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Argamassa para

assentamento e
revestimento de
paredes e tetos
Prof. Dr. João Fernando Dias
João Fernando
Agosto de Dias
2006
Cimento

João Fernando Dias


Cimento

João Fernando Dias


Cimento

João Fernando Dias


Cimento

João Fernando Dias


Cimento

João Fernando Dias


Área específica

Cimento ≥ 280 m2/kg


Cal 6.670 a 32.200 m2/kg
23 a 115 vezes maior
Fonte: Guimarães (1997)
Livro: A cal - Fundamentos e Aplicações na
Engenharia Civil

(1) Ensaio facultativo.


João Fernando Dias
(2) Outras características podem ser exigidas, como calor de hidratação, inibição da expansão devida à relação álcali-agregado,
resistência a meios agressivos, tempo máximo de início de pega.
Cimento

João Fernando Dias


Cimento

João Fernando Dias


Cal

João Fernando Dias


Cal
Consumo da cal no mundo: pela multiplicidade de
suas aplicações, está entre os 10 produtos de
origem mineral de maior consumo mundial
(145 milhões de toneladas / ano -2003)
Consumo per-capita:
1.Japão – 87 kg
2.Alemanha – 75 kg
4. USA – 64 kg
6. África do Sul – 47 kg
7. Brasil – 36 kg (23% na Constr.João Fernando Dias
Civil)
Cal
Origem:
É um produto derivado de rochas calcárias
constituídas por carbonatos de cálcio e/ou
magnésio.
CaCO3 e MgCO3

João Fernando Dias


Cal
Para a produção da cal hidratada:

Calcinação:
Reação do carbonato de cálcio (rocha
calcária) com o calor
CaCO3 + Calor ↔ CaO + CO2

João Fernando Dias


Cal
Hidratação:

A cal hidratada é obtida da reação da cal


virgem com a água

CaO + H2O ↔ Ca (OH)2 + calor + expansão


João Fernando Dias
Cal
Endurecimento:

A cal é um aglomerante aéreo – endurece


pela incorporação do CO2

Ca(OH)2 + CO2 ↔ CaCO3 + H2O


João Fernando Dias
Cal
três tipos normalizados (ABNT NBR 7175 – Cal
hidratada para argamassas – Especificação):

CH-I (cal hidratada especial)


CH-II (cal hidratada comum)
CH-III (cal hidratada comum com carbonatos
CaCO3 moído)

João Fernando Dias


Cal
Os tipos CH I e CH II
tem um melhor
desempenho
quando comparados Exigências químicas
com o CH III
Souza et al (1996)

João Fernando Dias


Cal
Exigências físicas

João Fernando Dias


Cal
Comportamento da argamassa
produzida com cal

• Plasticidade
• Retenção de água
• Poder de incorporação de areia
João Fernando Dias
Cal
Comportamento da argamassa
produzida com cal
• Resistência à compressão e aderência
Resistências (em kgf/cm²)
Traços
Compressão Aderência

1:1:6 90 8

1:2:9 40 4
João Fernando Dias
Agregados / Areia

Grãos de areia do ria Acarau com diâmetro entre 2,00mm e 0,42 mm (aumento de 10x)
João Fernando Dias
Agregados / Areia
Aspectos as serem considerados na composição e
dosagem:
• granulometria
• forma e rugosidade superficial dos grãos
• massa unitária
• inchamento
• impurezas orgânicas
• comportamento da argamassa produzida com areia
João Fernando Dias
Agregados / Areia
A distribuição granulométrica influencia
no desempenho da argamassa. Interfere na
trabalhabilidade e no consumo de água e
dos aglomerantes, no estado fresco; no
revestimento acabado, exerce influência na
fissuração, na rugosidade, na
permeabilidade e na resistência de
aderência. João Fernando Dias
Agregados / Areia
classificação através do módulo de finura (MF):

Fonte: Selmo (1989) João Fernando Dias


Agregados / Areia
A areia de granulometria muito uniforme,
independentemente do formato dos grãos,
compromete a trabalhabilidade da
argamassa. Há um conseqüente
enrijecimento, impedindo o deslizamento dos
grãos da areia entre si, com demanda de um
maior consumo de pasta.
João Fernando Dias
Agregados / Areia
Granulometria
totalmente uniforme:

DEMONSTRA-SE QUE
Vv = 47,6% → →
476 litros em 1m3 de
volume aparente

João Fernando Dias


Agregados / Areia
Volume de vazios: depende da distribuição
granulométrica, formato e arranjo dos grãos, e do
estado de compactação do agregado.

