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Amazonas
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Amazonas é uma das 27 unidades
Estado do Amazonas
federativas do Brasil. Está situado na
Região Norte, sendo o maior estado do país
em extensão territorial, com uma área de
1 559 146,876 km², constituindose na
nona maior subdivisão mundial, sendo
maior que as áreas da França, Espanha,
Suécia e Grécia somadas. [7] Seria o décimo
sexto maior país do mundo em área
Bandeira Brasão
territorial, pouco superior à Mongólia. É
maior que as regiões Sul e Sudeste juntas, e Hino: Hino do estado do Amazonas
equivale a 2,25 vezes a área do estado
Gentílico: amazonense
norteamericano do Texas. A área média de
seus 62 municípios é de 25 335 km²,
superior à área do estado brasileiro de
Sergipe. O maior de seus municípios em
extensão territorial é Barcelos, com 122 476
km² e o menor é Iranduba, com 2 215 km².
Sua capital é o município de Manaus e seu
atual governador é Wilson Miranda Lima.
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Índice
Etimologia
História
Primórdios
Presença dos missionários
Desmembramentos do Maranhão, separação do GrãoPará e elevação à categoria de Província
Ciclo da borracha
Industrialização e metropolização
Geografia
Relevo
Geologia
Clima
Vegetação
Hidrografia
Ecologia
Demografia
Etnias
Segurança pública e criminalidade
Religião
Habitação e condições de vida
Política
Símbolos estaduais
Bandeira
Brasão
Hino
Subdivisões
Economia
Setor primário
Setor secundário
Setor terciário
Infraestrutura
Saúde
Educação
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Transportes
Serviços e comunicações
Cultura
Espaços teatrais
Festivais
Turismo e artesanato
Culinária e frutos
Esportes
Feriados
Notas e referências
Notas
Referências
Ver também
Ligações externas
Etimologia
O nome Amazonas foi originalmente dado ao rio que banha o estado pelo capitão espanhol, Francisco de
Orellana, quando o mesmo desceu em todo o seu comprimento, em 1541. Afirmando ter encontrado uma tribo
de índias guerreiras, [19] com a qual teria lutado e associandoas às amazonas da mitologia grega, deulhes o
nome, "Río de las Amazonas". [20][21][22][23].
História
Primórdios
Pelo Tratado de Tordesilhas (1494), todo o vale
amazônico se encontrava nos domínios da Coroa
espanhola. [24] A foz do rio Amazonas só foi
descoberta por Vicente Yáñez Pinzón, um navegador
espanhol que a alcançou em fevereiro de 1500,
seguido por seu primo Diego de Lepe, em abril do A conquista do Amazonas, 1907, Museu Histórico
mesmo ano. [25] Em 1541, outros espanhóis, Gonzalo do Pará.
Pizarro e Francisco de Orellana, partindo de Quito, no
atual Equador, atravessaram a cordilheira dos Andes e exploraram o curso do rio até ao Oceano Atlântico. A
viagem, que durou de 1540 a 1542, foi relatada pelo dominicano frei Gaspar de Carvajal, que afirmou que os
espanhóis lutaram com mulheres guerreiras, nas margens do rio Marañón, disparavamlhes flechas e dardos
de zarabatanas. [26][27] O mito de mulheres guerreiras às margens do rio difundiuse nos relatos e livros, sem
escopo popular algum, [28] mesmo assim fazendo com que aquelas regiões viessem a receber o nome das
guerreiras da mitologia grega, as amazonas entre eles o maior rio da região, que passou a ser conhecido como
rio das Amazonas. [29]
Ainda no século XVI, os espanhóis realizaram outra expedição similar à de Orellana. Pedro de Ursua, vindo do
Peru, também navegou o Amazonas, em busca do lendário Eldorado (15591561). Ursua foi assassinado a meio
caminho, e a expedição prosseguiu comandada por Lopo de Aguirre, que chegou ao oceano em 1561. Como
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resultado dessa jornada os espanhóis decidiram, cientes das dificuldades de conquistar tão vasto espaço, adiar
a tarefa de colonizálo. [27][30]
As expedições de Orellana e Pedro Teixeira percorreram todo o rio Amazonas, desde
a foz (à direita) até o Equador (à esquerda).
Quase de imediato os ingleses e os holandeses, que disputavam o domínio da América aos ibéricos,
entregaramse à exploração do Amazonas, lançando aí as primeiras bases de implantações coloniais, através
do levantamento de feitorias e pequenos fortes, em 1596, chamadas de "drogas do sertão". Ainda assim, a
região não possuía uma ocupação efetiva. Até o segundo decênio do século XVII, quando os portugueses
começaram a ultrapassar a divisória de Tordesilhas, as companhias de Londres e Flessingen promoviam um
ativo comércio de madeiras e pescado, iniciando mesmo plantios de cana, algodão e tabaco. Os próprios
governos passaram a estimular abertamente a empresa. Robert Harcourt obteve cartapatente de Jaime I da
Inglaterra para explorar o território do Amazonas com seus sócios (1612). Somente durante a Dinastia Filipina
(15801640) a Coroa hispanoportuguesa se interessou pela região, com a fundação de Santa Maria das Graças
de Belém do GrãoPará (atual Belém em 1616), sendo dignas de registro a expedição do Capitãomor da
Capitania do GrãoPará e Cabo, Pedro Teixeira, que percorreu o grande rio do Oceano Atlântico até Quito, com
setenta soldados e 1.200 indígenas, em quarenta e sete canoas grandes (16371639), [31] e logo em seguida a de
Antônio Raposo Tavares, cuja bandeira, saindo da capitania de São Vicente, atingiu os Andes, retornando pelo
rio Amazonas até Belém, percorrendo um total de cerca de 12.000 quilômetros, entre 1648 e 1651. [30][32]
Presença dos missionários
Na virada do século XVII, balizavase na Amazônia o domínio
português, devido ao posto avançado de Franciscana, a oeste, e por
fortificações em Guaporé, ao norte da região. Os franceses,
instalados em Caiena, tinham como objetivo descer o litoral para
alcançar o Amazonas, instigando surtidas constantes de
sacerdotes, pescadores e predadores de índios. Assim, as
expedições lusas de reconhecimento enfrentavam grandes
dificuldades na atual região do Amazonas: no rio Negro, os
manaós, tidos como índios valentes e resistentes, coligaramse com Busto de Francisco de Orellana, o
tribos vizinhas, e os torás, na bacia do Madeira, entregavamse a descobridor europeu do Rio
guerra de morte contra sertanistas e coletores de especiarias. Na Amazonas.
zona do rio Solimões, a penetração portuguesa acabou por se
defrontar com missões castelhanas, dirigidas pelo jesuíta Samuel Fritz. Por ordens vindas de Lisboa, as forças
militares invadiram o território das missões espanholas, expulsando os padres e soldados que as amparavam.
Como efeito, entre 1691 e 1697, Inácio Correia de Oliveira, Antônio de Miranda e José Antunes da Fonseca
apossaramse do Solimões, enquanto Francisco de Melo Palheta garantia o domínio lusitano no alto Madeira e
Belchior Mendes de Morais invadia a bacia do Napo. O imenso espaço conquistado tornouse produtivo. A
coroa portuguesa, necessitando assim consolidar sua posição, solicitou o trabalho missionário na área. [30]
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Com o objetivo de catequizar os indígenas, vários leigos e religiosos jesuítas espanhóis fundaram várias
missões no território amazonense. Essas missões, cuja economia tinha como atividade a dependência do
extrativismo e da silvicultura, foram os locais de origem dos primeiros mestiços da região. Sofreram
posteriormente seguidas invasões de outros indígenas inconformados com a invasão ao seu território e de
conquistadores brancos. Brancos, acompanhados por nativos, aprisionavam índios rivais para vendêlos como
escravos. A destruição das missões espalhou o desmatamento pelo território. [33][34]
Foram os carmelitas, juntamente com os inacianos e mercedários,
que mais aprofundaram a colonização nos antigos domínios
espanhóis, ocupando a área atual do estado do Amazonas.
Espalhavase as missões jesuíticas pelo vale contíguo do Tapajós e,
mais a oeste, pelo Madeira, enquanto os mercedários se
estabeleceram próximo à divisa com o Pará, nos cursos do Urubu e
do Uatumã. Os carmelitas disseminaram seus aldeamentos ao
longo do Solimões, do Negro e, ao norte, do Branco, no atual estado
de Roraima. [30] Objetivando converter os gentios à fé católica e de
Mapa de 1562 da região do Rio
ampliar o comércio de especiarias, os religiosos transferiam suas
Amazonas.
missões de um ponto a outro com freqüência, seguindo sempre a
margem dos rios. Da multiplicidade desses aldeamentos, surgiram
dezenas de povoados, a exemplo de Cametá, no deságue do Tocantins; Airão (hoje Velho Airão, uma cidade
fantasma); Carvoeiro, Moura e Barcelos, no rio Negro; Santarém, na foz do Tapajós; Faro, no rio Nhamundã;
Borba, no rio Madeira; Tefé, São Paulo de Olivença e Coari, no Solimões; e em continuação, no curso do
Amazonas, Itacoatiara e Silves. [30] A partir do século XVIII, o Amazonas passou a ser disputado por
portugueses e espanhóis que habitavam a bacia do rio Amazonas. Essa luta desencadeou a disputa pela posse
da terra, o que motivou a formação de grandes latifúndios. A região do alto rio Amazonas foi considerada
estratégica tanto para a diplomacia espanhola por representar via de acesso ao Vicereino do Peru , quanto
para a diplomacia portuguesa, especialmente a partir da descoberta de ouro nos sertões de Mato Grosso e de
Goiás, escoado com rapidez pela bacia do rio Amazonas. É nesse contexto que se inserem as instruções secretas
passadas por Sua Majestade ao Governador e Capitão General da Capitania do GrãoPará, João Pereira
Caldas, para que fossem fundadas sete feitorias pelo curso dos rios amazônicos, de Belém até Vila Bela do
Mato Grosso e à capital da Capitania do rio Negro, para apoiar o comércio (contrabando), com as províncias
espanholas do Orinoco (Venezuela), de Quito (Equador), e do Peru, comércio esse que antes se fazia com a
Colônia do Sacramento (Instrução Secretíssima, c. 1773. Museu Conde de Linhares, Rio de Janeiro). A
assinatura do Tratado de Madrid (1750) ratificou essa visão, tendo a Coroa portuguesa feito valer também na
região o princípio do "uti possidetis", apoiado por uma linha de posições defensivas que, mesmo virtualmente
abandonadas após o Consulado Pombalino (17501777) e durante o século XIX, legariam à diplomacia da
nascente República brasileira os seus atuais contornos fronteiriços. [35]
Dentro do projeto de ocupação do sertão amazônico, constituiuse a Capitania Real de São José do Rio Negro
pela Carta régia de 3 de março de 1755, com sede na aldeia de Mariuá, elevada a vila de Barcelos em 1790. No
início do século XIX, a sede do governo da Capitania foi transferida para a povoação da barra do Rio Negro,
elevada a Vila da Barra do Rio Negro para esse fim, em 29 de março de 1808. [36] À época da Independência do
Brasil em 1822, os moradores da vila proclamaramse independentes, estabelecendo um Governo Provisório. A
região foi incorporada ao Império do Brasil, na Província do Pará, como Comarca do Alto Amazonas em
1824. [37]
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Ganhou a condição de Província do Amazonas pela Lei n° 582, de 5
de setembro de 1850, sendo a Vila da Barra do Rio Negro elevada a
cidade com o nome de Manaus pela Lei Provincial de 24 de outubro
de 1848 e capital em 5 de janeiro de 1851. [37] A partir do século
XIX, o território começou a receber migrantes nordestinos que
buscavam melhores condições de vida na maior província
brasileira. Atraídos pelo ciclo da borracha, os nordestinos se
instalaram em importantes cidades amazonenses, como Manaus,
Tabatinga, Parintins, Itacoatiara e Barcelos, a primeira capital do Barcelos foi primeira sede
administrativa da Capitania de São
Amazonas. [37]
José do Rio Negro.
