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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

CURSO DE QUÍMICA
DISCIPLINA: Laboratório de Química Geral 2

APOSTILA PARA AS AULAS PRÁTICAS DE


QUÍMICA GERAL 2

DOCENTE: Silvia de Sousa Freitas

Catalão
Março/2008
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 03

2. CONDUTA NAS AULAS PRÁTICAS.................................................................................. 03

3. BOAS PRÁTICAS............................................................................................................... 04

4. A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA........................................................................................ 05

5. REDAÇÃO CIENTÍFICA: RELATÓRIO.............................................................................. 06

PRÁTICA 1 – TERMODINÂMICA: temperatura e calor.......................................................... 10

PRÁTICA 2 – PREPARO DE UM INDICADOR DE pH.......................................................... 13

PRÁTICA 3 – SOLUÇÃO TAMPÃO........................................................................................ 16

PRÁTICA 4 – CINÉTICA: velocidade de reação..................................................................... 20

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1. INTRODUÇÃO
Esta apostila foi elaborada com o objetivo de auxiliar os alunos nas aulas práticas da
disciplina de Química Geral 2, do Curso de Química (Bacharelado e Licenciatura) da
Universidade Federal de Goiás, Campus Catalão.
Os experimentos foram elaborados de acordo com o conteúdo da disciplina teórica
de Química Geral 2, baseando-se na seguintes referências bibliográficas:
• BROWN, T. L.; LEMAY, H. E. Jr; BURSTEN, B. E.; BURDGE, J. R. Química – A
ciência central. 9.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. 972p.
• KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. Química Geral e reações químicas. 5.ed. São Paulo:
Thompson, 2003. 672p.
• ATKINS, P. W.; JONES, L. Princípios de Química – Questionando a vida
moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2001. 914p.
• MAHAN, B. M.; MYERS, R. J. Química – um curso universitário. 4.ed. São Paulo:
Editora Blucher, 1995. 582p.
• Revistas Química Nova na Escola

Para um aprofundamento teórico os alunos deverão consultar as referências acima,


bem como os livros citados na bibliografia do Plano de Curso.

2. CONDUTA NAS AULAS PRÁTICAS


O comportamento do aluno no laboratório é um fator determinante para a sua
segurança e para o desenvolvimento eficiente de seus experimentos. O laboratório é um
local de trabalho sério e, portanto o aluno deve evitar brincadeiras que dispersem sua
atenção e de seus colegas.
O trabalho realizado em aulas práticas requer, além de grande dedicação e
interesse, muito cuidado e atenção. São muitas as informações obtidas com os
experimentos, sendo necessário o conhecimento de uma grande quantidade de conceitos
teóricos. Para melhor aprendizagem, torna-se necessário o aproveitamento substancial do
tempo assim, procure desenvolver suas atividades laboratoriais de forma organizada. Leia o
roteiro antes de entrar no laboratório, procurando revisar e fixar bem todos os conceitos
envolvidos porque assim você terá maior segurança e capacidade de raciocínio durante a
aula.
Durante a realização dos experimentos são necessárias anotações dos fenômenos
observados, das massas e volumes utilizados, do tempo decorrido, das condições iniciais e
finais do sistema. Um caderno deve ser usado especialmente para o laboratório. Este

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caderno de laboratório possibilitará uma descrição precisa das atividades de laboratório.
Não confie em sua memória, tudo deve ser anotado.

3. BOAS PRÁTICAS
Alguns cuidados devem ser observados para a realização de um bom trabalho
experimental em um laboratório químico. É essencial que o aluno adquira o hábito de
trabalho limpo e ordenado, adotando os seguintes pontos:
 Usar jaleco
 Planejar o trabalho a ser realizado
 Limpar a bancada antes e após a realização da análise
 Observar a limpeza de toda vidraria utilizada;
 Manter sobre a bancada apenas o necessário à realização da análise;
 Rotular os reagentes ou soluções preparadas e as amostras coletadas;
 Não acumular reagentes na bancada;
 Não deixar frascos de reagentes abertos;
 Para a retirada do reagente do frasco original não devem ser utilizados espátulas e
pipetas sujas ou molhadas e o reagente que não for utilizado não deve ser retornado ao
frasco original, para evitar contaminação.
 Não usar um mesmo material (por exemplo: pipetas, espátulas) para duas ou mais
substâncias, evitando assim a contaminação dos reagentes.
 Cuidar da limpeza adequada do material utilizado para não contaminar os reagentes;
 Não jogar reagentes na pia;
 Observar em todos instantes os procedimentos de segurança;
 Antes de ligar qualquer aparelho elétrico, verifique fios, tomadas, voltagem e leia sempre
o manual de instruções.
 Após o trabalho, desligar todos os aparelhos e lâmpadas e fechar as torneiras de gás.

