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mediaXXI [Sumário]
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ADMINISTRADOR EXECUTIVO
PAULO FERREIRA
DIRECTOR
PAULO FAUSTINO
EDITOR
MÁRIO GUERREIRO | @ editor@mediaxxi.com
REDACÇÃO
VERA LANÇA | @ redaccao@mediaxxi.com
GUILHERME PIRES
COLABORADORES
CÁTIA CANDEIAS
DULCE MOURATO
HERLANDER ELIAS
INÊS BLU RODRIGUES
PAULA DOS SANTOS CORDEIRO
REPORTAGEM SI REPORTAGEM MARKETING EDUCOMUNICAÇÃO
A moda dos E COMUNICAÇÃO Projecto PT Escolas
OPINIÃO
transformers Sector vinícola
CARLA MARTINS
FRANCISCO RUI CÁDIMA
FRANCISCO A. VAN ZELLER 4 EDITORIAL 44 HOMENAGEM/CLÁUDIA MAGALHÃES
MERCEDES MEDINA
REGINALDO RODRIGUES DE ALMEIDA
6 CANAL DA MANCHA 46 EMPRESAS XXI
DESIGN O princípio do fim da televisão
TÂNIA BORGES | @ design@mediaxxi.com 48 16º CONGRESSO APDC
8 SOCIEDADE BIT O futuro das comunicações
DEPARTAMENTO COMERCIAL
JOANA GUITA PINTO | @ comercial@mediaxxi.com
O tempo certo
50 ERA DIGITAL NOS MEDIA
MARKETING E PUBLICIDADE 10 DOSSIER
AMÉLIA SOUSA | @ publicidade@mediaxxi.com
MARIANA GREGÓRIO
Indústria livreira folheada 51 LISBOA É A MAIS LIGADA À INTERNET
ASSINATURAS 19 OLHARES 52 MERCADOS DA COMUNICAÇÃO
@ publicidade@mediaxxi.com Tecnologias digitais marcam o ritmo
20 OPINIÃO/FRANCISCO A. VAN ZELLER
IMPRESSÃO A excepção da publicidade online 53 II SIMJD
HESKA PORTUGUESA – INDÚSTRIAS TIPOGRÁFICAS, S.A. – CAMPO RASO
2720-139 SINTRA – TEL.: 21 923 89 00
22 ACTUALIDADE IMPRENSA 56 IBERMEDIA
DISTRIBUIÇÃO
VASP/ CTT – CORREIOS DE PORTUGAL 23 ACTUALIDADE RÁDIO 61 LEITURAS
SOCIEDADE GESTORA DA REVISTA
FORMALPRESS – PUBLICAÇÕES E MARKETING, LDA.
24 ACTUALIDADE TELEVISÃO 64 AULA ABERTA
Conto de fadas
25 ACTUALIDADE SI
*
ESCRITÓRIOS
2
RUA PROFESSOR VÍTOR FONTES, Nº 8D, 1600-671 LISBOA
21 757 34 59 | 21 757 63 16 | @ geral@mediaxxi.com
* 26 ACTUALIDADE PUBLICIDADE E MARKETING
65 CENTROS DE CONHECIMENTO
2
PRAÇA MARQUÊS DE POMBAL, Nº 70, 4000-390 PORTO
| 22 502 91 37
27 ACTUALIDADE TECNOLOGIA
66 INSTITUIÇÕES DA COMUNICAÇÃO
REVISTA FUNDADA POR NUNO ROCHA, EM 1996 67 ENTREVISTA SECTORIAL
DEPÓSITO LEGAL Nº 995 16/96; REGISTO Nº 120427
TIRAGEM: 7000 EXEMPLARES
28 DIRECTIONS 2006 DEBATE TI Ricardo Clemente, Ogilvy One
[Editorial]
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[Canal da Mancha]
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[Sociedade Bit]
O TEMPO CERTO
reston Tucker teve um sonho: cons- as vendas dos não gratuitos, por outro te-
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D.R.
o segundo Congresso de Edi-
N tores, realizado de 13 a 14 de
Novembro, na Fundação Ca-
louste Gulbenkian, discutiu-se o fu-
turo do sector, numa altura em que
também os livros são afectados pela
quebra de consumo na sociedade
portuguesa. Sob o lema “O Livro e o
Futuro”, cerca de 70 editores anali-
saram alguns dos principais proble-
mas que afectam o sector livreiro.
Na ocasião, Mário Moura, editora de
Pergaminho e presidente do Con-
gresso, identificou a falta de estatís-
ticas sobre o mercado como um dos
problemas do mercado. Igual opinião
manifestou o presidente da União dos
Editores Portugueses (UEP), Carlos
da Veiga Ferreira. A existência de da-
dos estatísticos permitiria conhecer
“o estado da concorrência”, referiu.
Em análise estiveram também outros
temas como o Plano Nacional de Lei-
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VERA LANÇA
Passos bem medidos uma atitude mais activa por parte da pessoa”. Mas
“A Saída de Emergência tem crescido mais de 100% “a recompensa também é muito maior”.
por ano”, revela um dos seus editores, António Vila- Relativamente ao “ebook”,António Vilaça Pacheco re-
ça Pacheco. As funções de editor são repartidas com vela-se céptico. “Não me agrada nada ler um livro em
o seu irmão, Luís Corte-Real. A evolução da editora suporte informático e não considero que seja práti-
tem-se feito de “passos muito pequenos e bem me- co”. O que não quer dizer que “não hajam novidades
didos”, sem uma preocupação pelos números. Em que façam do ‘ebook’ uma alternativa melhor no futu-
2005, o volume de negócios ultrapassou ligeiramen- ro”, ressalva. Quanto aos “audiobooks” a opinião é di-
te os 500 mil euros, e para 2006 deverá rondar um ferente. “Eu próprio sou consumidor, mas não creio
milhão. Em 2007, o catálogo da editora rondará os que uma coisa substitua a outra”. Para António Vilaça
45 títulos, a maioria deles “underground”, diz. “São Pacheco, os “ebooks” e “audiobooks” “vão trazer uma
nichos de mercado para um grupo de leitores bas- problema grave”. “Não há forma de controlar a pirata-
tante restrito”, completa. O editor dá um exemplo ria e ela é muito fácil na internet”, diz.
das diferenças entre mercados: “Podemos muito fa- “Recomenda-se, pois é bastante procurada por mui-
cilmente publicar um livro de ficção fantástica que tos autores, sobretudo que editam pela primeira vez
nos EUA atingiu o primeiro lugar nos tops de ven- e que sentem alguma dificuldade junto de outras
das, e vê-lo vender mil ou dois mil exemplares”. Fa- editoras”, diz Ângelo Rodrigues sobre a Editorial
zendo um retrato dos consumidores, é da opinião Minerva, de que é editor. “Desde 1927 que a edito-
que “as pessoas experimentam pouco no que diz res- ra tem uma filosofia de edição que se traduz na pro-
peito à leitura”. O que é agravado, continua, pela di- cura e apoio de autores novos”, completa.
