Professional Documents
Culture Documents
Nova
Quim. Nova, Vol. 24, No. 5, 646-657, 2001. Revisão
ORGANIC REACTIONS IN AQUEOUS MEDIA. The use of water as solvent in organic reactions has been
uncommon for several reasons, among them the low solubility of the reactants, the incompatibility of the
intermediates with water, and the competition between the desired reaction and hydrolysis. Breslow in 1980,
demonstrated that the hydrophobic effect accelerates Diels-Alder reactions and gives a high endo/exo
selectivity. Since then, many other reactions were studied in this medium, and below we show the principal
results. Besides the academic interest, human and economic aspects are included in this study. Water as a
solvent minimizes environmental impact, costs and increases operational safety.
INTRODUÇÃO quanto por regiões ligadas de forma aleatória por ligações hi-
drogênio. Esta estrutura pode ainda, ser entremeada por molé-
A utilização de água como solvente costumava ser descarta- culas de água livre, cavidades e vacâncias3.
da dos estudos de reações orgânicas por diversas razões, entre Em um segundo estágio, a água líquida é representada por
elas, a insolubilidade dos reagentes, a incompatibilidade dos um equilíbrio entre água estruturada e não-estruturada. Este
intermediários com a água e a competição das reações deseja- equilíbrio, por sua vez, pode ser afetado por temperatura, pres-
das com processos de hidrólise dos reagentes 1,2. No entanto, são e aditivos. À temperatura e pressão normal, as moléculas
um dos principais problemas na indústria química está relaci- de água em um líquido puro tem em média 4,4 vizinhos como
onado com a utilização de solventes orgânicos em seus proces- constatado por difração de nêutrons1.
sos. Sua manufatura, transporte, estoque, manuseio e descarte
são aspectos que demandam muito cuidado e dinheiro. Por estes REATIVIDADE DE COMPOSTOS APOLARES EM ÁGUA
motivos, a substituição de solventes orgânicos como meio
reacional por água é de grande interesse no que diz respeito a Efeitos de solventes na velocidade de uma reação podem ser
síntese orgânica, visto que minimiza o impacto ambiental, entendidos em termos da teoria do estado de transição. Um au-
além de ter mais baixo custo e apresentar menor periculosi- mento da constante de velocidade devido a um fator entálpico
dade operacional. pode resultar de um aumento de entalpia do estado inicial, ou de
Em adição aos aspectos econômicos e humanos, a água um decréscimo de entalpia do estado de transição. De acordo
apresenta muitas propriedades físico-químicas que podem ser com esta teoria, solventes podem modificar a energia de ativação
úteis nas reações, como a alta polaridade, à capacidade de pela diferente solvatação de reagentes e estado de transição1,3.
solvatar íons, formar ligações hidrogênio, ser um líquido Dessa forma, as conhecidas reações de solvólise SN1 são
estruturado, e agregar moléculas apolares dissolvidas (efeito aceleradas em solventes mais polares, como a água, devido as
hidrofóbico) 1,3,4,5. fortes interações entre o solvente e o estado de transição que
leva a formação íon carbênio1,3. Por outro lado, devido às
ESTRUTURA DA ÁGUA interações hidrofóbicas, temos que ter em mente que o fator
entrópico também tem papel especial.
Um solvente não pode ser considerado apenas por suas ca- Rideout e Breslow, em 1980, foram os primeiros a aponta-
racterísticas contínuas macroscópicas, ou seja, constantes físicas rem a importância deste efeito em reações orgânicas. Seu tra-
como densidade, constante dielétrica, índice de refração, entre balho mostrou que reações do tipo Diels-Alder são muito ace-
outras, mas também devem ser levadas em consideração carac- leradas em água, embora pouco sensíveis à polaridade do
terísticas descontínuas, que consistem nas interações entre mo- meio4. Uma explicação para essa aceleração seria o efeito hi-
léculas de solventes. De acordo com a extensão destas interações, drofóbico que é a tendência de espécies apolares a se agrega-
os líquidos podem ser divididos em dois grupos: não- rem em água com reconstituição da estrutura original da água3.