Vv = Va − Vs
A distribuição granulométrica dita “ideal” do ponto
de vista de sua continuidade:
equação consagrada de Fuller (1907):
p = 100 ( d / D )n
João Fernando Dias
Agregados / Areia

"curva de Fuller x faixas"


100
90
80
% que passa

Dmáx 12,5 mm
70
Dmáx 4,8 mm
60
Dmáx 1,2 mm
50
40 Emboço-inf
30 Emboço-sup
20 Cam Única-inf
10 Cam Única-sup
0
0,01 0,1 1 10 100
Diâmetro (mm)
João Fernando Dias
Agregados / Areia
% finos p/ densidade máx. / Dmáx.(Fuller)
100,0
90,0
%Pass # 0,60 mm

80,0 1,2
70,0
60,0 2,4
50,0 4,8
40,0 9,5
30,0 19
20,0 25
10,0 12,5
0,0
1 10 100
Dmáx (mm)

João Fernando Dias


Inchamento - Areia
1,3

1,25

1,2
CI = Vh/Vs

1,15

1,1

1,05

1
0 2 4 6 8 10
Umidade (%)

João Fernando Dias


Argamassa para
assentamento e
revestimento de
paredes e tetos
João Fernando Dias
Argamassa - Normas
• ABNT NBR 13281:2005 Argamassa para assentamento e revestimento de
paredes e tetos – Requisitos
• ABNT NBR 13276:2005 Argamassa para assentamento e revestimento de
paredes e tetos – Preparo da mistura e determinação do índice de consistência
• ABNT NBR 13277:2005 Argamassa para assentamento e revestimento de
paredes e tetos – Determinação da retenção de água
• ABNT NBR 13278:2005 Argamassa para assentamento e revestimento de
paredes e tetos – Determinação da densidade de massa e do teor de ar
incorporado
• ABNT NBR 13279:2005 Argamassa para assentamento e revestimento de
paredes e tetos – Determinação da resistência à tração na flexão e à
compressão axial João Fernando Dias
Argamassa - Normas
• ABNT NBR 13280:2005 Argamassa para assentamento e
revestimento de paredes e tetos – Determinação da densidade de
massa aparente no estado endurecido
• ABNT NBR 13281:1995 Argamassa industrializada para
assentamento e revestimento de paredes e tetos
• ABNT NBR 15258:2005 Argamassa para assentamento e
revestimento de paredes e tetos – Determinação da resistência
potencial de aderência à tração
• ABNT NBR 15259:2005 Argamassa para assentamento e
revestimento de paredes e tetos – Determinação da absorção de
João Fernando Dias
água por capilaridade e do coeficiente de capilaridade
Argamassa – Requisitos
Resistência á compressão

Fonte: ANBT NBR 13281:2005 João Fernando Dias


Argamassa – Requisitos
Densidade de massa aparente no estado
endurecido

Fonte: ANBT NBR 13281:2005 João Fernando Dias


Argamassa – Requisitos
Resistência à tração na flexão

Fonte: ANBT NBR 13281:2005 João Fernando Dias


Argamassa – Requisitos
Coeficiente de capilaridade

Fonte: ANBT NBR 13281:2005 João Fernando Dias


Argamassa – Requisitos
Densidade de massa no estado fresco

Fonte: ANBT NBR 13281:2005 João Fernando Dias


Argamassa – Requisitos
Retenção de água

Fonte: ANBT NBR 13281:2005 João Fernando Dias


Argamassa – Requisitos
Resistência potencial de aderência à tração

Fonte: ANBT NBR 13281:2005 João Fernando Dias


Argamassa – Designação
Exemplos de designação

P3, M4, R5, C3, D4, U3, A4.;


P4, R3, U3.

Fonte: ANBT NBR 13281:2005 João Fernando Dias


Argamassa – Ensaios
Teórico

Fonte: Silva (2006) João Fernando Dias


Correlação: Propriedade X % Cal
Propriedades Aumento na proporção de cal
Resistência à compressão E.E. Decresce
Resistência à tração E.E. Decresce
Aderência E.E. Decresce
Durabilidade E.E. Decresce
Impermeabilidade E.E. Decresce
Res. Altas temperaturas E.E. Decresce
Resistência inicial E.F. Decresce
Trabalhabilidade E.F. Cresce
Retenção de água E.F. Cresce
Plasticidade E.F. Cresce
"Elasticidade" E.E. Cresce
Retração na secagem E.F. Decresce
Custo E.F. Decresce
João Fernando Dias
Correlação: Propriedade X
Características da Areia

João Fernando Dias


QUANDO UMA ARGAMASSA DE
REVESTIMENTO É TRABALHÁVEL????
• Não segrega no transporte
• Não exsuda (não separa as fases)
• É facilmente lançada / aplicada
• Distribui-se facilmente sobre uma superfície
• Preenche todas as reentrâncias
• Não endurece rapidamente quando em
contato com bases de elevada sucção ou
condições ambientais agressivas
João Fernando Dias
COMO AVALIAR, COMO MEDIR
A TRABALHABILIDADE???
Métodos tradicionais
Flow Table
Dropping Ball
Aplicabilidade pelo pedreiro

Método em desenvolvimento
Squeeze Flow João Fernando Dias
COMO AVALIAR, COMO MEDIR A
TRABALHABILIDADE???
Métodos tradicionais: Flow Table

João Fernando Dias


COMO AVALIAR, COMO MEDIR A
TRABALHABILIDADE???
Métodos tradicionais: Flow Table

João Fernando Dias


COMO AVALIAR, COMO MEDIR
A TRABALHABILIDADE???
1 2

3 4 5

João Fernando Dias


Métodos tradicionais: Dropping Ball
COMO AVALIAR, COMO MEDIR
A TRABALHABILIDADE???

