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1 CONSIDERAÇÕES SOBRE A DELIMITAÇÃO DO TEMA E FORMULAÇÃO


DO PROBLEMA

1.1 TEMA

Nanotecnologia e Direito Ambiental

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

A nanotecnologia à luz do princípio da precaução, no Direito


Ambiental.

1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

A nanotecnologia é uma escala da tecnologia que corresponde a um


tamanho de 1(um) bilionésimo de metro. Medeiros, Paterno e Matoso1 a
conceituam de modo geral como uma habilidade de manipular em escala
molecular, átomo por átomo, para criar estruturas maiores fundamentalmente
com nova organização molecular utilizada na maior parte das vezes para fins
comerciais.
Já meio ambiente, de acordo com Mukai2, é a interação de
elementos naturais, artificiais e culturais que propiciam o desenvolvimento
equilibrado da vida do homem. Melhor definição também pode ser encontrada
no art. 3º da Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, Lei nº6.938 de 31 de
agosto de 1981.
1
DURAN, Nelson; MATTOSO, Luiz Henrique Capparelli; MORAIS, Paulo Cezar de. Nanotecnologia:
introdução, preparação e caracterização de nanomateriais e exemplos de aplicação. São Paulo:
Artliber Editora, 2006. p.19.
2
MUKAI, Toshio. Aspectos jurídicos da proteção ambiental no Brasil. in Revista de Direito Público,
São Paulo, v17, nº73, ps 288-95, jan/mar.1985.
5

Art.3º Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:


I – Meio ambiente,o conjunto de condições, leis, influências e
interações de ordem física , química e biológica, que permite, abriga e
rege a vida em todas as suas formas.

No Brasil, a tecnologia em escala nano vem sendo empregada em


diversos meios, por exemplo:

nanopartículas de zinco para a fabricação de pneus de alto


rendimento; fibras para a fabricação de telas com propriedades
antimanchas ou anti-rugas; nanopartículas para cosméticos,
farmacêuticos e novos tratamentos terapêuticos; filtros/membranas de
água nanoestruturados e “remédios” meio-ambientais; melhora dos
processos produtivos mediante a introdução de materiais mais
resistentes e eficientes; ou o desenho de novos materiais para usos
que vão desde a eletrônica, a aeronáutica e toda a indústria de
transporte, até para seu uso em armas mais sofisticadas e de novo
caráter (explosivos, balística, materiais antibala e stealth, etc).3

Contudo, o emprego desses materiais está levantando dúvidas tanto


no mundo acadêmico, quanto no científico, uma vez que as possíveis
conseqüências daí advindas, até hoje, não foram comprovadas. Portanto, não
se sabe ao certo quais os riscos apresentados pela utilização dessa tecnologia.
Sendo assim, outra preocupação daí resultante é a omissão do Estado em
regular tal situação, pois esses materiais estão sendo inseridos no mercado
sem nenhuma lei que regulamente seu uso.
Sabe-se, porém, segundo o Grupo de Ação sobre Erosão,
Tecnologia e Concentração – Grupo ETC – que em alguns casos é possível
observar as características peculiares da matéria em escala nano, por
exemplo, a superfície é altamente reativa e a possibilidade de atravessar
membranas de modo imperceptível. Isso pode ocasionar danos importantes,
até porque não se sabe quão elevada é a toxidade desse material.4
No ano de 2005, o deputado Edson Duarte apresentou ao Congresso
Nacional o Projeto de Lei nº 297210, com intuito de criar uma Lei que disporia
sobre a regulamentação da pesquisa e uso de nanotecnologia no país. No
entanto o projeto foi arquivado devido aos pareceres negativos que recebeu do

3 DELGADO, Gian Carlo. Sociologia Política da Nanotecnologia Civil e Militar em Foladori e Invernizzi (eds). Nanotecnologias Disruptivas.
Porruá. México, 2006.
4
GRUPO ETC. Nanotecnologia: os riscos da tecnologia do futuro: saiba sobre produtos invisíveis
que já estão no nosso dia-a-dia e o seu impacto na alimentação e na agricultura. Porto Alegre:
L&PM, 2005. p.13-16.
6

Comitê de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, da Comissão de


Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, e da Comissão de Finanças
e Tributação.
Nesse sentido, resta saber:
De que maneira o ordenamento jurídico brasileiro, respaldado pelo
princípio da precaução, pode ou deve regulamentar a utilização da
nanotecnologia, sobretudo no que a mesma se relaciona com o meio ambiente
natural?

