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NOÇÕES INICIAIS
1) NORMAS JURÍDICAS: é o conjunto de regras que regem as relações jurídicas entre as pessoas
(naturais e jurídicas) no seio da sociedade; e as relações dessas para com o Estado.
2) PRINCÍPIOS JURÍDICOS: são disposições que se espalham sobre as normas com a função de integrá-
las, dar-lhes coesão, atá-las e servir como elemento de interpretação das mesmas.
EX.: Princípio da isonomia aristotélica (art 5o CAPUT, I) → tratar os diferentes diferentemente e os
iguais igualmente; Princípio da legalidade (art 5o, II e CAPUT).
3) ESTADO:
I) CONCEITO: é a nação política e juridicamente organizada, composta de povo, território e
governo soberano.
II) ELEMENTOS:
i. POVO (elemento humano);
ii. TERRITÓRIO (elemento físico, geográfico ou espacial);
iii. GOVERNO SOBERANO OU SOBERANIA (elemento político).
III) PODERES DO ESTADO (FUNÇÕES)
O PODER DO ESTADO É UNO E INDIVÍSÍVEL. O QUE É DIVISÍVEL SÃO AS FUNÇÕES.
i. SÃO POLÍTICOS (ART 2 CF/88): LEGISLATIVO, EXECUTIVO e JUDICIÁRIO;
O
1) PODER EXECUTIVO
A. FUNÇÃO TÍPICA: gerenciar a coisa pública, buscando atingir ou alcançar o interesse público e
o bem comum.
B. ATIVIDADES ATÍPICAS:
i. atípica normativa:
- edição de medidas provisória pelo chefe do executivo (art 62): presidente;
governadores do DF e de estados e prefeitos de municípios. Estes 3 últimos, apenas se
previstos na constituição do estado ou na lei orgânica do DF ou município;
- edição de leis delegadas;
- edição de decretos.
ii. atípica “judicialiforme”: no julgamento dos processos
administrativos pelas autoridades competentes. (julgamento não jurisdicional – não faz
coisa julgada)
3) PODER JUDICIÁRIO
a. FUNÇÃO TÍPICA: SOLUCIONAR OS CONFLITOS de interesses, aplicando, distribuindo e criando o
direito nos casos em concreto, ou seja, aplicar a TUTELA JURISDICIONAL. (julgamento com
jurisdição – faz coisa julgada princípio de unidade de jurisdição)
B. ATIVIDADES ATÍPICAS:
i) Atípica normativa: ao elaborar seus regimentos internos.
ii) Atípica administrativa: ao licitar, celebrar contratos administrativos, nomear, exonerar,
conceder férias, afastamentos, licenças dos seus funcionários.
OBSERVAÇÃO FINAL:
1) FORMA DE ESTADO:
A – CONCEITO: refere-se à forma em que é exercido o poder político na sociedade.
Poder político: é a potestade (poder) que possui a entidade político-jurídica de elaborar suas próprias
normas jurídicas e auto organizar-se.
B – CLASSIFICAÇÃO:
1. UNITÁRIO: também chamado CENTRALIZADO, possui uma única fonte de onde emana poder
político. Ex.: URUGUAI, FRANÇA, CUBA.
2. COMPOSTO: também chamado DESCENTRALIZADO, possui mais de uma fonte de onde emana
poder político.
FEDERAÇÃO CONFEDERAÇÃO
Os estados membros são dotados de parcela de poder Os estados membros são dotados de parcela de
denominada autonomia para auto organizar-se. poder denominada soberania.
• POLÍTICA • TRIBUTÁRIA
• ADMINISTRA • ORÇAMENTÁRI
TIVA A
Os estados membros encontram-se unidos por Os estados membros encontram-se unidos por
vínculo indissolúvel. vínculo dissolúvel (Tratado Internacional).
4) ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A. CONCEITO GENÉRICO: consiste no complexo de órgãos, entidades e agentes pré-ordenados a
realizarem a atividade administrativa do Estado e a por em prática as políticas de governo.
NOTAS.:
ASPECTO OBJETIVO ASPECTO SUBJETIVO
FUNÇÃO LEGISLATIVA PODER LEGISLATIVO
FUNÇÃO EXECUTIVA PODER EXECUTIVO
GOVERNO
FUNÇÃO JUDICIÁRIA PODER JUDICIÁRIO
ESSENCIAIS À JUSTIÇA MPU
SERVIDOR PÚBLICO ÓRGÃOS
FOMENTO ENTIDADES
ADM. PÚBLICA
PODER DE POLÍCIA (AGENTES PÚBLICOS)
INTERVENÇÃO ADMINISTRATIVA
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C.1.: ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CENTRALIZAÇÃO
ART 18 CF/88
UNIÃO
DESCENTRALIZAÇÃO ESTADOS DESCONCENTRAÇÃO
ENTIDADES PÚBLICAS ÓRGÃOS PÚBLICOS
DIST. FEDERAL
- possui personalidade jurídica MUNICÍPIOS - não possui personalidade jurídica
- realizam atividades atípicas de Estado - pessoas jurídicas de direito público - realizam atividades típicas de Estado
interno ou pessoas político-jurídicas.
ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO
INDIRETA ou DESCENTRALIZADA DIRETA ou CENTRALIZADA
DESCENTRALIZAÇÃO: fenômeno administrativo que consiste na DESCONCENTRAÇÃO: fenômeno administrativo que consiste na
distribuição de competências da entidade político-jurídica para uma outra distribuição interna de competências da entidade político-jurídica.
entidade personificada.
Nota: atualmente, quer os órgãos da administração direta e as autarquias e fundações públicas podem arregimentar trabalhadores por regime híbrido: Lei
8112/90 e CLT. Na prática, isso quase não acontece por conveniência e oportunidade.
CARACTERÍSTICAS COMUNS DAS ENTIDADES PÚBLICAS: CARACTERÍSTICAS COMUNS DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS
1) Todas têm patrimônio e denominação (personalidade) próprias. 1) integra a entidade
2) Vedação constitucional para acumulação de cargos públicos. 2) não é titular de direitos e obrigações
3) É titular de direitos e obrigações 3) pode TER, excepcionalmente, direitos e obrigações.
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ENTIDADES PÚBLICAS
Caracterís- Regime
Natureza Bens Pagam
ticas Criação Finalidade Jurídico dos Licitam? Exemplos
Jurídica Tributos?
Entidade Trabalhadores Públicos Penhoráveis
EMBRATUR, BACEN;
USP, CNEM, CVM,
1) Lei 8112/90 INSS; Ordens e
Criada por Lei Direito Conselhos; Ag.
AUTARQUIAS Administrativa 2) Dec 5452/43 SIM NÃO NÃO SIM Reguladoras (ANP,ANA,
específica público
(CLT) ANVISA, ANTT,
ANTAQ, ANEEL,
ANATEL)
Autorizada por Direito
lei, criada por lei público 2 1) Lei 8112/90 UnB, FNS, FIOCRUZ,
FUNDAÇÕES
(pública) ou SOCIAL 2) Dec 5452/43 SIM NÃO NÃO SIM FUNAI, IBGE, ENAP,
PÚBLICAS Direito CNPQ, IPEA
registro em (CLT)
cartório (privada) privado 2
Autorizada por
lei, criada por SOCIAL ECT, SERPRO,
EMBRAPA, CEF,
EMPRESAS estatuto Direito Dec 5452/43
NÃO 4 SIM SIM 5 SIM 6 INFRAERO,
PÚBLICAS registrado em Privado (CLT) RADIOBRÁS, METRÔ,
cartório ou junta FINANCEIRA Caixa Econômica
comercial 1,2
Autorizada por SOCIAL CAESB, CEB, BRB,
SOCIEDADES lei, criada por PETROBRÁS,
Direito Dec 5452/43
DE ECONOMIA estatuto NÃO 4 SIM SIM 5 SIM 6 Eletronorte,
Privado (CLT) Banco do Brasil, Bancos
MISTA registrado em FINANCEIRA Estaduais.
junta comercial 1
1 – além da lei autorizativa, necessita-se do registro de pessoa jurídica para que a criação seja aperfeiçoada.
2 – será cartório ou junta comercial dependendo da FORMA escolhida para a Empresa Pública.
3 – Direito Público Autarquia Fundacional (espécies de autarquia efeitos jurisdicionais) / Direito Privado depende de regulamentação.
4 – Mandado de Segurança no 23.627/STF: à partir deste mandado, os bens dessas entidades passaram a ser Particulares Penhoráveis.
5 – art 173 §2o CF/88: As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado
(excetuam-se aqui, aquelas que apenas prestam serviços de utilidade pública com fins sociais).
6 – possibilidade de criação de regime jurídico próprio (diferente da Lei 8666/93).
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NOTAS:
1) CF/1969 x 2) CF/1988
a. Leis (Legislativo) a. Emenda à CF
b. Decreto-Lei (Presidente) – natureza autônoma, b. Leis:
criava direitos e obrigações na ordem jurídica por si i – complementar
mesmo ii – ordinárias
iii – delegadas
c. Decreto Legislativo
CFantiga X CFnova d. Resolução das Casas Legislativas
(banida) e. Medidas Provisórias
- desconstitucionalização (não existe no Brasil) f. Leis e Decretos-Lei da antiga
constituição*
* Qual a força do Decreto-Lei na nova CF:
- se matéria regida por lei ordinária → força de lei ordinária
- se matéria regida por lei complementar → força de lei complementar
Obs1.: Os Decretos-Lei na nova CF não são mais autônomos.
Obs2.: No confronto entre a CF antiga e a nova, a antiga é banida. Em outros países pode ocorrer a
desconstitucionalização.
B – CLASSIFICAÇÃO:
B.1.: AGENTES HONORÍFICOS: são as pessoas dotadas de condição cívica homogênea ou de
honorabilidade ou possuidoras de capacitação técnico-profissional e convocadas à realizar atividades
administrativas do Estado de maneira temporária, precária. Via de regra não remunerados. Não possuem
vínculo empregatício ou estatutário.
Obs.: são considerados funcionários públicos para efeitos penais (art 327 §1o).
Ex.: jurado do tribunal do júri, mesário eleitoral, comissário de menores, membros da comissão de
julgamento, juiz de paz (recebe pró-labore).
