumidor, é


recomendável procurar esclarecimentos no próprio Idec ou Procon de sua cidade.

Contatando o fornecedor

Uma vez informado dos seus direitos, o consumidor deve entrar em contato com o
fornecedor para tentar um acordo amigável. A melhor forma de fazer isto é através de
carta, fax ou e-mail, não se esquecendo de obter, sempre, um comprovante da entrega.

Muitas vezes o consumidor opta pelo contato telefônico. Mas, se a situação se


complicar, o melhor é se garantir, procurando comprovar todos os contatos de forma
escrita.

Vale lembrar que o Código de Defesa do Consumidor estabelece o prazo de 30 dias para
falhas em produtos não duráveis, e de 90 dias para produtos duráveis, para que o
consumidor entre com a sua reclamação. Contudo, se não houver um defeito aparente, o
prazo de reclamação conta a partir da data em que o defeito aparecer. Não se esqueça de
deixar claro na sua correspondência um prazo para que a empresa responda a sua
reclamação.

Atenção aos seus deveres

Vale um alerta: enquanto consumidor, você deve exigir respeito aos direitos previstos
no Código de Defesa do Consumidor, mas também deve cumprir algumas obrigações.

Em certas questões, por mais que a culpa por algum problema seja do fabricante ou do
revendedor, quem arcará com as conseqüências será aquele que não foi precavido antes
de fazer uma aquisição.

O primeiro passo importante, neste caso, é saber exatamente o que você deseja adquirir.
Embora pareça óbvio, este procedimento lhe proporciona uma compra mais segura,
eliminando, por exemplo, a possibilidade de arrependimento pela aquisição.

O consumidor só tem o direito de se arrepender da compra no caso de aquisições feitas


por telefone ou outros meios de longa-distância. Isso pode ocorrer sete dias após a
pessoa pedir o produto ou então sete dias depois da entrega, já que ele não teve antes a
oportunidade de analisar as características da mercadoria.

Outra dica importante: no momento da compra, verifique se todos os componentes estão


em ordem - o manual de instruções está em português? As características expressas na
embalagem conferem?

Após comprar um produto, a segunda orientação é a exigência da nota fiscal. Mas o


documento em si não é sinônimo de proteção: cabe a você, consumidor, verificar as
informações contidas nele (discriminação do produto, modelo, cor, prazo de entrega).
Se não tiver data, entende-se que a mercadoria foi entregue no ato. No caso dos móveis,
por exemplo, também deve existir a data prevista e quem fará a montagem.

Outra orientação importante é evitar montar o produto sozinho. Neste caso, se algo der
errado, você acaba perdendo o direito à garantia.

Defeito ou uso errado?

Você comprou uma roupa nova. Depois de usar, lavou-a na máquina. Porém, o tecido
não tolerava o procedimento e ela estragou. O certo é ir até a loja, com a nota fiscal
contendo todo o detalhamento da peça, e pedir uma troca, certo? Errado.

Em caso de mau uso do produto, a loja não é obrigada a efetuar a troca. Portanto, é um
dever estar sempre atento às características da mercadoria adquirida. Faça a sua parte!

Seus direitos: a quem recorrer quando precisar?


Você compra um produto com defeito. Recorre ao SAC (Serviço de Atendimento ao
Consumidor) da empresa fabricante, mas não tem sucesso na iniciativa. O que fazer
nessas horas em que seu direito parece ser esquecido ou simplesmente ignorado?
O indicado é que você entre em contato com os órgãos de defesa do consumidor, que
recebem, analisam e encaminham as reclamações dos consumidores, além de orientá-los
a respeito de seus direitos. Cabe a esses órgãos fiscalizar o cumprimento do Código de
Defesa do Consumidor.

Os principais órgãos de defesa do consumidor são o Idec (Instituto de Defesa do


Consumidor), a Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) e a
Fundação Procon (de Proteção e Defesa do Consumidor).

O interessante, entretanto, é que você se informe, primeiramente, sobre seus direitos,


antes de qualquer reivindicação. Afinal, o Código de Defesa do Consumidor existe para
guiar as relações de consumo, desde que ambas as partes cumpram também com seus
deveres.

Caso haja algum tipo de crime contra as relações de consumo, também é possível entrar
em contato com uma delegacia especializada como o Decon, que tratará de casos como
propaganda enganosa ou abusiva.

Contudo, em problemas relacionados à prestação de serviços, o Procon ou a Justiça são


os melhores caminhos. No caso da sua situação envolver vários consumidores, então
uma opção seria entrar com pedido no Ministério Público que poderia instaurar um
inquérito civil para apurar a situação.

Recorrendo à Justiça

Além disto, é sempre possível buscar a ajuda de especialistas. Em São Paulo, por
exemplo, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) oferece um serviço de atendimento
ao consumidor, orientando sobre como proceder para tentar buscar uma solução na
Justiça para seu problema.

Por último, vale lembrar que a maioria das faculdades de direito também oferece
atendimento gratuito à população, de forma que você pode entrar em contato com o
departamento da instituição da sua região para tentar obter este serviço.

Para entrar com ação na Justiça, o consumidor pode apelar para o JEC (Juizado Especial
Cível), desde que a ação não exceda o valor de 40 salários mínimos. Para valores
maiores, será preciso entrar na Justiça comum, onde os processos são mais longos e, em
caso de perda, o consumidor terá que arcar com os custos do processo.

Para quem ganha menos de três salários mínimos, é possível receber assistência gratuita
da Procuradoria de Assistência Judiciária, que em geral funciona no fórum da cidade.

Para mais informações, acesse:

 Procon-SP
 Idec
 Pro Teste
 Código de Defesa do Consumidor

Pesquise preços e preserve o seu bolso


O consumo excessivo, sem critério ou controle, pode desequilibrar suas contas. Por isso,
como em qualquer negociação, sua relação de compra deve ser planejada e analisada
com cautela: dessa forma, você terá a certeza de que fez a melhor escolha e de que
pagou um preço justo por ela, com boas condições de pagamento.

Trata-se do melhor preço?

A primeira regra para se comprar algo é ter certeza da necessidade do item. Nada de
compras por impulso, se a sua intenção é mesmo preservar seu bolso!

Nunca utilize o hábito de comprar como uma espécie de terapia. Você adora ir às
compras nos seus "dias de fúria"? Cuidado, isso pode ser sinal de consumo compulsivo.

Lembre-se que o ato de adquirir algo deve ser comparado a uma negociação, e nunca à
diversão. Só feche a compra quando realmente tiver certeza de que analisou bem todas
as possibilidades.

O segundo passo é pesquisar preços! Para isso, vale fazer uma cotação na internet e
visitar virtualmente algumas lojas, onde poderá "observar" o produto, as opções de
modelos existentes e as vantagens, antes de chegar à conclusão. E mais: nada de fazer
compras com pressa. Com certeza o resultado não será dos melhores.

Analisados os preços, é hora de pechinchar. Sim! Este é um direito seu. Afinal,


programou esta aquisição e deve fazê-la com total segurança. Verifique as condições de
pagamento, os prazos, as facilidades e o desconto à vista. Negocie para valer, seu bolso
agradece!