Desmembramentos do Maranhão, separação do GrãoPará e elevação à
categoria de Província
O que hoje é reconhecido como Amazônia, nos primeiros anos do
século XVII era denominado Estado do Maranhão e a única cidade
existente era a de São Luís, que concentrava todo o poder do
Estado. As regiões central e oeste foram ocupadas apenas por
ordens religiosas que subdividiram em áreas de missões e
aldeamentos de atuação de Jesuítas, Carmelitas, Dominicanos e
Franciscanos, o que variou ao longo do tempo, particularmente,
desde o fim da Companhia de Jesus, em meados do século XVIII.
Ao tempo em que as Ordens Religiosas dominavam o interior do
vale Amazônico, o Governo do Estado do Maranhão promovia a
distribuição de terras para particulares fundarem suas capitanias.
Nesse contexto, capitanias de duas naturezas diferentes foram Províncias imperiais do Brasil em
fundadas: As Capitanias da Coroa ou Reais, e as Capitanias 1822.
Particulares. [38]
O Estado do Maranhão virou "GrãoPará e Maranhão" em 1737 e sua sede foi transferida de São Luís para
Belém do Pará. O tratado de Madri de 1750 confirmou a posse portuguesa sobre a área. Para estudar e
demarcar os limites, o governador do Estado, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, instituiu uma comissão
com base em Mariuá em 1754. Em 1755 foi criada a Capitania de São José do Rio Negro, no atual Amazonas,
subordinada ao GrãoPará. As fronteiras, então, eram bem diferentes das linhas retas atuais: o Amazonas
incluía Roraima, parte do Acre e se expandia para sul com parte do que hoje é o Mato Grosso. O governo
colonial concedeu privilégios e liberdades para quem se dispusesse a emigrar para a região, como isenção de
impostos por 16 anos seguidos. No mesmo ano, foi criada a Companhia Geral do Comércio do GrãoPará e
Maranhão para estimular a economia local. Em 1757 tomou posse o primeiro governador da capitania,
Joaquim de Melo e Póvoas, e recebeu do Marquês de Pombal a determinação de expulsar à força todos os
jesuítas (acusados de voltar os índios contra a metrópole e não lhes ensinar a língua portuguesa). [38]
Em 1772, a capitania passou a se chamar GrãoPará e Rio Negro e o Maranhão foi desmembrado. Com a
mudança da Família Real para o Brasil, foi permitida a instalação de manufaturas e o Amazonas começou a
produzir algodão, cordoalhas, manteiga de tartaruga, cerâmica e velas. Os governadores que mais trabalharam
pelo desenvolvimento até então foram Manuel da Gama Lobo d'Almada e João Pereira Caldas. Em 1821, Grão
Pará e Rio Negro viraram a província unificada do GrãoPará. No ano seguinte, o Brasil proclamou a
Independência. [38]
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Em meados do século XIX foram fundados os primeiros núcleos que deram origem às atuais cidades de Borba,
Itacoatiara, Parintins, Manacapuru e Careiro. A capital foi situada em Mariuá (entre 17551791 e 17991808), e
em São José da Barra do Rio Negro (17911799 e 18081821). Uma revolta em 1832 exigiu a autonomia do
Amazonas como província separada do Pará. A rebelião foi sufocada, mas os amazonenses conseguiram enviar
um representante à Corte Imperial, Frei José dos Santos Inocentes, que obteve no máximo a criação da
Comarca do Alto Amazonas.
Ciclo da borracha
A partir de 1890, Manaus, que já se ostentava como capital do estado administrativo, experimentou um
grandíssimo avanço populacional e econômico, resultante principalmente da exportação de matéria prima
oriunda e até então, exclusiva da Amazônia. Com as riquezas geradas pela produção e exportação da borracha
natural (Hevea brasiliensis), a capital amazonense recebeu grandes obras como o Porto de Manaus, o Teatro
Amazonas, o Palácio da Justiça, o Reservatório do Mocó, a primeira rede de energia elétrica e os serviços de
transporte coletivo em bondes. [45]
Tida como uma referência, Manaus tornouse símbolo de prosperidade e civilização, sendo palco de
importantes acontecimentos artísticos e culturais. Floresceu então, o comércio de produtos luxuosos e
supérfluos, com homens e mulheres de todo o mundo desfilando por suas ruas e avenidas, na sede da compra
do "Ouro Negro", como era chamada a borracha natural, para revender com grandes lucros nas principais
capitais da Europa e nos Estados Unidos. [45] A partir de 1910, tempos difíceis iniciamse para a cidade, devido
à forte concorrência da borracha natural plantada nos seringais da Malásia, que chega aos mercados europeu e
americano com vantagens superiores, o que acaba por decretar a falência da economia amazonense. [45]
Industrialização e metropolização
A Zona Franca de Manaus[46] foi um projeto de desenvolvimento sócioeconômico implantado através da Lei
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Teatro Amazonas (esquerda) e Mercado Municipal de Manaus (direita), ambos construídos com as
riquezas provenientes da borracha.
Nº 3.173 de 6 de junho de 1957, que reformulava, ampliava e
estabelecia incentivos fiscais para implantação de um pólo
industrial, comercial e agropecuário numa área física de 10 mil
km², tendo como sede a cidade de Manaus. Apesar da aprovação
em 1957, tal projeto só foi de fato, implantado, pelo DecretoLei Nº
288, de 28 de fevereiro de 1967. [45]
O projeto foi implantado pelo regime militar brasileiro. A princípio,
os benefícios desse projeto se estendiam à Amazônia Ocidental,
formada pelos estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. Praça 15 de Novembro, Manaus,
Em 20 de agosto de 2008, foi criada a Área de Livre Comércio de 1906. Arquivo Nacional.
Macapá, que foi incluída no Conselho da Superintendência da Zona
Franca de Manaus (Suframa) e assim, o Amapá recebeu o mesmo
benefício destinado aos estados. [47] A criação da Zona Franca de
Manaus visava promover a ocupação populacional dessa região e
elevar o nível de segurança para manutenção da sua integridade,
além de refrear o desmatamento na região e garantir a preservação e
sustentabilidade da biodiversidade presente. [48] Em seus 44 anos
de existência, a história do modelo da Zona Franca de Manaus é
dividida em quatro fases: A primeira, de 1967 a 1975, caracterizava
a política industrial de referência no país pelo estímulo à Mapa do Estado do Amazonas,
substituição de importações de bens finais e formação de mercado 1966. Arquivo Nacional.
interno; a segunda, de 1975 a 1990, caracterizouse pela adoção de
medidas que fomentassem a indústria nacional de insumos, sobretudo no estado de São Paulo; a terceira, de
1991 e 1996, entrou em vigor a Nova Política Industrial e de Comércio Exterior, marcada pela abertura da
economia brasileira, redução do Imposto de Importação para o restante do país e ênfase na qualidade e
produtividade, com a implantação do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBPQ) e Programa
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de Competitividade Industrial; e a quarta e última, de 1996 a 2002, marca sua adaptação aos cenários de uma
economia globalizada e pelos ajustes demandados pelos efeitos do Plano Real, como o movimento de
privatizações e desregulamentação. [48]
Ao longo da década de 1990, o Amazonas destacouse por ser um
dos estados brasileiros de maior crescimento populacional e
econômico. Manaus figura como uma das cinco capitais estaduais
brasileiras com maior crescimento populacional, com 2,51% de
crescimento anual. Em dez anos, o estado registrou 28,22% de
crescimento populacional, passando de 2,8 milhões em 2000 para
3,4 milhões em 2010. [49] Em relação à história recente no fator
econômico, o estado integra o chamado "grupo intermediário", que
fica entre o "grupo com maior participação" e o "grupo com menor
Vista parcial de Manaus, capital do
participação", na economia do país, respondendo por 1,6%
Amazonas, durante a noite.
desta. [50]
Nos anos de 2005 e 2010 o estado foi afetado por uma forte estiagem, sobretudo na região sudoeste, na divisa
com o Acre. A estiagem caracterizouse por possuir o menor índice pluviométrico dos últimos 40 anos,
ultrapassando períodos como as secas de 19251926, 19681969 e 19971998, até então consideradas as mais
intensas. Neste período, o transporte hidroviário foi dificultado, populações ribeirinhas foram isoladas e houve
um surto de cólera, vitimando cerca de 159 pessoas, além de prejuízos econômicos. [51][52]
Em abril de 2008, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) elaborou a nova delimitação da
fronteira do Amazonas com o Acre. Assim, o território amazonense reduziuse em 11.583,87 km². A área
perdida corresponde a mais da metade de todo o território do estado de Sergipe, cerca de 7,5% do território do
Acre e pouco mais de 0,7% da área do Amazonas. Com a mudança, sete municípios amazonenses Atalaia do
Norte, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna e Pauini perderam território e parte da população
para municípios do Acre. [53] Atualmente, o Amazonas dividese em 62 municípios. O atual governador é
Amazonino Mendes (PDT) que exerce o cargo desde 4 de outubro de 2017. [54]
Geografia
O estado do Amazonas caracterizase por ser a mais extensa das
unidades federativas do Brasil, com uma superfície atual de
1 559 146,876 km². [8] Grande parte dele é ocupado pela Floresta
Amazônica e pelos rios. [56] O acesso à região é feito principalmente
por via fluvial ou aérea. Apenas o inverno e o verão são bem
definidos e a umidade relativa do ar fica em torno de 80 %, tendo
em vista que a região é cortada pela linha do equador, ao norte. [56]
Faz parte da Região Norte do Brasil, fazendo fronteira com os
estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre ao sul; Pará a leste e
Roraima ao norte, além das repúblicas do Peru, Colômbia e
Venezuela ao sudoeste, oeste e norte, respectivamente. [56] A maior
parte de seu território está no fuso UTC4 (com quatro horas a Pico da Neblina, o ponto mais
elevado do país, localizado em
menos que o horário de Greenwich (GMT), e uma hora a menos em
Santa Isabel do Rio Negro.
