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FACULDADES JK

ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

Risco ambiental: mapeamento dos processos no transporte de produtos


derivados de petróleo

Por

Aline Nunes

BRASÍLIA, DEZEMBRO DE 2006


FACULDADES JK
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

Risco ambiental: mapeamento dos processos no transporte de produtos


derivados de petróleo

Por

Aline Nunes

Orientadora
Profª Luciene Braz Ferreira Araújo Costa, Msc.

Co-orientador
Prof. Arnaldo Silva Santos, Msc.

Monografia submetida ao curso de


Administração com ênfase em RH da
Faculdade JK como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de
Bacharel em Administração

BRASÍLIA, DEZEMBRO DE 2006.


AGRADECIMENTOS

À professora Luciene, obrigada, pela orientação e pela confiança.

Ao professor Arnaldo Santos, agradeço o apoio e a solicitude.

Ao professor Marcelo Gagliardi, por sua colaboração e gentileza.

Agradeço ao pessoal da biblioteca da faculdade JK pelo apoio nos levantamentos


dos dados.

Aos funcionários da transportadora Veronese, pelo apoio na realização das


pesquisas e levantamentos realizados.

Às amigas de sempre, Nayara, Janaina, Luciene, Kelly e a todos os companheiros


de turma do 8º semestre de administração, obrigada pela amizade, pela força e pelo
carinho com que me brindaram nestes quatro anos de convivência.
RESUMO

Resumo da monografia apresentada à faculdade JK, como parte dos requisitos


necessários para a obtenção do grau de bacharel em administração de empresas.

Risco ambiental: mapeamento dos processos no transporte de produtos derivados


de petróleo

Aline Nunes

Dezembro de 2006

Orientadora: Luciene Braz Ferreira Araújo Costa, Msc

Esta monografia aborda o mapeamento dos riscos ambientais no transporte


de produtos derivados de petróleo a granel. Durante o carregamento, tráfego e
descarga. O estudo é dirigido à transportadora Veronese visando contribuir para a
segurança do transporte de produtos derivados de petróleo, por meio de uma
abordagem teórica, que utiliza ferramentas da qualidade total oriundas do conteúdo
abordado em administração de sistemas e métodos, procurando estabelecer as
bases conceituais para o mapeamento dos riscos e controle de incidentes. Neste
contexto, visou à identificação e classificação dos riscos ambientais decorrentes
dessa atividade e proporcionou uma análise das políticas gerenciais da empresa em
estudo. Proporcionando um diagnostico que das atividades mencionadas a de
descarga é atualmente a que mais oferece riscos ao meio ambiente e que das
políticas da empresa estuda apenas as que se refere ao meio ambiente estão
atingindo em sua maioria os objetivos propostos O trabalho propõe a adoção das
ferramentas da qualidade total como instrumentos de controle e análise dos riscos
ambientais e da adoção da lei ISO 14001 e do sistema de gerenciamento ambiental
o SGA.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 – Organograma filial Brasília.........................................13


Figura 2.1 – Diagrama de causa e efeito.......................................19
Figura 2.2 – Fluxograma de processos..........................................25
Figura 2.3 – Desdobramentos dos subsistemas da ISO 14001.....27
Figura 2.4 – Caminhão de combustível..........................................30

LISTA DE QUADROS

Quadro 2.1 - Procedimentos Brainstorming......................................18


Quadro 2.2 - Etapas diagrama de causa e efeito............................. 20
Quadro 2.3 – Matriz de identificação de processos.......................... 21
Quadro 2.4 – Simbologia do fluxograma parcial ou descritivo......... 23
Quadro 2.5 – Simbologia fluxograma global ou de coluna.............. 24
Quadro 2.6 – Matriz de macro processos......................................... 26
Quadro 2.7 - Vantagens do SGA...................................................... 28
Quadro 2.8 - Classificação dos produtos perigosos......................... 28
Quadro 4.1 – Enquadramento de freqüência / probabilidade
aspectos ambientais.................................................. 40
Quadro 4.2 – Levantamento das causas.......................................... 44

LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 – Classificação derivados de petróleo........................... 30


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente


EIA Estudo de Impacto Ambiental
EPI Equipamento de Proteção Individual
FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos
INMETRO Instituto de Metrologia
ISOPP Aditivo para gasolina, diesel e álcool hidratado.
ISO International Organization for Standardization
ONU Organização das Nações Unidas
OS&M Organizações sistemas e métodos
SGA Sistema de gestão ambiental
SUMÁRIO

RESUMO.....................................................................................................................4

LISTA DE FIGURAS ...................................................................................................5

LISTA DE QUADROS .................................................................................................5

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ......................................................................6

1 Introdução...............................................................................................................9

1.1 Formulação da situação problema ........................................................................9

1.2 Objetivos .............................................................................................................12

1.2.1 Objetivo geral ...................................................................................................12

