You are on page 1of 13

ADRIANO ELIAS

GISELE REGINA

LUIS CARLOS

MARIA CRISTINA

MARIA VANDA

NATAN SANTIAGO

RONALDO DE SOUSA

COMÉRCIO INTERNACIONAL E SUAS TECNOLOGIAS

Centro Universitário FIEO – UNIFIEO

OSASCO/2010
ADRIANO ELIAS

GISELE REGINA

LUIS CARLOS

MARIA CRISTINA

MARIA VANDA

NATAN SANTIAGO

RONALDO DE SOUSA

COMÉRCIO INTERNACIONAL E SUAS TECNOLOGIAS


Trabalho apresentado ao Curso de
Ciências Sociais e Jurídicas do
Centro Universitário FIEO-
UNIFIEO, como requisito parcial
da avaliação da disciplina
Economia da turma DIR-NC1/G3

Orientador : Professor Fábio Ferraz


Marques

Centro Universitário FIEO-UNIFIEO

Osasco/2010
DEDICATÓRIA

Dedicamos esta Monografia Primeiramente à nossos familiares, pela compreensão,


em dispormos de parte de nosso tempo para elaboração desta. Em segundo lugar
dedicamos aos nossos educadores, que possibilitam o entendimento do conteúdo e nos
auxilia na confecção e montagem de Trabalhos Acadêmicos como este. Além desses,
dedicamos ao Centro Universitário FIEO – UNIFIEO, que é o lugar onde
aprofundamos nosso conhecimento e expandimos nossos ideais. Lugar este que
futuramente, junto com nossos esforços, irão concretizar o sonho do ingresso na
carreira Jurídica .
AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus por mais uma etapa cumprida e por estar em fase de
Conclusão do Primeiro Ano de Graduação do Curso de Ciências Sociai e Jurídicas.

Agradecemos ao Professor Alexandre da UNIFIEO que leciona aulas de


Metodologia do Estudo e da Pesquisa (MEP) na Instituição e que nos auxiliou
passo a passo para que pudéssemos concluir esta Monografia .

Agradecemos aos colegas de sala que dividem conosco suas idéias e experiências e
que de forma indireta nós dá ânimo para continuar na luta pela busca do
Conhecimento.
RESUMO

Este artigo possui uma explanação sobre Ciclos Econômicos e um histórico a partir do
primeiro ciclo no Brasil, que surgiu com a comercialização do Pau-Brasil, até os nossos
dias. Explica também quais as causas e os diferentes ciclos bem como os principais
estudiosos que conseguiram enxergar a influência destes na Economia Mundial. O
principal objetivo é mostrar qual a influência dos ciclos econômicos na Economia
Brasileira e Mundial.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

1. CICLOS ECONÔMICOS

1.1 Conceito econômico de Ciclo

1.2 A importância dos ciclos

2. TIPOS DE CICLOS ECONÔMICOS NO BRASIL

2.1 Ciclo do Pau-Brasil

2.2 Ciclo da Cana-de-açúcar

2.3 Ciclo da Mineração

2.4 Ciclo do Café

3. FASES DE UM CICLO ECONÔMICO

4. CONCLUSÃO

5. ESTUDIOSOS DOS CICLOS ECONÔMICOS

6. CONCLUSÃO

7. BIBLIOGRAFIA
INTRODUÇÃO

Os ciclos econômicos podem ser definidos basicamente em quatro fases : o auge, a


recessão, a depressão e a recuperação. Um exemplo : a Grande Depressão, que foi a
crise econômica mais difícil que ocorreu no ano de 1930, a qual podemos enquadrar
inteiramente na teoria do ciclo econômico. (BADARÓ, 2008)

Desta forma, o ciclo segue uma simples lógica : um súbito crescimento é seguido por
uma retração ou vice-versa, ou seja, tudo que sobe uma hora desce.

1. CICLOS ECONÔMICOS

1.1 Conceito econômico de Ciclo

Ciclo econômico se refere à variações na Economia, no que diz respeito à intensidade e


duração. Um ciclo econômico não é algo previsível mas suas fases podem ser previstas.

“Os ciclos são inerentes de mercados livres, capitalistas, mas alguns autores marxistas e
mesmo os liberais enquadram a teoria dos ciclos nas economias planificadas.”
(BADARÓ, 2008)

O conceito de ciclo iniciou-se a partir da Revolução Industrial, quando o nível da


atividade financeira dos países capitalistas e industrializados começaram a flutuar,
refletindo na Economia. E somente após a Segunda Guerra Mundial os ciclos ficaram
mais contidos do que os ciclos anteriores.

