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Anotações antes da gravação da entrevista com Monica Bahia – 30/08/18

Mônica Bahia atua na prefeitura do Rio desde 1992 e está na Gerência do Macroplanejamento
da Secretaria de Urbanismo (SMU) desde 2008. É doutora em Arquitetura e participa do
Comitê Técnico Permanente de Acompanhamento do Plano Diretor.

Começou a entrevista indicando sobre a elaboração da revisão do PD do Rio estava prevista


em 2002, porém só foi concretizada em 2011, onde sua tramitação na Câmara promoveu mais
de mil emendas. Para essa elaboração, houve uma pressão com o Prefeito, Eduardo Paes, o
que representa um desvio entre a avaliação política e avaliação técnica. Apesar de um
processo técnico de conceitos, o PD que deveria ser como um retrato social, com participação
social através das emendas, se mostrou contraditório, fragmentado, incongruentes em
algumas partes.
Porém, houve avanços no que diz respeito a questões ambientais, sobretudo sobre a
valorização da paisagem ambiental, além da criação de cinco sistemas: Sistema Integrado de
Planejamento e Gestão Urbana, Sistema de Planejamento e Gestão Ambiental, Sistema de
Informações Urbanas, Sistema de Controle de Uso e Ocupação do Solo e Sistema de Defesa da
Cidade.
Questões que não avançaram: índice de aproveitamento do terreno (IAT), problemas com a
avaliação legislativa que não têm prazo, o que demora a regulamentação dos instrumentos.

O Comitê Técnico Permanente de Acompanhamento do Plano Diretor possui 56 pessoas, com


a participação de outros 20 órgãos municipais, para a construção da interdisciplinaridade. São
realizadas 12 reuniões anuais, pelo menos uma vez ao mês, além de reuniões extraordinárias.
Foram elaborados diversos produtos, entre eles a avaliação de 195 ações do PD, como um
trabalho de monitoramento, contudo, em 2016 não houve avaliação do Plano, como estratégia
política, pois foi um ano conturbado pela RIO 2016. Além desses documentos avaliativos,
existem as atas e apresentações em powerpoint das reuniões no site do Comitê, onde foi
indicada a mudança gradativamente de metodologias dos relatórios elaborados, como forma
de aperfeiçoamento.

Em 2018 já foi traçado o planejamento de todo o processo de revisão do PD de 2011, com um


texto do plano já esboçado. Para 2019 está previsto a realização de audiências públicas com
metodologias pró ativas, baseadas nas políticas urbanas e ordenamento territorial, de uma
maneira que as pessoas participem sem fazer “catarse” e “preposição”. Além disso, espera-se
a criação de um site colaborativo, para o envio de documentos sobre o PD pela sociedade civil.

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