estruturados e estruturados ou regulares. No primeiro, as molé- Entretanto, só esta associação não seria suficiente para expli-
culas permanecem juntas por forças fracas não-direcionais de car o aumento da constante de velocidade. Supõe-se que isto
van der Waals. No segundo grupo, onde a água se encaixa, as se deva à alta energia de coesão da água, cujas moléculas li-
moléculas permanecem unidas por forças fortes e direcionais, gam-se mais eficientemente a elas mesmas do que a superfície
como as ligações hidrogênio. Nos líquidos estruturados, as mo- hidrocarbônica e este efeito tende a diminuir a superfície de
léculas não preenchem todo o espaço de forma eficaz, e como contato entre moléculas hidrofóbicas e a água. Este processo é
conseqüência sua estrutura possui cavidades1,3. facilitado pelo decréscimo do volume dos reagentes ao longo
A estrutura da água e sua importância ainda são objeto de da coordenada de reação, e pode ser aumentado para reações
muitos trabalhos na literatura. De forma geral, a água líquida com volume de ativação negativo. Tal hipótese é chamada de
é representada tanto por regiões ligadas de maneira ordenada, “interação hidrofóbica forçada” 1. Como conseqüência, entre
dois produtos possíveis em uma reação, aquele que passar por
um estado de transição mais compacto, deverá ser o principal
*e-mail: jjones@ufrj.br quando utilizarmos a água como solvente 1.
Vol. 24, No. 5 Reações Orgânicas em Meio Aquoso 647
+ +
COMe
COMe
endo exo
Cinética Seletividade
Solvente 105 k2 Solvente endo / exo
(mol- 1s -1)
isooctano 5,94 ciclo-pentadieno 3,85
metanol 75,5 etanol 8,5
H2 O 4.400 0,15M em H2 O 21,4
H2O + 4,86M LiCl 10.800 0,007M em H2O 22,5
H2O + (NH2)3 CCl 4.300
+ +
COMe
COMe
endo exo
isooctano 2 2,3
butanol 17 5
água 78 7,4
formamida 109 6,7
N-metilacetamida 183 4,7
Esquema 2. Estudo da endo seletividade da reação de Diels-Alder com relação a polaridade do meio.
O
β−Ciclodextrina
S H2O / 89o C HO S
HO S S
91%
CO2 H CO2H
CO2H OHC H OHC H
CHO H2O / 55o C
+ +
16 h
85%
(1) 5 : 1 (2)
Esquema 5. Indução assimétrica em reação do tipo Diel-Alder por um dieno acíclico assimétrico.
Ph NH3 Cl
+ - HCHO CH2
H 2O Ph N N
H2O / 3h / t.a.
H quantitativo
Ph
Esquema 6. Reação hetero Diels-Alder - sal de iminium com ciclo-butadieno
H OH OH
CHO H O H O
+ H 2O , p H= 0, 9 O
CO H +
2 1, 5h , 40 oC O O
H C O 2H
s o lu ção a qu o s a 8 3% H H
c om er c ial
ra z ão = 7 3 : 27
Ciclizações 1,3-dipolares de óxidos de nitrila com dipolaró- Rearranjos sigmatrópicos do tipo Claisen também, têm suas
filos podem ser realizadas em sistema aquosos bifásicos. O constantes de velocidades aumentadas em água. Devido ao seu
óxido de nitrila é normalmente gerado in situ pela oxidação de volume de ativação negativo, é esperado que o efeito hidrofó-
oximas. Esta metodologia, quando aplicada ao limoneno, é bico possa ser um dos responsáveis por este fato 1.
regio- e quimioespecífica na ligação dupla 8,9, produzindo O rearranjo de clorismato para prefenato em água pura é
isoxazolinas diastereoisoméricas (Esquema 9) 21. 100 vezes mais rápido do que em metanol (Esquema 12)25.
O
CO2 - -
O2C--
+ R N NaOCl / NEt3
H2O CO2-
OH
CH 2Cl2 / H2O
CO2-
O OH OH
N clorismato prefenato
R
const. vel. relativas
Esquema 9. Ciclo-adição de óxidos de nitrila ao limoneno.
H2 O 100
MeOH 1
Estudos sobre os efeitos de solventes neste tipo de rea- Esquema 12. Rearranjo de Claisen do clorismato em água.
ção, mostraram novamente uma aceleração em meio aquo-
so que parece ser induzida pelo efeito hidrofóbico (Esque-
ma 10) 22,23 . Um alilviniléter contendo um grupo carboxilato na forma de
sal sofre um rearranjo [3,3]-sigmatrópico em água para produ-
zir um aldeído (Esquema 13). A reação é 23 vezes mais rápida
Ph em água que em metanol26.
