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METEOROLOGIA AERONÁUTICA I
São Paulo
2010
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO À METEOROLOGIA
AERONÁUTICA.............................................3
2. ATMOSFERA.........................................................................................................10
3. TEMPERATURA....................................................................................................13
4. UMIDADE...............................................................................................................22
5. PRESSÃO ATMOSFÉRICA...................................................................................29
6. MASSSAS DE AR E FRENTES.............................................................................38
7. ALTIMETRIA..........................................................................................................43
8. VISIBILIDADE, NUVENS E
NEVOEIROS..............................................................50
9. CÓDIGOS METEOROLÓGICOS...........................................................................59
10. CARTAS
METEOROLÓGICAS............................................................................74
11 TURBULÊNCIA.....................................................................................................76
12.ESTABILIDADE
ATMOSFÉRICA..........................................................................80
13. TROVOADAS.......................................................................................................85
14. VENTOS E CIRCULAÇÃO
ATMOSFÉRICA........................................................89
15. FORMAÇÃO DE
GELO........................................................................................97
LISTAS DE TESTES................................................................................................103
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1. INTRODUÇÃO À METEOROLOGIA AERONÁUTICA
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Figura 1 – Aeronave da Marinha Norte Americana com um meteorógrafo preso às asas
registrando pressão, temperatura e umidade em 13 de dezembro de 1934.
fonte: http://www.photolib.noaa.gov/historic/nws/nwind18.htm
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• 1954 - A Organização de Aviação Civil Internacional (OACI/ICAO) e
a Organização Meteorológica Mundial (OMM/WMO) firmam acordo
de mútua cooperação;
• 1960 – Lançamento do 1o satélite meteorológico – TIROS;
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• Últimas décadas – Aplicação do Radar Doppler na Aviação;
• 1994 – Implantação do Supercomputador do INPE
• Tempos recentes – difusão crescente da Internet na troca de
informações meteorológicas e melhoria dos modelos de previsão e
nos equipamentos de detecção de fenômenos adversos à aviação
(turbulência, nevoeiros etc.).
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(WIND ALOFT PROG) de várias partes do planeta, além de diversos
Centros Nacionais de Meteorologia Aeronáutica (CNMA)
No Brasil, o Centro Nacional de Meteorologia Aeronáutica (CNMA) é o
órgão que coleta todas as informações meteorológicas básicas
fornecidas pela rede de estações meteorológicas e posteriormente faz a
análise e o prognóstico do tempo significativo para sua área de
responsabilidade – entre os paralelos 12oN/40O S e meridianos 010O
W/080O W. As Cartas de tempo significativo (SIGWX) são repassadas
aos demais centros da rede, além das previsões recebidas dos Centros
Mundiais de Previsão (WAFC) e outras informações meteorológicas de
interesse aeronáutico.
Para desempenhar as atividades relacionadas à navegação aérea, a
meteorologia brasileira está estruturada sob a forma de uma rede de
centros meteorológicos (RCM) e estações de coleta de dados
meteorológicos (REM).
Além do Centro Nacional de Meteorologia Aeronáutica, existem outros
Centros Meteorológicos Nacionais como os Centros Meteorológicos de
Aeródromo (CMA), localizados em aeródromos com o objetivo de
prestar apoio meteorológico à navegação aérea e classificados em
classes de 1 a 3, de acordo com suas atribuições, assim como os
Centros Meteorológicos de Vigilância (CMV) responsáveis por monitorar
as condições meteorológicas de sua área de vigilância, apoiando os
órgãos de Tráfego Aéreo e as aeronaves que voam em suas respectivas
Regiões de Informação de Vôo (FIR)) e expedindo as mensagens
AIRMET e SIGMET. Os Centros Meteorológicos de Aeródromo Classe I
são responsáveis pela elaboração de mensagens do tipo TAF (Terminal
Aerodrome Forecast), GAMET, WS WARNING e Avisos de Aeródromo,
que serão abordados de forma detalhada no capítulo de Códigos
Meteorológicos.
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Completando a Rede de Centros, existem também os Centros
Meteorológicos Militares (CMM), que atuam exclusivamente para
atender a aviação militar.
A Rede de Estações Meteorológicas é composta, por sua vez, de
Estações Meteorológicas de Superfície (EMS), Estações Meteorológicas
de Altitude (EMA), Estações de Radar Meteorológico (ERM) e Estações
de Recepção de Imagens de Satélite (ERIS).
A Rede de Estações Meteorológicas coleta, processa, registra e difunde
dados meteorológicos de superfície e altitude visando dar suporte à
navegação aérea.
As Estações Meteorológicas de Superfície (EMS) objetivam coletar e
processar dados meteorológicos de superfície para fins aeronáuticos e
sinóticos e são localizadas em aeródromos. São responsáveis pela
confecção dos Boletins METAR e SPECI, com as condições de tempo
presente dos aeroportos.
As Estações Meteorológicas de Altitude (EMA) coletam, por intermédio
de Radiossondagem, dados de pressão, temperatura, umidade, direção
e velocidade do vento, em vários níveis da atmosfera.
As Estações de Radar Meteorológico (ERM) tem como escopo realizar a
vigilância contínua na área de cobertura dos radares e divulgar as
informações obtidas de forma rápida e confiável aos Centros
Meteorológicos de Vigilância.
As Estações de Recepção de Imagens de Satélites (ERIS) tem como
objetivo obter as imagens de satélites meteorológicos nos canais visível
e infravermelho, complementando os dados necessários para os centros
meteorológicos para a elaboração de previsões.
A responsabilidade das atividades da meteorologia aeronáutica no Brasil
está a cargo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA
(do Comando da Aeronáutica) e da Empresa Brasileira de Infra-
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Estrutura Aeroportuária (INFRAERO), que é responsável, nesse sentido,
por uma grande parte desses serviços em todo o território nacional.
Como membro da OACI, o Brasil assumiu compromissos internacionais
com vistas a padronizar o serviço de proteção ao vôo de acordo com os
regulamentos dessa organização. Sendo assim, o DECEA normaliza e
fiscaliza os serviços da área de Meteorologia conforme os padrões da
OMM, OACI e interesses nacionais.
ONU
OACI OMM
(ICAO) (WMO)
CNMA
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2. ATMOSFERA
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Nas faixas de baixas latitudes, próximas ao equador, a maior incidência
de radiação solar faz com que as moléculas de ar sejam mais
expandidas e a altura da troposfera seja maior e, em direção aos polos,
com temperaturas cada vez menores, a troposfera se torna cada vez
menor.