Lembre-se que o cuidado e a aplicação de medidas de segurança são


responsabilidade de cada aluno. Consulte o professor sempre que tiver dúvidas ou ocorrer
algo inesperado ou anormal.

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4. A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
Você se julga um bom observador? Certamente que sim. Entretanto há muito mais a
OBSERVAR, além daquilo que nos chama a atenção à primeira vista. Observar exige:
 concentração;
 atenção aos detalhes;
 engenhosidade;
 paciência;
 prática.
Siga estes exemplos:
1-Observa-se que Carlos e Janete são vistos freqüentemente juntos. Qual sua
interpretação?
2-Todas as quintas-feiras pela manhã as sacolas com lixo colocado à minha porta
desaparecem. Dê sua interpretação para o fato.
Estas duas situações permitem formular hipóteses que concordem com os fatos
observados esclarecendo o PORQUE dessas regularidades. A atividade científica começa
com a OBSERVAÇÃO, que deve ser realizada sob condições controladas, ou seja aquelas
condições que são fixas e conhecidas e podem variar deliberadamente se desejarmos. O
controle das condições é melhor obtido em um ambiente denominado LABORATÓRIO. A
seqüência de observações assim obtidas é chamada EXPERIÊNCIA. Pode-se afirmar que
TODA CIÊNCIA É CONSTRUIDA SOBRE RESULTADOS DE OBSERVAÇÕES
EXPERIMENTAIS.
Um segundo requisito importante da atividade científica é a DESCRIÇÃO. Significa o
registro sucinto das observações, cujo conjunto denomina-se COLETA DE DADOS. Estes
dados serão analisados e confrontados, evocando-se informações da literatura como
princípios, teorias e leis conhecidas (DISCUSSÃO) para se extrair os RESULTADOS e
CONCLUSÕES. Estes procedimentos constituem O MÉDOTO CIENTÍFICO. Caso não haja
nada conhecido na literatura sobre seus dados, isso pode vir a ser uma descoberta nova,
uma geração de novo conhecimento.
De posse de seus resultados e conclusões, o passo seguinte é a DIVULGAÇÃO.
Isso implica em transmitir as informações computadas, de forma completa, organizada, clara
e objetiva, fundamentada em um domínio de conhecimento formal, usando uma linguagem
especializada: a linguagem científica. Não se deve usar gírias, parágrafos longos ou idéias
alheias, e sempre citar as fontes de consulta (REFERENCIAS) usadas para elaboração de
seu relatório.

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5. REDAÇÃO CIENTÍFICA: RELATÓRIO

O relatório é uma comunicação escrita, de cunho científico, sobre o que se observou


no laboratório durante o experimento. De modo geral, um relatório deve conter no mínimo as
seguintes partes: introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia. Um relatório é
composto pelos seguintes tópicos:

TÍTULO: Frase sucinta que indique o principal objetivo da experiência.

RESUMO: texto de cinco linhas, no máximo, resumindo o experimento efetuado, os


resultados obtidos e as conclusões a que se chegou.

1 - INTRODUÇÃO: consiste de uma apresentação do tema proposto e dos fundamentos


teóricos da prática.

2 - OBJETIVO: apresentação do objetivo a que se pretende chegar com o experimento

3 - PARTE EXPERIMENTAL: descrição da metodologia empregada para a realização do


experimento. Geralmente é subdividido em duas partes:
3.1 – Materiais utilizados: apresentação de uma lista de materiais, reagentes e
equipamentos utilizados no experimento, especificando o fabricante e o modelo de cada
equipamento, assim como a procedência e o grau de pureza dos reagentes utilizados;
3.2 – Procedimento experimental: descrição de forma detalhada e ordenada das
etapas necessárias à realização do experimento.

4 – RESULTADOS: apresentação de todos os dados obtidos experimentalmente ou


calculados a partir destes. Todos os resultados devem ser apresentados na forma de
tabelas, gráficos, esquemas, diagramas, imagens fotográficas ou outras figuras.

5 – DISCUSSÕES: discussão concisa e objetiva dos resultados, a partir das teorias e


conhecimentos científicos prévios sobre o assunto, de modo a se chegar a conclusões.
Neste tópico, o aluno deverá:
• Interpretar e comentar os resultados do trabalho;
• Mencionar as dificuldades encontradas;
• Avaliar erros experimentais e suas implicações;

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• Discutir de forma concisa e objetiva dos resultados, a partir das teorias e
conhecimentos científicos prévios sobre o assunto, de modo a se chegar a
conclusões;
OBS: Tabelas e Figuras devem ser citadas no texto. Devem ser numeradas e apresentar um
título.

