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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
PALMAS-TO
FEVEREIRO – 2007
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
PALMASTO
FEVEREIRO – 2007
2
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________________
Profª Ms. Elion Sarmento
ORIENTADOR
____________________________________________________________
Profº Ms.
MEMBRO DA BANCA
____________________________________________________________
Profª Dra.
MEMBRO DA BANCA
3
“DEDICATÓRIA”
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, que me deu vida, saúde e disposição para realizar
este trabalho. A toda minha família, que sempre esta comigo, meus Pais Paulo Sérgio e
Francisquinha, minha Irmã Érika, que mora tão longe e ao mesmo tempo está tão perto e a
minha sobrinha Vitória (que diariamente muito me contagia com sua alegria e eu a Amo), a
minha Vó Ivonete, tias Ione, Marilia, Andréia, Aldi, Aldinita e tios Tonim e André.
Ao apoio dado por meu orientador, Prof. Elion Sarmento e todos os professores do
Curso de Administração, em especial as professoras Mônica e Denise pela paciência e
ensino.
Aos inúmeros amigos conquistados na Universidade, aos colegas das Empresas
Juniores, no qual vejo um celeiro de empreendedores e merece mais apoio institucional.
A todos os amigos, em especial, Pr. Nonato, Jaqueline, Lucélia, Ronei,Tânia, Kairo,
Fábio, Marcos, Keila, Estevan, Junior, Itamar, Regis, Antonio, Ione, Rodrigo, Neto, Janaina,
pela força dada no momentos certos.
Ao Administrador e amigo Renato Jayme que é referencia como pessoa e
profissional, e me ajudou a conhecer o tema.
Aos colaboradores Nivaldo (SEINF) e Raimunda (SIDUSCON), pelo
profissionalismo, não negaram prestar informações e demonstraram grande interesse no
sucesso do PBQP-H.
As todas as empresas que abriram suas portas para realização da pesquisa, em
especial a Construtora Conforça (Gerival), Habite (Olívia), Eletro Hidro (Maria), CSD,
Construtora RT (Vitor), RG, Enfraeg, Sandrenge, Talismã, Detalhes, Samom, Fabiano
Parafusos, Alvorada, pela atenção e informações prestadas.
Talvez o destino nos leve a caminhos diferentes e/ou distantes, mas os laços aqui
construídos, sempre manterão um elo.
5
SIGLAS
6
RESUMO
Com base em uma pesquisa exploratória, o presente trabalho apresenta considerações sobre
o PBQP-H - Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat - PBQP-H e
alguns aspectos resultantes do SGQ - implantado nas empresas construtoras que aderiram
ao programa, situadas em Palmas-To. Avalia também como o Programa está refletindo na
cadeia produtiva do setor da construção civil.
Para esse estudo foram aplicados questionários semi-estruturados com pesquisas
quantitativas e qualitativas em 10 (dez) empresas construtoras e 5 (cinco) empresas que
fornecem materiais para construção civil, as respondentes foram pessoas ligadas a área da
qualidade da empresa e relacionamento com as construtoras.
Após as pesquisas foram feitas analise em profundidade de acordo com os resultados da
investigação.
De forma Geral o PBQP-H apresenta uma série de resultados positivos. Está sendo benéfico
para o setor, mas ainda existem muitas ações a serem tomadas para que a qualidade na
construção civil alcance o patamar de qualidade esperado.
O presente trabalho torna-se relevante na medida em que procura trazer contribuições para
o curso de Administração, mais especificamente aos programas de qualidade e ao próprio
PBQP-H implantados no Tocantins.
