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24/05/2019 Amazonas – Wikipédia, a enciclopédia livre

Amazonas
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Amazonas  é  uma  das  27  unidades
Estado do Amazonas
federativas  do  Brasil.  Está  situado  na
Região Norte, sendo o maior estado do país
em  extensão  territorial,  com  uma  área  de
1  559  146,876  km²,  constituindo­se  na
nona  maior  subdivisão  mundial,  sendo
maior  que  as  áreas  da  França,  Espanha,
Suécia e Grécia somadas. [7] Seria o décimo
sexto  maior  país  do  mundo  em  área
Bandeira Brasão
territorial,  pouco  superior  à  Mongólia.  É
maior que as regiões Sul e Sudeste juntas, e Hino: Hino do estado do Amazonas
equivale  a  2,25  vezes  a  área  do  estado
Gentílico: amazonense
norte­americano do Texas. A área média de
seus  62  municípios  é  de  25  335  km²,
superior  à  área  do  estado  brasileiro  de
Sergipe.  O  maior  de  seus  municípios  em
extensão territorial é Barcelos, com 122 476
km² e o menor é Iranduba, com 2 215 km².
Sua capital é o município de Manaus e seu
atual governador é Wilson Miranda Lima.

Com  mais  de  4  milhões  de  habitantes  ou


cerca  de  2%  da  população  brasileira,  é  o
segundo  estado  mais  populoso  da  Região
Norte e o décimo terceiro mais populoso do
Brasil. [8]  No  entanto,  apenas  dois  de  seus
municípios  possuem  população  acima  de
100  mil  habitantes:  Manaus,  a  capital  e
sua maior cidade com mais de 2,1 milhões
de habitantes em 2018[9] e Parintins,  com
Localização
113  168  habitantes. [10]  O  estado  é  ainda,
 ­ Região Norte
subdividido  em  4  regiões  geográficas
Norte: Roraima; Leste: Pará; Sul:
intermediárias  e  11  regiões  geográficas Mato Grosso e Rondônia;
imediatas.  Seus  limites  são  com  o  estado  ­ Estados limítrofes Sudoeste: Acre e ainda a
do Pará  ao  leste;  Mato  Grosso  ao  sudeste; Venezuela (N) e Colômbia e Peru
Rondônia  e  Acre  ao  sul  e  sudoeste; (O)
Roraima  ao  norte;  além  da  Venezuela,  ­ Regiões
Colômbia e Peru ao norte, noroeste e oeste, geográficas 4
respectivamente. [11]  O  Amazonas  possui intermediárias

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um  dos  mais  baixos  índices  de  densidade  ­ Regiões


demográfica no país, superior apenas ao do geográficas 11
estado  vizinho,  Roraima.  Conforme  dados imediatas
do  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e  ­ Municípios 62
Estatística,  em  2018  a  densidade Capital  Manaus
demográfica equivale a 2,62 habitantes por
quilômetro quadrado. [7][12] Governo
 ­ Governador(a) Wilson Miranda Lima (PSC)
O  descobrimento  da  região  hoje  formada  ­ Vice­
pelos  estados  do  Amazonas  e  Pará  foi  de
Carlos Almeida (PRTB)
governador(a)
responsabilidade do espanhol Francisco de  ­ Deputados
8
Orelhana. A viagem foi descrita apontando federais
as  belezas  e  possíveis  riquezas  do  local,  ­ Deputados
24
com  os  fatos  e  atos  mais  prováveis  de estaduais
chamar  a  atenção  da  coroa  espanhola. Eduardo Braga (MDB)
Durante  essa  expedição  (ocorrida  à  época  ­ Senadores Omar Aziz (PSD)
1541­42),  os  espanhóis  teriam  encontrado Plínio Valério (PSDB)
as mulheres amazonas guerreiras, sobre as Área  
quais há muita fantasia, mitos e folclores.  ­ Total 1 559 146,876 km² (1º) [1]
Em 1850, no dia 5 de setembro, foi criada a
Província do Amazonas,  desmembrada  da População 2018
Província  do  Grão­Pará.  Os  motivos  que
 ­ Estimativa 4 080 611 hab. (13º)[2]
 ­ Densidade 2,62 hab./km² (26º)
levaram  à  criação  da  Província  do
Amazonas  foram  muitos,  em  especial,  a Economia 2016[3]
grandíssima  área  territorial  administrada  ­ PIB R$ 89.017 bilhões (16º)
pelo Grão­Pará, com capital em Belém, e as  ­ PIB per capita R$ 22.245,02 (12º)
tentativas fracassadas do Peru em ampliar
Indicadores 2010/2015[4][5]
suas  fronteiras  com  o  Brasil,  com  o  apoio
 ­ Esper. de vida
dos Estados Unidos. [13][14] 71,7 anos (22º)
(2015)
O território do Amazonas é coberto em sua
 ­ Mort. infantil
18,8‰ nasc. (6º)
(2015)
totalidade  pela  maior  floresta  tropical  do
 ­ Alfabetização
mundo  e  conta  com  98%  de  sua  área 93,1% (15º)
(2016)
preservada. [15]  Aliando  seu  potencial
 ­ IDH (2017) 0,733 (16º) – alto [6]
ecológico  a  uma  política  de  negócios
embasada  na  sustentabilidade,  a  capital Fuso horário UTC−04:00, UTC−5
amazonense tornou­se a sexta cidade mais Clima equatorial Am, Af
rica  do  país.  O  motivo  de  tal  crescimento
Cód. ISO 3166­2 BR­AM
na economia é o Polo Industrial de Manaus
(PIM),  um  modelo  de  desenvolvimento Site http://www.amazonas.am.gov.br/
regional  que  abriga  inúmeras  empresas governamental (http://www.amazonas.am.gov.b
nacionais  e  internacionais,  gerando  mais r/)
de  100  mil  empregos  diretos  e  um
faturamento  de  35  bilhões  de  dólares  em
2010. [16]  A  hidrografia  do  estado,
entretanto,  sofre  grande  influência  de
vários fatores como precipitação, vegetação

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e  altitude.  Em  geral,  os  rios  amazonenses


são navegáveis e formam sua maior rede de
transporte. [7]  O  estado  possui  o  quarto
maior Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) e o maior PIB per capita entre todos
os  estados  do  Norte  do  Brasil.  A  Região
Metropolitana de Manaus, com população
superior  aos  2,6  milhões  de  habitantes,  é
sua  única  região  metropolitana. [17] O Pico
da  Neblina,  ponto  mais  alto  do  Brasil,
também  está  localizado  no  território
amazonense. [18]

Índice
Etimologia
História
Primórdios
Presença dos missionários
Desmembramentos do Maranhão, separação do Grão­Pará e elevação à categoria de Província
Ciclo da borracha
Industrialização e metropolização
Geografia
Relevo
Geologia
Clima
Vegetação
Hidrografia
Ecologia
Demografia
Etnias
Segurança pública e criminalidade
Religião
Habitação e condições de vida
Política
Símbolos estaduais
Bandeira
Brasão
Hino

Subdivisões
Economia
Setor primário
Setor secundário
Setor terciário
Infraestrutura
Saúde
Educação

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Transportes
Serviços e comunicações
Cultura
Espaços teatrais
Festivais
Turismo e artesanato
Culinária e frutos
Esportes
Feriados
Notas e referências
Notas
Referências
Ver também
Ligações externas

Etimologia
O  nome  Amazonas  foi  originalmente  dado  ao  rio  que  banha  o  estado  pelo  capitão  espanhol,  Francisco  de
Orellana, quando o mesmo desceu em todo o seu comprimento, em 1541. Afirmando ter encontrado uma tribo
de índias guerreiras, [19] com a qual teria lutado e associando­as às amazonas da mitologia grega,  deu­lhes  o
nome, "Río de las Amazonas". [20][21][22][23].

História

Primórdios
Pelo  Tratado  de  Tordesilhas  (1494),  todo  o  vale
amazônico  se  encontrava  nos  domínios  da  Coroa
espanhola. [24]  A  foz  do  rio  Amazonas  só  foi
descoberta por Vicente  Yáñez  Pinzón,  um  navegador
espanhol  que  a  alcançou  em  fevereiro  de  1500,
seguido  por  seu  primo  Diego  de  Lepe,  em  abril  do A conquista do Amazonas, 1907, Museu Histórico
mesmo ano. [25] Em 1541, outros espanhóis, Gonzalo do Pará.

Pizarro e Francisco de Orellana, partindo de Quito, no
atual Equador, atravessaram a cordilheira dos Andes e exploraram o curso do rio até ao Oceano Atlântico.  A
viagem, que durou de 1540 a 1542, foi relatada pelo dominicano frei Gaspar de Carvajal, que afirmou que os
espanhóis lutaram com mulheres guerreiras, nas margens do rio Marañón, disparavam­lhes flechas e dardos
de zarabatanas. [26][27] O mito de mulheres guerreiras às margens do rio difundiu­se nos relatos e livros, sem
escopo  popular  algum, [28]  mesmo  assim  fazendo  com  que  aquelas  regiões  viessem  a  receber  o  nome  das
guerreiras da mitologia grega, as amazonas ­ entre eles o maior rio da região, que passou a ser conhecido como
rio das Amazonas. [29]

Ainda no século XVI, os espanhóis realizaram outra expedição similar à de Orellana. Pedro de Ursua, vindo do
Peru, também navegou o Amazonas, em busca do lendário Eldorado (1559­1561). Ursua foi assassinado a meio
caminho,  e  a  expedição  prosseguiu  comandada  por  Lopo  de  Aguirre,  que  chegou  ao  oceano  em  1561.  Como

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resultado dessa jornada os espanhóis decidiram, cientes das dificuldades de conquistar tão vasto espaço, adiar
a tarefa de colonizá­lo. [27][30]

As expedições de Orellana e Pedro Teixeira percorreram todo o rio Amazonas, desde
a foz (à direita) até o Equador (à esquerda).

Quase  de  imediato  os  ingleses  e  os  holandeses,  que  disputavam  o  domínio  da  América  aos  ibéricos,
entregaram­se à exploração do Amazonas, lançando aí as primeiras bases de implantações coloniais, através
do  levantamento  de  feitorias  e  pequenos  fortes,  em  1596,  chamadas  de  "drogas  do  sertão".  Ainda  assim,  a
região  não  possuía  uma  ocupação  efetiva.  Até  o  segundo  decênio  do  século  XVII,  quando  os  portugueses
começaram a ultrapassar a divisória de Tordesilhas, as companhias de Londres e Flessingen promoviam um
ativo  comércio  de  madeiras  e  pescado,  iniciando  mesmo  plantios  de  cana,  algodão  e  tabaco.  Os  próprios
governos passaram a estimular abertamente a empresa. Robert Harcourt obteve carta­patente de Jaime I da
Inglaterra para explorar o território do Amazonas com seus sócios (1612). Somente durante a Dinastia Filipina
(1580­1640) a Coroa hispano­portuguesa se interessou pela região, com a fundação de Santa Maria das Graças
de  Belém  do  Grão­Pará  (atual  Belém  em  1616),  sendo  dignas  de  registro  a  expedição  do  Capitão­mor  da
Capitania do Grão­Pará e Cabo, Pedro Teixeira, que percorreu o grande rio do Oceano Atlântico até Quito, com
setenta soldados e 1.200 indígenas, em quarenta e sete canoas grandes (1637­1639), [31] e logo em seguida a de
Antônio Raposo Tavares, cuja bandeira, saindo da capitania de São Vicente, atingiu os Andes, retornando pelo
rio Amazonas até Belém, percorrendo um total de cerca de 12.000 quilômetros, entre 1648 e 1651. [30][32]

Presença dos missionários
Na  virada  do  século  XVII,  balizava­se  na  Amazônia  o  domínio
português, devido ao posto avançado de Franciscana, a oeste, e por
fortificações  em  Guaporé,  ao  norte  da  região.  Os  franceses,
instalados em Caiena,  tinham  como  objetivo  descer  o  litoral  para
alcançar  o  Amazonas,  instigando  surtidas  constantes  de
sacerdotes,  pescadores  e  predadores  de  índios.  Assim,  as
expedições  lusas  de  reconhecimento  enfrentavam  grandes
dificuldades  na  atual  região  do  Amazonas:  no  rio  Negro,  os
manaós, tidos como índios valentes e resistentes, coligaram­se com Busto de Francisco de Orellana, o
tribos  vizinhas,  e  os  torás,  na  bacia  do  Madeira,  entregavam­se  a descobridor europeu do Rio
guerra  de  morte  contra  sertanistas  e  coletores  de  especiarias.  Na Amazonas.
zona  do  rio  Solimões,  a  penetração  portuguesa  acabou  por  se
defrontar com missões castelhanas, dirigidas pelo jesuíta Samuel Fritz. Por ordens vindas de Lisboa, as forças
militares invadiram o território das missões espanholas, expulsando os padres e soldados que as amparavam.
Como  efeito,  entre  1691  e  1697,  Inácio  Correia  de  Oliveira,  Antônio  de  Miranda  e  José  Antunes  da  Fonseca
apossaram­se do Solimões, enquanto Francisco de Melo Palheta garantia o domínio lusitano no alto Madeira e
Belchior  Mendes  de  Morais  invadia  a  bacia  do  Napo.  O  imenso  espaço  conquistado  tornou­se  produtivo.  A
coroa portuguesa, necessitando assim consolidar sua posição, solicitou o trabalho missionário na área. [30]

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Com  o  objetivo  de  catequizar  os  indígenas,  vários  leigos  e  religiosos  jesuítas  espanhóis  fundaram  várias
missões  no  território  amazonense.  Essas  missões,  cuja  economia  tinha  como  atividade  a  dependência  do
extrativismo  e  da  silvicultura,  foram  os  locais  de  origem  dos  primeiros  mestiços  da  região.  Sofreram
posteriormente  seguidas  invasões  de  outros  indígenas  inconformados  com  a  invasão  ao  seu  território  e  de
conquistadores brancos. Brancos, acompanhados por nativos, aprisionavam índios rivais para vendê­los como
escravos. A destruição das missões espalhou o desmatamento pelo território. [33][34]