relação ao horário de Brasília). Treze municípios no terço oeste do
estado estão no horário UTC5. São eles: Atalaia do Norte,
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Benjamin Constant, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Pauini, São
Paulo de Olivença e Tabatinga. [57] É um dos quatro estados do país
com mais de dois fusos horários em seu território, juntamente com
o Rio Grande do Norte, Pernambuco e Espírito Santo. [58]
Relevo
Apresenta um relevo relativamente baixo, já que 85% de sua
superfície está abaixo de cem metros de altitude. Tem ao mesmo
tempo as terras mais altas, como o pico da Neblina, seu ponto mais
alto, com 2993,78 metros, e o pico 31 de Março, com 2972,66 Serra da Bela Adormecida no
município de São Gabriel da
metros de altitude, ambos situados no município de Santa Isabel
Cachoeira.[55]
do Rio Negro. Há uma grande porcentagem de terras baixas,
comparando aos outros estados do Brasil. [59]
O estado está situado sobre uma ampla depressão, com cerca de 600 km de extensão no sentido sudeste
noroeste, orlado a leste por uma estreita planície litorânea de aproximadamente 40 km de largura média. Isso
faz do estado o maior em relação à terras baixas no Brasil. O planalto desce suavemente para o interior e se
divide em três seções: o planalto, a depressão interior e o planalto ocidental, que formam, ao lado da planície,
as cinco unidades morfológicas do estado. [59]
Geologia
Em 30 de maio de 2006 foi lançado o primeiro Mapa Geológico do Amazonas, que teve por finalidade principal
estudar as potencialidades do solo do estado. De acordo com esse estudo, de um modo geral, os solos
amazonenses são relativamente pobres. Entretanto verificase, principalmente no interior do estado, uma
região propícia a exploração de minerais, como o nióbio, caulim e silvanita. Ainda de acordo com o estudo, no
estado encontrase as três grandes reservas minerais inexploradas do mundo. [60]
O solo amazonense detém mais de 450 milhões de toneladas de silvanita, principal minério existente no
estado, o que faz do Amazonas o maior produtor nacional. Outras riquezas minerais apontadas pelo estudo são
a cassiterita, com uma reserva superior à 400 mil toneladas nos municípios de Presidente Figueiredo e
Urucará; a bauxita, com aproximadamente 1 milhão de toneladas; e o nióbio, estimada em mais de 700 mil
toneladas em São Gabriel da Cachoeira. O potencial do gás natural de Coari, estimado em mais de 62 bilhões
de metros cúbicos, também é estudado no mapa geológico. [60]
Clima
No Brasil, país caracteristicamente tropical, o Amazonas é dominado pelo clima equatorial, predominante
também na Amazônia. [61] As estações do ano apresentamse bastante diferenciadas e o clima é caracterizado
por elevadas temperaturas e altos índices pluviométricos, decorrente principalmente pela proximidade do
estado com a Linha do Equador. [59] Isso também se deve às altas temperaturas, que acabam por provocar uma
grande evaporação, transformandoas em chuvas. [59] A temperatura média no estado é elevada, atingindo
31,4 °C. [59] Em alguns pontos da porção oeste a temperatura média é entre 25 °C e 27 °C e em outros pontos da
porção leste essa média de 26 °C. [62] A menor temperatura já registrada foi de 7,0 °C, em Boca do Acre, em
1975. [63] A umidade relativa do ar varia de 80% a 90% anualmente, uma das maiores registradas no Brasil. [59]
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O regime pluviométrico apresenta índices superiores a 2.000 mm ao ano, sendo bastante elevados. [61] Entre os
meses de maio e setembro, há ocorrência de friagens no sul e parte do centro do estado. Quando estas ocorrem,
as temperaturas diminuem, podendo chegar a 10 °C. [61] Na região leste amazonense, registrase uma pequena
estação seca, com chuvas acentuadas e índices superiores a 2.500 mm ao ano. As temperaturas nesta região
chegam a 26 °C. [61] Na porção norte do estado, a estação seca ocorre principalmente na primavera. [61]
Vegetação
Na vegetação do estado, sobressaem matas de terra firme, várzea e igapós. Toda essa vegetação faz parte da
extensa e maior floresta
tropical úmida do
mundo: a Hileia
Amazônica, que
apresenta uma rica e
complexa diversidade
na composição da flora
do estado e se faz
presente em todo o seu
Formação de igapó no Rio Urubu, território. [59]
Amazonas.
Amazonas pela classificação
Os solos de terra firme situamse em terras altas, geralmente climática de KöppenGeiger.
distantes dos grandes rios. São formadas por árvores alongadas e
finas, que possuem, geralmente, grande quantidade de madeira de
alto valor ecônomico. [64] Há ainda éspécies como a castanhadopará, as palmeiras e o cacauareiro, que
também são encontradas em solos de terra firme. [65] Os solos de terra firme são vermelhos, por se tratar de
uma região úmida e de alta temperatura, e seus elementos químicos principais são hidróxido de alumínio e
ferro, propícios à formação de bauxita e, portanto, pobres para agricultura. [66][67] Até a década de 1970,
acreditavase que os solos da região eram os mais Iixiviados, ácidos e pobres do planeta. A cor avermelhada ou
amarelada encontrada nos solos era um indicativo de óxidos de ferro, o que passou a ser referência da evidência
de que os solos da Amazônia se tomariam laterita, uma substância vista como pedregosa, com o
desmatamento e alteração da vegetação. [67]
As matas de várzea são próprias das áreas periodicamente inundadas pelas cheias dos rios. Apresentam maior
variedade de espécies. Seus solos são os mais férteis da região. [64] São solos jovens, que periodicamente são
enriquecidos de material orgânico e inorgânico, depositados durante a cheia dos rios. A flora do estado
apresenta uma grande variedade de vegetais medicinais, dos quais se destacam andiroba, copaíba e aroeira.
São inúmeras as frutas regionais e entre as mais consumidas e comercializadas estão: guaraná, açaí, cupuaçu,
castanhadobrasil (castanhadopará), camucamu, pupunha, tucumã, buriti e taperebá. [66] As matas de
igapós estão situadas em áreas baixas, próximas ao leito dos rios. Durante quase o ano todo, permanecem
inundadas. São compostas principalmente por árvores altas, que possuem, por sua vez, raízes adaptadas às
regiões alagadas. [66]
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Pôr do sol em Tefé.
Hidrografia
O Amazonas é banhado pela bacia hidrográfica Amazônica, a maior
do mundo, com quase 4 milhões de quilômetros quadrados em
extensão. [69] O rio Amazonas que dá nome ao estado é o
principal de seus rios, com 7.025 quilômetros de extensão desde
sua Nascente, na Cordilheira dos Andes, no Peru, até a sua foz no
Oceano Atlântico. [69]
A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de Um dos maiores espetáculos da
água barrenta, resulta em um fenômeno popularmente conhecido natureza, o Encontro das Águas
como Encontro das Águas. O fenômeno acontece nas proximidades representa a confluência dos rios
do município de Manaus e Careiro, sendo uma das principais Negro, de águas escuras, e
Solimões, de águas barrentas.
atrações turísticas do estado. [68][70]
O rio Madeira, assim como os demais, é pertencente à Bacia do rio Amazonas e banha os estados de
Amazonas e Rondônia. Possui extensão de 1 450 km e é a principal linha divisória entre Brasil e
Bolívia;[70]
O rio Purus possui 1 175 km e nasce no Peru. Está situado no sul do estado;[70]
O rio Juruá, situado na região sudoeste do estado, possui 3 350 km de extensão e banha, além do
Amazonas, os estados de Acre e Roraima. Entretanto, a região do Alto Juruá, na divisa entre Amazonas e
Roraima, não apresenta condições de navegabilidade;[70]
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O rio Uatumã é navegável em apenas 295 quilômetros. Nasce na divisa do estado com Roraima, no
planalto das Guianas. É conhecido por não possuir nenhum núcleo populacional ao longo de seu leito e por
abrigar a Usina Hidrelétrica de Balbina;[70]
O rio Japurá possui inúmeras ilhas em seu leito. Nasce na Colômbia e possui 730 km em território
brasileiro.[70]
Outros rios notáveis no estado são o Uaupés, Coari, Içá, Javari, Tefé, Nhamundá e Jutaí. [70]
Ecologia
No estado, até dezembro de 2010, as Unidades de Conservação de
Proteção Integral (UCPI) e Unidades de Conservação de Uso
Sustentável (UCUS) possuíam, juntas, uma área de 369.788 km²,
equivalente ao estado de Mato Grosso do Sul. Essa área
correspondia a 23,5% do território do Amazonas. [71]
Individualmente, as Unidades de Uso de Proteção Integral
representavam 7,8% da área territorial amazonense, e as Unidades
de Uso Sustentável representavam 15,8% desse total. Comparando
Os rios Negro e Solimões possuem
a extensão de Unidades de Conservação (UCs) no Brasil, o estado
diferentes densidades e
possui a segunda maior extensão, superado apenas pelo Pará, com
temperaturas. Esta é a razão por não
seus 403.155 km². A maior parte delas era administrada pelo se misturarem.[68]
governo estadual.
