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Trabalho realizado por:

 Alexandre Nunes
 Elsa Cruz
 Henrique Silva
 Sónia Mesquita
LEGISLAÇÃO NACIONAL NO DOMÍNIO DO AMBIENTE

Principais diplomas legais em 2010

GENERALIDADES

- Aviso nº 3941/2010, de 24 de Fevereiro (2ª série), da Agência Portuguesa do Ambiente -


Lista das Organizações Não-Governamentais de Ambiente (ONGA) e Equiparadas inscritas no
Registo Nacional das ONGA e Equiparadas até 31 de Dezembro de 2009.
- Aviso nº 3942/2010, de 24 de Fevereiro (2ª série), da Agência Portuguesa do Ambiente -
Publicação da listagem dos extractos dos actos realizados até 31 de Dezembro de 2009 que
determinaram a inscrição, modificação, suspensão ou anulação do registo, das Organizações Não-
Governamentais de Ambiente (ONGA) e Equiparadas inscritas no Registo Nacional das ONGA e
Equiparadas.
- Portaria nº 198/2010, de 14 de Abril - Altera os anexos I, III e IV da Portaria n.º 394/2008,
de 5 de Junho, que aprova os Estatutos da Administração da Região Hidrográfica do Norte, I. P.,
os Estatutos da Administração da Região Hidrográfica do Centro, I. P., os Estatutos da
Administração da Região Hidrográfica do Tejo, I. P., os Estatutos da Administração da Região
Hidrográfica do Alentejo, I. P., e os Estatutos da Administração da Região Hidrográfica do Algarve,
I. P.
- Lei nº 3-A/2010, de 28 de Abril - Grandes Opções do Plano para 2010-2013.
- Lei nº 3-B/2010, 28 de Abril - Orçamento do Estado para 2010
- Portaria nº 314/2010, de 14 de Junho - Define as taxas devidas pelos actos e serviços
prestados pelas comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) e revoga a Portaria
nº 393/2004, de 16 de Abril.

ÁGUA

- Portaria nº 91/2010, de 11 de Fevereiro - Procede à classificação de várias albufeiras de


águas públicas de serviço público como albufeiras públicas de utilização protegida e outra como
albufeira de águas públicas de utilização condicionada.
Declaração de Rectificação nº 12/2010, de 12 de Abril.
- Portaria nº 160/2010, de 15 de Março - Define os critérios para cálculo das taxas relativas à
actividade de regulação estrutural, económica e de qualidade de serviço, devidas pelas entidades
gestoras concessionárias dos serviços multimunicipais e municipais de abastecimento público de
água, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos, à Entidade
Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, I. P. (ERSAR, I. P.).
- Portaria nº 175/2010, de 23 de Março - Define os critérios para cálculo das taxas relativas à
atribuição de regulação da qualidade da água para consumo humano, devidas pelas entidades
gestoras dos serviços de abastecimento público de água para consumo humano à Entidade
Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, I. P. (ERSAR, I. P.).
- Portaria nº 267/2010, de 16 de Abril - Identificação das águas balneares para o ano de 2010.
- Decreto-Lei nº 41/2010, de 29 de Abril - Cria o sistema multimunicipal de abastecimento de
água e de saneamento do Noroeste e constitui a sociedade Águas do Noroeste, S. A., em
substituição do sistema multimunicipal de captação, tratamento e abastecimento de água do norte
da área do Grande Porto, do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento
do Minho-Lima e do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Vale
do Ave.
- Decreto-Lei nº 68/2010, de 15 de Junho - Cria o sistema multimunicipal de triagem, recolha,
valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos das regiões de Lisboa e do Oeste e constitui
a sociedade VALORSUL - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e
do Oeste, S. A., atribuindo-lhe a concessão da exploração e gestão desse sistema. Legislação
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QUALIDADE DO AR

- Despacho nº 451572010, de 15 de Março (2ª série) - Cria a comissão de acompanhamento


local da co-incineração de resíduos perigosos na cimenteira da Cimpor - Indústria de Cimentos, S.
A., em Souselas.
- Resolução do Conselho de Ministros nº 2472010, de 1 de Abril - Aprova a Estratégia
Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas.
- Decreto-Lei nº 30/2010, de 8 de Abril - Quinta alteração ao regime jurídico do comércio de
licenças de emissão de gases com efeito de estufa, aprovado pelo Decreto-Lei nº 233/2004, de 14
de Dezembro, transpondo parcialmente para a ordem jurídica interna a Directiva 2009/29/CE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Abril.

RESÍDUOS

- Decreto-Lei nº 10/2010, de 4 de Fevereiro - Estabelece o regime jurídico a que está sujeita a


gestão de resíduos das explorações de depósitos minerais e de massas minerais.
Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva nº 2006/21/CE, JO L102 2006-4-11, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Março, relativa à gestão dos resíduos das indústrias
extractivas.
- Portaria nº 72/2010, de 4 de Fevereiro - Estabelece as regras respeitantes à liquidação,
pagamento e repercussão da taxa de gestão de resíduos e revoga a Portaria nº 1407/2006, de 18
de Dezembro.
- Despacho nº 3227/2010, de 22 de Fevereiro (2ª série), da Ministra do Ambiente, do
Ordenamento do Território - Aprovação do Programa de Prevenção de Resíduos Urbanos (PPRU)
para o período de 2009-2016.
- Despacho 3862/2010, de 3 de Março (2ª série), do Secretário de Estado do Ambiente -
Concessão à ERP Portugal - Associação Gestora de Resíduos de licença para a gestão de um
sistema integrado de resíduos de pilhas e acumuladores.
- Despacho 3863/2010, de 3 de Março (2ª série), do Secretário de Estado do Ambiente -
Concessão à ECOPILHAS - Sociedade Gestora de Resíduos de Pilhas e Acumuladores, Lda., de
licença para a gestão de um sistema integrado de resíduos de pilhas e acumuladores.
- Portaria nº 165/2010, de 16 de Março - Estabelece um regime excepcional aplicável ao
«Projecto Limpar Portugal»
- Despacho nº 5186/2010, de 23 de Março (2ª série) do Secretário de Estado do Ambiente -
Concessão à GVB - Gestão e Valorização de Baterias, Lda., de licença para a gestão de um sistema
integrado de resíduos de baterias e acumuladores industriais e para veículos automóveis.
- Despacho nº 6839/2010, de 19 de Abril (2ª série), dos Ministérios da Economia, da Inovação
e do Desenvolvimento, das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e do Ambiente e do
Ordenamento do Território - Prorrogação da licença concedida à VALORCAR - Sociedade de Gestão
de Veículos em Fim de Vida, Lda.
- Despacho nº 6844/2010, de 19 de Abril (2ª série), do Gabinete do Secretário de Estado do
Ambiente -Redução do valor da taxa de registo no SIRAPA aos aderentes a uma plataforma de
negociação autorizada pela Agência Portuguesa do Ambiente.
- Portaria nº 228/2010, de 22 de Abril - Define o logótipo para uso por parte das entidades
gestoras das plataformas de negociações no âmbito do mercado organizado de resíduos.
- Despacho nº 7807/2010, de 4 de Maio (2ª série), dos Ministérios da Economia, da Inovação
e do Desenvolvimento e do Ambiente e do Ordenamento do Território - Aprova a tabela de valores
das prestações financeiras a que se refere o nº 1 da cláusula 6ª da licença da AMB3E - Associação
Portuguesa de Gestão de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos a vigorar para o
biénio de 2010-2011. Legislação Nacional no Domínio do Ambiente | principais diplomas
legais em 2010 3 3
SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS

- Decreto-Lei nº 41-A/2010, de 29 de Abril - Regula o transporte terrestre, rodoviário e


ferroviário, de mercadorias perigosas, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva
2006/90/CE, da Comissão, de 3 de Novembro, e a Directiva 2008/68/CE, do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 24 de Setembro.
Declaração de Rectificação nº 18/2010, de 28 de Junho.

PROTECÇÃO DA SAÚDE / AMBIENTE

- Decreto-Lei nº 23/2010, de 25 de Março - Estabelece o regime jurídico e remuneratório


aplicável à energia eléctrica e mecânica e de calor útil produzidos em cogeração, transpondo
para a ordem jurídica interna a Directiva nº 2004/8/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de
11 de Fevereiro.
- Resolução do Conselho de Ministros nº 29/2010, de 15 de Abril - Aprova a Estratégia
Nacional para a Energia 2020.

PARQUES, RESERVAS E ÁREAS PROTEGIDAS

- Portaria nº 2372010, de 11 de Janeiro - Aprova a alteração à delimitação da Reserva


Ecológica Nacional do município de Águeda.
Portaria nº 36/2010, de 13 de Janeiro - Aprova a alteração à delimitação da Reserva Ecológica
Nacional do município de Vila Nova de Cerveira.
Declaração de Rectificação nº 11/2010, de 3 de Março.
- Portaria nº 66/2010, de 1 de Fevereiro - Aprova a alteração à delimitação da Reserva
Ecológica Nacional do município do Bombarral.
- Portaria nº 289/2010, de 27 de Maio - Aprova a alteração à delimitação da Reserva Ecológica
Nacional do município da Moita
- Portaria nº 337/2010, de 16 de Junho - Aprova a alteração à delimitação da Reserva
Ecológica Nacional do município de Cascais.

FAUNA E FLORA

- Portaria nº 7/2010, de 5 de Janeiro - Regulamenta as condições de organização, manutenção


e actualização do Registo Nacional CITES e as condições do exercício das actividades que
impliquem a detenção de várias espécies.
2010-6-30

2010/06/30

http://www.apambiente.pt/listas/Documents/Legisla%C3%A7%C3%A3o/Leg%20Nacional_Junho%202010.pdf
PRINCIPAIS PROBLEMAS DA ACTUALIDADE

 O aumento do efeito de estufa;

 O aquecimento global;

 A Antarctica;

 A desflorestação;

 A Amazonia;

 A destruição da camada de ozono;

 As chuvas ácidas;

 O clima urbano;

 Os resíduos perigosos;

 A escassez de água.

 Efeito Estufa

Os problemas ambientais vividos nos dias de hoje são além de muitos e variados, são
consequência directa da intervenção humana no planeta e em todos os ecossistemas.

Causam desequilíbrios ambientais gravíssimos por todo o planeta comprometendo a vida


de qualquer ser vivo. Um dos principais problemas vividos pela humanidade nos dias de hoje, é o
efeito estufa, trata-se de um fenómeno decorrente do aprisionamento da energia solar que
deveria ser dissipada de volta para o espaço mas que permanecem na atmosfera em função do
aumento da concentração dos chamados gases estufa. Entre os que ocorrem naturalmente estão
vapor de água (H2O), dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e o ozono
(O3).
O Aquecimento global

O aumento da temperatura do planeta é a expressão mais óbvia do aquecimento global.


Assim, a temperatura aumentou cerca de 5ºC nos últimos milhares de anos, prevendo-se que
aumente ainda mais 3º C nos próximos 100 anos.

Quais as consequências:

• Avanço dos desertos (desertificação);

• Subida do nível médio da água do mar;

• Diminuição das calotes polares;

• Modificações em termos agrícolas (introdução de novas espécies vegetais);

• Alargamento da área afectada pelas doenças tropicais.

 A Desflorestação

A destruição das florestas assume um carácter de enorme atentado ambiental, pois as suas
consequências atingem gravemente o ecossistema.

Causas do processo de desflorestação:

• A agricultura de queimada e o derrube de árvores das florestas tropicais;

• A actividade pecuária intensiva e o pastoreio;

• A actividade mineira;

• A extracção de madeiras e a construção de infra-estruturas.

Consequências da desflorestação:

• Redução considerável de oxigénio e do CO2;

• Diminuição da biodiversidade;

• Aumento da erosão dos solos;

• Aumento da desertificação;

• Alterações climáticas ao nível global;

• Põe em risco a vida dos indígenas que habitam as florestas.


 Lixo/ Resíduos e resíduos industriais

O lixo é um dos mais sérios, urgentes e o que causa maiores sequelas, tanto para o meio
ambiente quanto para a saúde da população. O lixo tornou-se uma das grandes preocupações de
ordem sanitária e ambiental.

É de responsabilidade do município a limpeza urbana, a recolha domiciliar e a destinação final do


lixo. Cada uma dessas fases envolve muitos funcionários e equipamentos, acabando por ser
deficitário o serviço, devido à falta de recursos. O lixo que se acumula nas vias públicas,
contentores do lixo, etc. produzem a proliferação de animais nocivos e transmissores de doenças,
polui o solo, o ar e o lençol de água, dificulta o escoamento no período das chuvas causando
danos ao sistema de drenagem de águas pluviais provocando muitas vezes inundações e
desmoronamentos.