Palavras Chave:
7
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 8
1.1 Problematização 11
1.2 Justificativa 11
1.3 Objetivos 12
1.4.1 Objetivo Geral 12
1.4.2 Objetivos Específicos 12
2 METODOLOGIA 13
3 O PBQPH 15
3.1 Conceito do PBQP-H 15
3.2 Histórico 16
3.3 Base Legal 18
3.4 Objetivos do PBQP-H/TO 18
3.4.1 Objetivo Geral 18
3.4.2 Objetivos específicos 18
3.5 Arranjo institucional 19
4 CONCEITOS BÁSICOS DA GESTÃO E DA QUALIDADE 20
5 NORMA SIQ-C, SIAC E A NBR ISO 9001:2000 23
5.1 A composição de cada nível – SIAC 23
6 OCCs 26
7 AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE 27
8 ETAPAS DE IMPLEMENTAÇÃO 27
8.1 Número de empresas qualificadas por nível no Brasil 28
8.2 Numero de empresas qualificadas por nível no Estado do Tocantins 29
9 AGENTES DO PBQP-H 29
10 PRINCIPAIS PARCEIROS DO PBQP-H 30
11 CONSULTORIAS 30
12 CUSTOS DA IMPLANTAÇÃO DO SGQ 31
13 PESQUISA EM CAMPO E ANÁLISE 31
13.1 Pesquisa: Empresas Construtoras 31
8
13.1.1 Perfil das empresas construtoras pesquisadas 32
13.1.2 Opinião das empresas construtoras 33
a) Quanto ao Certificado de Qualidade obtido 33
a) Quanto aos Fornecedores locais 34
b) Quanto as Consultorias 36
c) Quanto ao Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ 37
d) Índices do Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ 38
e) Satisfação quanto aos agentes do Programa 41
f) Investimentos Financeiros para SGQ 42
13.1.3 Analise dos questionários qualitativos 43
a) Opinião quanto Obstáculos para implantação do SGQ 43
b) Sugestões para melhorar o PBQP-H 45
13.2 Pesquisa com Fornecedores 47
a) Conhecimento do PBQP-H 48
b) Tipo dos certificados do clientes 48
c) Nível de exigência das construtoras 49
14 CONCLUSÃO 50
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 52
ANEXOS 53
9
1. INTRODUÇÃO
encontrar soluções para a melhoria das condições do habitat urbano. A baixa qualidade de
renda da população.
inadequada, existe ainda uma deficiência na qualidade das construções e obras que
curta vida útil. O setor da construção civil é um dos setores produtivos mais importantes
produtividade.
patamares da qualidade no setor da construção civil, de forma ampla, pois abrange toda
acordo setorial com o Ministério das Cidades, passando a exigir em suas licitações para
de Artes Especiais, certificação da qualidade para as empresas que prestam serviços nessa
área.
1.1 Problematização
houve grandes investimentos por parte das empresas construtoras que objetivam participar
1.2 Justificativa
exigindo das pessoas envolvidas sua qualificação para garantir a consolidação dos
ainda estão no nível D. Em todas elas iniciou-se a implantação do SGQ. Diante desses
números supõe-se que o patamar da qualidade, na construção civil, está elevando-se. Mas
para confirmar essas suposições faz-se necessário realizar um estudo que aponte os
2
1.3 OBJETIVOS
3
2 METODOLOGIA
termos, opiniões e dados na forma de coleta de informações, assim como também com
as variáveis, é uma forma de garantir a precisão dos resultados, evitando com isso
indivíduos.
4
O universo usado para a presente pesquisa, foram as empresas construtoras que
aderiram ao programa e estão certificadas em algum nível além de empresas que fornecem
forma:
abrangendo 12% (dose por cento) das 84 (oitenta e quatro) cadastradas, dessas, 7 (sete)
(trinta e cinco por cento), as outras 3 (três), ainda estão com nível C em um total de 20
questionários compreenderam:
certificados;
(c) Percepção dos entrevistados com relação aos índices de melhoria obtidos por
meio o SGQ.
(e) Indução para a qualidade nos fornecedores de produtos para construção civil
5
3 O PROGRAMA BRASILEIRO DA QUALIDADE E
PRODUTIVIDADE DO HABITAT - PBQP-H
produtiva.
a redução de custos e a otimização do uso dos recursos públicos. O objetivo, a longo prazo,
O PBQP-H procura se articular com o setor privado afim de que este potencialize a
habitat urbano. Por isso, sua estrutura envolve entidades representativas do setor,
conjunto com o Ministério das Cidades. Tais diretrizes são estabelecidas em fórum próprio,
6
de caráter consultivo: o Comitê Nacional de Desenvolvimento Tecnológico da Habitação –
O Programa não se vale de novas linhas de financiamento, mas procura estimular o uso
eficiente dos recursos existentes, oriundos de diferentes fontes (OGU, FGTS, Poupança
etc.) e aplicados por diferentes entidades (CAIXA, BNDES, FINEP, SEBRAE, SENAI,
etc.). Por outro lado, o Programa conta com grande contrapartida privada, sendo os
projetos e divulgação.
ambiente tecnológico e de gestão para o setor, no qual os agentes podem pautar suas ações
humanos; gestão da qualidade; gestão de suprimentos; gestão das informações e dos fluxos
3.2 Histórico
Programa, que passou a integrar o Plano Plurianual (PPA). A partir de então englobou
7
passou de "Habitação" para "Habitat", conceito mais amplo e que reflete melhor sua nova
área de atuação.