DOSSIER
ficuldade em conseguir que os “media passem esta Sobre o actual estado do sector, Ângelo Rodrigues
realidade aos leitores”. afirma que este “necessita de apoios que se devem
António Vilaça Pacheco admite que a Saída de traduzir no incentivo à leitura e aquisição de li-
Emergência está “um pouco à parte” do que se vros”. A maioria das editoras deste país queixa-se
passa no mercado livreiro, devido à sua natureza de não recebere encomendas de livros por parte
recente. Ainda assim, acredita que “se publica mais das bibliotecas públicas, incluindo a Editorial Mi-
do que o que se lê”. Sem querer “cair no discurso nerva, diz.
de que se lê pouco em Portugal”, António Vilaça Sobre os novos formatos digitais de livros, Ângelo
Pacheco acredita que, quando comparado com ou- Rodrigues considera que ainda são “produtos resi-
tros hábitos como o de ir ao cinema, ler “exige duais”, que não irão substituir o livro tradicional.
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LIVROS E SAÚDE
Editoras da área da saúde apostam na qualidade e rigor
ditam o que se convencionou chamar de li- na no ano seguinte. Para já, o objectivo consiste
PsicoSoma trata, por exemplo, da consultoria ou cada vez mais os nossos serviços”, explica.
da assessoria. Mas a acção da PsicoSoma não se fica Segundo Fernando Rodrigues, o
por aqui, pois dedica-se também à Clínica da Saú- livro continuará sempre a ter a sua
de, ligada a actividades como a Psicologia e a Edu- mística e não poderá ser reinven-
cação Especial, e à Unidade de Investigação, por tado. “Os ebooks não pegam. O
enquanto ainda limitada à área das Neurociências. que acontece é que algumas pes-
Por ser uma empresa recente e devido à sua área soas imprimem os ebooks, mas
de especialização, a PsicoSoma editou em 2006 com os preços que são pratica-
apenas cinco obras, e conta editar mais uma deze- dos hoje em dia, acho que
FERNANDO RODRIGUES, DIRECTOR EXECUTIVO DA PSICOSOMA
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MÀRIO GUERREIRO
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VERA LANÇA
POR MÁRIO GUERREIRO
que “é um negócio” e que estas “não se podem dar vem autor tem enviado a várias editoras a proposta
ao luxo de perderem dinheiro”. Para Ágata, resta de um livro de poesia, e a partir de 2006 um ou-
aos novos autores “persistir, persistir, persistir até tro volume, de narrativas curtas, contos e novelas.
à morte.”A jovem autora acredita que a web pode Ambos têm sido sempre rejeitados. O de poesia já
ser um bom local de divulgação de novos talentos, foi recusado com a “desculpa de a editora ter dei-
mas não se deve “depositar por completo as espe- xado de editar poesia”, para “depois saber que esta
ranças de divulgação apenas na internet”, conclui. ia lançar um livro” do género.Também ele preten-
Outro jovem autor, contactado pela Media XXI, de continuar a tentar, em especial o seu livro de
mas que preferiu manter-se anónimo acredita “pia- ficção. “Para minha própria defesa, mantenho-me
mente na internet como meio de publicação”, e céptico”, confessa.
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” audiobook” ressurge actualmente como uma trabalhos de poesia e 52 contos. O LibriVox “baseia
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[Olhares]
INTITULADA “VOMITO O CORPO QUE ATRAVESSOU O ESPAÇO DO MEIO”, ESTA É UMA DAS IMAGENS DE ANA
LÚCIA CRUZ QUE COMPÕEM O TRABALHO COM QUE FOI ESCOLHIDA COMO PARTICIPANTE NA MOSTRA JOVENS
CRIADORES 2006, NA CATEGORIA DE FOTOGRAFIA.
ESCREVE A AUTORA SOBRE ESTA SUA OBRA: “ESTE TRABALHO DECORRE DE UMA TENTATIVA DE PENSAR O
CORPO E O LUGAR DO CORPO. UM CORPO EXTENSO, ALTO, LARGO, E PROFUNDO. TRATA-SE DE UM CORPO QUE
TEM A CAPACIDADE DE CONTER, CONSERVAR, ENCERRAR DENTRO DE SI. EXISTEM JANELAS, PORTAS DE
ACESSO, QUE PERMITEM A ENTRADA NESSE ESPAÇO DE DENTRO.”
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[Actualidade Imprensa]
primeiro número da Impactus saiu em Abril Impactus estabeleceu uma série de parcerias com
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[Actualidade Rádio]
O Governo apresentou em Novembro uma Proposta de Lei de reestruturação da concessionária do serviço público de
rádio e televisão, para concluir o processo iniciado em 2003, de reestruturação empresarial do sector. Desta forma, a
proposta apresentada pretende integrar a RTP – serviço Público de televisão, da RDP e da RTP – Meios de Produção,
numa só sociedade comercial, designadamente a RTP – Rádio e Televisão de Portugal, S.A., mantendo a marca RDP
e RTP e a autonomia editorial da rádio e da televisão, num sistema administrativo de gestão e direcção editorial, no
qual os directores de conteúdos são responsáveis pela informação e programação.
A proposta apresentada pretende reforçar a avaliação do cumprimento do serviço público, enquanto competência da
Assembleia da República e da Entidade Reguladora para a Comunicação Social. O documento afirma ainda que o re-
forço dos poderes e da representatividade do Conselho de Opinião, que passa a poder ouvir os directores de conteú-
dos. A proposta pretende acabar com a designação governamental dos seus membros, reduzindo o número destes e
aumentando os que são designados pela Assembleia da República e pela sociedade civil.
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[Actualidade Televisão]
MÁRIO GUERREIRO
aprovou na generalidade a nova proposta de
lei de televisão, que entre as alterações mais
polémicas inclui a integração da 2: numa conces-
são única de serviço público, e a impossibilidade
de serem efectuadas alterações nas grelhas de pro-
gramação dos canais sem um mínimo de 48 horas
de antecedência. Na mesma data, o executivo so-
cialista aprovou também uma proposta que pre-
tende proceder à reestruturação da concessionária
do serviço público de rádio e televisão. Como se-
gunda proposta, é efectuada uma revisão do regi-
me jurídico do sector empresarial do Estado na
área do audiovisual, passando a actual sociedade
Rádio e Televisão de Portugal, S.G.P.S., S.A. a res-
ponder pela denominação de Rádio e Televisão de necessidade de se preparar o lançamento da
Portugal, S.A. O Governo garante, no entanto, Televisão Digital Terrestre.
que a RTP e a RDP irão continuar a gozar de auto-
nomia editorial. Maiores obrigações do serviço público
No anteprojecto de proposta da Lei da Televisão, Com a nova Lei da Televisão, a tutela espera ditar
agora em consulta pública, o Governo apresenta as novas obrigações para o serviço público. Uma das
suas razões para se rever a lei de 2003. A primeira medidas é a criação de um contrato de concessão
dessas razões tem a ver com o facto do segundo revisto a cada quatro anos, “com fixação de objec-
canal ter sido “remetido para um estatuto atípico tivos e critérios qualificativos e quantitativos de
de concessão de serviço público”. Situação que se avaliação”.
pretende resolver com a nova legislação, ao inserir Com o objectivo de “densificar as obrigações dos
o canal na concessão única de serviço público, em operadores”, o Governo pretende criar “deveres
substituição do actual molde em que a sociedade de informação acrescida em casos de alteração de
civil tinha lugar na programação. O executivo programação anunciada”, colocando assim limites
aponta também como justificativa para a alteração à chamada contra-programação dos canais. Assim,
da lei a “pouca exigência” das condições para “atri- qualquer alteração à grelha de um canal tem de ser
buição, renovação, revogação e modificação de li- anunciada com um mínimo de 48 horas de antece-
cenças” de televisão, quando as licenças para a dência. Para os canais privados, a nova lei irá tam-
emissão dos canais privados foram alvo de renova- bém ditar novos “incentivos à adopção de formas
ção controversa ainda recentemente. Outras das de auto-regulação”, na forma de códigos de con-
razões invocadas para a alteração da actual lei é a duta, exemplifica o documento.
