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Segurança, Higiene e Saúde do

Trabalho da Construção Civil

Procedimentos de
emergência

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Introdução

•A lei quadro da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, aprovada


pelo Decreto-Lei 441/91, de 14 de Novembro, com alterações
introduzidas pelo Decreto-Lei 133/99, de 21 de Abril, e com a
redacção da Lei nº 99/2003, de 27 de Agosto (Código de Trabalho),
atribui ao empregador a obrigação de "adoptar medidas e dar
instruções que permitam aos trabalhadores, em caso de perigo
grave e iminente que não possa ser evitado, cessar a sua actividade
ou afastar-se imediatamente do local de trabalho, sem que possam
retomar a actividade enquanto persistir esse perigo, salvo em casos
excepcionais e desde que assegurada a protecção adequada".

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Planos e Procedimentos de Emergencia

•As organizações têm múltiplas razões para


implementar um Plano de Emergência. Uma
resposta a emergências pode levar a várias
perdas de diferentes tipos, e contribuir para
situações de potencial colapso financeiro.

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Cont.
•O Plano de Emergência tem como objectivo
fundamental o controlo de situações de
emergência, ou seja, a preparação e organização
dos meios existentes, para garantir a
salvaguarda das pessoas e das instalações, em
caso de ocorrência de uma situação perigosa.

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Cont.
• A elaboração de um Plano de Emergência assenta
na correcta identificação e avaliação de riscos na
obra, sendo certo que a redução do nível de risco
depende da implementação de um Plano de
Emergência devidamente concebido, revisto e
treinado de forma a que, em caso de se declarar
uma emergência, estejam maximizadas a
capacidade de intervenção e de controlo e que
possam ser minimizados os custos humanos e
materiais dela decorrentes.

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Caracterização do espaço físico
• Descrição física da obra: localização e acessos,
relações com vizinhos e ambiente - ameaças e
apoios, carta topográfica, identificação e avaliação
dos riscos; descrição das diversas instalações
(dormitório, sanitários, escritórios, etc.).

•A obra deve ser servida por vias que permitam a


aproximação, o estacionamento e a manobra das
viaturas dos bombeiros.

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Cont.

• Organização e distribuição dos trabalhadores:

Sector / Área Encarregado N.º de trabalhadores

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Cont.
• Distribuição temporal de ocupação da obra:

Horário Diurno Horário Nocturno

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sábado

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Cont.
•Informação técnica: Fontes de energia
(localização e tipo), redes de água e esgotos,
fichas de segurança dos produtos perigosos,
armazenamento e distribuição de combustíveis
líquidos e gasosos.

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Níveis de emergência e definição dos tipos de
alarme
❑ Níveis de emergência

•Falso Alarme: sinal sonoro emitido para avisar


que a situação de emergência terminou;

•A desactivação da situação de emergência


deverá ficar sempre a cargo do Responsável pela
Coordenação do Plano de Emergência.

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Cont.
•Alarme Parcial: Sinal sonoro emitido para prevenir
as pessoas e a brigada de 1ª intervenção de uma
situação de emergência.

❑ Nesta situação de emergência (por exemplo, um


pequeno incêndio confinado a uma área restrita,
tal como um dos sectores, que, por isso, não
coloca em risco outras áreas), será necessário
intervir com os meios de primeira intervenção
disponíveis na empresa.

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Cont.

• Alarme Geral: sinal sonoro emitido para


difundir o aviso de evacuação total da obra;

• Esta situação de emergência ocorrerá quando


se confirme uma situação de incêndio de
grandes proporções, catástrofe natural,
alarme de bomba ou outra situação
semelhante.

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Cont.
•Neste caso, será necessário alertar imediatamente
os bombeiros locais e/ou os serviços de Protecção
Cívil e desencadear as acções visando o controlo da
situação de emergência até à chegada de meios de
socorro vindos do exterior;
•Estas acções passam pela evacuação da obra, pela
tentativa de socorro e apoio a sinistrados ou pelo
confinamento do incêndio até à chegada dos
bombeiros.

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Sinais de Alarme
•O código de toques para assinalar as diferentes
situações de emergência (que deverá ser amplamente
divulgado) poderá ser, por exemplo, o seguinte:

• Alarme parcial - Toques curtos de ± 5 s.


• Falso alarme - A campainha pára de tocar.
• Alarme geral - Toques prolongados com a duração de
± 30 s, com intervalos de ± 5 s.

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Sistemas de alarme, prevenção e
protecção
Sistemas de alarme
•Deve existir um meio de transmissão do alarme
a todos os locais da obra. Poderá ser utilizada
uma sirene, muitas vezes já existente para
assinalar o início e o fim dos períodos de
trabalho, ou usar-se sinais diferenciados,
segundo um código a estabelecer.

