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Curitiba
2008
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1. INTRODUÇÃO................................................................................................................. 3
2. UNIFORMIDADE DA MISTURA................................................................................... 5
3. TEMPO DE MISTURA..................................................................................................... 5
4. TRABALHABILIDADE................................................................................................... 8
5. MISTURA DO CONCRETO............................................................................................ 9
6. DOSAGEM DO CONCRETO (DETERMINAÇÃO DO TRAÇO).................................. 17
7. CENTRAL DE ARGAMASSAS E CONCRETOS.......................................................... 19
8. TRANSPORTE DO CONCRETO..................................................................................... 20
9. MANUTENÇÃO DA BETONEIRA................................................................................. 24
10. ESTUDO DE CASO........................................................................................................ 24
11. CONCRETOS DE CIMENTO PORTLAND.................................................................. 32
12. CONCRETO PRÉ-MISTURADO (USINADO)............................................................. 34
13. LANÇAMENTO DO CONCRETO................................................................................ 36
14. TIPOS DE BETONERIA................................................................................................ 37
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V móvel na forma de transporte por caminhão betoneira, com um sistema movido por uma
correia de aço acoplada a um motor normalmente alimentado por um sistema de transmissão
do veículo e hidráulico;
V fixa como é conhecida no Brasil equipada com motor;
V semi-fixa o mesmo que fixa porem pode ser fácilmente removida pois possui rodas;
V automática movida por um motor sincronizada equipada com esteiras rolantes.
essencialmente de uma caçamba circular girando em torno de seu eixo, com um ou dois conjuntos
planetários de agitadores girando em torno de um eixo não coincidente com o eixo da caçamba.
Algumas vezes a caçamba permanece imóvel e o eixo planetário gira em torno do próprio eixo da
caçamba. Em qualquer caso, é igual o movimento relativo entre os agitadores e o concreto, e o
concreto é completamente misturado em qualquer parte da caçamba. Lâminas raspadoras impedem
de a argamassa ficar aderente às paredes laterais da caçamba e a altura dos agitadores pode ser
ajustada de modo a impedir a formação de uma camada de argamassa no fundo da caçamba.
As betoneiras de caçamba oferecem a possibilidade de observar o concreto que está sendo
misturado e, portanto, de ajustagem da mistura, em alguns casos. Elas são particularmente eficientes
com misturas rijas e coesivas e são, portanto, muito usadas no preparo de concreto pré-moldado.
Elas são também adequadas, devido aos dispositivos de raspagem, para mistura de pequenas
quantidades de concreto, sendo, por isso, usadas em laboratórios.
Nas betoneiras de tambor, figura 1, não há raspagem das paredes durante a mistura, de modo
que uma certa quantidade de argamassa permanece aderente e assim permanece até que se proceda à
limpeza da betoneira. Conclui-se que, no início da concretagem a primeira mistura deve deixar uma
grande proporção de argamassa na betoneira e, na descarga, deve haver uma grande proporção de
partículas graúdas apenas revestidas de argamassa. Rotineiramente, essa primeira betonada não
deveria ser usada. Como alternativa, pode ser introduzida certa quantidade de argamassa na
betoneira antes do início da concretagem, procedimento que pode se denominar ³untamento´ ou
revestimento da betoneira. Uma maneira simples e conveniente consiste em carregar a betoneira
com as quantidades normais de cimento, água e agregado miúdo, omitindo simplesmente o agregado
graúdo. A mistura que sobrar da que ficar aderente pode ser usada na obra e pode ser adequada para
outras finalidades. A necessidade do ³untamento´ não deve ser esquecida nos trabalhos de
laboratório.
nominal da betoneira, a mistura resultante pode não ser uniforme, e, naturalmente, a operação não
seria econômica. Sobrecargas não excedendo 10% geralmente não são prejudiciais.
Todas as betoneiras consideradas até este ponto são intermitentes, sendo que, cada betonada
é misturada e descarregada antes da adição de mais materiais. Um tipo diferente, a betoneira
contínua, descarrega o concreto misturado continuamente sem interrupções, sendo alimentada por
um sistema de dosagem contínua volumétrica ou gravimétrica. A betoneira propriamente dita
consiste de uma lâmina espiralada girando a uma velocidade relativamente alta em um invólucro
fechado ligeiramente inclinado.