Ao longo do tempo o homem sempre utilizou os recursos naturais do planeta. Os recursos eram
abundantes e a natureza aceitava os despejos de resíduos realizados. Hoje, a questão ambiental é
um dos assuntos que mais tem atraído a atenção das pessoas, pela valorização que se dá à
qualidade de vida e pela percepção de que as consequências do descaso com o meio ambiente
têm conduzido a situações criticas para a própria sobrevivência da humanidade em longo prazo.

A concentração populacional e o processo de industrialização trouxeram, a partir do século


XX, aumento da quantidade de lixo e também mudanças na sua composição.

Ao lixo, que até então era formado por restos de alimentos, cascas e sobras de vegetais e
papéis, foram sendo incorporados novos materiais como vidro, plásticos (fraldas, beatas de
cigarro, etc.), borracha, alumínios entre outros de difícil decomposição.

Os principais problemas associados a esse tipo de disposição são:

 Riscos de poluição do ar e de contaminação do solo, das águas superficiais e de lençóis


freáticos;
 Riscos à saúde pública, pela proliferação de diversos tipos de doenças;
 Poluição visual da região;
 Mau odor na região;
 Desvalorização imobiliária da região.

Os aterros sanitários são grandes terrenos onde o lixo é depositado, comprimido e depois
espalhados por tractores em camadas separadas por terras, os problemas ambientais que podem
ser causados pelo seu manejo inadequado torna-se uma problemática para muitas cidades. O lixo,
como os demais problemas ambientais, tornou-se uma questão que excede à capacidade dos
órgãos governamentais e necessita da participação da sociedade para sua solução.

 Água

Os recursos hídricos podem classificar-se em:

• Recursos disponíveis (quantidade de água que efectivamente se pode captar – rios, lençóis
freáticos, etc…);
• Recursos potenciais (totalidade da água que teoricamente é possível mobilizar no ciclo da
água – vapor de água, nuvens).
A gestão da água passa pela regularização dos níveis de água, racionalização dos
consumos, contenção dos desperdícios e aproveitamento dos recursos disponíveis.

A boa utilização/poupança de água nas actividades humanas pode ser conseguida de duas
formas:

– Utilização de tecnologias modernas menos exigentes em água;


– Reciclagem das águas residuais, com instalação de sistemas de tratamento e
reaproveitamento.

Exceptuando o uso agrícola, o principal consumidor de água é o sector residencial e os


serviços. Os inúmeros aspectos relacionados com a qualidade e quantidade dos recursos hídricos
superficiais e subterrâneos são importantes e complexos vectores da política do ambiente.

Quanto à utilização da água, verifica-se que, em Portugal, assim como nos restantes
países, a agricultura e indústria são efectivamente os seus principais fortes consumidores (factor
de extrema preocupação devido ao grau de poluição que desencadeia), sendo que de resto e
novamente por todo o mundo o sector residencial e os serviços são a causa de todas as maiores
preocupações ambientais.

 Ruído

O ruído é um dos principais factores que afectam o ambiente urbano, contribuindo de um


modo particular para a degradação da qualidade de vida das populações. Os problemas que lhe
estão associados resultam, na maior parte dos casos, de utilizações conflituosas de espaços
comuns ou de zonas contíguas e a sua resolução requer aproxim55ações integradas e fortemente
articuladas com o ordenamento dos territórios e com a gestão dos espaços públicos.

A poluição sonora constitui a causa de maior parte das reclamações ambientais, que se tem
vindo a agravar nas últimas décadas.

Estudos revelam que a maior parte da população é afectada pelo ruído (tráfego aéreo,
tráfego rodoviário, maquinas, etc.), com níveis de exposição no período diurno muito superiores ao
que é aceite.
 Ar

A qualidade do ar é caracterizada através de indicadores diversos, tais como:

- Dióxido de enxofre

- Óxidos de azoto

- Monóxido de carbono

- Partículas totais em suspensão.

Os efeitos poluentes atmosféricos na saúde, e também os nossos ecossistemas, que


dependem essencialmente da sua concentração e do tempo de exposição, podendo exposições
prolongadas a baixas concentrações serem mais nocivas do que exposições de curta duração a
concentrações elevadas.

Instrumentos de política e gestão do ambiente

A grande necessidade de uma politica ambiental capaz de integrar real e eficazmente os


sectores económicos (transportes, industria, agricultura) e toda a sociedade, implica mudanças de
hábitos e comportamentos.

São vários os processos a que o Homem deve recorrer para proceder à conservação e à gestão
ambiental:

• Gerir de forma adequada os recursos minerais e energéticos, por forma a evitar o seu
esgotamento;
• Reduzir os níveis de poluição que tanto contribuem para alteração da qualidade de alguns
recursos;
• Definir áreas de reservas naturais e de parques nacionais, onde algumas espécies,
sobretudo as mais ameaçadas, possam desenvolver-se melhor;
• Criar legislação (nacional e internacional) que conduza a um efectivo ordenamento do
território;
• Realizar cimeiras internacionais que definam estratégias globais.
GESTÃO DE RESÍDUOS

O Planeamento e Gestão de Resíduos, englobando todas as tipologias de resíduos e as


diversas origens, constituem o objectivo das políticas neste domínio do Ambiente, assumindo ainda
papel de relevo de carácter transversal pela incidência na Preservação dos Recursos Naturais, e
em outras Estratégias Ambientais.

O Decreto-Lei n.º 178/2006 de 5 de Setembro -


Lei-Quadro dos Resíduos - que criou a Autoridade
Nacional de Resíduos, prevê, no seu enquadramento
legislativo, a existência de um “Mercado de Resíduos”,
em que a sua gestão adequada contribui para a
preservação dos recursos naturais, quer ao nível da
Prevenção, quer através da Reciclagem e Valorização,
além de outros instrumentos jurídicos específicos,
constituindo simultaneamente o reflexo da
importância deste sector, encarado nas suas
vertentes, ambiental e como sector de actividade
económica, e dos desafios que se colocam aos responsáveis pela execução das políticas e a todos
os intervenientes na cadeia de gestão, desde a Administração Pública, passando pelos operadores
económicos até aos cidadãos, em geral, enquanto produtores de resíduos e agentes indispensáveis
da prossecução destas políticas.

