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Esquema A independência e a formação do Estado Imperial Marcelo Bussie in Linhares

1. Tratados com os ingleses, 1810


1.1. Comércio e Naveção
1.1.1. Tarifas de 15% sobre produtos ingleses
1.1.1.1. Desencorajamento da indústria nacional
1.1.1.2. BC favorável a Inglaterra
1.1.1.3. Decréscimo do comércio português com o Brasil
1.1.2. Ingleses julgados por juiz conservador nomeado por Inglaterra
1.1.3. Tolerância religiosa
1.1.4. Direito de culto privado em suas casas ou igrejas e capelas desde que
essas parecessem casas
1.2. Aliança e Amizade
1.2.1. Inquisição não seria implantada no Brasil
1.2.2. Embarcações guerreiras livres para entrar em qualquer porto da esfera
portuguesa
1.2.3. Proibição do tráfico em qualquer área que não fosse portuguesa
1.2.4. Compromisso de abolir posteriormente o tráfico internacional de
escravos.
1.3. Alan Manchester chama esse período de preeminência inglesa no Brasil
2. Anexação da província cisplatina em 1821
3. Política joanina
3.1. Absolutismo ilustrado
3.1.1. Pêndulo entre velho e novo
3.1.1.1. Liberalismo (José da Silva Lisboa, futuro visconde de Cairu) x
mercantilismo
3.1.1.2. Monarquia absoluta x iluminismo (Rodrigo de Sousa Coutinho,
futuro conde de Linhares, e Silvestre Pinheiro Ferreira)
4. Revolução Vintista
4.1. Proposta de usar temporiamente a Constituição espanhola liberal de 1812
4.2. D. João recebeu as Cortes com poder meramente consultivo
4.3. Norte Nordeste receberam bem a revolução
4.3.1. Grão-Parão em 1821 declarou sua adesão a nova Constituição em
breve elaborada
4.3.2. Bahia depôs o governo local e montou uma junta de governo fiel às
Cortes de Lisboa
4.4. Rio de Janeiro teve troca de ministério e rei teve que jurar à futura Constituição
4.4.1. D. Pedro negociou para que a C. espanhola não entrasse em vigor
antes da portuguesa, como fora na Bahia
4.5. Houve uma assembléia de eleitores protestando, entre outras coisas, para que
constituição espanhola entrasse em vigor, a família real ficasse no Brasil
4.5.1. Reprimida violentamente
4.6. Regência de d. Pedro conturbada pelo desfalque do Banco do Brasil pela família
real e da suspensão dos tributos pagos pelas províncias ao RJ
4.6.1. Levante das tropas portuguesas no Rio lideradas pelo general Avilez –
a Bernada de 5 de junho
4.6.1.1. D. Pedro obrigado a jurar as bases da Constituição portuguesa,
destituir o ministério e nomear uma Junta Consultiva de
governo
4.6.2. Formação de Juntas de Governo de caráter provisório nas Províncias e
eleição de deputados constituintes para as Cortes
4.6.2.1. Guerra de facções locais por poder em Pernambuco
4.6.2.2. 23 de 69 deputados brasileiros não chegaram a tempo de
participar dos trabalhos
4.6.2.2.1. MG, RN e outras não tiveram nenhum
representante
4.6.3. Quando os parlamentares brasileiros chegaram, já havia propostas em
discussão para o Brasil
4.6.3.1. Tropas para manter a ordem
4.6.3.2. Extinção dos tribunais superiores no ultramar
4.6.3.3. Volta de d. Pedro I
4.6.4. Medidas decretadas com a presença de deputados pernambucanos
4.6.4.1. Confirmação das Juntas Provisórias do Governo e
subordinação delas a Lisboa
4.6.4.2. Criação do governador nas províncias sujeito ao governo do
Reino e as Cortes
4.6.4.2.1. D. Pedro reclamou ao pai que esses cargos
esvaziavam seu poder
4.6.4.3. Retorno de d. Pedro
4.6.4.4. Deputados não reclamaram, pois ainda tinham identidade de
interesses com o Império Luso-Brasileiro
4.6.4.4.1. Só os paulistas tinham instruções a seguir, José
Bonifácio escreveu:
4.6.4.4.1.1. Fixação da sede do Reino Unido no ponto
central do Brasil ou alternância entre
Portugal e Brasil e príncipe regente no que
não tivesse a sede no momento
4.6.4.4.1.2. Conselho de Estado nomeado pelas Juntas
Eleitorais de Províncias, número idêntico a
todas os territórios de Portugal
4.6.4.4.1.3. Relação paritária para os deputados nas
Cortes
4.6.4.4.1.4. Catequização dos índios selvagens
4.6.4.4.1.5. Melhor tratamento para escravos e
emancipação gradual desses
4.6.4.4.1.6. Desenvolvimento do ensino, escola em
cada cidade, ginásio em cada província e
criação de pelo menos uma universidade
4.6.4.4.1.7. Política agrária,
4.6.4.4.1.7.1. confisco de sesmarias
improdutivas e pessoas
ilegais,
4.6.4.4.1.7.2. demarcação de pequenos
lotes e terras, dinheiro
revertido para colonização de
europeus pobres, índios,
mulatos e negros foros, todos
esses receberiam pequenos
lotes de terras para cultivá-los
4.6.4.4.1.7.3. Nenhuma medida
implementada
5. O Fico e a independência do Brasil
5.1. Grupos que eram contra a ida de d. João foram contra a ida de d. Pedro I
5.1.1. 9 de janeiro procissão de homens bons entregaram um manifesto a d.