Parques nacionais
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Ao menos três dos principais parques nacionais brasileiros estão no Amazonas. [71] O principal deles é o Parque
Nacional do Jaú, criado em 1980, através do decretolei nº 85 200. Possui 2,272 milhões de hectares de área e
está situado nos municípios de Novo Airão e Barcelos. [73] É o maior parque nacional do Brasil e o maior de
floresta tropical úmida no mundo. A temperatura média local é de 27 °C. É administrado pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). [73] Também são notáveis os
parques da Amazônia e do Pico da Neblina. O Parque Nacional da Amazônia foi criado pelo decretolei nº
73 683 em 19 de fevereiro de 1974 e está situado entre o Amazonas e Pará. [74] A criação do Parque Nacional do
Pico da Neblina ocorreu em 1979 pelo decretolei nº 83 550. Sua área é de 2,2 milhões de hectares e está situado
no município de São Gabriel da Cachoeira. [75] Abriga o ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina, com 3 014
metros. [76][77]
Parques estaduais
Há diversos parques estaduais no estado, quase todos administrados pelo Instituto de Proteção Ambiental do
Amazonas (IPAAM). [78] Os principais parques estaduais no Amazonas são o Parque Estadual Nhamundá, o
primeiro parque de caráter estadual no estado, instituído pelo decretolei nº 12 836 em 1990, com uma área de
195,9 mil hectares. Situase no município de Nhamundá e possui ecossistemas de várzea e campos naturais,
além de florestas de terra firme, com planícies e serras. Seu acesso é feito por via fluvial;[79] Parque Estadual
Serra do Aracá, criado em 1990, através do decretolei nº 12 836, situado em Barcelos e ocupando uma área de
1,8187 milhões de hectares 15% da área do município; Parque Estadual Rio Negro Setor Norte, localizado em
Novo Airão e com área de 178 620 hectares. Foi estabelecido pelo decretolei nº 16 497 de 2 de abril de 1995 e
engloba 5% da área do município. Abriga as ruínas da cidade fantasma de Velho Airão e sítios
arqueológicos;[80] Parque Estadual Rio Negro Setor Sul, situado entre Manaus e Novo Airão e criado através do
mesmo decretolei do parque anterior. Ocupa uma área de 257 422 hectares, ocupando cerca de 4% da área do
município de Manaus. É usado para o ecoturismo e habitado por comunidades tradicionais, como caboclos e
ribeirinhos. [80] Destacamse ainda os parques de Sumaúma, a única unidade de conservação estadual em área
urbana no Amazonas, situada em Manaus, no bairro Cidade Nova e instituída em 2003;[81] Sucunduri, com
808 312,179 hectares, criada em 2005 em Apuí;[82] Cuieiras, com 55,8 mil hectares;[83] Guariba, possuindo
72 296,331 hectares e criado em 2005 em Manicoré, no sul do estado;[77] e Matupiti, nas bacias dos rios
Matupiri e Autaz Mirim, em Borba e Manicoré, também no sul do estado. [84]
Demografia
Conforme estimativa divulgada pelo IBGE em 29 de agosto de 2018, a população do estado atingiu 4 080 611
habitantes. [8] A população deste representa 22% da população da região Norte e 2% da população
brasileira. [87] Num período de dez anos (20052015), diminuíram as populações de 48 dos 62 municípios do
estado. [88] No estado, 165 920 habitantes não são naturais da unidade federativa. [89][90] A maior parte dos
migrantes que vivem no estado são oriundos de outros estados da própria Região Norte brasileira. Além destes,
migrantes vindos do Nordeste somam 87 846 habitantes, migrantes vindos da Região Sudeste somam 30 431
habitantes e migrantes vindos da Região Sul somam 12 183 habitantes. [90] O estado possui ainda, a maior
população estrangeira na Região Norte e a oitava maior população estrangeira no Brasil. São 9 777 habitantes
no estado que possuem alguma nacionalidade que não seja a brasileira. O Pará responde pela segunda maior
população estrangeira no Norte do país (5 291 imigrantes), seguido de Rondônia, com 4 689 imigrantes. [90]
De acordo com o censo brasileiro de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
o Amazonas era habitado por 3 483 985 habitantes, sendo que havia 2 755 490 habitantes em área urbana
(78,4%) e 728 495 habitantes em área rural (17,3%). Quanto à questão de gênero, havia 1 753 179 homens e
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1 730 806 Mulheres. Foram identificados 902 780 domicílios, sendo que apenas
801 640 deles eram ocupados, gerando um déficit habitacional de 101 140 Ano Habitantes
domicílios. A média de habitantes por domicílio era de 4,24 pessoas. [91] A capital, 1872 57.610
Manaus, é a maior cidade da região Norte, com 2,1 milhões de habitantes. [92] 1890 147.915
Na questão de alfabetização, habitantes do estado com mais de 5 anos de idade 1900 249.756
alfabetizados totalizavam 2 670 173 pessoas. [93] Pelo menos 791 162 habitantes 1920 363.166
afirmaram serem portadores de algum tipo de deficiência permanente, destacando
1940 438.008
se a deficiência motora, com 38 509 deficientes declarados. Destacando a questão do
1950 514.099
estado civil, havia 1 948 604 pessoas com mais de 10 anos de idade solteiras,
640 437 pessoas com mais de 10 anos de idade casadas, 74 287 pessoas viúvas, 1960 721.215
41 698 divorciadas e 23 116 pessoas desquitadas ou separadas judicialmente. Há de 1970 960.934
se destacar que 699 439 pessoas declararam viver em união consensual. [94] 1980 1.449.135
A composição da população amazonense por sexo mostra que para
cada 100 mulheres residentes no estado existem 96 homens; esse
pequeno desequilíbrio entre os dois sexos ocorre porque as mulheres
possuem uma expectativa de vida oito anos mais elevada que a dos
homens. Porém, o fluxo migratório para o estado é de maioria
masculina. [97] Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, em maio de
2016 o estado possuía 2 320 326 eleitores, [98] Durante cem anos, de
1810 a 1910, um relevante número de migrantes e imigrantes
espalharamse por diversas cidades e povoados da Amazônia,
Tabatinga, localizado na tríplice principalmente entre Belém e Manaus. Eram em grande parte,
fronteira fronteira atraídos pelo ciclo da borracha. Entre os migrantes, destacouse
Brasil–Colômbia–Peru, é o sexto principalmente os nordestinos, e entre os imigrantes, destacavam
município mais populoso do estado.
se os árabes[99] e japoneses. Os japoneses entretanto, chegaram ao
Amazonas somente a partir de 1923. Com o fim do ciclo da
borracha, o Governo do Amazonas cedeu 1,030 milhão de hectares a serem divididos entre os imigrantes
japoneses que desejassem fazer cultivo do solo da região, como forma de movimentar a economia do estado em
crise. [100] Os primeiros imigrantes dirigiramse a cidades como Maués, Parintins, Itacoatiara, Presidente
Figueiredo e Manaus. [101] Até então, Maués era a cidade com o maior fluxo de imigração japonesa e onde eles
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iniciaram o cultivo do guaraná. Porém, em 1941, houve uma epidemia de malária que vitimou várias
famílias. [101] Outras famílias destinaramse a Parintins, onde dividiram vários hectares de terra com os
"koutakusseis", jovens europeus estudantes de agronomia, provenientes de famílias de classe alta que
imigraram para o Amazonas no intuito de se fixarem para sempre. [101] Estimase que existam no Amazonas
5 000 descendentes de imigrantes japoneses. [102]
Etnias
A população do Amazonas é composta basicamente
Grupos étnicos no Amazonas[103]
por pardos, brancos, indígenas e negros. A forte Etnia Porcentagem
imigração no final do século XIX e início do século Pardos 74,2%
XXI trouxe ao estado pessoas de todas as partes do Brancos 24,9%
Brasil e do mundo. Dos mais de cinco milhões de
Pretos 0,7%
Indígenas 0,1%
imigrantes que desembarcaram no Brasil, alguns
Amarelos 0,1%
milhares se fixaram no estado do Amazonas,
destacandose os portugueses[104] e japoneses. [105]
Os portugueses que chegaram ao estado destinaramse sobretudo à Manaus, e passaram a dedicarse ao
comércio. [104] Por volta de 1929, chegaram os primeiros japoneses, que passaram a viver em municípios como
Maués, onde trabalhavam no cultivo do guaraná para uso medicinal, e Parintins. [105] Há ainda, uma crescente
imigração de haitianos. [106][107]
O município de São Gabriel da Cachoeira, no extremo noroeste do estado, é o município com maior população
indígena no país. Em 2010, o percentual de população indígena do município foi de 76,31%. Além deste, Boa
Vista do Ramos registra o maior percentual de população parda no estado e o terceiro do país, com 92,40%
autodeclarados pardos no censo de 2010. Manaquiri também destacase por ser o quinto município brasileiro
com maior população amarela, 6,26% do total de sua população. [108] Segundo dados da Síntese de
Indicadores Sociais do Censo demográfico de 2010, promovido pelo IBGE, a população do estado dividise da
seguinte forma, na questão étnica: Pardos (77,2%), brancos (20,9%), pretos (1,7%) e amarelos ou indígenas
(0,2%). Nenhum outro estado no Brasil tem maior população indígena do que o Amazonas, divididos em 65
etnias. Além disso, o estado figura com o maior percentual de população parda no Brasil. [107][109]
Entre os que se autodeclaram pardos, o mais característico é o caboclo. Inicialmente nascido da mestiçagem
entre indígenas e europeus, a partir do século XIX, também miscigenouse com nordestinos. Os imigrantes
sulistas, predominantemente brancos, que chegaram ao estado no final do século XX, têm sido também
mestiçados com a população cabocla. O Dia do Mestiço (27 de junho) e o Dia do Caboclo (24 de junho) são
datas oficiais no estado. [110][111] Em 29 de dezembro de 2011, o município amazonense de Autazes estabeleceu
o dia 27 de junho como feriado municipal, em reconhecimento à identidade mestiça. [112] Em 28 de agosto de
2012, outro município do estado, Careiro da Várzea, também decretou feriado municipal o dia 27 de junho pelo
Dia do Mestiço. Os dois municípios são os únicos no Brasil a homologar em forma de feriado a ênfase da
população parda. [113] São Gabriel da Cachoeira, na microrregião de Rio Negro, é um dos três únicos municípios
brasileiros[nota 1] a possuir mais de um idioma oficial: Além do português, as línguas tucano, nhengatu e
baníua são reconhecidas como idiomas oficiais do município, desde 2002. [nota 2]
Segurança pública e criminalidade
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Assim como os demais estados do Brasil, o Amazonas possui dois tipos de de corporações policiais que
possuem a finalidade de realizar a segurança pública em seu território. São elas: A Polícia Militar do Estado do
Amazonas (PMAM), que possui um efetivo de 7.500 militares, [114] e
a Polícia Civil do Estado do Amazonas, exercendo a função de
polícia judiciária e sendo subordinada ao governo do estado.
A Polícia Militar do Estado do Amazonas é uma das mais antigas
do Brasil, tendo sido criada em 4 de abril de 1837, primeiramente
para combater os revoltosos da Cabanagem, com um efetivo de
apenas 1.339 militares. [114] Após este feito, a PMAM também
Viatura da Polícia Militar do envolveuse nas Guerra do Paraguai e de Canudos, além da
Amazonas. Revolução do Acre. [114] Conforme dados do "Mapa da Violência
2010", publicado pelo Instituto Sangari e pelo Ministério da
Justiça, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes do estado do Amazonas é a décimaterceira maior do
Brasil. O número de homicídios ocorridos no estado aumentou de 21,3 para 24,8 por 100 mil habitantes no
período entre 1998 e 2008. Entre 2008 e 2010, a taxa de homicídios cresceu 5,8 e atingiu 30,6 por 100 mil
habitantes. [115] A Região Metropolitana de Manaus concentra a maior taxa (43,3), enquanto os municípios do
interior do estado apresentam apenas uma taxa de 11,1. [116] Em 2010, os cinco municípios que registraram as
maiores taxas de homicídio, por 100 mil habitantes, foram: Manaus (46,7) Iranduba (39,2), Uarini (33,6),
Tabatinga (32,5) e Presidente Figueiredo, com 29,4. Em contrapartida, os cinco municípios que registraram as
menores taxas de homicídio foram: São Paulo de Olivença (3,2), Nova Olinda do Norte (3,3), Santo Antônio do
Içá (4,1), Tapauá (5,2) e São Gabriel da Cachoeira, com 5,3. É notável o fato de 12 municípios não haverem
registrado taxas de homicídios ou não terem sido divulgadas. [116] Em âmbito nacional, o estado está entre os
quinze mais violentos. Em âmbito regional, é o quarto mais violento da região Norte, sendo superado pelo Pará
(45,9), Amapá (38,7) e Rondônia (34,6). [117]
Religião
Tal qual a variedade cultural verificável no Amazonas, são diversas
as manifestações religiosas presentes no estado. Embora tenha se
desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica,
tanto devido à colonização quanto à imigração e ainda hoje a
maioria dos amazonenses se declara católica é possível encontrar
atualmente no estado dezenas de denominações protestantes
diferentes. [118] O estado possui os mais diversos credos
protestantes ou reformados, como a Igreja Presbiteriana, Igreja Catedral Diocesana de Sant'Ana e
Batista, Igreja Luterana, Igreja Adventista, Igreja do Evangelho São Sebastião, em Coari.