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A Ionosfera ou Termosfera é uma camada eletrizada, que vai de 70 km
até cerca de 400 a 500 km de altitude. A ionização da camada ocorre
pela absorção dos raios gama, raios X e ultravioleta do Sol. Esta
camada auxilia na propagação das ondas de rádio.
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03. TEMPERATURA
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Em estações meteorológicas de superfície de aeródromos que não
operam 24 horas, são utilizados também os termômetros de máxima e
mínima.
Figura 9 – Termógrafo
Fonte: http://www.meteochile.cl
14
Figura 11 - Sensor de temperatura de pista do
Aeroporto de Guarulhos
Fonte: CABRAL, E.
C = F- 32
5 9
Obs.: Nos computadores de bordo existe uma régua para a conversão
das respectivas escalas.
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Condução: é a transferência de calor de molécula a molécula, como por
exemplo, nos metais. O ar rarefeito, por sua vez, é um péssimo condutor
de calor, assim como elementos como cortiça, amianto, feltro, lã etc.
Ex.: Ao aquecermos continuamente a ponta de uma haste de ferro
ocorrerá o aquecimento de toda a sua superfície pelo processo de
condução de calor.
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Densidade do ar: a densidade pode ser definida como a relação entre a
massa ou quantidade de determinada substância e o seu volume. Nos
níveis inferiores da atmosfera o ar apresenta uma maior concentração
de moléculas, diminuindo conforme aumenta a altitude; portanto, a
densidade do ar é inversamente proporcional à altitude. A temperatura
também influi na densidade do ar, visto que, por exemplo, o ar quando
aquecido se torna mais leve e se expande (menor densidade).
Variação da temperatura
Diária - Devido ao movimento de rotação da terra, existe uma variação
diurna/noturna da temperatura, sendo que o seu valor máximo ocorre
por volta das 16 horas, após o aquecimento da superfície e o valor
mínimo próximo do nascer do sol.
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Latitudinal - De acordo com a curvatura e a inclinação da terra, a
região que mais recebe energia solar, durante o ano, é a localizada
entre as latitudes de 23º N e 23ºS (região tropical) e dentro desta, existe
uma região mais aquecida – equador térmico, cuja posição média é
5ºN, variando em latitude de acordo com a estação do ano.
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em suspensão. Uma parte do calor absorvido por nuvens e por poeiras
é devolvida à superfície, se constituindo no efeito estufa, que se trata,
portanto, de um fenômeno natural, porém, podendo ser agravado com a
poluição atmosférica e tendendo a tornar a terra mais aquecida.
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Inversão térmica – é o fenômeno que ocorre quando, em uma
determinada porção da atmosfera, a temperatura aumenta com a
altitude. É comum nos períodos de outono e inverno devido ao
resfriamento da superfície durante as noites e madrugadas e o
surgimento de uma camada superior de inversão. Outros tipos de
inversão térmica podem estar associados a frentes e subsidência em
altitude.
Obs: O sol é a única fonte de energia importante para a terra. A energia
solar é a causa responsável por todos os fenômenos meteorológicos
que ocorrem na atmosfera terrestre. A energia solar, ao atingir a
superfície da terra, provoca seu aquecimento e essa superfície passa a
irradiar calor e atuar nos processos atmosféricos.
Albedo
É a relação entre o total de energia refletida e o total da energia que
incide sobre uma superfície. O albedo médio da terra é 0,35 (35%).
As superfícies claras como neve ou topos de nuvens cumuliformes
(cumulus e cumulonimbus) apresentam alta refletividade (albedo) e
superfícies escuras como o asfalto apresentam baixa refletividade e
altas taxas de absorção.
A seguir são mostradas duas tabelas com valores de albedo, ou taxas
de refletividade, em vários tipos de nuvens e várias superfícies distintas.
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Tabela 1 - Albedo de vários tipos de nuvens:
Tipo de nuvem Albedo %
Cumuliforme 70-90
Cumulonimbus: Grande e Espessa 92
Stratus (150-300 metros de espessura) 59-84
Stratus de 500 metros de espessura, 64
sobre o oceano
Stratus fino sobre o oceano 42
Altostratus 39-59
Cirrostratus 44-50
Cirrus sobre o continente 36
Fonte: Ayoade, 1986, p. 28
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4. UMIDADE
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O ar úmido é mais leve que o ar seco, pois as moléculas de vapor d’
água (peso molecular) são mais leves que as moléculas de nitrogênio e
oxigênio.
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CICLO HIDROLÓGICO
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Sublimação – vapor – sólido (vapor d’água para cristais de gelo)
ou sólido-vapor (cristais de gelo para vapor d’água) – ex: formação
de nuvens cirrus.
HIDROMETEOROS
São fenômenos meteorológicos formados pela agregação de moléculas
de vapor d´água em torno de núcleos de condensação ou higroscópicos
(sal marinho, fuligem, pólens, poeira, areia) por meio dos processos de
condensação ou sublimação. Podem ser depositados, suspensos ou
precipitados.
Depositados
• Orvalho – condensação de vapor d´água sobre superfície mais fria.
• Geada – sublimação do vapor com temperatura por volta de 0°C –
Em princípio as geadas não causam grandes danos à
aeronavegabilidade e podem se formar tanto no solo quanto em vôo,
depositando-se em fina camada, aderindo aos bordos de ataque,
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pára-brisa e janelas dos aviões. Quando a aeronave desce de uma
camada superesfriada para uma camada úmida e mais quente,
poderá haver a formação de um gelo leve, macio e pouco aderente,
que pode ser removido pelos métodos tradicionais, porém o gelo
pode reduzir momentaneamente a visibilidade do piloto devido à
sublimação no pára-brisa, devendo esse gelo ser removido com o
uso dos próprios limpadores. As geadas ocorrem também em
superfície, particularmente em noites claras de inverno, devido à
perda radiativa, em ondas longas, do calor do solo para o espaço.
• Escarcha – sublimação do vapor d´água em superfícies verticais
como árvores.
Suspensos
• Nuvens – gotas d´água ou cristais de gelo, de acordo com a altura
em que se formam.
• Nevoeiro – gotas d´água ou cristais de gelo restringindo a visibilidade
horizontal a menos de 1000 metros, com elevados valores de
umidade relativa do ar, geralmente próximos a 100%, causando
riscos às operações aéreas.
