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DIREITO AMBIENTAL

HISTÓRIA DO DIREITO AMBIENTAL

1. Considerações preliminares

Olá, meus amigos e minhas amigas!

Tudo bem com vocês?

Estamos trazendo para vocês o nosso Curso de Direito Ambiental; curso


esse que não possui o objetivo de esgotar o tema, mas de trazer as principais
observações a respeito da matéria com fins de que vocês estejam preparados
para as principais situações.

Nosso curso se volta tanto para os estudantes, como, também, para os


profissionais de Direito e todos aqueles que possuem o interesse de saber um
pouco mais da história do Direito Ambiental, bem como, da sua evolução em
nossa País e no mundo.

Então, vamos começar?

2. Introdução

Creio que vocês já tenham visto no vídeo de nossa aula 01 que a


Constituição Federal de 1988, trata de forma expressa sobre a importância do
meio ambiente em seu art. 225.

Importância e tratamento esse que não se verificou nas constituições


anteriores. E sabem por qual razão tal tema era negligenciado?

Muito simples, turma! A negligência se dava pelo fato de a nossa


sociedade não ter notado a importância do tratamento do Direito Ambiental por
meio de nossa lei maior, ou seja, a Constituição Federal.

É fato que antes da Constituição de 1988, o antigo Código Florestal (Lei


nº 4771/1965) já tratava de Direito Ambiental. Porém, tenham a certeza que
com a evolução do pensamento social, com a Constituição Federal e com o
avanço nos estudos e consciência social, o Direito Ambiental ganhou uma
amplitude muito maior.
3. Do caráter histórico do Direito Ambiental

Meus amigos e minhas amigas, é imperioso destacar que as primeiras


legislações e culturas a vislumbrarem o Direito Ambiental, o faziam com o
intuito de preservação de propriedade.

Não entenderam?

Muito simples, gente! Não se buscava preservar o meio ambiente no


sentido de que as futuras gerações necessitavam dele para existir. A única
intenção do homem era que o meio ambiente fosse regulado no quesito de
propriedade, ou seja, de garantir o que era seu.

E, provavelmente por essa razão, que muitas civilizações que


estudamos quando crianças não existem mais. Vez que as civilizações viviam
em caráter de nômades, ou seja, sem um lugar fixo para a instalação do seu
povo.

Logo, o que ocorria era o aproveitamento total de determinado local (de


seus recursos e meio ambiente) e, quando este se tornava escasso, aquela
sociedade procurava uma nova rota e um novo lugar para fazer sua morada.

Só com o passar do tempo e com a real consciência foi que as


sociedades entenderam que era impossível perpetuar as espécies e crescer
sem que se tivesse uma consciência (ainda que pequena) de preservação.

Obviamente que, com o avanço das comunicações, começaram as


reuniões e palestras entre os países com fins de regular o Direito Ambiental e
buscar soluções para os principais problemas que assolavam cada país. E, foi
graças a essas reuniões internacionais que, atualmente, o Brasil conta com
uma das legislações ambientais mais avançadas e que serve de referência
para muitos outros países ao redor do mundo.

E sabem qual a principal vantagem da nossa legislação ambiental?

Quando do desenvolvimento da legislação, o legislador levou em consideração


os problemas já enfrentados pelos outros países, inclusive as catástrofes
naturais causadas pelo desrespeito à natureza. O que serviu para que a nossa
legislação buscasse prevenir e coibir situações que gerassem desastres,
embora saibamos que vez por outra há situações degradantes em nosso País.
4. Do art. 225 da Constituição Federal de 1988

Conforme relatamos anteriormente, a Constituição Federal de 1988 traz


em diversos artigos o tratamento do Direito Ambiental. Entretanto, nenhum
deles é mais abrangente e fixador do caráter protecionista que o art. 225.

Vejamos a redação do art. 225, a seguir:

“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente


ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-
lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito,


incumbe ao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos


ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do


patrimônio genético do País e fiscalizar as
entidades dedicadas à pesquisa e manipulação
de material genético;

III - definir, em todas as unidades da


Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente
protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada
qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua
proteção;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de


obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente,
estudo prévio de impacto ambiental, a que se
dará publicidade;

V - controlar a produção, a comercialização e o


emprego de técnicas, métodos e substâncias
que comportem risco para a vida, a qualidade
de vida e o meio ambiente;

VI - promover a educação ambiental em todos


os níveis de ensino e a conscientização pública
para a preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na


forma da lei, as práticas que coloquem em risco
sua função ecológica, provoquem a extinção de
espécies ou submetam os animais a crueldade.

§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica


obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica
exigida pelo órgão público competente, na
forma da lei.

§ 3º As condutas e atividades consideradas


lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a
sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os
danos causados.

§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata


Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e a Zona Costeira são patrimônio
nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da
lei, dentro de condições que assegurem a
preservação do meio ambiente, inclusive
quanto ao uso dos recursos naturais.
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou
arrecadadas pelos Estados, por ações
discriminatórias, necessárias à proteção dos
ecossistemas naturais.

§ 6º As usinas que operem com reator nuclear


deverão ter sua localização definida em lei
federal, sem o que não poderão ser instaladas.

§ 7º Para fins do disposto na parte final do


inciso VII do § 1º deste artigo, não se
consideram cruéis as práticas desportivas que
utilizem animais, desde que sejam
manifestações culturais, conforme o § 1º do art.
215 desta Constituição Federal, registradas
como bem de natureza imaterial integrante do
patrimônio cultural brasileiro, devendo ser
regulamentadas por lei específica que
assegure o bem-estar dos animais envolvidos.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 96, de
2017)”

Oriento que vocês façam uma leitura detalhada do respectivo artigo, pois
certamente os certames enfocarão em tal tema.

Tudo bem?

5. Das categorias de Direito Ambiental

Como vocês já devem ter visto em nossa aula, há inúmeras hipóteses de


classificação do Direito Ambiental e, a depender de cada legislador, a
classificação será maior ou menor.

Entretanto, vamos nos ater a classificação que tratamos em nossa aula


que divide o Direito Ambiental em 5 (cinco) categorias.
Vejamos:

CATEGORIA CLASSIFICAÇÃO

Natural Trata em específico da fauna e da


flora

Artificial Trata do que foi desenvolvido pelo


homem, como as cidades, por
exemplo

Trabalho Trata do ambiente que envolve o


trabalho

Patrimônio Genético Trata, como o próprio nome já diz, de


tudo que envolve a genética

Patrimônio Magnético/Antena Trata da emissão de ondas


eletromagnéticas

Bons estudos!

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