Civil a implantarem sistemas de gestão da qualidade com base nas normas SIQ-C
portaria para cada sub-setor, bem como, um cronograma de exigência de nível D, C,B e
A.
Segundo a portaria do Ministério das Cidades (nº. 118/2005, p. 3), entende-se por sub-
exclusivamente, os seguintes:
I. Edificações
II. Saneamento básico
III. Construções Viárias, Rodoviárias e Obras de Arte Especiais
IV. Eletricidade e Instalações Especiais
V. Projetos e Engenharia Consultiva
8
3.3 Base Legal
elaborar e executar planos de desenvolvimento econômico e social (art. 21, IX, CF/88),
bem como instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação (art. 21,
XX, CF/88).
9
IV. Fomentar o desenvolvimento e a implantação de instrumentos e mecanismos de
garantia de qualidade de projetos e obras do habitat;
IX. Promover a melhoria e qualidade de gestões nas diversas formas de projetos e obras
do habitat;
está formalmente inserido como um dos programas do Plano Plurianual (PPA 2004-2007).
10
II. Coordenação Geral - dirigida por um Coordenador Geral, membro do
designado pela Secretaria de Infra-Estrutura. será constituída por seis membros titulares e
seis membros suplentes, indicados, em comum acordo, pelas entidades privadas ligadas à
acordo, pelas entidades privadas ligadas à Construção Civil no Tocantins, que compõem a
V. Comissões de Qualificações.
Federal.
11
- administração dos recursos humanos,. materiais, tecnológicos e financeiros
integrantes de um centro de responsabilidades ou unidades de negocio, no sentido de
operacionalização ótima de linhas de negócios/produtos/serviços organizacionais.
qualidade.
12
Não há uma definição estabelecida da qualidade, já que este conceito abraça
diferentes perspectivas. E tampouco basta uma simples definição já que a qualidade se
observa segundo os interesses individuais de cada um, assim como cada indivíduo possui
um distinto conceito de qualidade ou procura algo diferente quanto à mesma. No entanto
sua especificação contempla as seguintes idéias básicas
Para Oakland (1994, p 15), “qualidade nada mais é que o atendimento das
exigências do cliente”.
Conforme pesquisado, esta ótica tem sido expressa de muitas maneiras por outros
autores:
que esta possa ocorrer, tais como a satisfação do cliente, eficiência e eficácia nos
qual uma empresa não sobrevive no mercado; no entanto o grande diferencial de uma
Esta capacidade de conquistar o cliente pode ser uma fonte de vantagem competitiva, em
de preferência do cliente.
13
5 NORMA SIQ-C, SIAC E A NBR ISO 9001:2000
em 15 de março de 2005 através portaria nº 118, do Ministério Das Cidades pelo SiAC -
Civil
A norma SiAC é um melhoria do SiQ, que após sua revisão passou a denominar-se
Empresas Construtoras e foi baseada na série de Normas ISO 9000 com caráter evolutivo,
14
7.3.3. Saídas de projeto X X
7.3.4. Análise crítica de projeto X X
7.3.5. Verificação de projeto X X
7.3.6. Validação de projeto X X
7.3.7. Controle de alterações de Projeto X X
7.3.8. Análise crítica de projetos fornecidos
pelo cliente
X X
Para certificação em cada nível é necessário a empresa passar por uma auditoria
15
Quando são totalmente adotados estes princípios ajudam a melhorar o seu
desenvolvimento organizacional:
“[...] A ABNT NBR ISO 9001 é uma forma útil para que uma
organização seja capaz de demonstrar que ela gerencia seu negócio e,
desta forma, alcança uma qualidade (boa) consistente. Se você não
estiver satisfeito com o desempenho de seu fornecedor, você deve dar um
retorno apropriado a ele! Aprender com as reclamações ajuda as
organizações a melhorar seu futuro desempenho – isto é um componente
fundamental da ABNT NBR ISO 9001.[...]”. www.abntcb25.com.br –
acessado em 10/02/2007
16
6 ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO CREDENCIADOS – OCC
A tabela acima apresentas valores aproximados, pois podem variar para + ou para -,
17
7 A AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE
8 ETAPAS DE IMPLEMENTAÇÃO
18
Sensibilização e Adesão: os diversos segmentos da cadeia produtiva, reunidos por
Coordenação Geral do PBQP-H. Essa etapa busca sensibilizar e mobilizar o setor privado e
envolvidas no Brasil, sendo que mais de 2000 já foram auditadas por organismos
construção.