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[ Actualidade SI]
D.R.
A entrevista colectiva realizada na sede da bolsa
electrónica NASDAQ, a 30 de Novembro, o
novo sistema operativo da Microsoft apresenta no-
vidades gráficas e sobretudo uma maior agilidade
de utilização, com comandos práticos, e de voz e
uma melhor procura interna no computador. O
Windows Vista foi apresentado juntamente com os
outros dois produtos estrela do gigante norte-
-americano para o próximo anos: as versões para
2007 do Office e do programa de mensagens
Exchange. IMAGEM DO WINDOWS VISTA
Coube a Steve Ballmer, presidente executivo da
Microsoft desde 2000 a apresentação do pacote de mente a luz do dia agora, e Steve Ballmer acredita
programas, já disponível para empresas, mas a que que “200 milhões de pessoas vão usar pelo menos
os utilizadores privados poderão ter acesso só a um destes produtos até o final de 2007”. O facto
partir de 30 de Janeiro. Descrito como o “maior do novo Windows Vista e Office só estarem dispo-
lançamento da história da Microsoft”, o Windows níveis a partir de Janeiro para o utilizador comum
Vista é a primeira actualização do sistema operati- motivou várias críticas por parte dos fabricantes
vo Windows (usado em 90 por cento dos compu- de computadores pessoais, que esperavam poder
tadores mundiais) em cinco anos e sofreu vários disponibilizar o novo sistema operativo nos seus
atrasos na sua apresentação ao público. Vê final- computadores já na época de Natal, aumentando
assim consideravelmente as suas vendas. As acções
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erca de mil milhões de espectadores da MTV xar a mensagem: “Se tens muito amor para dar, pro-
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[Actualidade Tecnologia]
A INTELIGÊNCIA DE NEGÓCIOS
SAS Fórum Portugal discutiu Business Intelligence
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COMPETITIVIDADE EM DEBATE
Directions 2006 da IDC analisou as orientações das TI e de gestão
rganizado pela IDC, o Directions 2006, que nova geração europeia no que toca à gestão de ne-
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ntre 25 e 26 de Outubro, o Centro Cultural tor do Contact Center da Galp reflectiu sobre o im-
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[Dinâmicas da Comunicação]
A emitir apenas auto-promoções desde final
Educare TV na internet de Novembro, o Canal de Língua Portuguesa
(CPL TV) passou a quatro horas de emissão
O Educare.pt, diárias em meados de Dezembro para toda a
um site de Europa. O próximo objectivo do canal é pas-
informação sar a emitir 24 por dia já em Fevereiro. Será
dedicado exclu- também neste mês que se iniciarão as
sivamente à transmissões para o continente africano via
CLP TV no ar
educação, dá um passo em frente e apresenta agora o Edu- satélite. O CLP TV tem como público-alvo
care TV com uma rubrica semanal online, “Semana em os quatro milhões de portugueses espalhados
Revista”, emitida às sextas-feiras. Durante pela Europa e cerca de 30 milhões em
aproximadamente três minutos, o programa aborda a África. O canal prevê ainda iniciar emissões
actualidade educativa, tendo por base notícias que são por cabo em Portugal, estando a negociar a
disponibilizadas no próprio site. O destaque desta rubrica sua entrada neste sector.
vai para os artigos de opinião, reportagens e entrevistas e
os utilizadores podem encontrar todas as emissões para vi-
sualização no site.
Site da RTP com serviço para cegos e
amblíopes
Gratuito dedicado ao Turismo A operadora estatal já iniciou o
novo serviço destinado aos cidadãos
Já está aí “Viaje!”, um gratuito quinzenal sobre cegos e amblíopes. Os conteúdos
turismo com distribuição em Lisboa, escritos do site da RTP podem agora ser ouvidos em
nomeadamente em pontos de turismo, de tempo real através de uma voz gerada por
aluguer de automóveis, entre outros. Com computador. O serviço de vocalização refere-se aos
uma tiragem de 30 mil exemplares, o “Viaje!” conteúdos disponibilizados online em formato de tex-
tem um mínimo de 16 páginas dedicadas ao to normal, ou seja, notícias, programação, entre
turismo e outras actividades relacionadas com outros. Segundo a RTP trata-se de um serviço
esta temática. Numa fase seguinte, o gratuito acessível a todos os que navegam no site da emissora e
será igualmente distribuído no Funchal e bene- não requer qualquer tipo de instalação. Este serviço
ficiará também de um acordo celebrado com a inovador em Portugal foi desenvolvido em parceria
TAP para distribuição nas instalações desta com a empresa sueca ReadSpeaker Europe AB.
empresa no Aeroporto da Portela.
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[Dinâmicas da Comunicação]
Chamar a atenção para a
importância dos media e da literacia
digital como áreas-chave na aprendi-
zagem das crianças que vivem na era Segundo a consultora norte-
da informação. Foi este o principal objectivo que reuniu a Federação -americana eMarketer, o
Canadiana de Professores (FCP) e a Media Awareness Network (MNet), Google irá atingir 25% da
levando-os a organizar a Semana Nacional de Educação para os Media. Entre quota de publicidade online nos
Pensar os Media no Canadá
20 e 24 de Novembro, mais de 50 eventos animaram o Canadá. “Os jovens EUA. Os dados apurados neste
vivem cada vez mais em ambientes mediáticos e, por isso, as necessidades de estudo apontam mesmo para
desenvolvimento das apetências no âmbito da literacia são cada vez maiores. que essa percentagem suba para
O Governo deve, pois, promover não só a literacia tradicional, mas também a cerca um terço dos
novo formato apresentado pelo jornal dirigido por Contra a Fome, que se saldou na
Martim Avillez Figueiredo, e também com o reforço entrega de mais de um milhão de refei-
editorial dos seus conteúdos. ções aos mais necessitados.