“A política econômica de estabilização com a política fiscal e a


política monetária parecem ter atenuado os piores excessos dos ciclos
econômicos. A estabilização automática devido aos aspectos do
orçamento do governo também ajudaram a derrotar o ciclo, mesmo
sem uma ação consciente por parte dos decisores políticos” (Burns e
Mitchell, 1946)

Todos os estudos que foram feitos sobre ciclos econômicos não saíram da teoria, pois
não há dados confiáveis nem elementos fundamentais para sua confirmação. Até mesmo
estudos feitos pelo (NBER) National Bureau of Economic Research não foram
conclusivos com respeito à confirmação científica dos ciclos.

1.2 A Importância dos Ciclos

Mediante estudos feitos de ciclos econômicos podemos chegar a entender qual a


importância destes.

“O economista Francês Clément Juglar identificou a presença de Ciclos


Econômicos com duração de 7 à 11 anos. ; Ciclos de Kitchin de 3 à 5 anos ;
Ciclos de Kuznets de 15 à 25 anos também conhecido como ciclo de
construção e transporte. ; Ciclos de Kondrantieff conhecido também como
ciclo tecnológico longo de 45 à 60 anos” (George Allen e Unwin, 1954) .
Devido ao desenvolvimento da macroeconomia moderna o interesse nos diferentes tipos
de ciclos tem diminuído, pois esses estudos não dão muita idéia de ciclos regulares
periódicos. Mas por outro lado essas teorias ajudam a identificar as crises nos diferentes
ramos do mercado, tendo cada um sua duração e peculiaridade.

2. TIPOS DE CICLOS ECONÔMICOS NO BRASIL

No Brasil Colonial, ocorreu inúmeros ciclos principalmente no ramo agrônomo-


cultural-exportadora, a começar pelo Ciclo do Pau-Brasil. O declínio se dava por fatores
que fazem parte das regras de mercado :

- Saturação do Mercado : acontece por excesso de oferta do produto no mercado.

- Esgotamento das fontes do produto : ocorre quando se trata de um produto cujas fontes
não são renováveis.

- Retração dos importadores : geralmente provocada por uma depressão econômica,


epidemia, guerras civis que geram uma inibição das importações. (FURTADO, 1998)

2.1 CICLO DO PAU-BRASIL

A partir de 1501, com a primeira expedição exploradora de Portugal em território


brasileiro deu-se início à exploração de vegetais e animais, dentre estes estava o pau-de-
tinta , como também era conhecido, por ser uma madeira tinturial, muito usado na
Europa para tingir tecidos e confeccionar peças nobres de carpintaria e armação de naus.
Apesar de não ser um produto muito rentável para a Coroa Portuguesa ele se encaixou
ao modelo mercantilista-colonialista adotado por Portugal além de gerar interesse em
Florença, Veneza, Espanha e Flanders que também se interessaram por outras madeiras
como ibirapitanga ou pau-vermelho e jacarandá ou pau-santo para os portugueses. (apud
FURTADO, 1998)

O Pau-Brasil era extraído da mata que margeava o Oceano Atlântico que se iniciava em
Cabo de São Roque no estado que é hoje o Rio Grande do Norte até Cabo Frio no Rio
de Janeiro. Foi uma extração em larga escala que apenas a produção inicial chegou a 10
mil quintais ano e por ganhar tal significação no mercado europeu acabou dando nome à
nova terra. A planta foi a pauta de exportação do Brasil até 1555 mas ao passo que a
matéria-prima começou a ficar escassa na orla marítima, foi-se aumentando o custo da
extração diminuindo o interesse pelo seu comércio, findando aos poucos o ciclo do Pau-
Brasil . (apud FURTADO, 1998)

2.2 CICLO DA CANA-DE-AÇÚCAR

O consumo generalizado de açúcar na Europa, se tornou produto conjuntural a ser


produzido em sua colônia americana e que serviu de base para fixação definitiva do
Europeu no Brasil. Na segunda metade do século XVI até fins do século XVII o açúcar
brasileiro dominou o comércio mundial. A importância comercial deste produto e a sua
grande expansão em terras Brasileiras constituíram fatores geradores da Economia
Colonial. A participação de capitais estrangeiros (holandeses) tornou-se oportuna pois
este passou a financiar a agroindústria do açúcar no Brasil, tanto nas instalações de
engenhos como nas importações de escravos da África. Com elevação contínua da
produção e os preços do açúcar, o produto alcança o seu apogeu no período de 1646-
1654. Tendo o Brasil neste período 350 engenhos e a produção em 30.000 toneladas.
Em 1670, com a entrada do açúcar antilhano no mercado mundial houve uma queda no
preço do produto, tirando condições de competitividade do açúcar Brasileiro e
consequentemente, provocando a queda das exportações. Quando antes as receitas
auferidas com a exportação eram bem significativas, com essa mudança no Mercado
Internacional ocorreu a primeira grande crise da Economia Colonial Brasileira,
estabelecendo assim apenas para o consumo interno e voltando a aquecer a Economia
Açucareira somente no século XVIII, quando voltou a atender ao Mercado Europeu,
privado do açúcar antilhano em decorrência de perturbações de natureza política que
envolveram as possessões Inglesas e Francesas. (apud FURTADO, 1998)

