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Chuva acida
A chuva ácida tem um pH entre 5 e 2,2. A formação das mesmas trata-se de um fenômeno (e
um problema) moderno, originado a partir do grande desenvolvimento de centros urbanos
altamente industrializados. Com a liberação de poluentes à atmosfera pelas diversas fontes
de poluentes gasosos (indústrias, veículos e usinas energéticas), há a combinação destes
poluentes com o vapor de água existente na atmosfera. Esta combinação entre água e
poluentes (como o dióxido de enxofre e o óxido de nitrogênio) vai sendo acumulada em
nuvens, ocorrendo assim sua condensação, basicamente da mesma forma como são
originadas as chuvas comuns. Em contacto com o vapor de água da atmosfera, esses
poluentes podem ainda produzir outras substâncias por meio de reações químicas. O dióxido
de enxofre (SO2), que reage com o oxigênio do ar, dando SO3, que em seguida com o vapor
d’água da atmosfera, forma o ácido sulfúrico (H2SO4):
O dióxido de nitrogénio, por sua vez, pode produzir o ácido nítrico HNO3. As duas
substâncias resultantes são tóxicas e prejudiciais quando precipitadas.
Através da eletricidade gerada do choque entre nuvens, os elementos poluentes entram em
reação química, formando compostos ácidos, que mais tarde serão precipitados. Esses
poluentes atmosféricos podem precipitar-se sob a forma de chuva, mas também como
geada ou mesmo neblina.
Essas áreas queimam carvão com enxofre em sua composição para gerar calor e
eletricidade. Em várias cidades do oeste da Europa e do leste dos EUA, a chuva chegou a ter
pH entre 2 e 3, ou seja, entre o do vinagre e o do suco de limão, altamente ácidos e
prejudiciais ainda mais em grandes quantidades.
De acordo com notas do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), cerca de 35% dos
ecossistemas europeus já estão seriamente alterados e 50% das florestas da Alemanha e da
Holanda estão destruídas pela acidez da chuva. Na costa do Atlântico Norte, a água do mar
está entre 10% e 30% com índices mais ácidos que nos últimos vinte anos. Nas mais
importantes áreas industriais do Hemisfério Norte, o vento predominante vem do oeste. Isso
significa que as áreas situadas no sentido do vento, que vêm dessas regiões industriais,
recebem uma grande dose de poluição.
Aproximadamente 3 milhões de toneladas de poluentes ácidos são levados a cada ano dos
Estados Unidos para o Canadá devido as correntes de ar. De todo o dióxido de enxofre
precipitado no leste canadense, pelo menos metade dele provém das regiões industriais
situadas no nordeste dos EUA. E na Europa, a poluição ácida é soprada sobre a Escandinávia,
vindo dos países vizinhos, especialmente da Grã-Bretanha e do Leste-Europeu. Na América
do Sul, também ocorre essa influência do vento na dispersão de gases, citando a usina
termoelétrica de Candiota, em Bagé, no Rio Grande do Sul que provoca a formação de
chuvas ácidas no Uruguai. Estes casos comprovam a dispersão do gás poluente citado
através do vento, que ocorre chuvas ácidas não apenas no local da emissão do gás, mas
também em outras áreas, muitas vezes com grande distância.
Nos EUA, onde as usinas termoelétricas são responsáveis por praticamente 65% do dióxido
de enxofre lançado na atmosfera, o solo dos Montes Apalaches também está alterado: tem
uma acidez dez vezes maior que a das áreas vizinhas, de menor altitude, e cem vezes maior
que a das regiões onde não há esse tipo de poluição. Isso ocorre, porque áreas montanhosas
tendem a receber precipitações de chuvas anexas a correntes de ar que transportaram
quantidades de gases como o dióxido de enxofre fazendo com que ocasione a chuva ácida.
Na América do Sul, chuvas com pH médio 4,7 têm sido registradas tanto em regiões urbanas
e industrializadas como em regiões remotas. Em Cubatão, São Paulo, as chuvas ácidas
contribuem para a destruição da Mata Atlântica e desabamentos de encostas, provocando
sérios acidentes quando afetam as estradas dessas regiões.
Os seguintes monumentos históricos de grande valor cultural também estão sendo corroídos:
a Acrópole, em Atenas; o Coliseu, em Roma; o Taj Mahal, na Índia; as catedrais de Notre
Dame, em Paris e de Colônia, na Alemanha.
... Ácidos na água inibem a produção das enzimas que permitem que as larvas de truta
escapem das suas ovas;
... Provoca alterações morfológicas em animais, como nas larvas da
salamandra (fig.3);
... O baixo pH também faz circular metais pesados como o alumínio nos lagos. O alumínio faz
com que alguns peixes produzam muco em excesso ao redor de suas guelras, prejudicando a
respiração. O crescimento de fitoplâncton é inibido pelos grandes níveis de acidez e os
animais que se alimentam deles são prejudicados;
... O cobre formado a partir destas chuvas foi implicado nas epidemias de diarreia em
crianças jovens e acredita-se que existem ligações entre o abastecimento de água
contaminado com alumínio e a ocorrência de casos da doença de Alzheimer;
... Efeitos em construções atendendo a que a chuva ácida é responsável pela corrosão de
pedra, metal ou tinta. Esta vai acelerar o processo de degradação, destruindo estátuas,
prédios ou monumentos.... Pode em casos extremos causar a morte.