Pedro com 8 mil assinaturas pedindo que esse ficasse
5.1.2. Divisão Auxiliadora do Rio de Janeiro protestou contra o Fico,
ameaçou levar d. Pedro preso
5.1.2.1. D. Pedro ameaçou a Divisão com punições e eles depuseram
armas
5.1.3. Veio o Conselho de Procuradores das Províncias, embrião do Conselho
de Estado
5.1.3.1. BA E MA se rebeleram, mas a Regência conseguiu ganhar
apoio em várias províncias
5.1.4. Divisão Auxiliadora foi expulsa e a que viera de Portugal não pode
subsitituí-la
5.2. Comissão Especial de 6 brasileiros e 6 portugueses propôs medidas
descentralizadoras
5.2.1. Notícias do Fico fez com que se formasse um grupo integracionista
(contra descentralização) e conciliatório
5.3. Senado da Câmara dá a d. Pedro o titulo de Defensor Perpétuo do Brasil em 13 de
maio
5.4. Em 23 de maio se convoca a Assembleia Geral Constituinte e Legislativa
5.4.1. Efeito integrador, apesar de oposição na Bahia
5.4.2. Perfil de Monarquia Dual
5.4.3. Como fazer as eleições?
5.4.3.1. Moderados
5.4.3.1.1. Grupo de José Bonifácio
5.4.3.1.2. Postulado de monarquia constitucional
5.4.3.1.2.1. Centralizada política e
administrativamente
5.4.3.1.2.2. Predomínio do Executivo
5.4.3.1.2.3. Soberania no Rei e Nação
5.4.3.1.3. Eleições indiretas
5.4.3.2. Radicais
5.4.3.2.1. Grupo de Gonçalves Ledo, elite intelectual,
embora grupo em geral sem formação
universitária, como jornalistas
5.4.3.2.1.1. Monarquia menos centralizada
5.4.3.2.1.2. Soberania popular
5.4.3.2.2. Eleições diretas
5.4.3.3. Grupo moderado venceu
5.4.3.3.1. A partir daí aspiração separatista torna-se mais
nítida
5.4.3.3.1.1. Embora houvesse ainda aceno a
possibilidade de dois Reinos
6. Desde maio, Cortes já tinham decido enviar Tropas para a Bahia para evitar revolta de
negros e mulatos e disseminação de ideias separatistas
6.1. Em junho proposta brasileira nas Cortes: uma Monarquia Dual,
6.1.1. Sistema federalista
6.1.2. Regência com amplos poderes
6.1.3. Cortes Especiais em cada reino
6.1.4. Manutenção das Cortes Gerais com composição paritária, na capital
do Império
6.1.5. Tribunal Supremo de Justiça no Brasil
6.2. Tudo isso para evitar a independência, mas não passou
6.3. Discordância pelas decisões de processar Junta Governativa de SP e quatro
indivíduos, entre eles Bonifácio pelo papel no fico, além de restrições à
permanência de d. Pedro
6.4. Notícias da assembleia legislativa e constituinte no Brasil quando chegaram nas
Cortes foram mal vistas,
6.4.1. Ainda mais que próprio regente estaria por trás disso tudo
7. D. Pedro I é encorajado
7.1. Adesão da Junta Governativa de Pernambuco e de uma parte da Bahia
7.2. Ele decreta inimigas todas as tropas vindas de Portugal sem seu consentimento
8. Manifestos
8.1. Manifestos dos Povos do Reino, Gonçalves Ledo
8.1.1. O regente acusa as Cortes de o ímpeto das Cortes de reduzir o Brasil à
ruína e a escravidão levou as províncias do Sul a sacudir esse jugo
8.1.1.1. Convocação da Assembleia Legislativa cimentava a
Independência sem rompera a fraternidade com os
portugueses
8.2. Manifesto dos Povos às Nações Amigas
8.2.1. Mesmo sentido dúbio
8.2.1.1. Independência sem quebrar a Unidade de toda a Nação
Portuguesa
9. Durante permanência em SP de d. Pedro I chegaram as notícias das decisões das Cortes
em julho
9.1. Dona Leopoldina e José Bonifácio cobram atitude de d. Pedro
9.1.1. Grito do Ipiranga
9.1.2. Aclamação de d. Pedro Imperador do Brasil em 12 de outubro
10. Revoltas no Grão-Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia
10.1. Tropas mercenárias
11. Politização das ruas
11.1. Monarquia era provável
11.1.1. Não havia tradição republicana
11.1.2. Monarquia enraizada na cultura
