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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO POP

Data: 09/08/2008
Procedimento Operacional Padrão Revisão:
HEPARINIZAÇÃO DE CATETERES INTRAVENOSOS
Conceito: Preenchimento da luz de cateteres venosos centrais e periféricos com solução heparinizada.
Responsável pela prescrição Responsáveis pela execução
Enfermeiro e Médico Enfermeiros, Médicos, Auxiliares e Técnicos de
enfermagem e Acadêmicos de enfermagem e de
medicina sob supervisão do professor e/ou
responsável.
Finalidades Indicações
 Manter permeabilidade do acesso vascular.  Clientes com indicação de restrição hídrica.
 Prevenir infecções relacionadas ao cateter.  Clientes com cateteres sem indicação de
soroterapia em tempo superior à 24h.
 Clientes com cateteres de longa permanência em
uso esporádico.
 Clientes com rede venosa de difícil acesso.
Contra-indicação/ Restrição
 Não se aplica. Tomar cuidado com a aplicação de
heparina com volume superior ao prime do
cateter, quando o cliente tiver restrição ao uso
desse medicamento.

Materiais

Preparo da solução heparinizada


 1 ampola de água destilada de 10 ml
 frasco de heparina 5.000UI/ml
 seringa de 5ml ou 10 ml (para a solução heparinizada) – dependerá do tipo de cateter a ser
heparinizado

Administração da solução
 seringa 10 ml ou 20 ml – dependerá do tipo de cateter a ser heparinizado – (para o SF 0,9%).
 soro fisiológico 0,9% (SF 0,9%)
 agulha 0,12 X 40 mm (40 X12)
 equipamentos de proteção individual - EPI- (luvas de procedimento e máscara cirúrgica)
Descrição dos procedimentos Justificativas

1. Explicar o procedimento a ser realizado e a sua finalidade ao 1. Diminuir a ansiedade e favorecer a


cliente e/ou familiar, obtendo o seu consentimento e realizar colaboração do cliente.
exame físico específico.
2. Higienizar as mãos. 2. Evitar a transmissão de microrganismos.
3. Reunir os materiais necessários. 3. Economizar tempo.
4. Preparar a solução heparinizada (100UI/ml). 4. Permitir a execução do procedimento.
 aspirar 0,2 ml de heparina na seringa de 10ml e completar
com 9,8 ml de SF 0,9%.
5. Aspirar a quantidade de SF 0,9% na seringa, de acordo com 5. Oferecer o volume de soro necessário para
o volume do cateter. remover resíduos no lúmen do cateter.
6. Encaminhar os materiais à unidade e colocá-los sobre a mesa 6. Possibilitar o uso dos materiais e
de cabeceira. economizar tempo.
7. Posicionar o cliente no leito. 7. Facilitar a execução do procedimento.
8. Calçar luvas de procedimento e máscara cirúrgica. 8. Promover proteção individual.

9.1 Heparinização do cateter totalmente implantado


9.1.1 Fazer ou interromper o procedimento que envolve a 9.1.1 Permitir a heparinização.
manutenção da permeabilidade do acesso vascular.
9.1.2 Conectar a seringa de 20 ml contendo o SF 0,9% na 9.1.2 Remover medicamentos, soros ou sangue
extensão do cateter, e injetar os 20 ml, sem fazer pressão contidos no interior do cateter.
excessiva.
9.1.3 Conectar a seringa de 10 ml contendo a solução 9.1.3 Manter a permeabilidade do acesso
heparinizada, e injetar os 5 ml, em adultos, e entre 3 e 5 ml, em vascular.
crianças.
9.1.4 Retirar o dispositivo de punção. 9.1.4 Facilitar a execução do procedimento.
9.1.5 Fazer compressão local. 9.1.5 Promover hemostasia.

9.2 Heparinização de Cateteres Periféricos Curtos


9.2.1 Fazer ou interromper o procedimento que envolve a 9.2.1 Permitir a heparinização.
manutenção da permeabilidade do acesso vascular.
9.2.2 Conectar a seringa de 10ml contendo SF 0,9% ao cateter e 9.2.2 Remover medicamentos, soros ou sangue
injetar de 5 a 10ml. contidos no interior da câmara.
9.2.3 Conectar a seringa de 10ml contendo a solução 9.2.3 Manter a permeabilidade do acesso
heparinizada ao cateter, e injetar 2ml. vascular, evitando a obstrução do cateter por
coágulos.
9.2.4 Fechar o dispositivo. 9.2.4 Manter o sistema fechado.