C
B
A
Tabela 3- Cronograma de implantação do PBQP-H/TO
19
8.2 Numero de empresas qualificadas por nível no Estado do Tocantins.
9 AGENTES DO PBQP-H
PBQP-H, uma ação impositiva ou normativa. O setor público passa a ter um papel de
impostas, tem-se buscado, com esse processo, estabelecer metas e ações consensuadas pelas
Palmas-TO.
20
10 PRINCIPAIS PARCEIROS DO PBQP-H
Caixa Econômica Federal: tem sido o principal parceiro no que se refere ao uso do
poder de compra. Ao oferecer financiamentos específicos para as empresas do ramo de
construção civil que aderiram ao PBQP–H, atua como indutora dos processos de elevação da
qualidade e produtividade, aumentando a competitividade no mercado, e despertando ainda
mais o interesse do setor para a modernização produtiva.
INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial:
A parceria com o INMETRO resultou na sua inclusão no Comitê Nacional de
Desenvolvimento Tecnológico da Habitação (CTECH), na Comissão Nacional do Sistema de
Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras da Construção Civil
(CNMaC); e na admissão do Instituto como entidade credenciadora dos organismos
certificadores para o SiAC.
E ainda:
ABC – Associação Brasileira de COHABs Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas ABPC – Associação Brasileira dos Produtores de Cal
AFEAL– Associação Nacional de Fabricantes de ANAMACO – Associação Nacional dos
Esquadrias de Alumínio Comerciantes de Material de Construção
ABMACO – Associação Brasileira de Materiais ANTAC – Associação Nacional de Tecnologia do
Compósitos Ambiente Construído
AsBEA - Associação Brasileira dos Escritórios de
CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção
Arquitetura
COBRACON/ABNT FINEP/Habitare
IBS – Instituto Brasileiro de Siderurgia Ministério da Ciência e Tecnologia
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Ministério da Justiça
Comércio Exterior
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena SINAENCO – Sindicato Nacional das Empresas de
Empresa Arquitetura e Engenharia Consultiva
11 CONSULTORIAS
Intelligent Bussines
Consulting
- 3 a 6 meses 4 + de 20 63 32153270
Consultor Antonio 63 99782623
Ciro
- - - -
63 84022022
63 32162355
Consultor Alexandre - - - -
63 84016510
Tabela 6 – Consultorias - Fonte:SINDUSCON/TO e as próprias empresas
21
12 CUSTOS DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA
QUALIDADE
A pesquisa envolveu entrevistas estruturadas com os diretores das empresas e/ou com os
profissionais diretamente responsáveis pela implementação do SGQ. Os questionários
compreenderam:
(c) Percepção dos entrevistados com relação aos índices de melhoria obtidos por
meio o SGQ.
(e) Indução para a qualidade nos fornecedores de produtos para construção civil
Amostra: 10 empresas
22
13.1.1 Perfil das empresas construtoras pesquisadas
Sub-setores Certificados
Nível
Empresa Atual Obras Obras de Artes
Edificações Saneamento Eletrificações
Viárias Especiais
Empresa 1 A X X X - -
Empresa 2 C X X X X -
Empresa 3 A X - - - -
Empresa 4 A X - - X -
Empresa 5 A X X X X -
Empresa 6 C - X X - -
Empresa 7 A X X X - -
Empresa 8 C X - - - -
Empresa 9 A - X - - -
Empresa 10 A X X X X -
Total 8 7 6 4 0
Tabela 8 – Empresas, Nível e sub-setores certificados.
Das 10 empresas pesquisadas, sete possuem certificado “Nível A” e três ainda estão
tanto afirma-se que empresas com certificados “Nível C” estão fora do mercado para obras
do Estado.
pouco valeu o alto investimento, caso o SGQ não tenha se consolidado e não tenha vencido
a auditoria é feita por tipo de obra, ou seja, por sub-setor, aumentando seus custos de
certificação.
ofertas reduzido.