Foram os carmelitas, juntamente com os inacianos e mercedários,
que  mais  aprofundaram  a  colonização  nos  antigos  domínios
espanhóis,  ocupando  a  área  atual  do  estado  do  Amazonas.
Espalhava­se as missões jesuíticas pelo vale contíguo do Tapajós e,
mais  a  oeste,  pelo  Madeira,  enquanto  os  mercedários  se
estabeleceram próximo à divisa com o Pará, nos cursos do Urubu e
do  Uatumã.  Os  carmelitas  disseminaram  seus  aldeamentos  ao
longo do Solimões, do Negro e, ao norte, do Branco, no atual estado
de Roraima. [30] Objetivando converter os gentios à fé católica e de
Mapa de 1562 da região do Rio
ampliar  o  comércio  de  especiarias,  os  religiosos  transferiam  suas
Amazonas.
missões  de  um  ponto  a  outro  com  freqüência,  seguindo  sempre  a
margem dos rios. Da multiplicidade desses aldeamentos, surgiram
dezenas de povoados, a exemplo de Cametá, no deságue do Tocantins; Airão (hoje Velho Airão,  uma  cidade
fantasma); Carvoeiro, Moura e Barcelos, no rio Negro; Santarém, na foz do Tapajós; Faro, no rio Nhamundã;
Borba,  no  rio  Madeira;  Tefé,  São  Paulo  de  Olivença  e  Coari,  no  Solimões;  e  em  continuação,  no  curso  do
Amazonas,  Itacoatiara  e  Silves. [30]  A  partir  do  século  XVIII,  o  Amazonas  passou  a  ser  disputado  por
portugueses e espanhóis que habitavam a bacia do rio Amazonas. Essa luta desencadeou a disputa pela posse
da  terra,  o  que  motivou  a  formação  de  grandes  latifúndios.  A  região  do  alto  rio  Amazonas  foi  considerada
estratégica tanto para a diplomacia espanhola ­ por representar via de acesso ao Vice­reino do Peru ­, quanto
para a diplomacia portuguesa, especialmente a partir da descoberta de ouro nos sertões de Mato Grosso e de
Goiás, escoado com rapidez pela bacia do rio Amazonas. É nesse contexto que se inserem as instruções secretas
passadas  por  Sua  Majestade  ao  Governador  e  Capitão  General  da  Capitania  do  Grão­Pará,  João  Pereira
Caldas,  para  que  fossem  fundadas  sete  feitorias  pelo  curso  dos  rios  amazônicos,  de  Belém  até  Vila  Bela  do
Mato Grosso e à capital da Capitania do rio Negro, para apoiar o comércio (contrabando), com as províncias
espanholas  do  Orinoco  (Venezuela),  de  Quito  (Equador),  e  do  Peru,  comércio  esse  que  antes  se  fazia  com  a
Colônia  do  Sacramento  (Instrução  Secretíssima,  c.  1773.  Museu  Conde  de  Linhares,  Rio  de  Janeiro).  A
assinatura do Tratado de Madrid (1750) ratificou essa visão, tendo a Coroa portuguesa feito valer também na
região o princípio do "uti possidetis", apoiado por uma linha de posições defensivas que, mesmo virtualmente
abandonadas  após  o  Consulado  Pombalino  (1750­1777)  e  durante  o  século  XIX,  legariam  à  diplomacia  da
nascente República brasileira os seus atuais contornos fronteiriços. [35]

Dentro do projeto de ocupação do sertão amazônico, constituiu­se a Capitania Real de São José do Rio Negro
pela Carta régia de 3 de março de 1755, com sede na aldeia de Mariuá, elevada a vila de Barcelos em 1790. No
início do século XIX, a sede do governo da Capitania foi transferida para a povoação da barra do Rio Negro,
elevada a Vila da Barra do Rio Negro para esse fim, em 29 de março de 1808. [36] À época da Independência do
Brasil em 1822, os moradores da vila proclamaram­se independentes, estabelecendo um Governo Provisório. A
região  foi  incorporada  ao  Império  do  Brasil,  na  Província  do  Pará,  como  Comarca  do  Alto  Amazonas  em
1824. [37]

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Ganhou a condição de Província do Amazonas pela Lei n° 582, de 5
de setembro de 1850, sendo a Vila da Barra do Rio Negro elevada a
cidade com o nome de Manaus pela Lei Provincial de 24 de outubro
de  1848  e  capital  em  5  de  janeiro  de  1851. [37]  A  partir  do  século
XIX,  o  território  começou  a  receber  migrantes  nordestinos  que
buscavam  melhores  condições  de  vida  na  maior  província
brasileira.  Atraídos  pelo  ciclo  da  borracha,  os  nordestinos  se
instalaram  em  importantes  cidades  amazonenses,  como  Manaus,
Tabatinga, Parintins, Itacoatiara e Barcelos,  a  primeira  capital  do Barcelos foi primeira sede
administrativa da Capitania de São
Amazonas. [37]
José do Rio Negro.

Desmembramentos do Maranhão, separação do Grão­Pará e elevação à
categoria de Província
O  que  hoje  é  reconhecido  como  Amazônia,  nos  primeiros  anos  do
século XVII era denominado Estado do Maranhão e a única cidade
existente  era  a  de  São  Luís,  que  concentrava  todo  o  poder  do
Estado.  As  regiões  central  e  oeste  foram  ocupadas  apenas  por
ordens  religiosas  que  subdividiram  em  áreas  de  missões  e
aldeamentos  de  atuação  de  Jesuítas,  Carmelitas,  Dominicanos  e
Franciscanos,  o  que  variou  ao  longo  do  tempo,  particularmente,
desde o fim da Companhia de Jesus, em meados do século XVIII.
Ao  tempo  em  que  as  Ordens  Religiosas  dominavam  o  interior  do
vale  Amazônico,  o  Governo  do  Estado  do  Maranhão  promovia  a
distribuição de terras para particulares fundarem suas capitanias.
Nesse  contexto,  capitanias  de  duas  naturezas  diferentes  foram Províncias imperiais do Brasil em
fundadas:  As  Capitanias  da  Coroa  ou  Reais,  e  as  Capitanias 1822.
Particulares. [38]

O  Estado  do  Maranhão  virou  "Grão­Pará  e  Maranhão"  em  1737  e  sua  sede  foi  transferida  de  São  Luís  para
Belém  do  Pará.  O  tratado  de  Madri  de  1750  confirmou  a  posse  portuguesa  sobre  a  área.  Para  estudar  e
demarcar os limites, o governador do Estado, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, instituiu uma comissão
com base em Mariuá em 1754. Em 1755 foi criada a Capitania de São José do Rio Negro, no atual Amazonas,
subordinada  ao  Grão­Pará.  As  fronteiras,  então,  eram  bem  diferentes  das  linhas  retas  atuais:  o  Amazonas
incluía  Roraima,  parte  do  Acre  e  se  expandia  para  sul  com  parte  do  que  hoje  é  o  Mato  Grosso.  O  governo
colonial concedeu privilégios e liberdades para quem se dispusesse a emigrar para a região, como isenção de
impostos  por  16  anos  seguidos.  No  mesmo  ano,  foi  criada  a  Companhia  Geral  do  Comércio  do  Grão­Pará  e
Maranhão  para  estimular  a  economia  local.  Em  1757  tomou  posse  o  primeiro  governador  da  capitania,
Joaquim  de  Melo  e  Póvoas,  e  recebeu  do  Marquês  de  Pombal  a  determinação  de  expulsar  à  força  todos  os
jesuítas (acusados de voltar os índios contra a metrópole e não lhes ensinar a língua portuguesa). [38]

Em  1772,  a  capitania  passou  a  se  chamar  Grão­Pará  e  Rio  Negro  e  o  Maranhão  foi  desmembrado.  Com  a
mudança da Família Real para o Brasil, foi permitida a instalação de manufaturas e o Amazonas começou a
produzir algodão, cordoalhas, manteiga de tartaruga, cerâmica e velas. Os governadores que mais trabalharam
pelo desenvolvimento até então foram Manuel da Gama Lobo d'Almada e João Pereira Caldas. Em 1821, Grão
Pará  e  Rio  Negro  viraram  a  província  unificada  do  Grão­Pará.  No  ano  seguinte,  o  Brasil  proclamou  a
Independência. [38]
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Em meados do século XIX foram fundados os primeiros núcleos que deram origem às atuais cidades de Borba,
Itacoatiara, Parintins, Manacapuru e Careiro. A capital foi situada em Mariuá (entre 1755­1791 e 1799­1808), e
em  São  José  da  Barra  do  Rio  Negro  (1791­1799  e  1808­1821).  Uma  revolta  em  1832  exigiu  a  autonomia  do
Amazonas como província separada do Pará. A rebelião foi sufocada, mas os amazonenses conseguiram enviar
um  representante  à  Corte  Imperial,  Frei  José  dos  Santos  Inocentes,  que  obteve  no  máximo  a  criação  da
Comarca do Alto Amazonas.

Na  década  seguinte,  uma  das  maiores  revoltas  do  Período


Regencial  abalou  a  região.  A  Cabanagem  foi  um  movimento
político  e  um  conflito  social  ocorrido  entre  1835  e  1840  no
Pará,  envolvendo  homens  livres  e  pobres,
sobretudo  indígenas  e  mestiços  que  se  insurgiram  contra  a
elite política local e tomaram o poder. A entrada da Comarca
do  Alto  Amazonas  (hoje  Manaus,  a  qual  foi  o  berço  do
manifesto  na  Amazônia  Ocidental)  na  Cabanagem  foi
A ocupação e povoamento do Amazonas fundamental  para  o  nascimento  do  atual  estado  do
deu­se de maneira esparsa, por conta da
Amazonas. [39] Durante o período da revolução, os cabanos da
vegetação densa. Na foto, casa de
caboclo na beira do rio. Comarca  do  Alto  Amazonas  desbravaram  todo  o  espaço  do
estado onde houvesse um povoado, para assim conseguir um
número maior de adeptos ao movimento, ocorrendo com isso
uma integração das populações circunvizinhas e formando assim o estado[40]. Em 5 de setembro de 1850, foi
criada a Província do Amazonas pela Lei Imperial nº 1.592. [41] Em 10 de julho de 1884, o Amazonas tornou­se
a segunda província no império brasileiro a abolir a escravatura, após a Província do Ceará, e quatro anos antes
do  país  conceder  liberdade  aos  escravos,  com  a  assinatura  da  Lei  Áurea  pela  Princesa  Isabel  do
Brasil. [42][43][44] A lei foi assinada pelo presidente da província, Teodureto Souto. Na ocasião, cerca de 1,5 mil
escravos foram libertados na província. [42]

Ciclo da borracha
A  partir  de  1890,  Manaus,  que  já  se  ostentava  como  capital  do  estado  administrativo,  experimentou  um
grandíssimo  avanço  populacional  e  econômico,  resultante  principalmente  da  exportação  de  matéria  prima
oriunda e até então, exclusiva da Amazônia. Com as riquezas geradas pela produção e exportação da borracha
natural (Hevea brasiliensis), a capital amazonense recebeu grandes obras como o Porto de Manaus, o Teatro
Amazonas, o Palácio da Justiça, o Reservatório do Mocó, a primeira rede de energia elétrica e os serviços de
transporte coletivo em bondes. [45]

Tida  como  uma  referência,  Manaus  tornou­se  símbolo  de  prosperidade  e  civilização,  sendo  palco  de
importantes  acontecimentos  artísticos  e  culturais.  Floresceu  então,  o  comércio  de  produtos  luxuosos  e
supérfluos, com homens e mulheres de todo o mundo desfilando por suas ruas e avenidas, na sede da compra
do  "Ouro  Negro",  como  era  chamada  a  borracha  natural,  para  revender  com  grandes  lucros  nas  principais
capitais da Europa e nos Estados Unidos. [45] A partir de 1910, tempos difíceis iniciam­se para a cidade, devido
à forte concorrência da borracha natural plantada nos seringais da Malásia, que chega aos mercados europeu e
americano com vantagens superiores, o que acaba por decretar a falência da economia amazonense. [45]

Industrialização e metropolização
A Zona Franca de Manaus[46] foi um projeto de desenvolvimento sócio­econômico implantado através da Lei

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Teatro Amazonas (esquerda) e Mercado Municipal de Manaus (direita), ambos construídos com as
riquezas provenientes da borracha.

Nº  3.173  de  6  de  junho  de  1957,  que  reformulava,  ampliava  e
estabelecia  incentivos  fiscais  para  implantação  de  um  pólo
industrial,  comercial  e  agropecuário  numa  área  física  de  10  mil
km²,  tendo  como  sede  a  cidade  de  Manaus.  Apesar  da  aprovação
em 1957, tal projeto só foi de fato, implantado, pelo Decreto­Lei Nº
288, de 28 de fevereiro de 1967. [45]

O projeto foi implantado pelo regime militar brasileiro. A princípio,
os  benefícios  desse  projeto  se  estendiam  à  Amazônia  Ocidental,
formada  pelos  estados  do  Amazonas,  Acre,  Rondônia  e  Roraima. Praça 15 de Novembro, Manaus,
Em 20 de agosto de 2008,  foi  criada  a  Área  de  Livre  Comércio  de 1906. Arquivo Nacional.
Macapá, que foi incluída no Conselho da Superintendência da Zona
Franca  de  Manaus  (Suframa)  e  assim,  o  Amapá  recebeu  o  mesmo
benefício  destinado  aos  estados. [47]  A  criação  da  Zona  Franca  de
Manaus  visava  promover  a  ocupação  populacional  dessa  região  e
elevar  o  nível  de  segurança  para  manutenção  da  sua  integridade,
além de refrear o desmatamento na região e garantir a preservação e
sustentabilidade da biodiversidade presente. [48]  Em  seus  44  anos
de  existência,  a  história  do  modelo  da  Zona  Franca  de  Manaus  é
dividida em quatro fases: A primeira, de 1967 a 1975, caracterizava
a  política  industrial  de  referência  no  país  pelo  estímulo  à Mapa do Estado do Amazonas,
substituição de importações de bens finais e formação de mercado 1966. Arquivo Nacional.
interno; a segunda, de 1975 a 1990, caracterizou­se pela adoção de
medidas que fomentassem a indústria nacional de insumos, sobretudo no estado de São Paulo; a terceira, de
1991  e  1996,  entrou  em  vigor  a  Nova  Política  Industrial  e  de  Comércio  Exterior,  marcada  pela  abertura  da
economia  brasileira,  redução  do  Imposto  de  Importação  para  o  restante  do  país  e  ênfase  na  qualidade  e
produtividade, com a implantação do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBPQ) e Programa

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de Competitividade Industrial; e a quarta e última, de 1996 a 2002, marca sua adaptação aos cenários de uma
economia  globalizada  e  pelos  ajustes  demandados  pelos  efeitos  do  Plano  Real,  como  o  movimento  de
privatizações e desregulamentação. [48]