Ph O- CO2Bu o Ph N
N + 65 C O
H Ph H
BuO2C BuCO2C CO2 Bu
O 60O C O
Solvente 4
10 k2/dcm mol s 3 -1 -1 H2 O
Na O 2C(CH2)6 Na O2 C(CH 2)6
n-hexano 19,4
THF 5,9 const. vel. relativas
etanol 1,9 H2O 23
água 237 MeOH 1
água (2M LiCl) 985
água (2M uréia) 142 Esquema 13. Rearranjo de Claisen de um alil-vinil-éter.
etileno glicol 34
Tentativas de realizar a síntese de compostos do tipo
Esquema 10. Efeito hidrofóbico em reações de ciclo-adição de fenestreno com junção trans entre os anéis adjacentes não
N-difenilnitronas. obtiveram sucesso 27. Entretanto, no Esquema 14 é mostrado
um típico Rearranjo de Claisen só que em solução aquosa de
metanol (3:1) onde a junção de anel trans é obtida em 48%
Uma aplicação importante de ciclizações 1,3-dipolar em água, de rendimento28.
está na síntese da (+)-biotina e seus derivados benzilados a
partir de uma azida (Esquema 11). Neste caso é necessário
utilizar água no estado superaquecido, área de estudo que tem O
atraído muita atenção24. H H
CHO
H H2 O / MeOH (3:1) H
NaOH (1eq)
O O O 90 oC, 8h
N3 H H
N N N N Ph N N
Ph
Ph 48%
H2O, 150oC N N2+
S 2h S S Esquema 14. Rearranjo de Claisen do fenestreno em solução
O O O aquosa de metanol (3:1).
Esquema 18. Reação de Barbier utilizando Zn como mediador. Esquema 22. Diastereosseletividade de reação de alilação.
Vol. 24, No. 5 Reações Orgânicas em Meio Aquoso 651
Um exemplo interessante do uso de um meio aquoso para condensação cruzada só podem ser obtidos com bons rendi-
reações orgânicas foi demonstrado por Yang e Chan 38. Eles mentos se vierem da reação de um composto carbonilado não
desenvolveram uma metodologia “one pot” para a síntese de enolizável, por exemplo benzaldeído e derivados, com um outro
estruturas tricíclicas através da adição de um organoíndio, se- menos reativo à reações de adição, para que funcionem bem
guida de ciclização do tipo Diels-Alder (Esquema 23). como enolatos39.
Uma modificação útil desta metodologia para obtenção de pro-
Condensação Aldólica e Reações do Tipo Reformatsky dutos de condensação cruzada envolve a reação de um sililenoléter
com um composto carbonilado (Reação de Mukaiyama) na pre-
As condensações de compostos carbonilados são muito im- sença de um ácido de Lewis40. Recentemente, esta reação tem
portantes em síntese orgânica para formação de uma nova liga- sido feita, com sucesso, em meio aquoso sob condições neutras,
ção carbono-carbono. Em sua versão mais simples, esta é rea- na presença de um ácido de Lewis (Esquema 24)40-42.
lizada a partir dos substratos carbonilados sobre catálise básica Em 1999, Kobayashi43, mostrou o uso complexos quirais
ou ácida. No entanto, estes processos podem levar aos produ- como catalisadores para induzir alguma quiralidade no produto
tos de desidratação ou à polímeros. Além disto, produtos de de condensação (Esquema 25).
O
CpIn + THF / H 2O (4/1)
H CH=CHCO2 Et CH=CHCO 2Et
0 oC
OH
THF / H2 O (4/1)
Sc(OTf)3 (10 mol%)
OH
CO 2Et
OSiMe 3 O OH O OH
H H
Ph + Ph
+ PhCHO
sin anti
O O
O O S iMe 3 N N OH O
H +
Cu( DS )2 / H 2 O
C 11 H2 3 CO 2H 3 8% ( s in : an ti = 1,7 : 1 )
E : Z = 3 : 97 2 3oC / 20 h e e = 5 8 % (si n, 2S , 3 S )
DS = d od eci lsulfo na t o
O
R' Br
OH
Sn / THF TsOH O
O +
"R CO2R NH4Cl / H2O R' CO2R dimetoxi-etano
R" R'
14h / 60 oC R"
OH O
O Zn(NO3) 2
O Me2N(CH) 2OH
H +
H2O, 40o C, 6h O2N
O2N pH = 9,5 quantitativo
Esquema 27. Obtenção do produto de condensação aklólica com pH controlado.
