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Curso de Vibrações Mecânicas (EMA006) 18/09/2013

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1

Introdução
2

 Na vida real, durante a vibração todos os


sistemas:
 apresentam alguma forma de dissipação de energia;
 Um entendimento deste fenômeno é importante.
 Embora o amortecimento seja normalmente
desprezado para simplificar a análise:
 sua presença é importante próximo a ressonância
 para limitar a amplitude da resposta nesta região.

CAP. 4
2oSem2013 Amortecimento Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 2oSem2013

Introdução (continuação) Amortecimento Viscoso Linear


3 4

 O efeito primário do amortecimento é:


 remover a energia do sistema.
 Fornece o modelo de amortecimento mais
 Esta perda de energia: simples:
 Na vibração livre: resulta em um decaimento na amplitude,  Força diretamente proporcional a velocidade.
 Na vibração forçada: geralmente balanceada pela energia  Mesmo quando o amortecimento real é mais
que é fornecida pela excitação externa.
 Normalmente aparece na forma de calor. complexo:
 Entre os mecanismos que podem causar amortecimento  é possível manter a simplicidade do
tem-se: amortecimento linear viscoso:
 Resistência do fluido (ou amortecimento viscoso);  Utilizando o “amortecimento viscoso equivalente”.
 Fricção de escorregamento (ou amortecimento de Coulomb);
 Atrito interno (ou amortecimento histerético, estrutural ou
sólido).
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Amortecimento Viscoso
6

 É o mecanismo normalmente utilizado em análise teórica de


5 Tipos de Amortecimento vibração;
 devido a simplicidade matemática.
 É o único tipo de amortecedor estritamente linear, ou seja:
Amortecimento Viscoso  qualquer equação de movimento que incorpore este tipo de
amortecedor pode ser resolvida para qualquer tipo de entrada.
 Quando se introduz um amortecedor viscoso no modelo, a
finalidade é:
 representar o mecanismo dissipador de energia através de um
elemento viscoso linear.
 Na prática, o amortecimento viscoso:
 tem pouca semelhança com o mecanismo de dissipação de
energia real;
 só se justifica quando a dissipação de energia for realmente
representada por um amortecedor viscoso.
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Amortecimento Viscoso (cont.) Definição


7 8

 Quando um sistema vibra em meio fluido:


 ar, água, óleo ou gás, entre outros;
 a energia do sistema é dissipada através da resistência que o fluido
oferece ao movimento.
 Um amortecedor viscoso:
 Esta dissipação de energia depende de vários fatores:  é um mecanismo que se opõem à velocidade
 Tamanho e forma do corpo vibrante (portanto, da área de relativa entre as suas extremidades
contato);
 Viscosidade do fluido;  gerando uma
 Frequência de vibração; ,
 Velocidade do corpo.
 É justamente a característica de ser dependente de ω:
 que faz com que o mecanismo de amortecimento viscoso Fd = cx& (a)
 seja diferente daquele observado na maioria dos materiais ou
estruturas reais.

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Exemplos
9

 Exemplos deste tipo de amortecedor incluem:


10 Tipos de Amortecimento
 Filme de fluido entre superfícies deslizantes; Amortecimento de Coulomb
 Filme de fluido em um mancal de bucha;

 Fluxo de fluido ao redor de um piston;

 Fluxo de fluido através de um orifício.

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Amortecimento de Coulomb Definição


11 12

 Também conhecido como Fricção Seca.  A força de amortecimento de Coulomb é:


 O amortecimento de Coulomb aparece:  considerada independente da velocidade
 sempre quando os corpos deslizam em superfícies secas  uma vez iniciado o movimento.
(i.e., sem lubrificação).
 Obtida através da lei de Coulomb para fricção seca para
 Portanto, para que este tipo de amortecimento ocorra: dois corpos em contato:
 é necessário que exista atrito entre as superfícies.
 a
 A força de amortecimento possui:
 amplitude constante;
 direção oposta a velocidade de movimento. Fd = µN = µW = µmg (b)
 A energia dissipada é causada:
- µ: coeficiente de fricção
 pela fricção (ou atrito) entre as superfícies, • o valor é adimensional
 o que resulta em calor. Não confundir:
- com µ : viscosidade do fluido
• possui unidades [Reyn ou Pa.s]
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Considerações e exemplos
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 Uma vez que a força de amortecimento:


 é independente do deslocamento ou velocidade,
 é algumas vezes referido como amortecimento constante.
14 Tipos de Amortecimento
 A solução exata da equação de movimento utilizando
este tipo de amortecimento: Amortecimento Histerético
 é bastante complexa e (Estrutural, Sólido ou do Material)
 normalmente ele é considerado utilizando-se o conceito de
amortecimento viscoso equivalente
 Exemplos deste tipo de amortecimento incluem:
 sistemas onde a lubrificação entre as superfícies
deslizantes é insuficiente ou não existe e,
 consequentemente, existe atrito (contato mecânico) entre
as superfícies.

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Amortecimento Histerético Amort. Histerético (cont.)


15 16

 Quando um material é deformado:  Alguns pesquisadores mostraram que:


 o próprio material absorve e dissipa energia.  para a maioria dos metais:
 Esta dissipação de energia é resultado: a energia dissipada por ciclo é independente de ω
 da fricção entre os planos internos do material  ou depende muito pouco desta
 que escorregam ou deslizam à medida que  em um amplo espectro de frequência
apresentam movimento relativo com a vibração. e é proporcional ao quadrado da amplitude de
 A denominação amortecimento histerético vibração.
 se deve ao fato da curva Tensão/Deformação
obtida se assemelhar à curva de histerese
presente na maioria dos materiais.

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Considerações Definição e exemplos:


17 18

 A maioria dos materiais empregados na  O amortecimento estrutural também se opõe ao


engenharia ou estruturas reais: movimento relativo entre as suas partes:
 apresenta um comportamento que é próximo a este  Porém ,
mecanismo de dissipação de energia.  e não mais a velocidade
 Segundo a bibliografia1:  embora continue em fase com esta.

 “embora a borracha e outros materiais viscoelásticos  Seria equivalente a se utilizar um amortecedor


possuam dependência com a frequência (e temperatura), viscoso que variasse inversamente com ω.
 esta dependência é menos pronunciada do que aquela
associada a um amortecedor viscoso e, h
Fd = x& = hx (c)
para uma faixa limitada de frequência, suas propriedades

podem ser consideradas constantes”. ω
 Exemplos:
1“Theoretical and Experimental Modal Analysis”, Editores: Maia, N.M.M. e Silva, J.M.M.,
Research Studies Press Ltda, 1997  são encontrados na maioria dos metais.
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Considerações amortecimento real


19

Pela descrição fornecida para os vários tipos


Amortecimento

20
de amortecimento:
 na prática, o que se vê é a presença destes
Energia Dissipada pelo amortecimento
vários mecanismos simultaneamente.
 Por este motivo:
 torna-se complicada a representação do
amortecimento e
 simplificações são normalmente utilizadas nos
cálculos.

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Energia dissipada pelo amortecimento Energia perdida por ciclo


21 22

 Dissipação de energia:  A energia perdida por ciclo devido a força de


 normalmente determinada sob condições cíclicas de amortecimento Fd é calculada por:
oscilação.
 Dependendo do tipo de amortecimento presente: Wd = ∫ Fd dx (4.1)
 a relação força-deslocamento representada
graficamente pode diferir enormemente.
 Porém, em todos os casos a curva força-deslocamento  Em geral Wd depende de vários fatores, como:
irá englobar uma área  temperatura,
 chamada de loop de histerese,  frequência
 que é proporcional a energia perdida por ciclo.
 ou amplitude.

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Energia dissipada pelo amort. viscoso Equacionamento


23 24

 Um sistema massa-mola com amortecedor  Lembrando que:


viscoso: Wd = ∫ Fd dx Fd = cx& dx = x&dt
 Considerado o caso mais simples de dissipação
de energia x (t ) = Xsen (ωt − φ )
 Tem-se:
 A força de amortecimento é dada por: 2π

