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I SÉRIE

DIÁRIO
DA REPÚBLICA
Segunda-feira, 25 de Outubro de 2010 Número 207

ÍNDICE

SUPLEMENTO
Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento
Decreto-Lei n.º 118-A/2010:
Simplifica o regime jurídico aplicável à produção de electricidade por intermédio de
instalações de pequena potência, designadas por unidades de microprodução, e procede à
segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 363/2007, de 2 de Novembro, e à segunda alteração
ao Decreto-Lei n.º 312/2001, de 10 de Dezembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4834-(2)
4834-(2) Diário da República, 1.ª série — N.º 207 — 25 de Outubro de 2010

MINISTÉRIO DA ECONOMIA, DA INOVAÇÃO adequado aos custos dos equipamentos associados às uni-
E DO DESENVOLVIMENTO dades de microprodução.
Em quinto lugar, estabelece-se que o regime bonificado
fica também associado à implementação de medidas de
Decreto-Lei n.º 118-A/2010 eficiência energética, na medida em que se exige que o
de 25 de Outubro local de consumo disponha de colectores solares térmicos,
caldeiras de biomassa ou, no caso dos condomínios, a
O Programa do XVIII Governo Constitucional deter- obrigatoriedade de medidas de eficiência energética iden-
mina que Portugal deve «liderar a revolução energética» tificadas em auditoria.
através de diversas metas, entre as quais «assegurar a po-
Finalmente, para promover e incentivar a investigação
sição de Portugal entre os cinco líderes europeus ao nível
dos objectivos em matéria de energias renováveis em 2020 científica nesta área, cria-se um regime para que os labo-
e afirmar Portugal na liderança global na fileira industrial ratórios do Estado e de outras entidades públicas possam
das energias renováveis, de forte capacidade exportadora». investigar, desenvolver, testar e aperfeiçoar novas tecno-
Para concretizar este desígnio, foi aprovada a Resolução logias de produção de electricidade.
do Conselho de Ministros n.º 29/2010, de 15 de Abril, Foi promovida a audição ao Conselho Nacional do
que aprova a Estratégia Nacional para a Energia 2020 Consumo.
(ENE 2020). A ENE 2020 tem como principais objectivos: Foi ouvida, a título facultativo, a Entidade Reguladora
i) reduzir a dependência energética do País face ao exterior dos Serviços Energéticos.
através do aumento da produção de energia a partir de Assim:
recursos endógenos; ii) garantir o cumprimento dos com- Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Cons-
promissos assumidos por Portugal no contexto das políticas tituição, o Governo decreta o seguinte:
europeias de combate às alterações climáticas; iii) reduzir
em 25 % o saldo importador energético com a energia Artigo 1.º
produzida a partir de fontes endógenas; iv) criar riqueza Alteração ao Decreto-Lei n.º 363/2007, de 2 de Novembro
e consolidar um cluster energético no sector das energias
renováveis em Portugal, e v) desenvolver um cluster indus- Os artigos 2.º a 9.º, 11.º a 15.º, 17.º a 20.º, 23.º e 24.º
trial associado à promoção da eficiência energética. do Decreto-Lei n.º 363/2007, de 2 de Novembro, alterado
Para o cumprimento destes objectivos, importa incenti- pela Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro, passam a ter
var a produção descentralizada de electricidade em baixa a seguinte redacção:
tensão por particulares, revendo o regime jurídico da mi-
croprodução. O programa da microprodução que, iniciado «Artigo 2.º
em 2007, teve um sucesso significativo: já foram instaladas
[...]
mais de 5400 unidades de microprodução, correspondentes
a cerca de 19 MW de potência instalada, em pouco mais .........................................
de dois anos de aplicação do sistema. a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
O presente decreto-lei cria condições para produzir mais b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
electricidade em baixa tensão, de forma mais simples, mais c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
transparente e em condições mais favoráveis. d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Em primeiro lugar, aumenta-se a quantidade de electri- e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
cidade que pode ser produzida. A potência atribuída passa f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
para 25 MW por ano. Para o ano de 2010 serão atribuídos g) «Potência de ligação» a potência máxima ou, no caso
os 14 MW já registados, acrescidos de 10 MW a atribuir já de instalações com inversor, a potência nominal de saída
ao abrigo desta revisão. Passa, também, a ser obrigatório deste equipamento, em quilowatt, que o produtor pode
para a generalidade dos comercializadores que fornecem injectar na Rede Eléctrica de Serviço Público (RESP);
a electricidade comprar a electricidade microgerada. h) «Ponto de ligação» o ponto que estabelece a fron-
Em segundo lugar, são criados mecanismos para ga-
teira entre a instalação de microprodução e a rede a que
rantir o acesso à microprodução, com base em critérios
de interesse público, a entidades que prestem serviços de se encontra ligada;
carácter social, nomeadamente estabelecimentos na área i) «Produtor» a entidade titular de um registo para a
da saúde, educação, solidariedade e protecção social, bem produção de electricidade por intermédio de uma unidade
como na área da defesa e segurança e outros serviços do de microprodução, nos termos do presente decreto-lei;
Estado ou das autarquias locais. j) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Em terceiro lugar, os procedimentos relacionados com o l) «SRM» o Sistema de Registo de Microprodução,
registo da produção em regime de microprodução passam a que constitui uma plataforma electrónica de interacção
ser mais simples e mais transparentes. Qualquer particular entre a Administração Pública e os produtores, acessível
que queira produzir energia neste regime passa a poder através do Portal Renováveis na Hora;
fazê-lo através de um registo aberto que só deixa de estar m) (Revogada.)
disponível quando é atingida a potência máxima destinada
para o ano em causa. Os registos passam a ser ordenados Artigo 3.º
por ordem de chegada, permitindo aos interessados ter [...]
maior previsibilidade quanto à data em que podem proceder
à instalação da microprodução. 1 — O presente decreto-lei aplica-se à microprodu-
Em quarto lugar, o regime bonificado de venda de elec- ção de electricidade a partir de recursos renováveis e à
tricidade, que apenas é acessível mediante o cumprimento microprodução de electricidade e calor em co-geração,
de determinadas condições, é ajustado para se tornar mais ainda que não renovável, mediante a utilização de uma
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unidade ou instalação, monofásica ou trifásica, em baixa c) Vender a totalidade da electricidade produzida,


