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INTRODUÇÃO

Autores:

SILVA, Marco Aurélio da

KAYSER, Aristéia Mariane

A práxis do homem não é atividade prática contraposta à teoria; é determinação da


existência humana como elaboração da realidade.

Karel Kosik

O homem é um ser de relações, um ser que se encontra numa situação de


permanente relacionamento com sua própria interioridade, formando assim sua racionalidade,
porém sem se afastar dos seus semelhantes próximos e distantes no tempo e no espaço,
com os dados objetivos do mundo material que desenvolve sua vida. A vida humana é tecida a
partir das relações que o sujeito estabelece com sua natureza, e com o meio ambiente tais
relações sinalizam para a concretização das suas atividades e as interações estabelecidas
entre o homem e seu meio.

As maneiras como as interações se constituem nesta trama de relações sociais em que


tece a existência humana não se caracteriza unicamente pela coletividade gregária do sujeito,
mas por um coeficiente de poder que se hierarquiza segundo as relações de coordenação,
subordinação, integração e delimitação, que se dão com o surgimento de normas de
organização de conduta social. Neste sentido a educação ambiental é um processo
fundamental para que ocorra a interação do homem com a natureza. A educação ambiental
surge com a pretensão de fundamentar a subjetividade do sujeito por meio da relação homem
e natureza, a qual se fundamenta a partir do sujeito, e é validade pelo próprio sujeito.

Compreender como se processa a fluência do contorno humano na contemporaneidade


se faz necessário a fim de que se possa estabelecer conexões entre as condutas humanas e
sua influência na construção das práticas sociais, e do meio ambiente. Desta forma, buscando
refletir sobre a conscientização do homem referente a temática meio ambiente na atualidade,
através dos escritos de Benno Sander, cujo fundamento sua teoria da educação baseado nas
mudanças sociais e políticas, segundo o autor são processos lentos e complexos,
principalmente em contextos multinacionais e multiculturais é aqui que entra o papel da
educação ambiental. Na perspectiva de Sander, certas disposições naturais, devem ser
orientadas por educadores as quais são fundamentais para que o sujeito conquiste o fim
proposto na construção da educação. Para que ocorra esta construção de relação homem e
meio ambiente se faz necessário mencionar que o homem é protagonista de toda a
problematização que aqui será discutida. O presente trabalho não pretende-se afastar do
pensamento transcendental, por acreditarmos que todo o processo da construção da educação
ambiental, necessariamente deverá passar pelo crivo da auto-conscientização a qual sempre
determinará o bem estar social e a existência coletiva.

Sendo assim, o presente estudo busca discorrer sobre a influência do pensamento de


Sander na contemporaneidade, onde a educação ambiental determina as normas de
convivência, e o princípio do exercício da cidadania está condicionado a administração de
fatores sociais e axiológicos que sinalizam os contornos humanos no tempo e no espaço.
Investigar os elementos formais da educação ambiental, dentro de uma perspectiva de
reconstrução do ecossistema e entendimento contínuo das relações humanas, se faz
necessário, uma vez que a sociedade perdeu sua identidade, ou seja, se encontra
fragmentada, esta sociedade passou a acreditar que tudo é permitido.

O presente Artigo titulado:O Educando: Seus Valores e o Meio Ambiente Uma Reflexão a
cerca da Preservação da Água e do Solo na Perspectiva da Educação Ambiental visa
fazer uma reflexão sobre o:
Artigo 225 da Constituição Federal Brasileira de 1988, da Lei da Política Nacional do Meio
Ambiente (Lei Federal 6.938/81) diz:O Artigo 225 da Constituição Federal Brasileira de 1988 ,
da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal n º 6.938/81 ) diz:

“todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para às presentes e futuras gerações.”