B.2.: AGENTES POLÍTICOS: são os ocupantes dos mais altos escalões das esferas de governo e que
exercem funções constitucionais.
Obs.: - via de regra, não estão submetidos à regime estatutário ou celetista (exceções: LOMP, LOMAN);
- pode ocupar cargo eletivo ou não (ex. juízes de direito, federais, etc podem ser promovidos);
- respondem por crimes funcionais e de responsabilidade;
- não são responsabilizados civilmente por seus atos, salvo em casos de dolo e má-fé.
Ex.: presidente da república e ministros de estados e municípios; ministros dos tribunais, governadores de
estado e município; prefeitos de estado e município; secretários de estados e município; deputados,
vereadores, membros da carreira diplomática.
Obs.: o professor Hely Lopes Meirelles considera também os juízes de direito e promotores de justiça
como agentes políticos, pois são tidos como representantes do poder. Não é posição majoritária da
doutrina.
ART 92 CF/88 – Estrutura do Poder Judiciário
EC no 45 STF
Juízes de Direito Juízes Federais Juízes do Trabalho Juízes Eleitorais Juízes Militares
Nota.: Os órgãos acima não estão hierarquizados. O esquema apenas serve como referência processual e
de emissão de declarações.
B.3.: AGENTES ADMINISTRATIVOS: são todas as pessoas que se vinculam ao Estado com ânimo de
definitividade, sujeitos à hierarquia funcional, a regime jurídico próprio, com remuneração e respondem
por crimes funcionais como funcionários públicos (possuem vínculo laboral). Subdividem-se em:
- SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS;
- MILITARES
COMPOSIÇÃO DO ESTADO:
1) Órgãos da administração direta dos 3 poderes e nas 4 esferas de governo;
2) Autarquias;
3) Fundações públicas.
Ex.: delegados das polícias civil e federal, analistas legislativos, consultores legislativo, etc.
B.4.: AGENTES CREDENCIADOS: são os que recebem uma incumbência da administração pública
para representá-la em determinado ato ou prática (missões internas ou externas de natureza política,
econômica ou técnico-científica). Em geral, são remunerados, mas podem desprezar a remuneração.
Ex.: Adido político.
B.5.: AGENTES DELEGADOS: são todos aqueles particulares que recebem a incumbência de
executar determinada obra, atividade de serviço de utilidade pública e o realizam em nome próprio, por
conta própria, sob risco próprio, mas de acordo com as normas determinadas pelo poder público e sob
fiscalização constante do poder delegante. Caso requerido, o Estado pode entrar com ajuda subsidiária se
a empresa não conseguir prestar contas.
Ex.: Concessionárias (empresas de aviação e transportes, telefone, tv, etc)*;
Permissionárias (vans)*;
Autorizatárias*;
Leiloeiros, intérpretes e tradutores (quando juramentados), serventuários de cartórios não
estatizados.
* sempre que prestarem serviços de utilidade pública.
Obs.: 1) as pessoas físicas que exercem funções delegadas respondem como funcionários públicos para
fins penais (art 327 CP);
2) os concessionários e permissionários realizam contratos de colaboração. São colaboradores do
Estado.
3) o pressuposto destes contratos é a licitação.
Nota.: os empregados públicos das Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista (adm. indireta)
são considerados por Celso Antônio Bandeira de Mello, AGENTES ECONÔMICOS. Se forem da adm.
direta (órgãos públicos) são os AGENTES ADMINISTRATIVOS.
B – CLASSIFICAÇÃO
a) QUANTO À POSIÇÃO FUNCIONAL:
1) INDEPENDENTES: são todos aqueles localizados na cúpula dos respectivos poderes, representado-os
(em todas as esferas).
- submetem-se apenas ao controle constitucional de um poder pelo outro. Ex. compete ao legislativo
realizar a fiscalização contábil, administrativa, financeira e patrimonial também dos órgãos independentes
do executivo e do judiciário, com auxílio dos tribunais de contas (art 71 CF).
3) SUPERIORES: são aqueles dotados de poder de direção, comando com áreas de competências
específicas, subordinados aos independentes e autônomos. Não possuem autonomia financeira, nem
administrativa. São, em regra, subdivisões dos órgãos autônomos. Seus agentes são, via de regra,
administrativos.
Ex.: subsecretaria de vigilância sanitária, administrações regionais, secretaria da receita federal, DPR,
DPRF, DPE.
4) SUBALTERNOS: são os encarregados pela execução das ATIVIDADES FIM. Seus agentes são
administrativos. Não possuem autonomia financeira nem administrativa.
Ex.: inspetorias de saúde, escola pública, inspetorias da receita, delegacias, postos de saúde, portarias
(seção).
Visão Panorâmica:
INDEPENDENTE
S
AUTÔNOMOS Ministério da Ministério da Secretaria estadual, Ministério da
Fazenda Justiça municipal ou distrital de Educação
saúde.
SUPERIORES Secretaria da DPF, DPRF. Subsecretaria de Secretaria da
Receita Federal vigilância sanitária. Educação
(INSS)
SUBALTERNOS Inspetoria da Delegacias Postos de saúde Escola pública
receita
c) QUANTO À ESTRUTURA:
1) SIMPLES: são aqueles constituídos por um único centro de competência, não comportando órgãos
menores incrustados na sua estrutura interna.