tensão, com potência de ligação até 5,75 kW. líquida do consumo dos serviços auxiliares, nos termos
2 — O presente decreto-lei aplica-se igualmente aos e com os limites estabelecidos no presente decreto-lei.
condomínios que integrem seis ou mais fracções, em
que sejam utilizadas instalações trifásicas com uma Artigo 6.º
potência até 11,04 kW.
[...]
3 — Em qualquer dos casos referidos nos números
anteriores, a microprodução tem de ter por base uma .........................................
só tecnologia de produção.
a) Entregar a totalidade da electricidade produzida,
Artigo 4.º líquida do consumo dos serviços auxiliares, à rede pú-
blica de distribuição em baixa tensão (BT);
[...] b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1 — Podem ser produtores de electricidade por in- c) Consumir o calor produzido no caso de produção
termédio de unidades de microprodução as entidades em co-geração;
que preencham os seguintes requisitos: d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e) Prestar à DGEG, ou a entidade designada por esta,
a) Disponham de uma instalação de utilização de à DRE, ao comercializador com que se relaciona e ao
energia eléctrica com consumo efectivo de energia e operador da rede de distribuição todas as informações
que sejam titulares de contrato de compra e venda de que lhe sejam solicitadas;
electricidade em baixa tensão celebrado com um co- f) Permitir e facilitar o acesso do pessoal técnico
mercializador; da DGEG, ou da entidade designada por esta, da DRE
b) A unidade de microprodução se destine a ser territorialmente competente, do comercializador com
instalada no local servido pela instalação eléctrica de que se relaciona e do operador da rede de distribuição
utilização; à unidade de microprodução, no âmbito das suas com-
c) A potência da unidade de microprodução não seja petências, para efeitos do presente decreto-lei;
superior a 50 % da potência contratada no contrato re- g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ferido na alínea a). h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 — O requisito previsto na alínea c) do número ante- Artigo 7.º
rior não é aplicável se instalação eléctrica de utilização
estiver em nome de condomínio, que integre seis ou [...]
mais fracções. 1— .....................................
3 — O acesso à actividade de microprodução de elec-
tricidade está sujeito a registo e subsequente obtenção a) Criar, manter e gerir o SRM destinado ao registo
de certificado de exploração da instalação, nos termos das unidades de microprodução;
do presente decreto-lei. b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4 — O membro do Governo responsável pela área da c) Proceder ao registo da instalação de microprodu-
energia pode determinar, mediante despacho a publicar ção e emitir o respectivo certificado de exploração, nos
no SRM: termos do presente decreto-lei;
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
a) Os termos da suspensão do registo ou a sua sujei- e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ção a limitações, com vista a propiciar o cumprimento de f) Constituir uma bolsa de equipamentos certificados,
prioridades da política energética ou a sua relação com mantendo uma lista actualizada no SRM;
outras políticas sectoriais, nomeadamente as destinadas g) Controlar a emissão dos certificados dos equi-
ao equilíbrio regional, ou a assegurar a boa gestão do pamentos fornecidos pelos fabricantes, importadores,
acesso à actividade de microprodução e a optimização seus representantes e entidades instaladoras, nos termos
da gestão das capacidades de injecção e recepção de previstos no presente decreto-lei;
electricidade na RESP; h) Aprovar os formulários e instruções necessários ao
b) A utilização de procedimentos especiais para bom funcionamento do SRM de acordo com as funções
acesso ao registo, quando tal se justifique relativamente que lhe estão atribuídas pelo presente decreto-lei;
a registos no âmbito da tarifa bonificada. i) Fornecer aos interessados e divulgar no SRM in-
formação relativamente às diversas soluções de micro-
5 — (Revogado.) produção de electricidade e (ou) calor, designadamente
6— ..................................... as suas vantagens e inconvenientes.
7— .....................................
2 — O director-geral de Energia e Geologia pode
Artigo 5.º designar, mediante celebração de protocolo homolo-
[...] gado pelo membro do Governo responsável pela área da
energia, pelo prazo de quatro anos renováveis, entidades
......................................... legalmente constituídas e reconhecidas para desempe-
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . nhar as funções no âmbito das competências previstas
b) Ligar a unidade de microprodução à RESP, após nas alíneas a) a g) do número anterior.
a emissão do certificado de exploração e celebração do 3 — As funções que se integram no âmbito das com-
respectivo contrato de compra e venda de electricidade, petências previstas nas alíneas a) a f) do n.º 1 podem ser,
nos termos dos artigos 12.º-A a 20.º; nos termos do número anterior, desempenhadas por enti-
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dade legalmente constituída e reconhecida para aprovar eficiência energética identificadas na auditoria preveja
projectos e inspeccionar instalações eléctricas. um retorno até dois anos.
4 — A função que se integra no âmbito da competên-
cia prevista na alínea g) do n.º 1 pode ser, nos termos 4 — O acesso a um dos regimes remuneratórios pre-
do n.º 2, desempenhada por organismo de certificação vistos no n.º 1 é solicitado pelo promotor aquando do
acreditado no âmbito do Sistema Português de Qua- registo e está sujeito à verificação do cumprimento do
lidade para proceder à certificação de equipamentos disposto nos números anteriores.
eléctricos de acordo com a Norma 45011. 5 — (Anterior n.º 3.)
5 — O director-geral de Energia e Geologia aprova,
mediante despacho publicado no SRM, um guia técnico Artigo 11.º
e de qualidade para as instalações de microprodução
[...]
que se justifiquem para o adequado funcionamento do
sistema. 1 — No regime bonificado, o produtor é remunerado
com base na tarifa de referência que vigorar à data da
Artigo 8.º emissão do certificado de exploração.
Entidades instaladoras da microprodução
2 — A tarifa é devida desde o início do fornecimento
à rede.
1 — A actividade de instalação de unidades de mi- 3 — A tarifa é aplicável durante um total de 15 anos
croprodução é desenvolvida por entidades instaladoras contados desde o 1.º dia do mês seguinte ao do início do
da microprodução e depende de registo no SRM. fornecimento, subdivididos em dois períodos, o primeiro
2 — Podem exercer a actividade de instalação de uni- com a duração de 8 anos e o segundo com a duração
dades de microprodução empresários em nome indivi- dos subsequentes 7 anos.
dual ou sociedades comerciais, com alvará emitido pelo 4 — A aplicação do regime remuneratório bonificado
InCI — Instituto da Construção e do Imobiliário, I. P., caduca quando o produtor comunique ao SRM a renún-
para a execução de instalações de produção de electri- cia à sua aplicação, ou no final do período de 15 anos
cidade. referido no número anterior, ingressando o produtor no
3 — Cada entidade instaladora deve dispor de um regime remuneratório geral.
técnico responsável pela execução de instalações eléc- 5 — A tarifa de referência é fixada em € 400/MWh
tricas de serviço particular. para o primeiro período e em € 240/MWh para o se-
4 — A DGEG, ou a entidade designada por esta, ac- gundo período, nos termos do n.º 3, sendo o valor de
tualiza periodicamente a lista das entidades instaladoras ambas as tarifas sucessivamente reduzido anualmente
registadas no SRM. em € 20/MWh.
6 — O tarifa a aplicar varia consoante o tipo de ener-
Artigo 9.º gia primária utilizada, sendo determinada mediante a
[...]
aplicação das seguintes percentagens:

1 — O produtor está sujeito a um dos seguintes re- a) Solar — 100 %;


