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Os ex-ministros da Educação José Goldemberg (1991-1992), Fernando Haddad (2005-2012), Renato Janine
(2015), Murilio Hingel (1992-1995), Cristovam Buarque (2003-2004) e Aloizio Mercadante (2015-2016).
SEBASTIÃO MOREIRA (EFE)
FELIPE BETIM
Não são poucas as vozes que pedem uma frente democrática suprapartidária para
conter o que consideram ser ameaças à democracia promovidas pelo presidente Jair
Bolsonaro (PSL). Diante da inação dos partidos e lideranças políticas, ex-ministros de
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05/06/2019 Ex-ministros da Educação e da Justiça se unem contra planos de Bolsonaro | Brasil | EL PAÍS Brasil
vários Governos e vários espectros políticos vêm se unindo para alertar sobre o
desmonte institucional e de políticas públicas em suas áreas. Nesta terça-feira foi a vez
de onze encarregados da pasta de Justiça e seis da pasta de Educação. Os primeiros
publicaram uma carta aberta na Folha de S. Paulo defendendo o controle de armas e
munições e alertando para os "retrocessos" que o decreto assinado no dia 7 de maio,
que facilita a compra e o porte nas ruas para diversas categorias, representa. Já os
últimos se reuniram na Universidade de São Paulo (USP) de manhã e assinaram um
comunicado no qual expressam preocupações urgentes, como a renovação do Fundeb
(Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação) em 2020 e a escalada retórica contra as liberdades e a
autonomia universitária. Há cerca de um mês, oito ex-ministros do Meio Ambiente
também se reuniram na USP para denunciar o desmonte promovido na área.
“Absoluto desastre”:
compromisso sempre foi o de fortalecer avanços que consolidassem
Bolsonaro libera o Brasil como uma referência de regulação responsável de armas e
porte de armas para
munições para a América Latina e para o mundo", acrescentaram
mais de 19 milhões
de pessoas mais adiante.
Corte ou
contingenciamento, Os ex-ministros, responsáveis pela área de Segurança Pública,
quem está certo na
explicaram que "a efetividade das políticas públicas depende de sua
guerra de narrativas
da educação? continuidade, monitoramento e avaliação constantes para que
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começaram a mudar para melhor. O que exige da nossa parte um compromisso com as
políticas de Estado construidas nos últimos 30 anos", afirmou Fernando Haddad (PT),
que dirigiu a pasta de Educação entre 2005 e 2012 durante os Governos Lula e Dilma
Rousseff.
Além do petista, adversário de Bolsonaro nas últimas eleições, estiveram presentes José
Goldemberg (Governo Fernando Collor), Murílio Hingel (Governo Itamar Franco),
Cristovam Buarque (Governo Lula), Aloizio Mercadante e Renato Janine Ribeiro (os dois
últimos do Governo Dilma). O ministro Paulo Renato Souza (PSDB), que ocupou o
ministério durante o Governo FHC, morreu em 2011, mas a frente de ex-ministros contou
com a colaboração de auxiliares do tucano na elaboração do comunicado. José
Mendonça Bezerra Filho (DEM), que foi ministro do Governo Temer, declinou o convite,
enquanto que Rossieli Soares, seu sucessor na pasta ainda na gestão do emedebista,
não foi chamado por ocupar a secretaria de Educação do governo paulista de João Doria
—o que poderia comprometer suas relações com o Ministério da Educação (MEC).
Outros ocupantes da pasta, como Tarso Genro e Henrique Paim, foram acionados e não
puderam comparecer ou não responderam.
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Governo Bolsonaro não deu sinais de como isso será feito. "O Fundeb é um sonho
acalentado por décadas pelos educadores brasileiros, que sempre defenderam a criação
de um fundo nacional que garantisse um investimento mínimo por aluno não importando
seu local de nascimento", explicou Haddad. Já Mercadante defendeu que no "Plano
Nacional de Educação estão as principais metas e estratégias, uma bússola que mesmo
em tempestade econômica deve ser preservada".
"Quando Bolsonaro disse que queria regredir em 50 anos nos costumes, de alguma
forma ele responsabilizou a Educação por essa imoralidade, que nós chamamos de
liberdade", explicou Janine Ribeiro. "Viver com diversidade é da natureza da
universidade. Tenho a impressão que esses ataques que vêm sendo feitos são mal
dirigidos. Temos experiências de professores de direito que foram braço do regime
militar", argumentou por sua vez Goldemberg, que foi reitor da USP nos anos 80.
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