Ex.: portarias, almoxarifados.
2) COMPOSTOS: são aqueles que possuem unidades menores em sua estrutura, com funções principais
idênticas ou similares, de natureza operacional e técnica.
Ex.: Polícia Federal, Presidência da República, Senado Federal, Câmara dos Deputados.
Nota.: pela teoria da imputação, a atividade administrativa praticada pelos agentes e órgãos públicos é
atribuída à pessoa político-jurídica a que estão ligados.
Obs.: Criação de órgão público: pode ser pela constituição, por lei ou ato normativo (portaria que cria
portaria).
ATOS ADMINISTRATIVOS:
1) CONCEITO: toda manifestação unilateral de vontades da administração que, agindo nessa condição,
tenha por fim imediato criar ou extinguir direitos e obrigações ou declarar novas situações no mundo do
direito.
Obs.: FATO ADMINISTRATIVO: consiste em toda e qualquer realização material da administração
pública. O fato pode PROCEDER do ato como pode DAR ORIGEM a esse.
Ex.: intimação, auto-de-infração, processo (Ato) → demolição (Fato). Morte de servidor (FATO) →
Autorização de Pagamento de Auxílio Funeral (ATO)
A) COMPETÊNCIA: consiste no poder atribuído ao agente público para realizar as atividades e funções.
- é determinada pela LEI ou pelo REGULAMENTO DA CARREIRA.
- é elemento VINCULADO.
- é INSTRANSFERÍVEL e INDELEGÁVEL pela vontade do próprio AGENTE, mas pode ser
DELEGADA ou AVOCADA segundo a LEI.
Obs.: ATO ADMINISTRATIVO praticado por agente INCOMPETENTE será, via de regra, nulo.
Pode, no entanto, ser CONVALIDADO, desde que, a competência seja DELEGÁVEL.
Ex.: edição de decreto regulamentar é ato administrativo exclusivo do chefe do executivo e, portanto,
INDELEGÁVEL.
B) FINALIDADE: é o FIM, OBJETIVO, visado pelo ato. É sempre voltada para a realização do BEM
COMUM e para o atingimento do INTERESSE PÚBLICO.
- é determinada pela lei de forma explícita ou pelo ordenamento jurídico de forma implícita.
- é elemento VINCULADO.
ABUSO DE PODER:
1) Excesso de Poder ou Abuso de Autoridade – chute do “Animal”.
2) Desvio de finalidade – ligar a sirene p/ chegar ao Brasas English Course.
B – MODALIDADES DE INVALIDAÇÃO:
i) ANULAÇÃO: consiste na declaração de invalidade de um ato administrativo ILEGÍTIVO ou ILEGAL,
arrancando-o do mundo do direito. Administração ou Judiciário (se provocado).
ANULA-SE ATO ILEGAL ou ILEGÍTIMO.
- Quem anula: 1) a própria Administração Pública; 2) o Ministério Público (Poder Judiciário),
condicionado a provocação, pelo princípio da Inércia.
- Efeitos: Os efeitos são RETROATIVOS, pois alcançam fatos pretéritos, anteriores à edição do ato
anulador (ex-tunc).
RETROAÇÃO
ATO A ATO B
15/02/2005 15/07/2005
Obs1.: a Administração Pública pode anular atos administrativos a qualquer tempo.
Obs2.: os direitos dos interessados de boa-fé serão apreciados caso a caso pelo Judiciário ou pela
própria Administração Pública.
ii) REVOGAÇÃO: fenômeno que consiste na supressão dos efeitos de ato LEGÍTIMO, LEGAL e EFICAZ,
pela própria Administração Pública, por não lhe ser mais CONVENIENTE. só a Administração.
REVOGA-SE ATO LEGAL E LEGÍTIMO.
- Quem revoga: a própria Administração Pública.
RETROAÇÃO
ATO A ATO B
15/02/2005 15/07/2005
REGRA: LEI NOVA revoga LEI VELHA que disponha sobre mesma matéria e em sentido diverso.
ATO NOVO revoga/anula ATO VELHO.
RETROAÇÃO RETROAÇÃO
ATO A ATO B ATO B
- é possível REPRISTINAÇÃO de leis no ordenamento jurídico brasileiro, desde que a LEI que
REVOGA LEI REVOGADORA faça menção expressa em seu texto da retomada de efeitos da lei inicial
revogada.
- aplicam-se aos ATOS administrativos a mesma regra de repristinação aplicada às leis.
iii) CESSAÇÃO DOS SEUS EFEITOS (OU CUMPRIMENTOS DOS EFEITOS): ocorre nos casos de atos
administrativos PRECÁRIOS ou TEMPORÁRIOS.
Ex.: alvará e licenças de funcionamento concedidos a título precário.
vi) CADUCIDADE: ocorre a retirada do ato devido à SUPERVENIÊNCIA DE NOVA NORMA JURÍDICA que
torna inadmissível a situação anteriormente permitida pelo direito e outorgada ou
destinatário.
Ex.: caducidade de alvarás e licenças devido a edição de nova lei
vii) RENÚNCIA: ocorre quando o próprio destinatário ABRE MÃO da fruição de direito
subjetivo.