gimes remuneratórios: b) Eólica — 80 %;
c) Hídrica — 40 %;
a) O regime geral, aplicável a todos os que tenham d) Co-geração a biomassa — 70 %;
acedido à actividade de microprodução e não se en- e) Pilhas de combustível com base em hidrogénio
quadrem no regime bonificado, nos termos do presente proveniente de microprodução renovável — percen-
decreto-lei; tagem prevista nas alíneas anteriores aplicável ao tipo
b) O regime bonificado. de energia renovável utilizado para a produção do hi-
drogénio;
2 — O regime previsto na alínea b) do número an- f) Co-geração não renovável — 40 %.
terior é aplicável a produtores que preencham cumula-
tivamente os seguintes requisitos: 7 — A electricidade vendida nos termos dos núme-
a) A potência de ligação da respectiva unidade de ros anteriores é limitada a 2,4 MWh/ano no caso das
microprodução não seja superior a 3,68 kW ou no caso alíneas a) e b) do número anterior, e a 4 MWh/ano no
dos condomínios, a 11,04 kW; caso das restantes alíneas deste mesmo número, por
b) A unidade de microprodução utilize uma das fontes cada quilowatt instalado.
de energia previstas no n.º 6 do artigo 11.º; 8 — A potência de ligação que, em cada ano civil,
c) O local de consumo associado à microprodução pode ser objecto de registo para microprodução, no
disponha de colectores solares térmicos com um mínimo âmbito do regime bonificado, não pode ser superior à
de 2 m² de área útil de colector ou de caldeira a biomassa quota anual de 25 MW.
com produção anual de energia térmica equivalente. 9 — O SRM encerra automaticamente o procedi-
mento de registo, no âmbito do regime bonificado, logo
que a soma das potências resultantes das inscrições
3 — O regime bonificado é ainda aplicável:
realizadas num dado ano atinja o valor correspondente
a) Aos produtores que preencham os requisitos pre- ao somatório da quota anual que estiver estabelecida
vistos nas alíneas a) e b) do número anterior e cuja nos termos do número anterior para esse ano, acrescida
unidade de microprodução seja uma co-geração e esteja de metade da quota anual prevista para o ano seguinte.
integrada no aquecimento do edifício; 10 — Mediante despacho a publicar no SRM até 31
b) Aos condomínios, mediante uma auditoria ener- de Dezembro de cada ano, o director-geral da Energia
gética e desde que a implementação de medidas de e Geologia divulga o valor da tarifa aplicável no ano
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seguinte e a quota de potência de ligação a alocar nesse implementação da microprodução, o prazo de caduci-
ano, tendo em conta o disposto nos n.os 5 e 8 do presente dade do registo é de oito meses.
artigo e no n.º 1 do artigo 11.º-A, e eventuais saldos de 7 — No caso de o produtor pretender efectuar alguma
potência resultantes de anos anteriores, estabelecendo alteração substancial na sua instalação de microprodu-
ainda a programação temporal da referida alocação de ção, deve proceder a novo registo aplicável à totalidade
potência para a totalidade do ano a que respeita, através da instalação, caducando o registo anterior com a en-
do sistema de registos. trada em exploração da nova instalação.
8 — Considera-se substancial a alteração da unidade
Artigo 12.º de microprodução que não se enquadre no disposto no
[...] artigo 20.º
9 — O membro do Governo responsável pela área
1 — Só o comercializador que fornece electricidade da energia define, mediante despacho a publicar no
para consumo da instalação eléctrica de utilização do SRM, os elementos instrutórios do pedido de registo, a
produtor pode celebrar contrato de compra e venda da marcha do respectivo procedimento, os termos da recusa
electricidade resultante da microprodução, devendo de registo e demais instruções destinadas a assegurar
assegurar o seu pagamento, nos termos do presente o disposto no presente artigo e no artigo 12.º-A, sem
decreto-lei. prejuízo do previsto no n.º 4 do artigo 4.º e no n.º 7 do
2 — O pagamento referido no número anterior é artigo 19.º
feito directamente ao produtor, mediante transferência
bancária, juntamente e com a periodicidade dos paga- Artigo 14.º
mentos relativos ao consumo facturado à instalação
eléctrica de utilização, sem prejuízo do disposto no [...]
número seguinte. 1 — O certificado de exploração é emitido na se-
3 — Nos casos em que o produtor celebre contrato quência de inspecção.
de financiamento para a aquisição da instalação de mi- 2 — A inspecção é efectuada nos 10 dias subsequen-
croprodução e desde que obtenha o acordo do banco tes ao pedido de inspecção, devendo o dia e a hora da
ou entidade financeira de crédito contratante, tem a sua realização ser comunicados ao produtor e técnico
faculdade de optar pela realização da amortização do responsável através do SRM.
financiamento directamente pelo respectivo comercia- 3 — Na inspecção é verificado se a unidade de mi-
lizador, por conta da receita de venda da electricidade croprodução está executada de acordo com o disposto
produzida e até ao máximo de 85 % do valor desta,
no presente decreto-lei e regulamentação em vigor, se a
nos termos e com a duração previstos no contrato de
instalação de utilização cumpre os requisitos previstos
financiamento.
nos artigos 9.º e 11.º para acesso ao regime bonificado,
4— .....................................
se o respectivo contador cumpre as especificações e
5— .....................................
6— ..................................... está correctamente instalado e devidamente selado de
7 — O disposto nos n.os 1 a 5 é aplicável à produção origem, e são efectuados os ensaios necessários para
de electricidade, incluindo a produção em co-geração, verificar o adequado funcionamento dos equipamentos.
com potência de ligação até 5 kW, realizada ao abrigo 4 — Na inspecção deve estar sempre presente o téc-
de outros regimes jurídicos de acesso à produção de nico responsável por instalações eléctricas de serviço
electricidade desde que esta não seja remunerada através particular ou seu substituto credenciado, ao serviço
de tarifas de mercado. da entidade instaladora, ao qual compete esclarecer
todas as dúvidas que possam ser suscitadas no acto da
Artigo 13.º inspecção.
5 — Concluída a inspecção, o inspector entrega ao
Procedimento de registo no SRM técnico responsável cópia do relatório da inspecção e
1 — O registo é efectuado e processado electroni- suas conclusões, registando-os no SRM.
camente no SRM. 6 — Se o relatório da inspecção concluir pela exis-
2 — O procedimento de registo inicia-se com a ins- tência de não conformidades, o produtor deve proceder
crição do promotor, seguindo-se a fase de aceitação no sentido de colmatar as deficiências indicadas.
desta e termina com a atribuição de potência de ligação
de acordo com a programação estabelecida nos termos Artigo 15.º
do n.º 10 do artigo 11.º Reinspecção
3 — O registo tem-se por concluído com a atribuição
de potência de ligação nos termos previstos no número 1 — Sempre que na inspecção prevista no artigo an-
anterior. terior sejam detectadas deficiências que não permitam a
4 — O registo torna-se definitivo com a emissão do emissão de certificado de exploração, o produtor deve
respectivo certificado de exploração, a disponibilizar solicitar reinspecção no SRM, até ao máximo de três,
também no SRM, após a instalação da unidade de mi- observando-se com as necessárias adaptações o disposto
croprodução pelo produtor. no n.º 2 do artigo anterior.
5 — A inspecção da microprodução é solicitada, atra- 2 — O produtor dispõe do prazo de 30 dias contados
vés do SRM, no prazo de quatro meses contados da data da inspecção ou da última reinspecção para proceder às
do registo, sob pena de caducidade deste. correcções necessárias e solicitar nova reinspecção, até
6 — Quando o produtor registado estiver sujeito ao ao limite máximo de reinspecções admitidas nos termos
regime jurídico da contratação pública, no âmbito da do número anterior.
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3 — A ligação à RESP da unidade de microprodução ção cuja minuta deve estar disponibilizada no sítio da
não é autorizada enquanto se mantiverem deficiências Internet do comercializador identificado no registo da
que não permitam a emissão de certificado de explo- instalação, o qual, no mesmo prazo, é ainda avisado da
ração, procedendo-se, após a terceira reinspecção sem referida emissão, através do SRM, com vista à conclusão
concluir pela emissão de parecer favorável para início do contrato de compra e venda de electricidade oriunda
da exploração, ao cancelamento do registo da unidade da microprodução ao respectivo produtor.
de microprodução. 2 — No prazo de 10 dias após à adesão do produtor
4 — A não realização de reinspecção por motivo ao contrato de comercialização, o comercializador dá
imputável ao produtor implica o cancelamento do re- conhecimento ao SRM da conclusão deste.
gisto. 3 — O contrato de compra e venda de electricidade
previsto no n.º 1 deve seguir o modelo de contrato apro-
Artigo 17.º vado pela Direcção-Geral de Energia e Geologia.
Contagem e disponibilização de dados 4 — Após a comunicação de celebração do contrato
de comercialização, o SRM avisa o operador da rede
1 — O sistema de contagem de electricidade e os de distribuição para proceder à ligação da unidade de
equipamentos que asseguram a protecção da interliga- microprodução à RESP.
ção devem ser colocados em local de acesso livre ao 5 — O operador da RESP deve proceder à ligação
comercializador e ao operador da rede de distribuição, da unidade de microprodução, no prazo de 10 dias após
bem como às entidades competentes para efeitos do o aviso do SRM.
presente decreto-lei, salvo situações especiais autori- 6 — A data de ligação à rede pública deve ser actua-
zadas pela DGEG. lizada no SRM pelo operador da rede de distribuição.
2— ..................................... 7 — Nos casos em que a inspecção ou reinspecção,
3— ..................................... por motivos não imputáveis ao produtor registado, não
4 — Os comercializadores de electricidade e os ope- tenha ocorrido no prazo legalmente estabelecido para
radores de rede de distribuição devem disponibilizar à a sua realização, acrescido de uma dilação de três dias,
ERSE as informações necessárias à correcta facturação a entidade responsável pelo SRM emite certificado de
dos diferentes intervenientes. exploração provisório.
Artigo 18.º Artigo 20.º
Controlo de certificação de equipamentos
Averbamento de alterações ao registo
1 — Os fabricantes, importadores, seus representan-
1 — Em caso de alteração da titularidade do contrato
tes e entidades instaladoras devem comprovar junto da
de compra e venda de electricidade para a instalação de
entidade responsável pelo SRM que os seus equipamen-
utilização no local de consumo onde está instalada a
tos estão certificados e qual a natureza da certificação,
devendo aquela entidade proceder à respectiva dispo- unidade de microprodução, ou mudança de comercia-
nibilização no SRM. lizador, o novo titular deve solicitar o averbamento ao
2 — Estes equipamentos devem estar certificados por registo da microporodução da alteração de titularidade,
um organismo de certificação, de acordo com o sistema mantendo-se inalteradas as demais condições constantes
n.º 5 da ISO/IEC. do registo.
3 — Os equipamentos certificados nos termos do 2 — Estão também sujeitas a averbamento no SRM
número anterior devem satisfazer os requisitos defi- a mudança de local da instalação e a mudança de tecno-
nidos nas normas europeias aplicáveis a cada tipo de logia de produção, desde que se mantenham o mesmo
equipamento e que tenham sido publicadas pelo CEN/ produtor e as demais condições do registo, sendo que
CENELEC. o averbamento destas alterações depende de nova ins-
4 — Caso não tenham sido estabelecidas e publicadas pecção.
normas europeias, cada tipo de equipamento deve satis- 3 — Nos casos previstos nos números anteriores,
fazer os requisitos das normas internacionais publicadas o regime remuneratório aplicado à microprodução
pela ISO/IEC. mantém-se pelo prazo remanescente, sem prejuízo da
5 — Quando não existam as normas referidas nos celebração de novo contrato de venda da electricidade
n.os 3 e 4, os equipamentos devem estar de acordo com: com o comercializador.
4 — O averbamento da alteração prevista no n.º 2
a) As normas ou especificações portuguesas relativas pode ser recusado por razões de ordem técnica, desig-
ao equipamento em causa e que sejam indicadas pelo nadamente as previstas no n.º 6 do artigo 4.º
Instituto Português da Qualidade, I. P. (IPQ, I. P.);
b) As normas ou especificações nacionais em vigor no Artigo 23.º
Estado membro em que o equipamento foi produzido,
desde que o IPQ, I. P., reconheça que garantem as con- [...]
dições equivalentes às estabelecidas nos n.os 3 e 4. 1— .....................................
Artigo 19.º a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) (Revogada.)
[...]
c) Averbamento de alterações ao registo, previstas
1 — No prazo de 10 dias após a emissão do certi- no artigo 20.º
ficado de exploração, ainda que provisório nos termos
do n.º 7, o produtor adere ao contrato de comercializa- 2— .....................................
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3 — Os montantes das taxas são definidos por por- à facturação da electricidade produzida e à fase de pro-
taria do membro do Governo responsável pela área da dução comercial.
energia.
Artigo 10.º
Artigo 24.º
[...]
[...]
1— .....................................
1— ..................................... 2— .....................................
a) A violação do disposto na alínea c) do n.º 1 do 3— .....................................
artigo 4.º; 4— .....................................
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5— .....................................
c) A violação do disposto nos n.os 1, 2 e 3 do artigo 8.º; 6— .....................................
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7— .....................................
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8— .....................................
f) A violação do disposto no n.º 7 do artigo 13.º; 9— .....................................
g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
12 — A apresentação de pedidos de informação pré-
2— ..................................... via prevista no n.º 2 pode ser suspensa, limitada ou
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . recalendarizada, mediante despacho do director-geral
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de Energia e Geologia, homologado pelo membro do
c) Solicitar a inspecção sem que a instalação de mi- Governo responsável pela área da energia, para propiciar
croprodução esteja concluída. o cumprimento de prioridades e objectivos da política
energética ou a relação com outras políticas sectoriais,
3— ..................................... nomeadamente o equilíbrio regional, ou assegurar a
4— ..................................... optimização da gestão das capacidades de injecção e
5— ..................................... recepção de electricidade na RESP.
6— . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .» 13 — A decisão prevista no número anterior pode
ainda ser acompanhada do estabelecimento de requisitos
Artigo 2.º para a atribuição de pontos de recepção e critérios de
Alteração ao Decreto-Lei n.º 312/2001, de 10 de Dezembro
selecção.»