• Névoa úmida – gotas d´água com UR >= 80% e visibilidade
horizontal >= 1000 metros e até 5000 (nos boletins METAR)
Precipitados
• Caracterizam-se pelo tipo (chuva, chuvisco, neve, granizo e saraiva),
intensidade (leve, moderada ou forte) e caráter (intermitente,
contínua ou pancadas)
• Chuva – gotículas d´água que caem das nuvens e tem diâmetros >=
0,5 mm
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• Chuvisco – gotículas d´água que precipitam das nuvens baixas
(stratus) e podem reduzir significativamente a visibilidade horizontal –
gotículas com diâmetros < 0,5 mm
• Neve – precipitação sob a forma de flocos de gelo com temperaturas
próximas a 0°C – No Brasil existe pouca ocorrência de neve, quase
que exclusivamente no sul do país, particularmente no inverno.
• Granizo – precipitação sob a forma de grãos de gelo com diâmetros <
5 mm (provenientes de cumulonimbus)
• Saraiva – precipitação de grãos de gelo >= 5 mm (CB)
LITOMETEOROS
• Fenômenos meteorológicos que ocorrem com a agregação de
partículas sólidas suspensas na atmosfera – UR < 80 %
• Névoa seca – partículas sólidas (poluição) que restringem a
visibilidade entre 1000 e 5000 metros (METAR)
• Poeira – partículas de terra em suspensão
• Fumaça – partículas oriundas de queimadas – distingue-se pelo odor.
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INSTRUMENTOS METEOROLÓGICOS
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5. PRESSÃO ATMOSFÉRICA
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Figura 18 – Variação da pressão com a altitude.
Fonte: http://www.geog.ouc.bc.ca/physgeog/home.html
Instrumentos
O instrumento que mede a pressão é o barômetro e os que registram
são o barógrafo e o microbarógrafo.
Exemplos:
• Barômetro de mercúrio (hidrostático)
• Barômetros aneróides (elásticos) – microbarógrafo, altímetro.
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Figura 20 – Foto de um microbarógrafo
Fonte: http://www.meteochile.cl
31
Figura 22 - Foto de altímetro.
Fonte: http://www.meteochile.cl
VARIAÇÃO DE PRESSÃO:
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Dinâmica – de acordo com os deslocamentos das massas de
ar/sistemas. Ex.: Se uma massa de ar mais fria ou mais seca se desloca
para uma determinada região, a pressão aumenta e, se uma massa de
ar mais quente ou mais úmida se desloca, haverá a diminuição da
pressão atmosférica à superfície.
Altitude – a pressão varia inversamente com a altitude. Um aeródromo
situado ao nível médio do mar apresenta, em relação a outro aeródromo
próximo, situado a uma altitude mais elevada, pressão atmosférica
maior. Obs.: Variação de Pressão com a altitude › 1 hPa ~ 30 Pés ~ 9
Metros.
SISTEMAS DE PRESSÃO
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Crista – área alongada de altas pressões, onde predomina o tempo
estável.
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Figura 27 - Exemplo de Carta Sinótica da América do Sul
Fonte: http://www.mar.mil.br
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Figura 28 – Simbologia utilizada em Cartas Sinóticas
Fonte: http://www.mar.mil.br
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6. MASSAS DE AR E FRENTES
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centro oeste e sudeste, caracterizando o fenômeno da ZCAS (Zona de
Convergência do Atlântico Sul).
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Figura 29– Esquema de frente fria e frente quente
Fonte: http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7s.html
40
A faixa de nebulosidade e de mau tempo, com até 60 km de largura,
com a presença de várias nuvens cumulonimbus (Cb) recebe a
denominação de linha de instabilidade, que se forma nas latitudes
temperadas e subtropicais antes da chegada de uma frente fria de
rápido deslocamento.
Uma frente fria surge quando uma massa de ar frio empurra uma
massa de ar quente, ocupando o lugar desta. A frente fria é justamente
a área de embate entre essas duas massas de ar.
Características principais:
Deslocamento:
Hemisfério Sul – SW para NE
Hemisfério Norte – NW para SE
Instabilidade devido à ascensão do ar quente, com a formação de
nebulosidade cumuliforme e chuvas em forma de pancadas, além de
trovoadas;
Nevoeiro pós-frontal.
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Nebulosidade mais estratiforme e formação de névoas.
Precipitação leve e contínua.
Nevoeiro se forma antes de sua passagem.
A frente estacionária é formada quando ocorre o equilíbrio de pressão
entre a massa de ar que empurra e a que antecede a passagem da
frente, diminuindo a velocidade de deslocamento da frente (fria ou
quente) e inclusive seu estacionamento sobre uma região; no período
de verão, sobre o Sudeste brasileiro, pode causar dias seguidos de
fortes precipitações.
Por fim, a frente oclusa ocorre quando uma frente fria alcança uma
frente quente e uma ou outra eleva o ar mais quente; forma-se
associada a um Ciclone Extratropical (Baixa pressão de forte
intensidade).
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7. ALTIMETRIA
CONCEITOS:
ATMOSFERA PADRÃO (ISA – International Standard Atmosphere):
atmosfera hipotética idealizada por intermédio de médias climatológicas
de várias constantes físicas a uma latitude de 45º, entre as quais:
• Temperatura no nível médio do mar = 15ºC
• Pressão atmosférica de 1013,2 hPa (29,92 pol. Hg ou 760 mm hg) ao
nível do mar
• Taxa de variação térmica na troposfera de cerca de 6,5 ºC por
quilômetro ou aproximadamente 2ºC para cada 1000 pés.
• Tropopausa de 11 km (36.000 pés) com temperatura de –56,5ºC.
DEFINIÇÕES:
Altímetro: barômetro aneróide que dá indicações de altitude ou altura a
partir de uma pressão de referência. Conforme a aeronave sobe na
atmosfera o altímetro indica altitude ou altura maiores, tendo em vista
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encontrar pressões menores (atmosfera mais rarefeita e menor altura da
coluna de ar).
Existem três erros específicos de altimetria relacionados com as
condições atmosféricas não padrão:
• Pressão ao nível médio do mar diferente de 1013,2 hPa;
• Temperatura maior ou menor que a temperatura padrão (15ºC ao
nível médio do mar);
• Fortes rajadas verticais.
Ex. Quando uma aeronave voa em uma área cuja pressão ou
temperatura real é inferior às da ISA, voa mais baixo do que indica o
altímetro, fator de risco à navegação.