Quadrangular, Igreja Mundial do Poder de Deus, Igreja
Internacional da Graça de Deus, Igreja Assembleia de Deus, Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja
Metodista, Igreja Adventista do Sétimo Dia e Igreja Episcopal Anglicana. Além dessas, grande parte declarase
seguidores de outras religiões, tais como os Santos dos Últimos Dias ou mórmons; as Testemunhas de Jeová;
os messiânicos; os judeus; os esotéricos; os muçulmanos e os espiritualistas. No estado há um templo
mórmon, o Templo de Manaus, sendo o sexto operado no Brasil. [119]
De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a
população do Amazonas está composta por: católicos (61,2%), protestantes (32,1%), pessoas sem religião
(6,2%), espíritas (0,4%) e outras religiões (0,1%). [118]
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Habitação e condições de vida
Em 2010 foram identificados 902 780 domicílios no estado, dos
quais 801 640 deles eram ocupados e 101 140 não eram
ocupados. [91] Em relação ao tipo de material dos domicílios
particulares permanentes, 415 884 domicílios eram feitos de
alvenaria com revestimento, 75 426 feitos de alvenaria sem
revestimento, 256 467 domicílios feitos de madeira aparelhada,
9 265 domicílios construídos em palha, 2 519 domicílios em taipa
revestida e 3 368 domicílios construídos com outro tipo de
material. A maior parte dos domicílios possuíam cinco Casas flutuantes à beira do rio
cômodos. [90] Amazonas.
Política
O Amazonas é um estado da federação, sendo governado por três
poderes, o executivo, representado pelo governador, o legislativo,
representado pela Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas,
e o judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado do
Amazonas e outros tribunais e juízes. Também é permitida a
participação popular nas decisões do governo através de referendos
e plebiscitos. [121]
Manaus é o município com o maior número de eleitores, com 1,214 Tribunal de Justiça do Amazonas.
milhão destes. Em seguida aparecem Parintins, com 63,7 mil
eleitores, Itacoatiara (61,7 mil eleitores), Manacapuru (61,1 mil eleitores) e Coari, Tefé e Tabatinga, com 47,5
mil, 38,9 mil e 29,6 mil eleitores, respectivamente. O município com menor número de eleitores é Japurá, com
4,2 mil. [98]
Tratandose sobre partidos políticos, todos os 35 partidos políticos brasileiros possuem representação no
estado. [122] Conforme informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base em dados de
abril de 2016, o partido político com maior número de filiados no Amazonas é o Partido Comunista do Brasil
(PCdoB), com 20 687 membros, seguido do Partido Social Cristão (PSC), com 18 934 membros e do Partido
dos Trabalhadores (PT), com 17 265 filiados. Completando a lista dos cinco maiores partidos políticos no
estado, por número de membros, estão o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), com 14 742
membros; e o Partido Progressista (PP), com 13 124 membros. Ainda de acordo com o Tribunal Superior
Eleitoral, o Partido Novo (NOVO) e o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) são os partidos
políticos com menor representatividade na unidade federativa, com 4 e 134 filiados, respectivamente. [122]
Símbolos estaduais
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Os símbolos do estado do Amazonas são: a bandeira, o brasão e o hino. [123]
Bandeira
A bandeira do Estado do Amazonas remonta ao século XIX,
especificamente à década de 1890. Em 1897, esta representou o
Batalhão Militar do Amazonas na Guerra de Canudos e tornouse
seu símbolo oficial. [123] Naquele ano, o Batalhão Militar
Amazonense integrouse oficialmente às forças dos demais estados
naquela luta. A bandeira apresenta as cores azul, branca e
vermelha, associadas à época de preparação da bandeira, para que
fosse levada aos campos de combate em Canudos; e possui um
retângulo azul no lado esquerdo, onde são aplicadas 25 estrelas em Bandeira do Amazonas.
prata, simbolizando o número de municípios que existiam no
estado em 4 de agosto de 1897. [123] O retângulo ao lado esquerdo também indica o momento histórico do
embarque das tropas para Canudos, tendo sido depois lançado no artigo 7.º, inciso VI da lei. Há uma estrela
de primeira grandeza situada ao centro do retângulo, simbolizando Manaus, a capital. [123] Borba, Silves,
Barcelos, Maués, Tefé, Parintins, Codajás, Itacoatiara, Coari, Manicoré, Barreirinha, São Paulo de Olivença,
Urucará, Humaitá, Fonte Boa, Lábrea, São Gabriel da Cachoeira, Canutama, Manacapuru, Urucurituba,
Carauari e São Felipe do Juruá (atual Eirunepé) são os municípios representados na bandeira. [123] À época de
sua criação, apenas estes municípios eram existentes no estado, e mesmo com a emancipação dos demais não
foram sendo acrescentadas estrelas à bandeira. Além destes, há uma estrela representando a localidade de
Moura (atualmente um distrito de Barcelos) que perdeu o status de município no século seguinte. [123][124] A
capital de Roraima, Boa Vista, também é representada na bandeira amazonense, tendo em vista que o
município ainda era parte do Amazonas no século XIX. A bandeira do estado consolidouse pela Lei n.º 1.513,
de 14 de janeiro de 1982, tendo sido regulamentada pelo Decreto n.º 6.189, de 10 de março de 1982. [123]
Brasão
Por ato do Governo Provisório da República, foi constituído o Brasão do
Amazonas, sendo restabelecido com as formas originais tempos depois. O
brasão é uma indicação à confluência dos rios Negro e Solimões. O campo
azul representa o céu brasileiro; a estrela no canto esquerdo é uma
indicadora da paz e progresso; o campo verde representa as florestas do
estado; e as duas setas e duas penas entrelaçadas e cruzadas são uma
referência à civilização moderna. O sol e a águia amazonense, visto no alto,
simbolizam a grandeza e força. Do lado direito, podese ver os emblemas da
indústria; e do lado esquerdo, os emblemas do comércio e agricultura, como
parte da economia do estado. As datas de 22 de junho de 1832 e 21 de
novembro de 1889 fazem lembrar a independência do Amazonas pelas
armas e a adesão do estado à República do Brasil, ambas ocorridas no
século XIX. A junção dos rios Negro e Solimões, mostrada no brasão, é um O brasão do estado.
símbolo da lealdade do Amazonas à República. [123]
O brasão de armas do Estado do Amazonas foi instituído em 21 de novembro de 1897, pelo Decreto nº 204,
sendo firmado pelo governador do Estado, José Cardoso Ramalho Júnior, e regulamentado em 16 de setembro
de 1987, pelo Decreto nº 10.534. [123]
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Hino
Instituído pela Lei nº 1.404, de 1 de setembro de 1980, após a existência informal de vários outros, o Hino do
Amazonas resultou de um concurso público. [123] A autoria do hino é de Cláudio Santoro, sendo que a letra do
mesmo é do poeta Jorge Tufic Alaúzo. [123]
Letra
Amazonas, de bravos que doam
sem orgulho nem falsa nobreza
aos que sonham, teu canto de lenda
aos que lutam, mais vida e riqueza! >>>
Estribilho do Hino do Estado do Amazonas.[125]
Subdivisões
Região geográfica intermediária é, no Brasil,
um agrupamento de regiões geográficas imediatas
que são articuladas através da influência de uma ou
mais metrópoles, capitais regionais e/ou centros
urbanos representativos dentro do conjunto,
mediante a análise do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). [126]
Oficialmente, as quatro regiões geográficas intermediárias do Amazonas são: a de Manaus, a de Tefé, a de
Lábrea e a de Parintins. [127] As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregiões. [128].
O Amazonas é dividido oficialmente em onze regiões imediatas: Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Coari,
Manacapuru, Tefé, Tabatinga, Eirunepé, Lábrea, Manicoré, Parintins e Itacoatiara.
É formado pela união de sessenta e dois municípios, desde a última alteração feita em 1988, criando o
município de Alvarães. [129]
Economia
O Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas é o 15º maior do país, destacandose o setor terciário. De acordo
com dados do IBGE, relativos a 2015, o PIB amazonense era de 86.560 bilhões, enquanto o PIB per capita era
de 21.978,95. [131] Pará e Amazonas respondem, juntos, por aproximadamente 70% da economia nortista. Em
termos de infraestrutura para investimentos em novos empreendimentos, o estado alcançou o segundo melhor
desempenho do país nos últimos anos, sendo superado atrás apenas do Distrito Federal, [132] e sendo um dos
que mais crescem economicamente. [133] Todavia, o estado perdeu para o Paraná a liderança da alta industrial
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brasileira em janeiro de 2013, quando registrou crescimento de 1,9% no avanço da produção, estando abaixo da
média nacional. [134] Ao lado do Pará, é o estado que mais influencia na economia da região Norte
brasileira. [135] Em 2010, a economia do Amazonas passou a representar 1,8% da economia brasileira, um
aumento de 0,1 pontos percentuais comparado a 2009. [135]
Setor primário
De todos, o setor primário é
o menos relevante para a
economia estadual.
Representava em 2015
apenas 6,6 % da economia
do Amazonas. [136] Segundo
o IBGE, o estado possuía
em 2011 um rebanho bovino
de 1 439 597 cabeças, além
Exportações do estado do Amazonas em 2012[130]
de 13 685 equinos, 81 851
bubalinos, 671 asininos,
947 muares, 94 435 suínos, 21 488 caprinos, 69 131 ovinos, 18 389 codornas, 1 300 coelhos e 4 076 184 aves.
Entre as aves, 2 801 449 eram galinhas e 1 274 735 galos, frangos e pintinhos. [137] No mesmo ano, o estado
produziu 52 033 mil litros de leite de vacas. Foram produzidos 72 088 dúzias de ovos de galinha e 48 394
quilos de meldeabelha. [137]
O Amazonas é o maior produtor de fibras do Brasil, com participação de 87% da produção nacional (IBGE
PAM/2014). Os maiores produtores da fibra no Amazonas são da região das calhas dos rios Negro e Solimões,
como Manacapuru, Anamã, Autazes, Careiro, Careiro da Várzea, Vila Rica de Caviana, Caapiranga, Iranduba,
Manaquiri, Novo Airão, Rio Preto da Eva, Manaus, Beruri, Coari, Codajás e Anori. A produção total desses
municípios anualmente varia de 20 a 200 toneladas de juta, e de malva gira em torno de 100 a 744 toneladas.
