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SUMÁRIO

I. DELIMITAÇÃO DO TEMA ........................................................................................... 2

I.1 Apresentação .................................................................................................................. 2

I.2 Justificativa .................................................................................................................... 3

I.3 Questão Problema .......................................................................................................... 5

I.4 Hipótese ......................................................................................................................... 5

1.5 Fundamentação Teórica ................................................................................................ 5

II. OBJETIVOS ................................................................................................................... 8

II.1 Objetivo Geral .............................................................................................................. 8

II.2 Objetivos Específicos ................................................................................................... 8

III. METODOLOGIA. ........................................................................................................ 9

IV. CRONOGRAMA ......................................................................................................... 9

V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 10
I- DELIMITAÇÃO DO TEMA

A presente obra tem por escopo trazer para o centro das atenções um ramo do

direito que hoje em dia ainda é pouco discutido ou até mesmo ignorado, entretanto já é

possível prever que este mero coadjuvante será o responsável por ditar o ritmo das

engrenagens da economia mundial através de suas delimitações que buscarão resguardar o

meio ambiente e assim garantir o desenvolvimento sustentável pelos próximos séculos.

1.1- Apresentação

O direito ambiental, lato sensu, em pleno século XXI, onde cada vez mais a

natureza dá indícios de que é ela a grande gestora da economia mundial, continua sendo

visto como "tabu" dentro da ciência jurídica. Encaixa-se em realidades extremas onde: ou é

reverenciado ardentemente, ou tratado com descaso e indiferença.

Esta situação em muito se deve à antiga visão de que a preocupação ambiental está

associada ao radicalismo, ao extremismo ambientalista, que até pode realmente ter

caracterizado os primeiros movimentos “verdes”. Esta, contudo, é uma imagem distorcida

e um tanto quanto equivocada, porque o comportamento das manifestações anteriores

apenas serviu de alerta para uma realidade cada vez mais próxima onde a atual e as futuras

gerações terão que aprender a lidar o quanto antes com a problemática antes que a situação

de caos se instaure de vez fazendo valer o desespero dos mais aficionados.

É evidente que após séculos de exploração desenfreada do meio ambiente, podemos

prever que nenhuma atividade humana passará impunemente. Para toda ação existe uma
reação, portanto para minimizar os efeitos das más ações somente através de benevolentes

atitudes lograremos atenuar visíveis prejuízos.

No decorrer destas constatações, é concebido o direito a um meio ambiente sadio

como um dos direitos de quarta geração, direitos de ordem pública titularizados por todos e

por ninguém especificamente, ou seja, direitos difusos.

Para esta questão, o texto da Carta Magna de 1988 prevê, em seu artigo 225,

normas direcionais da problemática ambiental, fixando as diretrizes de preservação e

proteção dos recursos naturais e definindo o meio ambiente como bem de uso comum da

sociedade humana, prescrevendo uma série de obrigações ao poder público e às pessoas

físicas e jurídicas.

O presente trabalho pretende fazer uma abordagem de alguns conceitos básicos,

tratando, igualmente, de algumas questões práticas, tais como a responsabilidade

individual da preservação do meio em que vivemos, procurando fornecer elementos para

facilitar a compreensão da dinâmica do Direito Ambiental, abrangendo especificamente a

questão da responsabilidade por infrações ambientais.

1.2- Justificativa

Nos dias atuais a questão ambiental vem vagarosamente ganhando força. A

comunidade internacional, de maneira quase unânime, reconhece o caráter fundamental de

um desenvolvimento sustentável, que seja capaz de suprir às necessidades básicas tendo

em vista o futuro, a garantia da preservação e da renovação dos recursos naturais

existentes.
Nosso país também segue essa tendência e o nosso direito respondeu às

expectativas quanto ao meio ambiente através dos parâmetros definidos pelo artigo 225 da

Constituição Federal, que contempla os denominados Direitos Difusos, na qual ele se

encontra. Estes são interesses que requerem especial cuidado, uma vez que são

indivisíveis, e pertencem a um número indeterminado de indivíduos, ou seja, ações

executadas por alguns são sentidas por muitos, ou melhor, por todos.