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INFORMÁTICA 2.0
tendência dos primeiros anos do novo sica. A aposta foi em simplificar o acesso legal
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[Reportagem de Comunicação]
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[Reportagem de Comunicação]
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[Reportagem de Comunicação]
plano de expansão definido pelos dois títulos. “Com Sintra, Cascais, Amadora, Almada, Oeiras e Lis-
o sucesso que o jornal Metro tem tido nas actuais ci- boa. Mantendo temáticas de cariz local, a actual
dades é natural que venham a existir novas opções direcção tem vindo, nos últimos meses, a introdu-
de futuro”, explica Tiago Bugarin. De acordo com zir novos conteúdos, com uma maior aposta na ac-
Francisco Pinto Barbosa, o Destak alinha pelo mes- tualidade desportiva, na informação sobre as novi-
mo diapasão, admitindo porém que o actual alarga- dades do mercado automóvel e relativa às novas
mento implica já uma pressão muito grande sobre os tecnologias. No caso do Jornal da Região ainda
custos operacionais da empresa.As próximas cidades não existem planos para uma expansão. “Fomos
podem, por isso, esperar. pioneiros no que concerne a edições no Grande
Com o crescimento para novos pólos urbanos, os Porto, mas por estratégia do Grupo Impresa, as
jornais gratuitos poderão tender, no futuro, a alte- mesmas fora suspensas. No entanto, estamos aten-
rar a sua informação, incluindo conteúdos de tos ao mercado e a analisar eventuais zonas de ex-
maior proximidade com a realidade das diferentes pansão editorial”, indica Paulo Parracho.
regiões. “Se a rentabilidade das edições locais o
permitir, esta será, certamente, uma oportunidade Mudança de paradigma?
a explorar”, frisa Francisco Pinto Barbosa. Opor- Para além de atrair um público mais feminino e jo-
tunidade que é aproveitada desde 1996 pelo Jornal vem, ao qual os títulos pagos não conseguem che-
da Região. Com uma circulação de 220 mil exem- gar, a imprensa gratuita proporciona aos anuncian-
plares, o título divide-se por seis edições distintas, tes uma grande flexibilidade e criatividade
com conteúdos relativos às localidades em causa: comercial na promoção dos seus produtos. Com o
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[Reportagem de Comunicação]
JOANA VALADARES
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[Reportagem de Comunicação]
GUILHERME PIRES
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[Reportagem SI]
om o novo filme de Michael Bay, com estreia Este casamento do lúdico com o agressivo tem ex-
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[Reportagem SI]
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A MISSÃO RENOVA-SE
O recente conflito no Iraque é o espelho de um novo jornalismo
guerra entre os EUA e o Iraque veio contra- Instituto sobre a presença da comunicação social
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[Empresas XXI]
om apenas três anos de existência e com um zadas, enquadradas no sistema legal e preparadas
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O futuro das comunicações foi mais uma vez debatido na 16ª edição do
evento organizado pela APDC. Este ano, no debate do Estado da Nação, o
destaque foi mesmo a OPA da Portugal Telecom
POR DULCE MOURATO E MÁRIO GUERREIRO
urante três dias, o universo da comunicações, António Carrapatoso, da Vodafone Portugal criti-
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VERA LANÇA
A Ericsson, como patrocinador oficial do 16º clusiva (adaptando conteúdos a pedido e concepção
Congresso remete para o vídeo e música on de- de temas de autor), para além de um verdadeiro in-
mand, salientando que a importância já não está vestimento na tecnologia como instrumento de co-
no aspecto técnico do dispositivo mas sim no municação”, concretizou Mário Franco.
serviço que chega ao utilizador. Hans Vestberg, Também estiveram presentes no Business Lounge
vice-presidente executivo da Ericsson, referiu a diversas empresas como a Portugal Telecom (redes
propósito “que há que perceber que as telecomuni- Wi-Fi), os CTT com a modernização digital e ou-
cações entraram numa nova era e que a comunica- tras empresas ligadas à comercialização do RFID
ção é tão importante para o homem de negócios (identificação por rádio frequência automática me-
como para o pequeno pescador do Bangladesh que diante sinais de rádio, recuperando e armazenando
regateia o preço do peixe antes de chegar à lota – dados remotamente através de dispositivos deno-
estamos perante quatro mil milhões de utilizado- minados de tags RFID).
res, cujo número duplica a cada ano que passa”. Diogo Vasconcelos, presidente do 16º congresso
A ideia da massificação, da permanente mudança e da APDC, no discurso de abertura dos trabalhos,
da participação mais intensa das pessoas como sujei- referiu a importância de todas as tecnologias pre-
tos de comunicação e cidadãos do mundo, esteve sentes no evento porque vivemos num “mundo em
também presente no lançamento do livro “Movisão, rede, com 2.5 biliões de pessoas em todo o mun-
a televisão móvel” da autoria de Mário Franco, con- do pela primeira vez ligadas entre si. Um mundo
sultor de TI, que defende a preponderância do indi- móvel e ‘wireless’, com 15 novos utilizadores por
víduo face aos conteúdos adaptados dos canais de te- segundo – ou quase a população de Portugal numa
levisão agora existentes para a mobilidade. “TV semana só. Um mundo que em breve terá 14 bi-
móvel supõe um conceito diferente de interactivida- liões de objectos ligados entre si, dando origem a
de e interacção, uma intervenção mais directa e in- uma ‘internet das coisas’.
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[Estudo/ Internet]
CASA DA IMAGEM
concelho de Lisboa está à frente no ranking
Grandes Centros Urbanos destacam-se quase 50% em 2005”, diz. “No entanto, a taxa de
O relatório da IDC indica que a área da Grande penetração de PCs nos lares portugueses ainda
Lisboa é mesmo a região com maior nível de de- continua bastante abaixo da média europeia, pelo
senvolvimento tecnológico, prova disso é a per- que consideramos crítico por parte de todos os in-
centagem (67%) de lares com computadores pes- tervenientes no mercado a criação de soluções
soais (PC), ao mesmo tempo que 56% têm acesso que estimulem uma maior utilização dos mes-
à internet, seguida do Grande Porto, com valores mos”, conclui Gabriel Coimbra. Neste estudo, a
na ordem dos 53% e 40%, respectivamente. No IDC prevê que em 2010 haja 2.1 milhões de liga-
lugar oposto da lista está o Baixo Alentejo, em que ções à internet no país.
apenas 7% dos lares tem acesso à internet e, des- Quando estão a navegar na internet, 88% dos in-
tes, 5% é de banda larga. Estes são dados que co- ternautas portugueses utiliza aplicações de e-mail
locam Portugal abaixo das médias da Europa para comunicar, 70% utiliza serviços de Instant
Ocidental, tendo em conta que 80% das famílias Messenging e 19% recorre ao VoIP. A percentagem
estão ligadas à internet e 62% dessas ligações são de consultas de páginas online (80%) indica que
de banda larga. No entanto, para Gabriel esta é igualmente uma prática generalizada entre
Coimbra, da IDC Portugal, estes são dados que os portugueses, enquanto que os downloads de
mostram uma evolução positiva. “A internet apre- música gratuita (33%) e paga (26%) também já se
sentou um crescimento muito significativo em assumem como significativas. Já os downloads de
Portugal. Nos últimos anos a penetração na popu- vídeos gratuitos e pagos situam-se nos 22% e
lação passou de 10% no final do ano 2000 para 14%, respectivamente.
