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Podem-se utilizar vários tipos de acesso para hemodiálise, que genericamente se podem
dividir em duas categorias:
Para indivíduos que sofrem de insuficiência renal terminal a FAV é o tipo de acesso
indicado, pois há evidencia de melhores taxas de fluxo e menores complicações.
Fístula arteriovenosa
A FAV é criada numa intervenção cirúrgica em que se faz a anastomose entre uma
artéria e uma veia.
A veia radial e a veia cefálica do antebraço não dominante, são normalmente as mais
usadas
Trombose
A trombose pode ocorrer no período pós-operatório imediato ou mais tarde, por vezes
após um episódio hipotensivo em diálise.
Aneurisma
Infecção
Na infecção dos acessos com prótese ou cateter venoso central, o agente infeccioso mais
frequente é o Staphilococos aureos.
Mais de 30% dos doentes com IRC iniciam o tratamento por cateter, e nestes casos a
infecção é a complicação mais frequente levando muitas vezes à perda do acesso.
A evolução para sépsis ocorrer cerca de 10% dos casos, diagnosticados através de
hemoculturas e com isolamento do mesmo agente infeccioso na porção terminal do
cateter.
Estenose
A estenose de um acesso vascular provoca uma diminuição significativa do seu débito
sanguíneo, com a consequente diminuição da eficácia do tratamento dialítico e
potenciando o risco de trombose do acesso.
A etiologia das estenoses é diferente tratando-se de uma prótese de PTFE ou uma FAV.
o Nas próteses a hiperplasia da íntima na anastomose venosa é o factor
mais comum no desenvolvimento de estenoses.
o Nas FAV estes são mais numerosos: a fibrose (resultante de punções
frequentes no mesmo local); o desenvolvimento de abcessos e
pseudoaneurismas; o fluxo em turbilhão provocado por agulhas de lúmen
reduzido (aumento da pressão de entrada de sangue proveniente do
circuito extracorporal no acesso).
Os sinais clínicos que podem traduzir a presença de estenoses podem ser identificados
como: coagulação do circuito extracoporporal (CEC) – superior a 2 vezes por mês - ,
dificuldade na punção do acesso, dificuldade na heostase, edema do membro onde se
localiza o acesso e diminuição do Kt/V.
Esta complicação, embora pouco frequente, é grave podendo mesmo levar à amputação
do membro
• Os sintomas são:
o Dor em repouso que se torna mais intensa durante a sessão de
hemodiálise;
o Arrefecimento e cianose da extremidade do membro;
o Lesão trófica podendo evoluir para úlcera necrótica;
Enxerto Arteriovenoso
Se os vasos periféricos não são adequados para a construção de uma FAV, o cirurgião
vascular pode decidir implantar um enxerto, entre uma artéria e uma veia, com uso de
um material sintético, o politetrafluoroetileno (PTFE), podendo ser configuradas em
linha recta ou em ansa.