11.1.3. Elites viam como forma de manter a integridade territorial e status
quo
11.2. Relativa liberdade de imprensa
11.2.1. Proliferação de jornais
11.2.2. Atingia também camadas não alfabetizadas, vida boatos, festividades
11.3. Independência produzia politização das ruas e opinião pública embrionária,
esfera pública emergente no RJ e talvez em Salvador e em Recife
11.4. Movimentos em praticamente todas as cidades entre 1821 e 1823
11.5. Contudo, a indepedência não produziu um movimento profundo de identidade
nacional entre os brasileiros de diversas regiões do país nem uma nação
11.5.1. Havia ainda muito regionalismo
11.5.2. O sentimento nacional aparecia mais no antilusitanismo
12. Disputa pelo poder no início do Primeiro Reinado
12.1. Grupo do Ledo (radical) x Andrada (moderado)
12.1.1. Grupo de Bonifácio vence
12.1.1.1. Grupo de Ledo é atacado (Ledo e Pereira são
literalmente apedrejados), jornais são fechados, redator do
Correio do Rio de Janeiro, José Soares Lisboa, obrigado a deixa
RO país, lojas maçônicas suspensas, Clemente obrigado a
pedir demissão da presidência da Câmara
12.1.1.1.1. Forte reação popular
12.1.1.1.1.1.1. D. Pedro determina
reabertura da Maçonaria e
libertação de José Soares José
Bonifácio se demite do
ministério em 27 de outubro
12.1.1.1.1.1.1.1. Forte pressão
popular pedindo
restauração do
ministério: José
Bonifácio volta
fortalecido, faz
devassa ao grupo de
Ledo, manda diversos
para a França, sob
acusação de
republicanismo,
pertubação da ordem
conspiração contra o
governo, Ledo foge
para Buenos Aires e
devassa continua em
outros estados
13. A Assembleia Constituinte de 1823 e a Constituição de 1824
13.1. D. Pedro diz que defenderia a Constituição: “se fosse digna do Brasil e de mim”
13.2. Projecto de Constituição
13.2.1. Restritiva a Liberdade do Imperador (cargo hereditário)
13.2.2. Eleição indireta, voto censitário, Constituição da Mandioca
13.2.3. “Emancipação lenta dos negros”
13.3. Demissão de Andradas em 16 de julhos
13.3.1. Por conta de ideias progressistas de Bonifácio contra a escravidão,
concentração fundiária, a favor da liberdade de culto, da imigração,
entre outras coisas
13.3.2. Após isso começaram oposição liberal a D. Pedro na Constituinte e no
Jornal O Tamoio
13.4. Dissolução da Assembleia em 12 de novembro de 1823
13.4.1. Pretexto das críticas dos deputados ao governo
13.4.1.1. Este fora acusado de defender os portugueses no
incidente em que dois oficiais lusos deram um surra em uma
farmacêutico confundido com o autor de artigos antilusitanos
em jornais
13.4.2. Vários deputados foram presos, entre eles os AndradaS
13.5. O Conselho de Estado cria a Constituição de 1824
13.5.1. Com a opinião das Câmaras Municipais antes de ser ourtogado
14. Os sinais da crise
14.1. Confederação do Equador
14.1.1. Constituição não foi aprovada pela Câmara Municipal de Recife
14.1.2. Revolução explode em 2 de julho
14.1.3. Apoio do Ceará, Paraíba e RN
14.1.4. Objetivos
14.1.4.1. Republicana
14.1.4.2. Federalista
14.1.4.3. Sistema representativo
14.1.4.4. Estabelecer Constituição Colombina
14.1.4.5. Poder Executivo e Legislativo apenas
14.1.4.6. Abolição do tráfico negreiro para o porto de Recife
14.1.4.6.1. Trouxe crise no movimento, o que facilitou sua
derrocada
14.2. Reconhecimento Internacional da Independência
14.2.1. Tratados desiguais
14.2.2. D. Pedro não abdicou do trono de Portugal
14.2.2.1. Somente fez isso depois que seu pai morreu em 1826,
em favor de Maria da Glória
14.2.2.1.1. Essa casou com seu tio D. Miguel
14.2.2.1.1.1. D. Miguel deu um golpe absolutista em
1828
14.2.2.1.1.1.1. D. Maria da Glória voltou para
o Brasil no ano seguinte e d.