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[Mercados da Comunicação]
os próximos anos o sector de media e entrete- dos, em detrimento dos canais físicos. As tecnolo-
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VERA LANÇA
enquanto seres diminuídos, rejeitando toda e qual- ou cívico. Para Pissara Esteves, neste domínio é
quer forma de comunicação com uma certa di- fundamental o papel do Estado e a responsabilida-
mensão tecnológica.Trata-se de uma generalização de dos organismos públicos perante a sociedade.
abusiva da observação de situações pontuais”, ana- Em particular através de políticas promotoras de
lisa João Pissarra Esteves. A refutação destes juízos condições sociais benéficas para a utilização das
é importante para perceber a ligação das tecnolo- novas tecnologias. “O Estado deve intervir, por
gias da informação e comunicação com a demo- exemplo, no alargamento da base de utilizadores
cracia. das TIC, no que respeita aos custos das ligações, ao
Ainda neste campo, Pacheco Pereira lembrou que acesso em locais públicos, na acessibilidade a fon-
da literacia mediática depende a capacidade de uti- tes oficiais e a bases de dados relevantes”, destaca.
lização dos recursos disponibilizados pela internet No evento foi ainda debatido o relacionamento
para a produção de actos de democracia. “Sem ins- entre os jornalistas e os políticos, bem como as
trumentos de mediação, as pessoas não têm capa- consequências que acarreta para a democracia.
cidade para distinguir sites fidedignos ou sites com Ricardo Jorge Pinto, director do Expresso para a
dupla-intenção. A ausência de literacia mediática região norte, destacou que a relação entre os me-
provoca, por exemplo, problemas graves nos tra- dia e as instituições políticas será sempre um misto
balhos académicos”, sublinha o historiador. de conflitualidade e cumplicidade. Como referiu
Defendendo uma perspectiva semi-optimista, Pacheco Pereira, “na luta pelo bem escasso que é a
Pissara Esteves adiantou ainda que não acredita na influência, jornalistas e políticos pescam na mesma
e-cidadania nem nas democracias virtuais. O pro- água”. Fundamental para a democracia, esta com-
fessor da UNL criticou o avassalador assalto co- petição irá certamente ganhar novos contornos
mercial de que a rede tem sido alvo, que a trans- com a evolução das novas tecnologias. A próxima
forma mais num espaço comercial do que político palavra poderá ser dos cidadãos.
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[Ibermedia]
O Tribunal Internacional de Arbitragem
da Câmara de Comércio Internacional
condenou a Tiscali a pagar 6.7 milhões
Regulador intervém entre Euskatel e Orange de euros à Prisa. A decisão do tribunal
A Comissión del Mercado de Te- surge um ano e meio depois da Prisa
lecomunicaciones (CMT) ter recorrido à justiça por
proibiu a operadora móvel incumprimentos contratuais daquela
Os representan-
tes do PSOE no
TVE antecipa oferta digital Consejo de
Administración
A operadora de de Rádio Televi-
televisão pública sion Madrid
espanhola decidiu (RTVM)
antecipar já para exigiram uma
Janeiro de 2007 a auditoria
emissão dos seus independente
conteúdos em para que se
formato digital. conheçam os
Todos os residentes contornos reais
no território do buraco
espanhol poderão a financeiro da estação. O pedido surgiu depois de
partir do início do Manuel Soriano, director-geral da RTVM ter
ano ter acesso livre solicitado uma injecção extraordinária de 20 mi-lhõ-
e gratuito à TVE es de euros para fazer face à diminuição das receitas
digital via satélite. A empresa pública renegociou e ampliou da emissora ligada às descidas de audiência. Por seu
o contrato de serviços fornecidos pelos satélites Hispasat e turno, Ruth Porta, do PSOE, justifica essa contribui-
Eutelsat para poder antecipar o apagão analógico, cuja data ção monetária com a incompetência de gestão. Por
prevista em Espanha é 2010. A TVE garantiu, ainda, que os seu turno o PP diz que a RTVM é auditada todos os
canais digitais privados serão bem-vindos a integrar a anos e que não se justifica rever as contas de 2005.
plataforma digital do operador estatal. Os populares fizeram ainda saber que vão rejeitar o
pedido dos socialistas porque a lei que regula o
funcionamento da emissora foi aprovada em 1984
com a maioria absoluta do PSOE.
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D.R.
Mário Cravidão identifica ainda outros problemas imagens apelativas, marcas facilmente memorizá-
na comunicação das empresas do sector. “As empre- veis e fortes campanhas de comunicação”.
sas têm no seu portfolio uma pulverização de mar-
cas que não contribuem para um todo devidamente Impacto das novas tecnologias
integrado sob o nome de um produtor”, diz. O que Para Mário Cravidão, o desafio do sector do vi-
leva a “uma série de problemas ao nível da falta de nho, em termos globais, é “tornar-se apelativo a
massa crítica para investirem no desenvolvimento adultos a partir dos vinte anos”, já que o perfil do
do marketing nacional e internacional”. consumidor de vinho em Portugal ronda os 35
Sobre a criatividade e o marketing do sector, Má- anos. Quando comparado com a cerveja, o vinho
rio Cravidão admite que “têm vindo a existir de- tem perdido a capacidade de renovar a sua base
senvolvimentos bastante interessantes ao nível da de consumidores, advoga Mário Cravidão. “Basta
imagem dos produtos”. A “Sogrape continua a fa- analisarmos os últimos 20 anos para vermos que
zer excelentes trabalhos”, exemplifica. Para o res- o que se perdeu no consumo per capita no vinho
ponsável da Brandir, o grande desafio do sector e verificarmos que foi transferido para a cerveja”,
coloca-se ao “nível estratégico do negócio”, como considera. Nesse capítulo, as tecnologias podem
a “sua operacionalização devidamente integrada no revelar-se importantes na forma de chegar a gru-
marketing e ajustada aos mercados de destino”. pos alvos mais jovens. “É o caso do marketing di-
Mário Cravidão deixa a sugestão: “O sector do recto, desenvolvido pela internet, mas também
vinho deve olhar para os bons exemplos que vêm serão num futuro próximo as mensagens relacio-
do novo mundo, com vinhos que são criados de nais” através de mensagens multimédias via tele-
acordo com o que o consumidor procura, com móveis.
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EXCELÊNCIA NA ESTREMADURA
Companhia Agrícola do Sanguinhal aposta no contacto directo
Para a Companhia Agrícola do Sanguinhal, a principal forma de
comunicação e promoção ainda é o contacto directo, mas as novas
tecnologias ganham relevância
POR MÁRIO GUERREIRO
ara Carlos João Pereira da Fonseca, director da mercado internacional usando os meios que as novas
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vinicultor e enólogo da Quinta da Cortezia, Mi- vo, e na escolha dos nossos importadores. Desloca-
Qual é o segredo para os vossos vinhos O que existe por fazer no sector vinícola
terem obtido excelentes qualificações em português em termos de comunicação e
concursos internacionais e serem premiados promoção e quais as principais dificul-
pelas revistas de especialidade mundial? dades para obter uma maior projecção
A Quinta da Cortezia iniciou em 1980, em Fran- internacional?