1.4 JUSTIFICATIVA

A escolha do tema surgiu quando da observação de alguns produtos


inseridos no mercado, que utilizam a nanotecnologia, a exemplo de
computadores, aparelhos celulares,que, ao mesmo tempo, não se enquadram
na Lei de Biossegurança; logo, estão à margem de nossa legislação.
Atualmente não existe qualquer regulamentação no ordenamento
jurídico brasileiro sobre a utilização e manipulação de nanotecnologia e
nanociência. Essa omissão não impede, contudo, os estudos, a manipulação e
a aplicação dessa matéria pelo homem, já que convivemos diariamente com
isso sem ter conhecimento de seus efeitos e muito menos sobre as
possibilidades de tais produtos serem tutelados pelo Estado.
A partir daí surgem alguns questionamentos, como por exemplo, se
deve o Estado aguardar por uma resposta científica que estabelece as
possíveis reações e riscos gerados pela utilização de componentes em nano
escala, ou deve, em face do princípio da precaução, ou se deve se insurgir
contra a insegurança existente e tentar proteger ao máximo todo o complexo
de vida sob sua jurisdição.
A utilização da nanotecnologia poderá, futuramente, ser aplicada na
medicina (nanopartículas como transportadoras de produtos farmacêuticos, ou
como instrumentos de nano cirurgia robótica) e ao uso militar, para fins
armamentistas e para os sistemas de comunicação. 5 Outro meio em que pode
5
SCOVAZZI, Tullio. Nanotechnologie e diritto dell` ambiente. Rivista Giuridica
7

ser empregada a utilização de nanotecnologias é nas próprias questões


ambientais, como, tratamento das águas, redução no consumo de energias,
eliminação de toxinas, entre outras.
Essa omissão do Estado deve ser questionada ou entendida, pois,
mesmo não conhecendo os efeitos gerados por esses componentes, em face
do princípio da precaução do Direito Ambiental, não poderia ele se omitir
quanto ao assunto.
O princípio da precaução afirma a necessidade de nova postura
diante dos riscos e incertezas científicas. Internacionalmente, conforme
estabelecido pela Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento de 1992 e também incluído na Declaração sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento do Rio de Janeiro, entende-se por princípio da
precaução do seguinte modo: “Quando houver ameaça de danos graves ou
irreversíveis, a ausência de certeza científica absoluta não será utilizada como
razão para o adiantamento de medidas economicamente viáveis para prevenir
a degradação ambiental”. 6
A constante tensão entre os benefícios e riscos instalados pelo
advento das novas tecnologias, principalmente no que se refere a
nanotecnologia, tem gerado grandes debates quanto a sua utilização e a
omissão legislativa a respeito. Como até o presente no ordenamento jurídico
brasileiro não existem normas específicas que diferenciem a nanotecnologia e
imponham limites à sua utilização. Busca-se analisar o princípio da precaução,
enquanto fundamento, para a regulamentação dessas diante das incertezas.
Nota-se uma constante indagação no mundo jurídico quando a
regulamentação a respeito do tema, logo, o trabalho a ser desenvolvido
justifica-se na tentativa de compreenda-la. Visa-se, ainda, dissertar sobre o
modo que ordenamento jurídico brasileiro, respaldado pelo princípio da
precaução, pode ou deve regulamentar a utilização da nanotecnologia no país.
O tema escolhido apresenta grande relevância social, tendo em
vista que as conseqüências advindas da utilização dessa inovação tecnológica
atingem a todos indistintamente. Perfaz-se, assim, a necessidade de maior

dell'Ambiente. Milão, Giuffrè, 2005, n. 2, p. 367-371.


6
SILVA, Solange Teles da. Direito Ambiental Internacional. Belo Horizonte: Del Rey, 2009. p.109.
8

conhecimento sobre o assunto. A discussão pública pode provocar o Estado a


posicionar-se vir a sair da inércia na qual se encontra.

1.5 OBJETIVOS

1.5.1 Geral

Verificar e analisar a utilização do princípio da precaução no Direito


Ambiental para regulamentar a utilização de nanotecnologias.