Fd = cx& Wd = ∫ cx&dx = ∫ cx& 2dt = cω 2 X 2 ∫ ωd cos2 (ωt − φ )dt


0

 O movimento harmônico pode ser  Ou seja:


representado por:
Wd = πcωX 2 (4.2)
x (t ) = Xsen (ωt − φ )
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Representação da Energia
Energia dissipada na ressonância
25 26
Dissipada por ciclo
 De particular interesse é a energia dissipada em  Se o deslocamento for expresso por:
vibração forçada na ressonância. Substituindo: x (t ) = Xsen (ωt − φ )
k
ωn = c = 2ξ km  Tem-se para velocidade: x& (t ) = ωX cos(ωt − φ )
m
 Tem-se que: x& (t ) = ±ωX 1 − sen 2 (ωt − φ ) x& (t ) = ±ω X 2 − x 2 (4.4)
Wd = πcωn X 2
Wd = 2ξπkX 2
(4.3)
 Portanto, pode-se ver que, para o caso de  Logo: Fd = cx& = ± cω X 2 − x 2 (4.5)
amortecimento viscoso linear: 2 2

 a energia dissipada é proporcional ao quadrado da  Rearranjada fica:  Fd  +  x  = 1 (4.6)


deformação ou amplitude.  cωX   X 
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Interpretação gráfica da energia


Modelo de Voigt
27
dissipada por ciclo. 28
2 2
Wd = πcωX 2  Fd   x 
 Fd   x 
2 2
(4.2)   +   = 1 (4.6)
  +  =1 (4.6)  c ωX   X 
 cωX   X   As eqs. acima ainda são válidas quando F = kx é
adicionada à Fd.
 Esta expressão é de uma elipse  Este resultado seria esperado:
 uma vez que a força elástica não produz nenhum trabalho
 com Fd representado no eixo vertical e  quando se considera um ou mais ciclos completos de
oscilação.
 e x representado no eixo horizontal.
 Neste caso, o loop de histerese torna-se rotacionado.
 A energia dissipada por ciclo é dada:  Esta representação é conhecida como modelo de
 pela área englobada pela elipse. Voigt e consiste em:
 um amortecedor viscoso
 em paralelo com uma mola.
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Representação gráfica Considerações sobre energia dissipada.


29 30

Wd = πcω X 2 (4.2)

X X X X
 Quando a energia dissipada:
k .X  é proporcional ao quadrado da deformação ou
amplitude
c .ω .X c .ω .X a curva de histerese é uma elipse.

Fd(t) + k.x(t)
Fd(t)

 Quando esta perda por amortecimento:


c .ω .X
 não é uma função quadrática,
a curva de histerese não é mais uma elipse,
 embora continue englobando uma área.
x(t) x(t)

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Amplitude na ressonância
Amplitude e fase em outras regiões
31
(amortecimento viscoso) 32

 Em outras regiões podem ser calculadas por:


 O efeito principal do amortecimento em
sistemas oscilatórios F0 X 1
X= M= =
é limitar a amplitude da resposta na ressonância,


 tendo pouca influência em regiões de frequência


( k − mω 2 ) 2 + ( cω ) 2 δ st (1 − r ) +(2ξr )
2 2 2

(3.3) (3.8.b)
afastadas deste valor.
 No caso de amortecimento viscoso:
cω 2ξr
 a amplitude na ressonância foi calculada no φ = tan −1 φ = tan −1
Capítulo 3, ou seja: k − mω 2 1 − r2
k F0 (3.4) (3.9)
ω = ωn = → X = (3.7)
m ωnc
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O que fazer para outros amort.? Amortecimento Viscoso Equivalente


33 34

 Para outros tipos de amortecimento:  ceq é encontrado:


 não existe expressão simplificada como as  igualando-se a energia dissipada pelo
anteriores. amortecimento viscoso
 Entretanto:  aquele da força de amortecimento não viscoso

 é possível se aproximar a amplitude ressonante assumindo-se movimento harmônico


 substituindo-se um amortecimento equivalente  Ou seja:
(ceq) πceqωX 2 = Wd (4.8)
 Onde Wd para cada tipo de amortecimento será:
Wd = ∫ Fd dx (4.1)
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Energia dissipada pelo amortecimento Amort. viscoso equiv. para amort.