RO2C O R'
H2 O / THF (4:1) R' Yb (OTf)3 RO2C
O + +
O2N H2O / t.a. O2 N
t.a. H3C H3C
H3C CHO OH OH O
H H
(4) sin Esquema 30. Adição de Michael catalisada por ácidos de Lewis
anti
tolerantes a água.
O NO2 NO2
CH3 NO2 + H 2O
0
+
32h / 40 C
O O O
1M 0,5M 4 : 1
O O
Nu / base
H2O
Nu
O
NaOH (pH=14) 65
CH 3NO2 10,21 Na2 CO3 (pH=10) 5,0 40
NO2
NaHCO3 (pH=7,5) 20
NaOH (pH=14) O
**
8,5 Na2 CO3 (pH=10) 7,5 20
NO2 NO2
NaHCO3 (pH=7,5) 25
O
NaOH (pH=14) 20
O O OEt
13,0 Na2CO3 (pH=10) 5,0 30
EtO OEt O
NaHCO3 (pH=7,5) 10
EtO O
O
O O NaOH (pH=14) **
8,94 Na2CO3 (pH=10) 1,0 35
O
NaHCO3 (pH=7,5) 33
O
NaOH (pH=14) O 30
SH 10,65 Na2CO3 (pH=10) 2,0 50
NaHCO3 (pH=7,5) C 3H7 70
S
SH NaOH (pH=14) O 30
6,5 Na2CO3 (pH=10) 0,8 55
NaHCO3 (pH=7,5) SPh 95
Um outro estudo interessante demonstra que a reação de É interessante apontar a síntese da tricetona (6), sem catálise
adição de tiofenol a nitro-olefinas em meio aquoso leva aos β- básica, a partir da adição conjugada de 2-metil-1,3-ciclo-
nitro-sulfetos correspondentes em rendimentos que variam de pentanona à metilvinilcetona (Esquema 33)59-61. O composto
58-95% (Esquema 32)58. Para o caso da nitro-olefina cíclica 1- obtido pode ser empregado na síntese de anéis fundidos.
nitro-ciclo-hexeno, o único produto observado foi o cis-1-nitro-
2-(feniltio)-ciclo-hexano em 70% de rendimento. O
O
O o
H2O, 20 C
+ (6)
5 dias
88% O
NO2 NO2 NO2 O
O
PhSH / H2 O R + R
R NaHCO (pH ~
3 = 7-10 ) pirrolidina
SPh SPh éter seco
AcOH
anti sin 0o C, 1,5h
Ar = OH
CHO CN
H2O
Esquema 34. Adição de fosfinas a alquenos e alquinos ativados. CN +
DABCO
7-8h
96%
Luche et al demonstraram que haletos de alquilas reagem
com aldeídos e cetonas α,β-insaturados, levando aos produtos
de adição quando na presença de zinco - cobre em água ou DABCO = 1,4-diazabiciclo[2.2.2]octano
solventes duplos (Esquema 35)65-67.
Esquema 37. Reação de Baylis-Hilman.
O O Oxidações e Reduções
I(CH2)3Cl
H2 O - Py (4 : 1) Muitas oxidações clássicas são feitas em meio aquoso, usan-
Cl
Zn - Cu do como reagentes oxidantes permanganato de potássio,
ul tra-som 85% periodato de sódio, hipoclorito de sódio ou cálcio 1 . Este
solvente é bastante conveniente devido à solubilidade destes
oxidantes. No entanto, há casos onde o uso de água como
O O solvente tem especial efeito comparado a solventes orgânicos.
CH3(CH2)4I
Epoxidações de alquenos por perácidos podem ser realiza-
das prontamente em solventes não polares como diclorometano.