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Em qualquer betoneira é essencial que haja movimentação do material entre diferentes partes
da cuba de modo a produzir um concreto uniforme. A eficiência da betoneira pode ser medida pela
variabilidade da mistura descarregada em vários recipientes sem interrupção do fluxo do concreto.
Por exemplo, um ensaio um tanto rigoroso da ASTM C 94-94 (formalmente aplicável a caminhões
betoneira) estabelece que devem ser tomadas amostras a cerca de 1/6 e 5/6 da capacidade da
betoneira, e as diferenças entre as duas amostras não devem exceder os limites apresentados na
tabela 1.:
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Nas obras, muitas vezes a tendência é misturar o concreto o mais rapidamente possível, e,
por esse motivo, é importante saber qual o tempo mínimo de mistura necessário para obter um
concreto com composição uniforme e, como resultado, com resistência satisfatória. Esse tempo varia
com o tipo de betoneira e, a rigor, não é o tempo de mistura, mas sim o número de revoluções da
betoneira que deve ser o critério para uma mistura adequada. Geralmente, são suficientes cerca de
20 revoluções. Como existe uma velocidade ótima de mistura recomendada pelo fabricante da
betoneira, o número de revoluções e o tempo estão relacionados.
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Para cada betoneira existe uma relação entre o tempo de mistura e a uniformidade da
mistura. Na Figura 2 são mostrados dados típicos obtidos em experiência de Shalon e Reinitz, sendo
a variabilidade representada pelo intervalo entre resistências de corpos de prova moldados com a
mistura depois de tempos determinados.
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A resistência média do concreto aumenta com um aumento do tempo de mistura, como, por
exemplo, foi mostrado pelas experiências de Abrams. A velocidade de crescimento diminui
rapidamente após cerca de um minuto e não é significativa após dois minutos: algumas vezes até
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mesmo se nota uma ligeira redução da resistência. No entanto, dentro do primeiro minuto, a
influência do tempo de mistura é consideravelmente importante.
Como já foi mencionado, o tempo exato de mistura, que é recomendado pelo fabricante da
betoneira, varia com o tipo de equipamento e depende do seu tamanho. O essencial é assegurar a
uniformidade de mistura, que pode ser conseguida com um tempo mínimo de mistura de 1 minuto
para uma betoneira com capacidade de 750 litros, aumentando-se 15 segundos para cada 750 litros
adicionais de capacidade. Estas diretrizes são apresentadas tanto pela ASTM C 94-94 como pela
ACI 304R-89. De acordo com a ASTM C 94-94, o tempo de mistura deve ser contado a partir do
momento em que todos os materiais sólidos tenham sido colocados na betoneira, sendo também
estabelecido que toda a água seja adicionada antes que transcorra um quarto do tempo total da
mistura.
Os números mencionados se referem à betoneiras comuns, mas existem betoneiras modernas
de grande capacidade que funcionam satisfatoriamente com tempos de mistura de 1 a ½ minutos.
Em misturadores de cuba de alta velocidade, o tempo de mistura pode ser até 35 segundos. Por outro
lado, quando se usam agregados leves, o tempo de mistura não deve ser menor que 5 minutos, às
vezes subdivididos em dois minutos para mistura do agregado com a água, seguidos de 3 minutos
depois da adição do cimento. Em geral, o tempo necessário para se obter uniformidade satisfatória
depende de como os materiais se misturam durante o carregamento na betoneira: o carregamento
simultâneo é benéfico.
Considere-se agora o outro extremo ± mistura prolongada. Geralmente ocorre evaporação de
água da mistura resultando redução de trabalhabilidade e aumento de resistência. Um efeito
secundário é a trituração do agregado, particularmente quando mole: assim, a granulometria do
agregado se torna mais fina e a trabalhabilidade menor. O atrito produz um aumento da temperatura
da mistura.
No caso de concreto com ar incorporado, a mistura prolongada reduz o teor de ar de cerca de
1/6 por hora, dependendo do tipo de aditivo incorporador de ar usado, ao passo que um atraso no
lançamento sem mistura contínua resulta uma redução de cerca de 1/10 do teor de ar. Por outro lado,
reduzindo-se o tempo de mistura a menos de 2 ou 3 minutos, pode resultar uma incorporação
inadequada de ar.