Para quem utiliza o cartão de crédito como meio de pagamento, a dica é ficar atento aos
seus direitos na hora de pagar pelo que comprou: os cartões não estão sujeitos a
sobretaxas e o preço da mercadoria deve ser o mesmo cobrado no pagamento à vista.
Fique de olho!

Exemplo prático de economia

Segundo a Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), os brasileiros


tradicionalmente gastam cerca de um terço do orçamento doméstico nas compras de
supermercado. Por conta disso, qualquer economia na aquisição destes produtos é muito
bem-vinda.

Não é preciso ir longe para pagar menos por certos produtos, uma vez que a diferença
entre estabelecimentos de um mesmo bairro, ou até de uma mesma rua, pode ser
considerável.

Pelo segundo ano consecutivo, a associação comparou os preços nos supermercados de


13 cidades brasileiras, incluindo São Paulo, para poder ajudar os consumidores a
economizarem.

Para tanto, foram consideradas duas cestas de produtos, sendo a primeira formada com
os produtos das marcas líderes de mercado e a segunda, com produtos sem marcas
definidas. Tais cestas ainda foram divididas em 3 subcestas: alimentos não-perecíveis;
itens de higiene e limpeza; e produtos perecíveis.

Na cidade de São Paulo, a diferença de preço da cesta com produtos de marcas definidas
pode chegar a 28% entre o supermercado mais caro e o mais barato. No caso da cesta de
produtos sem marcas definidas, a economia atinge 37%.

Outra dica para economizar é comprar os produtos em mais de um supermercado,


aproveitando as promoções.

Troca de mercadoria: quais os seus direitos?


Você ganhou um presente de aniversário e não gostou. Será que tem direito de trocá-lo
na loja? De acordo com o CDC (Código de Defesa do Consumidor), os
estabelecimentos comerciais não têm o dever de trocar uma mercadoria, a menos que
ela apresente um defeito de fabricação.

Porém, na tentativa de cativar o cliente, a maioria dos comerciantes, inclusive os


informais, permite que a mercadoria possa ser trocada após a compra. Afinal, ninguém
quer correr o risco de dar um presente que não possa ser trocado, não é?

Por outro lado, as lojas estipulam um prazo para que a troca seja efetuada, que em geral
fica em torno de 30 dias. Portanto, preste muita atenção à data da compra da
mercadoria. Passado este prazo, você ficará sem poder trocá-la.

Quando o consumidor tem mesmo direito à troca?

Se a mercadoria apresentar um defeito de fabricação, o comerciante e o fabricante têm


responsabilidade sobre ela, mas apenas por um período curto de tempo. Se você ganhou
um bem durável, como um aparelho de som ou um telefone celular, o prazo para a
reclamação é de 90 dias.

No caso de bens não duráveis, a reclamação pode ser feita em até 30 dias. Agora, se
você só percebeu o defeito depois de certo tempo, entende-se que ele estava oculto.
Neste caso, o prazo para reclamação também será de 30 e 90 dias, para bens não-
duráveis e duráveis, respectivamente, mas será contado somente a partir da data em que
o defeito for encontrado.

Por sua vez, o fabricante terá 30 dias para consertá-lo. Se após este intervalo o problema
não for resolvido, o consumidor poderá pedir o dinheiro de volta, ou trocar a mercadoria
defeituosa por um outro produto. Ainda é possível entrar num acordo com o lojista e
conseguir um desconto. Tudo depende de cada caso.

Vale lembrar ainda que qualquer compra feita pela internet, pela televisão, ou mesmo
por um anúncio no jornal, e que você não tenha visto pessoalmente, também pode ser
trocada. Neste caso, você tem sete dias para entrar em contato com o comerciante e
pedir a quantia paga de volta, sem apresentar nenhuma justificativa, porque você não
teve um contato manual com o produto.
Se um bem causar dano ao seu comprador, este tem o prazo de até cinco anos para
ajuizar ação pleiteando indenização ou reparação de danos junto ao fornecedor ou
fabricante.

Faça a sua parte!

O Código de Defesa do Consumidor estabelece a garantia legal de 90 dias para qualquer


produto. Portanto, ainda que a loja não tenha oferecido o certificado junto com
mercadoria, você está protegido pela lei e poderá cobrar eventuais reparos que forem
necessários dentro destes três meses.

No entanto, é bastante importante que você, consumidor, faça suas compras com
cautela. Afinal, muitos problemas podem ser evitados, desde que observe o produto com
atenção, pondere bem suas características e vantagens antes da compra. Isso evita o
arrependimento. Fique de olho em seus direitos!

Fique de olho na hora de parcelar suas compras


Você já sabe que controlar o orçamento é fundamental para sua saúde financeira.
Segurar seus gastos faz parte dessa tarefa, já que todas as suas relações de consumo
refletem diretamente no seu bolso.

Aprenda a negociar e faça uso dos seus direitos. Se a intenção é mesmo de comprar
algo, certifique-se de ter pleiteado, e conseguido, as melhores condições para isso. Uma
das principais dúvidas do consumidor se refere à possibilidade de parcelar o pagamento
de suas compras.

Parcelar ou não?

Hoje em dia, nem sempre você consegue garantir um desconto no pagamento à vista,
por melhor que seja a sua habilidade de negociar. Ao invés disso, os varejistas oferecem
a possibilidade de pagamento parcelado sem juros.

A razão para isso é simples: para o consumidor, parece mais vantajoso o fato de
comprar algo mais caro, porém em suaves prestações que não afetarão tanto seu
orçamento, do que se desfazer de uma alta quantia de uma única vez...

Mas, pense da seguinte forma: se você tiver que pagar à vista um celular de R$ 500,
você nem sempre se planeja. Mas, se puder parcelar em 10 vezes, talvez não se importe
de comprar o aparelho por R$ 750 (ou seja, 50% mais caro), pois a prestação (R$ 75)
ainda caberá no seu orçamento.

A menos que você mantenha um controle bastante bom dos seus gastos, o acúmulo de
compras parceladas pode, sim, levá-lo ao descontrole financeiro. Por isso, fique atento
às reais condições de pagamento!
Planeje a realização dos seus sonhos

Isso não significa abrir mão de seus sonhos, mas sim organizar-se para realizá-los.
Afinal, para comprar alguns produtos, geralmente mais caros, parcelar o pagamento
acaba sendo a opção.

Portanto, o caminho é estar consciente de que está assumindo um compromisso que


afetará o seu orçamento, verificando com cautela se suas finanças comportam mesmo
essa decisão.

Por mais que os juros tenham caído, eles ainda seguem elevados para o consumidor, de
forma que financiar bens de consumo, sem avaliar bem as condições, não é
recomendável. Ao invés de pagar a prestação, você pode poupar o valor e se programar
para comprar o bem daqui a alguns meses.

Na hora da compra, não esqueça de pedir nota fiscal!


Não importa a forma como você paga suas compras: com dinheiro, cheque, cartão de
débito ou de crédito. Peça sempre nota fiscal! Dessa forma, você garante seus direitos
de consumidor em relação às mercadorias adquiridas e está, além de tudo, contribuindo
para a sociedade.