1.5.2 Específicos

Identificar o que é nanotecnologia e alguns meios em que pode ser


empregada essa tecnologia.
Demonstrar alguns efeitos da utilização dessa tecnologia já
conhecidos através da utilização de materiais em escala nano.
Diferenciar o princípio da prevenção e o princípio da precaução.
Estabelecer as possíveis conseqüências diante da omissão do
Estado em regulamentar a utilização e aplicação de nanotecnologias no meio
ambiente.

1.7 DEFINIÇÃO DOS CONCEITOS OPERACIONAIS

Nano – Termo de origem grega que significa “anão”. Atualmente


corresponde a uma unidade de medida equivalente a um bilionésimo dessa
9

medida, por exemplo um nanômetro corresponde a bilionésima parte de um


metro.7
Nanotecnologia – Significa a habilidade de manipulação em escala
molecular, átomo por átomo, objetivando criar estruturas maiores com nova
organização molecular, normalmente para fins comerciais.8
Nanociência – “Termo que está relacionado à pesquisa científica
visando adquirir ou produzir conhecimentos que auxiliem a compreensão,
criação e manipulação de nanoestruturas”.9
Meio Ambiente – De acordo com o art.3º da Lei nº6.938 de 31 de
agosto de 1981, corresponde “o conjunto de condições, leis, influências e
interações de ordem física , química e biológica, que permite, abriga e rege a
vida em todas as suas formas”.
Princípio da Prevenção – Conhece-se os danos que podem ser
gerados e a partir deste conhecimento o Estado tem o dever de legislar sobre o
assunto visando preserva o meio ambiente dos possíveis problemas que
possam acarretar.
Princípio da Precaução – O dano é desconhecido, pois ainda não
há qualquer comprovação científica a respeito, mas estima-se que pode tais
práticas podem acarretar lesões ao meio ambiente, surgem então o princípio
da precaução que busca, obrigar o Estado a tutelar sobre o desconhecido, em
prol de tida vida.
Direito Ambiental – “é um conjunto de normas e institutos jurídicos
pertencentes a vários ramos do Direito, reunidos por sua função instrumental
para a disciplina do comportamento humano em relação ao seu ambiente”. 10

7
DURAN, Nelson; MATTOSO, Luiz Henrique Capparelli; MORAIS, Paulo Cezar de. Nanotecnologia:
introdução, preparação e caracterização de nanomateriais e exemplos de aplicação. São Paulo:
Artliber Editora, 2006. p.19.
8
DURAN, Nelson; MATTOSO, Luiz Henrique Capparelli; MORAIS, Paulo Cezar de. 2006. p.26.
9
Idem.
10
MUKAI, Toshio. Aspectos jurídicos da proteção ambiental no Brasil. in Revista de Direito Público,
São Paulo, v17, nº73, ps 288-95, jan/mar.1985.
10

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Por tratar-se de um tema com pouco material bibliográfico, o


trabalho fundamentar-se-á, principalmente, em artigos científicos publicados e
nas obras de alguns doutrinadores da área do Direito Ambiental. Serão
utilizadas, ainda, como base materiais, publicações das áreas de engenharias,
visando melhor definir a aplicabilidade de nanotecnologia no meio ambiente.
Quanto à fundamentação dos princípios do Direito Ambiental, a
doutrina de Toshio Mukai será utilizada como referência em consonância com
Solange Teles da Silva e seu livro Direito Ambiental Internacional. Além
desses, extrai-se da obra de Rubens Morato Leite, conceitos e definições para
melhor fundamentar o que é o meio ambiente e os princípios da prevenção e
da precaução. Este autor também será utilizado para definir o que é sociedade
de risco e algumas explanações a respeito da Lei de Biossegurança.
Faz-se necessário, também, definir o que se entende por dano
ambiental tanto no ordenamento jurídico quanto no âmbito internacional. Faz-
se será necessário, ainda, o aliar questões ambientais e nanotecnologia, para
poder justificar uma possível regulamentação em face do risco de causar danos
ao meio ambiente.
O livro Risk Socity, de Ulrich Beck, será utilizado como base para
trabalhar a Teoria do Risco, discutida pelo sociólogo alemão. Desta obra
buscar-se-á o entendimento a respeito da Teoria criada, o que seriam os limites
da globalização, os riscos da atual sociedade mundial e uma breve definição do
que o autor entende por Momento Cosmopolita.
Num segundo momento, abordar-se-á o conceito de nanotecnologia
e sua diferenciação da nanociência. Discutir-se-á sobre os possíveis riscos a
respeito da utilização de matérias em nano escala. Para tanto, utilizar-se-á
como referência bibliográfica obras de Paulo Roberto Martins, Nelson Duran,
Tullio Scovazzi, Gian Carlo Delgado. Alem desses, serão utilizados, como base
bibliográfica, artigos científicos já publicados referentes ao tema discutido.
Pode-se citar, em nível especulativo, o mencionado o Science Direct, neste
caso especificamente, o artigo Science Teachers and Teacher Candidates’
11