A mistura intermitente até cerca de 3 horas e, em alguns casos, até 6 horas, não é prejudicial
quanto à resistência e à durabilidade, mas a trabalhabildade diminui com o tempo a menos que se
impeça a saída de umidade da betoneira. A adição de água para restabelecer a trabalhabilidade,
resulta uma redução da resistência do concreto.
O tempo de mistura, segundo alguns autores, pode ser definido em função do diâmetro
conforme figura 4, sendo t em segundos e D em metros
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Figura 4 ± tipo de betoneira de acordo com a inclinação do eixo.
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Não existem regras gerais para a ordem de colocação dos materiais na betoneira, por isso
depende das propriedades dos componentes e da betoneira. Geralmente, coloca-se antes uma
pequena quantidade, seguida de todos os materiais sólidos, de preferência colocados uniforme e
continuamente. Se possível, a maior parte da água seria introduzida simultaneamente, adicionando-
se o restante após a colocação de todos os sólidos. No entanto, com algumas betoneiras de tambor,
com misturas secas, é necessário colocar antes parte da água e o agregado graúdo, pois de outra
forma sua superfície não seria suficientemente molhada. Além disso, se o agregado graúdo estiver
completamente ausente, a areia ou a areia e o cimento ficam aderentes na entrada da betoneira e não
se incorporam à mistura. Se a água ou o cimento forem colocados muito rapidamente ou estiverem
muito quentes, existe o risco de se formarem pelotas de cimento com até 70mm de diâmetro. Com
betoneiras pequenas de laboratório e misturas muito rijas, tem se mostrado conveniente colocar o
agregado miúdo, depois uma parte do agregado graúdo e o cimento, depois a água, e finalmente o
restante do agregado graúdo, de modo a desfazer os nódulos da argamassa.
Ensaios com concreto fluido com superplastificante, mostraram que o abatimento é maior
quando o cimento e o agregado miúdo são misturados antes e menor quando o cimento e a água são
misturados antes. Obteve-se uma abatimento intermediário com a mistura simultânea de todos os
componentes. A Figura 5 mostra essa situação e também que a perda de abatimento foi mais rápida
quando o cimento e o agregado miúdo foram misturados antes. A perda de abatimento foi mais lenta
quando todos os materiais foram misturados simultaneamente. Portanto, aparentemente, a técnica
usual de mistura é a mais favorável para minimizar a perda de abatimento.
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Existem três métodos principais para a medida de trabalhabilidade: o ensaio vebe (utilizado
em misturas mais secas - consiste na análise, em mesa vibratória, do tempo necessário para um
concreto na forma tronco-cônica, se transformar na forma cilíndrica), o ensaio do fator de
compactação (desenvolvido na Inglaterra, consiste na utilização de dos reservatórios tronco-cônicos
colocados um sobre o outro e de uma forma cilíndrica colocada abaixo destes reservatórios. O
reservatório superior, é preenchido com concreto e nivelado sem compactação. Por gravidade, o
concreto acaba compactado no cilindro de volume conhecido, onde é obtida a massa específica e
comparada com a obtida no ensaio Vebe).
O método mais disseminado, entretanto, é o ensaio de abatimento de tronco de cone (ou,
simplesmente, Slump test), e procede da seguinte forma (o procedimento deve durar, no máximo, 3
minutos): (figura 6)
- O concreto é colocado, em 3 camadas individuais compactadas com 25 golpes de uma haste de
ponta arredondada, em um
tronco de cone com 30cm de altura;
- Após o preenchimento das 3 camadas, o excesso concreto é nivelado com a base do tronco do cone
(cone de Adams);
- Retirar lentamente o tronco do cone sem esforços laterais;
- Colocar o tronco de cone, em posição invertida ao lado do concreto e mede-se com uma régua o
abatimento do concreto.
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Um cuidado especial deve ocorrer com a adição de água visto que a dificuldade de se fazer a
mistura provoca uma tentativa de aumento no volume de água para facilitar o processo, alterando
assim o fator a/c.
Para a colocação dos componentes em betoneira, também deve ser obedecida uma ordem, que é:
1 - Agregado graúdo;
2 ± Parte da água;
3 ± Agregado miúdo;
Estes componentes retiram a argamassa aderida
4 - Cimento;
5- Restante da água
Alguns cuidados devem ser tomados, a betoneira nunca deve estar seca, e, se possível, já
deve ter sido executada a imprimação ("sujar" a betoneira com argamassa de mesmo traço do que a
usada no concreto). Após a betonada (mistura dos componentes), o concreto deve ser transportado
para o local de aplicação, e seu transporte deve ser tal que consiga manter a homogeneidade da
mistura, permitindo sempre que possível o lançamento direto nas fôrmas e rápido o bastante para
que o concreto não perca trabalhabilidade.
