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Requerente:
Prefeitura Municipal de Pedra Bela
Localização:
Pedra Bela - SP
2010
SUMÁRIO
PÁGINA
1. Introdução.......................................................................................................................................1
2. Apresentação da ETE.....................................................................................................................1
4. Dimensionamento do Gradeamento..............................................................................................2
5. Dimensionamento do Desarenador...............................................................................................3
6. Tanque de Aeração........................................................................................................................4
9. Dimensionamento da Desinfecção...............................................................................................8
2. APRESENTAÇÃO DA ETE
A habilidade das áreas alagadas construídas (Wetlands) em tratar águas poluídas, através de suas
várias formas operacionais tem várias vantagens em relação a outros tipos de tratamento biológico: a
simplicidade de instalação, manutenção e consumo de energia elétrica.
A opção pelo sistema de áreas alagadas “Wetlands”, foi devido a sua simplicidade construtiva,
simplicidade operacional e disponibilidade de área para a implantação do sistema de tratamento.
A “Wetland” foi desenvolvida para possibilitar que o esgoto gerado seja encaminhado através de
coletores para a unidade de tratamento, com capacidade para tratar todo o esgoto gerado pela
população local, após a equalização esse esgoto será depurado e biodigerido, de forma a atender os
padrões de emissão definidos pela Legislação vigente no estado, ou seja, eficiência no grau de
remoção de carga orgânica superior a 80%.
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Após o tratamento biológico, o efluente tratado passará um tanque de desinfecção com cloro, sendo
lançado, por gravidade para o córrego próximo a estação de tratamento.
4. CALCULO DA VAZÃO
Taxa de infiltração inicial: 0,85 x 0,5 + 0,4 x 0,5 = 0,62 L/s = 54 m³/dia
Qmáx diária = (400 x 0,25 x 1,20) + 54,00 = 174 m³/dia = 2,01 L/s
Qmáx horária = (400 x 0,25 x 1,20 x 1,50) + 54,00 = 234 m³/dia = 2,71 L/s
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Parâmetros Valor calculado (l/s) Valor calculado (m³/h)
Vazão máxima horária 2,71 234,00
Vazão maxima diária 2,01 174,00
Vazão média 1,78 154,00
CONTRIBUIÇÃO ORGÂNICA
O sistema de tratamento será projetado para atender uma demanda de 400 habitantes e uma
vazão média diária de 3,0 l/s.
5. DIMENSIONAMENTO DO GRADEAMENTO
Adotada grade média com barras retangulares de 3/8” x 2” (10 x 50,0), com aberturas de a = 25
mm e inclinação de 45º.
a) – Eficiência da grade:
Grade média: a = 25 mm
d) – Largura do canal:
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Com caixa de areia:
b = S / hmáx = 0,007 / 0,19 = 0,0368 m adoto, b = 50 cm. Pois a secção calculada inviabiliza a
construção, limpeza e operação por isso foi adotada uma secção mínima de trabalho de 50 cm.
e) – Quantidade de barras:
A grade é do tipo média com 8 barras paralelas retangulares (3/8” x 2”), espaçadas de 0,025m cm e
com ângulo de 45º de inclinação.
6. DIMENSIONAMENTO DESARENADOR
Adotando velocidade escoamento v = 0,30 m/s e a altura da lâmina d’água como sendo h=0,25 m
Largura do canal:
b = Qmáx / (hmáx x v) = 0,003 / (0,25x 0,30) = 0,0055 m, b adotado = 0,50m, pois a secção
calculada inviabiliza a construção, limpeza e operação por isso foi adotada uma secção mínima de
trabalho de 50 cm.
Comprimento do canal:
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I = Qmáx / (B x L) = (0,003 x 3600 x 24) / (0,50 x 3,0) = 172,80 m³/m² x dia, apesar da ABNT
indicar uma taxa de aplicação de 600 ≤ I ≤ 1300 e nesse caso a taxa estar abaixo do indicado o
dimensionamento ainda é aceitável pois isso apenas vai acarretar em um aumento da eficiência do
desarenador.
Serão construídos conforme a indicação da ABNT dois canais, um em operação e outro reserva.