Ao contrário, quando as condições reais de pressão ou temperatura são
maiores que as da ISA, a aeronave voa mais alto que a indicação do
altímetro.
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QNE: AJUSTE PADRÃO OU NÍVEL PADRÃO – 1013,2 hPa.
ALTITUDE INDICADA: é a altitude real, utilizada para os procedimentos
de pouso e decolagem a partir do informe, pelos órgãos de controle de
tráfego aéreo, do ajuste do altímetro ou QNH (valor de pressão relativa
ao nível do mar).
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Ficou estabelecido que, no nível médio do mar, com as condições
padrão de temperatura (15ºC) e pressão (1013,2 hPa), a altitude
densidade é zero.
Os principais fatores que afetam a AD são a altitude, temperatura e
umidade do ar. Quanto maior a altitude e mais quente estiver a
temperatura ambiente, menor será a densidade do ar e,
consequentemente, maior a AD.
Em termos médios, a altitude densidade aumenta cerca de 100 pés
(acima da altitude pressão) para cada ºC de aumento na temperatura
acima do padrão.
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ALTURA OU ALTITUDE ABSOLUTA: distância vertical entre um ponto
no espaço e a superfície. Para se obter indicações de altura é
necessário ajustar o altímetro da aeronave com a pressão relativa ao
nível da pista (QFE) do aeródromo de decolagem. Após a decolagem,
qualquer valor lido no instrumento indicará a altura, em pés, da
aeronave em relação ao solo (aeródromo).
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1.000 PÉS = 13ºC
NMM = 15ºC
FÓRMULA: AD = AP + 100 x ∆ T
Onde:
∆ T = diferença entre a temperatura lida e a temperatura ISA.
AD = altitude densidade
AP = altitude pressão
100 = constante
EM SUMA:
TAT > ISA » AD > AP = atmosfera mais quente/pressão mais baixa
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OBS: VARIAÇÃO DE PRESSÃO COM A ALTITUDE › 1 hPa ~ 30 PÉS
~ 9 METROS.
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8. VISIBILIDADE, NUVENS E NEVOEIROS.
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Figura 32 – Tetômetro a laser
Fonte: http://www.hobeco.com.br
51
Figura 33 – Diafanômetro
Fonte: http://www.vaisala.com
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As nuvens, portanto, denotam a condição de estabilidade ou
instabilidade da atmosfera, de acordo com sua aparência e forma.
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TABELA 7 - ESTÁGIOS DE FORMAÇÃO DAS NUVENS (Latitudes
tropicais)
ESTÁGIO ALTO Cirrus (Ci) Cristais de gelo
(acima de 8 km) Cirrocumulus (Cc)
Cirrostratus (Cs)
ESTÁGIO MÉDIO Nimbostratus (Ns) Cristais de gelo e gotículas
(de 2 a 8 km) Altostratus (As) d’água
Altocumulus (Ac)
ESTÁGIO BAIXO Stratocumulus (Sc) Gotículas d’água
(de 100 pés a 2 km) Stratus (St)
GRANDE Cumulus (Cu) Gotículas d’água e cristais de
DESENVOLVIMENTO Cumulonimbus (Cb) gelo
VERTICAL (base
aproximada de 3000 pés
até topos de até 30 km)
*Latitudes tropicais
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• Altocumulus – formadas em faixas ou camadas, associadas ao ar
turbulento de camadas médias, não gerando normalmente
precipitação.
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Figura 35 – Quadro de nuvens
Fonte: Torelli, D.
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Os nevoeiros são fenômenos meteorológicos resultantes da
condensação e/ou sublimação do vapor d’água próximo da superfície e
que restringe a visibilidade horizontal a menos de 1.000 metros. É fator
de risco com relação às operações aéreas pois pode causar a restrição
operacional de um ou mais aeródromos durante várias horas,
principalmente no outono/inverno no sudeste e sul do Brasil.
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9. CÓDIGOS METEOROLÓGICOS
METAR
Ex. METAR SBGR 272200Z 18015G25KT 0800 R09/1000N R27/1200D
+RA BKN012 OVC070 19/19 Q1012 RETS WS LDG R27=
Decodificação:
METAR – Identificação do Código - Boletim meteorológico regular para
fins aeronáuticos.
SPECI – Boletim meteorológico especial selecionado – informado nos
horários em que não for previsto o Boletim METAR e quando houver
alteração significativa nas informações contidas na última mensagem.
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SBGR – Indicador de Localidade – S > América do Sul; B > Brasil; GR >
Guarulhos. Outros indicadores de localidade podem ser consultados na
publicação ROTAER existente nas Salas AIS.
Outros indicadores – SBSP – São Paulo (Congonhas); SBMT – Campo
de Marte; SBKP – Campinas (Viracopos); SBRP (Ribeirão Preto); SBBU
– Bauru; SBDN – Presidente Prudente; SBSJ – São José dos Campos.
272200Z – Grupo Data Hora – indica o dia e a hora (UTC) em que foi
expedida a Observação.
18015G25KT – Indica o vento em superfície; no caso, soprando do
quadrante Sul (180º), com 15 nós de intensidade e 25 nós de rajadas.
A direção do vento é indicada com três algarismos, de 10 em 10 graus,
mostrando de onde o vento está soprando, com relação ao norte
verdadeiro ou geográfico (obs.: As torres de controle informam o vento
aos pilotos das aeronaves em relação ao norte magnético).
A intensidade do vento é informada em kt (nós) em dois algarismos (até
99 kt) ou P99, caso o vento tenha velocidade a partir de 100 kt, sempre
levando em consideração uma média de 10 minutos de observação
(obs.: As torres de Controle informam a intensidade do vento com um
uma média de 2 minutos).
As rajadas são informadas quando, em relação à intensidade média, os
ventos atingem uma velocidade máxima de pelo menos 10 kt, em um
período de até 20 segundos. É identificada pela letra G (Gust).
O vento calmo é indicado nos boletins quando a intensidade do vento for
menor que 1 kt e representado por 00000KT.
O vento variável apresenta duas possíveis situações:
1) A variação total da direção for de 60º ou mais, porém menos de 180º
com velocidade inferior a 3 kt, será informado o vento variável; ex.:
VRB02KT.