ça, um estudo com duas vertentes em paralelo: a Em primeiríssimo lugar tem que se seleccionar
aptidão vitivinícola da Quinta da Cortezia e as no- muito bem tudo o que merece ser divulgado, para
vas tendências do mercado mundial de vinho. Este cada mercado – como por exemplo a definição da
estudo levou à replantação total da vinha e à re- estratégia. Como a boa comunicação e promoção
conversão da nossa adega. Deste modo passou a são investimentos caros, há que saber ganhar di-
haver matéria-prima (uvas) e sua transformação mensão para se poder pagar.
com qualidade para produzir vinhos adaptados às A principal dificuldade para obter uma maior pro-
novas tendências do mercado “Leader mundial”. jecção internacional está na ausência de imagem
que Portugal tem. Não tem nem boa, nem má
Em que consiste a vossa estratégia em imagem, o que é péssimo. Temos que nos tornar
termos de distribuição para colocar os tão atractivos como a África do Sul, a Austrália ou
vossos vinhos nas cartas dos mais mesmo o Brasil.Tivemos passado, mas só História
famosos restaurantes? não chega. Precisamos de ter presente. É urgente
Somos muito selectivos na definição de mercados al- arranjar uma boa estória para divulgar dentro e fo-
ra do país – atrai investimento estrangeiro, turis-
mo e imediatamente toda e exportação beneficia.
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[Leituras]
Anúncios à lupa – Ler publicidade
Eduardo Cintra Torres
Bizâncio
Enquanto a maior parte das pessoas vê os anúncios sem ligar ao que está por detrás
destes nem se aperceber de pormenores, Eduardo Cintra Torres analisa-os ao
detalhe. Esta obra reúne várias crónicas do autor, publicadas no Jornal de Negócios
em 2003 e 2004. Ao longo de quase 200 páginas ilustradas com imagens das
diversas campanhas publicitárias que critica, Eduardo Cintra Torres escreve sobre as
mais variadas marcas e desde o anúncio televisivo ao outdoor. Do spot mais
inocente ao mais polémico, este livro, que conta com a apresentação de Sérgio
Figueiredo e prefácio de Pedro Bidarra, reúne de tudo um pouco e promete fazer as
delícias de quem se interessa pela publicidade.
POR VERA LANÇA
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Assine a mediaXXI
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OS DADOS A RECOLHER SÃO CONFIDENCIAIS E SERÃO PROCESSADOS PELA FORMALPRESS PARA EFEITO DE ENVIO REGULAR DAS PUBLICAÇÕES ASSINALADAS E EVENTUAL ENVIO DE PROPOSTAS FUTURAS. FICA GARANTIDO O ACESSO AOS DADOS E RESPECTIVA
RECTIFICAÇÃO, ALTERAÇÃO OU ANULAÇÃO. CASO NÃO PRETENDA RECEBER OUTRAS PROPOSTAS NO FUTURO, ASSINALE COM UM X.
[Aula Aberta]
CONTO DE FADAS
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[Centros de Conhecimento]
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[Instituições da Comunicação]
MÁRIO GUERREIRO
Benefícios para todos
A APDSI está empenhada na promoção do desen-
volvimento da Sociedade da Informação e do Con- DIAS COELHO, PRESIDENTE DA DIRECÇÃO DA APDSI
hecimento porque, segundo Dias Coelho, “acredita
existirem benefícios nessa promoção tanto para os mento, a SI é um grande objectivo político. Mas
cidadãos como para os agentes económicos.” Nesse infelizmente na última década não houve tanto
sentido, a associação, cuja actividade se baseia no empenho quanto as palavras faziam crer”. Para a
voluntariado, tem levado a cabo uma série de ini- APDSI, Portugal tem de dar o salto qualitativo nos
ciativas, como conferências, em que é debatido o próximos cinco ou dez anos, caminho já em parte
futuro da SI, ou as tomadas de posição do Grupo alcançado segundo alguns indicadores, diz Dias
de Alto Nível sobre questões de natureza diversa, Coelho. “Não resta outra via a Portugal, pois já
como é o caso do Plano Tecnológico ou do Cartão não há alternativas nos sectores tradicionais que
do Cidadão. não sejam a sua modernização tecnológica”, afirma
Desde que iniciou funções, a APDSI notou uma al- o presidente da direcção.
teração da sociedade civil face à SI, mas essa mu- Todos os anos a APDSI atribui os prémios Persona-
dança vê-se sobretudo a nível político. No entan- lidade do Ano da SI, Editorial SI e Homenagem a
to, Dias Coelho lamenta que a associação não Uma Vida. “Acreditamos que a excelência é funda-
tenha conseguido levar a bom porto todos os ob- mental para qualquer país e procurá-la em todas as
jectivos a que se propôs e afirma que “neste mo- áreas é importante”, refere Dias Coelho.
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15ª edição do Prémio Neurónio, onde são ga- marketing que continua em constante evolução
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blicidade que têm uma preocupação muito grande so, porque preferem os canais que lhes dão mais
ao nível do branding. A conciliação destes três in- possibilidade de escolha e de controlo, e se melho-
gredientes é o segredo de uma agência de marke- rarmos a nossa oferta nessa perspectiva ainda po-
ting relacional, que é conseguir entender os desa- demos reforçar a nossa posição de liderança no
fios da marca, usando os canais e os mecanismos mercado. A Ogilvy One entende o mercado dessa
certos ao nível da comunicação directa. Em maneira e tem vindo a fazer uma aposta nesse sen-
Portugal há três ou quatro empresas a fazer isso e a tido, o que reflecte a nossa liderança. O que vende-
Ogilvy One diferencia-se porque fez uma aposta mos são ideias e a melhor criatividade acaba por se
clara no seu posicionamento, que é o marketing destacar. O segredo é a nossa aposta na conciliação
relacional. Não nos desviámos da rota, apostamos da qualidade com estas competências técnicas.
na qualidade do nosso trabalho nessa área e desen-
volvemos as Porque é que o marketing dirigido às mas-
“O que vendemos são ideias competências sas já não tem o efeito que tinha antes?
e a melhor criatividade nesse sentido As pessoas estão saturadas e não querem que lhes
acaba por se destacar” com um deta- imponham as coisas, querem consumir a publici-
lhe que será dade como querem e quando querem. Mais do
muito importante no futuro que é a nossa aposta que ouvir gritos, as pessoas querem estabelecer
nos new media. Como já disse, a tendência mostra um diálogo e a tendência é para que o marketing
que no futuro os consumidores vão privilegiar is- de massas perca a sua eficácia quando é usado iso-
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[Cibercultura]
A
D.R.
surge o Compact Disc com as suas promissoras ca- do, com funcionalida-
pacidades de registo digital. Com o CD, toda a in- des do MiniDisc,
dústria fonográfica mudou, pouco depois a Sony a ver-
apresenta no mercado o Sony Walkman já em for-
mato MiniDisc.
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[Cibercultura]
dade é que a actual PlayStation Portable assume o no-livros como gram- D.R.
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PT ESCOLAS – A AVENTURA
CONTINUARÁ SEMPRE!
desenvolvimento da Sociedade da nar e orientar – talvez seja este o novo papel
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D.R.