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Cont.
•No caso de a obra possuir uma rede interna de
altifalantes ou intercomunicadores, este meio
poderá perfeitamente ser utilizado, desde que
cubra toda a obra, podendo, neste caso, o
alarme ser transmitido através de frases
tipificadas (por exemplo, "Emergência –
Evacuação").

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Meios de Prevenção e Protecção
•Poderão existir também telefones de
emergência, para permitir uma comunicação
directa com os responsáveis definidos para a
actuação em caso de emergência.

•O alarme também poderá ser dado através de


botoneiras de alarme, colocadas nos diversos
sectores ou áreas.

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18
Batoneiras de alarmes

19
Cont.

•De notar que este processo pode ter sérias


limitações em ambientes ruidosos (neste caso, pode
recorrer-se a códigos de iluminação: apagar e
acender as luzes 3 vezes, etc.).

•Todos os sistemas de alarme devem dispor de


alimentação eléctrica independente, que permita a
troca de informações e directivas durante a
emergência.

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Cont.
•A obra deve possuir meios de detecção de
situações anómalas e meios adequados de
combate:
• Sistemas de detecção e extinção automáticos;
• Extintores;
• Bocas de incêndio;
• Equipamentos de protecção individual;
• Sistemas de desenfumagem.
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Fases de actução
Devem ser esclarecidos todos os procedimentos a
tomar em caso de emergência:
Procedimentos de emergência em caso de Acidente
Grave
1. Avisar o chefe de emergência e a equipa de
primeiros socorros da área;
2. Fazer com que o acidentado fique o mais
confortável possível, tendo em atenção as seguintes
regras:
• Não mover ou deslocar o acidentado (só deverá
fazê-lo em caso de perigo de vida ou se tiver
formação especifica);
22
Cont.

• O acidentado não deverá ingerir qualquer


tipo de alimento, sólido ou líquido;
• Afastar todas as pessoas que não sejam
necessárias;
• Desimpedir os acessos, de modo a que o
socorro especializado possa chegar e, se não
for solicitada a sua ajuda, retirar-se;

23
Cont.

• Em caso de acidente com corrente eléctrica,


não toque no acidentado antes de se ter
assegurado de que a corrente eléctrica foi
desligada.
3. Entretanto, o chefe de emergência deve
avisar o Responsável pela Coordenação do Plano
de Emergência e deve alertar os socorros
externos (112), devendo indicar:

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Cont.
❖ O nº de telefone de onde está a ligar;
❖ A sua própria identificação;
❖ A morada do local, indicando, se possível, o melhor acesso;
❖ A descrição do acidente (nº de feridos, sexo, idade, tipo de
acidente - queda, atropelamento, soterramento...);
❖ O tipo de lesão e a(s) parte(s) do corpo atingida(s);
❖ O equipamento de socorro e salvamento específico.
4. O responsável pela C.P.E e o Chefe de Emergência devem
dirigir-se para o local;

25
Cont.
5. Providenciar a evacuação parcial dos trabalhadores
da área;
6. A equipa de primeiros socorros deve actuar conforme
os conhecimentos adquiridos e nunca deverá agir para
além das suas capacidades;
7. À chegada dos socorros externos, a E.P.S., o R.C.P.E. e
o C.E deverão dar informações e instruções para ajudar
numa actuação rápida e eficaz no socorro ao
acidentado;

26
Cont.
8. Se possível, um dos socorristas deverá
acompanhar o acidentado;
9.Elaborar um relatório de acidente e demais
documentação exigida;
10. Comunicar o facto à IGT nas 24 horas
subsequentes à ocorrência do acidente.

27
Cont.
Nota:
Sempre que ocorram acidentes de que resultem a
morte ou lesão grave de trabalhadores, devem:

∙ Suspender-se todos os trabalhos susceptíveis de


destruir ou alterar os vestígios deixados, sem prejuízo
da assistência a prestar às vítimas;

∙ Impedir de imediato e até à recolha dos elementos


considerados necessários para o inquérito, o acesso
de pessoas, máquinas e materiais ao local do
acidente, com excepção dos meios de socorro e
assistência às vítimas.
28
Procedimento de Emergência em caso de
incêndio
1. Avisar o chefe de emergência e a equipa de primeira
intervenção da área.
2. Socorrer possíveis acidentados, tendo em conta o
ponto 2 do PEAG.
3. Entretanto, o colaborador deve:
❑ Desligar e/ou afastar a fonte de ignição;
❑ Iniciar o combate ao fogo com o extintor mais
próximo, se tiver conhecimento para tal e sem pôr em
risco a própria vida.