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Os fatores fundamentais neste processo são:
1. tempo de mistura
2. velocidade do equipamentoV
3. colocação dos materiais.
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A betoneira, figura 7, precisa estar limpa (livre de pó, água suja e restos da última
utilização) antes de ser usada. Os materiais devem ser colocados com a betoneira girando e no
menor espaço de tempo possível. Após a colocação de todos os componentes do concreto, a
betoneira ainda deve girar por um tempo mínimo já apresentado nesse trabalho.
Os principais elementos a serem considerados na operação de uma betoneira são:
- tempo de mistura ±
- velocidade de rotação - quanto a velocidade de rotação, para cada tipo de betoneira existe uma
velocidade ótima do tambor, acima da qual poderá haver o início da centrifugação dos materiais,
diminuindo, portanto, a homogeneidade da mistura.
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produto são devidos a fatores relacionados com instalação ou operação, não se tratando de defeitos
ou quaisquer outros problemas que exijam manutenção.
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Evitar o cruzamento de fluxos;
Área pavimentada e coberta para circulação de carrinho de mão e gericas;
Prever tablado para estoque dos sacos de aglomerantes necessários para o dia.
Dimensão:
Área mínima de 20m².
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A ordem de colocação dos materiais e a velocidade de rotação para mistura devem estar de
acordo com as especificações do equipamento ou conforme indicado por experiência.
Este é tipo procedimento que ocorre quando o concreto é preparado em usina. Podem ser
efetuado de várias maneiras
O transporte do concreto misturado até o local de lançamento, precisa ser feito o mais rápido
possível para minimizar os efeitos de enrijecimento e ³perda de trabalhabilidade´.
A uniformidade e homogeneidade do concreto devem ser mantidas, até que seja descarregado. O
concreto com o passar do tempo fica mais consistente, fenômeno normal em todos os concretos,
portanto é importante o seu controle.
No caso de transporte com caminhões betoneira deve-se atentar para:
V ҏnecessidade de água extra;
V ҏaderência do concreto na betoneira;
V ҏacréscimo de torque no eixo;
V ҏdificuldade de bombeamento;
V ҏqueda de produtividade da equipe em função da dificuldade no lançamento, adensamento e
acabamento do concreto;
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b) Caminhões betoneira
São normalmente misturadores e agitadores, dependendo da velocidade de rotação da betoneira
Quando as rotações são de 6 à 15 rpm são agitadores, quando de 16 à 20 rpm, misturadores. Quando
os caminhões têm dupla finalidade, a mistura pode ser terminada na obra. Quando o material sai da
usina com velocidade de agitação pode-se fazer uma remistura rápida na obra.
Outra maneira é executar a adição da água somente na obra, exigindo entretanto um controle
mais rigoroso neste aspecto. O transporte pode ocorrer em tempos de noventa minutos ou mais
dependendo da experiência do operador. O transporte muito prolongado e que ultrapasse este tempo
deve ser feito com aditivos ou a utilização de materiais secos, com a adição de água somente no
local da obra. Transporte Agitação com velocidade de 02 a 04 RPM evitando segregação e início de
pega. Descarga Descarga com velocidade de 12 a 16 RPM.
V trituração que ocorre com a agitação do material friável. A areia modifica o módulo
de finura ao passo que a brita pode-se transformar em areia. Em qualquer dos casos à
necessidade de se alterar o teor de água para evitar a perda de trabalhabilidade.
Existem diversos tipos de carrinhos de mão de uma roda, ou giricas, de duas rodas. Deve-se ter
caminhos apropriados sem rampas acentuadas. Deve-se usar carrinhos com pneus de modo a evitar
tanto a segregação, como a perda do material. O transporte vertical em casos de grande altura devem
ser efetuados por elevadores ou guinchos. Existem caçambas elevatórias associadas à elevadores que
proporcionam uma maior rapidez neste transportes.