Ao longo da década de 1990, o Amazonas destacou­se por ser um
dos  estados  brasileiros  de  maior  crescimento  populacional  e
econômico. Manaus figura como uma das cinco capitais estaduais
brasileiras  com  maior  crescimento  populacional,  com  2,51%  de
crescimento  anual.  Em  dez  anos,  o  estado  registrou  28,22%  de
crescimento populacional, passando de 2,8 milhões em 2000 para
3,4  milhões  em  2010. [49]  Em  relação  à  história  recente  no  fator
econômico, o estado integra o chamado "grupo intermediário", que
fica entre o "grupo com maior participação" e o "grupo com menor
Vista parcial de Manaus, capital do
participação",  na  economia  do  país,  respondendo  por  1,6%
Amazonas, durante a noite.
desta. [50]

Nos anos de 2005 e 2010 o estado foi afetado por uma forte estiagem, sobretudo na região sudoeste, na divisa
com  o  Acre.  A  estiagem  caracterizou­se  por  possuir  o  menor  índice  pluviométrico  dos  últimos  40  anos,
ultrapassando períodos como as secas de 1925­1926, 1968­1969 e 1997­1998, até então consideradas as mais
intensas. Neste período, o transporte hidroviário foi dificultado, populações ribeirinhas foram isoladas e houve
um surto de cólera, vitimando cerca de 159 pessoas, além de prejuízos econômicos. [51][52]

Em  abril  de  2008,  o  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e  Estatística  (IBGE)  elaborou  a  nova  delimitação  da
fronteira  do  Amazonas  com  o  Acre.  Assim,  o  território  amazonense  reduziu­se  em  11.583,87  km².  A  área
perdida corresponde a mais da metade de todo o território do estado de Sergipe, cerca de 7,5% do território do
Acre e pouco mais de 0,7% da área do Amazonas. Com a mudança, sete municípios amazonenses ­ Atalaia do
Norte, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna e Pauini ­ perderam território e parte da população
para  municípios  do  Acre. [53]  Atualmente,  o  Amazonas  divide­se  em  62  municípios.  O  atual  governador  é
Amazonino Mendes (PDT) que exerce o cargo desde 4 de outubro de 2017. [54]

Geografia
O  estado  do  Amazonas  caracteriza­se  por  ser  a  mais  extensa  das
unidades  federativas  do  Brasil,  com  uma  superfície  atual  de
1  559  146,876  km². [8]  Grande  parte  dele  é  ocupado  pela  Floresta
Amazônica e pelos rios. [56] O acesso à região é feito principalmente
por  via  fluvial  ou  aérea.  Apenas  o  inverno  e  o  verão  são  bem
definidos e a umidade relativa do ar fica em torno de 80 %, tendo
em vista que a região é cortada pela linha do equador, ao norte. [56]
Faz  parte  da  Região  Norte  do  Brasil,  fazendo  fronteira  com  os
estados  de  Mato  Grosso,  Rondônia  e  Acre  ao  sul;  Pará  a  leste  e
Roraima  ao  norte,  além  das  repúblicas  do  Peru,  Colômbia  e
Venezuela ao sudoeste, oeste e norte, respectivamente. [56] A maior
parte  de  seu  território  está  no  fuso  UTC­4  (com  quatro  horas  a Pico da Neblina, o ponto mais
elevado do país, localizado em
menos que o horário de Greenwich (GMT), e uma hora a menos em
Santa Isabel do Rio Negro.
relação ao horário de Brasília). Treze municípios no terço oeste do
estado  estão  no  horário  UTC­5.  São  eles:  Atalaia  do  Norte,

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Benjamin Constant, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Pauini,  São
Paulo de Olivença e Tabatinga. [57] É um dos quatro estados do país
com mais de dois fusos horários em seu território, juntamente com
o Rio Grande do Norte, Pernambuco e Espírito Santo. [58]

Relevo
Apresenta  um  relevo  relativamente  baixo,  já  que  85%  de  sua
superfície  está  abaixo  de  cem  metros  de  altitude.  Tem  ao  mesmo
tempo as terras mais altas, como o pico da Neblina, seu ponto mais
alto,  com  2993,78  metros,  e  o  pico  31  de  Março,  com  2972,66 Serra da Bela Adormecida no
município de São Gabriel da
metros  de  altitude,  ambos  situados  no  município  de  Santa  Isabel
Cachoeira.[55]
do  Rio  Negro.  Há  uma  grande  porcentagem  de  terras  baixas,
comparando aos outros estados do Brasil. [59]

O  estado  está  situado  sobre  uma  ampla  depressão,  com  cerca  de  600  km  de  extensão  no  sentido  sudeste­
noroeste, orlado a leste por uma estreita planície litorânea de aproximadamente 40 km de largura média. Isso
faz do estado o maior em relação à terras baixas no Brasil. O planalto desce suavemente para o interior e se
divide em três seções: o planalto, a depressão interior e o planalto ocidental, que formam, ao lado da planície,
as cinco unidades morfológicas do estado. [59]

Geologia
Em 30 de maio de 2006 foi lançado o primeiro Mapa Geológico do Amazonas, que teve por finalidade principal
estudar  as  potencialidades  do  solo  do  estado.  De  acordo  com  esse  estudo,  de  um  modo  geral,  os  solos
amazonenses  são  relativamente  pobres.  Entretanto  verifica­se,  principalmente  no  interior  do  estado,  uma
região propícia a exploração de minerais, como o nióbio, caulim e silvanita. Ainda de acordo com o estudo, no
estado encontra­se as três grandes reservas minerais inexploradas do mundo. [60]

O  solo  amazonense  detém  mais  de  450  milhões  de  toneladas  de  silvanita,  principal  minério  existente  no
estado, o que faz do Amazonas o maior produtor nacional. Outras riquezas minerais apontadas pelo estudo são
a  cassiterita,  com  uma  reserva  superior  à  400  mil  toneladas  ­  nos  municípios  de  Presidente  Figueiredo  e
Urucará; a bauxita, com aproximadamente 1 milhão de toneladas; e o nióbio, estimada em mais de 700 mil
toneladas em São Gabriel da Cachoeira. O potencial do gás natural de Coari, estimado em mais de 62 bilhões
de metros cúbicos, também é estudado no mapa geológico. [60]

Clima
No  Brasil,  país  caracteristicamente  tropical,  o  Amazonas  é  dominado  pelo  clima  equatorial,  predominante
também na Amazônia. [61] As estações do ano apresentam­se bastante diferenciadas e o clima é caracterizado
por  elevadas  temperaturas  e  altos  índices  pluviométricos,  decorrente  principalmente  pela  proximidade  do
estado com a Linha do Equador. [59] Isso também se deve às altas temperaturas, que acabam por provocar uma
grande  evaporação,  transformando­as  em  chuvas. [59]  A  temperatura  média  no  estado  é  elevada,  atingindo
31,4 °C. [59] Em alguns pontos da porção oeste a temperatura média é entre 25 °C e 27 °C e em outros pontos da
porção leste essa média de 26 °C. [62] A menor temperatura já registrada foi de 7,0 °C, em Boca do Acre,  em
1975. [63] A umidade relativa do ar varia de 80% a 90% anualmente, uma das maiores registradas no Brasil. [59]

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O regime pluviométrico apresenta índices superiores a 2.000 mm ao ano, sendo bastante elevados. [61] Entre os
meses de maio e setembro, há ocorrência de friagens no sul e parte do centro do estado. Quando estas ocorrem,
as temperaturas diminuem, podendo chegar a 10 °C. [61] Na região leste amazonense, registra­se uma pequena
estação seca, com chuvas acentuadas e índices superiores a 2.500 mm ao ano. As temperaturas nesta região
chegam a 26 °C. [61] Na porção norte do estado, a estação seca ocorre principalmente na primavera. [61]

Vegetação
Na vegetação do estado, sobressaem matas de terra firme, várzea e igapós. Toda essa vegetação faz parte da
extensa  e  maior  floresta
tropical  úmida  do
mundo:  a  Hileia
Amazônica,  que
apresenta  uma  rica  e
complexa  diversidade
na  composição  da  flora
do  estado  e  se  faz
presente  em  todo  o  seu
Formação de igapó no Rio Urubu, território. [59]
Amazonas.

Amazonas pela classificação
Os  solos  de  terra  firme  situam­se  em  terras  altas,  geralmente climática de Köppen­Geiger.
distantes  dos  grandes  rios.  São  formadas  por  árvores alongadas e
finas, que possuem, geralmente, grande quantidade de madeira de
alto  valor  ecônomico. [64]  Há  ainda  éspécies  como  a  castanha­do­pará,  as  palmeiras  e  o  cacauareiro,  que
também são encontradas em solos de terra firme. [65] Os  solos  de  terra  firme  são  vermelhos,  por  se  tratar  de
uma região úmida e de alta temperatura, e seus elementos químicos principais são hidróxido de alumínio  e
ferro,  propícios  à  formação  de  bauxita  e,  portanto,  pobres  para  agricultura. [66][67]  Até  a  década  de  1970,
acreditava­se que os solos da região eram os mais Iixiviados, ácidos e pobres do planeta. A cor avermelhada ou
amarelada encontrada nos solos era um indicativo de óxidos de ferro, o que passou a ser referência da evidência
de  que  os  solos  da  Amazônia  se  tomariam  laterita,  uma  substância  vista  como  pedregosa,  com  o
desmatamento e alteração da vegetação. [67]

As matas de várzea são próprias das áreas periodicamente inundadas pelas cheias dos rios. Apresentam maior
variedade de espécies. Seus solos são os mais férteis da região. [64]  São  solos  jovens,  que  periodicamente  são
enriquecidos  de  material  orgânico  e  inorgânico,  depositados  durante  a  cheia  dos  rios.  A  flora  do  estado
apresenta uma grande variedade de vegetais medicinais, dos quais se destacam andiroba, copaíba  e  aroeira.
São inúmeras as frutas regionais e entre as mais consumidas e comercializadas estão: guaraná, açaí, cupuaçu,
castanha­do­brasil  (castanha­do­pará),  camu­camu,  pupunha,  tucumã,  buriti  e  taperebá. [66]  As  matas  de
igapós  estão  situadas  em  áreas  baixas,  próximas  ao  leito  dos  rios.  Durante  quase  o  ano  todo,  permanecem
inundadas. São compostas principalmente por árvores altas, que possuem, por sua vez, raízes adaptadas às
regiões alagadas. [66]

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Pôr do sol em Tefé.

Hidrografia

O Amazonas é banhado pela bacia hidrográfica Amazônica, a maior
do  mundo,  com  quase  4  milhões  de  quilômetros  quadrados  em
extensão. [69]  O  rio  Amazonas  ­  que  dá  nome  ao  estado  ­  é  o
principal  de  seus  rios,  com  7.025  quilômetros  de  extensão  desde
sua Nascente, na Cordilheira dos Andes, no Peru, até a sua foz no
Oceano Atlântico. [69]

A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de Um dos maiores espetáculos da
água  barrenta,  resulta  em  um  fenômeno  popularmente  conhecido natureza, o Encontro das Águas
como Encontro das Águas. O fenômeno acontece nas proximidades representa a confluência dos rios
do  município  de  Manaus  e  Careiro,  sendo  uma  das  principais Negro, de águas escuras, e
Solimões, de águas barrentas.
atrações turísticas do estado. [68][70]

O  rio  Negro  é  o  principal  afluente  do  rio  Amazonas.  Nasce  na


Colômbia, banha três países da América do Sul e percorre cerca de
1.700  quilômetros.  Entra  em  território  brasileiro  através  do  Norte
do Amazonas e forma um estuário de cerca de seis quilômetros de
largura  no  encontro  com  o  rio  Solimões,  sendo  chamado  de  rio
Amazonas a partir daí. Apresenta um elevado grau de acidez, com
pH  3,8  a  4,9  devido  à  grande  quantidade  de  ácidos  orgânicos
provenientes  da  decomposição  da  vegetação.  Por  conta  disso,  a
água mostra­se numa coloração escura. [68] Complexo da Região Hidrográfica do
rio Amazonas, a maior bacia
Além  do  rios  Amazonas,  Negro  e  Solimões,  outros  principais  rios hidrográfica do mundo.
são: Madeira, Purus, Juruá, Uatumã, Içá, Japurá e Uaupés. Todos
estes são integrantes da Bacia Amazônica. [59][69]

O rio Madeira, assim como os demais, é pertencente à Bacia do rio Amazonas e banha os estados de
Amazonas e Rondônia. Possui extensão de 1 450 km e é a principal linha divisória entre Brasil e
Bolívia;[70]
O rio Purus possui 1 175 km e nasce no Peru. Está situado no sul do estado;[70]
O rio Juruá, situado na região sudoeste do estado, possui 3 350 km de extensão e banha, além do
Amazonas, os estados de Acre e Roraima. Entretanto, a região do Alto Juruá, na divisa entre Amazonas e
Roraima, não apresenta condições de navegabilidade;[70]

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O rio Uatumã é navegável em apenas 295 quilômetros. Nasce na divisa do estado com Roraima, no
planalto das Guianas. É conhecido por não possuir nenhum núcleo populacional ao longo de seu leito e por
abrigar a Usina Hidrelétrica de Balbina;[70]
O rio Japurá possui inúmeras ilhas em seu leito. Nasce na Colômbia e possui 730 km em território
brasileiro.[70]
Outros rios notáveis no estado são o Uaupés, Coari, Içá, Javari, Tefé, Nhamundá e Jutaí. [70]

Ecologia
No estado, até dezembro de 2010, as Unidades de Conservação de
Proteção  Integral  (UCPI)  e  Unidades  de  Conservação  de  Uso
Sustentável (UCUS) possuíam, juntas, uma área de 369.788 km²,
equivalente  ao  estado  de  Mato  Grosso  do  Sul.  Essa  área
correspondia  a  23,5%  do  território  do  Amazonas. [71]
Individualmente,  as  Unidades  de  Uso  de  Proteção  Integral
representavam 7,8% da área territorial amazonense, e as Unidades
de Uso Sustentável representavam 15,8% desse total. Comparando
Os rios Negro e Solimões possuem
a extensão de Unidades de Conservação (UCs) no Brasil, o estado
diferentes densidades e
possui a segunda maior extensão, superado apenas pelo Pará, com
temperaturas. Esta é a razão por não
seus  403.155  km².  A  maior  parte  delas  era  administrada  pelo se misturarem.[68]
governo estadual.