H2O - n-PrOH (3:1)
Argumenta-se que solventes capazes de formar ligações hidro-
Zn - Cu gênio podem retardar a reação, interferindo com a ligação hi-
ultra-som
drogênio intramolecular dos perácidos. Porém, foi observado
40%
que a reação de alquenos simples com ácido m-cloro-
perbenzóico (AMCPB) em solução aquosa de bicarbonato (pH
Esquema 35. Adição conjugada de haletos de alquila na presença 8,3) é rápida à temperatura ambiente70.
de Zn. Uma extensão interessante desta metodologia envolve a
Blanchard et al68 aproveitaram esta metodologia para adicio- epoxidação de álcoois poliolefínicos por perácidos. Estas rea-
nar unidades de carboidratos e derivados de amino-ácidos a ções não costumam apresentar quimiosseletividade em meio
várias olefinas ativadas. Eles observaram também que o uso de orgânico. No entanto, pode-se observar uma quimiosseletiva-
ultra-som pode ser substituído por uma agitação vigorosa (Es- mente da epoxidação por ácido monoperftálico (AMPF) em
quema 36). água, quando o pH do meio é controlado (Esquema 38) 71.
OH
OH OH OH
O O
+ +
O O
Condições
AMCPB -CH2Cl2 30 57 13
N (Rh / L) HN
O O
Me H2 , H2 O / EtOAc (1:1) Me
AMCPB, H2 O
O H
80 oC, 3h
27%
L= ee > 96%
Esquema 39. Oxidação de Baeter-Villiger de pinanonas. ( m- Ph SO3 N a) 2- nPh nP PPh n( m -P hSO 3N a) 2- n
(RMP)
CO2H 10 min, 95%
PhH
CO2 H H2 / 1 atm (b) Rearranjo do 1-etenil-1-ciclo-hexanol
RhCl(PAr 3)3
PhH / H2 O
O
CO2H
o
OH H2O, 250 C
(AC)
Condições Ren d (%) ác. 3-nonenóico ác. 8-nonenóco ác. nonenóco 60 min, 44%
PhH / 4h 89 57 12 24 Esquema 44
PhH/H2O (5:10)/2h 90 0,7 85 8
CO2H HRh(CO)(tppts)3 H
1) 2% KOH aq, + CO + H 2
H2O
300 oC, 30 min O
+
CO2Me 2) H3O NaO3S
90%
tppts =
P SO3 Na
REFERÊNCIAS
Um exemplo interessante é o acoplamento pinacol, que pode
ser feito em água na presença de alumínio ou magnésio. Uma 1. Lubineau, A.; Augé, J.; Queneau, Y.; Synthesis 1994, 741.
vantagem é a baixa ou nenhuma formação do produto de redu- 2. King, J. F.; Rathore R.; Lam, J; Guo, Z. R.; Klassen, D.
ção da carbonila (Esquema 47) 79, 80. F.; J. Am. Chem. Soc. 1992, 114, 3028.
3. Reichardt, C.; In Solvents and solvent effects in organic
chemitry, VCH, New York, 2 a ed., 1988, p 534.
OH 4. Rideout, D. C.; Brelow. R.; J. Am. Chem. Soc. 1980, 102,
O
Ph + Ph OH 7816.
Ph
Ph H 5. Breslow, R.; Acc. Chem. Res. 1991, 24, 159.
OH 6. Grieco , P. A.; In Organic synthesis in water, Blacki
Academic & Professional, London:, 1998, p310.
Condições % ( +- / meso) % 7. Li, C. -J.; Chan, T. H.; In Organic reaction in aqueous
media, John Wiley & Sons, Inc, New York, 1997, p198.
NaOH / H2 O / Al / 2h 89 (50/50) 0 8. Katritzky, A. R.; Allin, S. M.; Acc. Chem. Res. 1996,
NH4Cl / H2O / Mg / 90h 95 (40/50) 5 29, 399.
9. Ahamd-Zadeh Samii, A.; Savignac. A.; Rico, I.; Lattes,
Esquema 47. Acoplamento de Pinacol. A.; Tetrahedron 1985, 41, 3683.
10. Breslow, R.; Maitra, U.; Rideout, D.; Tetrahedron Lett.
Compostos β-amino-carbonilados podem ser preparados em 1983, 24, 1901.
meio aquoso através da reação do tipo Mannich. A reação é 11. Otto, S.; Engberts, B. F. N.; Tetrahedron Lett. 1995, 36,
eficientemente catalisada por ácido dodecilbenzenossulfônico 2645.
(Esquema 48)81. 12. Sternbach, D. D.; Rossana, D. M.; J. Am. Chem. Soc.
1982, 104, 5853.