Resíduos Urbanos

A Política de Resíduos assenta em objectivos e estratégias que visam garantir a preservação


dos recursos naturais e a minimização dos impactes negativos sobre a saúde pública e o ambiente.

Para a prossecução destes objectivos importa incentivar a redução da produção dos resíduos e
a sua reutilização e reciclagem por fileiras. Em grande medida, tal passa pela promoção da
identificação, concepção e adopção de produtos e tecnologias mais limpas e de materiais
recicláveis.

Face ao papel que desempenham na gestão de resíduos, importa promover acções de


sensibilização e divulgação em matéria de resíduos destinados às entidades públicas e privadas.

Para além da prevenção, importa ainda


promover e desenvolver sistemas integrados de
recolha, tratamento, valorização e destino final de
resíduos por fileira (p.ex., óleos usados, solventes,
têxteis, plásticos e matéria orgânica).

A elaboração e aplicação de um Plano Nacional


de Gestão de Resíduos e o cumprimento integral
dos Planos Estratégicos de Gestão dos Resíduos
são medidas de política de Ordenamento do Território e de Ambiente, preconizada para a
prossecução dos princípios de sustentabilidade, transversalidade, integração, equidade e da
participação, advogados no Programa do Governo.
O Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, define “resíduo urbano” como o resíduo
proveniente de habitações bem como outro resíduo que, pela sua natureza e composição, seja
semelhante ao resíduo proveniente de habitações. É usual a correspondência das designações
“resíduo urbano”/“resíduo sólido urbano (RSU)”, tratando-se de uma terminologia abrangente que
reporta a uma mistura de componentes tendo como referência os de origem doméstica. Engloba
ainda resíduos provenientes do sector de serviços ou de estabelecimentos comerciais ou industriais
e de unidades prestadoras de cuidados de saúde com uma natureza ou composição afim dos
domésticos. Apresenta-se na Tabela 1 e na Figura 1 a composição física típica dos RSU.

http://www.apambiente.pt/politicasambiente/Residuos/gestaoresiduos/RU/Documents/Caracteriza%C3%A7%C3%A3o%20f%C3%ADsica.pdf
Resíduos Sectoriais

 Resíduos Industriais

Resíduos gerados em processos produtivos industriais, bem como os que resultem das actividades
de produção e distribuição de electricidade, gás e água (Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de
Setembro).

 Resíduos Hospitalares

Resíduos resultantes de actividades médicas desenvolvidas em unidades de prestação de cuidados


de saúde, em actividades de prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e investigação,
relacionada com seres humanos ou animais, em farmácias, em actividades médico-legais, de
ensino e em quaisquer outras que envolvam procedimentos invasivos, tais como acupunctura,
piercings e tatuagens (Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro).

 Resíduos Agrícolas

Resíduos provenientes de explorações agrícolas e ou pecuárias ou similares (Decreto-Lei n.º


178/2006, de 5 de Setembro).

 Policlorobifenilos (PCB)

- Os Policlorobifenilos (PCB) são fluidos constituídos por uma família de produtos químicos
sintéticos, largamente utilizados até meados dos anos 80 em diversas aplicações. Devido às suas
propriedades dieléctricas, a principal aplicação foi em equipamento eléctrico, nomeadamente em
óleos isolantes de transformadores e condensadores.

http://www.apambiente.pt/politicasambiente/Residuos/gestaoresiduos/rsectoriais/Paginas/default.aspx

Caracterização da situação actual:


Sistemas de Gestão de RSU e infra-estruturas

Um Sistema de Gestão de RSU, é uma estrutura de meios humanos, logística,


equipamentos e infra-estruturas, estabelecida para levar a cabo as operações inerentes à gestão
deste tipo de resíduos.
A recolha municipal de RSU, na sua forma básica, envolvia tradicionalmente três operações
fundamentais: a recolha, o transporte e a deposição em destino final.
Estas operações eram asseguradas pelos tecnossistemas originalmente constituídos pelas
autarquias locais. Alguns tecnossistemas mais modernizados já recorriam então a técnicas mais
sofisticadas de triagem e tratamento.
Para a gestão integrada dos RSU e prossecução das prioridades, previram-se dois tipos de
entidades gestoras dos Sistemas: os municípios ou associações de municípios, em que a gestão do
sistema pode ser concessionada a qualquer empresa, e as entidades multimunicipais, cujos
sistemas são geridos por empresas concessionárias de capitais maioritariamente públicos.
Em 1997 teve início uma dinâmica nacional de associação entre municípios com a
criação de Sistemas Multimunicipais e Intermunicipiais.
Existem neste momento 29 Sistemas de Gestão de RSU cobrindo a totalidade do território
continental (representados no mapa abaixo), sendo 15 Multimunicipais e 14 Intermunicipais. Cada
um destes Sistemas possui infra-estruturas para assegurar um destino final adequado para os RSU
produzidos na área respectiva.

http://www.apambiente.pt/politicasambiente/Residuos/gestaoresiduos/RU/Documents/Caracteriza%C3%A7%C3%A3o%20actual.pdf
EFLUENTES LÍQUIDOS

A água é um recurso natural indispensável à


vida, apesar da Terra ser
constituída de grande quantidade de água, cerca de 70
% da superfície da Terra é
ocupada pela água, contudo a maior parte é salgada e
concentrada nos oceanos, apenas 3% do total é água
doce e vai para os rios, ficando disponível para uso, o
restante está em geleiras e no subsolo.
Todo ser vivo é composto por água, alguns como a
água viva e a melancia, por exemplo, têm mais de 90%
do seu peso de água. Os seres humanos adultos têm
65% do seu peso formado pela água, esse líquido está
presente nas células, no sangue e em todos os nossos tecidos.
Nossas funções necessitam de água para seu bom funcionamento. O homem deve ingerir cerca de
2 litros de água por dia para realizar de forma equilibrada suas funções vitais, se não beber água o
ser humano sofre desidratação, o que pode acarretar sua morte.
Na Terra a água desenvolve o ciclo (caminho), estando em constante movimento. A chuva
é resultante da evaporação da água dos rios, lagos, oceanos, da
respiração e transpiração dos seres vivos, ela penetra no solo, indo alimentar as
nascentes dos rios e os lençóis subterrâneos. Esse ciclo pode ser modificado na sua velocidade
naturalmente ou pela acção humana, causando enormes prejuízos à sociedade. Os
desmatamentos e a impermeabilização dos solos impedem que a água infiltre na terra, indo em
uma velocidade maior que a normal para os rios, causando enchentes, por exemplo.
Considerando que a água é um recurso natural cíclico, sua quantidade não aumenta nem
diminui, estudiosos afirmam que a quantidade da água disponível na Terra é praticamente a
mesma há 3 bilhões de anos, contudo, o que se observa é a qualidade da água disponível.
Pressionados pelo aumento da população que consome cada vez mais água, lançamento de
esgotos domésticos e industriais sem tratamento adequado, pelo desmatamento e assoreamento,
e extracção mineral, os rios, principais fontes de água utilizadas pelo homem, estão com seus
mananciais comprometidos, o que tem tornado a água de qualidade um bem escasso e de difícil
captação.