A  criação  de  Unidades  de  Conservação  (UC)  nos  estados  da


Amazônia deu­se a partir da década de 2000. Até então, a criação e
demarcação  de  tais  locais  dava­se  apenas  em  áreas  remotas  dos
estados.  Grande  parte  destes  foram  criados  com  o  intuito  de
auxiliar  a  regularização  fundiária  e  desincentivar  o  avanço  do
desmatamento em áreas de grande concentração populacional. [71]
Das Unidades de Conservação criadas a partir de 2003 no estado,
58% delas eram de uso sustentável, e 33% foram criadas em regiões Fotografia aérea de uma pequena
de grande avanço populacional. [71] Em dezembro de 2010, apenas parte da Amazônia brasileira próximo
24%  das  UCs  possuíam  plano  de  manejo  aprovados  por  seus à Manaus.
conselhos gestores, enquanto 50% destas não possuíam tal plano.
Há ainda de se destacar que o número de conselho gestores nestas
unidades  é  baixo:  48%  delas  possuíam  conselhos  gestores,
deliberativos ou consultivos, enquanto outras 45% não possuíam e
eram administradas unicamente pelo órgão estadual ou federal. [71]
A  vasta  fauna  possui  felinos,  como  as  onças,  grandes  roedores,
como  as  capivaras,  aves,  répteis  e  primatas.  O  maior  desses
animais  é  a  anta  e  todos  constituem  fonte  de  alimento  para  as
populações  rurais.  Alguns  encontram­se  ameaçados  de  extinção  e
O Parque Nacional de Anavilhanas
são protegidos por órgãos especiais dos governos. [71] A Reserva de
abrange cerca de 400 ilhas e fica
Desenvolvimento  Sustentável  Mamirauá,  a  maior  unidade  de próximo ao Parque Nacional do Jaú.
conservação  em  área  alagada  do  país,  localiza­se  no  estado.  Foi
criada em 1996 e está situada nos municípios de Fonte Boa, Maraã
e Uarini. [72]

Parques nacionais
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Ao menos três dos principais parques nacionais brasileiros estão no Amazonas. [71] O principal deles é o Parque
Nacional do Jaú, criado em 1980, através do decreto­lei nº 85 200. Possui 2,272 milhões de hectares de área e
está situado nos municípios de Novo Airão e Barcelos. [73] É o maior parque nacional do Brasil e o maior de
floresta  tropical  úmida  no  mundo.  A  temperatura  média  local  é  de  27  °C.  É  administrado  pelo  Instituto
Brasileiro  do  Meio  Ambiente  e  dos  Recursos  Naturais  Renováveis  (IBAMA). [73]  Também  são  notáveis  os
parques  da  Amazônia  e  do  Pico  da  Neblina.  O  Parque  Nacional  da  Amazônia  foi  criado  pelo  decreto­lei  nº
73 683 em 19 de fevereiro de 1974 e está situado entre o Amazonas e Pará. [74] A criação do Parque Nacional do
Pico da Neblina ocorreu em 1979 pelo decreto­lei nº 83 550. Sua área é de 2,2 milhões de hectares e está situado
no município de São Gabriel da Cachoeira. [75] Abriga o ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina, com 3 014
metros. [76][77]

Parques estaduais

Há diversos parques estaduais no estado, quase todos administrados pelo Instituto de Proteção Ambiental do
Amazonas (IPAAM). [78] Os principais parques estaduais no Amazonas são o Parque Estadual Nhamundá,  o
primeiro parque de caráter estadual no estado, instituído pelo decreto­lei nº 12 836 em 1990, com uma área de
195,9 mil hectares. Situa­se no município de Nhamundá e possui ecossistemas de várzea e campos naturais,
além de florestas de terra firme, com planícies e serras. Seu acesso é feito por via fluvial;[79] Parque  Estadual
Serra do Aracá, criado em 1990, através do decreto­lei nº 12 836, situado em Barcelos e ocupando uma área de
1,8187 milhões de hectares ­ 15% da área do município; Parque Estadual Rio Negro Setor Norte, localizado em
Novo Airão e com área de 178 620 hectares. Foi estabelecido pelo decreto­lei nº 16 497 de 2 de abril de 1995 e
engloba  5%  da  área  do  município.  Abriga  as  ruínas  da  cidade  fantasma  de  Velho  Airão  e  sítios
arqueológicos;[80] Parque Estadual Rio Negro Setor Sul, situado entre Manaus e Novo Airão e criado através do
mesmo decreto­lei do parque anterior. Ocupa uma área de 257 422 hectares, ocupando cerca de 4% da área do
município de Manaus. É usado para o ecoturismo e habitado por comunidades tradicionais, como caboclos e
ribeirinhos. [80] Destacam­se ainda os parques de Sumaúma, a única unidade de conservação estadual em área
urbana no Amazonas, situada em Manaus, no bairro Cidade Nova e instituída em 2003;[81] Sucunduri, com
808  312,179  hectares,  criada  em  2005  em  Apuí;[82] Cuieiras, com 55,8 mil hectares;[83]  Guariba,  possuindo
72  296,331  hectares  e  criado  em  2005  em  Manicoré,  no  sul  do  estado;[77]  e  Matupiti,  nas  bacias  dos  rios
Matupiri e Autaz Mirim, em Borba e Manicoré, também no sul do estado. [84]

Demografia
Conforme estimativa divulgada pelo IBGE em 29 de agosto de 2018, a população do estado atingiu 4 080 611
habitantes. [8]  A  população  deste  representa  22%  da  população  da  região  Norte  e  2%  da  população
brasileira. [87] Num período de dez anos (2005­2015), diminuíram as populações de 48 dos 62 municípios do
estado. [88] No estado, 165 920 habitantes não são naturais da unidade federativa. [89][90] A maior parte dos
migrantes que vivem no estado são oriundos de outros estados da própria Região Norte brasileira. Além destes,
migrantes vindos do Nordeste somam 87 846 habitantes, migrantes vindos da Região Sudeste somam 30 431
habitantes  e  migrantes  vindos  da  Região Sul  somam  12  183  habitantes. [90]  O  estado  possui  ainda,  a  maior
população estrangeira na Região Norte e a oitava maior população estrangeira no Brasil. São 9 777 habitantes
no estado que possuem alguma nacionalidade que não seja a brasileira. O Pará responde pela segunda maior
população estrangeira no Norte do país (5 291 imigrantes), seguido de Rondônia, com 4 689 imigrantes. [90]

De acordo com o censo brasileiro de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
o  Amazonas  era  habitado  por  3  483  985  habitantes,  sendo  que  havia  2  755  490  habitantes  em  área  urbana
(78,4%) e 728 495 habitantes em área rural (17,3%). Quanto à questão de gênero, havia 1 753 179 homens  e

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1  730  806  Mulheres.  Foram  identificados  902  780  domicílios,  sendo  que  apenas
801  640  deles  eram  ocupados,  gerando  um  déficit  habitacional  de  101  140 Ano Habitantes
domicílios. A média de habitantes por domicílio era de 4,24 pessoas. [91] A capital, 1872 57.610
Manaus, é a maior cidade da região Norte, com 2,1 milhões de habitantes. [92] 1890 147.915

Na  questão  de  alfabetização,  habitantes  do  estado  com  mais  de  5  anos  de  idade 1900 249.756
alfabetizados  totalizavam  2  670  173  pessoas. [93]  Pelo  menos  791  162  habitantes 1920 363.166
afirmaram serem portadores de algum tipo de deficiência permanente, destacando­
1940 438.008
se a deficiência motora, com 38 509 deficientes declarados. Destacando a questão do
1950 514.099
estado  civil,  havia  1  948  604  pessoas  com  mais  de  10  anos  de  idade  solteiras,
640  437  pessoas  com  mais  de  10  anos  de  idade  casadas,  74  287  pessoas  viúvas, 1960 721.215
41 698 divorciadas e 23 116 pessoas desquitadas ou separadas judicialmente. Há de 1970 960.934
se destacar que 699 439 pessoas declararam viver em união consensual. [94] 1980 1.449.135

Ainda de acordo com o censo de 2010, 791 162 habitantes declararam possuir algum 1991 2.102.901


tipo de deficiência. [95] A deficiência mental ou intelectual apresentou­se em 38 509 2000 2.813.085
habitantes,  enquanto  outros  149  796  habitantes  declararam  possuir  alguma
2010 3.483.985
deficiência motora. 124 737 habitantes declararam possuir algum tipo de deficiência
2018 4.080.611
auditiva,  enquanto  outros  530  296  habitantes  possuem  deficiência  visual.  Os
habitantes  que  declararam  não  possuir  nenhum  tipo  de  deficiência  somam­se Fonte: IBGE[86]
2  692  764  habitantes. [95]  O  estado  alcançou  um  grandíssimo  crescimento
populacional  no  início  do  século  XX,  devido  ao  período  da  áurea  da  borracha,  e  após  a  instalação  do  Polo
Industrial de Manaus, na década de 1960. [96] O estado ainda mantém taxas populacionais superiores à média
nacional. Na década de 1950 o estado teve um crescimento populacional de 3,6% ao ano, enquanto o Brasil
manteve um crescimento de 3,2%. No período compreendido entre os anos de 1991 e 2000, o Amazonas cresceu
2,7% ao ano enquanto a média nacional manteve­se em 1,6%. O censo demográfico de 2010 do IBGE, apontou
que  o  estado  cresceu  23,84%  em  população  entre  2000  e  2010  e  que  o  mesmo  mantém  um  aumento
populacional de 2,16% ao ano. [89]

A composição da população amazonense por sexo mostra que para
cada  100  mulheres  residentes  no  estado  existem  96  homens;  esse
pequeno desequilíbrio entre os dois sexos ocorre porque as mulheres
possuem uma expectativa de vida oito anos mais elevada que a dos
homens.  Porém,  o  fluxo  migratório  para  o  estado  é  de  maioria
masculina. [97]  Segundo  o  Tribunal Superior Eleitoral,  em  maio  de
2016 o estado possuía 2 320 326 eleitores, [98] Durante cem anos, de
1810  a  1910,  um  relevante  número  de  migrantes  e  imigrantes
espalharam­se  por  diversas  cidades  e  povoados  da  Amazônia,
Tabatinga, localizado na tríplice principalmente  entre  Belém  e  Manaus.  Eram  em  grande  parte,
fronteira fronteira atraídos  pelo  ciclo  da  borracha.  Entre  os  migrantes,  destacou­se
Brasil–Colômbia–Peru, é o sexto principalmente os nordestinos, e entre os imigrantes, destacavam­
município mais populoso do estado.
se os árabes[99] e japoneses. Os japoneses entretanto, chegaram ao
Amazonas  somente  a  partir  de  1923.  Com  o  fim  do  ciclo  da
borracha,  o  Governo  do  Amazonas  cedeu  1,030  milhão  de  hectares  a  serem  divididos  entre  os  imigrantes
japoneses que desejassem fazer cultivo do solo da região, como forma de movimentar a economia do estado em
crise. [100]  Os  primeiros  imigrantes  dirigiram­se  a  cidades  como  Maués,  Parintins,  Itacoatiara,  Presidente
Figueiredo e Manaus. [101] Até então, Maués era a cidade com o maior fluxo de imigração japonesa e onde eles

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iniciaram  o  cultivo  do  guaraná.  Porém,  em  1941,  houve  uma  epidemia  de  malária  que  vitimou  várias
famílias. [101]  Outras  famílias  destinaram­se  a  Parintins,  onde  dividiram  vários  hectares  de  terra  com  os
"koutakusseis",  jovens  europeus  estudantes  de  agronomia,  provenientes  de  famílias  de  classe  alta  que
imigraram para o Amazonas no intuito de se fixarem para sempre. [101] Estima­se que existam no Amazonas
5 000 descendentes de imigrantes japoneses. [102]

Etnias
A população do Amazonas é composta basicamente
Grupos étnicos no Amazonas[103]
por  pardos,  brancos,  indígenas  e  negros.  A  forte Etnia Porcentagem
imigração no final do século XIX e início do século Pardos    74,2%
XXI trouxe ao estado pessoas de todas as partes do Brancos    24,9%
Brasil  e  do  mundo.  Dos  mais  de  cinco  milhões  de
Pretos    0,7%
Indígenas 0,1%
imigrantes  que  desembarcaram  no  Brasil,  alguns
Amarelos 0,1%
milhares  se  fixaram  no  estado  do  Amazonas,
destacando­se os portugueses[104] e japoneses. [105]
Os  portugueses  que  chegaram  ao  estado  destinaram­se  sobretudo  à  Manaus,  e  passaram  a  dedicar­se  ao
comércio. [104] Por volta de 1929, chegaram os primeiros japoneses, que passaram a viver em municípios como
Maués, onde trabalhavam no cultivo do guaraná para uso medicinal, e Parintins. [105] Há ainda, uma crescente
imigração de haitianos. [106][107]

O município de São Gabriel da Cachoeira, no extremo noroeste do estado, é o município com maior população
indígena no país. Em 2010, o percentual de população indígena do município foi de 76,31%. Além deste, Boa
Vista do Ramos registra o maior percentual de população parda no estado e o terceiro do país, com 92,40%
autodeclarados pardos no censo de 2010. Manaquiri também destaca­se por ser o quinto município brasileiro
com  maior  população  amarela,  6,26%  do  total  de  sua  população. [108]  Segundo  dados  da  Síntese  de
Indicadores Sociais do Censo demográfico de 2010, promovido pelo IBGE, a população do estado dividi­se da
seguinte  forma,  na  questão  étnica:  Pardos (77,2%), brancos (20,9%), pretos  (1,7%)  e  amarelos  ou  indígenas
(0,2%). Nenhum outro estado no Brasil tem maior população indígena do que o Amazonas, divididos em 65
etnias. Além disso, o estado figura com o maior percentual de população parda no Brasil. [107][109]

Entre os que se autodeclaram pardos, o mais característico é o caboclo. Inicialmente nascido da mestiçagem
entre  indígenas  e  europeus,  a  partir  do  século XIX,  também  miscigenou­se  com  nordestinos.  Os  imigrantes
sulistas,  predominantemente  brancos,  que  chegaram  ao  estado  no  final  do  século  XX,  têm  sido  também
mestiçados com a população cabocla. O Dia do Mestiço (27 de junho) e o Dia do Caboclo (24 de junho)  são
datas oficiais no estado. [110][111] Em 29 de dezembro de 2011, o município amazonense de Autazes estabeleceu
o dia 27 de junho como feriado municipal, em reconhecimento à identidade mestiça. [112] Em 28 de agosto de
2012, outro município do estado, Careiro da Várzea, também decretou feriado municipal o dia 27 de junho pelo
Dia  do  Mestiço.  Os  dois  municípios  são  os  únicos  no  Brasil  a  homologar  em  forma  de  feriado  a  ênfase  da
população parda. [113] São Gabriel da Cachoeira, na microrregião de Rio Negro, é um dos três únicos municípios
brasileiros[nota  1]  a  possuir  mais  de  um  idioma  oficial:  Além  do  português,  as  línguas  tucano,  nhengatu  e
baníua são reconhecidas como idiomas oficiais do município, desde 2002. [nota 2]

Segurança pública e criminalidade

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Assim  como  os  demais  estados  do  Brasil,  o  Amazonas  possui  dois  tipos  de  de  corporações  policiais  que
possuem a finalidade de realizar a segurança pública em seu território. São elas: A Polícia Militar do Estado do
Amazonas (PMAM), que possui um efetivo de 7.500 militares, [114] e
a  Polícia  Civil  do  Estado  do  Amazonas,  exercendo  a  função  de
polícia judiciária e sendo subordinada ao governo do estado.