Basic Nowledge, Opinions and Risk Perceptions About Nanotechnology escrito


por Emel Ekli, Nurettin Dahin, em janeiro de 2010.
No intuito de possibilitar um panorama da nanotecnologia no Brasil,
será realizado um estudo cronológico do desenvolvimento nanotecnológico no
país. Far-se-á uma exposição de algumas patentes registradas e uma relação
de produtos à venda no mercado brasileiro que utilizam em sua composição
matéria em escala nano. Esse aprofundamento somente é possível por meio
de materiais fornecidos pelo Grupo de Ação sobre a Erosão, Tecnologia e
Concentração – Grupo ETC, dentre eles, uma publicação bibliográfica em 2005
que com uma linguagem de fácil acesso, tentou levar à população um
conhecimento um pouco mais profundo sobre o assunto.
Após a efetiva definição dos princípios ambientais e de
nanotecnologia, buscar-se-á constatar-se os possíveis riscos que podem advir
de sua utilização, por meio de breve exposição a respeito da Lei de
Biossegurança, sua regulamentação e a sociedade de risco. Dentre os
doutrinadores que dissertem sobre o assunto, é inegável o conhecimento
disposto pelo Dr. José Rubens Morato Leite, professor da Universidade Federal
de Santa Catarina. Em suas obras tanto no aspecto geral do direito ambiental,
quanto no tocante a Lei de Biossegurança, serão utilizadas obras de sua
autoria para fundamentar a pesquisa bibliográfica.
Para melhor entender a preocupação global sobre o assunto, busca-
se responder às indagações anteriores e o problema definido, ou seja: deve o
Estado esperar ou não por uma certeza científica para só então regular a
utilização desses materiais no meio ambiente, através do método científico que
será definido no próximo capítulo.
12

3 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Neste capítulo serão demonstrados os meios técnicos que serão


utilizados para desenvolver a pesquisa monográfica do referido tema.
No entendimento de Antônio Carlos Gil “a pesquisa é desenvolvida
mediante o concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa
de métodos, técnicas e outros procedimentos científicos.” 11
Sendo assim, esta pesquisa será desenvolvida com base no método
dedutivo de abordagem, quanto ao método de procedimento será utilizado o
método monográfico, e em relação ao tipo de pesquisa será adotado o
bibliográfico.

3.1 MÉTODO

Entende-se método por caminho a ser trilhado pelo pesquisador ao


desenvolver a pesquisa, nesse sentido Motta e Leonel dissertam:
Para todas as atividades da vida humana é necessário escolher a
melhor via, o melhor caminho, isto é, o melhor método. Na ciência
também não é diferente. Se o pesquisador lança um problema de
pesquisa, se deseja investigar um determinado fenômeno, precisa,
antes de tudo, determinar o caminho a ser seguido para encontrar
respostas para o seu problema. Assim, o método consiste no ponto
de ligação entre a dúvida e o conhecimento.12

O método científico é classificado de duas formas: o método de


procedimento e o método de abordagem, sendo o método de abordagem
utilizado no presente trabalho será dedutivo, que é conceituado por Marconi
como:
“Processo pelo qual, com base em enunciados ou premissas, chega-
se a uma conclusão necessária, em virtude da correta aplicação de
regras lógicas. [...] É dedutivo o raciocínio que parte do geral para
chegar ao particular, ou seja, do universal ao singular.”13