29
Cont.
4. O Chefe de Emergência deve contactar o RCPE e dirigir-se para o
local.

5. No local, o CE e o RCPE fazem o reconhecimento do sinistro e, em


função disso, definem o nível de emergência, sendo dado o ALARME
consoante o caso.

6. O alerta é dado quando a missão de reconhecimento confirma


uma ocorrência que não pode ser combatida e controlada com os
meios internos da obra recorrendo-se, por isso, à acção externa
(consoante o ponto 3).

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Plano de Evacuação
➢ O plano de evacuação tem como objectivo
estabelecer procedimentos e preparar a
evacuação rápida e segura dos trabalhadores em
caso de ocorrência de situação perigosa.

❑ A elaboração do plano de evacuação deve


basear-se na recolha e análise das seguintes
informações:

31
Cont.
• Nº de pessoas a ser evacuadas e respectiva
localização;
• Percurso e dimensões das vias de evacuação;
• Escolha dos itinerários que melhor se
adaptem a cada caso;
• Determinação do nº de pessoas necessário
para evacuar os trabalhadores.

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Regras de um plano de evacuação
O êxito de um plano de evacuação implica o respeito pelas
seguintes regras:
• Repartir os trabalhadores por grupos de menos de 50
pessoas;
• Designar, para cada grupo, um chefe de fila e um cerra-fila;
• Determinar, para cada grupo, um itinerário normal e um
alternativo;
• Definir um ponto de encontro para onde devem convergir e
onde devem permanecer as pessoas evacuadas;

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Cont.
• Sinalizar as vias de evacuação, tendo em conta
os itinerários normais e alternativos;
• Afixar plantas de emergência em pontos
estratégicos da obra;
• Melhorar o plano de evacuação em função
dos resultados obtidos durante os exercícios
de evacuação.

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Instruções de segurança

➢ Estas instruções devem ser elaboradas com


base nos riscos de incêndio e de pânico, uma
vez que as ocorrências resultantes de fuga de
gás, sismo e alerta de bomba têm
consequências semelhantes.

35
Cont.
Instruções gerais de segurança: Destinadas à
totalidade dos trabalhadores da obra;

➢ Estas instruções devem conter o número de


telefone dos bombeiros, da polícia e da protecção
civil mais próximos e devem ser afixadas
conjuntamente com as plantas de emergência em
pontos estratégicos, em particular junto das
entradas dos sectores.

36
Cont.
• Em caso de emergência, as acções a serem tomadas
deverão ter a seguinte ordem:

1. Socorrer as pessoas que se encontram em perigo;


2. Manter a calma;
3. Dar o alarme, utilizando o botão de alarme ou o
telefone de emergência;
4. Tentar solucionar a situação de emergência, desde
que se tenha capacidade, conhecimentos técnicos e
equipamentos adequados à intervenção a fazer;

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Cont.
•5. Dirigir-se calmamente para a saída,
seguindo a sinalização de segurança;
•6. Utilizar as escadas e nunca os elevadores;
•7. Nunca voltar atrás sem autorização;
•8. Dirigir-se calmamente para o ponto de
reunião;
•9. Pôr-se à disposição dos socorros exteriores
para ajudar a superar a situação de emergência.

38
Cont.
Instruções particulares de segurança:
respeitantes à segurança dos locais que
apresentem riscos particulares:
❑ Posto de transformação;
❑ Caldeiras;
❑ Cozinhas;
❑ Locais de armazenamento de matérias
perigosas;

39
Cont.
•Para além das proibições de fumar ou fazer lume, estas
instruções devem definir de forma pormenorizada os
procedimentos a adoptar em caso de emergência;

•Devem ser afixadas junto às portas de acesso aos


respectivos locais:

Instruções especiais de segurança: Abrangem apenas


pessoal encarregado de promover o alerta, coordenar a
evacuação e executar as operações destinadas a
circunscrever o sinistro até à chegada dos meios de
socorro exteriores.

40
Cont.
•Incidem especialmente sobre os seguintes aspectos:
• Equipas de intervenção ou brigadas de incêndio
(composição, meios, treino, etc.);
• Serviço telefónico (alerta dos socorros exteriores,
etc.);
• Operações de evacuação;
• Operações de combate ao incêndio (1ª intervenção);
• Preparação das vias de acesso dos socorros exteriores
e encaminhamento dos bombeiros para a zona
sinistrada;
• Corte dos equipamentos que funcionam a energia
eléctrica ou a gás.
41
Cont.
Organização da segurança (funções e
responsabilidades)
•O nome, o contacto e a função a desempenhar na
segurança da obra pelos diversos intervenientes devem
constar de uma lista a afixar em locais acessíveis e
visíveis.

•A estrutura funcional dos intervenientes no plano de


emergência pode ser definida da maneira descrita a
seguir.

42
FIM
KHANIMAMBO

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