Ex.: renúncia a concessão de uso de bem público.
B – MODALIDADES:
1 – RATIFICAÇÃO: modalidade que incide sobre vício de INCOMPETÊNCIA.
Obs.: IMPOSSÍVEL quando a competência for INDELEGÁVEL. A ratificação é
procedida pela autoridade COMPETENTE.
6) CLASSIFICAÇÃO:
A) QUANTO AOS DESTINATÁRIOS
Gerais: impessoais alcançam todos sob aquela situação de fato. Não podem
ser invalidados.
Individuais: destinatários certos e determinados situação particular. Podem
ser invalidados.
B) QUANTO AO ALCANCE
Internos: restritos ao recesso das repartições administrativas. Publicidade restrita
a repartição.
Externos: atingem administrados, contratantes e servidores públicos (às vezes).
Efeitos após publicação oficial.
C) QUANTO AO OBJETO
De Império: unilateral, supremacia do Poder Público, cumprimento obrigatório.
De Gestão: bilateral, inexiste superioridade entre administração e administrado.
De Expediente: impulsiona processos administrativos.
D) QUANTO AO REGRAMENTO
Vinculado (Regrado): estrito limite da lei. Administrador sem liberdade.
Discricionário: um dos elementos objeto ou motivo é discricionário. Margem
de liberdade. Critérios de conveniência, oportunidade, justiça e eqüidade. (lei
estabelece expressamente, lei omissa, lei não estabelece conduta a ser adotada)
E) QUANTO A FORMAÇÃO
Simples: um único órgão um único ato.
Complexos: dois ou mais órgãos um único ato.
Composto: dois ou mais órgãos dois ou mais atos (um principal, outro
acessório)
F) QUANTO AO CONTEÚDO
Constitutivo: cria situação jurídica individual.
Extintivo: extingue situação jurídica individual.
Declaratório: visa a preservar, reconhecer situações preexistentes, possibilitando seu
exercício.
Alienativo: transferência de bens ou direitos de um titular a outro.
Modificativo: altera situações, sem suprimir direitos ou obrigações.
Abdicativo: abre mão. Irretratável e incondicional.
G) QUANTO À EFICÁCIA
Válido: autoridade competente + requisitos necessários à eficácia
Nulo: vício insanável ex tunc
Inexistente: parece ato administrativo, mas não é em geral, é crime.
SERVIÇOS PÚBLICOS:
1) CLASSIFICAÇÃO:
Públicos: essenciais; não delegáveis; prerrogativas de supremacia e império sobrevivência do
Estado e da comunidade
De utilidade pública: não essenciais; delegáveis (mediante remuneração); convenientes à
comunidade; risco do prestador regulamentação e controle do Poder Público.
Próprios do Estado: centralizados; Estado é titular e prestador; gratuito ou baixa remuneração;
Impróprios do Estado: são os de utilidade pública; Estado presta direta, indiretamente ou por
delegação a terceiros (concessão, permissão ou autorização); controle do Poder Público.
Administrativos: atender às necessidades internas da Administração.
Industriais: produzem renda (tarifa); direta, indiretamente ou por delegação.
Gerais: coletividade em geral (polícia, iluminação pública, conservação de vias, etc) impostos
Individuais: usuário determinado; mensurável (telefone, água, esgoto, etc) tarifa
2) REGULAMENTAÇÃO E CONTROLE:
Fundações Públicas
Autarquias
Prestação Administração Indireta
Empresas Públicas
de Serviços Soc. De Econ. Mista
Públicos Outorga
Serviços Sociais
Entes de Cooperação Autônomos
Organizações Sociais
Descentralizada OSCIP’s
Concessão
Delegação Permissão
(particulares) Autorização
“Tarifas”
Outorga Delegação
Estado cria entidade O particular cria entidade
Serviço transferido por LEI Serviço transferido por ATO / CONTRATO
Transfere-se TITULARIDADE Transfere-se a EXECUÇÃO
Caráter DEFINITIVO Caráter TRANSITÓRIO
DELEGAÇÃO:
AUTORIZAÇÃO:
- unilateral, discricionário e precário intuitu personae.
- interesse particular.
- pode ser revogada unilateralmente, sem pagamento de indenização. “Tarifas”
- serviço de táxi, despachante, segurança particular.
4) CONVÊNIOS E CONSÓRCIOS:
a) não é contrato, não há partes. Há partícipes
b) interesses coincidentes e não opostos como no contrato.
c) cada um colabora conforme suas possibilidades.
d) não existe vínculo contratual.
e) cada um pode denunciá-lo quando quiser.
f) é uma cooperação associativa.
g) não adquire personalidade jurídica.
f) não tem representante legal
i) é instrumento de descentralização.
j) não tem forma própria.
l) exige autorização legislativa e recursos financeiros reservados.
m) não tem órgão diretivo.
CONVÊNIO CONSÓRCIO
Entidade
Pública Entidade Entidade
Entidade - ent. estatal - ent. estatal
Pública - autarquias - autarquias
Organizações - paraestatais - paraestatais
Particulares
2 – CARACTERÍSTICAS:
A – FORMALIDADE: Consiste na observância de formalidades intrínsecas (dentro
dele mesmo) e extrínsecas (relativo à publicação no prazo de até 20 dias) do
contrato, que deve ser realizado na forma escrita.
