Professional Documents
Culture Documents
AÇÃO PREVIDENCIÁRIA
DOS FATOS
Esclarece o autor que deixa de juntar Memória de cálculo, bem como a Relação de
salários - de –contribuição vez que, conforme requerimento anexo( doc 05) a
Autarquia-ré somente lhe fornecerá os citados documentos na data de 18/12/2003.
Obviamente não podemos coadunar com essa morosidade, sendo necessária a intimação
da ré para que junte aos autos os documentos que pertencem ao processo administrativo
que originou o benefício.
FUNDAMENTOS
O autor afirma que teve seu benefício deferido antes de 04/10/1988 e, portanto, ficou
prejudicado porque os 24 salários-de-contribuição, anteriores aos 12 últimos de seu
benefício, não foram atualizados pela variação nominal da ORTN/OTN como
determinava a lei 6423 de 17 de junho de 1977.
Argumenta o autor que seu benefício foi defasado quando de sua conversão em URVs,
regida pelo art. 20 da Lei 8.880/94. Isso porque, ao determinar que a conversão dos
benefícios dar-se-ia consoante seu valor nominal no quadrimestre novembro e
dezembro de 1993/janeiro e fevereiro de 1994, o dispositivo violou o princípio da
irredutibilidade do valor dos benefícios (art. 194, IV, da Constituição Federal), além de
ferir, por via oblíqua, o princípio da preservação do valor real dos benefícios (art. 201, §
4º, da Constituição Federal).
Por fim, argumenta que o mesmo art. 20, inciso I, da Lei 8.880/94, ao determinar que a
conversão dos valores do benefício no quadrimestre mediante sua divisão pela URV do
último dia de cada um dos respectivos meses igualmente violaria o princípio da
manutenção do valor real dos benefícios (art. 201, § 2º, da Constituição Federal). Na
sistemática da Lei 8.542, com a redação da Lei 8.870/93, as antecipações mensais do
reajuste acontecido de forma integral quadrimestralmente, ocorriam pela aplicação do
percentual de variação do IRSM superior a 10% apurado no mês anterior, e não aquela
ocorrida no próprio mês do reajuste. Assim, o valor do benefício previdenciário
somente seria integral no início de cada mês. Somente com vinda da URV, que foi uma
espécie intermediária entre unidade monetária e índice indicativo de inflação, é que
passou a haver uma espécie de indexação diária, refletindo a inflação do próprio mês
considerado.
Como na sistemática anterior não se computava a inflação do mês em que era feito o
pagamento, mas a do anterior, por óbvio que a conversão só preservaria o valor real do
benefício se levada em conta a URV do primeiro dia do mês cujo valor seria convertido.
Valer-se da URV do último dia, como determinou a Lei 8.880/94, representaria
desconsiderar a variação inflacionária de um mês inteiro.
A Lei nº 8.880/94, previu em seu art. 29, caput e parágrafos, que, a partir de maio 1995,
seriam os benefícios previdenciários corrigidos, sempre nesse mês, pela variação
acumulada do IPC-r. Tal regramento vigorou até junho de 1995. Nessa data foi editada
a Medida Provisória nº 1.053, de 30 de junho de 1995, reeditada diversas vezes, que, em
seu art. 8º, previu a extinção do IPC-r a partir de julho de 1995, bem como, no § 3º do
mesmo artigo, a utilização do INPC, em substituição ao índice extinto, para os fins do §
6º do art. 20 e § 2º do art. 21, ambos da Lei nº 8.880/94, nada referindo, no entanto,
quanto ao índice aplicável ao reajuste dos benefícios previdenciários. Em 29.04.96, dias
antes da data fixada para reajuste dos benefícios previdenciários, foi editada a Medida
Provisória nº 1.415/96, dispondo que, a partir de maio de 1996, o IGP-DI passaria a ser
o índice utilizado para todos os fins previdenciários, inclusive no reajustamento dos
benefícios.
Por fim, sob o argumento de que a Medida Provisória n. 1.415/96, além de dispor sobre
o índice de reajuste a ser adotado no período, previu, em seu art. 5º, que a diferença
entre a variação acumulada do IGP-DI e o índice de 15% seria aplicada aos benefícios
mantidos pela Previdência Social a título de “aumento real”, postula que o percentual
daí resultante (3,37%) deve ser acrescido àquele apurado como atualização monetária
(18,08% ou 18,22%).
PEDIDO
1) A condenação do INSS a :
2) A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, bem como sua intimação
para que, até a audiência de tentativa de conciliação, junte aos autos o processo
administrativo,
Nestes termos,
Pede deferimento.
__________________________________
(XXX)
OABSP (xxx)