60
2) Quando a variação da direção for de 180º ou mais com qualquer
valor de velocidade; ex: VRB23kt
Obs: Quando as variações da direção do vento forem de 60º ou mais,
porém menos que 180º, e a velocidade média do vento for igual ou
maior que 3kt, as duas direções extremas deverão ser informadas na
ordem do sentido dos ponteiros do relógio, com a letra V inserida entre
as duas direções. Ex: 31015G27KT 280V350
0800 – visibilidade horizontal predominante estimada em 800 metros. O
OBM estima, durante as observações, a visibilidade horizontal em torno
dos 360º a partir do ponto de observação e insere nos boletins a
visibilidade predominante encontrada, em quatro algarismos, em metros,
com os seguintes incrementos:
• de 50 em 50 metros até 800 metros;
• de 100 em 100 metros, de 800 a 5.000 metros;
• de 1.000 em 1.000 metros, de 5.000 até 9.000 metros.
• Para valores a partir de 10.000 metros, informa-se 9999.
Obs.: Para visibilidades menores que 50 metros, informa-se 0000.
Além da visibilidade predominante, será informada a visibilidade mínima
quando esta for inferior a 1.500 metros ou inferior a 50% da
predominante. Será notificada esta visibilidade e sua direção geral em
relação ao aeródromo, indicando um dos pontos cardeais ou colaterais.
Exemplos:
1) 8.000 m de visibilidade predominante e 1.400 m no setor sul – 8000
1400 S
2) 6.000 m de predominante e 2.800 m no setor nordeste – (6.000
2800NE)
Obs: Quando for observada visibilidade mínima em mais de uma
direção, deverá ser notificada a direção mais importante para as
operações.
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R09/1000N R27/1200D – Alcance visual na pista 09 igual a 1000 metros
sem variação e, na pista 27, igual a 1.200 metros e com tendência à
diminuição. O Alcance Visual na Pista é registrado pelos visibilômetros
ou diafanômetros, instalados nos principais aeroportos e quando a
visibilidade horizontal for menor que 2.000 metros.
Obs.:
1) quando não houver diferenças significativas entre os valores de duas
ou mais pistas, informa-se somente o R seguido do valor medido (ex.:
R1000).
2) Quando houver pistas paralelas, informa-se com letras, após o
número da pista, o seu posicionamento: R (direita), L (esquerda) e C
(central). Ex.: R09R/1200.
3) Após o valor do RVR, informa-se a tendência de variação, com as
letras N (sem variação), U (tendência a aumentar) e D (tendência a
diminuir).
1) Se o valor for menor que o parâmetro mínimo que o equipamento
pode medir, informa-se M; ex.: R09/0050M – M inferior a 50 metros.
2) Se o valor for maior que o parâmetro máximo que o equipamento
pode medir, informa-se P; ex.: R09/P2000 – P superior a 2.000
metros.
+ RA – Grupo de tempo presente; no caso é indicada chuva (Rain) forte.
Ver a Tabela 4678 que indica o tempo presente para fins de codificação.
Os fenômenos meteorológicos mais utilizados nos boletins são: fumaça
(FU), poeira (PO), névoa seca (HZ), névoa úmida (BR), trovoada (TS),
nevoeiro (FG), chuva (RA), chuvisco (DZ) e pancadas (SH).
A névoa úmida somente será informada nos boletins quando a
visibilidade horizontal estiver entre 1.000 e 5.000 metros; quando acima
deste valor e não havendo outro fenômeno significativo será omitido o
fenômeno mencionado.
62
O qualificador de intensidade (leve, moderado ou forte) somente será
utilizado para formas de precipitação (DZ, RA, SN, SH etc.).
O qualificador VC (vizinhança) somente será utilizado com fenômenos
como SH, FG, TS, DS, SS, PO, BLSN, BLDU ou BLSA entre 8 km e 16
km do ponto de referência do aeródromo.
O descritor TS será utilizado isoladamente para indicar trovoada sem
precipitação e, combinado adequadamente quando da existência de
precipitação. Ex.: trovoada com chuva moderada => TSRA.
BKN012 OVC070 – Nublado com 1.200 pés e encoberto com 7.000 pés.
Indica o grupo de nebulosidade existente sobre o aeródromo ou a
visibilidade vertical no caso da existência de nevoeiro de céu
obscurecido.
Quantidade: indica com abreviaturas para as seguintes coberturas do
céu:
• FEW – poucas – 1/8 ou 2/8
• SCT – esparsas – 3/8 ou 4/8
• BKN – nublado – 5/8, 6/8 ou 7/8
• OVC – encoberto – 8/8
Altura: base das nuvens informada em centenas de pés.
Tipo: informa-se para os gêneros TCU (Cumulus Congestus) ou Cb
(Cumulonimbus). Ex.: SCT030CB – cumulonimbus esparsos a 3.000
pés.
O céu obscurecido será informado pela visibilidade vertical, também em
centenas de pés. Ex.: VV001 – visibilidade vertical de 100 pés (30
metros).
19/19 – indica 19ºC para a temperatura do ar e 19ºC para a temperatura
do ponto de orvalho. Para temperaturas negativas insere-se a letra M
antes da temperatura ou temperatura do ponto de orvalho.
63
Q1012 – indica o valor do ajuste do altímetro em hectopascais (hPa) em
quatro algarismos, como ocorre no Brasil ou em polegadas de mercúrio
(Pol Hg), como nos EUA – ex.: A2995 ou 29.95 Pol Hg.
RETS WS LDG R27 – trovoada recente e wind shear na pista 27. Faz
parte das informações suplementares e relata fenômenos que
ocorreram durante a hora precedente e também turbulência e tesoura
de vento.
Previsão tipo tendência – evolução do tempo prevista de até duas horas
a partir do boletim meteorológico e inseridas no final das mensagens,
com os seguintes identificadores de mudança previstos – BECMG,
TEMPO e NOSIG. Ex.: METAR SUMU 271500Z 4000 BR FEW020
18/16 Q1018 BECMG FM 1530 TL 1600 2000 – indica mudança de
visibilidade entre 1530 e 1600 UTC, prevalecendo após esse horário.
CAVOK – significa Ceiling and Visibility OK, ou seja, teto e visibilidade
OK. É empregado nos boletins em substituição aos grupos de
visibilidade, RVR, tempo presente e nebulosidade. Deve ser informando
quando ocorrerem as seguintes condições:
• Visibilidade >= 10.000 metros
• Ausência de nuvens abaixo de 5.000 pés (1.500 metros)
• Ausência de precipitação e Cb na área do aeródromo.