Pedro foi se incumbir de
restituir o direito do trono da
filha, sem esquecer de
planejar com o marquês de
Barbacena uma guerra para
derrubar d. Miguel, o que só
ocorreu depois da abdicação
14.3. Favorecimento dos portugueses em títulos
14.4. Guerra da Cisplatina
14.4.1. Alta carga de gastos
14.4.2. Elevou os preços do gado bovino e do muar para RS, RJ, SP, MG (quase
os proibindo)
14.4.3. Recrutamento militar, prática considerada abominável
14.4.4. Tropas mercenárias
14.4.4.1. Tropas alemães e irlandesas se rebelaram por causa
dos maus-tratos,
14.4.4.1.1. Brasil recorreu a tropas inglesas e francesas, que
não precisaram entra em ação
14.4.4.1.1.1. Vários ministros foram demitidos
depois do acontecido
14.4.5. E ainda foi um fracasso
14.5. Crise econômico-financeira
14.5.1. Falência do Banco do Brasil (depois que d. João se foi com o dinheiro)
14.5.2. Empréstimos para indenizar Portugal
14.5.3. Déficit na balança de pagamentos
14.5.4. Queda no preço das commodities brasileiras
14.5.5. Tratados desiguais, ruins para o mercado interno e para as
manufaturas brasileiras
14.5.6. Emissão de moeda, inflação
15. Oposição parlamentar e na imprensa
15.1. Parlamento reaberto em 1826 e conflitos com D. Pedro I
15.1.1. Conseguiram exigir responsabilidades do ministério de d. Pedro
15.1.2. Rejeitaram propostas importantes do Executivo, como forças armadas
durante a guerra da Cisplatina
15.1.3. Embates por causa do Orçamento
15.1.4. Carta aos Senhores Eleitores de MG
15.1.4.1. Escrita Por Bernardo Pereira de Vasconcelos, prestação
de contas do deputado e defesa da atuação liberal da Câmara
15.2. Imprensa
15.2.1. Oposição ferrenha
15.2.1.1. Ainda mais depois do assassinato do jornalista liberal
Libero Badaró e as suspeitas infundadas que seria a mando de
d. Pedro I
16. A Revolução de 7 de abril
16.1. Noite das Garrafadas
16.1.1. Comerciantes portugueses fizeram festejos para o regresso do
Imperador de sua viagem de MG
16.1.2. Houve provocações de ambos os lados,
16.1.3. Havia forte antilusitanismo
16.1.4. 23 deputados se reuniram na casa do padre Custódio Dias e enviou
uma representação exigindo a punição dos agressores portugueses

aeReação do Imperador foi instituir um ministério só de brasileiros

16.1.4.1.1. Não acalmou os ânimos e tropas, insatisfeitas com


suas condições e com a imagem negativa que
tinham juntam ao povo, estavam mais para aderir
aos rebeldes
16.1.4.1.1.1. Em 5 de abril d. Pedro demite o
ministério dos brasileiros
16.1.4.1.1.1.1. Houve grande mobilização,
Imperador aceitou nomear
outro ministério, sem restituir
o antigo
16.1.4.1.1.1.1.1. DaÍ o Batalhão
do Imperador e a
Guarda da Honra
aderiram a
manifestação, por isso
ele decidiu abdicar.
17. O Rompimento do Pacto Liberal no Início da Regência
17.1. Liberais exaltados ( farroupilhas) e Liberais moderados ( chimangos)
17.1.1. Uniram-se para derrubar d. Pedro I
17.2. Deputados e Senadores nomearam Regência Trina Provisória
17.2.1. General Francisco de Lima e Silva, senador Nicolau Pereira de Campos
Vergueiro e ex-ministro da Justiça José Joaquim Carneiro de Campos
(Marquês de Caravelas )
17.3. Primeiras medidas
17.3.1. Reintegração do ministério exonerado em 5 de Brasil (ministério dos
brasileiros)
17.3.2. Anistia aos presos políticos
17.3.3. Expulsão das tropas todos os estrangeiros que não pretendessem se
naturalizar
17.4. Alinhamento do governo com liberais moderados, deixando de fora liberais
exaltados.