11
GIL, Carlos Antonio. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
p. 17.
12
LEONEL, Vilson; MOTTA, Alexandre de Medeiros. Ciência e Pesquisa. 2. ed. rev. Atual.
Palhoça: Unisul Virtual, 2007. p. 64
13
MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica: para o curso de direito. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2001, p. 18-19.
13

Em relação ao método de procedimento será adotado o método


monográfico. Marconi define-o como: “Método monográfico: estuda, em
profundidade, determinado fato sob todos os seus aspectos.” 14, ou seja, será
analisada de forma profunda e exaustiva a utilização.
Em análise ao sumário do futuro trabalho, é visível a utilização do
método dedutivo. Inicia-se fundamentado os conceitos gerais de Direito
Ambiental e seus princípios. Aborda-se principalmente a Teoria do Risco de
Ulrich Beck. Portanto parte-se de uma premissa geral com intuito de obter um
resultado singular.
No segundo Capítulo, também serão abordadas disposições gerais
sobre nanotecnologia, a fim de definir o termo e apresentar a aplicabilidade
desse tipo de matéria no Brasil, principalmente no mercado brasileiro.
Posteriormente, correlaciona-se as duas premissas gerais, com intuito de obter
uma conclusão e, a partir desta, da sustentabilidade aos objetivos das
pesquisa a ser desenvolvida.
O método de abordagem escolhido possibilita a responder o
problema levantado anteriormente.

3.2 TIPO DE PESQUISA

Motta e Leonel definem pesquisa como um processo de investigação


que objetiva descobrir as relações existentes entre os aspectos que envolvem
os fatos, fenômenos, situações ou coisas15.
O tipo de pesquisa é classificado quanto ao nível e quanto ao
procedimento. Na elaboração do presente trabalho, será utilizada somente a
classificação quanto ao procedimento, por não haver possibilidade de
enquadramento quanto ao nível.
Quanto à classificação da pesquisa no critério procedimento, será
adotado o bibliográfico. Antonio Carlos Gil entende que pesquisa bibliográfica é
aquela que:

14
Ibid., p. 48
15
MOTTA; LEONEL, 2007, p. 98.
14

[...] é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído


principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos
os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há
pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes
bibliográficas.16

Motta e Leonel, em concordância com o lecionado por Antônio


Carlos Gil, afirmam que a pesquisa bibliográfica “É aquela que se desenvolve
tentando explicar um problema a partir das teorias publicadas em diversos tipos
de fontes [...].”17
Sendo assim, pode-se dizer que o futuro trabalho monográfico será
desenvolvido utilizando como fontes de pesquisa livros e artigos científicos
nacionais e internacionais. Conforme definido em capítulo anterior, o trabalho
que será desenvolvido conterá apenas pesquisa bibliográfica. Cabe ressaltar
que não há grande variedade de material que dissertam sobre o tema
abordado, portanto, em grande parte, a fundamentação será de criação da
própria autora.
O trabalho monográfico será desenvolvido de acordo com o plano de
desenvolvimento abaixo, podendo sofrer algumas alterações de acordo com o
aprofundamento da pesquisa.

Capítulo 1 Meio ambiente e a Teoria da Sociedade de Risco de


Ulrich Beck
1.1 Meio ambiente
1.1.1Conceito
1.1.2Princípios que regem o direito ambiental
1.1.2.1 Principio da Prevenção
1.1.2.2 Princípio da Precaução
1.1.2.3 Princípio do Poluidor-Pagador
1.2 Dano Ambiental
2.1 Dano ambiental no ordenamento jurídico brasileiro
2.2 Dano ambiental no âmbito internacional
1.3 Teoria da Sociedade de Risco de Ulrich Beck
1.3.1 Conceito

16
GIL, 2007, p. 44
17
MOTTA; LEONEL, 2007, p. 112.
15

3.2 Os limites da Globalização


3.3 Novos riscos da sociedade mundial
3.4 Momento Cosmopolita
Capítulo 2 Nanotecnologia
2.1 Conceito
2.2 Lei de Biossegurança e sua aplicabilidade a utilização de
Nanotecnologia
2.3 Panorama da Nanotecnologia no Brasil
2.3.1 Cronologia
2.3.2 Patentes
2.3.3 Produtos à venda no Mercado Brasileiro
Capítulo 3 A nanotecnologia e a sociedade de risco à luz do
princípio da precaução
3.1 Riscos e Nanotecnologia
3.1.1 Nanotecnologia na Agricultura
3.1.2 Nanotecnologia na Segurança
3.1.3 Nanotecnologia na Saúde
3.2 Omissão do Estado em legislar sobre a utilização de matéria em
escala nanométrica