Os artigos 4.º e 10.º do Decreto-Lei n.º 312/2001, de 10 Artigo 3.º


de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 33-A/2005, de
Aditamento ao Decreto-Lei n.º 363/2007, de 2 de Novembro
16 de Fevereiro, passam a ter a seguinte redacção:
São aditados ao Decreto-Lei n.º 363/2007, de 2 de No-
«Artigo 4.º vembro, alterado pela Lei n.º 67-A/2007, de 31 de De-
[...] zembro, os artigos 11.º-A, 12.º-A e 13.º-A, com a seguinte
redacção:
1— .....................................
2— ..................................... «Artigo 11.º-A
3— .....................................
4 — DGEG assegura uma bolsa de pontos de recep- Registos de interesse público
ção, envolvendo uma potência total a nível nacional 1 — O membro do Governo responsável pela área
até 10 MW, para atribuição a laboratórios do Estado e da energia, mediante despacho a publicar no SRM,
outras entidades públicas que desenvolvam projectos pode reservar uma percentagem de até 5 % da quota
de elevada valia tecnológica, conteúdo inovatório e de de potência que vigorar nos termos do artigo anterior, a
implementação oportuna.
qual integra uma bolsa de registos de interesse público
5 — As autorizações de ligação à rede e para o esta-
a atribuir a entidades que prestem serviços de carác-
belecimento das respectivas instalações são simultâneas
e temporárias e estão sujeitas ao presente decreto-lei e ter social, nomeadamente estabelecimentos na área da
ao Decreto-Lei n.º 189/88, de 27 de Maio, alterado pelos saúde, educação, solidariedade e protecção social, bem
Decretos-Leis n.os 313/95, de 24 de Novembro, 56/97, como na área da defesa e segurança e outros serviços
de 14 de Março, 168/99, de 18 de Maio, 312/2001, de do Estado ou das autarquias locais.
10 de Dezembro, 339-C/2001, de 29 de Dezembro, 2 — O membro do Governo responsável pela área
33-A/2005, de 16 de Fevereiro, e 225/2007, de 31 de da energia, ouvidas as entidades do sector, actualiza,
Maio. mediante portaria, o valor da tarifa de referência, po-
6 — As autorizações previstas nos números anterio- dendo proceder a ajustamentos às percentagens defini-
res são atribuídas mediante despacho do director-geral das no n.º 6 do artigo 11.º ou às quotas estabelecidas no
de Energia e Geologia, homologado pelo membro do n.º 8 do artigo 11.º e no número anterior, tendo em vista
Governo responsável pela área da energia, contendo o assegurar a sua adequação aos objectivos da política
prazo de caducidade das mesmas e outros requisitos ou energética, à sua relação com outras políticas sectoriais,
condições, nomeadamente, relativos à tarifa aplicável, e à evolução dos mercados ou ao equilíbrio regional.
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Artigo 12.º-A 4 — A assembleia de condóminos só pode opor-se


SRM
à instalação da microprodução ou seus componentes
previstos no n.º 1, quando:
1 — O SRM assegura, nomeadamente:
a) Tratando-se de instalação de unidade de mi-
a) A autenticação dos utilizadores através de códi- croprodução, a assembleia de condóminos tenha já
gos que permitam o acesso à informação acessível no deliberado ou, na sequência da solicitação do condó-
SRM; mino promotor, delibere promover a instalação de uma
b) A indicação dos dados de identificação dos pro- unidade de microprodução em nome do condomínio
motores e produtores; e as duas unidades de microprodução não possam
c) O preenchimento electrónico dos elementos ne- coexistir;
cessários ao registo da microprodução e à entrega dos b) Tratando-se de cabelagens ou outros componentes,
elementos necessários à sua apreciação; a sua instalação coloque em risco efectivo a segurança
d) O pagamento da taxa devida pela apreciação do de pessoas ou bens ou prejudique a linha arquitectónica
processo de registo e outras taxas previstas na portaria do edifício;
referida no n.º 3 do artigo 23.º, por via electrónica; c) O condómino promotor não garanta o pagamento
e) O preenchimento electrónico do pedido de inspec- dos encargos de instalação e manutenção da micropro-
ção ou reinspecção; dução ou seus componentes nas partes comuns.
f) A recolha de informação que permita o contacto
entre os serviços competentes e os promotores ou pro- 5 — O registo para instalação de unidade de micro-
dutores e seus representantes constituídos; produção, em nome do condomínio, o eventual recurso
g) A certificação da data e da hora em que os pedidos a financiamento e as condições deste são deliberados
e outras declarações ou informações são apresentados, por maioria dos votos correspondentes a mais de metade
bem como as inscrições, os registos, as inspecções ou do valor do prédio.»
as reinspecções e os certificados de exploração e os
respectivos averbamentos foram atribuídos, através do Artigo 4.º
SRM;
h) A não validação ou não recepção dos pedidos que Quota de potência para 2010
não preencham os requisitos de acesso ou de pagamento Para efeitos do disposto no n.º 8 do artigo 11.º do
das taxas de que depende o seu seguimento; Decreto-Lei n.º 363/2007, de 2 de Novembro, alterado
i) A consulta do estado do pedido, a todo o momento, pela Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro, e pelo presente
pelos requerentes inscritos ou registados; decreto-lei, é estabelecido que:
j) A emissão de relação actualizada periodicamente
das inscrições concluídas, registos e certificados de a) A quota de potência a alocar em 2010 é de 25 MW
exploração atribuídos, tipo de tecnologia de micropro- e inclui a potência correspondente a este mesmo ano nos
dução, potência, concelho de localização e regime re- termos do regime vigente à data da publicação do presente
muneratório aplicável, para conhecimento e divulgação decreto-lei;
pública. b) A potência resultante do disposto na alínea anterior
é atribuída numa base mensal pelo período que restar até
2 — O operador da rede de distribuição e os comer- 31 de Dezembro de 2010.
cializadores de electricidade devem registar-se no SRM
e aderir ao sistema de comunicações electrónico. Artigo 5.º
Registos e pedidos de registo anteriores
Artigo 13.º- A
1 — Os registos atribuídos até à data da publicação
Condomínios do presente decreto-lei mantêm-se, passando a reger-se
1 — O registo para instalação por condómino promo- pelo disposto no presente decreto-lei, com as adaptações
tor de uma unidade de microprodução em parte comum decorrentes do estabelecido nos números seguintes.
de edifício organizado em propriedade horizontal ou a 2 — Os registos enquadrados no regime remunerató-
utilização de parte comum para passagem de cabelagem rio bonificado vigente à data da publicação do presente
ou outros componentes da microprodução é precedido decreto-lei e os registos atribuídos até à mesma data,
de autorização da respectiva assembleia de condóminos. cujas instalações de microprodução entrem em exploração
2 — A autorização é solicitada à respectiva assem- até final de 2010, mantêm a aplicação daquele regime,
bleia de condóminos pelo condómino promotor da mi- considerando-se atribuídas as potências iniciais e adicio-
croprodução, com pelo menos 70 dias de antecedência nais de 10 MW.
relativamente à data prevista para a inscrição para re- 3 — Os pedidos de registo com inscrição realizada no
gisto, devendo o pedido ser acompanhado de descrição SRM à data da publicação do presente decreto-lei, abre-
da instalação, local de implantação prevista na parte viadamente designados de pré-registos, são convertidos
comum e todos os detalhes da utilização pretendida em inscrição nos termos do presente decreto-lei, desde
das partes comuns. que esta inscrição se conclua no prazo de cinco dias após
3 — Após a solicitação, a assembleia de condóminos a entrada em vigor, mantendo-se a ordem de precedência
delibera até ao limite do prazo referido no número an- em que se encontram.
terior, por maioria representativa dos votos correspon- 4 — O não cumprimento do disposto no número anterior
dentes a dois terços do valor total do prédio. determina a perda da precedência.
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Artigo 6.º f) «Potência instalada» a potência, em quilowatt, dos