17.4.1. Orientação moderada tornou-se nítida quando a Assembleia Geral
elegeu em 17 de junho Lima e Silva, deputados José Bráulio Muniz e
José da Costa Carvalho (Regência Trina Permanente ), e deputado
padre Diogo Antônio Feijó para ministro da Justiça em 6 de julho
17.5. Acirramento das diferenças entre as facções
17.5.1. Moderados
17.5.1.1. Eram proprietários rurais, comerciantes do interior
mineiro que abasteciam a Corte, associados a políticos da
pequena burguesia urbana e do setor militar
17.5.1.1.1. Defendiam
17.5.1.1.1.1. Reformas estritamente políticas
17.5.1.1.1.2. Garantiam de conquistas na esfera da
ordem que mantivessem as conquistas
liberais da Constituição
17.5.2. Exaltados
17.5.2.1. Origem das camadas médias urbanas,
17.5.2.1.1. Defendiam
17.5.2.1.1.1. Reformas políticas, sociais e
econômicas mais amplas
17.5.2.1.1.1.1. Como:
17.5.2.1.1.1.1.1. República
Democrática
17.5.2.1.1.1.1.2. Federalismo
17.5.2.1.1.1.1.3. Supressão do
Poder Moderador
17.5.2.1.1.1.1.4. Extinção do
Conselho de Estado
17.5.2.1.1.1.1.5. Término da
vitaliiedade do
Senado
17.5.2.1.1.1.1.6. Separação ente
Igreja e Estado
17.5.2.1.1.1.1.7. Nacionalização
do comércio
17.5.2.1.1.1.1.8. Incentivo à
indústria nacional
17.5.2.1.1.1.1.9. Igualdade
social
17.5.2.1.1.1.1.10. Emancipação
gradual dos escravos
17.5.2.1.1.1.1.11. Reforma
agrária
17.5.2.1.1.1.1.12. Sufrágio
universal
17.5.2.1.1.1.2. Nem todos os exaltados
defendiam todas essas
propostas, e alguns
moderados simpatizavam com
algumas dessas propostas
17.5.3. Restauradores ou caramurus
17.5.3.1. Compunham-se de antigos aristocratas, cortesãos e
burocratas do Primeiro Reinado, militares e comerciantes
portugueses
17.5.3.2. Combatiam
17.5.3.2.1. 7 de abril
17.5.3.2.2. Regência Moderada
17.5.3.2.3. Discriminação racial contra negros
17.5.3.2.4. Rivalidades entre brasileiros e portugueses
17.5.3.2.5.
17.5.3.3. Defendiam
17.5.3.3.1. Monarquia bem centralizada
17.5.3.3.2. Inviolabilidade da Constituição (opunham-se as
reformas liberais)
17.5.3.3.3. Em alguns casos a restauração de d. Pedro I
17.5.4. Todos tinham associações políticas e jornais
17.5.4.1. Caramurus e farroupilhas usaram as ação direta nas
ruas
17.5.4.1.1. Reação do governo foi criar a Guarda Nacional em
1831
17.5.4.1.1.1. Formada por cidadãos de boa conduta
e em condições de serem eleitores
17.5.4.1.1.2. Mesma lei
17.5.4.1.1.2.1. Proibia ajuntamentos
noturnos injustificados de
mais de 5 ou 6 pessoas
17.5.4.1.1.2.2. aumentava pena para
ajuntamentos ilícitos
17.5.4.1.1.2.3. aumentava pena para
flagrante delito contra a
ordem pública
17.5.4.1.1.2.4. reforçava a autoridade dos
juízes de paz, que passaram a
se submeter ao Ministério da
Justiça, ter intervenção em
crimes contra a ordem
pública, designar delegado e
até 6 guardas municipais para
patrulha de cada distrito.
18. As reformas liberais (p.212)
18.1. Objetivo de enfraquecer antigos pilares do Primeiro Reinado
18.2. Criação da Guarda Nacional (1831)
18.2.1. Exército visto como instrumento de nepotismo pelos exaltados
18.2.1.1. Após a abdicação moderados o viam como parte da
anarquia e envolvido nas revoltas
18.2.2. Milícia cidadã, baseada na instituição similar francesa, fundada
também em 1831, ideia de confiar a segurança aos cidadãos
proprietários
18.2.3. Extinguiram-se corpos de milícias e ordenanças e Guarda Municipal
18.2.4. Função
18.2.4.1. Juntar as forças policiais e tropas de primeira linha na