www.olimpiadaambiental.se.gov.br

Efluentes são geralmente produtos líquidos ou gasosos produzidos por indústrias ou


resultantes dos esgotos domésticos urbanos, que são lançados no meio ambiente. Podem ser
tratados ou não tratados. Cabe aos órgãos ambientais a determinação e a fiscalização dos
parâmetros e limites de emissão de efluentes industriais, agrícolas e domésticos. Para isso, é
necessária a implantação de um sistema de monitoramento confiável. As exigências da legislação
ambiental levaram as empresas a buscar soluções para tornar seus processos mais eficazes. É
cada vez mais frequente o uso de sistemas de tratamento de efluentes visando a reutilização de
insumos (água, óleo, metais, etc.), minimizando o descarte para o meio ambiente.

Existem basicamente duas categorias de efluentes líquidos: sanitários ou domésticos e


industriais.
Os processos de tratamento de efluentes visam reduzir a emissão de substâncias
poluentes na atmosfera, solo ou corpos d'água. As emissões decorrem principalmente de
processos industriais, esgoto doméstico, veículos automotores e actividade agrícola.

Tratamento de águas residuais

É a designação genérica para um vasto número de técnicas, geralmente implementadas em


Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), onde se combinam os sistemas e tecnologias
necessárias que permitem adequar as águas residuais à qualidade requerida para descarga no
meio receptor.

Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) é uma infra-estrutura que trata


as águas residuais de origem doméstica e/ou industrial, normalmente chamadas de esgotos
sanitários ou despejos industriais , para depois serem escoadas para o mar ou rio com um nível de
poluição aceitável (ou então, serem "reutilizadas" para usos domésticos), através de um emissário,
conforme a legislação vigente para o meio ambiente receptor.

Numa ETAR as águas residuais passam por vários processos de tratamento com o objectivo
de separar ou diminuir a quantidade da matéria poluente da água.

Fases do tratamento

Existem quatro graus de tratamento: pré-tratamento, tratamento primário, tratamento


secundário e tratamento terciário.
 Pré tratamento

No primeiro conjunto de tratamentos, designado por pré-tratamento ou tratamento


preliminar, o esgoto é sujeito aos processos de separação dos sólidos mais grosseiros tais como
a gradagem, que pode ser composto por grades grosseiras, grades finas e/ou peneiras rotativas, o
desarenamento nas caixas de areia e o desengorduramento nas chamadas caixas de gordura ou
em pré-decantadores. Nesta fase, o esgoto é, desta forma, preparado para as fases de tratamento
subsequentes, podendo ser sujeito a um pré-arejamento e a uma equalização tanto de caudais
como de cargas poluentes ou resíduos.

 Tratamento primário

Apesar de o esgoto apresentar um aspecto ligeiramente mais razoável após a fase de pré-
tratamento, possui ainda praticamente inalteradas as suas características poluidoras. Segue-se,
pois, o tratamento propriamente dito. A primeira fase de tratamento é designada por tratamento
primário, onde a matéria poluente é separada da água por sedimentação nos sedimentadores
primários. Este processo exclusivamente de acção física pode, em alguns casos, ser ajudado pela
adição de agentes químicos que através de uma coagulação/floculação possibilitam a obtenção de
flocos de matéria poluente de maiores dimensões e assim mais facilmente decantáveis.

Após o tratamento primário, a matéria poluente que permanece na água é de reduzidas


dimensões, normalmente constituída por colóides, não sendo por isso passível de ser removida por
processos exclusivamente físico-químicos. A eficiência de um tratamento primário pode chegar a
60% ou mais dependendo do tipo de tratamento e da operação da ETE.

 Tratamento secundário

Segue-se, pois, o chamado processo de tratamento secundário, geralmente consistindo


num processo biológico, do tipo lodo activado ou do tipo filtro biológico, onde a matéria orgânica
(poluente) é consumida por microorganismos nos reactores biológicos. Estes reactores são
normalmente constituídos por tanques com grande quantidade de microorganismos aeróbios,
havendo por isso a necessidade de promover o seu arejamento. O esgoto saído do reactor
biológico contém uma grande quantidade de microorganismos, sendo muito reduzida a matéria
orgânica remanescente. A eficiência de um tratamento secundário pode chegar a 95% ou mais
dependendo da operação da ETE. Os microorganismos sofrem posteriormente um processo de
sedimentação nos designados sedimentadores (decantadores) secundários.

Finalizado o tratamento secundário, as águas residuais tratadas apresentam um reduzido


nível de poluição por matéria orgânica, podendo na maioria dos casos, serem despejadas no meio
ambiente receptor.

 Tratamento terciário

Normalmente antes do lançamento final no corpo receptor, é necessário proceder à


desinfecção das águas residuais tratadas para a remoção dos organismos patogénicos ou, em
casos especiais, à remoção de determinados nutrientes, como o nitrogénio (azoto) e o fósforo, que
podem potenciar, isoladamente e/ou em conjunto, a eutrofização das águas receptoras.
A desinfecção das águas residuais tratadas objectiva a remoção dos organismos
patogénicos. O método de cloração também tem contribuído significativamente na redução de
odores em estações de tratamento de esgoto. Revelou-se entre os processos artificiais o de menor
custo e de elevado grau de eficiência em relação a outros processos como a ozonização que é
bastante dispendiosa e a radiação ultravioleta que não é aplicável a qualquer situação.