Manacapuru e Beruri se destacam com a produção média de 70 a 100 toneladas de juta. [138]
O estado detinha 3% da produção de leite de vacas e 7% do valor da produção do mesmo, entre os estados da
Região Norte do Brasil. Além deste, a produção de ovos de galinha no estado representava 57% da produção
entre os estados da Região Norte, e 53% do valor da produção entre os mesmos estados. Sobre o mel de abelha,
a produção do estado representava 5% entre os estados de sua região e 11% no valor da produção. É notável
também que o estado produziu 354 mil dúzias de ovos de codorna em 2011, representando 29% da produção
da Região Norte e o valor da produção de ovos de codorna ficou em 26%. [137] Na lavoura temporária são
produzidos abacaxi, arroz, batatadoce, canadeaçúcar, feijão, fumo, juta, malva, mandioca, melancia, milho,
soja, tomate e trigo. Os maiores valores de produção na lavoura temporária foram de mandioca (519.911 mil
reais), abacaxi (87.291 mil reais) e malva (16.495 mil reais). [139] Já na lavoura permanente produzemse
abacate, banana, borracha natural (látex), cacau, café, coco, dendê, goiaba, guaraná, laranja, limão, mamão,
manga, maracujá, palmito, pimentadoreino, tangerina e urucum. Os maiores valores de produção na lavoura
permanente foram de banana (80.899 mil reais), laranja (64.729 mil reais) e mamão (30.191 mil reais). [140]
A agropecuária registrou, em 2008, um aumento de 23,7% na composição do PIB do estado, o terceiro maior
desempenho entre os estados do país naquele ano. [141] Em relação à indústria madeireira, produzemse carvão
vegetal, lenha e madeira em tora. [142] Na silvicultura, o estado produz produtos alimentícios como o açaí,
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castanhadopará (também chamada castanhadobrasil ou castanhadaamazônia) e umbu, além de látex
coagulado e produtos oleaginosos. Há também produção de fibras, como o buriti e piaçava. O estado
caracterizase com a segunda maior produção de açaí, sendo superado apenas pelo Pará. [142]
Setor secundário
Responsável por 27,9% do PIB do Amazonas, de acordo com dados
IBGE de 2015, a indústria destacase na Grande Manaus pelo fato
da mesma abrigar a maior parte das indústrias presentes no
estado. O Polo Industrial de Manaus consolidouse como um dos
maiores centros industriais do Brasil, [143] e em segundo pela
grandíssima concentração de riquezas provenientes do setor nos
municípios da Região Metropolitana de Manaus e seus arredores,
sendo que outros municípios, de certa forma os mais distantes da
José Serra visita a linha de
capital, têm indústrias em menor escala na composição de suas montagem da Honda no Polo
economias municipais. Municípios com notáveis indústrias no Industrial de Manaus
estado, excluindose Manaus, são Itacoatiara, Coari, Manacapuru e
Tabatinga, onde originamse unidades madeireiras. O órgão
responsável pelas indústrias amazonenses ou sediadas no estado é a Federação das Indústrias do Estado do
Amazonas (FIEAM). [120]
O setor secundário cresceu gradativamente no Amazonas. A participação relativa do setor industrial no PIB do
estado, que era de 14,7 % em 1970, passou para 19,00% em 1975 e 37,2% em 1980, o que fez com que a variação
percentual do crescimento real do produto industrial regional tenha alcançado 826,28 % na década de 1970.
Em sua história recente, o Amazonas possui participação majoritária no produto industrial da Região Norte,
detendo 48 % entre os sete estados regionais. [144]
Seus principais polos industriais são:
Região Metropolitana de Manaus; maior polo de riqueza estadual, concentra a maioria indústrias no
Amazonas, onde a capital do estado detém o sétimo maior PIB municipal do Brasil. O faturamento desse
polo é em média cerca de US$ 20 bilhões por ano, com exportações superiores a US$ 2,2 bilhões. São
mais de 700 fábricas de grande, médio e pequeno porte que fabricam uma grande quantidade da produção
brasileira de motocicletas, televisores, monitores para computadores, cinescópios, telefones celulares,
aparelhos de som, DVDs players, relógios de pulso, aparelhos de refrigeração, bicicletas, produtos
químicos e bebidas sem álcool.
Coari; segunda maior economia do estado, apresenta concentrações de indústrias alimentícias, madeireira
e de tijolos.
Parintins; a indústria na cidade é composta basicamente por micro e pequenas nos setores de madeireira,
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alimentos, gráfica, naval, oleira, química e vestuário.
Setor terciário
O setor terciário é o mais importante do PIB
Economia do Amazonas
amazonense, pois corresponde a metade das
atividades econômicas do estado. Em 2015, a Ficha técnica (2016)
participação dos serviços representava 49,2%
Participação no PIB nacional 1,4% [151]
do valor total adicionado à economia de todo
o estado. [136] PIB R$ 89, 017 bilhões
PIB per capita R$ 22 245,02
A unidade federativa abrigava em 2009, cerca
[152]
de 4 530 unidades empresariais, de acordo Composição do PIB (2016)
com a Pesquisa Anual de Serviços (PAS)
Agropecuária 6,6%
promovida pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). [153]
Indústria 29,5%
Serviços 49%
Aproximadamente 774 357 habitantes
exerciam a função de empregados no setor
público ou privado, revelado pelo censo de 2010. Destes, 419 804 empregados exerciam atividades
profissionais com carteira de trabalho assinada e 259 972 profissionais não possuíam carteira de trabalho
assinada. [90] 374 116 habitantes eram autônomos e 94 582 habitantes eram funcionários públicos estatutários
ou militares. Destacamse também, o número de pessoas que trabalhavam na produção para o próprio
consumo, cerca de 128 130 pessoas e 33 141 que declararam não receber remuneração por suas atividades
profissionais. [90] Na questão salarial, 444 398 pessoas declararam receber até um salário mínimo, 360 494
pessoas declararam receber entre 1 e 2 salários mínimos, 86 546 pessoas declararam receber entre 3 a 5 salários
mínimos e 7 928 declararam receber mais de 20 salários mínimos. [90] É no estado que se registra a menor
porcentagem de trabalhadores que exercem seu trabalho fora de seu município de origem. Apenas 1,4% dos
habitantes trabalhadores do Amazonas exercem sua atividade profissional em outro município que não seja o
seu domiciliar. [154] O nível de ocupação de pessoas empregadas com mais de 10 anos no estado, foi registrado
em 48,5 estando abaixo da média nacional, de 53,3. [89]
Dados do Censo brasileiro de 2010 indicaram a existência de 1 466 464 pessoas economicamente ativas no
estado, sendo que destas, 1 323 402 exerciam alguma ocupação no período em que ocorreu o censo e 143 058
encontravamse desocupadas. Em contrapartida, 1 261 576 pessoas declararam não serem economicamente
ativas. [90] Entre os habitantes que declararam serem economicamente ativos, o maior número está na faixa
etária dos 25 a 29 anos, onde 226 703 habitantes são ativos na economia, em um total de 323 533 que vivem no
estado. O menor número registrado foi na faixa etária entre 50 a 54 anos, onde 87 960 habitantes dos 125 349
que vivem no estado são ativos na economia. É notável ainda, o número de crianças e adolescentes que
exercem alguma atividade profissional e movimentam a economia: 43 233 em um total de 400 422 habitantes
entre 10 e 14 anos. O número de habitantes com mais de 70 anos que declarou estar em idade ativa na
economia também é notório: 16 338 em um total de 88 949 habitantes nesta faixa etária que vivem no
estado. [90] Quanto a sua pauta de exportação, é representada principalmente por motocicletas (20,60%),
outros preparos comestíveis (20,28%), telefones (13,81%), navalhas e lâminas de barbear (12,46%) e
compostos de materiais preciosos (3,83%). [155]
Infraestrutura
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Saúde
Conforme dados de 2009, existiam, no estado, 1 010
Mortalidade infantil 24,2 por mil
estabelecimentos hospitalares, com 5 310 leitos. [157]
(2006) nascimentos[156]
Destes estabelecimentos hospitalares, 786 eram
públicos, sendo 609 de caráter municipais, 117 de Médicos 8,4 por 10 mil hab.
caráter estadual e 60 de caráter federal. [157] 224 (2005)[156]
estabelecimentos eram privados, sendo 216 com fins Leitos hospitalares 656,1 por mil hab.
lucrativos e 8 sem fins lucrativos. 148 unidades de (2005).[156]
saúde eram especializadas, com internação total, e 848
unidades eram providas de atendimento ambulatorial. [157] Ainda em 2009, 83,05% da população amazonense
tinha acesso à rede de água, enquanto 58% tinha acesso à rede de esgoto sanitário. [158] No mesmo ano,
verificouse que o estado tinha um total de 656,1 leitos hospitalares por habitante e, em 2005, registrouse 8,4
médicos para cada grupo de 10 mil habitantes. A mortalidade infantil é de 24,2 a cada mil nascimentos, de
acordo com dados de 2009. [158] Uma pesquisa promovida pelo IBGE em 2008 revelou que 81,6% da
população do estado avalia sua saúde como boa ou muito boa; 58,9% da população realiza consulta médica
periodicamente; 37,4% dos habitantes consultam o dentista regularmente e 6,0% da população esteve
internado em leito hospitalar nos últimos doze meses. [159] Ainda conforme dados da pesquisa, 24,6% dos
habitantes declararam ter alguma doença crônica e apenas 12,9% possuíam plano de saúde. Tratando sobre os
domicílios particulares no estado que são cadastrados no programa Unidade de Saúde da Família, 52% destes
possuem o cadastro. [159]
Na questão da saúde feminina, 28,5% das mulheres com mais de 40 anos fizeram exame clínico das mamas
nos últimos doze meses; 45,9% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram exame de mamografia nos últimos
dois anos; e 73,3% das mulheres entre 25 e 59 anos fizeram exame preventivo para câncer do colo do útero nos
últimos três anos. [159]
Educação
O Amazonas possui várias instituições educacionais, sendo as mais renomadas
Resultados no Índice de
delas localizadas principalmente na Região Metropolitana de Manaus e em outras Desenvolvimento da
cidades de médio porte. A educação do Amazonas é considerada a quarta melhor Educação Básica
do país, comparado à dos demais estados brasileiros, cujo índice, de acordo com (IDEB)[160]
dados de 2010, era de 0,561, ficando na vigésima colocação no país e na quinta na Ano IDEB
Região Norte, ficando atrás do Amapá (0,629), de Roraima (0,628), do Tocantins 2011 4,3
(0,624) e de Rondônia (0,577), e à frente do Acre (0,559) e do Pará (0,528). [161]
2009 3,9
Quando se trata sobre o analfabetismo, a lista de estados brasileiros por taxa de 2007 3,6
alfabetização, mostra o Amazonas com a décima quarta maior taxa, com 90,40% 2005 3,1
de sua população considerada alfabetizada. [162] O estado superouse
significativamente nesse ranking na última década. Em 2001, aparecia em décimo
quinto lugar, com 15,5% de sua população tida como analfabeta. [163][164] O estado possui a maior
porcentagem, entre os estados brasileiros, de pessoas entre 7 e 14 anos de idade que não frequentam unidades
escolares. De acordo com dados do censo de 2010, 8,2% dos habitantes do Amazonas nesta faixa etária
encontramse nesta situação. [165] Entre a população na faixa etária de 15 a 17 anos de idade, 19,6% destes não
frequentam unidades de ensino, de acordo com o censo de 2010, colocando o estado na 23ª posição nacional,
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no ranking que abrangeu todas as 27 divisões administrativas do Brasil. Apenas os estados de Rondônia,
Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Acre estão em situação semelhante ou pior. [165] A população do
Amazonas em idade escolar alcançava 1 088 463 habitantes em 2010, um total de 31,2%. [166]
A nota média do Amazonas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é de 35,55 na prova objetiva e 57,77
na prova de redação, sendo a maior nota entre os estados das regiões Norte e Nordeste. Em relação ao número
de estudantes, 7 463 participaram do ENEM em 2010, sendo que destes, 2 404 eram concluintes do ensino
médio e 4 493 egressos. 85,52% do total de estudantes eram oriundos de escola pública. Do total de estudantes
do ensino médio em 2010, 44,4% estudavam em período noturno. [166] O Enem de 2008 identificou que o
estado possuía o pior ensino médio público do país, com uma pontuação de apenas 33,48 pontos. [168] A
Escola Estadual Indígena Cacique Manuel Florentino Mecuracu, no município de Benjamim Constant, foi
identificada pelo Ministério da Educação como a terceira pior escola pública do país. No ano seguinte, 2009, a
educação do estado foi identificada novamente como uma das piores no Brasil. A Escola Estadual Indígena
Dom Pedro I, em Santo Antônio do Içá, foi identificada como a pior escola pública no país, com 249,25 pontos
no Enem, muito abaixo da média nacional de 500 pontos definida pelo Inep.