segurança interna e externa, mas ela substituía elas nessas
funções muitas vezes
18.2.5. Alistamento obrigatório para
18.2.5.1. cidadãos com renda para ser eleitores da cidade de RJ,
Salvador, Recife e São Luís e para ser votante das demais
cidades
18.2.5.2. sadios
18.2.5.3. de 18 a 60 anos
18.2.5.4. excluindo-se autoridades administrativas, religiosas,
policiais, militares
18.2.6. Serviço permanente, não obrigatório, não remunerado, com custeio
próprio de uniformes, equipamentos e obrigações pecuniárias
18.2.7. Oficiais eleitos pelas tropas por quatro anos
18.2.8. Interpretações
18.2.8.1. Fernando Uricoechea
18.2.8.1.1. Associação litúrgica,
18.2.8.1.1.1. Reforço da dominação patrimonial
18.2.8.1.1.1.1. Uso gratuito de serviços em
troca de reconhecimento ou
privilégios
18.2.8.2. Francisco Falcon, Edmilson Rodrigues e Margarida
Neves
18.2.8.2.1. Consolidação do Estado Imperial e poder
centralizador
18.2.8.2.2. Lógica da ambigüidade aparente
18.2.8.2.2.1. Garantia a ordem escravista, o que
interessava aos poderes locais
18.2.8.2.3. Esses autores discordam de Jeanne Berrance
Castro que diz que essa organização era
democrática, pois ter negros e mulatos
18.2.8.2.3.1. Eles acham que a instituição reproduzia
as desigualdades sociais dentro dela
18.3. Juízes de paz
18.3.1. Magistrados não profissionais e sem remuneração
18.3.2. Resolução de litígios de menor importância e ação cíveis, ações
policiais
18.3.2.1. Ataque a magistratura profissional,
predominantemente portuguesa, e poder nas mãos do
Imperador
18.4. Código Criminal, 1830
18.4.1. Projeto de Bernardo Pereira de Vasconcelos
18.4.2. Intenção de proteger a oposição do Governo, por isso penas brandas
18.5. Código de Processo Criminal, 1832
18.5.1. Ampliou , mais os poderes dos juízes de paz
18.5.2. Introduziu habeas-corpus
18.5.3. Criou a figura do juiz municipal
18.5.3.1. Nomeado pelo presidente da província, a partir de lista
tríplice apresentada pela Câmara Municipal, executava ordens
do juiz de direito
18.5.4. Sistema de júri
18.6. Lei da Regência, em junho de 1831
18.6.1. Fortaleceu o Poder do Parlamento em detrimento dos regentes
18.6.2. Várias medidas dependiam do Parlamento
18.7. O que os exaltados queriam
18.7.1. Miranda Ribeiro propôs
18.7.1.1. Extinção do Poder Moderador, Conselho de Estado,
Senado vitalício
18.7.1.2. Adoção do federalismo, autonomia municipal,
18.7.1.3. Conselhos Gerais de Província se tornariam
Assembleias Legislativas
18.7.1.4. Autonomia financeira das províncias
18.7.1.4.1. Discriminação das rendas nacionais e provinciais
18.7.1.4.2. Divisão dos poderes tributários entre o
Parlamento e as assembleias provinciais
18.7.2. Aprovado em outubro pela Câmara, foi vetado pelo Senado
18.7.2.1. Solução de compromisso:
18.7.2.1.1. Ato Adicional de 1834
18.8. Ato Adicional de 1834
18.8.1. Extinção do Conselho de Estado
18.8.2. Substituição de Regência Trina pela Uma
18.8.2.1. Regente eleito por um mandato de quatro anos por
voto secreto e direto
18.8.3. Criação de Assembleias Legislativas nas províncias (cujos membros
seriam eleitos por 2 anos)
18.8.3.1. Legislação de vários temas, com sujeição a veto do
presidente da província,que continuavam a ser indicados pelo
poder central
18.8.3.2. Divisão das rendas fiscais
18.8.4. Autonomia municipal dependente da Assembleia
18.8.5. Experiência republicana com eleição de regente uno (Paulo Pereira de
Castro)