Norma revogatória
equipamentos de produção de electricidade;
g) «Potência de ligação» a potência máxima ou, no caso
São revogados a alínea m) do artigo 2.º, o n.º 5 do ar- de instalações com inversor, a potência nominal de saída
tigo 4.º, o artigo 16.º, a alínea b) do n.º 1 do artigo 23.º e o deste equipamento, em quilowatt, que o produtor pode
artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 363/2007, de 2 de Novembro, injectar na Rede Eléctrica de Serviço Público (RESP);
alterado pela Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro. h) «Ponto de ligação» o ponto que estabelece a fron-
teira entre a instalação de microprodução e a rede a que
Artigo 7.º se encontra ligada;
Republicação
i) «Produtor» a entidade titular de um registo para a
produção de electricidade por intermédio de uma unidade
É republicado, em anexo ao presente decreto-lei, do de microprodução, nos termos do presente decreto-lei;
qual faz parte integrante, o Decreto-Lei n.º 363/2007, de j) «RESP» a Rede Eléctrica de Serviço Público;
2 de Novembro, com a redacção actual. l) «SRM» o Sistema de Registo de Microprodução que
constitui uma plataforma electrónica de interacção entre a
Artigo 8.º Administração Pública e os produtores, acessível através
do Portal Renováveis na Hora;
Entrada em vigor
m) (Revogada.)
Os artigos 1.º e 3.º entram em vigor 45 dias após a Artigo 3.º
publicação do presente decreto-lei. Âmbito
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 8 de 1 — O presente decreto-lei aplica-se à microprodução
Julho de 2010. — José Sócrates Carvalho Pinto de Sou- de electricidade a partir de recursos renováveis e à micro-
sa — Emanuel Augusto dos Santos — José Manuel San- produção de electricidade e calor em cogeração, ainda que
tos de Magalhães — Fernando Medina Maciel Almeida não renovável mediante a utilização de uma unidade ou
Correia — Fernanda Maria Rosa do Carmo Julião. instalação monofásica ou trifásica, em baixa tensão, com
Promulgado em 1 de Outubro de 2010. potência de ligação até 5,75 kW.
2 — O presente decreto-lei aplica-se igualmente aos
Publique-se. condomínios que integrem seis ou mais fracções, em que
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. sejam utilizadas instalações trifásicas com uma potência
até 11,04 kW.
Referendado em 6 de Outubro de 2010. 3 — Em qualquer dos casos referidos nos números an-
O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto teriores, a microprodução tem que ter por base uma só
de Sousa. tecnologia de produção.
ANEXO
Artigo 4.º
Republicação do Decreto-Lei n.º 363/2007,
de 2 de Novembro Acesso à actividade de produção
1 — Podem ser produtores de electricidade por inter-
CAPÍTULO I médio de unidades de microprodução as entidades que
preencham os seguintes requisitos:
Disposições gerais
a) Disponham de uma instalação de utilização de energia
Artigo 1.º eléctrica com consumo efectivo de energia e que sejam
Objecto
titulares de contrato de compra e venda de electricidade
em baixa tensão celebrado com um comercializador;
O presente decreto-lei estabelece o regime jurídico b) A unidade se destine a ser instalada no local servido
aplicável à produção de electricidade por intermédio de pela instalação eléctrica de utilização;
instalações de pequena potência, adiante designadas por c) A potência da unidade de microprodução não seja
unidades de microprodução. superior a 50 % da potência contratada no contrato referido
na alínea a).
Artigo 2.º
Siglas e definições
2 — O requisito previsto na alínea c) do número ante-
rior não é aplicável se a instalação eléctrica de utilização
Para efeitos do presente decreto-lei, são utilizadas as estiver em nome de condomínio que integre seis ou mais
seguintes siglas e definições: fracções.
3 — O acesso à actividade de microprodução de elec-
a) «Comercializador» a entidade titular da licença de
tricidade está sujeito a registo e subsequente obtenção de
comercialização de electricidade;
certificado de exploração da instalação, nos termos do
b) «Comercializador de último recurso» a entidade titu-
presente decreto-lei.
lar de licença de comercialização de electricidade sujeita
4 — O membro do Governo responsável pela área da
a obrigações de serviço universal;
energia pode determinar, mediante despacho a publicar
c) «DGEG» a Direcção-Geral de Energia e Geologia;
no SRM:
d) «DRE» a direcção regional de economia competente;
e) «Potência contratada» o limite da potência estabele- a) Os termos da suspensão do registo ou a sua sujei-
cida no dispositivo controlador da potência de consumo; ção a limitações, com vista a propiciar o cumprimento de
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prioridades da política energética ou a sua relação com h) No caso de instalações que utilizem a energia eólica,
outras políticas sectoriais, nomeadamente as destinadas ao ou que estejam localizadas em locais de livre acesso ao
equilíbrio regional, ou a assegurar a boa gestão do acesso público, possuir um seguro de responsabilidade civil, nos
à actividade de microprodução e a optimização da gestão termos a definir mediante por portaria conjunta dos mem-
das capacidades de injecção e recepção de electricidade bros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e
na RESP; da economia.
b) A utilização de procedimentos especiais para o acesso
ao registo, quando tal se justifique relativamente a registos Artigo 7.º
no âmbito da tarifa bonificada.
Competências da DGEG
5 — (Revogado.) 1 — Compete à DGEG a coordenação do processo de
6 — O acesso à actividade de microprodução pode ser
gestão da microprodução, nomeadamente:
restringido mediante comunicação pelo operador da rede
de distribuição, nos casos em que a instalação de utilização a) Criar, manter e gerir o SRM destinado ao registo das
esteja ligada a um posto de transformação cujo somatório unidades de microprodução;
da potência dos registos aí ligados ultrapasse o limite de b) Realizar as inspecções necessárias à emissão do cer-
25 % da potência do respectivo posto de transformação. tificado de exploração, directamente ou através de técnicos
7 — A restrição prevista no número anterior é aplicável contratados para o efeito;
apenas aos pedidos de registo recebidos pelo SRM após c) Proceder ao registo da instalação de microprodução
cinco dias úteis da comunicação pelo operador da rede de e emitir o respectivo certificado de exploração, nos termos
distribuição ao SRM das instalações eléctricas de utilização
do presente decreto-lei;
abrangidas.
d) Criar e manter uma base de dados de elementos tipo,
Artigo 5.º que integrem os equipamentos para as diversas soluções
de unidades de microprodução;
Direitos do produtor e) Manter a lista das entidades instaladoras devidamente
No âmbito do exercício da actividade de produção de actualizada;
electricidade, o produtor tem o direito de: f) Constituir uma bolsa de equipamentos certificados,
mantendo uma lista actualizada no SRM;
a) Estabelecer uma unidade de microprodução por cada
g) Controlar a emissão dos certificados dos equipamen-
instalação eléctrica de utilização;
b) Ligar a unidade de microprodução à RESP, após tos fornecidos pelos fabricantes, importadores, seus repre-
a emissão do certificado de exploração e celebração do sentantes e entidades instaladoras, nos termos previstos no
respectivo contrato de compra e venda de electricidade, presente decreto-lei;
nos termos dos artigos 12.º-A a 20.º; h) Aprovar os formulários e instruções necessários ao
c) Vender a totalidade da electricidade produzida, líquida bom funcionamento do SRM de acordo com as funções
do consumo dos serviços auxiliares, nos termos e com os que lhe estão atribuídas pelo presente decreto-lei;
limites estabelecidos no presente decreto-lei. i) Fornecer aos interessados e divulgar no SRM infor-
mação relativamente às diversas soluções de microprodu-
Artigo 6.º ção de electricidade e (ou) calor, designadamente as suas
Deveres do produtor vantagens e inconvenientes.
Sem prejuízo do cumprimento da legislação e regula- 2 — O director-geral de Energia e Geologia pode de-
mentação aplicáveis, o produtor deve: signar mediante celebração de protocolo homologado pelo
a) Entregar a totalidade da electricidade produzida, membro do Governo responsável pela área da energia, pelo
líquida do consumo dos serviços auxiliares, à rede pública prazo de quatro anos renováveis, entidades legalmente
de distribuição em baixa tensão (BT); constituídas e reconhecidas para desempenhar as funções
b) Produzir electricidade apenas a partir da fonte de no âmbito das competências previstas nas alíneas a) a g)
energia registada nos termos do presente decreto-lei; do número anterior.
c) Consumir o calor produzido no caso de produção 3 — As funções que se integram no âmbito das com-
em co-geração; petências previstas nas alíneas a) a f) do n.º 1 por podem
d) Celebrar um contrato de compra e venda de electri- ser, nos termos do número anterior, desempenhadas por
cidade, nos termos do artigo 19.º; entidade legalmente constituída e reconhecida para aprovar
e) Prestar à DGEG, ou a entidade designada por esta, projectos e inspeccionar instalações eléctricas.
à DRE, ao comercializador com que se relaciona e ao 4 — A função que se integra no âmbito da competência
operador da rede de distribuição todas as informações que
prevista na alínea g) do n.º 1 pode ser, nos termos do n.º 2,
lhe sejam solicitadas;
f) Permitir e facilitar o acesso do pessoal técnico da desempenhada por organismo de certificação acreditado no
DGEG, ou da entidade designada por esta, da DRE, do âmbito do Sistema Português de Qualidade para proceder
comercializador com que se relaciona e do operador da rede à certificação de equipamentos eléctricos de acordo com
de distribuição à unidade de microprodução, no âmbito das a Norma 45011.
suas competências, para efeitos do presente decreto-lei; 5 — O director-geral de Energia e Geologia aprova,
g) Suportar os custos da ligação à RESP, nos termos do mediante despacho publicado no SRM, um guia técnico e
Regulamento de Relações Comerciais, incluindo o respec- de qualidade para as instalações de microprodução que se
tivo contador de venda; justifiquem para o adequado funcionamento do sistema.
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Artigo 8.º Artigo 10.º