6- CONCLUSÕES: apresentação das conclusões deduzidas da discussão. O aluno deverá:


• Apresentar cada conclusão em forma de uma frase curta que cite apenas o fato em
questão;
• Verificar se as conclusões respondem aos objetivos propostos.

7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: citação de livros, artigos científicos, documentos e


páginas da internet consultados. Exemplos:
• [1] SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J. Fundamentals of analytical
chemistry. 7.ed. Fort Worth: Saunders College, 1996. 870p.
• [2] LANÇAS, F. M. Cromatografia em fase gasosa. São Carlos: Acta, 1993.
240p.
• [3] LANÇAS, F. M.; RODRIGUES, J. C.; FREITAS, S. S. Preparation and use of
packed capillary columns in chromatographic and related techniques. J. Sep.
Sci., v.27, p. 1475-1482, 2004.
• [4] BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Programa de
desenvolvimento da fruticultura. Brasília: MAPA, 2003. Disponível em:
<http://www.agricultura.gov.br>. Acesso em: 16 out. 2003.

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Exemplo de um Relatório:

DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DO CHUMBO SÓLIDO

RESUMO

A densidade do chumbo sólido foi determinada, na temperatura de 303,15 K, pela


razão entre a massa e o volume de corpos de chumbo de tamanhos variados. Obteve-
se o valor 11,4 ± 0,1 g cm-3, o qual apresenta boa concordância com o valor reportado
na literatura.

1- INTRODUÇÃO
O chumbo é um elemento químico metálico, de número atômico 82, que funde na
temperatura de 600,6 K. Seu símbolo químico é Pb. É utilizado em proteção contra
radiação ionizante, em acumuladores (baterias), soldas, munição, além de outras.
(BARBOSA, 1999)
Densidade é a razão entre a massa e o volume (vide Equação 1). É uma
propriedade física que pode ser utilizada para identificar substâncias. Pelo fato dos
sólidos serem bem pouco compressíveis, a densidade dos sólidos não varia muito com a
temperatura.
massa (1)
densidade =
volume
O objetivo deste experimento é determinar a densidade do chumbo sólido e
compará-lo com o valor 11,35 g / cm3 apresentado na literatura. (KOTZ, 2002)

2- PARTE EXPERIMENTAL

2.1- Materiais utilizados


• Proveta de vidro (capacidade: 50,0 cm3);
• Balança Técnica (precisão ±0,1 g) – Fabricante: Perkin Elmer ;
• Água destilada;
• Corpos de chumbo (tamanhos variados).

2.2- Procedimento experimental


Foram pesados três corpos de chumbo, de tamanhos variados, em uma balança
técnica, anotando-se as massas com precisão de ±0,1 g. Cada corpo de chumbo foi imerso

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em uma proveta de vidro, de capacidade igual a 50,0 cm3, contendo previamente 25,0 cm3
de água destilada. A seguir, anotou-se o volume de água deslocado após a imersão de cada
corpo de chumbo. Todo o procedimento foi feito na temperatura ambiente do laboratório,
igual a 303,15 K.

3- RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os valores das massas dos corpos de chumbo e dos volumes de água deslocados
após a imersão de cada corpo estão apresentados na Tabela 1. Assumiu-se que o volume
deslocado de água corresponde ao volume do corpo imerso. A densidade de cada corpo de
chumbo foi calculada, a partir dos valores medidos de massa e de volume, utilizando a
Equação 1. Por fim, determinou-se o valor médio da densidade do chumbo e o respectivo
desvio-padrão, que mede a precisão do resultado. O valor obtido para a densidade do
chumbo é igual a 11,4 ± 0,1 g / cm3 e apresenta uma boa concordância com o valor da
literatura 11,35 g / cm3. (KOTZ, 2002)

Tabela 1. Valores das massas dos corpos de chumbo, dos volumes de água deslocados e
das densidades calculadas.
Corpo de Chumbo massa / g volume / cm3 densidade / g cm-3
1 57,5 5,0 11,5
2 79,8 7,0 11,4
3 101,7 9,0 11,3
média 11,4
desvio-padrão ± 0,1

4- CONCLUSÕES

A partir de medidas de massa e de volume de corpos de chumbo de tamanhos


variados, determinou-se o valor 11,4 ± 0,1 g / cm3 para a densidade do chumbo sólido, na
temperatura de 303,15 K. Este valor apresenta uma boa concordância com o valor 11,35 g /
cm3, reportado na literatura.

5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, A. L. Dicionário de Química. AB Editora: Goiânia, 1999.

KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. Química Geral 1 e reações químicas. 5.ed. São Paulo:
Thompson, 2003. 672p.