A Polícia Militar do Estado do Amazonas é uma das mais antigas
do Brasil, tendo sido criada em 4 de abril de 1837, primeiramente
para  combater  os  revoltosos  da  Cabanagem,  com  um  efetivo  de
apenas  1.339  militares. [114]  Após  este  feito,  a  PMAM  também
Viatura da Polícia Militar do envolveu­se  nas  Guerra  do  Paraguai  e  de  Canudos,  além  da
Amazonas. Revolução  do  Acre. [114]  Conforme  dados  do  "Mapa  da  Violência
2010",  publicado  pelo  Instituto  Sangari  e  pelo  Ministério  da
Justiça,  a  taxa  de  homicídios  por  100  mil  habitantes  do  estado  do  Amazonas  é  a  décima­terceira  maior  do
Brasil. O número de homicídios ocorridos no estado aumentou de 21,3 para 24,8 por 100 mil habitantes no
período  entre  1998  e  2008.  Entre  2008  e  2010,  a  taxa  de  homicídios  cresceu  5,8  e  atingiu  30,6  por  100  mil
habitantes. [115] A Região Metropolitana de Manaus concentra a maior taxa (43,3), enquanto os municípios do
interior do estado apresentam apenas uma taxa de 11,1. [116] Em 2010, os cinco municípios que registraram as
maiores  taxas  de  homicídio,  por  100  mil  habitantes,  foram:  Manaus  (46,7)  Iranduba  (39,2),  Uarini  (33,6),
Tabatinga (32,5) e Presidente Figueiredo, com 29,4. Em contrapartida, os cinco municípios que registraram as
menores taxas de homicídio foram: São Paulo de Olivença (3,2), Nova Olinda do Norte (3,3), Santo Antônio do
Içá (4,1), Tapauá (5,2) e São Gabriel da Cachoeira, com 5,3. É notável o fato de 12 municípios não haverem
registrado taxas de homicídios ou não terem sido divulgadas. [116] Em âmbito nacional, o estado está entre os
quinze mais violentos. Em âmbito regional, é o quarto mais violento da região Norte, sendo superado pelo Pará
(45,9), Amapá (38,7) e Rondônia (34,6). [117]

Religião
Tal qual a variedade cultural verificável no Amazonas, são diversas
as  manifestações  religiosas  presentes  no  estado.  Embora  tenha  se
desenvolvido  sobre  uma  matriz  social  eminentemente  católica,
tanto  devido  à  colonização  quanto  à  imigração  ­  e  ainda  hoje  a
maioria dos amazonenses se declara católica ­ é possível encontrar
atualmente  no  estado  dezenas  de  denominações  protestantes
diferentes. [118]  O  estado  possui  os  mais  diversos  credos
protestantes  ou  reformados,  como  a  Igreja  Presbiteriana,  Igreja Catedral Diocesana de Sant'Ana e
Batista,  Igreja  Luterana,  Igreja  Adventista,  Igreja  do  Evangelho São Sebastião, em Coari.
Quadrangular,  Igreja  Mundial  do  Poder  de  Deus,  Igreja
Internacional  da  Graça  de  Deus,  Igreja  Assembleia  de  Deus,  Igreja  Universal  do  Reino  de  Deus,  Igreja
Metodista, Igreja Adventista do Sétimo Dia e Igreja Episcopal Anglicana. Além dessas, grande parte declara­se
seguidores de outras religiões, tais como os Santos dos Últimos Dias ou mórmons; as Testemunhas de Jeová;
os  messiânicos;  os  judeus;  os  esotéricos;  os  muçulmanos  e  os  espiritualistas.  No  estado  há  um  templo
mórmon, o Templo de Manaus, sendo o sexto operado no Brasil. [119]

De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a
população  do  Amazonas  está  composta  por:  católicos  (61,2%),  protestantes  (32,1%),  pessoas  sem  religião
(6,2%), espíritas (0,4%) e outras religiões (0,1%). [118]

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Habitação e condições de vida
Em  2010  foram  identificados  902  780  domicílios  no  estado,  dos
quais  801  640  deles  eram  ocupados  e  101  140  não  eram
ocupados. [91]  Em  relação  ao  tipo  de  material  dos  domicílios
particulares  permanentes,  415  884  domicílios  eram  feitos  de
alvenaria  com  revestimento,  75  426  feitos  de  alvenaria  sem
revestimento,  256  467  domicílios  feitos  de  madeira  aparelhada,
9 265 domicílios construídos em palha, 2 519 domicílios em taipa
revestida  e  3  368  domicílios  construídos  com  outro  tipo  de
material.  A  maior  parte  dos  domicílios  possuíam  cinco Casas flutuantes à beira do rio
cômodos. [90] Amazonas.

Em  relação  ao  abastecimento  de  água  canalizada,  637  314


domicílios  eram  atendidos  pelo  sistema,  um  percentual  de  83,05%. [90][120]  Os  bens  duráveis  populares
(geladeira, rádio, televisão e máquina de lavar) estavam presentes em 799 314 domicílios. Microcomputadores
com  acesso  à  internet  existiam  em  211  872  destes  domicílios  e  618  065  possuíam  o  uso  de  telefones  fixo  ou
celular. [90]  Foram  identificados  715  623  casas,  53  529  apartamentos,  19  539  casas  de  condomínio,  7  741
cortiços ou casas de vila e 3 197 ocas ou malocas. [90]

Política
O  Amazonas  é  um  estado  da  federação,  sendo  governado  por  três
poderes,  o  executivo,  representado  pelo  governador,  o  legislativo,
representado pela Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas,
e o judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado do
Amazonas  e  outros  tribunais  e  juízes.  Também  é  permitida  a
participação popular nas decisões do governo através de referendos
e plebiscitos. [121]

Manaus é o município com o maior número de eleitores, com 1,214 Tribunal de Justiça do Amazonas.
milhão  destes.  Em  seguida  aparecem  Parintins,  com  63,7  mil
eleitores, Itacoatiara (61,7 mil eleitores), Manacapuru (61,1 mil eleitores) e Coari, Tefé e Tabatinga, com 47,5
mil, 38,9 mil e 29,6 mil eleitores, respectivamente. O município com menor número de eleitores é Japurá, com
4,2 mil. [98]

Tratando­se  sobre  partidos  políticos,  todos  os  35  partidos  políticos  brasileiros  possuem  representação  no
estado. [122] Conforme informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base em dados de
abril de 2016, o partido político com maior número de filiados no Amazonas é o Partido Comunista do Brasil
(PCdoB), com 20 687 membros, seguido do Partido Social Cristão (PSC), com 18 934 membros e do Partido
dos  Trabalhadores  (PT),  com  17  265  filiados.  Completando  a  lista  dos  cinco  maiores  partidos  políticos  no
estado, por número de membros, estão o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), com 14 742
membros;  e  o  Partido  Progressista  (PP),  com  13  124  membros.  Ainda  de  acordo  com  o  Tribunal  Superior
Eleitoral, o Partido Novo (NOVO) e o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) são os partidos
políticos com menor representatividade na unidade federativa, com 4 e 134 filiados, respectivamente. [122]

Símbolos estaduais

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Os símbolos do estado do Amazonas são: a bandeira, o brasão e o hino. [123]

Bandeira
A  bandeira  do  Estado  do  Amazonas  remonta  ao  século  XIX,
especificamente  à  década  de  1890.  Em  1897,  esta  representou  o
Batalhão Militar do Amazonas na Guerra de Canudos e tornou­se
seu  símbolo  oficial. [123]  Naquele  ano,  o  Batalhão  Militar
Amazonense integrou­se oficialmente às forças dos demais estados
naquela  luta.  A  bandeira  apresenta  as  cores  azul,  branca  e
vermelha, associadas à época de preparação da bandeira, para que
fosse  levada  aos  campos  de  combate  em  Canudos;  e  possui  um
retângulo azul no lado esquerdo, onde são aplicadas 25 estrelas em Bandeira do Amazonas.
prata,  simbolizando  o  número  de  municípios  que  existiam  no
estado  em  4  de  agosto  de  1897. [123]  O  retângulo  ao  lado  esquerdo  também  indica  o  momento  histórico  do
embarque das tropas para Canudos, tendo sido depois lançado no artigo 7.º, inciso VI da lei. Há uma estrela
de  primeira  grandeza  situada  ao  centro  do  retângulo,  simbolizando  Manaus,  a  capital. [123]  Borba,  Silves,
Barcelos, Maués, Tefé, Parintins, Codajás,  Itacoatiara,  Coari,  Manicoré,  Barreirinha,  São  Paulo  de  Olivença,
Urucará,  Humaitá,  Fonte  Boa,  Lábrea,  São  Gabriel  da  Cachoeira,  Canutama,  Manacapuru,  Urucurituba,
Carauari e São Felipe do Juruá (atual Eirunepé) são os municípios representados na bandeira. [123] À época de
sua criação, apenas estes municípios eram existentes no estado, e mesmo com a emancipação dos demais não
foram  sendo  acrescentadas  estrelas  à  bandeira.  Além  destes,  há  uma  estrela  representando  a  localidade  de
Moura (atualmente um distrito de Barcelos) que perdeu o status de município no século seguinte. [123][124]  A
capital  de  Roraima,  Boa  Vista,  também  é  representada  na  bandeira  amazonense,  tendo  em  vista  que  o
município ainda era parte do Amazonas no século XIX. A bandeira do estado consolidou­se pela Lei n.º 1.513,
de 14 de janeiro de 1982, tendo sido regulamentada pelo Decreto n.º 6.189, de 10 de março de 1982. [123]

Brasão
Por  ato  do  Governo  Provisório  da  República,  foi  constituído  o  Brasão  do
Amazonas,  sendo  restabelecido  com  as  formas  originais  tempos  depois.  O
brasão é uma indicação à confluência dos rios Negro e Solimões. O campo
azul  representa  o  céu  brasileiro;  a  estrela  no  canto  esquerdo  é  uma
indicadora  da  paz  e  progresso;  o  campo  verde  representa  as  florestas  do
estado;  e  as  duas  setas  e  duas  penas  entrelaçadas  e  cruzadas  são  uma
referência à civilização moderna. O sol e a águia amazonense, visto no alto,
simbolizam a grandeza e força. Do lado direito, pode­se ver os emblemas da
indústria; e do lado esquerdo, os emblemas do comércio e agricultura, como
parte  da  economia  do  estado.  As  datas  de  22  de  junho  de  1832  e  21  de
novembro  de  1889  fazem  lembrar  a  independência  do  Amazonas  pelas
armas  e  a  adesão  do  estado  à  República  do  Brasil,  ambas  ocorridas  no
século XIX. A junção dos rios Negro e Solimões, mostrada no brasão, é um O brasão do estado.
símbolo da lealdade do Amazonas à República. [123]

O brasão de armas do Estado do Amazonas foi instituído em 21 de novembro de 1897, pelo Decreto nº 204,
sendo firmado pelo governador do Estado, José Cardoso Ramalho Júnior, e regulamentado em 16 de setembro
de 1987, pelo Decreto nº 10.534. [123]

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Hino
Instituído pela Lei nº 1.404, de 1 de setembro de 1980, após a existência informal de vários outros, o Hino do
Amazonas resultou de um concurso público. [123] A autoria do hino é de Cláudio Santoro, sendo que a letra do
mesmo é do poeta Jorge Tufic Alaúzo. [123]

Letra
Amazonas, de bravos que doam
sem orgulho nem falsa nobreza
aos que sonham, teu canto de lenda
aos que lutam, mais vida e riqueza! >>>

Estribilho do Hino do Estado do Amazonas.[125]

Subdivisões
Região  geográfica  intermediária  é,  no  Brasil,
um  agrupamento  de  regiões  geográficas  imediatas
que  são  articuladas  através  da  influência  de  uma  ou
mais  metrópoles,  capitais  regionais  e/ou  centros
urbanos  representativos  dentro  do  conjunto,
mediante  a  análise  do  Instituto  Brasileiro  de
Geografia e Estatística (IBGE). [126]

As  regiões  geográficas  intermediárias  foram


apresentadas em 2017, com a atualização da divisão
regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das
antigas mesorregiões,  que  estavam  em  vigor  desde  a Mapa do Amazonas com a divisão das regiões
divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por intermediárias (vermelho) e imediatas (cinza).
sua  vez,  substituíram  as  microrregiões.  A  divisão  de
2017 teve o objetivo de abranger as transformações relativas à rede urbana e sua hierarquia ocorridas desde as
divisões  passadas,  devendo  ser  usada  para  ações  de  planejamento  e  gestão  de  políticas  públicas  e  para  a
divulgação de estatísticas e estudos do IBGE. [126]

Oficialmente,  as  quatro  regiões  geográficas  intermediárias  do  Amazonas  são:  a  de  Manaus,  a  de  Tefé,  a  de
Lábrea e a de Parintins. [127] As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregiões. [128].
O  Amazonas  é  dividido  oficialmente  em  onze  regiões  imediatas:  Manaus,  São  Gabriel  da  Cachoeira,  Coari,
Manacapuru, Tefé, Tabatinga, Eirunepé, Lábrea, Manicoré, Parintins e Itacoatiara.