A importância da nota fiscal

Ao ver, em muitos estabelecimentos e na mídia, o alerta "Peça Nota Fiscal", é natural


que você se pergunte: "qual o beneficio de tomar tal atitude?"

Pois, para que um consumidor possa defender seus direitos, é imprescindível que
solicite a nota fiscal após efetuar uma compra em qualquer estabelecimento comercial.
Além de ser um direito e uma garantia do artigo ou bem que está adquirindo, este ato
contribui para o desenvolvimento da sociedade como um todo.

A emissão de nota fiscal evita a evasão de ICMS (Imposto sobre Circulação de


Mercadorias e Serviços), ou seja, perdas para a sociedade que impactam diretamente em
setores como saúde, educação e saneamento básico.

Para ilustrar o volume de dinheiro que a população brasileira perde com a evasão fiscal,
falsificação de produtos e contrabando - somente nos setores de bebidas, combustíveis e
cigarros, você poderá acessar um simulador criado pelo ETCO (Instituto Brasileiro de
Ética Concorrencial), no endereço www.etco.org.br/sonegometro.php, onde verá, em
um curto espaço de tempo, quantas casas populares teriam sido construídas, quantas
famílias teriam sido ajudadas com o Programa Fome Zero e quantas cestas básicas
teriam sido distribuídas.

Ao pedir a nota fiscal, é importante ficar de olho nas informações que constam nesse
documento: razão social, o endereço e o CNPJ da empresa e a discriminação dos dados
do produto adquirido. Se for o caso, a data de entrega e montagem do mesmo. Veja
abaixo as dicas do Procon-SP sobre a importância da nota fiscal no dia-a-dia de suas
compras.

Bens de consumo durável

 Só com a nota fiscal você pode usar o certificado de garantia fornecido pelo fabricante
(garantia contratual), porque ele entra em vigor a partir da data de emissão da nota;
 A loja pode exigir nota fiscal para trocar produtos que tenham tido problemas de não
agradar destinatário (cor, modelo ou tamanho); algumas vezes o compromisso de
troca vem em uma etiqueta presa à peça;
 Se o produto estiver defeituoso, a nota fiscal servirá como comprovante de compra,
fundamental na hora de reclamar;
 Peças de vestuário que se deterioram em prazo desproporcional ao tempo de uso
podem motivar reclamação do consumidor; quando ele discutir a qualidade do
produto, a nota fiscal vai comprovar a data de compra;
 Mesmo quando os produtos são adquiridos "no estado" (peças que devem ter algum
defeito e por isso estão com preço menor) é aconselhável o consumidor exigir que os
defeitos sejam claramente discriminados na nota fiscal, pois, de acordo com o Código
de Defesa do Consumidor, o produto deve servir ao fim a que se destina; isso quer
dizer que pequenos defeitos não podem inutilizar o artigo ou impedir seu perfeito
funcionamento;
 Para sua maior garantia, faça que constem da nota fiscal possibilidade e condições de
troca, pois pode não haver produto suficiente em estoque.

Alimentos

 Junto com folhetos ou outras peças publicitárias, a nota fiscal vai ajudar a comprovar a
publicidade enganosa, em que o preço e outros itens das mercadorias anunciadas não
correspondem à realidade;
 A nota fiscal registra o ato de compra, caso isso se verifique, de produtos nacionais ou
importados com rótulos irregulares (sem prazo de validade, ausência da descrição dos
componentes ou de tradução para o português), em flagrante desrespeito ao Código
de Defesa do Consumidor e a outras legislações específicas para alimentos;
 A nota fiscal documenta a compra ou consumo de artigo que venha a provocar danos
pessoais ou materiais ao consumidor ou sua família.

Seus direitos: pagamento com cartão deve ser


considerado à vista!
De olho no seu orçamento, você, consumidor consciente, sabe que a palavra de ordem é
negociar e ficar atento aos seus direitos, certo?

Sendo assim, agora responda: você já foi a uma loja que lhe ofereceu desconto no
pagamento à vista, desde que feito somente com cheque ou dinheiro? E qual foi sua
reação?
Atenção às regras

Muitas pessoas desconhecem, mas o pagamento efetuado com cartão de crédito ou


débito também deve ser considerado à vista, segundo o Código de Defesa do
Consumidor.

De acordo com a Associação de Consumidores Proteste, na hora da compra é necessário


observar muito bem as condições de pagamento e recusar "imposições" dos lojistas, que
chegam a oferecer abatimento de 10% do valor, dependendo da opção. O consumidor
deve ter liberdade de escolha. "Preços diferenciados para um mesmo produto devem ser
denunciados", esclarece a Pro Teste.

Ainda de acordo com a instituição, grande parcela da população optou por pagar suas
compras com cartão de débito, não somente por questão de segurança, mas também para
fugir das tarifas cobradas pelos bancos por emissão de cada folha de cheque.

Sendo assim, ao colocar em seu estabelecimento a opção de cartão de crédito e débito, o


comerciante deve ter consciência de que está proporcionando aos clientes mais formas
de pagamento, como um atrativo.

A opinião é compartilhada pelo Procon, esclarecendo outro ponto importante: o


comerciante não pode estabelecer valor mínimo para a utilização de cartão de crédito ou
débito.

Menos riscos

O pagamento com cartão de crédito ou débito reduz os riscos de inadimplência para o


lojista. Em contrapartida, existe uma taxa de administração cobrada pelas
administradoras de cartões e pelos bancos, que varia de 3% a 6% sobre o valor do
produto.

Este ônus, no entanto, não pode ser transferido ao consumidor.

Atenção aos abusos

Para denunciar os lojistas que adotam essa prática abusiva de cobrança de preço
diferenciada, o consumidor deve pedir uma nota fiscal em que conste o preço real pago
e anotar o nome da loja, do atendente e endereço, para formalizar uma reclamação às
entidades de defesa do consumidor.

Praticidade e comodidade no Natal: 10 dicas para


comprar on-line com segurança
Com a proximidade do Natal e a correria típica do final de ano, é comum que as pessoas
busquem maneiras eficientes e seguras para fazer suas compras para as festas.

Assim, a internet, com a facilidade de comprar sem sair de casa, a qualquer hora do dia
ou da noite e com direito a ofertas especiais (como acontece em diversos sites de
compra on-line nesta época do ano) tornou-se uma forma atrativa e conveniente aos
consumidores.

No entanto, para que a conveniência não se torne um problema, é importante,


principalmente nesta época do ano, usar a internet de forma consciente, tomando as
precauções necessárias para que suas transações sejam seguras.