23
13.1.2 Opinião das empresas construtoras
empresas consideram razoáveis e 70% (setenta por cento) consideraram muito importante, o
que denota que as mesmas estão valorizando o seu certificado de qualidade e 10% (dez por
(trinta por cento) as empresas consideram razoável e 60% (sessenta por cento) muito
competitivo. Estas empresas estão certas que se não tiverem certificadas no nível exigido
estarão fora deste mercado. Torna-se mais difícil à certificação quando a empresa perde o
prazo de validade do seu certificado, visto que as mesmas dependem de obras para realizar
certificação, algumas empresas, 30% ( trinta por cento), consideram poucos negócios, 20%
(vinte por cento) razoável e 30% (trinta por cento) muitos negócios, apontando que, pelo
menos, conquistaram novas obras. No entanto, vale ressaltar que após a implantação do
“razoável” e “muito”, com 50% (cinqüenta por cento), para ambos. Neste caso “muito”,
24
significa “caro”. Estas respostas inserem-se nas reclamações relativas aos custos afirmados
Para a tabela 9, as respostas “Nenhuma”, foram dadas por uma mesma empresa,
verificou-se que esta empresa certificou-se no nível C e não deu continuidade ao programa,
a mesma esta sem obras desde o encerramento do prazo para esse nível. Podemos considerar
que esta empresa se encaixa no grupo das construtoras que estão saindo do mercado de
concorrência de obras publica por não terem acompanhado a evolução da exigência dos
níveis.
Por outro lado o planejamento estratégico faz parte do SGQ, que deveria prevê
Quando uma empresa implanta o SGQ com base nas normas SIAC, atendendo ao
item 7.4 “Aquisição”, ela deve estabelecer procedimentos de relacionamento e avaliar seus
fornecedores, este requisito leva as empresas a ficarem mais exigentes quanto à qualidade
Segundo a tabela 10, o item “atendimento”, 20% (vinte por cento) acham
“razoável” e 60% ( sessenta por cento) acham “Boa”, o que denota que neste quesito os
25
A pontualidade na entrega juntamente com a oferta de produtos com certificados de
qualidade apresenta para maioria 50% razoável e 40% boa. A pontualidade é um dos fatores
mais importantes na obra, pois o atraso da mercadoria gera prejuízos, independente do SGQ,
específicos do programa é:
construtivos;
SGQ, Antes não havia tanto interesse por parte das construtoras no uso por produtos dessa
categoria.
Outro item da norma que leva a busca por produtos com qualidade é o “dispositivos
de medição”, exige que os materiais de medição, tal como trenas, nível de bolha, régua,
Outros requisitos legais, exigem que alguns tipos de produtos usados na construção
civil obrigatoriamente tenham selo de qualidade. Ex. INMETRO, tal como botinas,
Em relação ao preço, grande parte, 70% consideram razoáveis, vale ressaltar que
fornecedores, foi feito pesquisas também com os fornecedores. Ver tabela 18 – Nível de
26
c) Quanto as Consultorias
Certificação.
Para a questão “a”, considera-se, Péssimo - muito caro, Ruim - caro, Razoável -
preço justo e Bom - preço baixo, sendo assim, pode-se afirmar que a metade das empresas
acham justo o valor das consultorias, para 20% (vinte por cento), preço e abaixo, e 30%
O item “b” demonstra que os consultores locais estão sendo eficazes, pois 40%
(quarenta por cento), acharam excelente, 50% (cinqüenta por cento), bom, os serviços
consultoria de outro estado, além dessa outra empresa também dispõe de sua consultoria
autônomos. Mas, sabe-se que existem, pelo menos, mais 3 consultores em Palmas, para
27
d) Quanto ao Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ, implantado.
de inovações tecnológicas, esta sendo alcançado por metade das empresas 50%,
sondagem do solo, maquinário e equipamentos novos, entre outros, passando a fazer parte
obra.
de obras por meio do certificado, compensando os gastos efetuados, 70% (setenta por
cento), afirmam Sim e 30% ( trinta por cento) Não, as construtoras que afirmam que não
houve retorno, provavelmente são as que ainda não ganharam nenhuma licitação, pois
muitas certificaram-se poucos meses antes desta pesquisa, ou já perderam o prazo para seu
nível.
Conforme a questão “b” 70% (setenta por cento) das empresas realizam ações de
28
possuem certificação Nível A, esse dado revela a grande possibilidade de melhorias na
construção civil.