Remoção de nutrientes

As águas residuais podem conter altos níveis de nutrientes como nitrogénio e fósforo. A
emissão em excesso destes pode levar ao acúmulo de nutrientes, fenómeno chamado de
eutrofização, que encoraja o crescimento excessivo (chamado bloom) de algas e cianobactérias
(algas azuis). A maior parte destas algas acaba por morrer, porém a decomposição das mesmas
por bactérias remove oxigénio da água e a maioria dos peixes morrem. Além disso, algumas
espécies de algas produzem toxinas que contaminam as fontes de água potável (as chamadas
cianotoxinas).

Há diferentes processos para remoção de nitrogénio e fósforo:

 A Desnutrificação requer condições anóxicas (ausência de oxigénio) para que as


comunidades biológicas apropriadas se formem. A desnutrificação é facilitada por um
grande número de bactérias. Métodos de filtragem em areia, lagoa de polimento, etc. pode
reduzir a quantidade de nitrogénio. O sistema de lodo activado, se bem projectado,
também pode reduzir significante parte do nitrogénio.
 A Remoção de fósforo, que pode ser feita por precipitação química, geralmente com sais
de ferro (ex. cloreto férrico) ou alumínio (ex. sulfato de alumínio). O lodo químico
resultante é difícil de tratar e o uso dos produtos químicos torna-se caro. Apesar disso, a
remoção química de fósforo requer equipamentos muito menores que os usados por
remoção biológica.
Pretende-se que as águas, após tratamento, possam ser descarregadas em meio hídrico ou
num colector municipal, de acordo com os limites máximos impostos pela lei vigente.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_de_Tratamento_de_%C3%81guas_Residuais
EMISSÕES GASOSAS

A melhoria da qualidade do ar, nas últimas décadas, foi um dos grandes êxitos da política
comunitária em matéria de ambiente, mostrando que é possível dissociar o crescimento económico da
degradação do ambiente. No entanto, apesar das acções empreendidas, existem, ainda, problemas que
persistem e que urge serem resolvidos.
Atentos a esta questão, e acompanhando de perto a estratégia para a qualidade do ar da UE, Portugal
estabeleceu um Plano de Acção para a Qualidade do Ar, que permite programar medidas de forma a garantir
que a qualidade do ar seja mantida dentro dos níveis recomendáveis. Por outro lado, a actualização e
adaptação da legislação existente à realidade nacional, ao nível da redução das emissões, conjuntamente com
o Programa dos Tectos de Emissão Nacional (PTEN) e com o Plano Nacional de Redução das Emissões
(PNRE) das Grandes Instalações de Combustão conduzem à tomada de acções/medidas necessárias à
implementação de uma estratégia de combate à poluição atmosférica de uma forma coerente e harmonizada.
A qualidade do ar tem vindo a ser objecto de um vasto trabalho ao nível do Ministério do
Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional no quadro da Agência
Portuguesa do Ambiente, em coordenação com as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento
Regional no território de Portugal Continental e com as Direcções Regionais do Ambiente nas ilhas.
Neste contexto, têm sido desenvolvidas medidas que visam uma gestão mais sustentável
do ar ambiente, e que resultaram da transposição para o direito interno da Directiva 96/62/CE, de
27 de Setembro (Directiva-Quadro), segundo o Decreto-Lei n.º 276/99, de 23 de Julho. Um dos
princípios base introduzidos assenta no estabelecimento de objectivos de qualidade do ar, os quais
visam evitar, prevenir ou limitar efeitos nocivos sobre a saúde humana e sobre o ambiente de uma
forma coerente e harmonizada.
Neste âmbito, foram analisadas e discutidas metodologias e acções para a implementação
de uma estratégia nacional da qualidade do ar ambiente, através da implementação do Plano de
Acção da Qualidade do Ar.
A legislação actual impõe limites severos às emissões de um grande número de compostos
químicos tóxicos, nomeadamente os compostos orgânicos voláteis (COVs). Estes compostos são
emitidos durante o fabrico de uma vasta gama de produtos de consumo, de que são exemplos as
oficinas de pintura e revestimentos, de impressão, limpeza a seco, fabrico de componentes
electrónicos e aglomerados, indústrias químicas e têxteis, e constituem uma fonte importante de
poluição atmosférica, provocando efeitos ambientais primários e secundários (por exemplo,
“smog”).

Vamos todos, então, lutar para um melhor ambiente!


REDUZIR

A redução é a primeira das formas de minorar os problemas da gestão de resíduos.

As indústrias devem desempenhar um papel importante da redução. Através do design, da


utilização de novos materiais e da adopção de novos processos e tecnologias menos poluentes, é
possível fabricar embalagens com menos peso, com menor dispêndio de energia e de recursos
naturais, sem perder a resistência e a aptidão para conservar os produtos. Outra tendência é a
utilização de produtos concentrados, que permite um menor consumo de materiais de embalagem.

Os consumidores também devem contribuir para a redução do peso e do volume dos


resíduos. Devem evitar consumos supérfluos e desperdícios, rejeitar excessos de embalagem e
exprimir a sua opinião junto das autoridades, das indústrias e dos comerciantes para agirem em
conformidade com si mesmos objectivos.

RECUPERAR

Recuperar é voltar a utilizar as coisas, dar uma segunda função ou reaproveitar os objectos
para construir novos objectos. Por exemplo: voltar a utilizar os sacos de plástico das compras em
vez de irem para o lixo; usar as garrafas de água várias vezes; aproveitar as caixas dos brinquedos
para guardar outras coisas; oferecer os brinquedos usados a outras crianças ou a hospitais e lares
de crianças.

RECICLAR

Há objectos que são concebidos para serem usados várias vezes, em vez de serem
deitados fora depois da primeira utilização. A opção por produtos reutilizáveis diminui a curto
prazo a quantidade dos resíduos domésticos que têm que ser eliminados, visto após um certo
número de viagens, estes se transformam em resíduos.

Alguns produtos têm embalagens reutilizáveis. Outros são vendidos em “recargas” que
permitem usar a mesma embalagem original várias vezes.

O consumidor deve ser atento e responsável, o que significa que, perante cada hipótese de
reutilização, deve avaliar as vantagens e desvantagens para si e para o Meio Ambiente.
O processo de reciclagem reduz a pressão sobre os recursos naturais, economiza água,
energia, gera trabalho e renda para milhares de pessoas. Seja no mercado formal ou informal de
trabalho.

Para reciclar temos que separar os diferentes lixos e não colocar no lixo.