Compras seguras e responsáveis


Para garantir uma excelente experiência de compra on-line, confira uma lista com dez
conselhos e recomendações para que a comodidade não se transforme em pesadelo e
prejuízos. Confira:

1 - realize compras apenas em terminais considerados seguros. Evite computadores


públicos e lan houses. Terminada a transação, saia do navegador, para evitar que outras
pessoas tenham acesso às suas informações;

2 - guarde os comprovantes de suas compras on-line. Normalmente as lojas, após a


confirmação da compra, enviam aos clientes, por e-mail, os detalhes da compra. É
importante guardá-los sempre;

3 - antes de enviar informações pessoais, como CPF e número de cartão de crédito,


assegure-se de que está em um página segura. Busque a imagem de um cadeado ou
chave na página e verifique se o endereço do site começa com https:// ao invés de
http://;

4 - proteja suas senhas. Evite combinações óbvias, como datas de aniversário, por
exemplo, e nunca forneça estes dados para alguém;

5 - compre apenas em portais seguros, de preferência conhecidos ou que já tenham sido


utilizados por algum amigo, por exemplo. Pesquise, antes de comprar, e garanta que a
loja virtual tenha boa reputação e seja confiável;

6 - o site de compras deve deixar claras as formas e custos do envio, e os impostos que
incidem sobre a transação. Além disso, veja se a loja fornece um endereço físico ou um
telefone para contato. É importante ter esses dados, para melhor esclarecimento, em
caso de dúvidas;

7 - veja as políticas da loja com relação à troca, prazo de entrega, devoluções etc., e
verifique os termos da compra;

8 - acompanhe em seu extrato o pagamento das compras e, caso perceba qualquer


atividade inesperada, informa imediatamente a loja;

9 - evite as compras por impulso. Como na internet é possível concretizar uma compra
com apenas um clique, estabeleça uma meta antes de começar a navegar. Assim como
nas compras em lojas físicas, faça uma lista antes de começar a encher o carrinho virtual
de itens desnecessários;

10 - mantenha o antivírus sempre atualizado e programe o navegador para que tenha os


níveis mais altos de segurança.
Nota Fiscal Paulista: saiba como funciona programa
que dá créditos ao consumidor
Pense na sua rotina e repare nas práticas de consumo do seu dia-a-dia. Você já sabe que,
em cada uma delas, há incidência de tributos, recolhidos pelo fabricante, comerciante
e/ou prestador de serviço e embutidos nos preços. Para comprovar o pagamento desses
tributos, os estabelecimentos emitem a nota fiscal, que devem entregar a nós,
consumidores.

No entanto, quantas vezes deixamos de receber esse documento, importante não só para
fiscalizar a arrecadação de tributos como também para servir de garantia na aquisição de
produtos e serviços e até para controlar nossos gastos?

Foi para incentivar os consumidores a criarem a cultura de pedir o recibo em suas


compras que o governo do estado de São Paulo lançou em outubro de 2007 o Projeto
Nota Fiscal Paulista. O incentivo vem com a devolução, por meio de créditos, de 30%
do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) recolhido pelo
comércio a quem solicitar a nota, colocando nela o número do CPF ou do CNPJ.

Esses créditos poderão ser usados para redução do valor do IPVA (Imposto sobre
Propriedade de Veículos Automotores), ser depositados em conta-corrente ou cartão de
crédito ou ainda ser transferidos para outra pessoa.

Combate à sonegação e maior controle dos gastos


A proposta foi bem recebida por especialistas da área tributária, pois assim os
consumidores podem ver que realmente pagam os impostos e não o comércio. Além
disso, pode haver estímulo ao consumo consciente, já que as pessoas tendem a dar
preferência ao estabelecimento legalizado, que sempre foi obrigado a fornecer o
documento fiscal, evitando os ambulantes e a pirataria.

Há ainda a vantagem de se poder controlar o orçamento, pois, guardando a nota, o


consumidor poderá verificar onde e quanto gastou. Com tantas possibilidades pela
frente, veja agora as principais regras de funcionamento do programa.

Onde e como participar


O Programa Nota Fiscal Paulista foi implantado gradualmente no comércio, entre
outubro de 2007 e maio de 2008. Primeiramente, tiveram de aderir os restaurantes e, em
seguida, padarias, bares e lanchonetes. Também fazem parte da iniciativa os seguintes
segmentos:

 saúde, esporte e lazer;


 automóveis, motocicletas, combustíveis e barcos;
 materiais de construção;
 produtos para casa e escritório;
 produtos alimentícios e farmacêuticos;
 roupas, calçados e acessórios.

Para obter os créditos, o consumidor deve informar, no momento da compra, o número


do CPF para ser incluído na nota fiscal. O registro das notas e cupons fiscais no
programa é de responsabilidade do comércio.

Créditos
Para consultar e utilizar os créditos, o consumidor deve se cadastrar no site da Nota
Fiscal Paulista, criar uma senha e escolher se quer desconto no IPVA, recebimento no
cartão de crédito ou depósito em conta-corrente ou conta-poupança, sendo essa opção
possível apenas a quem tiver direito a, no mínimo, R$ 25.

Os bônus gerados no primeiro semestre do ano podem ser resgatados na conta-corrente


ou no cartão a partir de 1º de outubro do mesmo ano e os do segundo semestre, somente
a partir de 1º de abril do ano seguinte. Já a redução do IPVA é válida apenas a partir de
2009. Em todos os casos, os créditos ficam disponíveis durante cinco anos.

Quem não possui carro, conta-corrente ou cartão de crédito pode ainda transferir seus
créditos a outra pessoa, física ou jurídica.

Além da devolução de 30% do ICMS, o consumidor pode participar de sorteios de


prêmios, a cada compra de R$ 100 que realizar.

Veja quanto você paga de impostos ao fazer uma


compra
Na correria do dia-a-dia, nem nos damos conta de quanto os tributos pesam em nosso
bolso. De acordo com o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), o
percentual é maior do que as pessoas imaginam e faz muita diferença no preço final dos
produtos que freqüentemente consumimos.

Você já pôde conhecer nesta seção quais são os tributos indiretos, que incidem sobre o
consumo. Pois bem, agora poderá ver aqui alguns exemplos bastante práticos, que
mostrarão o quanto um produto fica mais caro por conta dessa cobrança. Veja só:

Itens para a casa


Conforme aponta o IBPT, ao mobiliar uma casa, por exemplo, os brasileiros arcam com
até 50% de carga tributária, como acontece na hora da compra do aparelho de DVD
(50,39%). Os fornos de microondas, por sua vez, embutem 47% de tributos em seus
preços finais.

Já uma televisão possui 44,94% de carga tributária, percentual maior do que das
geladeiras (37,88%), aparelhos de som (36,80%), torradeiras elétricas (35,77%), ferros
de passar roupa, ventiladores e liquidificadores (34,30%).

E quem pensa que a questão se resume aos eletroeletrônicos, mais dados: copos trazem
37,88% de tributos, lençóis 26,05%, luminárias 43,62%, panelas 35,77%, pratos
34,30%, taças 44,40%, talheres 34,30%, toalhas de banho, de mesa e travesseiros
26,05%, almofadas 33,84% e colchão 28,36%.

No supermercado
Ao entrar em um supermercado, o consumidor pode pagar de 83,07% em tributos, no
caso de algumas bebidas alcoólicas, a 18%, percentual do frango. A carne bovina, por
sua vez, traz 18,67% de carga tributária.

No caso do milho verde enlatado, os tributos representam 37,37% do preço final,


37,18% do óleo e da margarina, 40,50% do açúcar, 38,50% do biscoito, 36,52% do
café, 29,58% do sal, 33,63% do leite tipo longa vida e 37,84% do achocolatado em pó.