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[Reportagem de Comunicação]
plano de expansão definido pelos dois títulos. “Com Sintra, Cascais, Amadora, Almada, Oeiras e Lis-
o sucesso que o jornal Metro tem tido nas actuais ci- boa. Mantendo temáticas de cariz local, a actual
dades é natural que venham a existir novas opções direcção tem vindo, nos últimos meses, a introdu-
de futuro”, explica Tiago Bugarin. De acordo com zir novos conteúdos, com uma maior aposta na ac-
Francisco Pinto Barbosa, o Destak alinha pelo mes- tualidade desportiva, na informação sobre as novi-
mo diapasão, admitindo porém que o actual alarga- dades do mercado automóvel e relativa às novas
mento implica já uma pressão muito grande sobre os tecnologias. No caso do Jornal da Região ainda
custos operacionais da empresa.As próximas cidades não existem planos para uma expansão. “Fomos
podem, por isso, esperar. pioneiros no que concerne a edições no Grande
Com o crescimento para novos pólos urbanos, os Porto, mas por estratégia do Grupo Impresa, as
jornais gratuitos poderão tender, no futuro, a alte- mesmas fora suspensas. No entanto, estamos aten-
rar a sua informação, incluindo conteúdos de tos ao mercado e a analisar eventuais zonas de ex-
maior proximidade com a realidade das diferentes pansão editorial”, indica Paulo Parracho.
regiões. “Se a rentabilidade das edições locais o
permitir, esta será, certamente, uma oportunidade Mudança de paradigma?
a explorar”, frisa Francisco Pinto Barbosa. Opor- Para além de atrair um público mais feminino e jo-
tunidade que é aproveitada desde 1996 pelo Jornal vem, ao qual os títulos pagos não conseguem che-
da Região. Com uma circulação de 220 mil exem- gar, a imprensa gratuita proporciona aos anuncian-
plares, o título divide-se por seis edições distintas, tes uma grande flexibilidade e criatividade
com conteúdos relativos às localidades em causa: comercial na promoção dos seus produtos. Com o
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União Internacional das Telecomunicações uma conveniência, mas sobretudo um novo desafio
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CASA DA IMAGEM
dia da identidade, pois ao contrário dos tempos midores, dos empresários e dos legisladores em
passados, a identidade humana já não se define em todo o mundo”, lê-se no documento elaborado pe-
termos geográficos, comunitários ou familiares. la UIT. “À medida que a internet continua a cres-
Hoje em dia, tudo isso é volátil. A distribuição de cer, os ladrões encontram canais mais directos pa-
dados e o acesso constante à informação no meio ra o roubo de identidade, representando uma
em que vivemos tornaram a mudança e a imprevi- ameaça crescente para os consumidores e para o
sibilidade nas novas regras da sociedade actual, o próprio comércio electrónico”, conclui o relató-
que implica consequências directas na percepção rio. Uma vez que tenham tido acesso a informação
da identidade de cada um. crítica, tais como dados pessoais, indivíduos que
não tenham autorização para tal podem adaptar o
Roubos pouco virtuais perfil da pessoa roubada aos sites que bem enten-
Um dos efeitos mais macabros identificados pela derem e fazer transacções ou mudar informações
UIT é o roubo de identidade. “A identidade pesso- relativas às mesmas.
al é algo que toda a gente tem mas que a maioria No geral, a vida não está muito facilitada aos utili-
das pessoas negligencia. Se alguém a perde, arris- zadores online que sentem várias dificuldades no
ca-se a perder tudo aquilo que tem”, diz o relató- que toca ao registo de nomes de utilizador e das
rio. Aqueles a quem a identidade foi roubada onli- respectivas palavras-passe, uma vez que nem sem-
ne podem demorar largos meses ou anos na pre podem utilizar sempre os mesmos devido às
recuperação do seu bom-nome. Sob falsa identida- restrições dos diversos sites, como por exemplo o
de, alguém pode roubar dinheiro, o que poderá facto do nome de utilizador escolhido já estar atri-
por exemplo dificultar ou mesmo impossibilitar o buído ou a palavra passe não ter o número de ca-
acesso da vítima ao crédito, impedir o acesso a racteres mínimos exigidos para o registo. Isto im-
postos de trabalho a que a pessoa burlada aspira ou plica que um só utilizador tenha vários registos no
até levar alguém inocente à prisão, a começar por mundo virtual, o que pode aumentar a sua vulne-
aquele a quem a identidade foi roubada, pois pro- rabilidade da identidade digital. Neste sentido, não
var que estão a usar ou usaram a sua identidade di- toca apenas aos governos e legisladores zelar pela
gital é um processo moroso e difícil. “O roubo de segurança online dos cidadãos, mas cada um deve
identidade, apesar de não ser um fenómeno novo, ter também comportamentos seguros no mundo
ganhou rapidamente atenção por parte dos consu- digital.
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[Euromedia]
o passado dia 14 de Novembro foi votado e tem nada a ver com o que tinha aspirado e, por
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[Euromedia]
CASA DA IMAGEM
meira vez que um comissário, Jan Figel, tem uma Hoje em dia é recomendável falarmos e escrever-
pasta que contempla responsabilidade pelo multi- mos além da língua materna, mais duas línguas es-
linguísmo com o fim de melhorar a comunicação trangeiras. Não é suficiente defendermos a diver-
entre os cidadãos e órgãos europeus. A Direcção sidade europeia como uma fonte de riqueza
Geral da Cultura e Educação produziu um docu- cultural, mas sim uma fonte de compreensão mú-
mento1 que descreve e define o multilinguísmo e tua. No documento que refiro, a Comissão
o compromisso das instituições Europeias com os Europeia pede aos Estados Membros para adopta-
Estados membro nesta matéria. Não é mais do que rem planos de acção para a promoção do multilin-
uma estratégia europeia acompanhada por propos- guísmo, para actualizarem os seus sistemas de for-
tas de desenvolvimento de áreas específicas na so- mação de professores de línguas estrangeiras,
ciedade, na economia e nas relações que a fornecerem meios para a aprendizagem das mes-
Comissão Europeia tem que com os cidadãos mas e melhorarem os conteúdos dessa aprendiza-
Europeus. gem. Em particular, a Comissão Europeia planeia
A política do multilinguísmo tem três objectivos implementar juntamente com os Estados
como referi anteriormente, encorajar a aprendiza- Membros um indicador de competência linguísti-
gem de línguas, promover a diversidade linguística ca. Este destina-se a medir as competências em in-
e salvaguardar a saúde da economia multilingue glês, espanhol, alemão, francês e italiano. Será es-
dando aos cidadãos melhor acesso à legislação, cusado dizer que, os deputados portugueses ao
procedimentos e informação da União Europeia Parlamento Europeu estão explicitamente contra
na língua de origem desse cidadão. Estes objecti- esta questão, sendo que o Português é mais falado
vos estão fundamentados na base dos valores de mundialmente do que as ultimas três línguas que
construção da União Europeia, a “unidade na di- referi. Em suma, os Estados Membros têm que co-
versidade”. Existem 20 línguas oficias na União meçar a falar e a escrever nas línguas dos seus vi-
Europeia sem contar com a centena de outras lín- zinhos para que a Europa atinja os seus objectivos
guas minoritárias que são utilizadas na União. E fa- da Estratégia de Lisboa – “tornar a União Europeia
zer essa gestão entre os Estados membro só é pos- na Economia baseada no conhecimento mais dinâ-
sível se houver legislação e também uma certa mica e competitiva do mundo” e isto até 2010. O
abertura por parte dos povos. Já não chega comu- leitor que se apresse.
nicarmos bem na nossa língua, na escrita e na oral,
já não chega falarmos uma língua estrangeira. 1 COM(2005) 596.