18.8.6. Ato Adicional ajudou a diminuir o caráter autoritário e ao mesmo
tempo reprimir a oposição exaltada e restauradora
18.9. Tentativa de golpe de Estado por Feijó em 1832, então ministro da Justiça
18.9.1. Pretexto foi a negativa do Senado de destituir José Bonifácio de tutor
do futuro Imperador
18.9.1.1. Naquele mesmo dia todo o ministério se reuniu e
quatro dias depois a Regência, influenciada por Feijó, com
base na alegação de impossibilidade de constituir gabinete
18.9.2. Uma comissão propôs transformar a Câmara dos Deputados em
Assembleia Nacional Constituinte sem a participatição do Senado e
aclamar a Constituição de Pouso Alegre
18.9.2.1. Carneiro Leão conseguiu evitar o desfecho do golpe
18.9.2.2. Os regentes reassumiram e Feijó foi substituído no
ministério
18.9.2.2.1. Mas logo foi eleito para ser regente, defendendo
um Executivo Forte
18.10. Medidas descentralizadoras tiveram muitas críticas
19. As Grandes Revoltas Provinciais
19.1. Cabanagem
19.1.1. Pará
19.1.2. Envolveu índios, caboclos, negros
19.1.3. Durou em torno de nove meses
19.1.4. Não tinham programa de governo
19.1.5. Proclamações
19.1.5.1. Ódio a portugueses, estrangeiros e maçons
19.1.5.2. Defesa da liberdade, religião católica, do Pará e de D.
Pedro II
19.1.6. Chegou a declarar a independência da Província
19.2. Guerra dos Farrapos, Revolução Farroupilha
19.2.1. Sociedade militarizada, composta por caudilhos, mais vinculada à
região platina
19.2.2. Descontentamento com a política tributária do governo imperial
19.2.2.1. Queriam:
19.2.2.1.1. Redução do imposto sobre o sal e do imposto
sobre circulação de produtos nas províncias
19.2.2.1.2. Elevação do imposto do charque platino
19.2.3. Farroupilhas opuseram-se a uma Sociedade Militar Caramuru instalada
em 1833 na região e entraram em choque com o presidente nomeado
pela Regência, Antônio Rodrigo Fernandes Braga, para governar a
província
19.2.4. Liderados por Bento Gonçalves os farroupilhas venceram as tropas
governamentais , declaram a República Rio-Grandense, com sede em
Piratini, enquanto as outras províncias não aderissem ao sistema
federalista
19.2.4.1. Com ajuda de Garibaldi, invadem Santa Catarina e
declaram a República Catarinense ou República Juliana
19.2.4.2. O governo mandou o comandante das Armas Luís Alves
de Lima e Silva, o barão de Caxias,o acordo de paz de 1845
dizia
19.2.4.2.1. Fixação de uma tarifa de 25% sobre o charque
platino
19.2.4.2.2. Redução dos impostos de barreira e sobre o sal
19.2.4.2.3. Libertação dos escravos que participaram da
revolta
19.2.4.2.4. Incorporação do oficiais farroupilhas no mesmos
cargos ao Exército brasileiro ou dispensa daqueles
que não quisessem servir ao mesmo ou à GN.
20. O Regresso Conservador e a Maioridade
20.1. Movimento Regresso
20.1.1. Formado por antes moderados e caramurus que achavam que o carro
das mudanças liberais estava indo rápido demais e nocivo para o país
20.1.1.1. Setor de grandes fazendeiros de café
20.1.2. Vasconcelos e Paulino José Soares de Sousa eram líderes do
movimento
20.1.3. Primeira vitória
20.1.3.1. Renúncia de Feijó em setembro de 1837
20.1.3.2. Eleição de Araújo Lima como regente efetivo, já era
interino desde a saída de Feijó
20.1.3.3. Vitoriosos na nova eleição nacional
20.1.3.4. Vasconcelos como ministro do Império e da Justiça
20.2. Lei de Interpretação do ato adicional, maio de 1840
20.2.1. Mudou a natureza dos cargos criados na Código de Processo Criminal
nas províncias e municípios
20.2.2. Assembleias só podiam demitir sumariamente magistrados em caso de
crime de responsabilidade
20.2.3. Províncias proibidas de legislar sobre assuntos da polícia judiciária
20.2.4. Espaço para que leis opostas a lei de Interpretação fossem revogadas
pela Assembleia Geral
20.3. Oposição do Partido Progressista, núcleo do que viria a ser o Partido Liberal
20.3.1. Antigos liberais exaltados e alguns poucos restauradores
20.3.2. Profissionais de extração urbana, proprietários de terra de MG, SP e RS
20.3.3. Defendiam a descentralização e a prevalência do poder Legislativo
20.4. Antecipação da maioridade de d. Pedro II pelos liberais
20.4.1. Criação em 15 de abril de 1840 do Clube da Maioridade por Antonio
Carlos de Andrada
20.4.2. Dois dias depois da Lei de Interpretação tinha-se proposto a
Maioridade, mas rejeitada por 2 votos
20.4.2.1. Em 21 de julho de 1840 o “Quero já” resolve a questão
e em 23 de julho é dissolvida a Regência
20.5. Liberais assumem o poder
20.5.1. Os irmãos Antonio Carlos e Martins Francisco de Andrada, os irmãos
Holanda e Francisco de Paulo Cavalcanti, Limpo de Abreu e o áulico
Aureliano Coutinho
20.5.2. Atrito entre ministério liberal e Câmara conservadora
20.5.2.1. Eleições de 1840 com fraude: vitória do Partido Liberal
20.5.2.1.1. Disputa interna entre liberais e facção áulica
20.5.2.1.1.1. Queda do ministério em 23 de março
de 1941
