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Série/turma: 1° ano C
Alunos: Ágatha, Julyana, Karla, Mayara, Maria
Eduarda Q. e Paula Izabela
Infância
Marcos Terena, de 51 anos de idade, piloto da
Fundação Nacional do Índio (Funai) e líder indígena,
representa o Brasil no grupo de trabalho a ONU também
dos deveres dos indígenas.
O nome de origem de Marcos Terena era Mariano –
homenagem dos líderes de sua aldeia ao marechal
Cândido Mariano Rondon. Nascido numa pequena Aldeia
conhecido como Posto Indígena de Taunay, município de
Aquidauana, no estado do Mato Grosso do Sul, em 1952,
Marcos pertence à etnia indígena Xané como se
autodenominam os Terena. Aprendeu a ler em português já
aos sete anos de idade.
Continuou seus estudos e quase sempre era
confundido como um descendente de japoneses, ou então
discriminado como um "bugre", nome pejorativo dado aos
descendentes indígenas. Era uma criança tímida quando
mudou-se para Campo Grande (MS), onde foi estudar
incentivado por missionários evangélicos que catequizavam
sua aldeia. “Achavam que eu devia estudar para ser
médico”, lembra Terena. Na escola pública, tinha apenas
dois amigos: “O Saci, porque era preto, e o Sujeirinha,
porque vivia sujo”, recorda. “Só mais tarde descobrimos
que Sujeirinha era órfão de pai, ajudava a sustentar os
irmãos e não tinha tempo para lavar o uniforme.” Terena
não entendia os sábados e domingos do calendário
escolar. Na aldeia, não havia aquela distinção. Mas
descobriu rápido a diferença entre criança rica e criança
pobre.
Mesmo desanimado e envergonhado por esse nível
de tratamento que a sociedade envolvente lhe impunha,
frequentou a melhor escola pública da cidade, o Colégio
Estadual Campograndense onde fez o Ginasial e o
Científico. Chegou a tentar Medicina no vestibular.
Reprovado, decidiu ser piloto de avião, e foi aprovado nos
duros exames da Aeronáutica e ingressou na Academia da
Força Aérea, onde aprendeu a pilotar aeronaves. Assim se
tornou o primeiro indígena Piloto Comercial de Aeronaves.
Urbanização