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AULAS PRÁTICAS

PRÁTICA 1 – TERMODINÂMICA: temperatura e calor

INTRODUÇÃO
Calor é um termo comum que em termodinâmica tem um significado especial. Em
termodinâmica, calor é a energia transferida em conseqüência de uma diferença de
temperatura. A energia flui na forma de calor de uma região de temperatura alta para uma
região de temperatura baixa.
A energia transferida para um sistema é representada como q. Portanto, quando a
energia interna de um sistema se altera somente por transferência de energia na forma de
calor, temos: ∆U = q
A energia transferida na forma de calor é medida em joules, J. Entretanto, em
bioquímica e áreas relacionadas, uma unidade de energia que ainda é muito utilizada é a
caloria (cal). Na definição original, 1 cal correspondia à energia necessária par elevar de 10C
a temperatura de 1g de água. A definição moderna é: 1 cal = 4,184 J (exatamente). O sinal
de q indica se calor entrou ou saiu do sistema. Se energia entra no sistema na forma de
calor, a energia interna aumenta e q é positivo. Se energia deixa o sistema na forma de
calor, a energia interna diminui e q é negativo. Um processo que libera calor para a
vizinhança é chamado de processo exotérmico. Um processo que absorve calor é
chamado de processo endotérmico.
È possível medir a energia transferida para um sistema na forma de calor, se
soubermos a capacidade calorífica do sistema, C, que é a razão entre o calor fornecido e o
aumento de temperatura que ele provoca: C = (q/∆T). A capacidade calorífica específica
(também chamada de calor específico), Cs, é a capacidade calorífica dividida pela massa da
amostra (Cs = C/m) e tem unidades de joules por grama por kelvin (J/g.K). Assim, o calor
fornecido a um sistema pode ser calculado usando a equação q = m Cs ∆T.

OBJETIVO
Estabelecer a relação entre calor e diferença de temperatura por meio da quantidade
de calor transferida entre duas massas iguais de água, a diferentes temperaturas.

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PARTE EXPERIMENTAL

Material necessário:
• Béquer;
• Termômetro;
• Gelo;
• Bico de bunsen;
• Tripé e tela de amianto;
• Tubo de ensaio;
• Suporte e garra;

Procedimento:
PARTE A (sistemas com temperaturas mais baixas):
1. Adicionar, em dois beckers, 50 mL de água (com auxílido de uma proveta);
2. resfriar a água do béquer 1, com ajuda de um banho de gelo, até que atinja
temperatura entre 15 e 20 oC (medida com termômetro);
3. aquecer a água do béquer 2, com ajuda de um banho de água quente, em até atingir
temperatura entre 40 e 45 oC;
4. Medir e anotar a temperatura da água nos bequers 1 e 2 e, imediatamente, despejá-
los em outro bequer;
5. Medir e anotar a temperatura da água após ser misturada;

PARTE B (sistemas com temperaturas mais altas):


• Repetir o procedimento (PARTE A) para água a 60-65 oC e a 70-75 oC;

PARTE C:
1. Montar um sistema para aquecimento de água num béquer;
2. Colocar um tubo de ensaio contendo água dentro desse béquer com água, de modo
que o tubo de ensaio não encoste nas paredes ou no fundo do béquer;
3. Medir a temperatura de ebulição da água no béquer e medir a temperatura da água
dentro do tubo de ensaio.

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o
T ( C)
PARTE A (menor T) PARTE B (maior T) PARTE C
Sistema 1 (béquer 1) -
Sistema 2 (béquer 2) -
Sistemas em equilíbrio (béquer 1 + béquer 2) -
Béquer (sistema 3) - -
Tubo de ensaio (sistema 4) - -

Observação: lavar toda a vidraria utilizada.


O relatório deverá ser entregue no dia estabelecido pela professora.

Tarefas que devem constar no relatório:


1. Preencher a tabela de resultados.
2. Calcular, para os experimentos da parte A e parte B, usando a equação q = m Cs ∆T, a
quantidade de calor perdida pelo sistema contendo água a temperatura mais elevada
(sistema 2) e a quantidade de calor ganha pelo sistema contendo água a temperatura mais
baixa (sistema 1), quando as duas quantidades de água são misturadas.
3. Qual situação (parte A ou parte B), envolveu maior quantidade de calor, ganho ou
perdido? Discutir.
4. Considerando o calor específico da água (1,0 cal g-1 oC-1) e o calor específico do ar (0,24
cal g-1 oC-1), explique por que, no verão, a água de uma piscina geralmente é mais fria que o
ar durante o dia e mais quente durante a noite.
5. Observando certos fatos no nosso dia-a-dia, sabemos que uma panela de alumínio
aquece muito mais rapidamente do que uma panela de ferro do mesmo tamanho, quando
colocadas em `bocas` de fogão aproximadamente iguais. Considerando-se que o calor
específico do alumínio (0,22 cal g-1 oC-1) é maior do que o do ferro (0,11 cal g-1 oC-1), a
panela de ferro deveria aquecer mais rapidamente que a de alumínio, o que não acontece.
Explicar.