Os ecopontos são conjuntos de contentores para recolha selectiva de papel e cartão,


embalagens, vidro e pilhas. Estão localizados em pontos estratégicos como escolas, parques,
piscinas, complexos desportivos, mercados e feiras. São estruturas essenciais para a melhoria do
nosso ambiente. Neles podemos depositar diferenciadamente diversos materiais, principalmente os
de menor dimensão, que serão recuperados, reciclados ou valorizados através de novas
tecnologias. Podem-se encontrar sobre a forma de contentores individualizados ou, então, sob a
forma de um único contentor com funções múltiplas, encontrando-se normalmente bem
sinalizados.

Existem quatro tipos de eco pontos:


. Papelão – onde se deposita o papel (jornais velhos,
papel usado, cartões de embalagem, etc.);
. Embalão – onde se deposita embalagens de plástico
(pacotes de iogurtes, garrafas de água, etc.); . Vidrão
– onde se deposita vidros (garrafas de vinho)
. Pilhão – onde se deposita pilhas usadas.
Estes E co-pontos têm diferentes cores: o papelão é
azul; o embalão é amarelo; o vidrão é verde; e o pilhão é vermelho.

 Papel

Reciclar o papel não é mais do que aproveitar as fibras de celulose (também chamadas “fibras
secundárias”) existentes nos papéis usados para produzir papéis novos. Refira-se que a
desagregação e separação das fibras recuperadas dos papéis usados são operações mais simples
do que as utilizadas para extrair fibras da madeira. Depois de usados, os “papéis velhos” são
introduzidos no processo, permitindo reduzir a quantidade de pasta de papel necessária para a
produção de papel novo (menos árvores a abater), bem como poupar água, energia e possibilitar
a diminuição da poluição decorrente do processo.

A reciclagem é uma actividade com um interesse muito grande, quer para a indústria do
papel, quer para a sociedade em geral, apresentando vantagens a vários níveis: ecológicos
(diminuição do abate de árvores, redução do consumo de água no acto do fabrico); económicos
(contribui para a diminuição do défice da Balança Comercial) e energéticos (a produção do papel
reciclado consome 2 a 3 vezes menos energia que o papel fabricado à base de fibra virgem). Para
produzir 1 tonelada de papel são precisos entre 3.8 e 5.3 Ha de floresta, entre 280 e 440 m3 de
água e entre 4750 e 7600 KW/h de energia.

No entanto, a reciclagem não é um processo infinito, pois as fibras só podem ser recicladas,
em média, 3 a 5 vezes. Quer isto dizer que, apesar das altas taxas de eficiência que se possam
conseguir no processo de reciclagem, haverá sempre necessidade de adicionar fibras virgens para
substituir fibras degradadas. Por outro lado, em certos papéis aparecem determinadas substâncias
que não permitem a sua utilização para fabricação de papel, como seja a contaminação com
produtos orgânicos, bem como materiais que impossibilitam a reciclagem, tais com: papéis
sulfurizados, papéis e cartões encerados, parafinados, oleados, papéis de fax, autocolantes, papéis
e cartões revestidos ou laminados com filme plástico e/ou folha de alumínio, etc.

Em Portugal, a taxa de recuperação de papel velho representa já cerca de 40% do total de


papéis e cartões consumidos! Mas a taxa de recuperação e de reciclagem de papel pode ser
aumentada se a recolha e consumo forem devidamente coordenados, ou seja, se existir mercado
para produtos resultantes da reciclagem. Assim, e em vez de deitar papéis para o “lixo”, é preciso
separá-los, evitando as matérias proibidas (metais, têxteis, madeira, pedras, resíduos orgânicos,
etc.) e as matérias inutilizadores ( plásticos, fitas adesivas, agrafos, etc.) do processo de
reciclagem. Por outro lado, dever-se-ão exigir produtos reciclados.

 Plásticos

Todos os materiais plásticos são recicláveis. Em Portugal reciclam-se anualmente milhares de


toneladas de materiais plásticos provenientes, principalmente de resíduos da indústria. Os
materiais usados pode dar origem a novos materiais: embalagens, revestimentos de solos, fibras
para acolchoados, caixas de cassetes, brinquedos, material escolar, etc. Estes são os processos
mais simples e constituem a chamada “reciclagem mecânica”. No entanto, os investigadores já
descobriram e continuam a trabalhar em processos que permitem transformar plásticos usados em
combustíveis semelhantes aos de uso corrente ou até em matérias-primas originais – é a chamada
reciclagem química.
Por outro lado a reciclagem de materiais plásticos provenientes de uso doméstico, sobretudo
embalagens, está a dar os primeiros passos em Portugal, pelo que o seu desenvolvimento é
urgente e permitirá quer uma redução substancial nos resíduos a eliminar, quer uma poupança de
matérias-primas. Para que a reciclagem seja bem sucedida, os consumidores devem separar os
plásticos, evitando misturá-los com os resíduos orgânicos e seguindo as instruções fornecidas
pelas Câmaras, quando estas instalam sistemas de recolha selectiva. Para facilitar a separação dos
diferentes plásticos, os produtores devem incluir nos objectos um símbolo de identificação. Os
plásticos recolhidos selectivamente, classificados e compactados, são depois entregues às
industrias de reciclagem. Os cidadãos devem estar atentos às iniciativas das Câmaras e colaborar
com elas para que a recolha selectiva tenha êxito.

 Vidro

Todas as embalagens de vidro são recicláveis, quer se tratem de garrafas reutilizáveis que já
fizeram várias viagens, quer se trate de garrafas sem retorno.

A reciclagem do vidro começa com os consumidores. Em vez de deitarem as garrafas de


vazias no lixo, devem ditá-las no vidrão. O “vidro velho” depositado nos Vidrões chama-se “casco”
e é recolhido por muitas Câmaras Municipais para ser vendido às indústrias vidreiras. Desde modo,
não só se diminui o volume e o peso dos resíduos domésticas a tratar, como se gera mais uma
fonte de receitas para as Autarquias. O “vidrão” é um contentor que deve ser usado
exclusivamente para as embalagens de vidro. Para que a reciclagem seja bem sucedida, os
consumidores não devem colocar no “vidro” outros materiais ou objectivos, tais como metais,
plásticos, pedras, louças, lâmpadas, vidros de janelas ou espelhos, restos de comida, papéis, etc.

Em Portugal já se recicla cerca de 30% do vidro usado. É uma taxa de reciclagem muito
boa, que ainda pode ser aumentada. Isso depende de todos nós: o vidro é no vidrão!