Todos os paramentos construtivos se encontram dentro do especificado pela ABNT ou seja velocidade
de escoamento transversal menor que 0,30m/s, Secção de acumulação de sólidos superior a 0,2m, para
remoção dos sólidos foi projetado no canal um sistema de remoção e o encaminhamento desses sólidos
a um leito de secagem.
Nota:
1 - Sobre o canal do gradeamento será instalado um cesto móvel em polipropileno este com fundo
perfurado, permitindo o escoamento de líquidos presentes nos materiais removidos da grade. Será
provido de alça para manuseio do operador da ETE.
7. TANQUE DE AERAÇÃO
A introdução de oxigênio na massa líquida, sob qualquer forma, traz benefícios para todos os tipos
de efluentes, sendo essa introdução uma ótima opção para que ocorra um aumento na matéria orgânica
disponível.
O objetivo do tanque de aeração é melhorar a oxigenação do esgoto bruto para que esse seja melhor
depurado no sistema wetland.
Nesta etapa do tratamento será adicionado ao sistema aguapé - (Eicchornia crassipes) macrófita
aquática flutuante. Nos sistemas com aguapés a maior parte dos sólidos em suspensão são removidos
por sedimentação ou adsorção no sistema radicular das plantas.
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Segundo Wolverton et. al (1989), cargas elétricas em associação com as raízes do aguapé reagem
com partículas coloidais, ocorrendo a adsorção das mesmas, havendo a remoção destas partículas do
liquido, sendo decompostas por microorganismos associados a rizosfera das plantas. A eficiência dos
aguapés na remoção da DBO5 e produzir condições favoráveis a nitrificação esta relacionada a sua
capacidade de transportar O2 suas folhas para as suas raízes.
Dados Gerais:
Ref: ABNT NBR 12209/1992)
θc = 40 dias
Xv = 3.000 mg/L
Q = 3 L/s = 259,2 m3/dia
S0 = 300 mg/L
S = 5 mg/L
Y = 0,7
Kd = 0,09 d-1
fb’ = 0,8
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Tempo de Detenção Hidraulica
V
t= = 1,026 dias = 24h 37min
Q
Sistema de Aeração
Dados Gerais:
Temperatura: 21°C
Altitude: 1000 m
Concentração de OD a ser mantida: CL = 1,5 mg/L
Cs = 8,0 mg/L
Cs (20°C) = 8,2 mg/L
β = 0,95
α = 0,60
θ = 1024
TTOcampo = 60 KgO2/h
C s (20 °C )
TTO campo
Ef = = 35%
TTO padrão
Segundo a ABNT a massa de oxigênio a ser fornecida para o sistema para uma DBO 5 de 300 mg/L
para que ocorra nitrificação é de 0,9 Kg/m³, como o volume de esgoto é de 259,2 m³/dia é necessário
aplicar 233,28 KgO2/dia. Adotando a massa especifica do ar como = 1,22 kg/m³, podemos calcular a
vazão de ar necessária.
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O lodo produzido na ETE deve ser retirado a uma freqüência média de 1 descarte de 6 a 12 meses e
submetido à estabilização e higienização com cal ou pasteurização, adquirindo características de um
lodo classe “A”, pois segundo os critérios da EPA (40 CFR Part 503 - 1993), não existe restrição
quanto ao uso do lodo classe A. A retirada do lodo será realizada pela bomba de recirculação que na
hora o descarte direcionará o lodo ao leito de secagem.
Para uma maior eficiência, recomenda-se que também seja adicionado aguapé nesse sistema para
que ocorra uma maior remoção de matéria organica.
Para uma melhor e maior eficiência do processo, após o tanque de aeração foi projetado um filtro
para que esse retenha os sólidos não retidos pelo aguapé, não permitindo o seu encaminhamento para
os tanques de “wetland”, para que os tanques esses não entupam.
Os principais componentes das áreas alagadas construídas (wetland) são: a variedade de substratos
(argila, areia, cascalho) que definem a condutividade hidráulica; as plantas aquáticas adaptadas a
substratos anaeróbios saturados por água; colunas d’água (fluindo internamente no substrato), a
presença de uma série de animais vertebrados e invertebrados; e comunidade microbiana adaptada ou
tolerante a condições aeróbias e/ou anaeróbias.