REFERÊNCIAS
1. MORTIMER, E. F.; AMARAL, L. O. F. Quanto mais quente melhor – calor e temperatura
no ensino de termoquímica. Química Nova na Escola, n.7, p.30-34, 1998.
2. KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. Química Geral 1 e reações químicas. 5.ed. São Paulo:
Thompson, 2003. 672p.
2. ATKINS, P. W.; JONES, L. Princípios de Química – Questionando a vida moderna e o
meio ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2001. 914p.

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PRÁTICA 2 – PREPARO DE UM INDICADOR DE pH

INTRODUÇÃO
Um indicador de pH é uma substância que apresenta cores diferentes quando são
adicionados ácidos ou bases, ou seja, que mudam de cor conforme a concentração de íons
hidrogênio em solução. As mudanças de cor devem-se a modificações estruturais que
ocorrem nas substâncias em meios ácidos ou básicos.
De acordo com a definição de Bronsted-Lowry para ácidos e bases, os indicadores
são também compostos ácidos ou básicos. Assim, um indicador genérico HInd em solução
aquosa apresenta o seguinte equilíbrio:
HInd + H2O ↔ H3O+ + Ind-
Com isso, o aumento ou a diminuição de espécies ácidas ou básicas no meio fará
com que o equilíbrio se desloque para esquerda ou para a direita, e a cor resultante será
dependente das concentrações relativas de HInd e Ind-, que são as espécies responsáveis
pela coloração do meio. Assim, quanto maior for a acidez do meio, ou seja, quanto menor o
pH, maior será a protonação do indicador e, conseqüentemente, maior será a concentração
de HInd. Já com o aumento do pH, ou seja, quanto maior a basicidade, essa forma do
indicador vai sendo desprotonada, com o conseqüente aumento da concentração de Ind-.
Existem muitos indicadores na natureza. Por exemplo, o mesmo composto é
responsável pela cor vermelha das papoulas e pela cor azul das centáureas azuis: o pH da
seiva é diferente nas duas plantas. A cor das hortências também depende da acidez da
seiva e pode ser controlada modificando-se a acidez do solo.
A beterraba apresenta vários pigmentos pertencentes à classe das betalaínas.
Destes, a substância betanina é o principal agente cromóforo, correspondendo a 75 - 95%
dos pigmentos. Esta substância está presente no extrato alcólico da beterraba, que
apresenta cores diferentes nos meios ácido, neutro e básico. Este comportamento é
justificado pela isomerização da betanina em função do pH do meio. Em pH ácido, a
betanina converte-se em isobetanina e em meio básico, a betanina é hidrolisada, produzindo
ciclodopa-5-o-glicosídio e ácido betâmico.

OBJETIVO
Extrair corante da beterraba e empregá-lo como indicador de pH.

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PARTE EXPERIMENTAL

Material necessário:
• Beterraba;
• Álcool comercial (etanol);
• Solução aquosa de HCl 5% (v/v);
• Solução aquosa de NaOH 5% (m/v);
• Água destilada;
• Béquer (50 e 250 mL);
• Suporte universal e argola para funil;
• Funil analítico;
• Papel de filtro;
• Tubos de ensaio e estante para tubos;
• Bastão de vidro;
• Balança analítica;
• Espátula;
• Proveta (50 ou 100 mL);
• Pipeta graduada (5 ou 10 mL) e pipeta Pasteur;
• Pipetador ou pêra;
• água sanitária, xampu, vinagre, etc.

Procedimento:

A) Extração:
1. Pesar 25 g da beterraba processada e transferir para o béquer de 250 mL;
2. Adicionar 50 mL de álcool;
3. Misturar com o bastão de vidro e aguardar 15 minutos;
4. Filtrar

B) Teste do indicador:
1. Numerar 3 tubos de ensaio;
2. Adicionar 1 mL do extrato filtrado em cada tubo de ensaio;
3. Adicionar 1 mL da solução de HCl no tubo 1;
4. Adicionar 1 mL de água destilada ao tubo 2;
5. Adicionar 1 mL da solução de NaOH no tubo 3;

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6. Agitar todos os tubos e observar a cor do indicador nos 3 tubos. Anotar os
resultados.
Cor observada
Tubo 1 Extrato ácido
Tubo 2 Extrato neutro
Tubo 3 Extrato básico

C) Teste do pH de materiais de uso cotidiano:


1. Adicionar 1 mL do extrato filtrado a 3 tubos de ensaio;
2. Adicionar nos 3 tubos, respectivamente: 1 mL de vinagre; 1 mL de água sanitária e 1
mL da solução de xampu.
3. Agitar todos os tubos, observar as cores e compará-las com os tubos da parte B.
Anotar os resultados.