de Coulomb
35 36
de Coulomb
 A amplitude de movimento será constante e
pode ser representada por X.  Utilizando o conceito de ceq:
 Desta forma, a energia dissipada pela força de πceqωX 2 = Wd (4.8)
amortecimento de Coulomb:
 Tem-se que:
Fd = µN (b)
em ¼ de ciclo torna-se diretamente proporcional a πceqωX 2 = 4 µNX
esta força, i.e.:
Wd ( 1 4 ) = µNX Wd = 4 µNX 4µN
 Logo: ceq =
ou W = 2 µNdx x
πωX

d ∫− x Wd = 4 µNX
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Amplitude (amort. Coulomb) Amplitude Adimensional (Coulomb)


37 38

 Neste caso, deve-se substituir o c pelo ceq:  A eq. abaixo:  A eq. (e) mostra que:
2 2  O amortecimento de
2  4 µN   4 µN  Coulomb:
F0 −   1 −  
F0  π  F0  πF0  (d)  serve para limitar a
X= = X=
2 k − mω 2 1 − r2 amplitude da vibração
 4 µN  k
(k − mω ) 2 2
+   De modo adimensional forçada na ressonância.
 πX   Entretanto:
se transforma em :  em r = 1:
2 2
 4 µN   4 µN  X/δst → ∞
1 −   1 −   2
Comportamento ≠ do
F  πF0  F  πF0   4 µN  
X= 0 = 0 1 −   amortecimento viscoso:
k ω
2
k 1 − r2 X  πF0  (e)
 Onde, em r = 1:
1 −   = X/δst = 1/2ζ
δ st 1 − r2
 ωn 
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2 2
 4 µN   4 µN 
1 −  
Limitação Fase(amort. Coulomb)
1 −  
F0  πF0  ou X  πF0 
X= 2 =
k 1− r δ st 1− r 2

39 40

 As equações acima só podem ser empregadas se:  Neste caso, deve-se substituir o c pelo ceq:
 a força de fricção (i.e., amortecimento) < F0.
Substituindo X
Portanto, podem ser utilizadas para:  4 µN   4 µN  (eq. e) ao lado:

   
 determinar o valor limite da força de amortecimento. −1  πX  −1  πXk   4 µN 
φ = tan = tan ±  
 Isto porque: k − mω 2 1− r2
φ = tan −1  πF0 
 o numerador destas equações deve ser > 0 (zero), Logo: 2
 de modo a se evitar valores imaginários de X. Para r = 1: φ = 900;  4 µN 
1 −  
Desta forma, tem-se que: Para r < 1: φ é positivo

Para r > 1: φ é negativo
 πF0 
 4 µN  F0 4 Portanto:
1 −   > 0 > φ é constante para um
 πF0  µN π dado valor de F0/µN. ;
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Energia dissipada pelo amortecimento Amort. viscoso equiv. para amort.


Histerético (ou Estrutural) estrutural
41 42

 Como já mencionado (slide 16), para o amort.  Utilizando o conceito de ceq:


estrutural: W ∝ X2 πceqωX 2 = Wd
d (4.8)

 Portanto:  Tem-se que:


Onde:
 o coeficiente de perda é constante πceqωX 2 = πhX 2 (4.10) h = constante de amort. estrutural
e o formato da curva de histerese permanece inalterado
com a amplitude  Logo: ceq = h (4.11)
 N  N
unidades :c  −1 h  
 e independente da razão de deformação. ω  ms   m 
 Logo, a energia dissipada pelo amortecimento h
será:  Explicando a eq. (c): Fd = x& = hx (c)
Wd = πhX 2 (4.9) ω
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Energia dissipada por frequência Amplitude e fase (amort. Estrut.)


43 44

 Como se pode ver:  Neste caso, deve-se substituir o c pelo ceq


Para h: Wd é independente da frequência,

dado pela eq. (4.11).
 enquanto para c, Wd é linearmente dependente de ω.
 O que se pode ver na vida real, entretanto, é que:  Ou seja:
 a energia dissipada varia de uma forma diferente destas
duas mostradas. W F0
d
X =
(k − mω ) + (h )
c
2 2 2

vida real h
φ = tan −1
k − mω 2
ω

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Correlação razão de amortecimento