Obs.: nos contratos do DIREITO PRIVADO, prevalece o PRINCÍPIO DA LIBERDADE DAS FORMAS (pode
ser até mesmo verbal). Nos contratos administrativos, a forma é VINCULADA, prescrita
em lei.
Observações
Competência privativa Competência exclusiva
- material. - legislar.
- privativamente da União, mas - só a União
pode delegar por Lei - EC nº 08/95 – possibilidade de delegação para
Complementar Federal. particular por concessão ou permissão.
b) escritura pública: instrumento utilizado nos casos de direitos reais. Ex.: contrato de concessão de
direito real de uso.
c) outros instrumentos:
- carta contrato;
- nota de empenho de despensa;
- autorização de compra;
- ordem de execução de serviço.
Obs.: O edital da licitação é publicado em JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO ou IMPRENSA OFICIAL
(DIÁRIOS OFICIAIS)
FIANÇA AVAL
- devedor principal - devedor principal
- fiador 1 - avalista
- fiador 2
Pode-se acionar qualquer um ou combinação Aciona-se o avalista só quando esgota o devedor principal
- solidariedade de cobrança - ordem de cobrança
B – DE SERVIÇOS: consiste no ajuste administrativo que tem por objeto a prestação de uma atividade à
Administração Pública.
Ex.: treinamento e aperfeiçoamento de pessoal, elaboração de pareceres e projetos, consultoria jurídica,
restauração de obra-de-arte.
- Nos contratos de prestação de serviços, a licitação prévia é regida tanto pela Lei 10.520 quanto pela Lei
8.666.
C – DE FORNECIMENTO: todo aquele que consiste na compra de coisas móveis. Obedece aos princípios da
padronização e economicidade, exigindo licitação prévia. Art 15,I.
Ex.: aviaturas, material de expediente.
11 – RESPONSABILIDADE PELA INEXECUÇÃO DO CONTRATO
A – RESP. CIVIL: consiste na reparação de possíveis DANOS perpetrados que À ADMINISTRAÇÃO ou AO
CONTRATADO. Decorre do dano PATRIMONIAL e é regida por normas de DIREITO PRIVADO, alcançando o
contratado e a Administração Pública e realizada por meio de 3 ações: indenização, perdas e danos e
lucros cessantes.
B – RESP. ADMINISTRATIVA: decorre do DESCUMPRIMENTO DE NORMAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
previstas em lei ou no contrato, impondo um ônus ao contratado (sanção) que vai desde a mera
advertência, multa, proibição de licitar, até a declaração de inidoneidade para contratar.
Obs.: a imposição de penalidades administrativas é AUTO-EXECUTÓRIA, não necessita de decisão
judicial, nem consentimento do contratado.
C – RESP. PENAL: incide sobre o contratado e o Agente Público responsável pela prática do delito,
previstos do Art 89 ao Art 99.
LICITAÇÕES (Lei 8666/93)
2 – FINALIDADES:
i) garantir a PREVALÊNCIA do INTERESSE PÚBLICO.
ii) obter o contrato mais VANTAJOSO PARA O ESTADO (Administração Pública).
iii) fazer valer o princípio constitucional da ISONOMIA (absoluta), resguardando inclusive os
direitos dos possíveis contratantes.
ISONOMIA ABSOLUTA: calcada em processos objetivo de julgamento.
4 – FASES DA LICITAÇÃO
A – FASE INTERNA (COGITAÇÃO):
i – DEFINIÇÃO DO OBJETO:
a) construção de obra;
b) contratar serviço;
c) compra de bens ou produtos;
d) alienar bens móveis ou imóveis.
ii – VERIFICAÇÃO DE RECURSOS PARA DESPESA;
iii – COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO DE LICITAÇÃO:
Ocorre quando não houver comissão permanente já composta para este fim;
Formada, de preferência, por servidores ou empregados públicos.
A Administração Pública pode delegar a terceiros.
iv – AUTORIZAÇÃO DO INÍCIO DO PROCEDIMENTO
B – FASE EXTERNA
I – PUBLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS CONVOCATÓRIOS
Edital, Carta Convite ou Aviso;
Serão publicados, com antecedência mínima, pelo menos uma vez.
Será publicado na IMPRENSA OFICIAL e em JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO.
LEMBRAR: O contrato é publicado na Imprensa Oficial ou em Jornal de
Grande Circulação
III –
HABILITAÇÃO DOS LICITANTES (Condições necessárias para habilitação):
1)HABILITAÇÃO JURÍDICA – questão documental
2)CAPACIDADE TÉCNICA
3)CAPACIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA
4)REGULARIDADE FISCAL – perante o FISCO, INSS, Ministério do Trabalho (Federal) e/ou
Secretarias do Trabalho (Estadual)
IV – ABERTURA DAS PROPOSTAS
V – DESCLASSIFICAÇÃO
Serão desclassificadas as propostas em desconformidade com o Edital:
1) Aquelas com preços exorbitantes;
2) Propostas manifestamente inexeqüíveis.