Cor observada
Extrato + vinagre
Extrato + água sanitária
Extrato + xampu

Observação:
Descartar as soluções utilizadas no frasco apropriado e lavar toda a vidraria utilizada.
O relatório deverá ser entregue na data estabelecida pela professora.

Tarefas que devem constar no relatório:


1. Tabela de resultados preenchida.
2. O pigmento vermelho presente no extrato alcoólico da beterraba possui característica
polar ou apolar? Explique.
3. O extrato obtido pode ser utilizado como indicador de pH? Explique.
4. Comente qualitativamente, com base na cor observada, o pH (neutro, básico ou ácido)
dos produtos testados.

REFERÊNCIAS
1. DIAS, M.V.; GUIMARÃES, P. I.; MERÇON, F. Corantes naturais – Extração e Emprego
como Indicadores de pH. Química Nova na Escola, n.17, p.27-31, 2003.
2. ATKINS, P. W.; JONES, L. Princípios de Química – Questionando a vida moderna e o
meio ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2001. 914p.

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PRÁTICA 3 – SOLUÇÃO TAMPÃO

INTRODUÇÃO
Os tampões têm um papel importante em processos químicos e bioquímicos, nos
quais é essencial a manutenção do pH. Assim, muitos processos industriais e fisiológicos
requerem um pH fixo para que determinada função seja desempenhada. Por exemplo, o
sistema tampão HCO3-/H2CO3 é importante fisiologicamente, uma vez que controla o
transporte de CO2 no sangue e o pH do mesmo.
Um tampão é uma mistura de um ácido fraco e sua base conjugada ou de uma base
fraca e seu ácido conjugado.
Soluções tampão são soluções que resistem a variações bruscas no pH causadas
pela adição de ácidos ou bases. Esta resistência é resultado do equilíbrio entre as espécies
participantes do tampão. Por exemplo, considerando um sistema tampão ácido (HA/A-), se
um ácido for adicionado ao tampão, ocorrerá uma elevação da concentração dos íons H3O+
do meio (uma perturbação do equilíbrio); de acordo com o princípio de Le Chatelier, essa
perturbação será neutralizada pela base conjugada do tampão, que aceita prótons dos íons
H3O+ fornecidos pelo ácido adicionado, restabelecendo o estado de equilíbrio e mantendo o
pH do meio, conforme a reação abaixo:
A- (componente básico do tampão) + H3O+ (adicionado) ↔ HA + H2O
Do mesmo modo, se uma base for adicionada a este tampão, haverá uma elevação
da concentração dos íons OH- do meio (uma perturbação do equilíbrio); de acordo com o
princípio de Le Chatelier essa perturbação será neutralizada pelo ácido do tampão, que
transfere prótons para os íons OH- fornecidos pela base adicionada, reestabelecendo o
estado de equilíbrio, mantendo o pH do meio, conforme a reação abaixo:
HA (componente ácido do tampão) + OH- (adicionado) ↔ A- + H2O
É importante lembrar que existe um limite para as quantidades de ácido ou de base
adicionados a uma solução tampão antes que um dos componentes seja totalmente
consumido. Esse limite é conhecido como a capacidade tamponante de uma solução
tampão e é definido como a quantidade de matéria de um ácido ou base fortes necessária
para que 1 litro da solução tampão sofra uma variação de 1 unidade no pH. Assim, quanto
maior a capacidade tamponante, maior será o tempo da ação tampão.
Os sistemas tampão são escolhidos de acordo com a faixa de pH que se deseja
tamponar. A equação de Henderson-Hasselbalch é uma forma rearranjada da expressão da
constante de equilíbrio, Ka, extremamente útil no preparo de tampões:
pH = pKa + log (Cbase/Cácido)
Esta equação, além de permitir encontrar a proporção exata dos constituintes para a
obtenção do pH desejado, possibilita estimar as variações no pH dos tampões e também

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permite o cálculo rápido do pH do tampão, quando a proporção dos componentes é
conhecida.
Para que a capacidade tamponante seja efetiva, é necessário que a razão das
concentrações do ácido e sua base esteja entre 0,1 e 10. Assim, a solução tampão é efetiva
na faixa de pKa ± 1 e a capacidade tamponante será máxima quando pH = pKa.