Fator de perda (η)
45 46
viscoso (ξ) x estrutural (η)
 O fator de perda η  Sabendo-se que:
 ou razão de amortecimento histerético c
ξ=
é uma constante adimensional indicativa da quantidade 2 km
de amortecimento histerético do sistema e é expresso
por:  Temos que:
c c cω n cωn
2ξ = = = ∴2ξ =
h km 1 k k
η= k km
k  Usando ceq: k2
h ωn ω ω
2ξ = =η n η = 2ξ = 2ξr
k ω ω ωn
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Amplitude e fase para amortecimento


Rigidez Complexa
47
estrutural 48

Portanto, a razão de amplitude quando se tem


Se um amortecedor viscoso é conectado em


amortecimento estrutural será:
paralelo com a mola (i.e., modelo de Voigt):
X 1  Logo, tem-se que:
= Fd = (k + iωc )x
δ st Para r = 1 → (X/δ )
(2
)
1 − r 2 + η 2 Por este motivo, se afirma questamax
amplitude
 Se for amortecedor estrutural:
máxima ocorre na ressonância
(já que este tipo de amortecimento é valido
para a grande maioria dos casos).
Fd = (k + ih )x
 E a fase:  E a fase agora:  O que leva ao conceito de rigidez complexa:
η h
φ = tan −1 Para ω = 0 → φ = tan-1 (η) k * = k + ih Como: η = k * = k (1 + iη )
1− r2 Logo, a resposta nunca pode estar em fase k
com a força

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Capacidade de Amort. Específico


50

 Bastante utilizada para comparar a capacidade de


49 Propriedades do Amortecimento 
amortecimento de materiais empregados na engenharia.
Para se obter seu valor basta calcular:
 a fração da energia total que é dissipada em cada ciclo.
- Capacidade de Amortecimento Específico  A energia total de um sistema (W) pode ser expressa como:
 a energia potencial máxima ou
- Coeficiente de Perda  a energia cinética máxima.
 Para ξ << 1, Umax ≈ Tmax
 É definida como sendo:
 a energia dissipada por ciclo
 dividida pela energia cinética máxima (ou potencial) tal que:

Wd πcω d X 2 2πc Wd  2π  c  Wd 2ξπ kX 2


= 2 2
= = 2   = 2δ ≈ 4πξ = = 4πξ
W 1
2 mω d X mω d W ωd  2m  W 1 kX 2
2

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Coeficiente de Perda
51

Também serve para comparar a capacidade de


Técnica da Meia-Potência

amortecimento de materiais. 52

 É definido como:
Cálculo do:
 a razão da energia dissipada por radianos, - Fator de amortecimento viscoso (ξ) ou
 dividida pela energia potencial (ou cinética) máxima. - Fator de amortecimento estrutural (η)
 Portanto:
 seria o mesmo que ter a capacidade de Domínio da frequência
amortecimento específico dividido por radianos
Wd
2π Wd Wd 1
η= = como = 4πξ η= 4πξ = 2ξ
W 2πW W 2π

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Obtenção da Razão de Amortecimento Técnica da Meia-Potência


53 54

A razão de amortecimento (viscoso ou estrutural) de um  Pode-se deduzir a técnica da meia-potência:


sistema pode ser obtida de 2 formas:
1) No domínio do tempo: 1) utilizando-se tanto a equação em termos dos
 Através da técnica do decremento logarítmico parâmetros físicos do sistema
 Parte da resposta em vibração livre do sistema. e correlacionando-os aos parâmetros dinâmicos
2) No domínio da frequência: desejados,
 Através da técnica da meia-potência 2) quanto em termos dos parâmetros dinâmicos
 Parte da vibração forçada do sistema.
 Para sua dedução: diretamente.
 Utiliza a razão entre a resposta do sistema pela força de excitação que a
produz.  As duas deduções resultam no mesmo valor
 Portanto, duas modificações são realizadas em relação ao
decremento logarítmico :
para a razão de amortecimento desejada.


no domínio e
no tipo de resposta utilizada.
 Utilizaremos a 1ª opção.