Entidades instaladoras da microprodução Regime geral

1 — A actividade de instalação de unidades de micro- 1 — Todos os produtores que não obtenham acesso ao
produção é desenvolvida por entidades instaladoras de regime bonificado são considerados no regime geral.
microprodução e depende de registo no SRM. 2 — A tarifa de venda de electricidade é igual ao custo
2 — Podem exercer a actividade de instalação de uni- da energia do tarifário aplicável pelo comercializador de
dades de microprodução empresários em nome indivi- último recurso do fornecimento à instalação de consumo.
dual ou sociedades comerciais com alvará emitido pelo
InCI — Instituto da Construção e do Imobiliário, I. P., para Artigo 11.º
a execução de instalações de produção de electricidade. Regime bonificado
3 — Cada entidade instaladora deve dispor de um téc-
1 — No regime bonificado, o produtor é remunerado
nico responsável pela execução de instalações eléctricas com base na tarifa de referência que vigorar à data da
de serviço particular. emissão do certificado de exploração.
4 — A DGEG, ou a entidade designada por esta, ac- 2 — A tarifa é devida desde o início do fornecimento
tualiza periodicamente a lista das entidades instaladoras à rede.
registadas no SRM. 3 — A tarifa é aplicável durante um total de 15 anos
contados desde o 1.º dia do mês seguinte ao do início do
CAPÍTULO II fornecimento, subdivididos em dois períodos, o primeiro
com a duração de 8 anos e o segundo com a duração dos
Remuneração e facturação subsequentes 7 anos.
4 — A aplicação do regime remuneratório bonificado
Artigo 9.º caduca quando o produtor comunique ao SRM a renúncia
à sua aplicação, ou no final do período de 15 anos referido
Regimes remuneratórios no número anterior, ingressando o produtor no regime
1 — O produtor tem acesso a um dos seguintes regimes remuneratório geral.
remuneratórios: 5 — A tarifa de referência é fixada em € 400/MWh
para o primeiro período e em € 240/MWh para o segundo
a) O regime geral, aplicável a todos os que tenham ace- período, nos termos do n.º 3, sendo o valor de ambas as tari-
dido à actividade de microprodução e não se enquadrem fas sucessivamente reduzido anualmente em € 20/MWh.
no regime bonificado, nos termos do presente decreto-lei; 6 — O tarifa a aplicar varia consoante o tipo de energia
b) O regime bonificado. primária utilizada, sendo determinada mediante a aplicação
das seguintes percentagens:
2 — O regime previsto na alínea b) do número anterior a) Solar — 100 %;
é aplicável a produtores que preencham cumulativamente b) Eólica — 80 %;
os seguintes requisitos: c) Hídrica — 40 %;
a) A potência de ligação da respectiva unidade de mi- d) Co-geração a biomassa — 70 %;
croprodução não seja superior a 3,68 kW, ou no caso dos e) Pilhas de combustível com base em hidrogénio pro-
condomínios, a 11,04 kW; veniente de microprodução renovável — percentagem pre-
b) A unidade de microprodução utilize uma das fontes vista nas alíneas anteriores aplicável ao tipo de energia
renovável utilizado para a produção do hidrogénio;
de energia previstas no n.º 6 do artigo 11.º;
f) Co-geração não renovável — 40 %.
c) O local de consumo associado à microprodução dis-
ponha de colectores solares térmicos com um mínimo de 7 — A electricidade vendida nos termos dos números
2 m² de área útil de colector ou de caldeira a biomassa com anteriores é limitada a 2,4 MWh/ano, no caso das alíneas a)
produção anual de energia térmica equivalente. e b) do número anterior, e a 4 MWh/ano, no caso das res-
tantes alíneas deste mesmo número, por cada quilowatt
3 — O regime bonificado é ainda aplicável: instalado.
a) Aos produtores que preencham os requisitos previstos 8 — A potência de ligação que, em cada ano civil, pode
nas alíneas a) e b) do número anterior e cuja unidade de ser objecto de registo para microprodução, no âmbito do
microprodução seja uma co-geração e esteja a integrada regime bonificado, não pode ser superior à quota anual
no aquecimento do edifício; de 25 MW.
9 — O SRM encerra automaticamente o procedimento
b) Aos condomínios, mediante uma auditoria energética
de registo, no âmbito do regime bonificado, logo que a
e desde que a implementação de medidas de eficiência soma das potências resultantes das inscrições realizadas
energética identificadas na auditoria preveja um retorno num dado ano atinja o valor correspondente ao somatório
até dois anos. da quota anual que estiver estabelecida nos termos do
número anterior para esse ano, acrescida de metade da
4 — O acesso a um dos regimes remuneratórios previs- quota anual prevista para o ano seguinte.
tos no n.º 1 é solicitado pelo promotor aquando do registo 10 — Mediante despacho a publicar no SRM até 31 de
e está sujeito à verificação do cumprimento do disposto Dezembro de cada ano, o director-geral da Energia e Geo-
nos números anteriores. logia divulga o valor da tarifa aplicável no ano seguinte e a
5 — No âmbito do presente decreto-lei apenas é remu- quota de potência de ligação a alocar nesse ano, tendo em
nerada a energia activa entregue à RESP. conta o disposto nos n.os 5 e 8 do presente artigo e o n.º 1
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do artigo 11.º-A, e eventuais saldos de potência resultantes 7 — O disposto nos n.os 1 a 5 é aplicável à produção de
de anos anteriores, estabelecendo ainda a programação electricidade, incluindo a produção em co-geração, com
temporal da referida alocação de potência para a totalidade potência de ligação até 5 kW, realizada ao abrigo de outros
do ano a que respeita, através do sistema de registos. regimes jurídicos de acesso à produção de electricidade
desde que esta não seja remunerada através de tarifas de
Artigo 11.º- A mercado.
Registos de interesse público
1 — O membro do Governo responsável pela área da CAPÍTULO III
energia, mediante despacho a publicar no SRM, pode reser- Registo e ligação à rede
var uma percentagem de até 5 % da quota de potência que
vigorar nos termos do artigo anterior, a qual integra uma Artigo 12.º-A
bolsa de registos de interesse público a atribuir a entidades
que prestem serviços de carácter social, nomeadamente SRM
estabelecimentos na área da saúde, educação, solidariedade 1 — O SRM assegura, nomeadamente, as seguintes
e protecção social, bem como na área da defesa e segurança funções:
e outros serviços do Estado ou das autarquias locais.
2 — O membro do Governo responsável pela área da a) A autenticação dos utilizadores através de códigos que
energia, ouvidas as entidades do sector, actualiza, mediante permitam o acesso à informação acessível no SRM;
portaria, o valor da tarifa de referência, podendo, ainda, b) A indicação dos dados de identificação dos promo-
proceder a ajustamentos às percentagens definidas no n.º 6 tores e produtores;
do artigo 11.º ou às quotas estabelecidas no n.º 8 do ar- c) O preenchimento electrónico dos elementos necessá-
tigo 11.º e no número anterior, tendo em vista assegurar a rios ao registo da microprodução e à entrega dos elementos
sua adequação aos objectivos da política energética, à sua necessários à sua apreciação;
relação com outras políticas sectoriais, e à evolução dos d) O pagamento da taxa devida pela apreciação do pro-
mercados ou ao equilíbrio regional. cesso de registo e outras taxas previstas na portaria referida
no n.º 3 do artigo 23.º, por via electrónica;
Artigo 12.º e) O preenchimento electrónico do pedido de inspecção
ou reinspecção;
Facturação, contabilidade e relacionamento comercial
f) A recolha de informação que permita o contacto entre
1 — Só o comercializador que fornece electricidade para os serviços competentes e os promotores ou produtores e
consumo da instalação eléctrica de utilização do produtor seus representantes constituídos;
pode celebrar contrato de compra e venda da electricidade g) A certificação da data e da hora em que os pedidos
resultante da microprodução, devendo assegurar o seu e outras declarações ou informações são apresentados,
pagamento, nos termos do presente decreto-lei. bem como as inscrições, os registos, as inspecções ou as
2 — O pagamento referido no número anterior é feito reinspecções e os certificados de exploração e respectivos
directamente ao produtor, mediante transferência bancária, averbamentos foram atribuídos, através do SRM;
juntamente e com a periodicidade dos pagamentos relativos h) A não validação ou não recepção dos pedidos que
ao consumo facturado à instalação eléctrica de utilização, não preencham os requisitos de acesso ou de pagamento
sem prejuízo do disposto no número seguinte. das taxas de que depende o seu seguimento;
3 — Nos casos em que o produtor celebre contrato de i) A consulta do estado do pedido, a todo o momento,
financiamento para a aquisição da instalação de micropro- pelos requerentes inscritos ou registados;
dução e desde que obtenha o acordo do banco ou entidade j) A emissão de relação actualizada periodicamente das
de crédito contratante, tem a faculdade de optar pela re- inscrições concluídas, registos e certificados de exploração
alização da amortização do financiamento directamente atribuídos, tipo de tecnologia de microprodução, potência,
pelo respectivo comercializador, por conta da receita de concelho de localização, regime remuneratório aplicável,
venda da electricidade produzida e até ao máximo de 85 % para conhecimento e divulgação pública.
do valor desta, nos termos e com a duração previstos no
contrato de financiamento. 2 — O operador da rede de distribuição e os comer-
4 — A facturação relativa à electricidade resultante da cializadores de electricidade devem registar-se no SRM e
microprodução é processada pelo comercializador nos aderir ao sistema de comunicações electrónico.
termos do n.º 11 do artigo 35.º do Código do IVA, sem 3 — Os comercializadores de electricidade, no prazo de
necessidade de acordo escrito do produtor. 12 meses contados da data da entrada em vigor do presente
5 — No caso de produtores que não se encontrem en- decreto-lei, deverão assegurar a intercomunicabilidade, na
quadrados, para efeitos de IVA, no regime normal de tribu- parte relevante, das respectivas bases de dados de clientes
tação e relativamente às transmissões de bens que venham com o SRM com vista a assegurar o pré-preenchimento
a derivar exclusivamente da microprodução de energia automático dos campos de preenchimento obrigatório que
eléctrica, é aplicável, com as necessárias adaptações, o re- lhes dizem respeito, logo que o inscrito insira o respectivo
gime especial de entrega de imposto previsto no artigo 10.º número de contribuinte.
do Decreto-Lei n.º 122/88, de 20 de Abril, devendo os
comercializadores, em sua substituição, dar cumprimento Artigo 13.º
às obrigações de liquidação e entrega do imposto.
Procedimento de registo no SRM
6 — O rendimento de montante inferior a € 5000, re-
sultante da actividade de microprodução prevista neste 1 — O registo é efectuado e processado electronica-
decreto-lei, fica excluído da tributação em IRS. mente no SRM.
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2 — O procedimento de registo inicia-se com a inscri- unidade de microprodução em nome do condomínio