Considerando os produtos de limpeza, o campeão em tributação é o álcool, com


43,28%. Na seqüência vêm: amaciante (43,16%), sabão em pó (42,27%), detergente,
sabão em barra e saponáceo (40,50% cada) e água sanitária (37,84%).

Produtos diversos
Enquanto os livros possuem 15,52% de carga tributária, as roupas têm 34,67%, as flores
17,71%, os sapatos 36,17%, os carros populares 37,55%, os telefones celulares 39,80%.
As bolsas de couro têm uma carga de 41,52% e as jóias 50,44%.

Como você pode perceber, os tributos estão muito mais inseridos em nosso cotidiano do
que imaginamos. E, na maioria das vezes, nem nos damos conta. Agora, quando você
ler notícias sobre impostos, certamente terá melhor percepção de onde eles estão!

CPMF x IOF: entenda melhor as mudanças


Desde o início do ano, quando a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira) deixou de ser cobrada dos brasileiros, cada vez mais se ouve falar do
tributo, seja do impacto de sua extinção, seja de medidas para compensar sua falta e até
da criação de outros encargos para ajudar na arrecadação do Governo.

CPMF, IOF, CSS... Quando você se depara com essas siglas, você entende o
significado, a relação entre elas e qual o impacto de suas cobranças no bolso dos
brasileiros?

CPMF

A CPMF, cobrança que incidia sobre todas as movimentações bancárias (exceto


negociação de ações na Bolsa, saques de aposentadoria, seguro-desemprego, salários e
transferências entre contas-correntes de mesma titularidade), deixou de ser cobrada no
primeiro dia útil de 2008.

Ela foi aprovada em 1993 e passou a vigorar no ano seguinte com o nome de IPMF
(Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira) - à época, a alíquota era de 0,25%
e durou até dezembro de 1994 quando, como já estava previsto, foi extinto.

Em 1996, o governo voltou a discutir o assunto, e então foi criada a CPMF, que passou
a vigorar em 1997 com alíquota de 0,2%.

Entre aumentos e reduções da alíquota e mudanças na destinação do tributo, a CPMF foi


extinta, de forma definitiva, em dezembro de 2007.

IOF
O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incide sobre financiamento, câmbio e
produtos de seguros, além de títulos e valores mobiliários.

Em 3 de janeiro de 2008, foi publicado decreto no Diário Oficial da União majorando


em 0,38% todas as alíquotas. A medida veio para compensar parte das perdas que a não-
prorrogação da CPMF causou aos cofres públicos. Daí a relação entre ambas.

A alíquota muda conforme o tipo de transação. Veja:

Operações de crédito pessoa física: o IOF tem incidência diária de 0,0082%, limitado
a um total de 3%, o que equivale ao período de um ano. Dessa forma, se o consumidor
optou por um financiamento com prazo mais longo, de 400 dias, por exemplo, a
cobrança será feita pelo relativo a, no máximo, 365 dias. Além da alíquota diária, existe
uma cobrança-extra de 0,38% sobre o valor total. O custo efetivo, portanto, é de 3,38%.

Operação de crédito pessoa jurídica: a alíquota cobrada é de 0,0041% ao dia, o que


implica em 1,50% ao ano, mais uma cobrança-extra de 0,38%.

Seguros: a alíquota varia de acordo com o produto, sendo que o imposto é cobrado
sobre o valor do contrato. No caso dos convênios médicos, ela é de 2,38%, subindo para
7,38% nas demais apólices, como a de carros. O Dpvat (seguro obrigatório para
veículos), operações de resseguro, entre outros, são onerados em 0,38%.

Investimentos: nas aplicações em renda fixa, o IOF é pago sobre os ganhos obtidos
com a aplicação e incide de forma regressiva até o 29º dia de aplicação, depois deste
período, há isenção. A alíquota diminui à medida que aumenta o prazo de aplicação.
Neste contexto, variam de 96%, para aplicações por 1 dia, até 3% para aplicações por 29
dias. Dessa forma, quanto menor o tempo de aplicação, maior a mordida do imposto.
Também há incidência sobre os fundos de ações, swaps e commodities.

CSS

Chamada popularmente de Nova CPMF, a intenção é que a contribuição funcione nos


mesmos moldes da CPMF, mas com uma alíquota de 0,1%. Caso seja aprovada, espera-
se que ocorra um aumento entre R$ 9 bilhões e R$ 12 bilhões no orçamento federal da
Saúde deste ano.

Aprovado na Câmara dos Deputados, o substitutivo que cria a CSS (Contribuição Social
para a Saúde) só será votado no Senado depois das eleições municipais, que acontecem
no segundo semestre deste ano.

Conheça os tributos presentes no dia-a-dia do


consumidor
Em 2008, o brasileiro trabalhou, em média, 148 dias apenas para pagar tributos. Ou
seja, do dia 1 de janeiro até 27 de maio, todo o esforço trabalhado foi para os cofres do
Governo.
A maior parte destes tributos incide sobre o consumo. Dos 148 dias que o brasileiro
trabalha para pagamento de impostos, taxas e contribuições ao Governo, 84 são
referentes a estes tributos, que representam 22,86% da renda bruta da população.

Outros 11 dias são para pagamento de tributos sobre o patrimônio, que correspondem a
2,96% da renda bruta do contribuinte. O restante, 54 dias de trabalho, é destinado a
tributos sobre a renda, que representam 14,69% dos ganhos brutos.

O sistema tributário brasileiro é composto por 61 tributos. Algumas dessas siglas você
já viu nesta seção. Conheça agora os que aparecem com mais freqüência no nosso dia-a-
dia, enquanto consumidores.

Tributos sobre o consumo

Os principais tributos que oneram o preço final dos produtos e serviços são:

ICMS - Imposto Estadual com alíquotas variáveis de acordo com o Estado e com o
produto/serviço. Fica, normalmente, entre 17% e 30%.

PIS - Contribuição federal com alíquota nominal de 1,65% incidente sobre o


faturamento das empresas.

COFINS - Contribuição federal com alíquota nominal de 7,6%, incidente sobre o


faturamento das empresas.

IPI - Imposto Federal sobre produtos industrializados, com alíquotas variáveis de 2% a


330%.

Existem diversos projetos e campanhas que pedem que estes tributos estejam expostos,
de forma clara, no preço dos produtos. O objetivo é torna a cobrança mais transparente
ao consumidor.

Tributos sobre a renda

A tributação incidente sobre os rendimentos (salários, honorários etc.) é formada


principalmente pelo Imposto de Renda Pessoa Física, pela contribuição previdenciária
(INSS, previdências oficiais) e pelas contribuições sindicais.

IRPF - É o tributo que incide sobre o produto do capital e/ou do trabalho das pessoas.
Isso significa, na prática, que ele recai sobre seus rendimentos e/ou, como o próprio
nome diz, proventos de qualquer natureza, do salário à herança.

