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TEMA II .- “CISALHAMENTO”
Sumario:
• Introdução;
• Tensões de Cisalhamento;
• Tensões de Esmagamento;
• Determinação das tensões normais em barras rebitadas;
• Conclusões.
Bibliografia
Beer, F.P.; Johnston, E. R. “Resistência dos Materiais”. 2a Edição, McGraw-Hill. São
Paulo 1989, Páginas (8-19).
Objetivos:
• Definir o conceito de forças cortantes;
• Definir a tensão de cisalhamento;
• Definir a tensão de esmagamento;
• Determinar a tensão normal em barras rebitadas.
A B A B A C P
a) P´ b) P´
C´
P´
Figura 1.1
Se passarmos uma secção transversal pelo ponto C. entre o ponto de aplicação a força (Fig.
1.1a)podemos desenhar o diagrama da parte AC (Fig.1.1b), e concluirmos que devem existir forças
internas na secção transversal, e que sua resultante deve igualar a P. Essa resultante de intensidade P,
é chamada de força cortante na secção. Ao dividirmos a força cortante P pela área secção transversal
A, obtemos a tensão média de cisalhamento na secção. A tensão de cisalhamento é indicada com a letra
grega τ (tau). Podemos escrever então:
C C C
A
F
F F
E E E´
E´ F´ F´
F´ a) b)
B D
D
Figura 1.2
A tensão de cisalhamento média na secção é obtida dividindo-se P=F pela secção transversal A, de
acordo com a formula (1)
τméd = P/A = F/A ...................................................................(2)
Nas condições descritas, dizemos que o rebite está sujeito a corte simples. Podem surgir outras
situações de carregamento. Por exemplo, se as chapas de ligação C e D são usadas para conectar as
chapas A e B (Fig. 1.3), o rebite HJ poderá ser cortado nos planos KK´e LL´(do mesmo modo essa
situação ocorre para o rebite EG). Nesse caso, os rebites se dizem sujeitos a corte duplo.
E H H
FC
K K´ P=F/2
F´ F K K´ F
F
L L´
L L´ P=F/2
FD
a) b)
G J J
Figura 1.3
Para determinarmos a tensão média de cisalhamento em cada plano, desenhamos os diagramas
do rebite HJ e da porção entre os planos KK´e LL´(fig 1.3a e b). A força cor
tante P em cada uma das
seções é P = F/2, e a tensão média de cisalhamento vale:
τméd = P/A = F/2A .................................................................. (3)
C
t F
P
A d F´
D
Figura 1.4
b
F=12kN F´=12kN
t P
A d P
P
Figura 1.5
Como já foi estudado, para uma barra sujeita a ação de uma força centrada, a tensão normal σ
pode ser obtida do quociente entre a forca P e a área da secção transversal da barra. Quando a secção
transversal é variável ao longo da barra, exemplo da barra da figura 1.5, deve-se calcular a área
subtraindo a parte dos furos, que debilitam a secção transversal da chapa.
Tal como mostrado apresenta-se duas chapas de secção transversal retangular constante, sendo a
largura de cada uma b= 50 mm, espessura t = 8 mm e rebitadas através de um número de rebites n = 3,
cujo diâmetro é d = 5 mm.
Portanto, a maior tensão que ocorre na secção transversal.
σ = F/Amenor
Amenor = menor área na secção transversal da barra determinada através de:
Amenor = [b - n(d)]. t
b= largura da barra;
n = quantidades de rebites;
d = diâmetro dos rebites
Substituindo os dados das dimensões da chapas e dos rebites obtemos
σe = P/A
3
P = 12kN/3 = 4 kN = 4x10 [N]
2
A = 5mm(8mm)= 40 mm
Problema 1.1 No suporte da Figura, a haste ABC tem, na parte superior 9 mm de espessura, e na
parte inferior, 6 mm de espessura de cada lado. Uma resina à base de epoxy é usada para colar as
partes, superior e inferior da haste, no ponto B. Os pinos A e C têm 9 mm e 6 mm de diâmetro,
respectivamente. Pede-se determinar:
a) a tensão de cisalhamento no pino A;
b) a tensão de cisalhamento no pino C;
c) a maior tensão normal na haste ABC;
d) a tensão media de cisalhamento nas superfícies coladas no ponto B;
e) a tensão de esmagamento na haste em C.
D Dy
A Dx
m FAC
B 32 m
152 mm
25 mm
45 mm
37 mm
178 mm
C
E
m m 2200 N
25
2 mm
2200 N 1
τC = F / A ;
2
A = Πd /4 = (3,1416)(9) /4
2
=> A = 63,62 mm
2
τB = F / A = 1628 N/1440mm
2
τ
=> B = 1,13 MPa
e) A tensão de esmagamento na haste no ponto C: Para cada parte da haste, F1 = 1628 N, e área
nominal para esmagamento é
2
A = (6mm) (6mm) = 36 mm
Então,