ção do promotor, seguindo-se a fase de aceitação desta e e as duas unidades de microprodução não possam
termina com a atribuição de potência de ligação de acordo coexistir;
com a programação estabelecida nos termos do n.º 10 do b) Tratando-se de cablagens ou outros componentes, a
artigo 11.º sua instalação coloque em risco efectivo a segurança de
3 — O registo tem-se por concluído com a atribuição pessoas ou bens ou prejudique a linha arquitectónica do
de potência de ligação nos termos previstos no número edifício;
anterior. c) O condómino promotor não garanta o pagamento dos
4 — O registo torna-se definitivo com a emissão do res- encargos de instalação e manutenção da microprodução
pectivo certificado de exploração, a disponibilizar também ou seus componentes nas partes comuns.
no SRM, após a instalação da unidade de microprodução
pelo produtor. 5 — O registo para instalação de unidade de micro-
5 — A inspecção da microprodução é solicitada, através produção, em nome do condomínio, o eventual recurso
do SRM, no prazo de quatro meses contados da data do a financiamento e as condições deste são deliberadas por
registo, sob pena de caducidade deste. maioria dos votos correspondentes a mais de metade do
6 — Quando o produtor registado estiver ao regime valor do prédio.
jurídico da contratação pública, no âmbito da implemen-
tação da microprodução, o prazo de caducidade do registo Artigo 14.º
é de oito meses.
7 — No caso de o produtor pretender efectuar alguma Inspecção
alteração substancial na sua instalação de microprodução, 1 — O certificado de exploração é emitido na sequência
deve proceder a novo registo aplicável à totalidade da de inspecção.
instalação, caducando o registo anterior com a entrada em 2 — A inspecção é efectuada nos 10 dias subsequentes
exploração da nova instalação. ao pedido de inspecção, devendo o dia e hora da sua reali-
8 — Considera-se substancial a alteração da unidade zação ser comunicados ao produtor e técnico responsável
de microprodução que não se enquadre no disposto no através do SRM.
artigo 20.º 3 — Na inspecção é verificado se a unidade de mi-
9 — O membro do Governo responsável pela área da croprodução está executada de acordo com o disposto
energia define, mediante despacho a publicar no SRM, no presente decreto-lei e regulamentação em vigor, se a
os elementos instrutórios do pedido de registo, a mar- instalação de utilização cumpre os requisitos previstos
cha do respectivo procedimento e os termos da recusa nos artigos 9.º e 11.º para acesso ao regime bonificado,
de registo e demais instruções destinadas a assegurar se o respectivo contador cumpre as especificações e
o disposto no presente artigo e no artigo 12.º-A, sem está correctamente instalado e devidamente selado de
prejuízo do previsto no n.º 4 do artigo 4.º e no n.º 7 do origem, e são efectuados os ensaios necessários para
artigo 19.º verificar o adequado funcionamento dos equipamen-
tos.
Artigo 13.º- A 4 — Na inspecção deve estar sempre presente o téc-
Condomínios nico responsável por instalações eléctricas de serviço
particular ou seu substituto credenciado, ao serviço da
1 — O registo para instalação por condómino promo- entidade instaladora, ao qual compete esclarecer todas
tor de uma unidade de microprodução em parte comum as dúvidas que possam ser suscitadas no acto da ins-
de edifício organizado em propriedade horizontal ou a pecção.
utilização de parte comum para passagem de cabelagem 5 — Concluída a inspecção, o inspector entrega ao téc-
ou outros componentes da microprodução, é precedida nico responsável cópia do relatório da inspecção e suas
de autorização da respectiva assembleia de condómi- conclusões, registando-os no SRM.
nos. 6 — Se o relatório da inspecção concluir pela existência
2 — A autorização é solicitada à respectiva assembleia de não conformidades, o produtor deve proceder no sentido
de condóminos pelo condómino promotor da micropro- de colmatar as deficiências indicadas.
dução, com pelo menos 70 dias de antecedência relati-
vamente à data prevista para a inscrição para registo, Artigo 15.º
devendo o pedido ser acompanhado de descrição da ins-
talação, local de implantação prevista na parte comum Reinspecção
e todos os detalhes da utilização pretendida das partes 1 — Sempre que na inspecção prevista no artigo anterior
comuns. sejam detectadas deficiências que não permitam a emissão
3 — Após a solicitação, a assembleia de condóminos de certificado de exploração, o produtor deve solicitar
delibera até ao limite do prazo referido no número anterior, reinspecção no SRM, até ao máximo de três, observando-
por maioria representativa dos votos correspondentes a -se com as necessárias adaptações o disposto no n.º 2 do
dois terços do valor total do prédio. artigo anterior.
4 — A assembleia de condóminos só pode opor-se à 2 — O produtor dispõe do prazo de 30 dias contados
instalação da microprodução ou seus componentes pre- da inspecção ou da última reinspecção para proceder às
vistos no n.º 1, quando:
correcções necessárias e solicitar nova reinspecção, até
a) Tratando -se de instalação de unidade de mi- ao limite máximo de reinspecções admitidas nos termos
croprodução, a assembleia de condóminos tenha já do número anterior.
deliberado ou, na sequência da solicitação do condó- 3 — A ligação à RESP da unidade de microprodução
mino promotor, delibere promover a instalação de uma não é autorizada enquanto se mantiverem deficiências
4834-(14) Diário da República, 1.ª série — N.º 207 — 25 de Outubro de 2010

que não permitam a emissão de certificado de exploração, Artigo 19.º


procedendo-se, após a terceira reinspecção sem concluir Contrato de compra e venda de electricidade e ligação à rede
pela emissão de parecer favorável para início da explo-
ração, ao cancelamento do registo da unidade de micro- 1 — No prazo de 10 dias após a emissão do certificado
produção. de exploração, ainda que provisório nos termos do n.º 7, o
4 — A não realização de reinspecção por motivo impu- produtor adere ao contrato de comercialização cuja minuta
tável ao produtor implica o cancelamento do registo. deve estar disponibilizada no sítio da Internet do comer-
cializador identificado no registo da instalação, o qual, no
Artigo 16.º mesmo prazo, é ainda avisado da referida emissão, através
do SRM, com vista à conclusão do contrato de compra
(Revogado.) e venda de electricidade oriunda da microprodução ao
respectivo produtor.
Artigo 17.º 2 — No prazo de 10 dias após a adesão do produtor ao
Contagem e disponibilização de dados contrato de comercialização, o comercializador dá conhe-
cimento ao SRM da conclusão deste.
1 — O sistema de contagem de electricidade e os 3 — O contrato de compra e venda de electricidade pre-
equipamentos que asseguram a protecção da interliga- visto no n.º 1 deve seguir o modelo de contrato aprovado
ção devem ser colocados em local de acesso livre ao pela Direcção-Geral de Energia e Geologia.
comercializador e ao operador da rede de distribuição, 4 — Após a comunicação de celebração do contrato
bem como às entidades competentes para efeitos do pre- de comercialização, o SRM avisa o operador da rede de
sente decreto-lei, salvo situações especiais autorizadas distribuição para proceder à ligação da unidade de micro-
pela DGEG. produção à RESP.
2 — A contagem da electricidade produzida é feita por 5 — O operador da RESP deve proceder à ligação da
telecontagem mediante contador bidireccional, ou contador unidade de microprodução, no prazo máximo de 10 dias
que assegure a contagem líquida dos dois sentidos, autó- após o aviso do SRM.
nomo do contador da instalação de consumo. 6 — A data de ligação à rede pública deve ser actuali-
3 — Não é aplicável aos produtores de unidades de zada no SRM pelo operador da rede de distribuição.
microprodução a obrigação de fornecimento de energia 7 — Nos casos em que a inspecção ou reinspecção, por
reactiva. motivos não imputáveis ao produtor registado, não tenha
4 — Os comercializadores de electricidade e os ope- ocorrido no prazo legalmente estabelecido para a sua rea-
radores de rede de distribuição devem disponibilizar à lização, acrescido de uma dilação de três dias, a entidade
ERSE as informações necessárias à correcta facturação responsável pelo SRM emite certificado de exploração
dos diferentes intervenientes. com carácter provisório.