A tabela progressiva do IR, que define as alíquotas e as faixas de renda sobre a qual
incidirão o imposto, é atualizada anualmente. Hoje o sistema tributário brasileiro
trabalha com três faixas:

Isenta: para ganhos anuais até R$ 16.473,72


15%: ganhos de R$ 16.473,73 até R$ 32.919,00 por ano
27,5%: acima de R$ 32.919,00 ao ano.
Todas as pessoas que possuem algum tipo de rendimento - seja fruto de trabalho ou
resultado de disponibilidade jurídica, sejam funcionários com carteira assinada ou
profissionais autônomos - são contribuintes do IR. E, todos os anos, esses brasileiros
são obrigados a fazer a declaração anual do Imposto de Renda.

A diferença, no entanto, é verificar qual a declaração a ser feita: declaração anual de


ajuste de imposto de renda ou declaração anual de isento (DAI).

INSS - Para ter direito aos benefícios da Previdência, a pessoa precisa estar inscrita
como segurada do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e manter as contribuições
em dia. Cumprindo essas duas exigências, pode se considerar um segurado.
As contribuições têm alíquotas diferenciadas para contribuintes individuais, com
registro em carteira e facultativos.

Contribuição sindical - A Contribuição Sindical dos empregados será recolhida de


uma só vez e corresponderá à remuneração de um dia de trabalho, qualquer que seja a
forma de pagamento.
A contribuição é descontada, pelos empregadores, da folha de pagamento do
trabalhador sempre no mês de março de cada ano.

Tributos sobre o patrimônio

Entre os tributos que incidem sobre o patrimônio do contribuinte, os principais são


aqueles sobre os dois grandes sonhos de consumo do brasileiro: o carro e a casa própria.

IPVA - Pago anualmente, o valor do imposto é calculado de acordo com o perfil do


auto: em São Paulo, carros a gasolina recolhem 4% sobre o valor venal; a álcool e gás,
3%; bicombustíveis, 4%; picapes cabine dupla, 4%; utilitários (cabine simples), ônibus,
microônibus, tratores e motocicletas, 2%; e, por fim, caminhões, 1,5%. Os veículos com
mais de 20 anos de fabricação estão isentos.

IPTU - O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) incide sobre o valor venal do
imóvel, ou seja, o valor do imóvel caso fosse vendido ou comprado à vista hoje.
Entretanto, por se tratar de um imposto municipal, a alíquota, formas de pagamento e
descontos podem variar significativamente de município para município.
Atualmente o imposto é calculado de acordo com a Lei da Progressividade, que atribui
alíquotas diferenciadas para cada faixa de valor do imóvel.

Taxas, contribuições, impostos... Você conhece bem


essas definições?
Diariamente, do momento em que acordamos até a hora em que vamos dormir,
assumimos despesas que, na maioria das vezes, não percebemos. A cada produto
consumido ou serviço utilizado e até mesmo, e principalmente, na atividade produtiva
que realizamos, temos embutido em preços e nos rendimentos, impostos, contribuições
e taxas.
Apesar dessa convivência diária com a chamada carga tributária, a maioria de nós,
contribuintes (pessoas físicas ou jurídicas que têm de pagar tributos), desconhece o que
significam cada um de seus componentes e a diferença entre eles.

Há até o costume de se generalizar, nomeando tudo simplesmente como imposto,


quando, na verdade, o imposto é apenas um dos três tipos de tributos existentes.

Conceitos
E qual o conceito de tributo? É uma obrigação que os contribuintes, ou seja, pessoas
físicas (consumidores, trabalhadores) ou jurídicas (empresas, empregadores) devem
pagar ao Estado, representado pela União (nível federal), pelos estados ou pelos
municípios.

Basicamente, existem os tributos diretos, que incidem sobre a renda e o patrimônio, e os


tributos indiretos, que incidem sobre o consumo.

Na primeira categoria, estão o IR (Imposto de Renda), o IPTU (Imposto Predial e


Territorial Urbano), a contribuição à Previdência, entre outros. Na segunda, estão o
ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), cobrado em
quase todos os produtos comercializados, e a Cofins (Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social), que integra os custos das indústrias, por exemplo.

Modalidades
Veja, agora, a definição das três modalidades de tributos, que podem se enquadrar como
diretos ou como indiretos:

 Imposto: pagamento realizado pelo contribuinte para custear a máquina pública,


isto é, gerar compor o orçamento do Estado.

Na teoria, os recursos arrecadados pelo Estado por meio dos impostos deveriam
ser revertidos para o bem comum, para investimentos e custeio de bens públicos,
como saúde, educação ou segurança pública. No entanto, na prática, como o
imposto não está vinculado ao destino das verbas, ao contrário de taxas e
contribuições, pagá-lo não dá garantia de retorno. No caso do imposto sobre
propriedade de veículos, o IPVA, por exemplo, o pagamento não implica que o
dinheiro será efetivamente revertido para melhoria das rodovias.

 Taxa: é a cobrança que a administração faz em troca de algum serviço público.


Neste caso, há um destino certo para a aplicação do dinheiro. Diferentemente do
imposto, a taxa não possui uma base de cálculo e seu valor depende do serviço
prestado. Como exemplos, estão a taxa de iluminação pública e de limpeza
pública, instituídas pelos municípios.
 Contribuição: pode ser especial ou de melhoria. A primeira possui uma
destinação específica para um determinado grupo ou atividade, como a do INSS
(Instituto Nacional de Seguridade Social). A segunda se refere a algum
projeto/obra de melhoria que pode resultar em algum benefício ao cidadão.

Além desses tributos, previstos no Código Tributário Brasileiro, existe o empréstimo


compulsório, que foi acrescentado pelo Supremo Tribunal Federal. Essa modalidade é
uma espécie de tomada de dinheiro, a título de empréstimo, que o Governo faz em
determinadas situações de emergência, para futuramente restituí-lo ao cidadão. Somente
a União pode determiná-lo.

Afinal: para que servem os tributos?


Diariamente, do momento em que acordamos até a hora em que vamos dormir,
assumimos despesas que, na maioria das vezes, não percebemos. A cada produto
consumido ou serviço utilizado e até mesmo, e principalmente, na atividade produtiva
que realizamos, temos embutido em preços e nos rendimentos, impostos, contribuições
e taxas.

Apesar dessa convivência diária com a chamada carga tributária, a maioria de nós,
contribuintes (pessoas físicas ou jurídicas que têm de pagar tributos), desconhece o que
significam cada um de seus componentes e a diferença entre eles.

Há até o costume de se generalizar, nomeando tudo simplesmente como imposto,


quando, na verdade, o imposto é apenas um dos três tipos de tributos existentes.

Conceitos
E qual o conceito de tributo? É uma obrigação que os contribuintes, ou seja, pessoas
físicas (consumidores, trabalhadores) ou jurídicas (empresas, empregadores) devem
pagar ao Estado, representado pela União (nível federal), pelos estados ou pelos
municípios.

Basicamente, existem os tributos diretos, que incidem sobre a renda e o patrimônio, e os


tributos indiretos, que incidem sobre o consumo.

Na primeira categoria, estão o IR (Imposto de Renda), o IPTU (Imposto Predial e


Territorial Urbano), a contribuição à Previdência, entre outros. Na segunda, estão o
ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), cobrado em
quase todos os produtos comercializados, e a Cofins (Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social), que integra os custos das indústrias, por exemplo.