• Ausência de nuvens TCU (cumulus congestus)
EX.: METAR SBGR 271500Z 00000KT CAVOK 22/18 Q1015=
64
SBSJ 091730 26017KT 4000 -TSRA BKN020 FEW030CB 24/17 Q1015=
SBRP 091700 07002KT 9999 BKN030 BKN080 34/19 Q1013=
SBST 091700 18010KT 9999 BKN025 BKN090 29/23 Q1015=
SBYS 091700 00000KT 9999 BKN040 BKN300 29/17 Q1014=
SBUP 091700 07005KT 9999 BKN028 FEW030TCU 30/20 Q1013=
SBUP 091730 13007KT 5000 -TSRA BKN028 FEW030CB SCT100 26/23 Q1 013=
Outros exemplos:
10/02/200 SBP 10160 10009KT 9999 FEW030 32/21
9 A 0 Q1011=
10/02/200 SBFL 10160 10004KT 9999 SCT020 BKN040
9 0 24/20 Q1015=
10/02/200 SBC 10160 06007KT 9999 SCT013 SCT030
9 T 0 BKN040 25/19 Q1019=
10/02/200 SBSP 10160 15004KT 8000 BKN035 27/20
9 0 Q1017=
10/02/200 SBK 10160 33002KT 9999 BKN035 SCT100
9 P 0 29/21 Q1015=
10/02/200 SBK 10163 23003KT 9999 2000E -TSRA
9 P 2 SCT035 FEW050CB SCT100
29/21 Q1015=
10/02/200 SBG 10160 05007KT 9999 BKN030 29/20
9 R 0 Q1016=
10/02/200 SBG 10160 14008KT 8000 SCT020
9 L 0 FEW025TCU 33/27 Q1012=
10/02/200 SBV 10160 06017KT 9999 FEW030 33/24
9 T 0 Q1013=
10/02/200 SBS 10160 13011KT 9999 FEW017 31/24
9 V 0 Q1013=
10/02/200 SBB 10160 29004KT 9999 BKN030
9 R 0 FEW040TCU 28/18 Q1019=
65
Exemplos de METAR internacionais:
10/02/200 SAEZ 10160 08006KT 08006KT 9999
9 0 FEW040 OVC100 28/19 Q1006=
10/02/200 SUM 10160 35007KT 9999 FEW026 OVC200
9 U 0 34/17 Q1007 NOSIG=
10/02/200 SGAS 10160 34016KT 9999 SCT033 BKN080
9 0 32/23 Q1008=
10/02/200 SAM 10160 09006KT 9999 FEW040 31/09
9 E 0 Q1010=
10/02/200 SCEL 10160 15008KT 120V180 CAVOK 27/09
9 0 Q1016 NOSIG=
10/02/200 SAC 10160 00000KT 9999 FEW030
9 O 0 FEW040CB24/19 Q1009 RETS=
10/02/200 SLVR 10160 33017G27KT 9999 SCT005
9 0 BKN010 FEW030CB
OVC07027/23 Q1010=
10/02/200 SLCB 10160 34002KT 9999 FEW027 BKN200
9 0 22/12 Q1019=
10/02/200 SVMI 10160 05005KT 9999 FEW016 BKN100
9 0 28/23 Q1015 NOSIG=
66
DECODIFICAÇÃO:
TAF – identificador do código.
SBGR – indicador de localidade – Aeródromo de Guarulhos.
271000Z – data e hora de confecção da previsão. Dia 27 às 1000 UTC.
2712/2812 – validade da previsão – identifica o dia, a hora de início e a
hora do final da validade da previsão. Dia 12 UTC do dia 27 às 12 UTC
do dia 28.
18010KT – indica o vento previsto – vento de 180º com 10 nós.
2000 – indica a visibilidade horizontal prevista – 2000 metros de
visibilidade.
BR – indica o tempo presente previsto – névoa úmida.
SCT020 BKN070 – indica o grupo de nebulosidade prevista – nuvens
esparsas com base a 2.000 pés e nublado a 7.000 pés.
TX26/2719Z TN22/2806Z – temperaturas máxima e mínima previstas e
respectivos horários – temperatura de 26ºC prevista para as 1900 UTC
do dia 27 e temperatura de 22ºC prevista para as 0600UTC do dia 28.
TEMPO 2715/2718 – Previsão de mudança temporária entre 15 e 18
UTC do dia 27, com as seguintes condições: 12008G25KT TS
SCT030CB e mudança gradual (BECMG) com a permanência posterior
entre 18 e 20UTC: 13008KT RA OVC030=
RMK PGW = Observação: indicativo do previsor que elaborou a
mensagem.
Outras abreviaturas – FM (From) – a partir de determinado horário (ex:
FM 271800 – a partir das 18h00 UTC do dia 27) e PROB –
probabilidade de 30 ou 40% de ocorrer a mudança em um período de
tempo.
67
EXEMPLOS DE TAF DAS 1800Z – Nacionais
68
111800 TN21/1108Z TX31/1117Z
PROB40 1018/1022
17015KT 7000 TSRA
BKN025 FEW040CB BECMG
1022/1024 13010KT 9000
NSC BECMG 1111/1113
06005KT FEW030 BECMG
1114/1116 32005KT RMK
PGG=
10/02/2009 SBGR 101800 - 15007KT 9000 BKN030
111800 TN20/1108Z TX31/1117Z
PROB40 1018/1022
17010KT 4000 TSRA
BKN015 FEW035CB BECMG
1022/1024 09005KT
BKN010 PROB30
1108/1111 4000 BR
BKN006 BECMG 1112/1114
32005KT 9999 FEW030
RMK PGG=
10/02/2009 SBGL 101800 - 15010KT 8000 SCT020
111800 TN24/1108Z TX34/1117Z
TEMPO 1020/1024 5000
TSRA BKN020 FEW030CB
BECMG 1023/1101
35005KT BECMG
1109/1111 04005KT
SCT015 BECMG 1114/1116
13010KT RMK PHE =
10/02/2009 SBVT 101800 - 05015KT 8000 FEW030
111800 TN26/1107Z TX34/1116Z
PROB30 1021/1023 TS
SCT020 FEW030CB BECMG
69
1023/1101 02010KT
BECMG 1113/1115
06020KT SCT030 RMK PHE
=
10/02/2009 SBSV 101800 - 09009KT 9999 SCT017
111800 TN26/1109Z TX30/1116Z
PROB30 TEMPO 1104/1112
7000 SHRA BKN015 RMK
PCP=
10/02/2009 SBBR 101200 - 08003KT 9999 FEW017
111200 TX28/1018Z TN19/1108Z
BECMG 1013/1015
08007KT BKN024 PROB30
TEMPO 1015/1020 TSRA
FEW035CB BECMG
1019/1021 SCT024 BECMG
1023/1101 07003KT
FEW017 PROB30
1106/1110 BKN014 RMK
PDL=
70
111200 1013/1018 34015KT
9999FEW027 BKN080
PROB30 TEMPO 1020/11/06
12015G25KT 6000 -TSRA
SCT010FEW040CB
OVC060=
10/02/2009 SGAS 101800 - 34018KT 9999 SCT033
111800 TX36/18Z TN24/09ZTEMPO
1019/1023 6000 TSRA
BKN027 FEW040CB BECMG
1100/1103 CAVOK=
EX.:
SBRE GAMET VALID 200600/201200 RECIFE FIR
SFC WSPD 08/10 25KT
SFC VIS 06/08 N OF 18DEG S 2000M
CLD 06/08 OVC 800FT N OF 12 DEG S
TURB MOD FL090
SIGMET APLICABLE: 2 e 4
(Previsão FIR Recife das 0600Z às 1200Z do dia 20; vento de
superfície entre 0800Z e 1000Z de 25kt; visibilidade de 2000 m entre
0600Z e 0800Z ao norte da latitude 18º Sul; entre 0600Z e 0800Z, céu
encoberto a 800 FT ao norte da latitude 12º Sul; turbulência moderada
no FL090; SIGMET nºs 2 e 4 – aplicáveis à FIR).