Neste mesmo ano, das 20 melhores escolas do estado, 16 eram particulares e 4 federais, com destaque para o
Centro Educacional Lato Sensu e Fundação Nokia, em Manaus, e o Colégio Nossa Senhora do Rosário e
Instituto Adventista Agro Industrial, em Itacoatiara e Rio Preto da Eva, respectivamente. [169] Em números
absolutos, o estado possuía 145 181 pessoas com nível superior completo em 2010, um percentual de 5,32%.
Há demasiadas instituições de ensino superior no estado. Três delas são de caráter público: Universidade
Federal do Amazonas (UFAM), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Instituto Federal do Amazonas
(IFAM). [170] Entre as principais instituições de ensino superior de caráter privado, no Amazonas, destacamse
o Centro Universitário do Norte (Uninorte), Universidade Nilton Lins, Universidade Paulista (UNIP),
Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO), Centro Integrado de Ensino Superior do Amazonas
(CIESA), Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Fundação Getúlio Vargas, Faculdades Martha Falcão e
Faculdade Batista Ida Nelson. [171]
Transportes
O transporte hidroviário é o mais comum, sendo também o de maior relevância. [172] O estado possui cinco
terminais hidroviários: Terminal de Boca do Acre, Terminal de Itacoatiara, Porto de Manaus, Porto de
Parintins e Terminal de Humaitá. Todos são administrados pelo Ministério dos Transportes, com exceção do
Porto de Manaus. [173]
Todos os municípios possuem pistas para operações de aeronaves, sendo que a maioria é servida por
aeroportos, havendo em Manaus e Tabatinga os únicos aeroportos internacionais no Amazonas. Existem
também aeroportos regionais, porém em poucos municípios, sendo o Aeroporto Regional de Parintins e o
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Serviços e comunicações
O Amazonas conta com outros serviços básicos. Na capital do estado, Manaus, a empresa responsável pelo
abastecimento de água é a Manaus Ambiental, que atua na cidade desde 17 de maio de 2012 e faz parte do
Grupo Saneamento Ambiental Águas do Brasil (SAAB). [176] Os demais municípios da Grande Manaus e
interior do estado são atendidos pela Companhia de Saneamento do Amazonas (COSAMA) que, por sua vez,
faz parte da administração direta do Governo estadual. [177] Conforme dados de 2009, 83,05% da população
estadual tinha acesso à água potável, no referido ano, e 58% tinha acesso à rede de esgoto sanitário. [178] A
primeira publicação jornalística no estado do Amazonas surgiu em 1850, ano de sua emancipação política, e
chamavase A Província do Amazonas. [179] O jornal teve pouco tempo de duração, encerrando suas atividades
em 1852. [180] Apesar deste ter sido o primeiro periódico a circular na então província, a primeira publicação a
ser impressa no estado foi o jornal Cinco de Setembro, que iniciou suas atividades em maio de 1851 e dedicava
se a publicar atos governamentais, tais como anúncios sobre escravos fugitivos e as realizações do Império
brasileiro. [179] Em 1854, o jornal renomeouse para Estrella do Amazonas. [179]
Grande parte dos periódicos que surgiram no Amazonas, no século XIX, exibiam suas publicações em
português, por isso viam suas atividades serem ameaçadas, pelo fato de a maioria da população do Amazonas
falar o nhengatu naquela época. [179] Além destes dois, destacaramse ainda os jornais O Argos, publicação
lançada em 1870 e defensora dos interesses republicanos, O Abolicionista do Amazonas, cujo surgimento deu
se em 1884 através de um grupo de mulheres que defendia o fim da escravidão na província amazonense, e O
Humaythaense, o primeiro jornal registrado no interior do estado, lançado em 1891 em Humaitá, dedicado
principalmente à economia da borracha. Também em Humaitá foi notável o jornal O Madeirense. [179]
O jornal mais antigo em circulação no Amazonas é o Jornal do Commercio, fundado em 2 de janeiro de 1904,
por J. Rocha dos Santos. É ainda, o jornal mais antigo em atividade na Amazônia e um dos mais antigos do
Brasil. [179] A exemplo do Jornal do Commercio, outros jornais impressos de destaque, no estado, são: A
Crítica, lançado em 1949 por Umberto Calderaro Filho; Diário do Amazonas, surgido em 1986; Amazonas Em
Tempo, fundado em 1988; O Estado do Amazonas, lançado em 2002; e Amazônia Oportunidades & Negócios,
também lançada em 2002. [179]
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Cultura
A cultura amazonense tem seu referencial em três raízes étnicas bem distintas entre si, sendo essencialmente
de base ameríndia e europeia. [181] A Secretaria de Estado da Cultura é o órgão vinculado ao Governo do
Estado do Amazonas responsável por atuar no setor de cultura do estado. Tem como secretário Robério
Braga. [182] O estado é sede de importantes monumentos e entidades culturais, como a Academia Amazonense
de Letras, fundada em 1918, [183] e a Academia de Ciências e Artes do Amazonas. [184]
Manaus e Parintins possuem traços da imigração japonesa em sua cultura. O Festival Folclórico de Parintins
também é um destaque na cultura amazonense, sendo uma grandiosa referência nacional.
Espaços teatrais
O estado conta com vários teatros. Na capital, destacamse vários teatros, como o Teatro Amazonas, principal
espaço de teatro e patrimônio cultural arquitetônico da região. [185] Sua construção deuse em 1882, sendo
mandado construir pelo governador Eduardo Ribeiro, e foi inaugurado em 1896. [186] É um exemplo da
opulência existente no apogeu do ciclo da borracha. O Teatro Amazonas foi tombado como Patrimônio
histórico em 28 de novembro de 1966, [186] e sedia eventos artísticos como o Festival Breves Cenas de Teatro,
Festival Amazonas de Ópera, [186] Festival Amazonas de Jazz, Festival de Teatro da Amazônia e Amazonas
Film Festival. [186] Há também, outros espaços de teatro na capital, Manaus, como o Teatro da Instalação, um
edifício oriundo da BelleÉpoque e que chegou a sediar a Ópera dos Três Vinténs. [187] Outros espaços teatrais
são o Teatro Américo Alvarez, Teatro Gebes Medeiros, Teatro Jorge Bonates e Teatro Luiz Cabral. [188]
Festivais
Há registros de diversos festivais nos municípios do estado. Muitos
dos festivais mostram a influência do folclore da região. O Carnaval
de Manaus é realizado todos os anos na cidade, entre os principais
eventos estão o desfile de escolas de samba, o tradicional desfile de
fantasias (que acontece no Teatro Amazonas, próximo ao Centro
Histórico de Manaus), além do Carnaboi. [190]
Há um grande desfile de escolas de samba em uma passarela O desfile de escolas de samba do
construída especialmente para o evento, o Centro de Convenções de Grupo Especial de Manaus é
Manaus, conhecido popularmente como Sambódromo. O primeiro realizado todos os anos no
desfile oficial de escolas de samba em Manaus ocorreu em 1947, sambódromo da cidade. Na foto,
carro abrealas da escola de samba
sendo que a Escola de Samba Mixta da Praça 14 de Janeiro foi a
GRC Primos da Ilha, em 2016.[189]
campeã. Até 1979 os desfiles eram realizados na Avenida Eduardo
Ribeiro. De 1980 a 1990 passou à Avenida Djalma Batista, na Zona
Centro Sul, e a partir de 1992 no Sambódromo, que possui a maior capacidade de público do Brasil (100 mil
pessoas), localizado no bairro Dom Pedro, Zona CentroOeste. Superando sambódromos
como Anhembi em São Paulo (30 mil pessoas) e o Sapucaí no Rio de Janeiro (72.5 mil). A pista do
sambódromo possui 400 metros de extensão e 12 metros de largura, sendo que os desfiles das escolas de samba
são quinta (Grupo de Acesso C), sexta (Grupos de Acesso A e B) e sábado (Grupo Especial). Além disso, há o
Carnaboi, evento que reúne vários levantadores de toadas e boisbumbá de Manaus e do Festival Folclórico de
Parintins.