VI – CLASSIFICAÇÃO
Consiste na ordenação das propostas de acordo com a conveniência da
Administração e dos critérios previstos no Edital
VII – HOMOLOGAÇÃO
Ato que consiste na publicação oficial da classificação dos proponentes.
VIII – ADJUDICAÇÃO
Ato formal que consiste na entrega do OBJETO ao ADJUDICATÁRIO
vencedor.
A adjudicação não gera direito líquido e certo ao adjudicatário vencedor
de contratar com o Estado. Possui, no entanto, o direito líquido e certo de
preferência (ordem de mérito), caso a Administração Pública contrate.
5 – MODALIDADES DE LICITAÇÃO
1) Convite Tipos de Licitação
2) Tomada de Preços Em função do valor a) melhor preço
3) Concorrência Lei 8666/93 b) melhor técnica
4) Leilão Em função do objeto c) técnica e preço
5) Concurso (específico) d) maior lance ou melhor oferta
6) Pregão (somente para concessão e
Em função do valor Lei 10.520/02
alienação = leilão)
1) Concorrência
a. Definição: é modalidade entre quaisquer interessados que, na fase preliminar de
habilitação, demonstrem possuir os requisitos mínimos exigidos no edital.
b. Peculiaridades:
i. Habilitação prévia (ou fase preliminar de habilitação) – SICAF (Sistema de
Cadastro de Fornecedores)
c. Objeto:
i. Contratação de grande vulto;
ii. Concessão de Serviços Públicos;
iii. PPP (Parcerias Público-Privadas)
iv. Alienação de imóveis e móveis acima de 650 mil
v. Licitação Internacional
d. Instrumento Convocatório: Edital
e. Tipos a usar: Todos
f. Condução: Comissão Julgadora (3 membros)
Nota: Se a contratação for feita por uma empresa pública, sociedade de economia mista ou
entidade qualificada como agência executiva, os valores de dispensa DOBRAM (20% do
convite);
2) Tomada de Preços (TP)
a. Definição: é modalidade realizada entre previamente cadastrados ou que atendam as
condições para cadastramento até 3 dias antes do recebimento das propostas.
b. Peculiaridades:
i. Para previamente cadastrados (SICAF)
ii. Para contratação de Médio Vulto.
c. Objeto:
i. em função do valor (C/S – até 650 mil; O/SE – até 1.500 mil)
ii. quando couber convite
iii. licitação internacional (tem que ter cadastro de fornecedores internacionais)
d. Instrumento Convocatório: Edital.
e. Tipos a usar: exceto maior lance ou melhor oferta.
f. Condução: Comissão Julgadora (3 membros) nomeados por Portaria sendo que todos
tem que ser servidores com 2 do quadro permanente.
3) Convite
a. Definição: é modalidade entre no mínimo 3 do ramo, cadastrados ou não. Extensivo
somente a cadastrados que demonstrem interesse com até 24 horas antes do certame. (na
prática, a aceitação de não cadastrados é discricionária).
b. Peculiaridades:
i. No mínimo 3 propostas válidas, salvo limitação de fornecedores na praça.
ii. Para contratação de pequeno vulto.
c. Objeto:
i. em função do valor (C/S – até 80 mil; O/SE – até 150 mil)
ii. licitação internacional.
d. Instrumento Convocatório: Carta Convite
e. Tipos a usar: exceto maior lance ou melhor oferta.
f. Condução: Comissão ou Servidor.
Observação.: Administração Pública escolhe e convida no mínimo 3. Afixará cópia do aviso
em local próprio, afim de estender a participação a demais interessados cadastrados, que
manifestem interesse até 24 horas antes da apresentação das propostas.
4) Leilão
a. Definição: é modalidade entre quaisquer interessados para venda de bens móveis
inservíveis, penhorados ou apreendidos pela Administração.
b. Peculiaridades:
i. Para quem oferecer o maior lance não interior ao valor da avaliação.
c. Objeto:
i. venda de bens móveis inservíveis (valor total depreciado) ou semoventes (animais)
até 650 mil.
ii. venda de bens imóveis fruto de dação (dar p/ pagar dívida) em pagamento ou de
decisão judicial (penhora de bens).
iii. independe do valor.
iv. Produto apreendido após término do devido processo legal, que inclui a afetação do
bem (transferir p/ Poder Público) e posterior desafetação (quando se torna bem
dominical) e avaliação por peritos.
d. Instrumento Convocatório: Edital.
e. Tipos a usar: maior lance (desde que igual ou maior que o da avaliação).
f. Condução: Comissão Julgadora (3 membros), servidor (não remunerado) ou leiloeiro
(ganha até 5% do arremate).
5) Concurso
a. Definição: é modalidade entre quaisquer interessados para contratação de trabalhos
artísticos, técnicos ou científicos.
b. Peculiaridades:
i. Há distribuição de prêmios para os vencedores.
c. Objeto:
i. monografias, projetos arquitônicos, estampa de selos, logomarca, etc.
d. Instrumento Convocatório: Edital + Regulamento.
e. Tipos a usar: nenhum.
f. Condução: Comissão Julgadora (Servidores ou não).