2.3 CICLO DA MINERAÇÃO (1697-1760)

Por volta de 1697 iniciou-se o ciclo do ouro brasileiro causando grande alarde e atraindo
atenções locais e internacionais. As demais atividades declinaram diante da importância
deste metal que atraiu para Minas Gerais, junto com as classes dominantes, um
contingente populacional carregado da ilusão do enriquecimento rápido. Os índios
encontraram o ouro mineiro na região das cidades históricas de Minas Gerais. Deu
início a corrida ao ouro brasileiro que, durante um século ocuparia o centro nervoso da
Economia. (apud LACERDA, 2000)

Ao contrário do ciclo anterior, na economia mineira, alguns escravos gozavam de uma


posição diferenciada, com maior mobilidade social. Os africanos também contribuíram
com seu trabalho para o aumento das atividades mineradoras desfrutando de maior
autonomia na região da mineração, chegando até mesmo a trabalhar praticamente livres
e entregando parte de sua produção aos seus proprietários, possibilitando que muitos
comprassem sua alforria. O rendimento do escravo na mineração comparado com o seu
rendimento na agroindústria do açúcar , pode ser considerado na agroindústria do
açúcar, no entanto baixo. Isto se explica pelo fato de o maior investimento em
equipamentos na elaboração do açúcar elevar sua produtividade . (apud LACERDA,
2000)

Além dos impostos e das tarifas que incidiam sobre a extração mineral, acrescia-se, á
carga tributária, uma série de outros impostos – dízimos, donativos, sisa, contribuição
literária (depois de 1750) e de taxas menores, como direitos sobre a entrada e trânsito
pela região de mineração e passagem de rios – que sobrecarregavam os colonos,
diminuindo a sua capacidade de poupança para novos investimentos, além de estimular
o contrabando e a sonegação em geral. Parte da arrecadação ficava na colônia, sob a
forma de serviços públicos, mas as tarifas sobre a extração eram canalizadas para a
metrópole. Tamanho abuso de Lisboa determinou um clima de revolta, culminando com
a Inconfidência Mineira que apesar de todos os percalços, conseguiu pôr um fim nesses
atos predatórios para a colônia. (apud LACERDA, 2000)
Ao final do século XVIII foi-se iniciando a decadência da mineração brasileira (1760).
Não havia mais abundância na extração do ouro juntamente com o baixo nível
tecnológico pelo explorador, sem pesquisa ou aprofundamento de seus conhecimentos.
A administração colonial não investira em educação nem na racionalização de processos
produtivos. Tudo isso contribuiu para a queda na atividade mineradora. (apud
LACERDA, 2000)

O Brasil também teve participação na exploração de “diamantes”, mas por pouco tempo
pois a África do Sul descobriu posteriormente grandes jazidas dessa pedra.

A mineração, apesar de relativamente efêmera, ocupou um lugar de destaque na história


da colônia. No período de sua vigência, foi o foco das atenções no país, crescendo em
detrimento das demais atividades. Houve uma corrida ao ouro, de outras regiões do país
em direção á Minas Gerais, alterando o quadro populacional, promovendo a ocupação
do Centro-Oeste e a mudança do eixo econômico, que até então estava localizado junto
á produção açucareira. (apud LACERDA, 2000)

2.4 CICLO DO CAFÉ

No final do século XVIII e início do século XX o Brasil produzia café e exportava em


pequenas quantidades.

“O aumento do consumo interno, com a vinda da Corte Portuguesa,


estimulou maior plantio nas encostas das montanhas do Rio de
Janeiro, logo se estendendo às elevações às margens do Rio Paraíba,
onde o café encontrou condições favoráveis para sua cultura. A
produção aumentou em escala crescente, passando o café a se destacar
na pauta de exportações, a partir de 1832. A produção de café no
Brasil cresceu 206%, entre 1820 e 1840. O consumo internacional
aumentou em grande escala e a produção brasileira atendeu
plenamente a demanda. Assim sendo, mesmo quando o preço
oscilava no mercado mundial, sua queda era compensada pelo
aumento do volume de exportações, assegurando o nível de receita. A
expansão cafeeira repercutiu em todos os setores a vida nacional.
Enquanto a produção mundial de café triplicou, entre 1825-1850, a
brasileira quintuplicou, marcando um novo ciclo de produção na
economia do país, durante o qual o centro econômico e político
deslocaram-se do Nordeste para o Sudeste e o Rio de Janeiro
consolidou sua posição econômico-social como sede do Império.”
(apud LACERDA, 2000).