É  formado  pela  união  de  sessenta  e  dois  municípios,  desde  a  última  alteração  feita  em  1988,  criando  o
município de Alvarães. [129]

Economia
O Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas é o 15º maior do país, destacando­se o setor terciário. De acordo
com dados do IBGE, relativos a 2015, o PIB amazonense era de 86.560 bilhões, enquanto o PIB per capita era
de 21.978,95. [131] Pará e Amazonas respondem, juntos, por aproximadamente 70% da economia nortista. Em
termos de infraestrutura para investimentos em novos empreendimentos, o estado alcançou o segundo melhor
desempenho do país nos últimos anos, sendo superado atrás apenas do Distrito Federal, [132] e sendo um dos
que mais crescem economicamente. [133] Todavia, o estado perdeu para o Paraná a liderança da alta industrial
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brasileira em janeiro de 2013, quando registrou crescimento de 1,9% no avanço da produção, estando abaixo da
média  nacional. [134]  Ao  lado  do  Pará,  é  o  estado  que  mais  influencia  na  economia  da  região  Norte
brasileira. [135]  Em  2010,  a  economia  do  Amazonas  passou  a  representar  1,8%  da  economia  brasileira,  um
aumento de 0,1 pontos percentuais comparado a 2009. [135]

Setor primário
De todos, o setor primário  é
o  menos  relevante  para  a
economia  estadual.
Representava  em  2015
apenas  6,6  %  da  economia
do  Amazonas. [136]  Segundo
o  IBGE,  o  estado  possuía
em 2011 um rebanho bovino
de  1  439  597  cabeças,  além
Exportações do estado do Amazonas em 2012[130]
de  13  685  equinos,  81  851
bubalinos,  671  asininos,
947 muares, 94 435 suínos, 21 488 caprinos, 69 131 ovinos, 18 389 codornas, 1 300 coelhos e 4 076 184 aves.
Entre as aves, 2 801 449 eram galinhas e 1 274 735 galos, frangos e pintinhos. [137] No mesmo ano, o estado
produziu  52  033  mil  litros  de  leite  de  vacas.  Foram  produzidos  72  088  dúzias  de  ovos  de  galinha  e  48  394
quilos de mel­de­abelha. [137]

O Amazonas é o maior produtor de fibras do Brasil, com participação de 87% da produção nacional (IBGE ­
PAM/2014). Os maiores produtores da fibra no Amazonas são da região das calhas dos rios Negro e Solimões,
como Manacapuru, Anamã, Autazes, Careiro, Careiro da Várzea, Vila Rica de Caviana, Caapiranga, Iranduba,
Manaquiri, Novo Airão, Rio  Preto  da  Eva,  Manaus,  Beruri,  Coari,  Codajás  e  Anori.  A  produção  total  desses
municípios anualmente varia de 20 a 200 toneladas de juta, e de malva gira em torno de 100 a 744 toneladas.
Manacapuru e Beruri se destacam com a produção média de 70 a 100 toneladas de juta. [138]

O estado detinha 3% da produção de leite de vacas e 7% do valor da produção do mesmo, entre os estados da
Região Norte do Brasil. Além deste, a produção de ovos de galinha no estado representava 57% da produção
entre os estados da Região Norte, e 53% do valor da produção entre os mesmos estados. Sobre o mel de abelha,
a produção do estado representava 5% entre os estados de sua região e 11% no valor da produção. É notável
também que o estado produziu 354 mil dúzias de ovos de codorna em 2011, representando 29% da produção
da  Região  Norte  e  o  valor  da  produção  de  ovos  de  codorna  ficou  em  26%. [137]  Na  lavoura  temporária  são
produzidos abacaxi, arroz, batata­doce, cana­de­açúcar, feijão, fumo, juta, malva, mandioca, melancia, milho,
soja, tomate e trigo. Os maiores valores de produção na lavoura temporária foram de mandioca (519.911 mil
reais),  abacaxi  (87.291  mil  reais)  e  malva  (16.495  mil  reais). [139]  Já  na  lavoura  permanente  produzem­se
abacate, banana, borracha natural (látex), cacau, café, coco, dendê, goiaba, guaraná, laranja, limão,  mamão,
manga, maracujá, palmito, pimenta­do­reino, tangerina e urucum. Os maiores valores de produção na lavoura
permanente foram de banana (80.899 mil reais), laranja (64.729 mil reais) e mamão (30.191 mil reais). [140]

A agropecuária registrou, em 2008, um aumento de 23,7% na composição do PIB do estado, o terceiro maior
desempenho entre os estados do país naquele ano. [141] Em relação à indústria madeireira, produzem­se carvão
vegetal,  lenha  e  madeira  em  tora. [142]  Na  silvicultura,  o  estado  produz  produtos  alimentícios  como  o  açaí,

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castanha­do­pará  (também  chamada  castanha­do­brasil  ou  castanha­da­amazônia)  e  umbu,  além  de  látex
coagulado  e  produtos  oleaginosos.  Há  também  produção  de  fibras,  como  o  buriti  e  piaçava.  O  estado
caracteriza­se com a segunda maior produção de açaí, sendo superado apenas pelo Pará. [142]

Setor secundário
Responsável por 27,9% do PIB do Amazonas, de acordo com dados
IBGE de 2015, a indústria destaca­se na Grande Manaus pelo fato
da  mesma  abrigar  a  maior  parte  das  indústrias  presentes  no
estado. O Polo  Industrial  de  Manaus  consolidou­se  como  um  dos
maiores  centros  industriais  do  Brasil, [143]  e  em  segundo  pela
grandíssima  concentração  de  riquezas  provenientes  do  setor  nos
municípios  da  Região  Metropolitana  de  Manaus  e  seus  arredores,
sendo que outros municípios, de certa forma os mais distantes da
José Serra visita a linha de
capital,  têm  indústrias  em  menor  escala  na  composição  de  suas montagem da Honda no Polo
economias  municipais.  Municípios  com  notáveis  indústrias  no Industrial de Manaus
estado, excluindo­se Manaus, são Itacoatiara, Coari, Manacapuru e
Tabatinga,  onde  originam­se  unidades  madeireiras.  O  órgão
responsável pelas indústrias amazonenses ou sediadas no estado é a Federação das Indústrias do Estado do
Amazonas (FIEAM). [120]

O setor secundário cresceu gradativamente no Amazonas. A participação relativa do setor industrial no PIB do
estado, que era de 14,7 % em 1970, passou para 19,00% em 1975 e 37,2% em 1980, o que fez com que a variação
percentual do crescimento real do produto industrial regional tenha alcançado 826,28 % na década de 1970.
Em sua história recente, o Amazonas possui participação majoritária no produto industrial da Região Norte,
detendo 48 % entre os sete estados regionais. [144]

A Zona Franca de Manaus (ZFM), também conhecida como Polo  Industrial  de  Manaus,  é  o  principal  centro


industrial  da  região  Norte  e  um  dos  maiores  do  Brasil.  Foi  implantado  pelo  regime militar brasileiro  com  o
objetivo de viabilizar uma base econômica na Amazônia Ocidental, promovendo melhor integração produtiva e
social dessa região ao país e garantindo a soberania nacional sobre suas fronteiras[145][146] É considerado um
dos mais modernos da América Latina[147] e tem como abrangência os estados da Amazônia Ocidental (Acre,
Amazonas,  Rondônia  e  Roraima)  além  de  dois  municípios  do  estado  do  Amapá  (Macapá  e  Santana). [148]
Segundo  dados  da  SUFRAMA,  o  faturamento  total  do  Polo  Industrial  obtido  em  2016  foi  de  R$  74,7
bilhões. [149] Suas indústrias são voltadas, em geral, para a produção de produtos eletroeletrônicos, plásticos,
madeireiros e pólo de duas rodas. [150]

Seus principais polos industriais são:

Região Metropolitana de Manaus; maior polo de riqueza estadual, concentra a maioria indústrias no
Amazonas, onde a capital do estado detém o sétimo maior PIB municipal do Brasil. O faturamento desse
polo é em média cerca de US$ 20 bilhões por ano, com exportações superiores a US$ 2,2 bilhões. São
mais de 700 fábricas de grande, médio e pequeno porte que fabricam uma grande quantidade da produção
brasileira de motocicletas, televisores, monitores para computadores, cinescópios, telefones celulares,
aparelhos de som, DVDs players, relógios de pulso, aparelhos de refrigeração, bicicletas, produtos
químicos e bebidas sem álcool.

Coari; segunda maior economia do estado, apresenta concentrações de indústrias alimentícias, madeireira
e de tijolos.

Parintins; a indústria na cidade é composta basicamente por micro e pequenas nos setores de madeireira,

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alimentos, gráfica, naval, oleira, química e vestuário.

Setor terciário
O setor  terciário  é  o  mais  importante  do  PIB
Economia do Amazonas
amazonense,  pois  corresponde  a  metade  das
atividades econômicas do estado. Em 2015, a Ficha técnica (2016)
participação dos serviços representava 49,2%
Participação no PIB nacional 1,4% [151]
do valor total adicionado à economia de todo
o estado. [136] PIB R$ 89, 017 bilhões
PIB per capita R$ 22 245,02
A unidade federativa abrigava em 2009, cerca
[152]
de  4  530  unidades  empresariais,  de  acordo Composição do PIB (2016)
com  a  Pesquisa  Anual  de  Serviços  (PAS)
Agropecuária 6,6%
promovida  pelo  Instituto  Brasileiro  de
Geografia e Estatística (IBGE). [153]
Indústria 29,5%
Serviços 49%
Aproximadamente  774  357  habitantes
exerciam  a  função  de  empregados  no  setor
público  ou  privado,  revelado  pelo  censo  de  2010.  Destes,  419  804  empregados  exerciam  atividades
profissionais  com  carteira  de  trabalho  assinada  e  259  972  profissionais  não  possuíam  carteira  de  trabalho
assinada. [90] 374 116 habitantes eram autônomos e 94 582 habitantes eram funcionários públicos estatutários
ou  militares.  Destacam­se  também,  o  número  de  pessoas  que  trabalhavam  na  produção  para  o  próprio
consumo,  cerca  de  128  130  pessoas  e  33  141  que  declararam  não  receber  remuneração  por  suas  atividades
profissionais. [90]  Na  questão  salarial,  444  398  pessoas  declararam  receber  até  um  salário  mínimo,  360  494
pessoas declararam receber entre 1 e 2 salários mínimos, 86 546 pessoas declararam receber entre 3 a 5 salários
mínimos  e  7  928  declararam  receber  mais  de  20  salários  mínimos. [90]  É  no  estado  que  se  registra  a  menor
porcentagem  de  trabalhadores  que  exercem  seu  trabalho  fora  de  seu  município  de  origem.  Apenas  1,4%  dos
habitantes trabalhadores do Amazonas exercem sua atividade profissional em outro município que não seja o
seu domiciliar. [154] O nível de ocupação de pessoas empregadas com mais de 10 anos no estado, foi registrado
em 48,5 estando abaixo da média nacional, de 53,3. [89]

Dados  do  Censo  brasileiro  de  2010  indicaram  a  existência  de  1  466  464  pessoas economicamente ativas  no
estado, sendo que destas, 1 323 402 exerciam alguma ocupação no período em que ocorreu o censo e 143 058
encontravam­se  desocupadas.  Em  contrapartida,  1  261  576  pessoas  declararam  não  serem  economicamente
ativas. [90]  Entre  os  habitantes  que  declararam  serem  economicamente  ativos,  o  maior  número  está  na  faixa
etária dos 25 a 29 anos, onde 226 703 habitantes são ativos na economia, em um total de 323 533 que vivem no
estado. O menor número registrado foi na faixa etária entre 50 a 54 anos, onde 87 960 habitantes dos 125 349
que  vivem  no  estado  são  ativos  na  economia.  É  notável  ainda,  o  número  de  crianças  e  adolescentes  que
exercem alguma atividade profissional e movimentam a economia: 43 233 em um total de 400 422 habitantes
entre  10  e  14  anos.  O  número  de  habitantes  com  mais  de  70  anos  que  declarou  estar  em  idade  ativa  na
economia  também  é  notório:  16  338  em  um  total  de  88  949  habitantes  nesta  faixa  etária  que  vivem  no
estado. [90]  Quanto  a  sua  pauta  de  exportação,  é  representada  principalmente  por  motocicletas  (20,60%),
outros  preparos  comestíveis  (20,28%),  telefones  (13,81%),  navalhas  e  lâminas  de  barbear  (12,46%)  e
compostos de materiais preciosos (3,83%). [155]

Infraestrutura
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Saúde
Conforme  dados  de  2009,  existiam,  no  estado,  1  010
Mortalidade infantil 24,2 por mil
estabelecimentos  hospitalares,  com  5  310  leitos. [157]
(2006) nascimentos[156]
Destes  estabelecimentos  hospitalares,  786  eram
públicos,  sendo  609  de  caráter  municipais,  117  de Médicos 8,4 por 10 mil hab.
caráter  estadual  e  60  de  caráter  federal. [157]  224 (2005)[156]
estabelecimentos  eram  privados,  sendo  216  com  fins Leitos hospitalares 656,1 por mil hab.
lucrativos  e  8  sem  fins  lucrativos.  148  unidades  de (2005).[156]
saúde eram especializadas, com internação total, e 848
unidades eram providas de atendimento ambulatorial. [157] Ainda em 2009, 83,05% da população amazonense
tinha  acesso  à  rede  de  água,  enquanto  58%  tinha  acesso  à  rede  de  esgoto  sanitário. [158]  No  mesmo  ano,
verificou­se que o estado tinha um total de 656,1 leitos hospitalares por habitante e, em 2005, registrou­se 8,4
médicos para cada grupo de 10 mil habitantes. A mortalidade infantil é de 24,2 a cada mil nascimentos, de
acordo  com  dados  de  2009. [158]  Uma  pesquisa  promovida  pelo  IBGE  em  2008  revelou  que  81,6%  da
população do estado avalia sua saúde como boa ou muito boa; 58,9% da população realiza consulta médica
periodicamente;  37,4%  dos  habitantes  consultam  o  dentista  regularmente  e  6,0%  da  população  esteve
internado  em  leito  hospitalar  nos  últimos  doze  meses. [159]  Ainda  conforme  dados  da  pesquisa,  24,6%  dos
habitantes declararam ter alguma doença crônica e apenas 12,9% possuíam plano de saúde. Tratando sobre os
domicílios particulares no estado que são cadastrados no programa Unidade de Saúde da Família, 52% destes
possuem o cadastro. [159]

Na questão da saúde feminina, 28,5% das mulheres com mais de 40 anos fizeram exame clínico das mamas
nos últimos doze meses; 45,9% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram exame de mamografia nos últimos
dois anos; e 73,3% das mulheres entre 25 e 59 anos fizeram exame preventivo para câncer do colo do útero nos
últimos três anos. [159]

Educação
O  Amazonas  possui  várias  instituições  educacionais,  sendo  as  mais  renomadas
Resultados no Índice de
delas localizadas principalmente na Região Metropolitana de Manaus e em outras Desenvolvimento da
cidades de médio porte. A educação do Amazonas é considerada a quarta melhor Educação Básica
do país, comparado à dos demais estados brasileiros, cujo índice, de acordo com (IDEB)[160]
dados de 2010, era de 0,561, ficando na vigésima colocação no país e na quinta na Ano IDEB
Região Norte, ficando atrás do Amapá (0,629), de Roraima (0,628), do Tocantins 2011 4,3
(0,624) e de Rondônia (0,577), e à frente do Acre (0,559) e do Pará (0,528). [161]
2009 3,9
Quando  se  trata  sobre  o  analfabetismo,  a  lista  de  estados  brasileiros  por  taxa  de 2007 3,6
alfabetização, mostra o Amazonas com a décima quarta maior taxa, com 90,40% 2005 3,1
de  sua  população  considerada  alfabetizada. [162]  O  estado  superou­se
significativamente nesse ranking na última década. Em 2001, aparecia em décimo
quinto  lugar,  com  15,5%  de  sua  população  tida  como  analfabeta. [163][164]  O  estado  possui  a  maior
porcentagem, entre os estados brasileiros, de pessoas entre 7 e 14 anos de idade que não frequentam unidades
escolares.  De  acordo  com  dados  do  censo  de  2010,  8,2%  dos  habitantes  do  Amazonas  nesta  faixa  etária
encontram­se nesta situação. [165] Entre a população na faixa etária de 15 a 17 anos de idade, 19,6% destes não
frequentam unidades de ensino, de acordo com o censo de 2010, colocando o estado na 23ª posição nacional,