OBJETIVO
Verificar as propriedades de uma solução tampão;

PARTE EXPERIMENTAL

Material necessário:
• Soluções tampão de ácido acético/acetato 0,1 e 0,01 mol L-1;
• Solução de HCl e NaOH 0,1 mol L-1;
• Extrato de repolho roxo;
• Água destilada;
• Béquer (50 mL);
• Tubos de ensaio e estante para tubos;
• Pipeta graduada ou pipeta Pasteur;
• Pipetador.

Procedimento:

PARTE A:
1. Numerar 3 tubos de ensaio;
2. Nos 3 tubos (1, 2 e 3), adicionar 2 mL de água e 15 gotas do indicador;
3. No tubo 1, adicionar 1 gota da solução de HCl 0,1 mol L-1;
4. No tubo 3, adicionar 1 gota da solução de NaOH 0,1 mol L-1;
(o tubo 2 será usado como controle);
5. Observar o efeito da adição de ácido ou base e anotar os resultados na tabela.

Cor observada
Tubo 1 Água + ácido
Tubo 2 Água (controle)
Tubo 3 Água + base

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PARTE B:
1. Repetir o procedimento substituindo a água pelo tampão ácido acético/acetato
0,1 mol L-1;
2. Observar e anotar os resultados na tabela;
3. Reservar os tubos para os testes da PARTE D!

Cor observada
Tubo 1B Tampão + 1 gota de ácido
Tubo 2B Tampão + 1 gota água (controle)
Tubo 3B Tampão + 1 gota base

PARTE C:
1. Repetir o procedimento substituindo o tampão ácido acético/acetato 0,1 mol L-1 pelo
tampão de concentração menor (0,01 mol L-1)
2. Observar e anotar os resultados;
3. Reservar os tubos para os testes da PARTE D!

Cor observada
Tubo 1C Tampão diluído + 1 gota de ácido
Tubo 2C Tampão diluído + 1 gota água (controle)
Tubo 3C Tampão diluído + 1 gota base

PARTE D:
1. Adicionar ao tubo 1B, gota a gota, a solução de HCl 0,1 mol L-1 até observar
alteração da cor inicial da solução;
2. Anotar na tabela o número de gotas necessárias para alteração da cor inicial da
solução.
3. Adicionar ao tubo 3B, gota a gota, a solução de NaOH 0,1 mol L-1 até observar
alteração da cor inicial da solução;
4. Anotar na tabela o número de gotas necessárias para alteração da cor inicial da
solução.
5. Repetir o procedimento para a solução tampão de concentração menor (0,01 mol L-1)
(Tubos 1C e 3C)

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o -1 o -1
Tampão + extrato de n de gotas de HCl 0,1 mol L n de gotas de NaOH 0,1 mol L
repolho roxo necessário para observar necessário para observar
alteração da cor inicial alteração da cor inicial
-1
Tampão 0,1 mol L Tubo 1B ------------------
Tubo 3B ------------------
-1
Tampão 0,01 mol L Tubo 1C ------------------
Tubo 3C ------------------

Observação:
Descartar as soluções utilizadas no frasco apropriado e lavar todo o material utilizado.
O relatório deverá ser entregue no dia determinado pela professora.

Tarefas que devem constar no relatório:


1. Tabelas de resultados preenchidas.
2. Compare os resultados obtidos na parte A com os da parte B e parte C. Comente,
respondendo porque na parte B e na parte C não foi observada mudança na cor das
soluções pela adição do ácido e da base.
3. Compare e comente os resultados obtidos na parte B e na parte C (tampão concentrado e
tampão diluído).
4. Comente, em termos da capacidade tamponante, o resultado observado na parte D.
5. Quais as propriedades das soluções tampão puderam ser observadas através dos
experimentos realizados? Comente.

REFERÊNCIAS
1. DIAS, M.V.; GUIMARÃES, P. I.; MERÇON, F. Corantes naturais – Extração e Emprego
como Indicadores de pH. Química Nova na Escola, n.17, p.27-31, 2003.
2. MARCONATO, J. C.; FRANCHETTI, S. M. M.; PEDRO, R. J. Solução-tampão: uma
proposta experimental usando materiais de baixo custo. Química Nova na Escola, n.20,
p.59-62, 2004.
2. ATKINS, P. W.; JONES, L. Princípios de Química – Questionando a vida moderna e o
meio ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2001. 914p.