RECICLAGEM DO VIDRO EM PORTUGAL

(TONELADAS)
1992 1993 Evolução
CONSUMO 206 160 242 742 +17.7%
RECICLAGEM 62 036 70 562 +13.7%

(Casto doméstico e Industrial)


Taxa de Reciclagem 30.1% 29.1%
 Latas

Regra geral, todos os materiais metálicos usados podem ser recuperados e novamente
fundidos. É bem conhecida a reciclagem da sucata de ferro, que se processa nas siderurgias. As
embalagens metálicas seguem o mesmo procedimento, podendo ser recicladas nas siderurgias ou
nas fundições de alumínio. A reciclagem dos metais a partir de objectos usados contribuí
fortemente para a poupança de recursos naturais (minérios) e permite grande redução de gastos
energéticos.

No caso das embalagens de alumínio, designadamente as latas de líquidos alimentares, há


tecnologias que permitem fazer embalagens novas utilizando unicamente embalagens usadas. Em
termos de produção, o alumínio obtido a partir de embalagens consome unicamente 5% da
energia necessária para produzir a partir de matérias-primas minerais. Daí a importância da
recolha das embalagens para reciclagem.

No nosso País, essa recolha está ainda pouco desenvolvida, apesar dos louváveis esforços de
algumas Câmaras, que já colocaram contentores para esse fim na via pública. Importa expandir e
diversificar os sistemas de recolha, informar e motivar os cidadãos a participar, bem como
implementar unidades de reciclagem de acordo com as quantidades de metais a reciclar.
 Pilhas

- Pensa-se que através da publicação, de legislação nacional regulamentadora desta


temática, se lançarão as bases necessárias para uma correcta gestão das pilhas.

- A recolha selectiva das pilhas usada tem vindo a ser adoptada em vários países europeus.
Segundo o Relatório “Europile” de Maio de 1992, há pelo menos seis países que procedem
à recolha de todos os tipos de pilhas (Áustria, Suécia, Suíça, Dinamarca, Holanda e Itália).
A Alemanha recolhe as pilhas especiais, as de óxido de mercúrio e as de níquel-cádmio. A
Espanha e a Bélgica têm esquemas de recolha para as pilhas de óxido de mercúrio. A
Noruega recolhe quer as de óxido de mercúrio, quer as de níquel-cádmio. Há todavia
outros países não têm sistemas generalizados de recolha: Irlanda, Grécia, Luxemburgo,
Inglaterra e... Portugal.

Compreendemos então que a Reciclagem consiste na recuperação e transformação de


qualquer desperdício. A sua importância económica traduz-se na possibilidade de aquisição de
materiais por preços mais favoráveis que o dos mesmos materiais antes da sua primeira utilização.
O princípio da reciclagem é utilizado em todas as aplicações que impliquem conservação dos
recursos naturais da Terra e na resolução de problemas de poluição ambiental.

A reciclagem de desperdícios durante um processo de fabrico é corrente na indústria. É o


caso da indústria da madeira, que aproveita desperdícios para o fabrico de aglomerados. Começa
também a ser vulgar o uso imediato de subprodutos de uma determinada indústria noutra
indústria. É o caso do fabrico de rações alimentares para animais a partir dos subprodutos das
indústrias cervejeiras e das destilarias (malte e bagaços). Este processo é geralmente designado
por "reciclagem interna", em contraponto com a "reciclagem externa" como é a recuperação de
papel, metal, material de vidro (por exemplo, garrafas) etc., usados.

O papel pode ser transformado em polpa e reprocessado em papel reciclado, cartões e


outros produtos. O vidro pode ser triturado e utilizado para substituir a areia na construção civil,
no betão ou no asfalto, ou pode ser refundido e utilizado no fabrico de novos materiais de vidro.
Determinados plásticos podem ser refundidos e com eles fabricarem-se placas sintéticas. Estas
placas, não sendo biodegradáveis, podem utilizar-se em vedações, sinalizações, estaleiros, etc. Os
metais podem ser refundidos e refabricados. Reciclar o alumínio pode poupar cerca de 90% da
energia gasta para fazer o mesmo objecto com alumínio proveniente da blenda (minério de
alumínio). Restos de alimentos e desperdícios caseiros (gorduras, folhas, etc.) podem ser
transformados por compostagem para produzir adubos. Os produtos têxteis podem ser reciclados
em adubos para utilizar na agricultura. Pneus velhos podem ser fundidos ou triturados e
transformados em numerosos produtos.
A reciclagem torna-se mais rentável se proceder à pré-separação dos produtos a reciclar.
Com a crescente consciência ecológica das populações, este sistema está a ganhar a adesão de
muitas comunidades, onde são distribuídos contentores para plástico, metal, vidro, papel, etc. O
abandono conjunto destes materiais implica uma prévia selecção antes da sua distribuição às
diferentes indústrias.

A reciclagem é um meio essencial ao meio ambiental. Achamos que deveria haver mais
pessoas a contribuir na reciclagem, pois a reciclagem é para o bem de todos nós.

REUTILIZAR

Há objectos que são concebidos para serem usados várias vezes, em vez de serem
deitados fora depois da primeira utilização. A opção por produtos reutilizáveis diminui a curto
prazo a quantidade dos resíduos domésticos que têm que ser eliminados, visto após um certo
número de viagens, estes se transformam em resíduos.

Alguns produtos têm embalagens reutilizáveis. Outros são vendidos em “recargas” que
permitem usar a mesma embalagem original várias vezes.

O consumidor deve ser atento e responsável, o que significa que, perante cada hipótese de
reutilização, deve avaliar as vantagens e desvantagens para si e para o Meio Ambiente.

RACIONALIZAR

Pense na real necessidade da compra daquele produto, antes de comprá-lo. Depois de


consumi-lo, pratique a colecta selectiva, separando embalagens, matéria orgânica e óleo de
cozinha usado. Jogue no lixo apenas o que não for reutilizável ou reciclável. Evite o desperdício de
alimentos. Use produtos de limpeza biodegradáveis. Adquira produtos recicláveis ou produzidos
com matéria-prima reciclada (durável e resistente). Prefira embalagens de papel e papelão. Utilize
lâmpadas económicas e pilhas recarregáveis ou alcalinas. Mude seus hábitos de consumo e
descarte.
http://ciencias3c.cvg.com.pt/reciclagem.htm

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