3.3 CRONOGRAMA

As atividades relacionadas à pesquisa seguirão o seguinte


cronograma:

Agost Outubro Març Junho Julho


ATIVID o de de o de de de
ADES
2010 2010 2011 2011 2011
PERÍODO
Escolha do tema de pesquisa x
Elaboração do projeto de
x
pesquisa
Revisão de literatura x x x
16

Redação da Monografia x x
Defesa em banca x
Entrega versão em PDF x

REFERÊNCIAS
17

DELGADO, Gian Carlo. Sociologia Política da Nanotecnologia Civil e Militar


em Foladori e Invernizzi (eds). Nanotecnologias Disruptivas. Porruá. México,
2006.

DURAN, Nelson; MATTOSO, Luiz Henrique Capparelli; MORAIS, Paulo Cezar


de. Nanotecnologia: introdução, preparação e caracterização de
nanomateriais e exemplos de aplicação. São Paulo: Artliber Editora, 2006.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2002.

GRUPO ETC. Nanotecnologia: os riscos da tecnologia do futuro: saiba


sobre produtos invisíveis que já estão no nosso dia-a-dia e o seu impacto
na alimentação e na agricultura. Porto Alegre: L&PM, 2005.

LEONEL, Vilson; MOTTA, Alexandre de Medeiros. Ciência e Pesquisa. 2. ed.


rev. Atual. Palhoça: Unisul Virtual, 2007.

MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica: para o curso de


direito. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

MUKAI, Toshio. Aspectos jurídicos da proteção ambiental no Brasil. in


Revista de Direito Público, São Paulo, v17, nº73, ps 288-95, jan/mar.1985.

SCOVAZZI, Tullio. Nanotechnologie e diritto dell` ambiente. Rivista Giuridica


dell'Ambiente. Milão, Giuffrè, 2005, n. 2.

SILVA, Solange Teles da. Direito Ambiental Iternacional. Belo Horizonte: Del
Rey, 2009.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
18

DELGADO, Gian Carlo. Sociologia Política da Nanotecnologia Civil e Militar


em Foladori e Invernizzi (eds). Nanotecnologias Disruptivas. Porruá. México,
2006.

DURAN, Nelson; MATTOSO, Luiz Henrique Capparelli; MORAIS, Paulo Cezar


de. Nanotecnologia: introdução, preparação e caracterização de
nanomateriais e exemplos de aplicação. São Paulo: Artliber Editora, 2006.

GRUPO ETC. Nanotecnologia: os riscos da tecnologia do futuro: saiba


sobre produtos invisíveis que já estão no nosso dia-a-dia e o seu impacto
na alimentação e na agricultura. Porto Alegre: L&PM, 2005.

LEITE,José Rubens Morato; FAGÚNDEZ, Paulo Roney Ávila (org). Aspectos


Destacados da Lei de Biossegurança na Sociedade de Risco. Florianópolis:
Conceito Editorial,2008.

LEITE, José Rubens Morato. Dano Ambiental: do individual ao coletivo,


extrapatrimonial. 2.ed. ver. atual e ampl. – São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2003.

MARQUES, José Roberto. Meio Ambiente Urbano. Rio de Janeiro: Forense


Universitária, 2005.

MARTINS, Paulo Roberto (org). Nanotecnologia, sociedade e meio


ambiente. São Paulo: Xamã,2006.

MUKAI, Toshio. Aspectos jurídicos da proteção ambiental no Brasil. in


Revista de Direito Público, São Paulo, v17, nº73, ps 288-95, jan/mar.1985.

SCOVAZZI, Tullio. Nanotechnologie e diritto dell` ambiente. Rivista Giuridica


dell'Ambiente. Milão, Giuffrè, 2005, n. 2.
19

SILVA, Solange Teles da. Direito Ambiental Iternacional. Belo Horizonte: Del
Rey, 2009.

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