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[Aldeia Global]
O browser da inter-
net desenvolvido
Governo chinês pressiona bloggers pela Mozilla
Foundation
Cada blogger deverá
já está
assinar com nome e
disponível
apelido o conteúdo
em versão
dos respectivos
2.0. Esta
blogs, é esta a
nova
pretensão do
versão do
governo chinês, que
navegador,
apresentado Network,
pela Intel. O destinada a
Quad-Core fornecer aos
permite uma utilizadores jogos de forma gratuita. A
velocidade Microsoft tem um serviço semelhante, mas a
de principal diferença é que este é pago. Na
processamento duas vezes superior à que se conseguia com os pro- PlaySation Network da Sony os utilizadores
cessadores até agora existentes no mercado graças aos quatro poderão também entrar nos chats enquanto
núcleos que integra no mesmo chip, ao mesmo tempo que jogam. Apesar da Sony ser o maior vendedor
consome apenas metade da energia. A Intel já tinha feito história de consolas a nível mundial, a Microsoft é
quando há dois anos tinha desenvolvido um processador com líder de mercado dos jogos online e, com esta
núcleo duplo. Mas esta empresa já tem planos mais arrojados medida, a empresa japonesa espera aumentar
traçados e pretende, dentro de cinco anos, fabricar processadores o número de jogadores na internet e
com 80 núcleos. destronar a empresa de Bill Gates.
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[Nuestra Opinión]
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[Nuestra Opinión]
CASA DA IMAGEM
“Durante
cinquenta anos, cas gozaram de uma posição de domínio do tuito de televisão. Por isso, o acesso univer-
as televisões mercado, que lhes permitiu crescerem e di- sal fragmentou-se e o interesse geral diluiu-
públicas versificarem-se, sem terem em considera- -se em interesses particulares. Por último, a
gozaram de uma ção os resultados. Nos anos 90, sofreram a diversidade de multiplicidade de fontes de
posição de concorrência dos canais privados, que em informação e de entretenimento colocam
domínio do muitos casos, cumprindo a mesma função em dúvida a necessidade de uma televisão
mercado” de entretenimento com produtos similares, pública.
atraíram audiência e contribuíram para o Ao problema dos gastos há ainda que juntar
encarecimento dos programas. A isto há que as características diferenciadoras das televi-
somar a prudência das produtoras, cujo po- sões privadas e públicas. A televisão pública
der de negociação se mostrou muitas vezes na Europa é gerida pelo Estado e as suas ad-
mais forte que o dos canais. O preço dos ministrações respondem à vontade dos seus
programas mais populares (desportos, fil- Governos. Nenhum Governo quis desfazer-
mes e algumas séries) encareceu como con- -se de um meio tão influente. Além do
sequência da fragmentação do mercado e da mais, qualquer solução para o défice econó-
perda de poder negocial dos canais face às mico passa para redução dos quadros de pes-
produtoras e às produtoras proprietárias soal, com o consequente frente-a-frente a
dos direitos. um dos sectores mais críticos da sociedade,
No final dos anos 90, a era digital aumentou os sindicatos. Nenhum Governo, de esquer-
o número de canais. Os canais pagos au- da ou direita, deseja enfrentar os sindicatos.
mentaram e convivem com o consumo gra- A solução para o défice das televisões públi-
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[Nuestra Opinión]
cas requer uma reestruturação e um sanea- mento dos canais públicos está condenado a
mento, o que significa a racionalização de desaparecer. Por outro lado, aumentar a fa-
processos, a utilização de modo eficiente tia de apoio aos canais públicos é uma medi-
dos recursos e uma diminuição do quadro da impopular, que os cidadãos recebem com
de pessoal. Aqui esbarramos não apenas desagrado e sempre criticada pela oposição.
com um problema económico, mas também O financiamento através de ajudas públicas
com um problema político e social. Os in- ou dos pressupostos gerais do Estado não é
teresses políticos anulam com frequência as visto com agrado pelos partidos da oposição
possibilidades de resolução do défice eco- nem pelos canais privados. Que razões exis-
nómico. O medo da reacção social devido tem para financiar uma televisão ao serviço
ao corte de gastos leva a que não se tome do Governo e com programas iguais aos da
decisões. O temor da privatização ou de en- concorrência?, pergunta-se. Finalmente, as
contrar uma solução explica que alguns receitas publicitárias convertem-se num
Governos prefiram manter estruturas eco- instrumento de concorrência desleal de-
nomicamente inviáveis, cujos programas nunciado em inúmeras ocasiões pelos ope- “O temor da
não são procurados pela audiência e onde radores privados. Além do mais, a multipli- privatização ou
não são respeitados os princípios que funda- cação de canais leva a uma perda de de encontrar
mentam institucionalmente os canais. audiência e portanto impossibilita o aumen- uma solução
Resolver os problemas de financiamento to das tarifas publicitárias. Em muitos paí- explica que
das televisões públicas requer o consenso ses, a publicidade dos canais públicos está li- alguns Governos
dos partidos políticos, e o assumir de medi- mitada por lei, e noutros considera-se como prefiram manter
das que a curto prazo são dolorosas, mas uma proposta alternativa para resolver os estruturas
que a longo prazo garantem a viabilidade problemas económicos da televisão pública. economicamente
económica dos canais públicos. O financia- Os impedimentos apontados têm travado inviáveis”
mento comum à maioria das televisões pú- consecutivamente a tomada de decisões por
blicas tem uma maior independência relati- parte dos Governos relativamente às enti-
vamente ao Governo se a cobrança for feita dades públicas. Os Governos de direita e es-
através de instâncias diferentes. Estes fun- querda têm-se sucedido, e em poucos países
dos justificam-se sempre e quando os canais se enfrentou com firmeza este problema. A
alcancem uma quota de audiência ampla e razão para tal tem sido muitas vezes a difi-
ofereçam programas de serviço público, co- culdade em fazer frente a esta crise. Ante a
mo são os programas culturais, infantis ou ameaça de perda de votos nas eleições se-
informativos, que garantem a democracia, o guintes, os planos de saneamento dos canais
pluralismo, a coesão social e a diversidade públicos, depois de amplos debates, acabam
cultural e linguística. Contudo, num uni- por ficar encerrados nas gavetas dos direc-
verso multicanal de canais pagos, o financia- tores-gerais.
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[Agenda XXI]
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[Último Olhar] A revista Visão irá apresentar em 2007 uma nova imagem
gráfica. Em declarações ao Jornal de Negócios, o director
da Visão referiu que esta mudança pretende reverter a
Goddy lança nova publicação actual queda que o título sofreu nas tiragens. A equipa
A Goody lançou que trabalhou na reformulação do Expresso está também
uma nova a trabalhar na renovação gráfica da revista da Edimpresa.
publicação mensal, Ainda em
com o nome de Art declarações
Attack, destinada a ao Jornal
um público infantil de
e com um Negócios,
licenciamento da Pedro
Disney. O título é Camacho
baseado no admitiu
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