São caçambas especiais para concreto com descarga de fundo e que são acionadas
hidraulicamente. Estas caçambas são transportadas por gruas ou guindastes, figura 9, e o tempo de
aplicação depende da carga, transporte e descarga. Um dos limitadores é a capacidade da grua tanto
na altura como na carga.
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Figura 9 ± Concretagem com grua
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É feito pelo deslocamento de esteiras sobre roletes podendo ser transportado à diversas
distâncias, podendo estas esteiras serem articuláveis o que permite o transporte para diversos pontos.
Estas esteiras podem ser inclinadas desde que não com ângulos muito inclinados. Na descarga deve
haver um aparador para evitar a perda de material assim como um funil permite uma remistura dos
agregados.
Alguns cuidados devem ser tomados com relação à velocidade visto que um aumento da mesma
permite um maior contato com o ar aumentando assim a evaporação. A temperatura ambiente pode
afetar a qualidade do concreto transportado.
Transporte por meio de tubulações sob efeito de algum tipo de pressão que pode ser por ar
comprimido, tubos deformáveis ou pistão. As maneiras mais eficientes são a primeira e a última. O
sistema por ar comprimido tem uma perda significativa nas juntas das tubulações o que pode afetar a
produtividade. O sistema de mangueiras deformáveis é por demais demorado. O sistema mais
utilizado é o de pistões.
No sistema de ar comprimido o concreto é lançado dentro da tubulação através de um sistema de
válvulas e gaxetas e impulsionado pela pressão do ar. no sistema de mangueira deformável o
concreto é lançado na tubulação e através da pressão de roletes nos tubos. O sistema por pistões
funciona também com um sistema de válvulas e gaxetas. O concreto é lançado na tubulação por um
sistema de pistões e após esta operação uma válvula fecha esta entrada e libera outro pistão que
impulsiona o concreto para a tubulação. Os ciclos se invertem recomeçando o processo.
As tubulações são rígidas, ligadas por um sistema de engate rápido, terminando num tubo
flexível para a distribuição do concreto. O diâmetro mais utilizado é de 125 mm existindo entretanto
outros.
Alguns cuidados devem ser adotados na execução do concreto tais como; o diâmetro do
agregado não deve ser maior que 1/3 do diâmetro do tubo. O concreto deve ter slump de 8 a 10 com
no mínimo 60% de argamassa. O concreto desloca-se dentro da tubulação de forma constante,
devendo haver uma película lubrificante entre a tubulação e a massa, que é obtida com a introdução
na tubulação de uma nata de cimento antes do início da concretagem.
Qualquer obstrução na tubulação deve ser imediatamente eliminada de modo a não permitir que
o concreto endureça. A concretagem deve começar do ponto mais distante da tubulação com a
retirada dos tubos que vão se tornando desnecessários. Em algumas concretagens se faz necessária a
introdução de válvulas de retenção para impedir a volta do concreto.
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A central conta com 12 mil m² que abrigam duas balanças dosadoras de concreto, um galpão
de armazenamento de agregados, o pátio e dois laboratórios (vide figura 10).
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Figura 13 ± Betoneira enchendo a caçamba
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º.V Depois da aceitação do concreto, o lançamento do concreto é realizado de duas maneiras: por
bombeamento, ou por caçambas (figura 13) que são levadas por gruas (figura 14). O concreto é
bombeado somente em lajes e vigas e lançado através caçambas nos pilares, pois se fosse realizado
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o bombeamento nos pilares as fôrmas não agüentariam a grande pressão que esse método oferece,
segundo o mestre-de-obras, técnico em edificações.
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a) O concreto deve ser preparado no local da obra ou recebido pronto, para emprego imediato,
quando preparado em outro local e transportado.
b) O preparo no local da obra deve ser feito em betoneira de tipo e capacidade aprovados pela
Fiscalização, somente sendo permitida a mistura manual em casos de emergência, sob a devida
aprovação da Fiscalização.
c) As operações de medida dos materiais componentes do traço devem ser realizadas, sempre que
possível, em bases ponderais, empregando-se instalações gravimétricas, automáticas ou de comando
manual, adequadamente aferidas.
d) Quando a dosagem dos componentes da mistura for efetuada por processo volumétrico, devem
ser empregados caixotes de madeira ou metálicos, de dimensões adequadamente definidas,
indeformáveis pelo uso e corretamente identificados, em obediência ao traço projetado.