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Gráfico Utilizado para Meia-Potência


55

56
Q = Fator de Qualidade

Utilizando parâmetros físicos

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Função de Resposta em Frequência (FRF) Técnica Meia-Potência (dedução)


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 Ao invés de se representar:  A amplitude máxima para pequenos valores


 a amplitude de vibração x frequência amortecimento ocorre na ressonância.
 como utilizado até agora, Portanto:
 a razão entre a amplitude de resposta pela força 1
de excitação pode ser representada. α (ω )max ≈ α (ω )ω =ω = =Q (4.18)
n

 Estaé a definição de Função de Resposta em
Frequência (FRF). Portanto:  Considerando: para

X 1 X 1
ω = ωn
1
α (ω ) = = (4.17) α (ω ) = = α (ω )max = (4.19)
F ( k − ω m) + (ωc)
2 2 2 F ( k − ω m) + (ωc)
2 2 2
ωn c
(4.17)
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Técnica Meia-Potência (cont.) Frequências de Meia-Potência


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 Considera-se o valor da amplitude máxima  A solução da eq. abaixo será:


quando decrescida de 1/√2. ω 4 m 2 − ω 2 (2 km − c 2 ) + ( k 2 − 2ω n2 c 2 ) = 0 (4.23)
1 1
α max = (4.20) 2 km − c 2 c c 2 + 4 km
2 2ω n c ∴ ω12,2 = ± (4.29)
2m2 2m 2
1 1
= (4.21)  Chamando de forma simplificada:
2ω n c ( k − ω m) 2 + (ωc) 2
2
ω12 = a − b (4.30)
∴ ω22 − ω12 = (a + b) − (a − b) = 2b (4.32)
2ω c = (k − ω m ) + (ωc ) (4.31)
2
2 2 2 2
(4.22) ω = a +b
2
2
n
2c c 2 + 4 km
ω 4 m 2 − ω 2 (2 km − c 2 ) + ( k 2 − 2ω n2 c 2 ) = 0 (4.23) ω22 − ω12 =
2m2
(4.33)

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Técnica da Meia-Potência (cont.)


61

 Dividindo-se a expressão anterior (4.33) por ωn2:


 obtêm-se o método da meia potência 62
4 2
ω22 − ω12 c c 2 + 4 km m c c 2 + 4 km ω 22 − ω12  c   c 
ωn2
=
m2 k
=
mk ω n2
=   + 4
 km 

 km  Utilizando parâmetros dinâmicos
c c c ω22 − ω12
ξ= = ∴ 2ζ = = 16ξ 2 (ξ 2 + 1) = 4ξ (ξ 2 + 1)
cc 2 km km ωn2

 Como ζ < 0,05 ∆ω


≈ 2ξ (4.41)
ω22 − ω12 ω2 − ω1 ω2 + ω1 ω2 − ω1 2ωn ωn
≈ 4ξ ≈ 4ξ ≈ 4ξ
ωn2 ωn ωn ωn ωn ∆ω
≈ η (4.42)
ωn
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Técnica da Meia-Potência (param. din.) Técnica da Meia-Potência (param. din.)


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 Deve-se utilizar:  Logo: 1


=
Q
=
1

M=
X
=
1
(3.8.b)
(1 − r ) + (2ξr )
2 2 2 2 2ξ 2
δ st (1 − r ) +(2ζr )
2 2 2
(
r 4 + 4ξ 2 − 2)r + (1 − 8ξ ) = 0
2 2
2
 Para ζ < 0,05, o pico máximo ocorre ≈ em r = 1, ou seja: ω 
r12 =  1  = 1 − 2ξ
r12 = 1 − 2ξ 2 − 2ξ 1 + ξ 2 ξ < 0,05  ωn 
 X   X  1
  ≈   = =Q (3.14) 2

 δ st  max  δ st ω =ω n 2ξ r22 = 1 − 2ξ 2 + 2ξ 1 + ξ 2 ω 
r22 =  2  = 1 + 2ξ
 ωn 
Para a técnica da meia-potência considera-se a equação
Então:

∆ω
(3.14) quando decrescida de 1/√2, ou seja: 
≈ 2ξ
ω 2
ω 2 2
ω −ω 2 ωn
1 Q 1 r22 − r12 ≈ 4ξ − 2
≈ 4ξ 1 2
≈ 4ξ
1
= = ω 2
ω 2
ωn2 ∆ω
(1 − r ) + (2ξr )
2 2 2 2 2ξ 2 n n
ωn
≈η

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