71
AVISO DE AERÓDROMO – Mensagem confeccionada por uma CMA-1
que informa sobre fenômenos meteorológicos que podem afetar
aeronaves no solo e/ou instalações e serviços nos aeródromos.
EX.:
20/01/2009 SBGR 201530 - AVISO DE AERODROMO 1
201930 VALIDO 201530/201930 PARA
SBGR/SBSP/SBMT/SBJD/SBK
P PREVISTO TEMPESTADE
COM VENTO DE RAJADA
17010/25KT=
72
SIGMET – Mensagem em linguagem abreviada, expedida por um
Centro Meteorológico de Vigilância (CMV), sobre fenômenos
observados ou previstos em rota que possam afetar as aeronaves em
vôo acima do FL100. Para vôos transônicos ou supersônicos a
mensagem é denominada SIGMET SST.
73
10. CARTAS METEOROLÓGICAS
CARTAS SIGWX
74
Figura 37 – Carta SIGWX da América do Sul do dia 09 de abril de 2004 – 18h00 UTC
Fonte: http://www.redemet.aer.mil.br
75
Figura 38 – Carta WIND ALOFT PROG do dia 09 de abril de 2004 – 12h00 UTC – FL300
Fonte: http://www.redemet.aer.mil.br
76
Figura 39 – Esquema de condição atmosférica estável e instável
Fonte: Salvat, 1980.
77
Estabilidade atmosférica – Conforme o gradiente térmico vertical
existente, a atmosfera apresentará 3 situações possíveis (estabilidade
absoluta, instabilidade absoluta e atmosfera condicionada).
Estabilidade absoluta – independente do teor de umidade do ar, a
atmosfera será ESTÁVEL sempre que ocorrer o GT menor que 0,6
ºC/100 m.
Instabilidade absoluta – independente do teor de umidade, a atmosfera
será INSTÁVEL sempre que o GT for maior que 1ºC/100m;
Atmosfera condicionada – quando o GT da atmosfera for maior que
0,6ºC/100m e menor que 1,0ºC/100m, a situação de equilíbrio será
condicional; se
1) AR SECO – atmosfera será estável;
2) AR ÚMIDO/SATURADO – atmosfera será instável.
78
pode ser calculada pela fórmula (T – TD) x 125 m; os dados devem ser
extraídos dos boletins METAR e SPECI.
Ex: METAR SBGR 141700Z 18010KT 9999 BKN033 30/22 Q1020=
No exemplo acima, temos a diferença entre a temperatura do ar (30ºC)
e a temperatura do ponto de orvalho (22ºC) igual a 8ºC que, multiplicado
por 125 (m), resultará em 1.000 m, que é a base das nuvens
cumuliformes informadas no boletim.
79
12. TURBULÊNCIA
80
D) Turbulência dinâmica:
D.1) Turbulência frontal – turbulência surgida com a presença de
sistema frontal.
81
formados vórtices a partir de hélices, turbinas ou pontas de asas; as
aeronaves que se encontrarem atrás daquelas que geraram a esteira
devem ter uma distância adequada para não sofrerem acidentes sérios
(ex.: aeronave pequena deve ter separação de 6 milhas de uma
aeronave considerada pesada – B747).
82
LEVE m/s, porém não sofre alterações significativas em sua
altitude. A tripulação sente a necessidade de utilizar
cinto de segurança, mas os objetos continuam em
repouso. O serviço de bordo pode prosseguir
normalmente. Encontra-se pouca ou nenhuma
dificuldade ao se caminhar pelo corredor da aeronave.
MODERADA A aeronave sofre acelerações verticais entre 2 m/s e 5
m/s, podendo sofrer mudança de altitude, porém
continua sob controle. É necessário o uso do cinto de
segurança. Os objetos soltos podem se deslocar e
encontra-se dificuldade para executar o serviço de
bordo ou se deslocar pelo corredor da aeronave.
FORTE A aeronave sofre acelerações verticais entre 5 m/s e 8
m/s, sofrendo bruscas mudanças de altitude. Pode-se,
momentaneamente, perder o controle da aeronave. Os
objetos soltos são fortemente lançados de um lado para
o outro e os instrumentos a bordo vibram de modo
intenso, criando sérias dificuldades para o piloto.
Passageiros podem entrar em pânico devido aos
movimentos violentos da aeronave. O serviço de bordo
e o caminhar pelo corredor da aeronave se tornam
impraticáveis.
SEVERA A aeronave sofre acelerações verticais superiores a 8
m/s. Em tal situação é impossível o controle da
aeronave e, devido à forte trepidação, podem ocorrer
danos à sua estrutura.
83
sustentação. A turbulência afeta mais o controle da aeronave devido à
forte trepidação.
84
13. TROVOADAS
85
Figura 43 – Foto do desenvolvimento de uma nuvem de trovoada no estágio Cumulus
Fonte: http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7t.html
86
Figura 44 – Foto de um Cumulonimbus na fase de maturidade
Fonte: http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7t.html
87
Trovoadas convectivas (térmicas) – ligadas ao forte aquecimento da
superfície e à formação de correntes convectivas; ocorrem
principalmente no verão sobre os continentes.
