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Comércio Exterior I

Data:02/09
Aluna:Rute Sara Gomes Nunes

Padrões ,Normas e Cultura


A inclusão de toda as populações em única história humana teve como base a hierarquia
evolutiva. Porém a Antropologia insatisfeita com esta perspectiva passou a criticar a teoria
do evolucionismo. O principal fundamento para essa critica foi o conceito de ​cultura​.

Civilização vs Cultura
No final do séc XIX, o antropólogo Fraz Boas construía á ideia de civilização das teorias
evolutivas. Por trás da ideia de progresso havia a ideia de civilização, o que estabelecia
uma hierarquia na qual os Europeus eram civilizados ,e os demais da população eram
escalados entre mais e menos atrasados.
Esta ideia foi criticada por Boas, o pioneira da Antropologia. Boas foi primeiro a utilizar o
termo cultura no sentido moderno “culturas”, oque significava que cada cultura brilhava
com luz própria em seus próprios termos e não vivia uma hierarquia. Boas transporta essa
ideia para a Antropologia, em uma crítica ao evolucionismo. Para ele cultura era um todo
e não apenas um conjunto de prática, hábitos, técnicas, relações e pensamentos. Esta
integração de múltiplos elementos compartilhado por todos indivíduos de uma sociedade
específica , criava a cultura.

Cultura, Etnocentrismo e Relativismo


Relativismo cultural é uma forma de encarar a diversidade sem impor valores e normas.
Evitando qualquer tipo de escala ,analisando as diferenças segundo os termos da própria
sociedade da qual fazem parte .O relativismo foi uma revolução política no enfrentamento
ao racismo e outros tipos de preconceito.
O etnocentrismo é o mecanismo principal da classificações evolucionista, de forma que
nós leva a julgar outras culturas segundo nossos próprios parâmetros culturais.
O conceito antropológico de cultura não pode existir sem o relativismo cultural e a crítica
ao etnocentrismo.

Padrões Culturais

Desde o século XIX, estudiosos começarão a perceber que diferentes culturas produziam
comportamento e práticas regulares que se repetiam . Esses comportamentos foram
denominados ​padrões culturais ​.Os padrões culturais produziam indivíduos com
inclinações semelhantes , como se a cultura de certa forma moldasse as personalidades
individuais em tipos-padrão .
Para os antropólogos Mead , Benedic e Boas um dos elementos centrais do processo de
“percepção ao mundo” é a linguagem, um mecanismo de transmissão de valores, ideias e
formas de refletir sobre a realidade .

O Conceito De Cultura No Século​ ​XX


Ao logo do século XX ,o conceito de cultura foi incorporado como senso comum. Porém
no campo teórico da antropologia quando se fala em cultura esta se referindo a algo
diferente daquilo que o senso comum imagina.
Na década de 1960 ,uma nova geração de antropólogos trouxe outros significados ao
conceito de cultura. Para Schneider, Geertz e Shalins, a cultura continuava a ser um todo
integrado ,mas era eminentemente dinâmica, sujeita a mudanças .Para eles, cultura não é
o que as pessoas fazem, mas sim o que elas pensam.
A ideia de cultura como um código de regras e ordens que está na cabeça das pessoas e
não nos comportamentos permite muitas possibilidades de pensar a dinâmica e a
transformação das culturas.
Quando a cultura passou a ser vista como um código mental, os comportamentos se
tornaram consequência desse sistema. E comportamentos podem mudar, sem
comprometer o sistema , organizando novas práticas e inventando novas tradições,
embora ainda seguindo certas regras básicas.

O Conceito De Cultura No Século​ ​XXI

Desde o fim do século XX , o conceito de cultura tem recebido muitas criticas algumas tão
radicais que chegam a defender o fim do seu uso. Embora não usar mais o termo
“cultura”, continuam precisando de um conceito para lidar com a diferença entre as
sociedades e entre os grupos dentro de imã mesma sociedade. Mas medida que se evita
o conceito de cultura, outros conceitos são cada vez mais usados. Exemplo disso é o
conceito de “identidade” que é uma ferramenta teórica para pensar a diversidade. O
conceito de cultura tem a mesma função, mas segundo muitos dos seus críticos, tendem
a ser autoritários e impor imagens à revelia dos grupos que se propõe a descrever.
No século XX, as mais duras criticas ao conceito de cultura partiram de um movimento em
Antropologia denominado ​pós-modernismo: ​um conjunto de e autores que passou a
duvidar da possibilidade de falar sobre a cultura dos outros. E para esses antropólogos, o
conceito de cultura era o veículo dessa descrição autoritária.
A partir da década de 1990, essa critica foi retomada por uma série de internautas
chamados de “pós-coloniais”. Para eles , não só os “representados” eram impossibilitado
de se fazer ouvir, mas a própria descrição levava à construção de estereótipos.
Para certos antropólogos , o conceito de cultura quando bem compreendido e empregado
, ainda de um poderoso instrumento de luta contra os esteriótipos, pois procura
justamente dar sentido a tudo aquilo que gera estranheza e preconceito.

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