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no  ranking  que  abrangeu  todas  as  27  divisões  administrativas  do  Brasil.  Apenas  os  estados  de  Rondônia,
Santa  Catarina,  Mato  Grosso  do  Sul  e  Acre  estão  em  situação  semelhante  ou  pior. [165]  A  população  do
Amazonas em idade escolar alcançava 1 088 463 habitantes em 2010, um total de 31,2%. [166]

No Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), em 2015,  o  Amazonas  obteve  nota  5,0  nos  anos


íniciais  do  ensino  fundamental,  4,2  nos  anos  finais  do  ensino  fundamental,  e  3,7  no  3º  ano  do  ensino
médio. [167] Os municípios do estado que atingiram as melhores colocações na rede pública de ensino, nos anos
iniciais  do  ensino  fundamental  foram:  Boca  do  Acre  (6,1);  Manaus  (5,5);  Parintins  (5,4);  Beruri  (5,3)  e
Nhamundá  (5,3).  Nos  anos  finais  do  ensino  fundamental,  na  rede  pública  de  ensino,  os  municípios  que
alcançaram  as  melhores  posições  foram:  Parintins  (4,6);  Boca  do  Acre  (4,5);  Envira  (4,5);  Itacoatiara  (4,5),
Manacapuru (4,5), Nhamundá (4,5) e Novo Airão (4,5). [167] Nos anos iniciais do ensino fundamental, Pauini
foi o município com a pior avaliação educacional, segundo o IDEB, atingindo 2,9 pontos. Nos anos finais do
ensino médio, o município que alcançou o pior desempenho foi Fonte Boa, também com 2,9 pontos. [167]

A nota média do Amazonas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é de 35,55 na prova objetiva e 57,77
na prova de redação, sendo a maior nota entre os estados das regiões Norte e Nordeste. Em relação ao número
de estudantes, 7 463 participaram do ENEM em 2010, sendo que destes, 2 404 eram concluintes do ensino
médio e 4 493 egressos. 85,52% do total de estudantes eram oriundos de escola pública. Do total de estudantes
do  ensino  médio  em  2010,  44,4%  estudavam  em  período  noturno. [166]  O  Enem  de  2008  identificou  que  o
estado  possuía  o  pior  ensino  médio  público  do  país,  com  uma  pontuação  de  apenas  33,48  pontos. [168]  A
Escola  Estadual  Indígena  Cacique  Manuel  Florentino  Mecuracu,  no  município  de  Benjamim  Constant,  foi
identificada pelo Ministério da Educação como a terceira pior escola pública do país. No ano seguinte, 2009, a
educação do estado foi identificada novamente como uma das piores no Brasil. A Escola Estadual Indígena
Dom Pedro I, em Santo Antônio do Içá, foi identificada como a pior escola pública no país, com 249,25 pontos
no Enem, muito abaixo da média nacional de 500 pontos definida pelo Inep.

Neste mesmo ano, das 20 melhores escolas do estado, 16 eram particulares e 4 federais, com destaque para o
Centro  Educacional  Lato  Sensu  e  Fundação  Nokia,  em  Manaus,  e  o  Colégio  Nossa  Senhora  do  Rosário  e
Instituto  Adventista  Agro  Industrial,  em  Itacoatiara  e  Rio  Preto  da  Eva,  respectivamente. [169]  Em  números
absolutos, o estado possuía 145 181 pessoas com nível superior completo em 2010, um percentual de 5,32%.
Há  demasiadas  instituições  de  ensino  superior  no  estado.  Três  delas  são  de  caráter  público:  Universidade
Federal do Amazonas (UFAM), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Instituto Federal do Amazonas
(IFAM). [170] Entre as principais instituições de ensino superior de caráter privado, no Amazonas, destacam­se
o  Centro  Universitário  do  Norte  (Uninorte),  Universidade  Nilton  Lins,  Universidade  Paulista  (UNIP),
Faculdade  Metropolitana  de  Manaus  (FAMETRO),  Centro  Integrado  de  Ensino  Superior  do  Amazonas
(CIESA), Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Fundação Getúlio Vargas, Faculdades Martha Falcão e
Faculdade Batista Ida Nelson. [171]

Transportes
O transporte hidroviário  é  o  mais  comum,  sendo  também  o  de  maior  relevância. [172]  O  estado  possui  cinco
terminais  hidroviários:  Terminal  de  Boca  do  Acre,  Terminal  de  Itacoatiara,  Porto  de  Manaus,  Porto  de
Parintins e Terminal de Humaitá. Todos são administrados pelo Ministério dos Transportes, com exceção do
Porto de Manaus. [173]

Todos  os  municípios  possuem  pistas  para  operações  de  aeronaves,  sendo  que  a  maioria  é  servida  por
aeroportos,  havendo  em  Manaus  e  Tabatinga  os  únicos  aeroportos  internacionais  no  Amazonas.  Existem
também  aeroportos  regionais,  porém  em  poucos  municípios,  sendo  o  Aeroporto  Regional  de  Parintins  e  o
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Aeroporto  Regional  de  Coari  os  mais  importantes,  além  dos


aeroportos  de  Eirunepé,  Lábrea  e  Tefé.  Manaus  conta  com  o
Aeroporto  Internacional  Eduardo  Gomes,  nos  moldes  dos
construídos  na  década  de  1980.  É  o  maior  aeroporto  da  região
Norte  e  o  terceiro  em  movimentação  de  cargas  do  Brasil  (atrás
apenas  de  Guarulhos  e  Viracopos). [174]  Poucas  rodovias  são
encontradas  no  estado,  e  em  sua  maioria  estão  situadas  nos
arredores  da  capital.  A  principal  destas  é  a  BR­174,  principal
Embarcações no Porto de Manaus.
acesso  de  Manaus  à  Boa  Vista,  capital  de  Roraima,  e  também
O transporte hidroviário é o de maior
principal  via  de  ligação  do  Brasil  à  Venezuela  e  aos  países  do
predominância no estado.[172]
Caribe. Outras rodovias de destaque são a BR­319, que se inicia em
Manaus  e  destina­se  à  Porto  Velho,  encontrando­se  quase  que
intransitável  em  muitos  de  seus  trechos  devido  a  impasses  e  riscos  ambientais;  BR­230  (Rodovia
Transamazônica), iniciando em Cabedelo, no estado da Paraíba, e finalizando em Lábrea; AM­010, de Manaus
à Rio Preto da Eva e Itacoatiara; e AM­258, de Manaus à Novo Airão. Há ainda a BR­317, no sul do estado,
principal  acesso  ao  Acre  e  ao  Oceano  Pacífico, [175]  AM­070,  AM­174  e  AM­254.  Grande  parte  das  rodovias
situadas no território estadual estão em condições inadequadas de uso.

Serviços e comunicações
O  Amazonas  conta  com  outros  serviços  básicos.  Na  capital  do  estado,  Manaus,  a  empresa  responsável  pelo
abastecimento  de  água  é  a  Manaus  Ambiental,  que  atua  na  cidade  desde  17  de  maio  de  2012  e  faz  parte  do
Grupo  Saneamento  Ambiental  Águas  do  Brasil  (SAAB). [176]  Os  demais  municípios  da  Grande  Manaus  e
interior do estado são atendidos pela Companhia de Saneamento do Amazonas (COSAMA) que, por sua vez,
faz parte da administração direta do Governo estadual. [177] Conforme dados de 2009, 83,05% da população
estadual  tinha  acesso  à  água  potável,  no  referido  ano,  e  58%  tinha  acesso  à  rede  de  esgoto  sanitário. [178]  A
primeira publicação jornalística no estado do Amazonas surgiu em 1850, ano de sua emancipação política, e
chamava­se A Província do Amazonas. [179] O jornal teve pouco tempo de duração, encerrando suas atividades
em 1852. [180] Apesar deste ter sido o primeiro periódico a circular na então província, a primeira publicação a
ser impressa no estado foi o jornal Cinco de Setembro, que iniciou suas atividades em maio de 1851 e dedicava­
se  a  publicar  atos  governamentais,  tais  como  anúncios  sobre  escravos  fugitivos  e  as  realizações  do  Império
brasileiro. [179] Em 1854, o jornal renomeou­se para Estrella do Amazonas. [179]

Grande  parte  dos  periódicos  que  surgiram  no  Amazonas,  no  século  XIX,  exibiam  suas  publicações  em
português, por isso viam suas atividades serem ameaçadas, pelo fato de a maioria da população do Amazonas
falar o nhengatu naquela época. [179]  Além  destes  dois,  destacaram­se  ainda  os  jornais  O  Argos,  publicação
lançada em 1870 e defensora dos interesses republicanos, O Abolicionista do Amazonas, cujo surgimento deu­
se em 1884 através de um grupo de mulheres que defendia o fim da escravidão na província amazonense, e O
Humaythaense, o primeiro jornal registrado no interior do estado,  lançado  em  1891  em  Humaitá,  dedicado
principalmente à economia da borracha. Também em Humaitá foi notável o jornal O Madeirense. [179]

O jornal mais antigo em circulação no Amazonas é o Jornal do Commercio, fundado em 2 de janeiro de 1904,
por J. Rocha dos Santos. É ainda, o jornal mais antigo em atividade na Amazônia e um dos mais antigos do
Brasil. [179]  A  exemplo  do  Jornal  do  Commercio,  outros  jornais  impressos  de  destaque,  no  estado,  são:  A
Crítica, lançado em 1949 por Umberto Calderaro Filho; Diário do Amazonas, surgido em 1986; Amazonas Em
Tempo, fundado em 1988; O Estado do Amazonas, lançado em 2002; e Amazônia Oportunidades & Negócios,
também lançada em 2002. [179]

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Cultura
A cultura amazonense tem seu referencial em três raízes étnicas bem distintas entre si, sendo essencialmente
de  base  ameríndia  e  europeia. [181]  A  Secretaria  de  Estado  da  Cultura  é  o  órgão  vinculado  ao  Governo  do
Estado  do  Amazonas  responsável  por  atuar  no  setor  de  cultura  do  estado.  Tem  como  secretário  Robério
Braga. [182] O estado é sede de importantes monumentos e entidades culturais, como a Academia Amazonense
de Letras, fundada em 1918, [183] e a Academia de Ciências e Artes do Amazonas. [184]

Manaus e Parintins possuem traços da imigração japonesa em sua cultura. O Festival Folclórico de Parintins
também é um destaque na cultura amazonense, sendo uma grandiosa referência nacional.

Espaços teatrais
O estado conta com vários teatros. Na capital, destacam­se vários teatros, como o Teatro Amazonas, principal
espaço  de  teatro  e  patrimônio  cultural  arquitetônico  da  região. [185]  Sua  construção  deu­se  em  1882,  sendo
mandado  construir  pelo  governador  Eduardo  Ribeiro,  e  foi  inaugurado  em  1896. [186]  É  um  exemplo  da
opulência  existente  no  apogeu  do  ciclo  da  borracha.  O  Teatro  Amazonas  foi  tombado  como  Patrimônio
histórico em 28 de novembro de 1966, [186] e sedia eventos artísticos como o Festival Breves Cenas de Teatro,
Festival  Amazonas  de  Ópera, [186]  Festival  Amazonas  de  Jazz,  Festival  de  Teatro  da  Amazônia  e  Amazonas
Film Festival. [186] Há também, outros espaços de teatro na capital, Manaus, como o Teatro da Instalação, um
edifício oriundo da Belle­Époque e que chegou a sediar a Ópera dos Três Vinténs. [187] Outros espaços teatrais
são o Teatro Américo Alvarez, Teatro Gebes Medeiros, Teatro Jorge Bonates e Teatro Luiz Cabral. [188]

Festivais
Há registros de diversos festivais nos municípios do estado. Muitos
dos festivais mostram a influência do folclore da região. O Carnaval
de Manaus é realizado todos os anos na cidade, entre os principais
eventos estão o desfile de escolas de samba, o tradicional desfile de
fantasias  (que  acontece  no  Teatro  Amazonas,  próximo  ao  Centro
Histórico de Manaus), além do Carnaboi. [190]

Há  um  grande  desfile  de  escolas  de  samba  em  uma  passarela O desfile de escolas de samba do
construída especialmente para o evento, o Centro de Convenções de Grupo Especial de Manaus é
Manaus, conhecido popularmente como Sambódromo. O primeiro realizado todos os anos no
desfile  oficial  de  escolas  de  samba  em  Manaus  ocorreu  em  1947, sambódromo da cidade. Na foto,
carro abre­alas da escola de samba
sendo  que  a  Escola  de  Samba  Mixta  da  Praça  14  de  Janeiro  foi  a
GRC Primos da Ilha, em 2016.[189]
campeã. Até 1979 os desfiles eram realizados na Avenida Eduardo
Ribeiro. De 1980 a 1990 passou à Avenida Djalma Batista, na Zona
Centro Sul, e a partir de 1992 no Sambódromo, que possui a maior capacidade de público do Brasil (100 mil
pessoas),  localizado  no  bairro  Dom  Pedro,  Zona  Centro­Oeste.  Superando  sambódromos
como  Anhembi  em  São  Paulo  (30  mil  pessoas)  e  o  Sapucaí  no  Rio  de  Janeiro  (72.5  mil).  A  pista  do
sambódromo possui 400 metros de extensão e 12 metros de largura, sendo que os desfiles das escolas de samba
são quinta (Grupo de Acesso C), sexta (Grupos de Acesso A e B) e sábado (Grupo Especial). Além disso, há o
Carnaboi, evento que reúne vários levantadores de toadas e bois­bumbá de Manaus e do Festival Folclórico de
Parintins.