13. Wang, W. B.; Roskamp, E. J.; Tetrahedron Lett. 1992,
O ác. dodecil-
Ph 33, 7631.
NH O
PhCHO + PhNH2 + benzenossulfônico 14. Keay, B. A.; Chem. Commun. 1987, 420.
Ph o
23 C / 12h Ph Ph 15. Dols, P. M. A.; Klunder, A. J. H.; Zwanenburg, B.;
69% em H2O Tetrahedron 1994, 50, 8515.
9% em MeOH 16. Brandes, E.; Grieco, P. A.; Garner, P.; Chem. Commun.
4% em CH2Cl2 1988, 500.
17. Larsen, S. D.; Grieco, P. A.; J. Am. Chem. Soc. 1985,
Esquema 48. Reação do tipo Marinch.
107, 1768.
18. Waldman, H.; Synthesis 1994, 535.
A hidroformilação já foi implementada em escala industrial. 19. Waldman, H.; Synlett 1995, 133.
A reação de propeno com monóxido de carbono para produzir 20. Lubineau, A.; Augé, J.; Lubin, N.; Tetrahedron Lett.
butiraldeído pode ser feita em meio aquoso heterogêneo, onde 1991, 32, 7529.
o catalisador de ródio está dissolvido na água. O processo 21. De Mattos, M. C. S.; Kover, W. B.; Quim. Nova 1991,
pertence a Ruhrchemie/Rhône-Poulenc (Esquema 49) 82. 14, 91.
Vol. 24, No. 5 Reações Orgânicas em Meio Aquoso 657
22. Inoue, Y.; Araki, K.; Shiraishi, S.; Bull. Chem. Soc. Jpn. 54. Keller, E.; Feringa, B. L.; Synlett 1997, 842.
1991, 64, 3079. 55. Ballini, R.; Bosica, G.; Tetrahedron Lett. 1996, 37, 8027.
23. Gholami, M. R.; Yangjeh, H.; J. Chem. Reserch (S) 56. Lubineau, A.; Augé, J.; Tetrahedron Lett. 1992, 8073.
1999, 226. 57. da Silva, F. M.; Gomes, A. K.; Jones Jr.; J. Can. J. Chem.
24. Deroose, F. D.; De Clercq, P. J.; Tetrahedon Lett. 1994, 1999, 77, 624.
35, 2615. 58. da Silva, F. M.; Jones Jr, J.; J. Braz. Chem. Soc. 2001,
25. Copley, S. D.; Knowles, J.; J. Am. Chem. Soc. 1987, 12, 135.
109, 5008. 59. Hajos, Z. G.; Parrish, D. R.; J. Org. Chem. 1974, 39,
26. Brandes, E.; Grieco, P. A.; Gajawski, J. J.; J. Org. Chem, 1612.
1989, 54, 515. 60. Harada, N.; Sugioka, T.; Uda, H.; Kurik. T.; Synthesis
27. Luyten, M.; Keese, R.; Tetrahedron 1986, 42, 1687. 1990, 53.
28. Grieco , P. A.; Brandes, E. B.; McCann, S.; Clark, J. D.; 61. Lavallee, J. F.; Deslongchamps, P.; Tetrahedron Lett.
J. Org. Chem. 1989, 54, 5849. 1988, 29, 6033.
29. Lubineau, A.; Auge, J.; Bellanger, N.; Caillebourdin, S.; 62. Larpent, C.; Patin, H.; Tetrahedron 1988, 41, 6107.
J. Chem. Soc. Perkin Trans. 1 1992, 13, 1631. 63. Larpent, C.; Meignan, G.; Patin, H.; Tetrahedron 1990,
30. Li, C. -J.; Tetrahedron 1996, 52, 5643 . 46, 6381.
31. Schmid, W.; Whitesides, G. M.; J. Am. Chem. Soc. 1991, 64. Heo, C. K. M.; Bunting, J. W.; J. Org. Chem. 1992,
113, 6674. 57, 3570.
