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Acordes Abertos e suas Inversões

Já sabemos que os acordes podem ter suas notas dispostas fora da


seqüência natural (por exemplo: 3 5 T ao invés de T 3 5), afim de facilitar a
execução e fornecer mais possibilidades melódicas ao bloco de notas
executado.
Além disso, é possível também “abrir” o acorde, fazendo com que a
seqüência de notas tenha um espaço no meio. Por exemplo, uma tríade
fechada poderia ser executada com três possibilidades de seqüências de notas:
T 3 5 – 3 5 T – 5 3 T. Mesmo em posições diferentes, as notas sempre
obedecem a uma mesma seqüência. Se ao invés de T 3 5 utilizarmos T 5 3,
teremos um acorde aberto. O normal seria que a terça estivesse antes da
quinta e ao invés disso temos um espaço. Nesse caso, temos ainda outro
espaço entre a quinta e a terça.
O espaçamento maior entre as teclas fará com que o músico se veja
quase sempre forçado a utilizar as duas mãos para executar o acorde.
Geralmente a abertura é usada para acordes com 4 notas ou mais. Esse
tipo de acorde, quando fechado, geralmente tem um som bastante tenso. O
afastamento entre as notas faz com que os acordes de 4 notas (tétrades) ou
mais notas tenha um som mais nítido. Quanto mais espaçamentos (ausência de
nota onde num acorde fechado existiria uma nota) forem usados entre os
intervalos, mais aberto o acorde fica.

Exemplos de algumas formas:

Cmaj 7 – C G E B (3 espaçamentos)
C G B E (2 espaçamentos)

G6 – G D B E (3 espaçamentos)
G E B D (2 espaçamentos)

Os acordes abertos também possibilitam um dos recursos mais


importantes para enriquecer a harmonia: retirar notas da tríade e adicionar
outras notas do campo harmônico.

Exemplos de algumas das formas de como esse recurso pode ser


utilizado:

Cmaj7/9 – C G B D – ausência da Terça maior


F7/9+ - F A Eb Ab – ausência da Quinta Justa
C6/9 – E G A D – ausência da Tônica

Inversão dos Acordes Abertos

Assim como os acordes fechados, os acordes abertos também podem ser


invertidos, o que faz com que cada acorde tenha dezenas de formas diferentes
de ser reproduzido. Cabe ao músico conhecer muito bem a sonoridade que
cada uma das diferentes disposições das notas vai fornecer. Não existe “a
melhor forma de fazer um acorde”, mas cada forma faz com que o acorde
tenha uma sonoridade.
Conhecer bem a sonoridade dos acordes abertos, fechados e suas
inúmeras possibilidades de inversões é uma ferramenta fantástica para um
músico de bom gosto. Abaixo seguem alguns exemplos de como os acordes
são geralmente apresentados numa cifra e como podem ser interpretados pelo
músico.

Exemplos:

Fm7 – F Ab C Eb (fechado em posição fundamental)


Ab C Eb F (fechado na 1a Inversão)
Ab Eb F C (aberto, se iniciando na 3a, com dois espaçamentos)
Ab Eb F D (igual ao anterior, sem 5a, adicionando 6a / lê-se Fm6/7)

Db7 – Db F Ab B (fechado em posição fundamental)


B Db F Ab (fechado na 3a Inversão)
B F Db Ab (aberto, se iniciando na 7a, com três espaçamentos)
B F Db Bb (igual ao anterior, sem 5a, adicionando 6a / lê-se Db6/7)

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