%
Questão 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
a) Redução dos Custos de Produção 22% 34% 22% 22% - - - - - - -
b) Aumento da Produtividade na empresa 22% 22% 32% - 11% 11% - - - - -
c) Retorno dos Investimentos financeiros
23% - 11% 11% 11% 11% - 11% - 11% 11%
(Consultoria, Auditoria, Treinamentos...).
d) Qualificação da mão de obra interna - 11% 11% - 22% 22% - 11% - - 22%
Tabela 13 – Índices relativos ao SGQ
implantação do SGQ, por isso, vale ressaltar que, durante a aplicação da pesquisa observou-
devido a caracterização de cada uma, tal como tempo de implantação do SGQ e numero de
sub-setores certificados.
22% (vinte e dois por cento) das empresas pesquisadas conseguiram máximas de
30% (trinta por cento) de redução nos custos de produção, o que pode ser considerado um
ótimo índice para o setor, a maioria 34% (trinta e quatro por cento) reduziram em 10%, (dez
por cento) outras 22% (vinte e dois por cento), reduziram em 20% (vinte por cento) e
também 22% (vinte e dois por cento), das empresas não afirmam que não houve redução dos
custos de produção.
29
“[...] Com a redução do desperdício de materiais e melhoria na
qualificação das empresas contrutoras, é possível reduzir custos das
unidades habitacionais e efetivamente obter melhorias na qualidade. Com
isso, espera-se que os recursos atualmente empregados nos financiamentos
habitacionais possam atender a uma percela maior da população
contribuindo para a redução do déficit habitacional[...]”. Material
Institucional V20 PBQP-H – Ministério das Cidades.
eficiente induz as empresas a optarem por produtos com qualidade, que são mais caros e
Para a maioria das empresas 34% (trinta e quatro por cento) o SGQ aumentou em
apenas 10% (dez por cento), a produtividade, outras 11% ( onze por cento),conseguiram ate
Em 22% (vinte e por cento), das empresas ainda não houve aumento da
O item “c” serviu para confirmar as respostas do item “B” da tabela 5, no qual
30% das empresas afirmam não terem, obtidos ainda, retorno dos investimentos, já na tabela
6, 23% ( vinte e três por cento), afirmam que não houve retorno, sendo assim, podemos
supor que para os 30% (trinta por cento), que afirmaram “Não houve retorno”, o retorno não
30
Para as demais o retorno dos investimentos variou entre 10% e 100%.
humanos passam a ter com a melhoria continua da qualidade. Isto passa pela assimilação da
treinamentos e capacitação.
pela empresa junto seus funcionários que os levam a busca pela qualidade.
pois a maioria é contratada por obra, sendo comum as contratações e demissões no seu
departamento pessoal. O SGQ induz o treinamento geral, isso nos leva a crê que a cada dia
Os índices relativos a qualificação variou de 10% ( dez por cento),a 100% (cem
por cento), sendo, 20% ( vinte por cento), empresas construtoras que consideram todo seu
quadro de colaboradores qualificado, outros 11%( onze por cento), 22% ( vinte e dois por
cento), e 22% (vinte e dois por cento), consideram que 70%, 50% e 40% dos seus
funcionários estão qualificados. Sendo assim pode-se afirmar que há, nas empresas, ações
Segurança no Trabalho.
Procedimento de execução de serviço
controlado.
Procedimento de aquisição de materiais e
serviços.
5 S‟s.
Política de Qualidade ou qualidade na
empresa.
31
f) Satisfação quanto aos agentes do programa
Muito Muito
Questão Insatisfeito
Insatisfeito Sem Opinião Satisfeito
satisfeito
a) Atuação da Secretaria da Infra-
- 40% 40% 10% 10%
Estrutura - SEINF
b) Atuação do Sindicato das
20% 40% 10% 20% 10%
Construtoras - SINDUSCON/TO
Tabela 14 – Satisfação quanto aos agentes do programa
Para a SEINF os resultados mostram que boa parte dos empresários estão
disseram estar muito satisfeito e mais 10% satisfeito, 40% não opinaram.
com pontos de vistas opostos, referente a satisfação com esses agentes, como segue:
“[...] Não tenho o que reclamar, eles (os dois agentes), são muito
atenciosos, o Sinduscon esta sempre oferecendo novos cursos[...]”.