88
14. VENTOS E CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA
90
feitos, preferencialmente, contra o vento, garantindo maior sustentação
às aeronaves.
A direção do vento sempre indica de onde sopra o vento; para fins
meteorológicos tal direção tem como referência o norte geográfico
(verdadeiro) e para os órgãos de tráfego aéreo a referência é o norte
magnético. Em relação à velocidade do vento, sua indicação é feita em
nós (kt).
Além da velocidade do vento, podem ocorrer rajadas, que são variações
de, pelo menos 10 kt em relação ao vento médio observado, em um
período de até 20 segundos.
CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA
Devido ao aquecimento diferencial do globo e à rotação da Terra, a
atmosfera do planeta está em constante movimento que, até 20.000 pés
de altitude, é denominada Circulação Geral Inferior, sendo composta
por três faixas de vento em ambos os hemisférios e uma zona de
convergência na área equatorial:
91
2) Ventos Predominantes de Oeste – Fluem a partir dos anticiclones
subtropicais nos dois hemisférios em direção aos pólos, com fluxo
predominante de oeste e intensificando nas latitudes mais altas.
92
Figura 45 -Esquema da Circulação Atmosférica.
Fonte: Salvat, 1980.
A Circulação Geral Superior, por sua vez, ocorre acima de 20.000 pés
de altitude, com origem nas latitudes equatoriais e tropicais e que fluem
em direção aos pólos, como retorno dos ventos que alcançaram a ITCZ,
se elevaram a altas altitudes e seguem o caminho inverso. São
exemplos de ventos da Circulação Geral Superior:
93
Ventos Contra-Alísios – ocorrem nas latitudes tropicais, entre
20ºN e 20ºS, como o retorno dos alísios em direção aos pólos.
94
Fonte: http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7o.html
95
Figura 48 - Esquema de Monções de inverno e de verão.
Fonte: http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7o.html
96
Figura 50 – Esquema de vento de montanha
Fonte: www.physicalgeography.net/fundamentals/7o.html
97
15. FORMAÇÃO DE GELO
“No dia 27 de dezembro de 1991, um MD-81 teve que fazer um pouso forçado fora
do aeroporto, partindo-se em três pedaços, pouco depois da decolagem. Quando o
avião corria na pista e iniciava a rotação para subir, o gelo que se tinha formado
sobre as asas desprendeu-se e foi ingerido pelas turbinas, situadas na cauda, que,
em conseqüência, pararam”. “O efeito mais devastador da formação de gelo é a
modificação do perfil aerodinâmico da asa. Quando se forma gelo, o fluxo de ar é
alterado e a sustentação é gravemente afetada. Testes feitos pela FOKKER, no
túnel aerodinâmico, mostraram que mesmo uma camada de gelo fina como uma
folha de papel faz a sustentação diminuir em 25%....” (Pessoa, L.T., JT, 14/05/92,
p.3 – Caderno de Turismo).
98
Tabela 10 – Tipos de gelo
Tipo de gelo Condição da atmosfera Faixa de
temperatura
Gelo claro (brilhante, denso
e translúcido), cristal, liso ou
vidrado (mais perigoso - atmosfera instável ou Entre 0ºC e –
devido à maior aderência e condicional instável 10ºC
dificuldade de remoção de
grandes gotículas
superesfriadas)
Nebulosidade associada:
• Gelo tipo cristal está vinculado ao ar instável e turbulento estando,
portanto, associado às nuvens cumuliformes (Cu e Cb)
• Gelo tipo escarcha ocorre principalmente em atmosfera estável e
sem turbulência, estando associado à nuvens estratiformes (St, As)
99
A intensidade de formação é dimensionada conforme sua razão de
acumulação na aeronave.
Formação Leve – acúmulo lento, não ultrapassando a razão de 1
mm/min; geralmente a evaporação compensa a acumulação de gelo e,
portanto, não há problemas operacionais na aeronave.
Formação Moderada – acumulação entre 1 e 5 mm/min. Há a
diminuição da eficiência das comunicações, erros nos instrumentos de
pressão, pequena vibração e velocidade indicada com perda de até
15%.
Formação Forte – formação quase instantânea, com grande e rápida
(de 5 a 10 mm/min.) acumulação de gelo sobre a aeronave,
ocasionando fortes vibrações nos motores, alteração nos comandos e
velocidade indicada com perda de até 25%. Em poucos minutos pode
haver de 5 a 8 cm de acúmulo de gelo nas aeronaves.
Em situações mais graves, a formação de gelo pode determinar a
imediata mudança de nível de vôo, devido à ineficiência dos sistemas de
combate à sua formação.
100
• Asas – modifica o perfil aerodinâmico, aumenta a resistência ao
avanço e diminui a sustentação.
• Hélices – reduz o rendimento e apresenta fortes vibrações.
• Tomadas de ar (TUBO DE PITOT) – afeta o indicador de velocidade
vertical (climb), altímetro e velocímetro.
• Carburador – reduz o rendimento do motor e sua potência.
• Antenas – afeta as comunicações, pois aumenta o diâmetro dos
cabos e diminui o isolamento em relação ao corpo da aeronave. Em
situações extremas, o excesso de peso pode causar a ruptura da
antena.
• Pára-brisas
• Tanques de combustível
Sistemas Antigelo
São divididos em dois tipos: os anticongelantes (anti-ice), que impedem
a formação de gelo e os descongelantes (de-ice), que procuram retirá-
lo.
Sistema mecânico:
Evita o acúmulo de gelo, mas não sua formação. Atua por meio de
capas de borrachas inseridas nos bordos de ataque das asas e
empenagens. Tais capas inflam ar comprimido periodicamente e
rompem o gelo formado.
Sistema térmico:
Evita e combate a formação de gelo, aquecendo as partes mais
vulneráveis da aeronave, através de resistências elétricas
incandescentes ou por meio de fluxos de ar aquecido dos motores.
101
Sistema químico:
Geralmente tal sistema é usado de maneira preventiva nas hélices,
pára-brisas e carburadores, a partir de fluidos anticongelantes
constituídos de água e álcool etílico, que tem a capacidade de liquefazer
o gelo formado ou impedir tal formação.
102
Figura 51 – Imagem de satélite meteorológico indicando áreas de formação de gelo.
Fonte: http://orbit-net.nesdis.noaa.gov/arad/fpdt/icg.html
103
LISTAS DE TESTES
104