20.6. Imperador formou um novo gabinete com conservadores, que continuaram o
Regresso
20.6.1. Restabelecimento do Conselho de Estado
20.6.2. Reforma do Código de Processo Criminal
20.6.2.1. Estrutura administrativa judiciária e policial sujeita ao
poder central
20.6.2.1.1. Somente juízes de paz, eleitos localmente,
permaneciam não sujeitos a esta estrutura
central, mas tiveram suas funções transferidas
para outros, só ficou manter a ordem nas ruas
20.6.2.1.2. Obrigatoriedade de saber ler e escrever, além de
20.6.3. Em maio de 1842 governo conservador dissolve a Câmara eleita
Durante Gabinete da Maioridade
20.6.3.1. Resposta foi revolta armada, liderada pela Sociedade
dos Patriarcas Invisíveis, sociedade secreta fundada por José
de Alencar
20.6.3.1.1. Não atingiu as classes baixas, envolveu a GN
20.6.3.1.2. Durou 1 mês em SP e 2 meses em Minas
20.6.3.1.3. Principais líderes presos e deportados para Lisboa,
mas retornaram em 1844 no Gabinete Liberal
20.7. Não renovação do Tratado com a Inglaterra
20.7.1. Expiraria em novembro de 1842 ou 1844 (como queria a Inglaterra)
20.7.1.1. Declínio da preeminência inglesa no Brasil, segundo
Manchester
20.8. Medidas protecionistas
20.8.1. Tarifa Alves Branco
20.8.1.1. Taxa alfandegária de 60% sobre tabaco e gêneros afins,
e 20% sobre os produtos e fiações de algodão, e a taxa de
outros produtos variava entre esses extremos
20.8.1.1.1. Objetivo de promover e resguardar a indústria
nacional, mas principalmente aumentar a taxa do
governo
20.8.2. Decreto de 1846:
20.8.2.1. Livre importação de maquinaria e de matérias –primas
para as manufaturas, isenção dos empregados do serviço
militar
20.8.3. Decreto de 1848
20.8.3.1. Autorização do Governo a conceder empréstimos a
industriais, como Barão de Mauá
21. Tráfico de escravos
21.1. Segundo Tratado ratificado em 1827 com a Inglaterra, Brasil decretou a 7de
ilegalidade do tráfico em 7 de novembro de 1831
21.1.1. Houve retração da importação de escravos no início, mas voltou a
crescer com expansão cafeeira
21.2. Governo decreta em 13 de março de 1845 o fim da convenção de 1817, que
dava o direito à Inglaterra de vistoriar e apreender embarcações negreiras (com
escravos a bordo) ao norte do equador e convenções adicionais (como a de 1831
que estendia o direito dos navios ao sul)
21.2.1. Ingleses declararam o Bill Aberdeen, que autorizava a marinha inglesa
a ver os navios negreiros brasileiros como piratas, confiscá-los com
suas mercadorias e enviar sua tripulação para ser julgada em tribunais
britânicos.
21.2.1.1. Mais de quatrocentos navios brasileiros apreendidos
21.2.1.2. Leis vistas, inclusive por antiescravistas, como afronta
a soberania nacional
21.2.1.3. Contudo, o tráfico continuou aumentando
22. Reforma eleitoral de 1846
22.1. Objetivo de evitar a expansão do eleitorado
22.1.1. Excluía as praças-de-pré
22.1.2. Valor passou a ser medido em prata
22.1.2.1. O que equivalia a dobrar o valor
23. Quinquênio Liberal (1844-48)
23.1. Não extinguia as reformas do regresso
23.2. Atritos constantes com a Câmara dos Deputados desgastaram o governo
23.2.1. Deputado convidou Araújo de Lima, agora Visconde de Olinda para a
Presidência do Conselho de Ministros
24. Gabinete Conservador de 1848
24.1. Enfrentou a Revolução Praieira
24.1.1. Do Pernambuco era liderada pela família Rego-Barros do Partido
Conservador e Cavalcanti do Partido Liberal
24.1.1.1. Uma ala do Partido Liberal criou o Partido Nacional de
Pernambuco, o Partido da Praia
24.1.1.1.1. Chegaram ao poder em 1845 com Chicorro da
Gama
24.1.2. Pernambuco vivia uma crise econômica, social e política, por isso o
governo imperial anulou duas vezes as eleições para senadores da
província, alegando fraude, e ambas as vezes eram candidatos
praieriros.
24.1.2.1. Chichorro da Gama deixou o poder em 1848 por
acusações de corrupção e muitos praieiros foram demitidos de
seus cargos públicos, esses usaram armas para se manterem
nos postos
24.1.2.1.1. A formação do gabinete Araújo de Lima e a
escolha do conservador Herculano Ferreira Pena
para o governo provincial, que adiou as eleições
para deputados, fizeram a revolta eclodir.
24.1.3. Cerne da luta de moradores do interior comandados pelos senhores
de engenho, além de grande parte da GN. A presença de Borges da
Fonseca trouxe muitas demandas radicais:
24.1.4. Demandas
24.1.4.1. Convocação de Assembleia Constituinte, exclusiva de
brasileiros, com objetivo de nacionalizar o comércio
24.1.4.2. Fim do Senado vitalício
24.1.4.3. Descentralização que deixasse o governo local a cargos
dos políticos provinciais e recursos administrados pela própria
província
24.1.5. Repressão do governo imperial
24.1.6. Deputado liberal Francisco de Sales Torres Homem, com pseudônimo
Timandro, publicou em 1849 um panfleto criticando a repressão à
Praieira.

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