A ordem constitucional vigente valorizou o meio ambiente na medida em que os

efeitos nocivos de transformação dos espaços naturais se tornaram superiores aos seus

resultados, comprometendo a saúde física e mental do ser humano, e a possibilidade de

renovação do desenvolvimento econômico e social. Ele se fundamenta na salubridade, no

bem-estar psicológico e nos meios materiais que aumentam as conquistas pessoais do

homem. Tudo isso deve passar pela peneira do Direito, visando à proteção não só das

pessoas que querem preservar áreas verdes para seu usufruto, ou de outras que expandem

suas atividades produzindo mais resíduos, mas sim dos interesses da coletividade.

Em uma sociedade democrática, não se pode admitir que da exploração de “bens de

uso comum do povo”, como é o Meio Ambiente, somente goze de seus benefícios

determinadas pessoas, enquanto que seus prejuízos a todos são compartilhados.

A conduta humana avança livremente até ser limitada coercitivamente, mas sempre

que o Direito se contrapõe à realidade ele tende a perder todo o seu significado. Não pode

uma norma que objetiva proteger o Meio Ambiente conflitar de forma irreparável com o

direito à liberdade econômica, celebrado pela Constituição Federal, e ainda mais pelos

administrados. Por isso, os meios legais têm de criar modos em que a esfera ambiental seja

mantida sem que isso implique condicionamento completo da atividade econômica. Um


dos pontos que produz maior discussão é o fato da legislação ambiental não vincular de

fato a conduta dos indivíduos, uma vez que a prevenção só ocorreria via sancionatória.

Como se nota, o Direito não tem poder para modificar a realidade diretamente.

Nessas horas é importante refletir sobre a máxima: cumpre a legislação ambiental papel

meramente simbólico? Obviamente, como qualquer outra norma, ela somente é eficaz

quando encontra espaço dentro do mundo fático. Se este não aceitar o que preceitua o

Direito, fica difícil imaginar um controle total da questão.

1.3- Questão Problema

De que maneira pode-se ensejar uma maior atuação das autoridades no que tange a

compreensão das questões abordadas pelo direito ambiental?

1.4- Hipótese

Não há como contestar que os princípios do direito ambiental são indispensáveis

para a formulação de um Estado do ambiente, à medida que orientam o desenvolvimento e

a aplicação de políticas ambientais que servem como instrumento fundamental de proteção

ao meio ambiente e, conseqüentemente, à vida humana.

1.5- Fundamentação Teórica

MENDES, Gilmar Ferreira. Curso de Direito Constitucional. Ed. Saraiva, 2007.

O ilustríssimo doutrinador Gilmar Mendes traz à baila uma explicação geral acerca

da importância dos princípios em qualquer área jurídica. Seriam eles valores dotados de

maior abstração e mandamentos constitucionais para que se tutele determinado bem

jurídico:
“Os princípios são normas que exigem a realização

de algo, da melhor forma possível, de acordo com

as possibilidades fáticas e jurídicas. Os princípios

são determinações para que determinado bem

jurídico seja satisfeito e protegido na maior medida

que as circunstâncias permitirem. Daí se dizer que

são mandados de otimização, já que impõem que

sejam realizados na máxima extensão possível. Por

isso, é factível que um princípio seja aplicado em

graus diferenciados, conforme o caso que o atrai.”

MILARÉ, Edes. Direito do ambiente: doutrina, jurisprudência, prática, glossário. São


Paulo: RT, 2000.

Na citada narrativa o autor nos esclarece a respeito do Princípio do Ambiente

Ecologicamente Equilibrado como Direito Fundamental da Pessoa Humana: Edis Milaré

explicita que decorre do direito à vida o reconhecimento do direito fundamental a um meio

ambiente sadio. É que a própria existência física, a saúde dos seres humanos e a dignidade

dessa existência dependem da proteção ambiental. O autor cita Cançado Trindade, para

definir que:

“o caráter fundamental do direito à vida torna

inadequados enfoques restritos do mesmo em

nossos dias; sob o direito à vida, em seu sentido

próprio e moderno, não só se mantém a proteção

contra qualquer privação arbitrária da vida, mas

além disso encontram-se os Estados no dever de


buscar diretrizes destinadas a assegurar o acesso

aos meio de sobrevivência a todos os indivíduos e

todos os povos. Neste propósito, têm os Estados a

obrigação de evitar riscos ambientais sérios à

vida”.