Este sistema apresenta várias funções dentro dos ecossistemas onde são inseridos e a degradação
dos poluentes se da:
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Nitrogênio: A transformação e remoção de nitrogênio em sistemas naturais envolvem um sistema
complexo de processos e reações. O nitrogênio amoniacal, geralmente presente, pode ser removido por
volatilização (<10%), ou adsorvido temporariamente através de reações de troca iônica no solo. A
amônia adsorvida está disponível para ser retirada pela vegetação e microrganismos ou para conversão
em nitrito e nitrato através de nitrificação biológica, sob condições aeróbias. Para alcançar remoção
real de nitrogênio, a vegetação deve ser colhida e removida do sistema, para evitar a volta do
nitrogênio ao sistema como nitrogênio orgânico.
Fósforo: O fósforo, que geralmente ocorre como ortofosfato, é adsorvido por argilas minerais e
certas frações orgânicas de solo. O fósforo é firmemente adsorvido e é resistente à lixiviação.
Dimensionamento do sistema
A=
Q C
.LN O
.∆k =
( 3.3,6.24 ) .LN 21,6 .0,65 = 172 ,41m²
K .Hs CS 12 .0,25 1
Onde:
A = Area mínima de tratamento (m²)
Q = Vazão (m³/dia)
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K = Decaimento da carga organica (m/dia) - KADLEC & KNIGHT – Treatment Wetlands – Boca
Raton Lewis Publishing – 1996.
Hs = Altura da camada de solo filtrante (m)
Co = Carga Organica de Entrada (Kg/dia)
Cs = Carga Organica de Saída (Kg/dia)
∆k = Fator de Permeabilidade do meio (m) LAPPALA at AL. Documentation of computer program
VS2D to solve the equations of fluid flow variably saturated porus media. U.S. Geologicalm Survey
Water Resouserces Investigations Report – 1987.
Q 0,003
At = = −4 = 7,97 m ²
Ks .LN ( A.Hs ) 10 .LN (172 ,41 .0,25 )
Onde:
A = Area mínima de tratamento
At =Area da secção Tranversal
Hs = Altura da camada de solo filtrante
Q = Vazão (m³/s)
Serão 6 (seis) canteiros que devem operar em conjunto, onde acontecem diversos processos que
transformam e transferem o poluente para o solo, sedimentos, plantas ou para o ar.
A planta indicada para o plantio nesses módulos é a taboa, a taboa que possui um rápido
crescimento e já se encontra na várzea do córrego próxima a estação.
De acordo com a literatura, os tempos de retenção neste sistema giram em torno de 30 minutos,
sendo então necessário um volume no tanque de polimento de pelo menos 5400 L. a mistura do
efluente tratado com o cloro ocorrerá pois o cloro vai ser dosado na tubulação de entrada do efluente
no tanque e contato
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11. LEITO DE SECAGEM
M
TX = = 12,23 kg SST/m².dia
A
Dimensões do leito
A área total do leito de secagem foi subdividida em duas câmaras, cada uma com a área de 27,6 m².
A camada drenante do leito de secagem, que deve promover a remoção do liquido intersticial, deve
ser constituída pelas seguintes partes:
Uma camada de areia com espessura de 10 cm, com diâmetro efetivo de 0,75 mm e coeficiente de
uniformidade igual a 3;
Sob a camada de areia, três camadas de brita, sendo a inferior de brita 4 (camada suporte), a
intermediarias de brita 3 e 4 com espessura de 25 cm e a superior de brita 1 e 2 com espessura de 12
cm;
Sobre a camada de areia devem ser colocados tijolos recozidos, com juntas de 2 cm tomadas com
areia da mesma granulometria da usada na camada de areia.
O fundo do leito de secagem deve ser plano e impermeável, com inclinação de 1% no sentido do
coletor principal de escoamento do líquido drenado. O liquido drenado será encaminhado poor
gravidade ao inicio do tratamento.
O dispositivo de entrada do lodo no leito de secagem seve permitir descarga em queda livre sobre
placa de proteção da superfície da camada de
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Pedra Bela, 07 de Outubro de 2010
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PEDRO AUGUSTO NEGRI
ENGENHEIRO CIVIL – CREA 060.108.940.0
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