Por conta da crise da superprodução houve a queda do preço do café no mercado


mundial e o Governo, como forma de proteção ao exportador, foi desvalorizando a
moeda comprometendo a capacidade de o país saldar sua dívida externa.

“A falta de liquidez do setor cafeeiro, nos últimos anos do Império,


decorrente da contenção monetária, foi solucionada com as emissões e
maior facilidade de crédito, através da reforma bancária de 1888. No
início do período republicano, permaneceram baixas as cotações do
café no mercado internacional, devido ao excesso de oferta, ocorrendo
uma superprodução em 1898. A Primeira Guerra (1914-1918) causou
interrupção na execução do plano de valorização do café e uma queda
violenta do preço do produto. No fim de 1929, o setor cafeeiro teve de
enfrentar sérias dificuldades financeiras e a previsão da safra 1929-
1930 era recorde – 28,9 milhões de sacas. Seguiu-se, logo após a crise
do café, a Grande Depressão, cujos efeitos foram universais e
profundos. A partir de 1937, o Governo Federal, já com os estoques
reduzidos, adotou uma política de mercado pela qual liberou a
produção, visando a baixa do preço e a saída dos concorrentes do
mercado internacional e simultaneamente, negociou um acordo com
os demais países produtores. O objetivo era deixar livre a venda do
café de boa qualidade a preço de mercado e reduzir, progressivamente,
o imposto único sobre a exportação. Essa política, desenvolvida pelo
governo através do DNC, fez com que se elevasse o nível das
exportações no período de 1937-1938, a 16,5 milhões de sacas.
Todavia, a baixa dos preços do café no mercado externo, apesar de ter
afastado os produtores, provocou um declínio acentuado da receita de
exportação. Em parte esse declínio foi compensado pelo aumento da
taxa cambial de 1937. O mecanismo de mercado funcionou em 1938,
mas o início da Segunda Guerra fez com que essa política fosse
interrompida e restabelecidos os controles. Os mercados europeus
ficaram fechados ao Brasil de 1939 a 1945, porém o consumo do café
nos EUA aumentou. Apesar das condições adversas, o café participou
da receita cambial em 35%, no período 1939-1946, elevando-se essa
participação a 50,4% no período pós-guerra (1947-1950), mantendo-se
sempre acima de 55% até 1965.” (apud LACERDA, 2000)

Realmente o café ocupou uma posição de destaque na pauta de exportações e se manteve


com boa demanda no mercado consumidor interno, mas perdeu sua posição como
principal fator gerador da economia nacional a partir dos anos trinta, com a mudança da
política econômica do País.

4. FASES DE UM CICLO ECONÔMICO

Hoje considera-se o Ciclo Econômico, compreendendo 4 fases:

Prosperidade: é a fase mais alta da atividade econômica.

Não é necessário porém que haja pleno emprego.

Recessão: há, quando se nota o declínio dessa atividade.

Depressão: é o ponto mais baixo que a atividade econômica pode chegar, durante o
período do ciclo (crises).

Recuperação: quando o nível da produção, dos negócios começa a subir de novo.

5. ESTUDIOSOS DOS CICLOS ECONÔMICOS

 Lord Overstone em 1857 ;


 Clément Juglar em 1862 ;
 J. Kitchin em 1923 ;
 Simon Kuznets em 1930 ;
 Joseph Schumpeter em 1939 ;
 Nicolai Kondrantieff na década de 20 ;
6. CONCLUSÃO

O presente trabalho teve como finalidade fazer com que entendêssemos como se dão os
Ciclos Econômicos no Brasil e no Mundo. Portanto, concluímos que o Ciclo Econômico
é imprevisível, e por isso é necessário que haja medidas governamentais eficazes para
superar as Crises Econômicas e não cair em uma Grande Depressão

Com relação ao Setor Privado de qualquer atividade econômica, é necessário tomar


iniciativa de desenvolvimento para não perder sua posição e manter a Demanda no
Mercado Consumidor.

Diante a esses Fenômenos Econômicos, entendemos também o quanto é essencial que


cada cidadão conheça algo sobre os Sistemas Econômicos e observá-los para se
certificar que a situação econômica no Mundo não é estável.
7. BIBLIOGRAFIA

FURTADO, Milton Braga. Síntese da Economia Brasileira, 1998

LACERDA, Antônio Corrêa et alii Economia Brasileira, 2000

BADARÓ, Murilo Prado (Artigo – 2008)

(kitchin, Joseph (1923).”Cycles and trends in Economic Factors”. Review of economic


estatistics 5 (1:10-16.) HTTP://www.jstor.org/stable/1927031.);

(Kondratieff, N. D.; Stolper, W.F.(1935). “The Long Waves in Economy Life”. Review
of Economics and Statistics 17(6):105-115).

You might also like