6) Pregão
a. Definição: é modalidade realizada entre quaisquer interessados para a aquisição de bens e
serviços de uso comum (encontrados facilmente no mercado ou definidos por critérios
objetivos).
b. Peculiaridades:
i. Celeridade;
ii. Inversão das fases de habilitação e julgamento, adjudicação e homologação
iii. Pode ser preferencial ou eletrônico.
c. Objeto:
i. exceto obra, serviços de engenharia e alienação em geral.
d. Instrumento Convocatório: Edital + Aviso.
e. Tipos a usar: menor preço.
f. Condução: Pregoeiro + Comissão de apoio (3 servidores).
g. Fases do Pregão:
i. Fase Interna ou Cogitação (i. definição do objeto; ii. verificação de recursos para
despesa; iii. composição da comissão de licitação; e iv. autorização do início do
procedimento).
ii. Fase Externa:
1. Publicação do Aviso (Edital);
2. Recebimento das propostas em até 8 dias;
3. Classifica e escolhe as melhores propostas
- ESCOLHA: menor proposta e as demais superiores a ela em até 10% do
seu valor (ex. menor proposta: R$ 200.000,00 participam dos lances
propostas até R$ 220.000,00).
4. oferecimento de lances verbais (eletrônicos) e sucessivos, em plenário.
5. classificação das propostas em plenário
O critério é único: “o de Menor Valor”.
6. habilitação (INSS, FGTS e Fazenda) – dispensado se cadastrado no
SICAF.
7. adjudicação
8. homologação.
- o Adjudicatário vencedor não é obrigado a assinar o contrato
h. Observações:
i. Fica vedada a exigência de:
1. Garantia de proposta;
2. Aquisição ou compra do edital como condição para participar do pregão.
3. Prazo de validade das propostas será de 60 dias, se não houver outro
estipulado no Edital.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES SOBRE LICITAÇÕES:
1) Vedada a criação de novas modalidades bem como a combinação delas (somente a União
pode – Art 21 CF/88).
2) Pode ser adotada Tomada de Preços quando couber Convite e a Concorrência em qualquer
caso (Quem pode mais, pode menos).
3) Os valores de licitação podem ser alterados por nova lei ou até ato normativo do executivo.
4) CADASTRAMENTO é conseqüência de dois princípios: PRECAUÇÃO e
ECONOMICIDADE.
5) A União Legisla: para ela mesma, editando Leis Federais e para toda a república Federativa,
editando Leis Nacionais (Art 22, XXVII, CF88)
6) A lei 8666/93 é híbrida – nacional (se estende por todo o território nacional) e federal (atinge
a União).
7) Os Estados Membros podem criar Normas Específicas sobre licitação e contrato. O
instrumento de delegação é Lei Complementar Federal.
8) BENS PÚBLICOS
a. Uso Comum do Povo – qualquer um pode fazer uso.
b. De Uso Especial – exclusivo do Poder Público.
c. Bem Dominical ou Dominial – bem público desafetado e pronto para ser alienado.
d. Bens Penhorados.
1) Bens imóveis:
a. Dação
b. Doação, somente para outro ente (órgão ou entidade ) da Adm. Pública;
c. Permuta – casos de finalidade precípua da Adm. Pública;
d. Investidura;
e. Venda a outro ente (órgão ou entidade) da Adm. Pública;
f. Alienação, concessão, locação ou permissão – programas habitacionais de interesse social.
g. Procedimentos de legitimação de posse
2) Bens móveis:
a. Dação;
b. Permuta, somente entre entes (órgão ou entidade ) da Adm. Pública;
c. Venda de ações;
d. Venda de títulos;
e. Venda de bens;
f. Venda a outro ente (órgão ou entidade) da própria Adm. Pública;
7 – LICITAÇÃO DISPENSÁVEL (Art. 24, lei 8666/93)
- Ato discricionário - pode ser dispensada:
1) Em função do Valor (até 10% do convite):
a. C/S – até 8 mil;
b. O/SE – até 15 mil;
2) Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista, Agências Executivas (até 20% do convite):
a. C/S – até 16 mil;
b. O/SE – até 30 mil;
3) Guerra, Emergência, Calamidade Pública, Grave Perturbação Interna, Comprometimento da
Segurança Nacional (prazo improrrogável de 180 dias);
4) Intervenção econômica da União; RIC e ISN
5) Licitação Fracassada – desqualificados (documentos) ou desclassificados (proposta);
6) Licitação Deserta – comparecimento;
7) Contratação de Entidades da Própria Administração Pública;
8) Imóvel de finalidade precípua da Administração, desde que preço compatível com o mercado;
9) Aquisição de Produtos Perecíveis – Hortifrutigranjeiros, pão, etc;
10) Acordo internacional manifestamente vantajoso ao Poder Público;
11) Obras de arte e objetos históricos;
12) Serviços de Informática internos criados para esse fim.
13) Material Padronizado pelas Forças Armadas;
14) Bens destinados a pesquisa científica e tecnológica (CAPES, FINEP, CNPq);
15) Contratação de serviços de Engenharia Elétrica e Gás Natural;
16) Contratação de Organização Social;
17) Prestação de serviços de forma associada – consórcio público ou convênio de cooperação;
18) Bens e serviços (no País) → complexidade tecnológica + segurança nacional