32. Pétrier, C.; Luche, J. L.; J. Org. Chem. 1985, 50, 910. 65. Petrier, C.; Dupy, C.; Luche, J. L.; Tetrahedron Lett.
33. Li, C. -J.; Chan, T. H.; Tetrahedron Lett. 1991, 32, 7017. 1986, 27, 3149.
34. McCluskey, A.; Green Chemistry 1999, 1, 167. 66. Luche, J. L.; Allavenda, C.; Tetrahedron Lett. 1988,
35. Li, C. -J.; Zhang, W. -C.; J. Am. Chem. Soc. 1998, 29, 5369.
120, 9102. 67. Luche, J. L.; Allavenda, C.; Petrier, C.; Dupuy, C.;
36. Paquette, L. A.; Mitzel, T. M.; Tetrahedron Lett. 1995, Tetrahedron Lett. 1988, 29, 5373.
36, 6863. 68. Blanchard, P.; El Korthi, M. S.: Fourrey, J. L.; Robert-
37. Paquette, L. A.; Rothhaar, R.; J. Org. Chem. 1999, 64, 217. Gero, M.; Tetrahedron Lett. 1992, 33, 3319.
38. Yang, Y.; Chan, T. H.; J. Am. Chem. Soc. 2000, 122, 402. 69. Augé, J.; Lubin, N.; Lubineau, A.; Tetrahedron Lett.
39. Kronenberg, M. E.; Havinga, E.; Rec. Trav. Chim. 1965, 1994, 35, 7947.
17, 979. 70. Fringuelli, F.; Germani, R.; Pizzo, F.; Savelli, G.;
40. Lubineau, A.; J. Org. Chem. 1986, 51, 2142. Tetrahedron Lett. 1989, 30, 1427.
41. Lubineau, A.; Meyer, E.; Tetrahedron 1988, 44, 6065. 71. Fringuelli, F.; Germani, R.; Pizzo, F.; Santinelli, F.;
42. Kobayashi, S.; Hachiya, I.; Tetrahedron Lett. 1992, Savelli, G.; J. Org. Chem. 1992, 57, 1198.
33, 1625. 72. Thomas, A. F.; Rey, F.; Tetrahedron 1992, 48, 1927.
43. Kobayashi, S.; Mori, Y.;Nagayama, S.; Manabe, K.; 73. Yang, D. T. C.; Zhang, C. J.; Fu, P. P., Kabalka, G. M.;
Green Chemistry 1999, 1, 175. Synth. Commun. 1997, 27, 1601.
44. Chan, T. H.; Li, C. J.; Wei, Z. Y.; Chem. Commun. 74. Okano, T.; Kaji, M.; Isotami, S.; Kiji, J.; Tetrahedron
1990, 505. Lett, 1992, 33, 5547.
45. Zhou, J.; Lu, G.; Wu, S.; Synth. Commun. 1992, 22, 481. 75. Bakos, J.; Orosz, A.; Heil, B.; Laghmari, M.; Lhoste, P.;
46. Mattes, H.; Benezra, C.; Tetrahedron Lett. 1985, 26, 5697. Sinou, D.; Chem. Commun. 1991, 1684.
47. Diana, S. -C. H.; Sim, K. -Y.; Loh, T. -P.; Synlett. 76. Lensink, C.; de Vries, J. G.; Tetrahedron: Asymmetry
1996, 263. 1992, 3, 235.
48. Buonora, P. T.; Rosauer, K. G.; Dai, L.; Tetrahedron Lett. 77. An, J.; Bagnell, L.; Cablewiski, T.; Strauss, C. R.;
1995, 36, 4009. Trainor, R. W.; J. Org. Chem. 1997, 62, 2505.
49. Fringuelli, F.; Pani, G.; Piermatti O.; Pizzo, F.; 78. Alemán, P. A.; Boix, C.; Poliakoff, M.; Green Chemistry
Tetrahedron 1994, 50, 11499. 1999, 1, 65.
50. Denmark, S. E.; Lee, W.; Tetrahedron Lett. 1992, 33, 7729. 79. Mecarová, M.; Toma, S.; Green Chemistry 1999, 1, 257.
51. Balline, R.; Bosica, G.; J. Org, Chem. 1997, 62, 425. 80. Bhar, S.; Panja, C.; Green Chemistry 1999, 1, 253.
52. Bergmann, E. D.; Ginsburg, D.; Pappo, R.; In Organic 81. Manabe, K.; Kobayashi, S.; Org. Lett. 1999, 1, 1965.
Reactions 1959, 10, p 179. 82. Cornils, B.; Wiebus, E.; Recl. Trav. Chim. Pays-Bas.
53. Keller, E.; Feringa, B. L.; Tetrahedron Lett. 1996, 37, 1879. 1996, 115, 211.