Na sociedade capitalista do século XXI a questão da Educação Ambiental como da Gestão


Ambiental é um paradigma emergente, pois vem discutir as questões complexas do Meio
Ambiente e conseqüentemente a contribuição dos formadores na formação do sujeito. Pois a
Educação Ambiental tem como ponto de partida uma reflexão critica da contribuição do sujeito
para com o Meio Ambiente. O presente texto propõe reflexões sobre a formação ética, social e
profissional do sujeito. Esta formação que é transmitida por meio do Educador/Orientador
ambiental na perspectiva sócio-ambiental, em uma visão interdisciplinar e multidisciplinar.
Existe uma necessidade emergencial de desenvolver um trabalho reflexivo e que contribua na
formação dos Educadores sejam estes de Rede Pública, Privada, e os que atuam diretamente
com a Educação Ambientais. Entende-se a educação como um processo que forma sujeitos
conscientes da sua participação efetiva no ecossistema. Sabemos que a sociedade esta
sedenta de novos caminhos de um novo olhar reflexivo, de um saber cuidar segundo Leonardo
Boff, porém nos propomos a refletir a cerca do problema assim desencadeando ações e
reflexões acerca da promoção e prevenção do problema. Percebe-se a necessidade de
identificar e estudar os problemas surgidos pelas ações dos homens e assim propor uma ação-
reflexão-ação, ou seja, uma conscientização a cerca dos problemas. O que percebemos é a
fragmentação do Ser Humano e de seus valores! Neste sentido percebe-se que muitas
pessoas têm se mostrado preocupadas, com a decadência e atual crise que o na qual o sujeito
se encontra. A reflexão a cerca da teoria de (Brandão, 2007) poderá auxiliar na nossa
interpretação sobre o fenômeno considerado exploração da natureza. Dentro da reflexão de
Brandão e da minha proposta de pesquisa o Educador é fundamental na formação do sujeito.
Pois, este educador tem uma função social dentro da Educação Ambiental (EA), o mesmo é
portador de uma visão mais adequação do mundo a qual deverá automaticamente estar em
sintonia com a proposta da Educação Ambiental.

Hoje é necessário que reflitamos e re-pensamos a nossa contribuição com o ecossistema. A


intenção na é propor mudanças para a população mundial. Neste sentido os Programas, como
o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA), nos oportuniza uma maior
compreensão da mobilização social existente entre educadores ambientais, educandos e
conseqüentemente sociedade a nível de sociedades locais e suas realidades as quais visam
subsidiar a elaboração ou implementação das Políticas e Programas estaduais de EA.
Acredita-se ainda ser possível investigar os problemas que norteiam a Educação Ambiental
dando formas efetivas para a humanização do Ser Humano. Para que o mesmo possa refletir
sobre a sua contribuição para a (EA). Busca-se identificar ações e fatores que contribuam para
conscientização critica do sujeito dentro das perspectivas da (EA) refletindo sobre a relação
entre Ciência e Tecnologia e Sociedade. Para que o sujeito possa desenvolver uma reflexão
critica da sua contribuição para com o ecossistema faz se necessário que analisemos as
grades curriculares das nossas escolas e dos nossos Centros Acadêmicos. Segundo Riojas
(2003) “o debate sobre o apreender a apreender a complexidade ambiental no espaço
universitário sucede em analisar o paradigma subjacente à forma em que se propõem os temas
de pesquisa e aos programas de docência e de serviço que são oferecidos”.

A proposta deste artigo é refletir a preservação do solo da água, dentro do currículo escolar.
Pois, sabemos que existe na sociedade atual uma necessidade de preservação do solo e da
água e seus recursos. Porém, deparamos com uma questão de crime contra a fauna, crime
contra o meio ambiente, visando sempre atividades econômicas com base no capitalismo,
desrespeitando o ecossistema. Estas atividades econômicas muitas vezes surgem por parte
de empresas irresponsáveis.

Mas, observamos que existe uma política forte no combate as crimes ambientais, visando
revitalizar a fauna brasileira, principalmente solos de algumas regiões que são explorados, não
sendo respeitado o clima local, o relevo, as plantas regionais, enfim existe uma degradação do
solo. Não há como dissociar o solo da água. ambos depende um do outro e o meio ambiente
depende de todo este ecossistema. Portanto; devemos desenvolver políticas eficazes que dê
ao ecossistema equilíbrio, o qual venha a garantir sustentabilidade do ambiente. Mas antes de
tudo, devemos estabelecer diretrizes as quais garantam uma ocupação do meio físico. Assim é
que surge a Educação Ambiental, a qual tem uma de suas funções à conscientização da
sociedade, e esta conscientização se da na forma de reeducação do sujeito. Para isto estamos
refletindo uma nova proposta de inserção/implantação desta temática dentro dos currículos
escolares por meio de pré-projetos ambientais, de revitalização do ambiente como um todo.
Sabemos que é um processo lento, porém este processo educativo deve sim ser tão logo
aderido, pois ao contrário as conseqüências, ao meio ambiente poderão se tornar
devastadoras, e conseqüentemente o homem sofrerá este impacto.

CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS E SUAS RELAÇÕES AMBIENTAIS

A minha explanação será pautada na, ECO-92 e no decreto n° 99.274, de 6 de junho de 1990
que regulamenta a Lei n° 6.902, de 27 de Abril de 1981, e a Lei n° 6.938, de 31 de Agosto de
1981, que dispõem, respectivamente, sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de
Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, e dá outras providências.

Artigo 35 - Serão impostas multas de 308,50 a 6.170 BTN, proporcionalmente à degradação


ambiental causada, nas seguintes infrações:

(...) II - causar poluição do solo que torne uma área, urbana ou rural, imprópria para a
ocupação humana;

Quando falamos em características do solo, devemos também refletir a resposta da vegetação


às condições ambientais que é constituído o ambiente regional daquele solo. Sabemos que o
clima tem sua participação fundamental na formação do solo! Depois, de várias pesquisas
chega-se a conclusão que: o solo é capaz de reciclar o seu ambiente. Porém, isto não nos
autoriza a agredir, a destruir o meio ambiente local. A Lei nº 6.938/81, já define poluição como
a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que, direta ou indiretamente
prejudicam a saúde, a segurança e o bem estar da população. O conceito de poluição é amplo
e abrange todos os tipos de poluição da água, do ar, da terra, visual e sonora. Baseado na
teoria de Freitas (1998) podemos dizer que a poluição do solo se caracteriza pela
contaminação da terra por rejeitos perigosos, que sejam líquidos, ou sólidos, como: lixo,
produtos tóxicos, agrotóxicos dentro outros.Como cidadão consciente da sua responsabilidade
com o meio ambiente, e com o bem estar da sociedade, deveríamos adotar a seguinte postura:
Depois de usar um determinado produto deveríamos remeter a embalagem ao fabricante assim
estaríamos cumprindo como cidadãos, e conseqüentemente chamando o fabricante a assumir
a sua responsabilidade para com o ecossistema.

Ainda deveríamos nos alertar ao excesso de fertilizantes, pois o mesmo pode reduzir a
produção e a qualidade de muitas plantas que por sua vez irá deterioração. Reflitamos a teoria
de Prado (2005, p. 513) ensina que a ordenação do território visa ao desenvolvimento sócio
econômico equilibrado das regiões, à melhoria da qualidade de vida, à gestão responsável dos
recursos naturais e à proteção do meio ambiente, através da utilização racional do território.
Como cidadãos preocupados com o ecossistema, especificamente com a erosão “destruição
do solo” deveríamos discutir ou tema que é os “Impactos ambientais causados pela
agricultura”, mas, por se tratar de um tema polêmico que envolve a necessidade da produção
de alimento para o consumo humano, ou seja, requer uma pesquisa mais elaborada e
fundamentada por este motivo discutiremos em outra ocasião. Neste momento cabe a nós
refletir sobre a nossa real contribuição para a preservação do ecossistema.

No mesmo sentido devemos adotar políticas mais agressivas, eficaz para com a agressão ao
meio ambiente. Acredita-se que uma forma eficaz seria através do sistema educacional, ou
seja, da reeducação da sociedade, a qual se encontra fragmentada, em crise e decadência, ou
seja, a sociedade perdeu a sua identidade. Portanto; devemos conscientizar esta sociedade da
importância da preservação do meio ambiente.
Devemos ainda nos perguntar se estamos realmente desenvolvendo atitudes que protegem o
meio ambiente ou se nossas atitudes só agridem e destrói o meio ambiente.

Quando falamos na construção da educação, não podemos desconsiderar a relação intrínseca


homem e natureza! Somos responsáveis pelos acontecimentos climáticos ocorrido em nosso
planeta.