e) Quando da operação de enchimento dos caixotes, o material não poderá ultrapassar o plano da
borda, não sendo permitida a formação de abaulamentos, devendo ser procedido sistematicamente o
arrasamento das superfícies finais.
f) Atenção especial deve ser conferida ao processo de medição da água de amassamento, devendo
ser previsto dispositivo de medida capaz de garantir a medição do volume de água com erro máximo
de 3%, em relação ao teor fixado na dosagem.
g) Os materiais devem ser colocados no tambor de modo que uma parte da água de amassamento
seja admitida antes dos materiais secos. A ordem de entrada dos materiais na betoneira deve ser a
seguinte: parte do agregado graúdo, cimento, areia, o restante de água de amassamento e, por fim, o
restante do agregado graúdo.
h) Os aditivos eventualmente empregados devem ser adicionados à água em quantidades corretas,
antes do lançamento desta no tambor, salvo diante de recomendação por outro procedimento, por
parte da Fiscalização.
i) O tempo de mistura deve ser estabelecido experimentalmente para a betoneira empregada,
devendo assegurar perfeita homogeneidade do produto final.
j) Quando utilizada mistura volumétrica, a mesma deve referir-se a uma quantidade inteira de sacos
de cimento.
l) Sacos de cimento parcialmente utilizados ou que contenham cimento endurecido, devem ser
rejeitados.
m) Quando a mistura for executada em central de concreto situada fora do local da obra, a betoneira
e os processos utilizados devem atender aos mesmos requisitos anteriormente definidos.
n) O concreto deve ser preparado somente nas quantidades destinadas ao uso imediato. O concreto
que estiver parcialmente endurecido não poderá ser remisturado.
5.1.3 Transporte
a) Quando o transporte do concreto for realizado por caminhão betoneira, este deve ser dotado de
tambor impermeável, que seja capaz de transportar e descarregar o concreto de maneira que não haja
segregação.
b) A velocidade de rotação do tambor deve estar contida no intervalo de 2 a 6 rotações por minuto.
c) O volume de concreto no tambor não deve exceder a 80% da capacidade deste, salvo se for
expressamente definida, pelo fabricante, uma condição distinta.
d) A entrega do concreto deve ser contínua, a fim de evitar o endurecimento parcial do material já
lançado. Em hipótese alguma deve ser permitido que o intervalo de tempo entre as descargas seja
maior do que 30 minutos, sem a prévia liberação da Fiscalização.
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e) Não deve ser permitido que o concreto, após sua mistura, permaneça em repouso por mais do que
30 minutos, antes do seu lançamento.
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Estas centrais são compostas basicamente por silo de cimento, reservatórios para água e
aditivo, balanças de cimento e agregados, hidrômetros, compressores e transportadores de correia. A
diferença básica que existe entre as centrais dosadoras está na forma de pesar os agregados (tow go
ou caixa de agregados) e no tipo de carregamento do caminhão (manual ou automático). Figura 16.
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NEVILLE, Adam M.. VV.VSão Paulo: Pini, 1982. 738 p.
FALCETTA, F. A. M. VV
V/ Segunda parte (Mat. de Constr. Civil II).
Disponível em: <http://www.fec.unicamp.br/~falcetta/navapr/resumos/eng5.pdf> Acesso em: 03 set.
2008.
24
AMARAL, T. G.
VVV .VDisponível em:V
http://www.feciv.ufu.br/disciplinas/TCC2/Estruturas_de_concreto_armado.pdf> Acesso em 03 set.
2008.
DOMICIANO, V. G. et al.
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(http://www.formeq.com.br/loja/produtos.asp?lang=pt_BR&tipo_busca=subcategoria&codigo_cate
goria=9&codigo_subcategoria=32)
(http://www.banet.com.br/construcoes/materiais/concreto/concreto.htm)
http://www.polycarpet.com.br/martin/catalogos/hitech_concreto.htm)
(http://www.dutramaquinas.com.br/canais/loja/subcategoria.asp?codSubCategoria=140&gclid=CMr
s9anAtpMCFQx_HgodWRV2CQ)
(http://www.texbarra.com.br/fichas/fixtexsa.htm)
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25
http://www.uepg.br/denge/aulas/Concretagem/conteudo.htm
http://www.fischer.com.br/index.php?conteudo=mostra_produto&codigo=1874
http://www.derba.ba.gov.br/especif/56CONCRECP-OAE-13.htm