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Outro festival de destaque nacional é o Festival Folclórico de Parintins, que se realiza no município de mesmo
nome no fim do mês de junho e tem como atração principal a modalidade competitiva entre o Boi Caprichoso,
boi  preto  com  a  estrela  azul  na  testa,  cujas  cores  são  o  preto  e  o  azul,  e  o  Boi  Garantido,  boi  branco  com  o
coração vermelho na testa, cujas cores emblemáticas são o vermelho e o branco. [191][192] O Festival Folclórico
de  Parintins  é  tido  como  o  segundo  maior  evento  folclórico  e  popular  do  Brasil,  perdendo  somente  para  o
Carnaval. [191]

O festival organizado realiza­se desde a década de 1960, embora a
criação  dos  bois  é  oriunda  do  início  do  século  XX.  Caracteriza­se
pela  exposição  dos  ritos,  costumes  e  histórias  dos  nativos,
apresentados  pelas  duas  agremiações  folclóricas. [191]  Diversos
personagens  podem  ser  vistos  no  festival,  entre  estes  um
apresentador  oficial,  chamado  de  levantador  de  toadas;  o  amo  do
Boi;  a  sinhazinha  da  fazenda;  os  elementos  típicos  da  região  e  as
lendas  da  Amazônia;  a  porta  estandarte,  a  rainha  da  festa  e  a
Cunhãporanga, um mito feminino folclórico. [191] O Boi Garantido
O Festival Folclórico de Parintins é
um exemplo de turismo cultural. É foi criado por Lindolfo Monteverde, descendente de açorianos, em
um dos principais atrativos turísticos 1913, e o Boi Caprichoso provavelmente foi criado no mesmo ano,
do estado do Amazonas.[193] por  Roque  e  Antônio  Cid,  migrantes  do  Ceará,  e  Furtado
Belém. [192][nota  3]  As  duas  figuras  folclóricas,  ao  tempo  de  suas
fundações, costumavam brincar em terreiros e saíam nas ruas onde confrontavam­se com desafios e inevitáveis
brigas,  dando  origem  à  rivalidade  existente  até  os  dias  atuais. [192]  Há  registros  de  outras  agremiações
folclóricas em Parintins também chamadas de bois, como o Boi Bumbá Campineiro, entretanto, apenas os bois
Garantido e Caprichoso permaneceram. [192] A data de realização do evento popular, historicamente realizado
nos dias 28, 29 e 30 de junho, foi modificada em 2005 por uma lei municipal, transferindo­o para o último fim
de semana do mês. [191] Além de Parintins, há outros festivais nas cidades do estado: o Festival de Ciranda de
Manacapuru,  uma  manifestação  folclórica  surgida  em  1985,  que  consiste  na  disputa  de  cirandas,
representadas pelas agremiações Flor Matizada, Tradicional e Guerreiros Mura;[194] o Festival  da  Canção  de
Itacoatiara,  um  festival  de  música  realizado  desde  1985  em  Itacoatiara;[195]  a  Festa  do  Guaraná,  uma
manifestação  folclórica  que  apresenta  lendas  e  mitos  indígenas  do  Amazonas,  em  Maués;[196]  o  Festival  do
Mestiço, realizado nas cidades de Autazes, Careiro da Várzea e Manaus[197] e a Festa da Melancia, realizada em
Manicoré. [198]

Turismo e artesanato
O Amazonas recebeu o prêmio de melhor destino verde da América
Latina,  prêmio  este  concedido  em  votação  feita  pelo  mercado
mundial  de  turismo,  durante  a  World  Travel  Market,  ocorrido  em
Londres  em  2009. [199]  Em  2010,  em  uma  pesquisa  feita  entre  os
turistas, o turismo foi avaliado como satisfatório, com 92,4% entre
os  turistas  nacionais  e  94%  entre  os  turistas  estrangeiros. [200]
Manaus, capital estadual, é tida como o 7º melhor destino turístico
no Brasil, conforme pesquisa do TripAdvisor, anunciada durante a
5ª  edição  do  Travelers  Choice  Destinations  em  21  de  maio  de Conjunto arquitetônico da alfândega
2013. [201][202] De acordo com a pesquisa, os maiores atrativos são do Porto de Manaus.
os  hotéis  de  selva,  museus  e  atrativos  naturais,  como  reservas
florestais. [201] O artesanato do estado é originalmente de cultura indígena e possui traços da biodiversidade da
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Amazônia. Usa­se objetos e utensílios pessoais e domésticos, oriundos da floresta, como sementes de frutos,
folhas, penas de aves, raízes, fibras vegetais, palhas e outros elementos da natureza. A produção do artesanato
dar­se­á em aldeias indígenas das tribos Tukano, Dessana e Baniwa, no Alto Rio Negro, e da tribo Tikuna e
Kokama, no Alto Solimões. Também há incentivo ao artesanato produzido por famílias ribeirinhas e caboclas,
que  geralmente  vivem  afastadas  dos  centros  urbanos  do  estado.  Além  do  artesanato  feito  com  utensílios
modelados da floresta, também é possível encontrar produtos e cosméticos naturais produzidos a partir destas
ferramentas, em formato artesanal. [203][204]

Há espaços dedicados à comercialização do artesanato, assim como a divulgação deste como parte de cultura.
Um  destes  espaços  permanentes  são  a  Central  de  Artesanato  Branco  e  Silva,  o  Mercado  Municipal  Adolpho
Lisboa,  o  Centro  Cultural  Povos  da  Amazônia,  a  Praça  Tenreiro  Aranha  e  a  Praia  da  Ponta  Negra.  Também
realiza­se  no  Amazonas,  anualmente,  a  Feira  de  Artesanato  de  Parintins  e  a  Feira  de  Artesanato
Mundial. [205][206]

Culinária e frutos
Considerada a mais exótica do país, [207] a culinária amazonense é a que mais preservou as origens ameríndias,
tendo sofrido pouca influência europeia e africana. [207] Os principais ingredientes usados na composição dos
pratos típicos do Amazonas são os peixes de água doce, a farinha de mandioca (também chamada de farinha
do Uarini), jambu, chicória e frutas regionais. [207]

Por  estar  situado  na  maior  bácia  hidrográfica  do  planeta,  o


Amazonas possui mais de duas mil espécies de peixes. O pescado é
usado  na  maior  parte  da  culinária  típica  da  região,  hábito  este
influenciado  pelos  costumes  ameríndios  e  europeus. [208] Além do
pescado,  a  mandioca  também  é  muito  usada  nos  pratos  típicos
amazonenses,  sendo  uma  influência  indígena  com  técnicas  de
plantio e cultivo. [208] Entre os pratos tradicionais do estado, estão
o Pirão, Tacacá, Caldeirada, Tucupi, X caboquinho, Chibé, Pirarucu
à  casaca,  Leite  de  castanha,  Paxicá  e  Tucunaré  de  Forno. [207]  O
Cupuaçu, fruto típico da Amazônia.
Amazonas,  assim  como  a  Amazônia,  apresenta  mais  de  uma
centena de espécies comestíveis, as denominadas frutas regionais, e
em muitas vezes apresentando um exótico sabor para as suas sobremesas. Concentra a maior diversidade de
frutas do mundo. [209] O açaí, fruto oriundo de uma palmeira amazônica, é o mais conhecido no mundo, em
grande parte devido ao suco feito com a polpa do fruto, conhecido como "vinho de açaí" e comercializado em
lojas no Brasil e exterior. [210] O Araçá­boi é outro fruto nativo do Amazonas e da Amazônia Legal que tornou­se
bastante  apreciado  pelo  mercado  internacional. [211]  O  cupuaçu,  fruto  amazônico  também  muito  conhecido,
pertence  à  família  das  esterculiáceas  e  acredita­se  ser  parente  do  cacau.  O  fruto  é  comumente  usado  para  a
fabricação de balas, bolos e tortas, além de refrescos, sorvetes e cremes. [212]

Outros  frutos  de  origem  amazônica  são  o  guaraná,  o  bacuri  e  o  buriti. [213][214]  O  guaraná  é  um  arbusto
cultivado principalmente em Maués, pertencente à família Sapindaceae. O fruto possui grande quantidade de
cafeína e estimulantes, sendo usado na fabricação de xaropes, pós e refrigerantes. [213] O bacuri é um fruto com
polpa agridoce e ainda em ascensão. [214] O buriti, além de cosmetível, é usado principalmente na fabricação de
cosméticos  e  remédios. [215]  Há  outros  frutos,  tais  como  o  tucumã,  pupunha,  graviola, [216]  Bacaba, [217]
patauá, [218] marimari[219] e Camu­camu. [216]

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Esportes
Na área esportiva, a Secretaria de Estado da Juventude, Desporto e
Lazer  (SEJEL­AM),  é  o  órgão  do  governo  estadual  com  a  missão
principal  de  estabelecer  diretrizes,  desenvolver  e  executar  ações
relativas à prática de esporte no estado. [220] Desde 1914, o estado
realiza  o  Campeonato  Amazonense  de  Futebol,  sob
responsabilidade  da  Federação  Amazonense  de  Futebol,  existente
desde 26  de  setembro  de  1962. [221]  O  evento  teve  caráter  amador
até 1963, e passou a ter caráter profissional a partir de 1964. Antes
Vista aérea da Arena Amazônia, em
da criação da Federação Amazonense de Futebol, os campeonatos e Manaus, uma das sedes da Copa do
demais eventos esportivos no estado eram administrados por ligas. Mundo FIFA de 2014 e dos Jogos
A primeira delas, Liga amazonense de Foot­ball, foi fundada em 15 Olímpicos de 2016.
de janeiro de 1914 e em 1916 passou a chamar­se Liga Amazonense
de  Sport  Athléticos  (LASA),  tendo  durado  até  1917. [222]  Após  esta,  criou­se  a  Federação  Amazonense  de
Desportos  Atléticos  (FADA). [222]  Há  alguns  clubes  de  futebol  sediados  no  estado  conhecidos  em  âmbito
regional e nacional, sendo os principais o Nacional Futebol Clube, São Raimundo Esporte Clube, Fast  Clube,
Atlético Rio Negro, Princesa do Solimões, Sul América Esporte Clube, Nacional Borbense, Iranduba, Operário,
Manaus  Futebol  Clube,  dentre  outros. [223][224][225][226]  Entre  estes  clubes,  o  detentor  do  maior  número  de
títulos no Campeonato Amazonense de Futebol é o Nacional Futebol Clube, seguido por Atlético Rio Negro, São
Raimundo, Fast Clube e Sul América. [222] Acredita­se que 1906 foi o primeiro ano em que partidas de futebol
foram  registradas  no  Amazonas.  Essas  partidas  ocorreram  no  Campo  do  Parque  Amazonense,  onde
atualmente encontra­se o Parque dos Bilhares, e foram iniciativas de marinheiros, empresários e despachantes
britânicos  que  imigravam  para  o  Amazonas. [222]  Nesse  mesmo  espaço  também  ocorreram  outras  atividades
esportivas, como corrida de cavalos. [222] O primeiro estádio de futebol de grande porte construído no estado foi
o Estádio Vivaldo Lima, inaugurado em 5 de abril de 1970[227] e conhecido também como Coliseu do Norte,
Tartarugão e Vivaldão. [222]  O  estádio  foi  remodelado  em  1995  e  demolido  em  2010,  para  a  construção  da
Arena Amazônia, que sediou partidas da Copa do Mundo de 2014. [228]

O estado é o único no Brasil a realizar a Copa Indígena, evento esportivo que tem como alvo os Povos Indígenas
do Amazonas. [229][230] O evento foi iniciado a partir de 2009. A Copa Indígena consiste na disputa de clubes
de  futebol  formado  apenas  por  etnias  indígenas  que  disputam  entre  si. [229]  Outros  eventos  esportivos  são
realizados e sediados no estado, como os Jogos Escolares do Amazonas (JEA'S), que consiste na disputa entre
escolas, públicas e privadas, em várias modalidades esportivas como torneio de vôlei de praia, [231] torneio de
futsal, [232]  torneio  de  voleibol, [233]  entre  outros.  Nos  últimos  anos,  o  atletismo,  o  judô  e  o  tênis  de  mesa,
regulamentados pela Federação Amazonense de Atletismo (Feama), Federação Amazonense de Judô (Fejama)
e  Federação  de  Tênis  de  mesa  do  Amazonas  (Ftma),  respectivamente,  ganharam  bastante  espaço  entre  os
esportes no Amazonas. [234] Outras modalidades esportivas que também ganharam espaço nos últimos anos
são  as  Artes  marciais  mistas,  em  especial  o  Jiu­jitsu,  taekwondo,  boxe  e  Muay  thai.  O  Muay  thai  é
regulamentado  pela  Federação  Amazonense  de  Boxe  Tailandês­Muay  Thai  (FABT)  e  reconhecido  no  estado
desde  1987.  O  lutador  José  Aldo,  um  dos  maiores  lutadores  brasileiros  na  modalidade,  é  natural  do
estado. [235] O Amazonas já sediou eventos esportivos internacionais, como a Copa América masculina de Vôlei
em 2007, o Pan­Americano Cadete de Luta Olímpica em 2010 e o Ultimate Fighting Championship (UFC) em
2012. [236][237] . A capital do Estado também possui um complexo olímpico de esportes, a Vila Olímpica Danilo
Duarte de Mattos Areosa[238] , gerida pelo Governo do Estado. Manaus foi uma das cidades­sede da Copa do
Mundo de 2014. [239][240]

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Feriados
No  estado  do  Amazonas,  há  dois  feriados  estaduais:  o  dia  5  de  setembro,  em  homenagem  à  Elevação  do
Amazonas à categoria de província, ocorrida em 1850, e o dia 8 de dezembro, em homenagem à Nossa Senhora
da Conceição, tida como padroeira do estado. [241]

Notas e referências

Notas
1.  Além de São Gabriel da Cachoeira, os municípios de Pomerode, em Santa Catarina, e Santa Maria de
Jetibá, no Espírito Santo, reconhecem como língua cooficial secundária as línguas alemã e pomerano.
2.  A língua oficial da República Federativa do Brasil é o português (Art. 13 da Constituição da República
Federativa do Brasil). É ainda reconhecida e protegida oficialmente e a linguagem brasileira de sinais (lei n°
10.436 de 24 de abril de 2002). Além disso, as línguas tucano, nhengatu e baniua são reconhecidas
oficialmente no município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.
3.  As datas precisas de criação dos Bois Garantido, Caprichoso, dentre outros, variam em uma história que é
basicamente oral e da qual participa o fator rivalidade. Não há registros escritos para a data de fundação
destas figuras folclóricas.

Referências
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Federação» (http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/areaterritorial/principal.shtm). Consultado em 9 de
setembro de 2013. Cópia arquivada em 9 de outubro de 2014 (http://web.archive.org/web/20141009143842/h
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2.  «Estimativa populacional para 2018» (ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/Estimativas_2018/esti
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Ligações externas
Página oficial do governo do Amazonas (http://www.amazonas.am.gov.br/) (em português)
Página oficial da Assembleia Legislativa do Amazonas (http://www.ale.am.gov.br/) (em português)
Página oficial do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (http://www.tjam.jus.br/) (em português)

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