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Biologia e Geologia

26 de Outubro de 2010 – Planeta Terra – Dados Geofísicos

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Objectivos

Compreender as principais causas dos movimentos sísmicos.


Relacionar os efeitos de um sismo com a energia libertada e com as condições
geológicas da região.
Inferir sobre as características do Globo Terrestre a partir do comportamento das
ondas sísmicas que o atravessam.
Conhecer manifestações e causas do calor interno da terra.
Relacionar o tipo de erupção vulcânica com a composição e a temperatura do magma.
Identificar causas da variação do fluxo térmico na superfície terrestre.
Relacionar as correntes de convecção com o dinamismo terrestre.
Integrar conhecimentos fornecidos pela Astrogeologia, pela sismologia e pelo
Geotermismo na análise de um modelo da estrutura do Globo Terrestre.

DADOS GEOFÍSICOS

A Terra é um planeta geologicamente activo. Os sismos e os vulcões são testemunhos


evidentes dessa actividade.
Uma vez que o estudo da Terra se confina a uma delgada película, os cientistas
recorrem a métodos indirectos para aprofundar o seu conhecimento.
A Geofísica é uma ciência que combina os princípios da física e da matemática com o
uso de instrumentos de medição muito precisos para determinar as propriedades físicas da
Terra, nomeadamente o seu interior.

A SISMOLOGIA

Um sismo é um movimento vibratório brusco da superfície terrestre e, na maior parte


das vezes, deve-se a uma súbita libertação de energia em zonas instáveis do interior da Terra.
Anualmente, na Terra, ocorrem milhares de sismo, embora apenas uma pequena parte
deles seja perceptível ao Homem. Alguns são fortes e catastróficos, espalhando a devastação e
destruição. Muitos destes sismos libertam energia quase mil vezes superior à de uma bomba
atómica.
Os sismos que são apercebidos pela população, são designados por macrosismos. Os
sismos que não são sentidos pela população, denominam-se microsismos.

Fontes: Amparo Dias da Silva, Fernanda Gramaxo, Maria Ermelinda Santos, Almira Mesquita
Causas dos sismos

Os sismos representam a parte final de vários processos que decorrem no interior da


Terra.
Os mecanismos que conduzem a este fenómenos, são diversos. Os sismos naturais
podem ser de vários tipos:
Sismos de colapso – são devidos a abatimentos em grutas e cavernas ou ao
desprendimento de massas rochosas nas encostas das montanhas.
Sismos vulcânicos – são provocados por movimentos de massas magmáticas
relacionados com fenómenos e vulcanismo.
Sismos tectónicos – são devidos a movimentos tectónicos. A maioria dos sismos, pelo
menos os de maior importância, tem essa origem.

As forças que distorcem a superfície terrestre, podem ser:

Compressivas (A) – os materiais são comprimidos uns contra os outros.


Distensivas (B) – levam ao estiramento e alongamento do material
Cisalhamento © - Os materiais são submetidos a pressões que provocam
movimentos horizontais, experimentando alongamentos na direcção movimento e
estreitamento na direcção perpendicular ao alongamento.

As citadas forças, actuando continuadamente sobre as rochas, acumulam tensões que,


em dada altura ultrapassam o limite de plasticidade do material, o que provoca a ruptura com
enorme libertação de energia.

Ondas sísmicas e detecção de sismos

A zona onde a ruptura se origina, no interior do globo, denomina-se de foco sísmico ou


hipocentro. A zona correspondente a esse foco, na superfície, denomina-se epicentro.

De acordo com a profundidade do foco, os sismos podem denominar-se:

Superficiais – foco entre 0 e 60 km


Intermédios – foco entre 60 e 300 km
Profundos – foco entre 300 e 700 km
A libertação de energia a partir do foco ou hipocentro conduz è formação de ondas
sísmicas. Qualquer trajectória perpendicular à frente de onda chama-se raio sísmico. O
epicentro é a zona na superfície onde o sismo é sentido em 1º lugar e, geralmente, com mais
intensidade.

As ondas sísmicas classificam-se de acordo com o modo como as partículas oscilam em


relação à direcção de propagação.

Ondas P – As partículas vibram paralelamente à direcção de


propagação. A propagação produz-se por uma série de impulsos
alternados de compressão e distensão através das rochas.
Propagam-se em meios sólidos, líquidos e gasosos.

Ondas S – As partículas vibram num plano perpendicular à


direcção de propagação. Apenas se propagam através de corpos
sólidos.

Ondas Love – As partículas vibram horizontalmente fazendo um


ângulo recto com a direcção de propagação.

Ondas de Rayleigh – Induzem um movimento elíptico das


partículas, num plano perpendicular à direcção de propagação,
provocando ondulações no solo semelhantes às ondas marinhas.

As ondas P e S são denominadas por ondas de volume ou de profundidade. As ondas Love e


Rayleigh são ondas superficiais. Estas últimas são as responsáveis pela maior parte das
destruições à superfície.

Os movimentos no solo provocados por ondas sísmicas, podem ser registados em aparelhos
especiais, chamados sismógrafos. O registo obtido chama-se sismograma.

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