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Art. 1 Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal
direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins
da Administração.
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Art. 2 A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razo-
abilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e efici-
ência.
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Art. 2 , Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo
autorização em lei;
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados;
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se
dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.
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Art. 3 O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam
assegurados:
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.

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Art. 5 O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado.
Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial
em ato normativo próprio.
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;


II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:

I - tenha interesse direto ou indireto na m


II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem
quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;
III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.
atéria;

Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com
algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo.
Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos admi-
nistrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias , salvo motivo de força maior.
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação.
Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do interes -
sado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências.
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§ 2 A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento.

Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias , salvo se
outro prazo for legalmente fixado.

Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acautela-
doras sem a prévia manifestação do interessado.

Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir,
salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.

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§ 1 O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco
dias, o encaminhará à autoridade superior.
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§ 2 Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução.
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal
diversa.
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado
a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.
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§ 1 Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de trinta
dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente.
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do
começo e incluindo-se o do vencimento.
Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se suspendem.

SÚMULA VINCULANTE 3, STF - Súmula, 3: Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram -s e
o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que
beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma
e pensão.

SÚMULA VINCULANTE 5, STF - A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não
ofende a Constituição.

SÚMULA VINCULANTE 21, STF - É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou
bens para admissibilidade de recurso administrativo.

SÚMULA 19, STF - É inadmissível segunda punição de servidor público, baseada no mesmo processo em que se
fundou a primeira.

SÚMULA 20, STF - É necessário processo administrativo com ampla defesa, para demissão de funcionário admitido
por concurso.

SÚMULA 429, STF - A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso do mandado
de segurança contra omissão da autoridade.

SÚMULA 473, STF - A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque dêles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respei-
tados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

SÚMULA 510, STF - Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o
mandado de segurança ou a medida judicial.

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SÚMULA 312, STJ - no processo administrativo para imposição de multa de trânsito, são necessárias as notificações
da autuação e da aplicação da pena decorrente da infração.

SÚMULA 373, STJ - É ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de recurso administrativo.

01. (ESAF/MAPA) Nos processos administrativos no âmbito da Administração Pública Federal, não será observado
o seguinte critério:

A) atuação conforme a lei e o Direito.


B) interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige,
vedada a aplicação retroativa de nova interpretação.
C) divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição.
D) objetividade no atendimento do interesse público, admitida somente a promoção institucional de autoridades.
E) adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.

02. (VUNESP/ARSESP) No que diz respeito à competência disciplinada pela Lei n° 9.784/1999, é correto afirmar
que:

A) a competência é irrenunciável e delegável, mas não admite a avocação.


B) o ato de delegação não pode ser revogado pela autoridade delegante.
C) a decisão de recursos administrativos não pode ser objeto de delegação.
D) o ato de delegação dispensa a sua publicação em diário oficial.
E) é permitida a delegação da edição de ato de caráter normativo.

03. (FAPESE/UFS/2018) Considere as assertivas a seguir, à luz da Lei 9.784/1999:

I - O processo administrativo inicia-se exclusivamente a pedido do interessado.


II - Se não houver impedimento legal, o titular de um órgão administrativo poderá delegar parte de sua competência
a outro titular ainda que não lhe seja hierarquicamente subordinado, quando for conveniente em razão de circuns-
tâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
III - Não é impedido de atuar em processo administrativo o servidor que esteja litigando judicialmente com o cônjuge
do interessado no mesmo processo.
IV - Das decisões administrativas cabe recurso em face de razões de legalidade, mas não de mérito.
V - Salvo disposição legal diversa, o recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas .

Dentre as afirmativas, estão corretas:

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A) III e V.
B) II e IV.
C) II e V.
D) I e V.
E) I e II.

04. (CESPE/ABIN/2018) A admissão do recurso administrativo independe da comprovação do depósito prévio das
custas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

GABARITO

1. D
2. C
3. C
4. C

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LICITAÇÃO
(lei 8.666/93 + lei 10.520/02)

CONCEITO

“ O procedimento administrativo pelo qual entidades governamentais convocam interessados em fornecer bens ou
serviços, assim como locar ou adquirir bens públicos, estabelecendo uma competição a fim de celebrar contrato
com quem oferecer a melhor proposta”. (Alexandre Mazza)

“É o procedimento administrativo mediante o qual a administração pública seleciona a proposta mais vanta josa para
o contrato do seu interesse”. (Hely Lopes)

OBJETOS

 OBRA
 SERVIÇO
 COMPRA
 ALIENAÇÃO
 LOCAÇÃO

FINALIDADES

 ISONOMIA
 SELEÇÃO DA PROPOSTA MAIS VANTAJOSA
 DESENVOLVIMENTO NACIONAL SUSTENTÁVEL

PRINCÍPIOS

 LEGALIDADE
 IMPESSOALIDADE
 MORALIDADE
 PUBLICIDADE
 IGUALDADE
 PROBIDADE

PRINCÍPIOS

 VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO


 JULGAMENTO OBJETIVO
 ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA

MODALIDADES

Lei 8.666/93, art. 22 - São modalidades de licitação:

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I - concorrência;
II - tomada de preços;
III - convite;
IV - concurso;
V - leilão.

Lei 10.520/02 - modalidade: Pregão.

MODALIDADES: (Concorrência)
 Qualquer interessado (universalidade)
 Habilitação preliminar
 Necessária qualificação
 Maior vulto
 Ampla publicidade

MODALIDADES: (Tomada de preço)


 Interessados devidamente cadastrados
 Realizarem o cadastramento até o 3° dia anterior à data do recebimento das propostas.

MODALIDADES: (Convite)
 A administração vai escolher e convidar no mínimo 3 interessados cadastrados ou não.
 Vai estender o convite aos demais cadastrados. (devem manifestar o interesse de participar da licitacao com
uma antecedencia de no minimo 24 horas antes da apresentacao das propostas).

OBS: (Concorrência) - Terá de ser usada:

a) obras e serviços de engenharia de valor superior a R$ 1.500.000,00.


b) compras e serviços que não sejam de engenharia, de valor superior a R$ 650.000,00.
c) compra e alienação de bens imóveis, qualquer que seja o seu valor, ressalvado o disposto no artigo 19 da lei.
8.666/93.

OBS: (Concorrência) - Terá de ser usada:

d) concessões de direito real de uso

e) licitações internacionais.

Obs: exceção – admite-se tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de
fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País.

f) alienação de bens móveis de valor superior a R$ 650 mil

OBS: (Tomada de preço) - usada:

a) obras e serviços de engenharia com valor estimado de até R$ 1.500.000,00.

b) compras e serviços que não de engenharia até o valor estimado de R$ 650.000,00

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c) licitações internacionais, desde que preenchidas as seguintes condições: 1. o órgão ou entidade disponha de
cadastro internacional de fornecedores; 2. o valor estimado do contrato a ser celebrado não ultrapasse o limite de
valor para a TP;

OBS: (Convite) - usada:

a) obras e serviços de engenharia com valor estimado em até R$ 150.000,00.

b) compras e demais serviços com valor estimado em até R$ 80.000,00.

c) licitações internacionais, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no Brasil, observados os limites de
valor apresentados acima.

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