9.3 Heparinização de PICC


9.3.1 Fazer ou interromper o procedimento que envolve a 9.3.1 Permitir a heparinização.
manutenção da permeabilidade do acesso vascular.
9.3.2 Conectar a seringa de 10 ml contendo SF 0,9% ao cateter, e 9.3.2 Remover medicamentos, soros ou sangue
injetar os 10ml. contidos no interior do cateter
9.3.3 Conectar a seringa de 10ml contendo a solução 9.3.3 Manter a permeabilidade do acesso
heparinizada ao cateter, e injetar 3ml. vascular.
9.3.4 Fechar o dispositivo. 9.3.4 Manter o sistema fechado.

9.4 Heparinização de Cateter Central de Único ou


Múltiplos Lumens
9.4.1 Fazer ou interromper o procedimento que envolve a 9.4.1 Permitir a heparinização.
manutenção da permeabilidade do acesso vascular.
9.4.2 Conectar a seringa de 10 ml contendo o SF 0,9% em uma 9.4.2 Remover medicamentos, soros ou sangue
das vias do cateter, e injetar 5ml. contidos no interior do cateter.
9.4.3 Conectar a seringa de 10 ml contendo a solução 9.4.3 Manter a permeabilidade do acesso
heparinizada à via do cateter, e injetar 2ml, fechando-a logo após. vascular e o sistema fechado.
9.4.4 Repetir os passos de 9.4.2 e 9.4.3 nas demais vias do 9.4.4 Heparinizar todas as vias do cateter.
cateter.
10. Recolher os materiais. 10. Promover ambiente favorável.
11. Recompor a unidade e o cliente. 11. Promover ambiente favorável e privacidade.
ao cliente.
12. Colocar o cliente em posição confortável, adequada e segura. 12. Promover conforto e segurança.
13. Dar destino adequado aos materiais e encaminhar os 13. Promover ambiente favorável e dar destino
descartáveis, ao expurgo. adequado aos materiais.
14. Higienizar as mãos. 14. Promover proteção individual e evitar a
transmissão de microrganismos.
15. Proceder as anotações de enfermagem no prontuário do 15. Promover qualidade à documentação e
cliente constando: concentração da solução heparinizada, atender à legislação.
quantidade injetada e presença de ocorrências adversas e medidas
tomadas.

Intervenções de enfermagem/Observações

 Utilizar a solução de heparina na concentração de 100UI/ml para a heparinização de todos os cateteres.


 Salinizar o cateter que será utilizado em um intervalo inferior a 24 horas com soro fisiológico 0,9%.
 Trocar a solução heparinizada trocada a cada 30 dias nos cateteres de longa permanência.

Referências Bibliográficas
1. PALOMO, J.S.H. Enfermagem em cardiologia: cuidados avançados. 1 ed. São Paulo: Ed Manole, 2007. 434p.
2. MESIANO, E.R.A.B.; MERCHÁN-HAMANN, E. Infecções da corrente sanguínea em pacientes em uso de cateter
venoso central em unidades de terapia intensiva. Rev Latino-am Enfermagem, v.15, n.3, on line, 2007.
3. TAYLOR, C.; LILLIS, C.; LEMONE, P. Fundamentos de enfermagem: a arte e a ciência do cuidado em enfermagem. 5
ed. Porto alegre: Artmed, 2007. 1592p.
4. ARCHER, E et al. Procedimentos e protocolos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
5. BONASSA, E.M.A.; SANTANA, T.R. Enfermagem em terapêutica oncológica. 3 ed. São Paulo: Editora Atheneu,
2005.538 p.
6. MILLER, D. Administração de medicamentos. Rio de Janeiro: Ed Reichmann & Affonso Editores, 2002. 446p.
7. FONSECA, S.M et al. Manual de quimioterapia antineoplásica. Rio de Janeiro: Reichman & Affonso, 2000.

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