Métodos tradicionais:
Dropping Ball

João Fernando Dias


COMO AVALIAR, COMO MEDIR
A TRABALHABILIDADE???

Métodos tradicionais:
Aplicabilidade pelo pedreiro

João Fernando Dias


COMO AVALIAR, COMO MEDIR
A TRABALHABILIDADE???
Métodos tradicionais: Aplicabilidade pelo pedreiro

João Fernando Dias


COMO AVALIAR, COMO MEDIR
A TRABALHABILIDADE???

Métodos tradicionais:
Aplicabilidade pelo pedreiro

João Fernando Dias


COMO AVALIAR, COMO MEDIR
A TRABALHABILIDADE???
Métodos tradicionais: Aplicabilidade pelo pedreiro

João Fernando Dias


COMO AVALIAR, COMO MEDIR
A TRABALHABILIDADE???
Método em desenvolvimento: Squeeze Flow

a) b)

João Fernando Dias


COMO AVALIAR, COMO MEDIR
A TRABALHABILIDADE???
Método em desenvolvimento: Squeeze Flow

João Fernando Dias


COMO AVALIAR, COMO MEDIR
A TRABALHABILIDADE???
Método em desenvolvimento: Squeeze Flow

João Fernando Dias


COMO AVALIAR, COMO MEDIR
A TRABALHABILIDADE???
Método em desenvolvimento: Squeeze Flow

João Fernando Dias


COMO AVALIAR, COMO MEDIR
A TRABALHABILIDADE???
Método em desenvolvimento: Squeeze Flow

João Fernando Dias


COMO AVALIAR, COMO MEDIR
A TRABALHABILIDADE???

João Fernando Dias


COMO AVALIAR, COMO MEDIR
A TRABALHABILIDADE???
Argamassa A5: Argamassa A30:
100 100
célula de 160
80 carga 80

carga (N)
60
carga (N)

60

40 40

20 20

0 0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5
deslocamento (mm)
deslocamento (mm)
Legenda:
a/m.s=13,5% a/m.s=15,5% a/m.s=17,5%
teor de fibras:
a/m.s=14,5% a/m.s=16,5% a/m.s=18,5% 1000 g/m³

João Fernando Dias


COMO AVALIAR, COMO MEDIR
A TRABALHABILIDADE???
u ra r;
m en s
c il d e ir a
Di f í m a n e
da d e
ef in i
d a d íric a ;
ain e m p
a ou t r o
o p a r
d re ir
m p e
d e u
ltera
a João Fernando Dias
Trabalhabilidade
Como alterar a trabalhabilidade??

9 ADIÇÃO DE FINOS
9 ADITIVOS PLASTIFICANTES
(incorporadores de ar)
9 É MUITO INFLUENCIADA PELAS
CARACTERÍSTICAS DA AREIA
João Fernando Dias
Perda de água da argamassa pela sucção
dos tijolos em 4 minutos de contato
Sucção inicial do
tijolog/min/154cm2
60%
52%
50% 50%
50% 47% 12,5
45%
Água perdida do total em

41% 15
38%
40% 36% 36% 20
34%
argamassas

33% 32% 32% 33% 33% 32%


30% 29% 30
30% 27%
25% 24% 40
19% 50
20% 15%
10% 60
10% 70

0%
(1:0:3) (1:1:6) (1:2:9)
Proporções
Fonte: J.I. Davidson apud Guimarães, 1998

João Fernando Dias


DIFERENÇA de ABSORÇÃO entre BLOCOS
CERÂMICO SÍLICO-CALCÁREO

João Fernando Dias


DIFERENÇA ENTRE A ABSORÇÃO DOS BLOCOS

CONCRETO CELULAR CONCRETO

João Fernando Dias


CAPACIDADE DE RETENÇÃO DE ÁGUA

COMO INFLUENCIAR A
CAPACIDADE DE RETENÇÃO
DE ÁGUA ?

João Fernando Dias


CAPACIDADE DE RETENÇÃO DE ÁGUA
QUEM GOVERNA A CAPACIDADE DE RETENÇÃO
DE ÁGUA DE UMA ARGAMASSA?
Tradicional: teor de finos

Industrializadas: teor de finos e


aditivos retentores de água

João Fernando Dias


CAPACIDADE DE RETENÇÃO DE ÁGUA
Como aumentar a capacidade
de retenção de água de uma
argamassa tradicional?

Teor de finos plastificantes


Técnica de produção da argamassa
João Fernando Dias
Que finos plastificantes???
uso da CAL

“Qualidade” da cal é muito variável !!!!!

COMO CONTROLAR???

δ = massa/volume
Cal CHI - δ = 0,55 kg/dm3 Cal CHIII - δ = 0,80 kg/dm3
outros - δ = 0,95 kg/dm3 João Fernando Dias

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