Comentários de um RD
“[...] Nem eles conhecem direito o programa! Alem do mais, é absurda essa
exigência em fazer parte do sindicato para aderir ao programa, tendo que
pagar um caro para me sindicalizar, ou o Auditor não emite o
certificado[...]”.
Comentários de um RD
32
http://www.sinduscon-to.com.br/historico.htm, acessado em 17/10/07
abaixo.
Investimentos R$ 1000 3000 5000 7000 9000 11000 13000 15000 18000 20000 25000 30000 40000
maiores que em Treinamento, que ao todo, ficou em torno de R$ 31.000,00, grande parte
44%, gastaram R$ até 1.000,00, e 22% até 3.000,00, outros 11% para R$ 5.000,00, 7.000,00
e 9.000,00.
ultrapassaram 1.000,00, (44%), deve-se pelo fato da própria empresa oferecer o treinamento
interno, ministrados na sua maioria pelo consultor – incluído nos gastos com consultoria -, e
pelo engenheiro.
(trinta por cento), das empresas, quanto as demais, demonstram satisfação, diante disto
podemos supor que as reclamações de custos, referem-se à obrigação desses gastos para
33
certificação da empresa, ou ao conjunto total de gastos realizados. Supões-se também que os
proprietários das empresas construtoras ainda não enxergaram a gama de oportunidades que
conforme o numero de auditorias sofridas por cada empresa, de forma geral o valor para
cada auditoria, por escopo varia entre R$ 3.000,00 e R$ 6.000,00 dependendo do organismo
certificador.
liberdade ao respondente para expressar sua opinião. As respostas forma sintetizadas sem
34
certificação;
Os custos para implementar e para manter o sistema;
Curto tempo exigido entre os níveis de certificação;
Para este tópico as opiniões em geral estão voltadas para a qualificação das pessoas
SENAI-TO / SEBRAE-TO, todas essas entidades tem fins educativos, possuem ações de
quando ainda não há um cultura ou disciplina voltada para a qualidade. Por isso o SGQ tem
causado impacto no modo de trabalho das pessoas dentro da organização, que acabam no
dilema de fazer conforme esta escrito, que deverá ser mais eficiente e eficaz, ou manter-se
É certo também que as normas prevêem essa dificuldade por isso há critérios que
treinamento. Pois não é possível esta em conformidade com as normas sem o seu
entendimento.
Segundo os proprietários das empresas, apesar dos treinamentos, grande tem sido
as dificuldades para manter o SGQ ativo, há casos em que todos os documento gerados
foram simplesmente guardados após a auditoria, pois o sistema foi “implantado” as pressas,
Essa afirmação nos leva a crê que, nessas empresas, não houve um SGQ
35
em longo prazo, sejam estabelecidos nos níveis mais altos da organização, além de serem
Essa empresa terá dificuldade em apresentar novas evidencias que seu SGQ esta
ativo, eficiente e eficaz, porém as exigências estão levando as empresas a descobrirem que
não tem como correr da exigências da qualidade, ou implanta o SGQ e faz acontece ou para
de vez!
13.1.3 - Que sugestões você daria para melhorar o programa Brasileiro de Qualidade e
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Maior capacitação da coordenação do Programa, principalmente dos
funcionários da Secretaria de Infra-Estrutura, no qual alguns nunca ouviram falar
em PBQP-H;
Maior alinhamento do PBQP-H/TO com o PBQP-H em âmbito nacional.
“Nem a coordenação do programa conhece direito o PBQP-H/TO é preciso
colocar pessoas comprometidas”.
anterior foi sugeridos de forma geral que os órgão competentes pelo programa,
direção), houve reclamação quanto aos proprietários que não se empenham em conhecer a
Sashkin e Kiser (1994) afirmam que alguns fatores devem ser considerados para
que a implementação de um programa de gestão da qualidade seja bem sucedida. São eles:
qualidade total;
implementação;
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Há uma sugestão de melhoria referente à Comissão de Qualificação do Estado, que
têm por atribuição apresentar pareceres quanto à qualificação de determinada empresa num
dado nível, baseando-se na análise técnica dos relatórios preparados pelos auditores dos OC
pede mais agilidade no processo sugerindo menor tempo entre as reuniões para analise
técnica.