Artigo 18.º Artigo 20.º


Controlo de certificação de equipamentos Averbamento de alterações ao registo

1 — Os fabricantes, importadores, seus representantes e 1 — Em caso de alteração da titularidade do con-


entidades instaladoras devem comprovar junto da entidade trato de compra de electricidade para a instalação de
responsável pelo SRM que os seus equipamentos estão utilização no local de consumo onde está instalada a
certificados e qual a natureza da certificação, devendo unidade de microprodução, ou mudança de comercia-
aquela entidade proceder à respectiva disponibilização lizador, o novo titular deve solicitar o averbamento ao
no SRM. registo da microprodução da alteração de titularidade,
2 — Estes equipamentos devem estar certificados por mantendo-se inalteradas as demais condições constantes
um organismo de certificação, de acordo com o sistema do registo.
n.º 5 da ISO/IEC. 2 — Estão também sujeitas a averbamento no SRM
3 — Os equipamentos certificados nos termos do a mudança de local da instalação e a mudança de
número anterior devem satisfazer os requisitos defi- tecnologia de produção, desde que se mantenham o
nidos nas normas europeias aplicáveis a cada tipo de mesmo produtor e as demais condições do registo, mas
equipamento e que tenham sido publicadas pelo CEN/ o averbamento destas alterações dependem de nova
CENELEC. inspecção.
4 — Caso não tenham sido estabelecidas e publicadas 3 — Nos casos previstos nos números anteriores, o re-
normas europeias, cada tipo de equipamento deve satis- gime remuneratório aplicado à microprodução mantém-se
fazer os requisitos das normas internacionais publicadas pelo prazo remanescente, sem prejuízo da celebração de
pela ISO/IEC. novo contrato de venda da electricidade com o comercia-
5 — Quando não existam as normas referidas nos n.os 3 lizador.
e 4 os equipamentos devem estar de acordo com: 4 — O averbamento da alteração prevista no n.º 2 pode
ser recusado por razões de ordem técnica, nomeadamente
a) As normas ou especificações portuguesas relativas ao as previstas no n.º 6 do artigo 4.º
equipamento em causa e que sejam indicadas pelo Instituto
Português da Qualidade, I. P. (IPQ, I. P.); Artigo 21.º
b) As normas ou especificações nacionais em vigor no
Reconhecimento de investimentos e custos
Estado membro em que o equipamento foi produzido,
desde que o IPQ, I. P., reconheça que garantem as condi- 1 — O comercializador, que celebre um contrato
ções equivalentes às estabelecidas nos n.os 3 e 4. de compra e venda de electricidade nos termos do
Diário da República, 1.ª série — N.º 207 — 25 de Outubro de 2010 4834-(15)

artigo 19.º, pode vender a electricidade adquirida ao b) A violação do disposto nas alíneas a) a d) do ar-
comercializador de último recurso nas mesmas condi- tigo 6.º;
ções, nos termos a definir no Regulamento de Relações c) A violação do disposto nos n.os 1, 2 e 3 do artigo 8.º;
Comerciais. d) Vender electricidade através do regime bonificado
2 — O reconhecimento dos custos de aquisição de sem cumprir as condições estabelecidas na alínea b) do
energia pelo comercializador de último recurso de n.º 1 do artigo 9.º;
acordo com os regimes previstos no artigo 9.º é rea- e) A violação do disposto nos n.os 1 e 4 do artigo 12.º;
lizado de acordo com o estabelecido no artigo 55.º do f) A violação do disposto no n.º 7 do artigo 13.º;
Decreto-Lei n.º 172/2006, de 23 de Agosto, na redacção g) A ligação ou alteração da unidade de microprodução à
que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 264/2007, de 24 rede de distribuição pública em inobservância ao disposto
de Julho. nos artigos 13.º, 14.º e 15.º;
3 — O reconhecimento para efeitos tarifários dos in- h) A violação do disposto nos n.os 1 e 2 do artigo 19.º
vestimentos e custos incorridos pelo comercializador de
último recurso com a implementação ou alteração dos 2 — Constitui contra-ordenação punível com coima de
sistemas informáticos de facturação e outros, necessários € 250 a € 1750, no caso de pessoas singulares, e de € 500
para a execução do presente decreto -lei é realizado nos a € 20 000, no caso de pessoas colectivas:
termos previstos no artigo 62.º do Decreto-Lei n.º 29/2006,
de 15 de Fevereiro. a) A violação do disposto nas alíneas e) e f) do artigo 6.º;
b) A violação do disposto no n.º 3 do artigo 22.º;
c) Solicitar a inspecção sem que a instalação esteja
CAPÍTULO IV concluída.
Disposições finais 3 — A negligência é punível, sendo os limites mínimos
e máximos das coimas aplicáveis reduzidas a metade.
Artigo 22.º 4 — Conjuntamente com as coimas previstas no pre-
Monitorização e controlo sente artigo pode ser aplicada, em função da gravidade
da infracção e da culpa do agente, a sanção acessória
1 — As unidades de microprodução ficam sujeitas à de perda do direito ao regime bonificado e aplicação do
monitorização e controlo pela entidade responsável pelo regime geral nos casos previstos nas alíneas a), b), d) e
SRM, para verificar as condições de protecção da interliga- f) do n.º 1.
ção com a RESP e as características da instalação previstas 5 — A DGEG procede à instrução dos processos de
no registo. contra-ordenação e sanção acessória, sendo o seu director-
2 — A monitorização prevista no número anterior -geral competente para a aplicação das coimas.
abrange anualmente pelo menos 1 % das instalações re- 6 — O produto resultante da aplicação das coimas re-
gistadas, podendo as instalações ser seleccionadas por verte em 60 % para o Estado e em 40 % para a DGEG.
amostragem e sorteio.
3 — Para efeitos do número anterior, os produtores Artigo 25.º
devem facilitar o acesso às respectivas instalações de pro-
dução à entidade responsável pelo SRM. Regiões Autónomas
1 — O presente decreto-lei aplica-se às Regiões Autó-
Artigo 23.º nomas, sem prejuízo das adaptações decorrentes da apli-
Taxas cação do disposto no número seguinte, bem como das
especificidades do exercício das actividades de produção,
1 — Estão sujeitos a pagamento de taxa os seguintes transporte, distribuição e comercialização de electricidade
actos: nas Regiões Autónomas.
a) Registo da instalação de microprodução; 2 — As competências cometidas pelo presente
b) (Revogada.) decreto-lei à DGEG, ou a entidade com competências
c) Averbamento de alterações ao registo, previstas no delegadas por esta, e a serviços ou outros organismos
artigo 20.º da administração central são exercidas pelos corres-
pondentes serviços e organismos das administrações
2 — As taxas previstas no número anterior são liquida- regionais com idênticas atribuições e competências, ou
das à entidade responsável pelo SRM, constituindo receita pelas entidades com competências delegadas por estes,
desta. sem prejuízo das competências de outras entidades de
3 — Os montantes das taxas são definidos por por- actuação com âmbito nacional.
taria do membro do Governo responsável pela área da
energia. Artigo 26.º
Artigo 24.º Legislação aplicável
Contra-ordenações e sanções acessórias
Sem prejuízo do disposto no artigo 21.º, não se aplicam
1 — Constitui contra-ordenação punível com coima de os regimes constantes dos Decretos-Leis n.os 68/2002, de
€ 500 a € 2500, no caso de pessoas singulares, e de € 1000 25 de Março, e 312/2001, de 10 de Dezembro.
a € 40 000, no caso de pessoas colectivas:
Artigo 27.º
a) A violação do disposto na alínea c) do n.º 1 do ar-
tigo 4.º; (Revogado.).
4834-(16) Diário da República, 1.ª série — N.º 207 — 25 de Outubro de 2010

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