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Outro festival de destaque nacional é o Festival Folclórico de Parintins, que se realiza no município de mesmo
nome no fim do mês de junho e tem como atração principal a modalidade competitiva entre o Boi Caprichoso,
boi preto com a estrela azul na testa, cujas cores são o preto e o azul, e o Boi Garantido, boi branco com o
coração vermelho na testa, cujas cores emblemáticas são o vermelho e o branco. [191][192] O Festival Folclórico
de Parintins é tido como o segundo maior evento folclórico e popular do Brasil, perdendo somente para o
Carnaval. [191]
O festival organizado realizase desde a década de 1960, embora a
criação dos bois é oriunda do início do século XX. Caracterizase
pela exposição dos ritos, costumes e histórias dos nativos,
apresentados pelas duas agremiações folclóricas. [191] Diversos
personagens podem ser vistos no festival, entre estes um
apresentador oficial, chamado de levantador de toadas; o amo do
Boi; a sinhazinha da fazenda; os elementos típicos da região e as
lendas da Amazônia; a porta estandarte, a rainha da festa e a
Cunhãporanga, um mito feminino folclórico. [191] O Boi Garantido
O Festival Folclórico de Parintins é
um exemplo de turismo cultural. É foi criado por Lindolfo Monteverde, descendente de açorianos, em
um dos principais atrativos turísticos 1913, e o Boi Caprichoso provavelmente foi criado no mesmo ano,
do estado do Amazonas.[193] por Roque e Antônio Cid, migrantes do Ceará, e Furtado
Belém. [192][nota 3] As duas figuras folclóricas, ao tempo de suas
fundações, costumavam brincar em terreiros e saíam nas ruas onde confrontavamse com desafios e inevitáveis
brigas, dando origem à rivalidade existente até os dias atuais. [192] Há registros de outras agremiações
folclóricas em Parintins também chamadas de bois, como o Boi Bumbá Campineiro, entretanto, apenas os bois
Garantido e Caprichoso permaneceram. [192] A data de realização do evento popular, historicamente realizado
nos dias 28, 29 e 30 de junho, foi modificada em 2005 por uma lei municipal, transferindoo para o último fim
de semana do mês. [191] Além de Parintins, há outros festivais nas cidades do estado: o Festival de Ciranda de
Manacapuru, uma manifestação folclórica surgida em 1985, que consiste na disputa de cirandas,
representadas pelas agremiações Flor Matizada, Tradicional e Guerreiros Mura;[194] o Festival da Canção de
Itacoatiara, um festival de música realizado desde 1985 em Itacoatiara;[195] a Festa do Guaraná, uma
manifestação folclórica que apresenta lendas e mitos indígenas do Amazonas, em Maués;[196] o Festival do
Mestiço, realizado nas cidades de Autazes, Careiro da Várzea e Manaus[197] e a Festa da Melancia, realizada em
Manicoré. [198]
Turismo e artesanato
O Amazonas recebeu o prêmio de melhor destino verde da América
Latina, prêmio este concedido em votação feita pelo mercado
mundial de turismo, durante a World Travel Market, ocorrido em
Londres em 2009. [199] Em 2010, em uma pesquisa feita entre os
turistas, o turismo foi avaliado como satisfatório, com 92,4% entre
os turistas nacionais e 94% entre os turistas estrangeiros. [200]
Manaus, capital estadual, é tida como o 7º melhor destino turístico
no Brasil, conforme pesquisa do TripAdvisor, anunciada durante a
5ª edição do Travelers Choice Destinations em 21 de maio de Conjunto arquitetônico da alfândega
2013. [201][202] De acordo com a pesquisa, os maiores atrativos são do Porto de Manaus.
os hotéis de selva, museus e atrativos naturais, como reservas
florestais. [201] O artesanato do estado é originalmente de cultura indígena e possui traços da biodiversidade da
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Amazônia. Usase objetos e utensílios pessoais e domésticos, oriundos da floresta, como sementes de frutos,
folhas, penas de aves, raízes, fibras vegetais, palhas e outros elementos da natureza. A produção do artesanato
darseá em aldeias indígenas das tribos Tukano, Dessana e Baniwa, no Alto Rio Negro, e da tribo Tikuna e
Kokama, no Alto Solimões. Também há incentivo ao artesanato produzido por famílias ribeirinhas e caboclas,
que geralmente vivem afastadas dos centros urbanos do estado. Além do artesanato feito com utensílios
modelados da floresta, também é possível encontrar produtos e cosméticos naturais produzidos a partir destas
ferramentas, em formato artesanal. [203][204]
Há espaços dedicados à comercialização do artesanato, assim como a divulgação deste como parte de cultura.
Um destes espaços permanentes são a Central de Artesanato Branco e Silva, o Mercado Municipal Adolpho
Lisboa, o Centro Cultural Povos da Amazônia, a Praça Tenreiro Aranha e a Praia da Ponta Negra. Também
realizase no Amazonas, anualmente, a Feira de Artesanato de Parintins e a Feira de Artesanato
Mundial. [205][206]
Culinária e frutos
Considerada a mais exótica do país, [207] a culinária amazonense é a que mais preservou as origens ameríndias,
tendo sofrido pouca influência europeia e africana. [207] Os principais ingredientes usados na composição dos
pratos típicos do Amazonas são os peixes de água doce, a farinha de mandioca (também chamada de farinha
do Uarini), jambu, chicória e frutas regionais. [207]
Outros frutos de origem amazônica são o guaraná, o bacuri e o buriti. [213][214] O guaraná é um arbusto
cultivado principalmente em Maués, pertencente à família Sapindaceae. O fruto possui grande quantidade de
cafeína e estimulantes, sendo usado na fabricação de xaropes, pós e refrigerantes. [213] O bacuri é um fruto com
polpa agridoce e ainda em ascensão. [214] O buriti, além de cosmetível, é usado principalmente na fabricação de
cosméticos e remédios. [215] Há outros frutos, tais como o tucumã, pupunha, graviola, [216] Bacaba, [217]
patauá, [218] marimari[219] e Camucamu. [216]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Amazonas 30/43
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Esportes
Na área esportiva, a Secretaria de Estado da Juventude, Desporto e
Lazer (SEJELAM), é o órgão do governo estadual com a missão
principal de estabelecer diretrizes, desenvolver e executar ações
relativas à prática de esporte no estado. [220] Desde 1914, o estado
realiza o Campeonato Amazonense de Futebol, sob
responsabilidade da Federação Amazonense de Futebol, existente
desde 26 de setembro de 1962. [221] O evento teve caráter amador
até 1963, e passou a ter caráter profissional a partir de 1964. Antes
Vista aérea da Arena Amazônia, em
da criação da Federação Amazonense de Futebol, os campeonatos e Manaus, uma das sedes da Copa do
demais eventos esportivos no estado eram administrados por ligas. Mundo FIFA de 2014 e dos Jogos
A primeira delas, Liga amazonense de Football, foi fundada em 15 Olímpicos de 2016.
de janeiro de 1914 e em 1916 passou a chamarse Liga Amazonense
de Sport Athléticos (LASA), tendo durado até 1917. [222] Após esta, criouse a Federação Amazonense de
Desportos Atléticos (FADA). [222] Há alguns clubes de futebol sediados no estado conhecidos em âmbito
regional e nacional, sendo os principais o Nacional Futebol Clube, São Raimundo Esporte Clube, Fast Clube,
Atlético Rio Negro, Princesa do Solimões, Sul América Esporte Clube, Nacional Borbense, Iranduba, Operário,
Manaus Futebol Clube, dentre outros. [223][224][225][226] Entre estes clubes, o detentor do maior número de
títulos no Campeonato Amazonense de Futebol é o Nacional Futebol Clube, seguido por Atlético Rio Negro, São
Raimundo, Fast Clube e Sul América. [222] Acreditase que 1906 foi o primeiro ano em que partidas de futebol
foram registradas no Amazonas. Essas partidas ocorreram no Campo do Parque Amazonense, onde
atualmente encontrase o Parque dos Bilhares, e foram iniciativas de marinheiros, empresários e despachantes
britânicos que imigravam para o Amazonas. [222] Nesse mesmo espaço também ocorreram outras atividades
esportivas, como corrida de cavalos. [222] O primeiro estádio de futebol de grande porte construído no estado foi
o Estádio Vivaldo Lima, inaugurado em 5 de abril de 1970[227] e conhecido também como Coliseu do Norte,
Tartarugão e Vivaldão. [222] O estádio foi remodelado em 1995 e demolido em 2010, para a construção da
Arena Amazônia, que sediou partidas da Copa do Mundo de 2014. [228]
O estado é o único no Brasil a realizar a Copa Indígena, evento esportivo que tem como alvo os Povos Indígenas
do Amazonas. [229][230] O evento foi iniciado a partir de 2009. A Copa Indígena consiste na disputa de clubes
de futebol formado apenas por etnias indígenas que disputam entre si. [229] Outros eventos esportivos são
realizados e sediados no estado, como os Jogos Escolares do Amazonas (JEA'S), que consiste na disputa entre
escolas, públicas e privadas, em várias modalidades esportivas como torneio de vôlei de praia, [231] torneio de
futsal, [232] torneio de voleibol, [233] entre outros. Nos últimos anos, o atletismo, o judô e o tênis de mesa,
regulamentados pela Federação Amazonense de Atletismo (Feama), Federação Amazonense de Judô (Fejama)
e Federação de Tênis de mesa do Amazonas (Ftma), respectivamente, ganharam bastante espaço entre os
esportes no Amazonas. [234] Outras modalidades esportivas que também ganharam espaço nos últimos anos
são as Artes marciais mistas, em especial o Jiujitsu, taekwondo, boxe e Muay thai. O Muay thai é
regulamentado pela Federação Amazonense de Boxe TailandêsMuay Thai (FABT) e reconhecido no estado
desde 1987. O lutador José Aldo, um dos maiores lutadores brasileiros na modalidade, é natural do
estado. [235] O Amazonas já sediou eventos esportivos internacionais, como a Copa América masculina de Vôlei
em 2007, o PanAmericano Cadete de Luta Olímpica em 2010 e o Ultimate Fighting Championship (UFC) em
2012. [236][237] . A capital do Estado também possui um complexo olímpico de esportes, a Vila Olímpica Danilo
Duarte de Mattos Areosa[238] , gerida pelo Governo do Estado. Manaus foi uma das cidadessede da Copa do
Mundo de 2014. [239][240]
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Feriados
No estado do Amazonas, há dois feriados estaduais: o dia 5 de setembro, em homenagem à Elevação do
Amazonas à categoria de província, ocorrida em 1850, e o dia 8 de dezembro, em homenagem à Nossa Senhora
da Conceição, tida como padroeira do estado. [241]
Notas e referências
Notas
1. Além de São Gabriel da Cachoeira, os municípios de Pomerode, em Santa Catarina, e Santa Maria de
Jetibá, no Espírito Santo, reconhecem como língua cooficial secundária as línguas alemã e pomerano.
2. A língua oficial da República Federativa do Brasil é o português (Art. 13 da Constituição da República
Federativa do Brasil). É ainda reconhecida e protegida oficialmente e a linguagem brasileira de sinais (lei n°
10.436 de 24 de abril de 2002). Além disso, as línguas tucano, nhengatu e baniua são reconhecidas
oficialmente no município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.
3. As datas precisas de criação dos Bois Garantido, Caprichoso, dentre outros, variam em uma história que é
basicamente oral e da qual participa o fator rivalidade. Não há registros escritos para a data de fundação
destas figuras folclóricas.
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Ver também
Lista de governadores do Amazonas
Lista de municípios do Amazonas
Lista de municípios do Amazonas por população
Lista de municípios do Amazonas por mortalidade infantil
Lista de municípios do Amazonas por PIB
Lista de municípios do Amazonas por IDH
Ligações externas
Página oficial do governo do Amazonas (http://www.amazonas.am.gov.br/) (em português)
Página oficial da Assembleia Legislativa do Amazonas (http://www.ale.am.gov.br/) (em português)
Página oficial do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (http://www.tjam.jus.br/) (em português)
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