Hoje há uma necessidade de preservação do solo e da água e seus recursos! Porém,


deparamos com uma questão de crime contra a fauna, crime contra o meio ambiente, visando
sempre atividades econômicas, desrespeitando o ecossistema como já mencionado. Mas,
observamos que existe uma política forte no combate as crimes ambientais, visando revitalizar
a fauna brasileira, principalmente solos de algumas regiões que são explorados, não sendo
respeitado o clima local, o relevo, as plantas regionais, enfim existe uma degradação do solo.
Não há como pensarmos separadamente o solo quanto à água. Pois, são indissociáveis,
ambos depende um do outro e o meio ambiente depende de todo este ecossistema, ou seja,
devemos desenvolver políticas eficazes que de ao ecossistema equilíbrio o qual veja a garantir
sustentabilidade do ambiente. Mas antes de tudo devemos estabelecer diretrizes as quais
garantam uma ocupação do meio físico de forma consciente. Neste sentido é que surge a
Educação Ambiental, a qual tem uma de suas funções à conscientização da sociedade, e esta
conscientização se da na forma de reeducação do sujeito. Para isto devemos propor ao
sistema educacional que sejam implantados nos currículos escolares pré-projetos ambientais,
de revitalização do ambiente como um todo. Sabemos que é um processo demorado, porém
este processo educativo deve sim ser tão logo aderido, pois ao contrário as conseqüências, ao
meio ambiente poderão se tornar devastadoras, e conseqüentemente o homem sofrerá este
impacto. Então fica um alerta para nós sobre a nossa contribuição para com o meio ambiente.

POR QUE INSISTIMOS EM CONTAMINAR OS NOSOS RIOS?

“É aí que mora o problema. A ação do homem é perigosa”

Observamos que depois de anos de agressão ao solo, começamos a refletir sobre nossas
atitudes e atividades de contaminação ao solo. Porém, ainda fazemos pouco para recuperar os
solos das nossas regiões. A poluição do solo é a contaminação da camada superficial da
crosta terrestre. Esta contaminação se dá pela irresponsabilidade dos seres humanos, os quais
acreditam que podem causar malefícios ao meio ambiente em geral através de elementos
químicos, resíduos, lixos, esgotos industriais, garrafas, enfim resíduos de forma geral.
Devemos especificar que existem muitos tipos de poluição do solo, porém iremos mencionar
dois tipos que seriam a contaminação urbana, e a contaminação do solo em áreas rurais.
Temos como exemplo de contaminação ao solo rural os agrotóxicos, curtumes, cana-de-açúcar
que são considerados subprodutos. Aqui nos encontramos em um dilema, pois sabemos que
uma produção agrícola sem agrotóxicos, esta seria mais saudável, além de proteger o solo e
ainda estaria visando o bem estar da saúde humana. O que devemos faz? Quais políticas de
prevenção alimentar deveríamos adotar? São reflexões que não podemos deixar de fazer,
além disto devemos tomar medidas concretas no combate contra o crime ambiental, como um
todo.

CONCLUSÃO

Conclui-se que muito já foi feito para reeducar a sociedade na perspectiva da temática
educação ambiental. Mas, sabemos, que um fator para esta falta de conscientização é o
crescimento urbano populacional de forma desenfreada sem políticas públicas de conservação
e prevenção do meio ambiente, conseqüentemente do solo regional. A sociedade vive uma
crise ambiental jamais vista pelo fato que esta mesma sociedade propõe medidas paliativas de
inibição ao crime contra o ecossistema. Mas a mesma sociedade precursora desta destruição
ambiental, em busca de um prazer instantâneo. Portanto somos convidados a refletirmos sobre
a nossa contribuição para a preservação do meio ambiente através de ações públicas coerente
com a proposta da educação ambiental.
BIBLIOGRAFIA

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Curitiba: Juruá, 1998.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um encontro com a pedagogia do oprimido. 6ª


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MUENCHEN, Cristiane; AULER, Décio. Configurações Curriculares Mediante o Enfoque


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RIOJAS, J. A complexidade ambiental na universidade. In: LEFF, E. et al.. A complexidade


ambiental. São Paulo: Cortez, 2003

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