Modalidades
Veja, agora, a definição das três modalidades de tributos, que podem se enquadrar como
diretos ou como indiretos:

 Imposto: pagamento realizado pelo contribuinte para custear a máquina pública,


isto é, gerar compor o orçamento do Estado.

Na teoria, os recursos arrecadados pelo Estado por meio dos impostos deveriam
ser revertidos para o bem comum, para investimentos e custeio de bens públicos,
como saúde, educação ou segurança pública. No entanto, na prática, como o
imposto não está vinculado ao destino das verbas, ao contrário de taxas e
contribuições, pagá-lo não dá garantia de retorno. No caso do imposto sobre
propriedade de veículos, o IPVA, por exemplo, o pagamento não implica que o
dinheiro será efetivamente revertido para melhoria das rodovias.

 Taxa: é a cobrança que a administração faz em troca de algum serviço público.


Neste caso, há um destino certo para a aplicação do dinheiro. Diferentemente do
imposto, a taxa não possui uma base de cálculo e seu valor depende do serviço
prestado. Como exemplos, estão a taxa de iluminação pública e de limpeza
pública, instituídas pelos municípios.
 Contribuição: pode ser especial ou de melhoria. A primeira possui uma
destinação específica para um determinado grupo ou atividade, como a do INSS
(Instituto Nacional de Seguridade Social). A segunda se refere a algum
projeto/obra de melhoria que pode resultar em algum benefício ao cidadão.

Além desses tributos, previstos no Código Tributário Brasileiro, existe o empréstimo


compulsório, que foi acrescentado pelo Supremo Tribunal Federal. Essa modalidade é
uma espécie de tomada de dinheiro, a título de empréstimo, que o Governo faz em
determinadas situações de emergência, para futuramente restituí-lo ao cidadão. Somente
a União pode determiná-lo.

Tributos: você sabe o que essas siglas querem dizer?


IR, IPTU, IPVA, Cofins, PIS... Essa é só uma pequena amostra de tributos com os quais
você já ter se deparado, seja na hora de pagá-los, seja por ter ouvido falar deles. No
entanto, é provável que tenha ficado em dúvida sobre o que quer dizer essas e outras
siglas, situação perfeitamente natural, dada a nossa realidade tributária bastante
complexa.

Afinal, são 61 tributos, entre impostos, contribuições e taxas cobrados no Brasil


atualmente, de acordo com levantamento do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento
Tributário).

Selecionamos aqui os principais e deciframos o significado de suas siglas. Para efeito


mais didático, eles foram separados conforme a incidência e a competência:

Tributos devidos à União (nível federal)

IR - Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza. É cobrado tanto das


pessoas jurídicas (empresas), sendo então denominado IRPJ, como das físicas, sendo
chamado de IRPF. Sua arrecadação, administração e fiscalização ficam sob
responsabilidade da Receita Federal do Brasil.

IOF - Imposto sobre as Operações Financeiras. É devido pelas pessoas que realizam tais
operações, que podem ser de crédito, câmbio, seguro ou relativas a títulos ou valores
mobiliários. Incide sobre o montante da operação.

ITR - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ou simplesmente Imposto


Territorial Rural. Equivalente ao IPTU (veja sobre ele mais adiante), devendo ser pago
pelos proprietários de imóveis rurais.

IPI - Imposto sobre Produto Industrializado, pago pelas empresas que fazem
industrialização ou importação de produtos.
Vale lembrar que os recursos provenientes da arrecadação de impostos devem ser
revertidos para o bem comum. Já as contribuições são criadas para uma finalidade
específica e só podem ser de competência da União. Dentre elas, temos aquelas que
financiam a chamada seguridade social (previdência e saúde):

PIS (Programa de Integração Social) e Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do


Servidor Público). Ambas as contribuições são a principal fonte de recursos do FAT
(Fundo de Amparo ao Trabalhador), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego. A
maior parte de suas receitas vai para o Programa do Seguro-Desemprego e o Abono
Salarial. Outros 40% são repassados ao BNDES, para aplicação em programas de
desenvolvimento econômico.

Cofins - Contribuição sobre o Financiamento da Seguridade Social, incidente sobre a


receita bruta das empresas em geral.

CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, calculada sobre o lucro das pessoas
jurídicas e entes equiparados pela legislação do Imposto de Renda.

Além dessas, existe a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). A


mais conhecida é a Cide-Combustíveis, cobrada na comercialização de gasolina, diesel,
querosene de avião, óleos combustíveis, GLP (gás liquefeito de petróleo) e álcool etílico
combustível. Ela funciona como uma espécie de amortecedor do mercado, podendo ter
o valor aumentado ou reduzido pelo governo para compensar eventuais reajustes nos
preços dos produtos.

Tributos devidos aos estados

Diretos
IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, incide sobre o valor de
venda dos veículos. Apesar de arrecadado pelas unidades federativas, 50% de seu valor
arrecadado mensalmente deve ser repassado aos municípios.

ITCMD - Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis ou Doação, devido por toda
pessoa física ou jurídica que receber bens ou direitos como herança, como diferença de
partilha ou em doação.

Indiretos
ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. Como o próprio nome
diz, incide sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, mesmo aquelas
iniciadas no exterior. Embora esse tributo seja de competência dos estados, 25% do seu
montante arrecadado pertencem aos municípios, conforme determina a Constituição.

Tributos devidos aos municípios

Diretos
IPTU - Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana, que deve ser pago pelos donos
de imóveis urbanos.
ITBI - Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis, cobrado quando há transmissão
ou cessão onerosa (compra e venda) e entre pessoas vivas de bens imóveis.

Indiretos
ISS - Imposto sobre Serviços, que incide sobre a contraprestação pelo serviço realizado.

Depois de desvendar o significado das siglas de alguns dos principais tributos existentes
no Brasil, você pode consultar quanto à máquina pública arrecada dos contribuintes
acessando o site do Impostômetro (www.impostometro.com.br).

O site, desenvolvido pelo IBPT em parceria com a ACSP (Associação Comercial de


São Paulo), mostra em tempo real a arrecadação por dia, hora, minuto e segundo, no
Brasil, por estado, por município, capital e tributo. Também faz projeções da carga
tributária para os próximos anos e comparações entre os diferentes entes do sistema.

IR: tudo o que você precisa saber para ficar em dia


com o leão
A temporada de entrega da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda 2009,
referente ao ano-calendário 2008, acontece entre os dias 2 de março e 30 de abril.
Durante esse período de prestação de contas, muitas dúvidas costumam surgir entre os
contribuintes, principalmente quanto à obrigatoriedade da declaração, deduções
permitidas por lei, restituições e, claro, a temida malha fina.

Quer ficar por dentro de tudo o que precisa para ficar em dia com o leão? Segue um
passo a passo de como, quando e onde declarar. Confira:

Passo a passo
Basicamente, para o exercício 2009, são obrigados a declarar, entre outras situações, os
contribuintes que receberam, durante o ano passado, rendimentos brutos tributáveis
superiores a R$ 16.473,72 ou rendimentos não-tributáveis, tributados exclusivamente na
fonte e isentos, acima de R$ 40 mil.