19
PRÁTICA 4 – CINÉTICA: velocidade de reação

INTRODUÇÃO
A velocidade de uma reação química refere-se à variação na concentração de uma
substância por unidade de tempo. Durante uma reação química, as quantidades de
reagentes diminuem com o passar do tempo, e as quantidades de produtos aumentam. È
possível descrever a velocidade da reação com base no aumento da concentração de um
produto ou na diminuição da concentração de um reagente por unidade de tempo.
Para que uma reação química ocorra, as moléculas dos reagentes devem se
aproximar, de modo que os átomos possam ser trocados ou rearranjados. Os átomos e as
moléculas são móveis na fase gasosa ou em solução e, portanto, as reações são realizadas
freqüentemente usando-se uma mistura de gases ou soluções dos reagentes. Sob essas
circunstâncias, diversos fatores afetam a velocidade de uma reação: concentração dos
reagentes, temperatura e uso de catalisadores.
Neste experimento será estudada a velocidade de reação entre os íons
permanganato e oxalato, em meio ácido:

5 C2O42- + 2 MnO4- + 16H+ → 10 CO2 + 2 Mn2+ + 8 H2O

O íon permanganato (MnO4-) apresenta a cor violeta e ao reagir com o íon oxalato
(C2O42-), em meio ácido, forma MnO (Mn2+) que é incolor.
A velocidade desta reação pode ser medida através do tempo necessário para
descorar a solução após a adição do permanganato.
Observação: Se a reação for realizada em meio básico, forma-se o MnO2 de cor
turva escura (marrom). A formação do MnO2 também é causada pela ação da luz.

OBJETIVO
• Verificar o efeito da temperatura e da concentração sobre a velocidade de uma
reação;

20
PARTE EXPERIMENTAL

Material necessário:
• Béquer de (50 e 250 mL;
• Proveta (10 e 100 mL)
• Pipeta graduada (5 ou 10 mL);
• Bastão de vidro;
• Manta de aquecimento;
• Termômetro;
• Cronômetro;
• Água destilada;
• Solução de ácido clorídrico 5 mol L-1;
• Solução de oxalato de amônio 0,5 mol L-1;
• Solução de permanganato de potássio 0,04 mol L-1;

Procedimento:
PARTE A: Influência da Concentração:

1. Numerar 4 béquers de 250 mL, limpos e secos.


2. Adicionar aos 4 béquers:
10 mL de HCl e 5 mL de ácido oxálico, nesta ordem;
3. No béquer 2, adicionar 50 mL de água destilada e misturar a solução até
homogeneizar;
4. No béquer 3, adicionar 100 mL de água destilada e misturar a solução até
homogeneizar;
5. No béquer 4, adicionar 150 mL de água destilada e misturar a solução até
homogeneizar;
6. No béquer 1: adicionar 4 mL da solução de KMnO4 (com o auxílio de uma pipeta)
acionando simultaneamente o cronômetro; Agitar a mistura (suavemente) e anotar
na tabela o tempo exato de descoramento;
7. Repetir este procedimento para os béquers 2, 3 e 4.

21
nº do béquer Tempo de descoramento (s) Concentração de C2O42- (mol L-1)

Observação: Para calcular a concentração de oxalato, utilizar a fórmula:

C1V1 = C2V2

PARTE B: Influência da temperatura

1. Numerar 4 béquers de 50 mL, limpos e secos.


2. Adicionar aos 4 béquers:
10 mL de HCl, 5 mL de ácido oxálico e 10 mL de água destilada, nesta ordem;
3. Ao béquer 1 adicionar à temperatura ambiente, 4 mL de solução de KMnO4,
acionando simultaneamente o cronômetro; Agitar a mistura (suavemente) e anotar
na tabela o tempo exato de descoramento e a temperatura (na qual ocorreu o
descoramento).
4. Elevar a temperatura do béquer 2 até aproximadamente 35 oC (usando a manta de
aquecimento). Repetir os procedimentos do item 3;
o
5. Elevar a temperatura do béquer 3 até aproximadamente 45 C. Repetir os
procedimentos do item 3;
o
6. Elevar a temperatura béquer 4 até aproximadamente 55 C. Repetir os
procedimentos do item 3;

nº do béquer Tempo de descoramento Temperatura de descoramento (oC)

Observação:
Descartar as soluções utilizadas no frasco apropriado e lavar toda a vidraria utilizada.
O relatório deverá ser entregue na data determinada pela professora

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Tarefas que devem constar no relatório:
1. Tabelas de resultados preenchidas.
2. Construir os seguintes gráficos:
• temperatura versus tempo de descoramento
• concentração de oxalato versus tempo de descoramento.
3. Discutir os resultados obtidos.

REFERÊNCIAS
1. KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. Química Geral 1 e reações químicas. 5.ed. São Paulo:
Thompson, 2003. 672p.
2. ATKINS, P. W.; JONES, L. Princípios de Química – Questionando a vida moderna e o
meio ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2001. 914p.
3. BROWN, T. L.; LEMAY, H. E. Jr; BURSTEN, B. E.; BURDGE, J. R. Química – A ciência
central. 9.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. 972p.

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