Alguns respondentes julgam que a coordenação não esta capacitada a responder pelo
com maior proximidade das construtoras, tem como objetivo representá-las, e tem realizados
materiais de construção, são agentes importante no programa, pois os materiais que vendem
Uma observação importante é que quanto mais e mais clientes e/ou fornecedores obtem
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Na pesquisa buscou-se entrevistar os gerentes das lojas ou o vendedor que relaciona-se
a) Conhecimento do PBQP-H
80% das empresas conhecem o programa, e 100% afirmam ter clientes com
certificado de qualidade, demonstrando que boa parte das empresas construtoras informam,
estimulando informar seus fornecedores, o ideal para esse tópico e 100% (cem por cento),
O item “b” mostra que todas as empresas possuem clientes com certificado de
qualidade.
a) ISSO 9001:2000 b) ISSO 14000 c) SIQ-C ou SIAC do PBQP-H d) Não sei informar
20% - 60% 20%
Tabela 17 – Tipo de Certificados dos Clientes
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c) Em relação aos itens abaixo, como está o nível de exigência das construtoras:
os fornecedores alegam que 20% dos seus clientes são super exigentes, 40% muito
fornecedores sabem a importância da pontualidade na entrega, pois 60% julgam que seus
clientes são muito exigentes e 20% super exigentes, enquanto outros 20% acham que
No item “c” a exigência por produtos com certificado de qualidade é por todos
classificada como “razoável”, essa informação, revela que essa característica nos produtos
ainda não são diferencial para escolha apesar da evidencia de conscientização da sua
Esse fator, item “d”, ainda é o grande diferencial competitivo, pois o nível de
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14 CONCLUSÃO
qualidade no habitat urbano, ampliando cada vez mais o acesso às recentes conquistas de
como um todo.
esta em sua faze de maturidade, pois, apesar dos autos investimentos, não evidenciam
plenamente uma gestão com foco na qualidade, mas a cultura esta sendo transformada.
Muito mais do que uma questão meramente gerencial do setor privado, a indução a
fundamental da cidadania.
Apesar da certificação, essa característica não é uma garantia total de qualidade, pois
há empresas que não conseguem manter o SGQ após a auditoria, no entanto é uma tendência
de gestão ativo, pois a pouca qualificação tem feito com que algumas empresas, após
Apesar do incentivo pela qualidade do material nas obras o fator preço ainda é o
grande diferencial nas decisões de compra por parte das construtoras, que por sinal já estão
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informando seus fornecedores que eles serão avaliados, levando-os a despertarem para a
qualidade, tanto de atendimento quanto da qualidade dos seus produtos, assim sendo, o
objetivo de indução da qualidade entre os agente da cadeia produtiva, esta sendo alcançado.
(trinta por cento), por parte das empresas, devido ao SGQ, são resultados que dão
programa sobre a cadeia produtiva da construção civil, vale lembra que a avaliação da
o PBQP-H, possivelmente virá outros. Essa articulação pode ser traduzida como a
nas obras recebidas, até mesmo para reforçar a condição de “fornecedoras”, que são as
Construtoras.
Diante disto avaliamos o PBQP-H como sendo “ótimo”, para a sociedade e a eficácia
da implantação do PBQP-H/TO, na atual conjuntura, como sendo “Boa”, pois esta apoiando
da construção civil, com vistas a aumentar a competitividade de bens e serviços por ele
produzidos, estimulando projetos que melhorem a qualidade do setor. Mais ainda há muito
por fazer para termos em todas as obras publicas um elevado patamar de qualidade.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANEXOS
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Anexo A – Pesquisa com as Empresas Construtoras Certificadas
3. Quanto as Consultoria
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6. Índices relativos ao Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ, implantado.
%
Questão
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
a) Redução dos Custos de Produção
b) Aumento da Produtividade na empresa
c) Retorno dos Investimentos financeiros
(Consultoria, Auditoria, Treinamentos...).
d) Qualificação da mão de obra interna
Investimentos R$ 1000 3000 5000 7000 9000 11000 13000 15000 18000 20000 25000 30000 40000
d) Consultoria
e) Treinamento
f) Auditorias
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Anexo B – Pesquisa com fornecedoras de produtos para construção civil
Empresa: Respondente:
E-mail:
3. Em relação aos itens abaixo, como está o nível de exigência das construtoras:
Nenhuma Pouco Muito Super
Itens Razoável
exigência exigente exigente exigente
a) Pontualidade na entrega
c) Preço
d) Atendimento
e) Outro. Qual?
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