A declaração pode ser entregue, dentro do prazo estipulado pela Receita, de três formas:

 Internet: quem quiser enviar a declaração preenchida através do programa de


IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) pela internet terá que salvar a declaração
no disquete ou disco rígido do computador e utilizar o sistema Receitanet.
Disponível no site da Receita Federal, o sistema Receitanet valida e transmite,
via Internet, as declarações. Além de utilizar técnicas de compressão e
criptografia dos dados da declaração, o sistema possibilita a entrega com
certificado digital, que garante a autoria da declaração.
 Disquete: para entregar em disquete, você deve copiar o programa também
disponível no site www.receita.fazenda.gov.br e entregá-lo nas agências do
Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal.
 Formulário: pode ser obtido e entregue nas agências e nas lojas franqueadas da
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), ao custo de R$ 4, pago pelo
contribuinte.
Com relação aos prazos de entrega, quem optar pelo envio pela internet tem até a meia-
noite do dia 30 de abril para mandar o documento. A entrega das declarações em
disquete ou via formulário também termina na mesma data, mas segue o horário de
atendimento dos bancos e agências de correios.

Modelos e deduções
Existem dois modelos de declaração: simplificado e completo. A escolha entre um ou
outro depende, principalmente, das despesas dedutíveis que o contribuinte possui.

As principais diferenças entre os dois tipos de modelos são:

 Modelo Simplificado: as declarações simplificadas podem ser feitas por


qualquer contribuinte. Entretanto, nesse modelo as deduções são substituídas por
um desconto padrão de 20% sobre os rendimentos tributáveis, desde que o
desconto não ultrapasse o valor de R$ 12.194,86.
Desta forma, o modelo simplificado é indicado para pessoas que não possuem
muitas deduções.
 Modelo Completo: se o total das suas deduções exceder o limite de R$
12.194,86, sua melhor opção é fazer a declaração completa. Apesar das
deduções com dependente serem limitadas a R$ 1.655,88 e as despesas com
educação terem o limite individual anual de R$ 2.592,29, as despesas médicas
podem ser deduzidas integralmente e, como o imposto sobre alguns
investimentos já é pago na fonte, não é difícil ter deduções acima desse limite.

Fuja da malha
A falta de atenção ou o desconhecimento pode fazer com que os contribuintes cometam
alguns erros na hora de preencher a declaração de Imposto de Renda. No entanto,
muitas vezes esses equívocos não impedem que a declaração seja enviada à Receita, o
que pode levar à retenção da declaração na malha fina ou ao atraso no processamento
dos dados.

Para evitar problemas de atraso de processamento, ou correr o risco de ter a declaração


retida, atenção às dicas:

 contribuinte deve informar corretamente o CNPJ da fonte pagadora, pois, se esse


dado não for informado ou o CNPJ estiver inválido, a declaração pode não ser
gravada;
 não subtraia os rendimentos isentos dos rendimentos tributáveis ali informados.
O imposto retido na fonte sobre o décimo terceiro salário não deve ser somado
ao imposto retido na fonte referente aos rendimentos tributáveis;
 caso esteja convencido de que as informações contidas no comprovante de
rendimentos estejam incorretas, preencha as informações corretamente em sua
declaração e solicite à fonte pagadora um novo comprovante, lembrando-a da
necessidade de retificar as informações prestadas à RFB;
 os valores recebidos de Fapi (Fundos de Aposentadoria Programada Individual)
devem ser informados pelo seu montante integral, como rendimentos tributáveis,
sem direito à parcela isenta;
 os valores recebidos de previdência privada devem ser informados pelo seu
montante integral, como rendimentos tributáveis, observando-se os casos de
isenção previstos na legislação.
Fique atento ao calendário do Imposto de Renda
A temporada de declaração do Imposto de Renda acontece, anualmente, entre os meses
de março e abril. No entanto, além destas datas, existem outras que devem fazer parte
do calendário do contribuinte.

O contribuinte que tem imposto a pagar ao Fisco deve ficar atento às datas do
pagamento das cotas, que podem ser divididas em até oito parcelas, desde que nenhuma
delas seja inferior a R$ 50.

O felizardo que, ao invés de pagar, tem direito a restituir o imposto pago a mais, deve
prestar atenção ao calendário de restituição. Os lotes de restituição começam a ser
liberados em junho, uma vez por mês, terminando em dezembro.

Acertando as contas com o Leão O contribuinte poderá pagar o imposto ou agendar o


seu pagamento, por meio de débito automático em conta corrente bancária. A opção
será habilitada para declarações originais entregues no prazo e de forma eletrônica. O
contribuinte deverá assinalar a opção de autorização de débito automático e informar o
banco, agência e número da conta corrente onde deseja que seja realizado,
mensalmente, o débito das quotas do imposto a pagar.

A tabela abaixo demonstra como deverá ser feito o recolhimento do imposto devido.

Quota Vencimento Valor dos Juros


1ª ou
30/04/09 Não incide juros
única
2ª 29/05/09 1% sobre o valor da quota
3ª 30/06/09 Juros Selic (05/2009) + 1%
4ª 31/07/09 Juros Selic (05/2009 + 06/2009) + 1%
5ª 31/08/09 Juros Selic (05/2009 + 06/2009 + 07/2009) + 1%
6ª 30/09/09 Juros Selic (05/2009 + 06/2009 + 07/2009 + 08/2009) + 1%
Juros Selic (05/2009 + 06/2009 + 07/2009 + 08/2009 +
7ª 30/10/09
09/2009) + 1%
Juros Selic (05/2009 + 06/2009 + 07/2009 + 08/2009 +
8ª 30/11/09
09/2009 + 10/2009) + 1%

Obs: A Taxa de Juros Selic é pós-fixada, só sendo conhecida no primeiro dia útil do mês seguinte.

Restituição
As restituições do Imposto de Renda e o ressarcimento de valores referentes a tributos e
contribuições federais só são pagos através de depósito em conta corrente ou poupança.

Confira o calendário de pagamento das restituições e programe-se:

IR 2009 Data
1º lote 15/06/2009
2º lote 15/07/2009
3º lote 17/08/2009
4º lote 15/09/2009
5º lote 15/10/2009
6º lote 16/11/2009
7º lote 15/12/2009

Atraso na entrega da declaração de IR


O prazo final para a entrega da Declaração de Ajuste Anual em 2009 acontece em 30 de
abril. Quem atrasar a entrega da sua declaração de Imposto de Renda estará sujeito a
uma multa, que será calculada da seguinte forma:

 1% ao mês sobre o imposto devido, mesmo que tenha sido pago integralmente;
 valor mínimo R$ 165,74;
 valor máximo de 20% do imposto devido

A multa de 1% passa a contar a partir do dia seguinte ao prazo de entrega fixado pela
Receita Federal, e terá por termo final o mês em que você entregar sua declaração.

Só não será cobrada multa dos indivíduos que estão desobrigados de apresentar
declaração de Imposto de Renda. Mesmo que você não esteja em débito com a Receita
(ou seja, não tenha imposto devido), deverá pagar a multa mínima de R$ 165,74. Caso
tenha direito à restituição, sua multa será deduzida do valor a ser restituído.

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