Num outro momento, o renomado doutrinador discorre sobre o Princípio da

Natureza Pública da Proteção Ambiental: tal enfoque decorre da conjugação da supremacia

do interesse público com a indisponibilidade do mesmo:

“o interesse na proteção do ambiente, por ser de

natureza pública, deve prevalecer sobre os direitos

individuais privados, de sorte que, sempre que

houver dúvida sobre a norma a ser aplicada a um

caso concreto, deve prevalecer aquela quer

privilegie os interesses da sociedade – a dizer, in

dupio, pro ambiente.”

VAZ, Paulo Afonso Brum. O Direito Ambiental e os Agrotóxicos. 1º Ed. Do Advogado:

São Paulo, 2006.

O ilustre doutrinador Paulo Afonso Brum Vaz, discorre a respeito da

indisponibilidade do interesse público onde esclarece:

“Por se tratar de bem de uso comum do povo (art.

225 da CF), o ambiente ecologicamente

equilibrado não se inscreve entre os bens

suscetíveis de disponibilidade pelo Estado. Ao


Estado não é somente vedado dispor em matéria

ambiental. Antes, constitui dever indeclinável seu

agir em defesa do meio ambiente, evitando

agressões que lhe façam os particulares ou mesmo

quaisquer das entidades de direito público.”

Os Princípios do Direito Ambiental visam proporcionar para as presentes e futuras

gerações, as garantias de preservação da qualidade de vida, em qualquer forma que esta se

apresente, conciliando elementos econômicos e sociais, isto é, crescendo de acordo com a

idéia de desenvolvimento sustentável. Os estudiosos sobre o assunto elencam cada um em

sua ordem de preferência os mais importantes princípios, sendo certo ressaltar que é a

aplicação de todos em conjunto que resultará no equilíbrio pretendido.

II- OBJETIVOS

II.1- Objetivo Geral

Identificar a atuação da Justiça em novas ações efetivas que busquem resguardar e

validar os ditames do direito ambiental.

II.2- Objetivos Específicos

• Elaborar histórico acerca do tema proposto;

• Conceituar e apontar suas modalidades;

• Apontar os princípios inerentes ao tema;

• Esclarecer se a legislação cumpre papel meramente simbólico diante das questões

ambientais;
• Identificar o posicionamento das políticas públicas ao tratarem de questões de

direito difuso;

• Esclarecer que o tema direito ambiental não é mais uma questão de alguns e sim de

todos;

III- METODOLOGIA

O presente trabalho se pauta em um estudo descritivo e explicativo, com o

levantamento de obras como livros, periódicos, documentos e texto.

Como base teórica para discussão será utilizado trabalhos de especialistas referentes

ao Direito Ambiental e Constitucional.

Os critérios metodológicos estabelecidos se pautarão em uma análise qualitativa da

Justiça diante as problemáticas oriundas do Direito Ambiental.

IV- CRONOGRAMA

ETAPAS AGO SET OUT NOV DEZ FEV MAR ABR MAI JUN JUL

I) Levantamento de Dados X X

II) Leitura e Fichamento X X X

III) Redação X X X

IV) Revisão e redação def. X X X

V) Defesa da Monografia X
V- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 27. ed. São Paulo: Saraiva,
2001.
MACHADO, Paulo Afonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo: Malheiros,
2001.
MENDES, Gilmar Ferreira. Curso de Direito Constitucional. Ed. Saraiva, 2007

MILARÉ, Edes. Direito do ambiente: doutrina, jurisprudência, prática, glossário. São


Paulo: RT, 2000.

MORATO LEITE, José Rubens (Org.). Inovações em direito ambiental. Florianópolis:


Fundação Boiteux, 2000.

PRINCÍPIO da precaução. Uma maneira sensata de proteger a saúde pública e o meio


ambiente. Preparado por The Science and Enviromental Heath Network. Tradução de
Lúcia A. Melin. Disponível em <http://www.fgaia.org.br/texts/t-precau.htm>. Acessado
em 05 de junho de 2010.

VAZ, Paulo Afonso Brum. O Direito Ambiental e os Agrotóxicos. 1º Ed. Do Advogado:


São Paulo, 2006

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