1.2.2 Objetivos específicos........................................................................................12

1.3 Justificativa e relevância......................................................................................13

2 Referencial Teórico ..............................................................................................14

2.1 Ferramentas estruturais de qualidade.................................................................14

2.1.1 Brainstorming ...................................................................................................15

2.1.2 Diagrama de causa e efeito ou Diagrama de Ishikawa ....................................16

2.1.3 Matriz de identificação de processos................................................................17

2.1.4 Fluxograma ......................................................................................................18

2.1.5 Matriz de macro processos ..............................................................................20

2.2 Sistema de gestão ambiental - ISO 14001 ..........................................................21

2.3 Legislações que tratam das atividades de transporte .........................................22

2.4 Impactos ambientais ...........................................................................................25

3 Metodologia da Pesquisa ....................................................................................27

3.1 Seleção do sujeito ...............................................................................................28

3.2 Instrumentos de coleta de dados ........................................................................28


8

3.3 Análise de dados.................................................................................................29

4 Apresentação e Análise dos Resultados ...........................................................31

4.1 Brainstorming ......................................................................................................31

4.2 Matriz de macro processos .................................................................................32

4.3 Matriz de identificação de processos ..................................................................34

4.4 Diagrama de causa e efeito ou Diagrama de Ishikawa .......................................36

4.5 Fluxogramas........................................................................................................38

5 Conclusões e Recomendações...........................................................................40

5.1 Conclusão ...........................................................................................................40

5.2 Recomendações .................................................................................................42

Referências Bibliográficas .....................................................................................44

APÊNDICES .............................................................................................................46
9

1 Introdução

A questão ambiental vem se tornando cada vez mais uma obrigação das
empresas em suas atividades empresariais. Com a globalização dos negócios, leis
cada vez mais restritivas, adoção da qualidade ambiental por meio das normas da
série ISO 14000, a conscientização da sociedade e a preocupação com a
degradação ambiental, exigem ações mais organizadas das empresas no que
concerne à preservação ambiental.
O manuseio de produtos derivados de petróleo a granel apresenta grande
risco ao meio ambiente. Desde o carregamento, na base, até a descarga no posto
de gasolina, vários são os riscos ambientais que podem ser gerados nesse
processo. Como exemplo, os derrames ocasionados no momento do carregamento,
com possibilidade de contaminação do solo e lençóis freáticos, além de possíveis
vazamentos e explosões durante o tráfego dos caminhões tanques pelas vias.
Nesse contexto, esta monografia tem por finalidade mapear os riscos
ambientais decorrentes da atividade de transporte de produtos derivados de petróleo
a granel da empresa Transportadora Veronese por meio de algumas ferramentas
utilizadas na área de Organização, Sistemas e Métodos (OS&M), dentre as quais a
metodologia de identificação de processos, conjugada com uma matriz de
mapeamento de riscos.
Diversos fatores contribuem para o aumento dos riscos ambientais, entre eles
estão a falta de mapeamento dos processos, agravados pela falta de disponibilidade
de recurso tecnológico e mão-de-obra pouco capacitada.
Tendo como enfoque o gerenciamento de riscos ambientais, este trabalho
pretendeu mapear os processos de carregamento, distribuição e descarga de
produtos derivados de petróleo que oferecem riscos potenciais ao meio ambiente.

1.1 Formulação da situação problema

A empresa Transportadora Veronese LTDA. foi fundada em 1955, na cidade


de Mirandópolis. A família Veronese traçou uma trajetória em que estava disposta a
andar e crescer com o país, direcionada no transporte de produtos derivados de
petróleo. Além de ampliar sua frota de caminhões e estruturar suas filiais pelo país,
investiu em saúde, segurança, meio ambiente e qualidade no transporte de carga
10

perigosa, se transformando em uma empresa líder no mercado de transportes de


carga a granel (ROCHA, 2005).
Sua frota é constituída de oitenta e sete caminhões articulados, ou seja,
cavalo e carreta e trinta e três caminhões rígidos ou trucks. A empresa presta
serviços de transportes a granel de derivados de petróleo a três grandes
multinacionais: A Shell Brasil, a Chevron Texaco e a Repsol YPF. Possui uma matriz
localizada na cidade de São José do Rio Preto e oito filiais distribuídas em quatro
estados da confederação e o Distrito Federal (ROCHA, 2005).
As filiais estão distribuídas na seguinte ordem: no estado de São Paulo são
três filiais situadas em Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Presidente Prudente,
atendendo somente a Shell Brasil. Em Minas Gerais são duas filiais que prestam
serviços a Shell Brasil e a Chevron Texaco localizadas em Betim e Uberlândia, mais
um ponto de apoio em Paracatu. No estado do Goiás uma filial que atende a Shell
Brasil e a Chevron Texaco, localizada em Goiânia. No Mato Grosso do Sul, apenas
uma filial que atende somente a Chevron Texaco, a filial de Campo Grande e
finalmente a última, localizada no Distrito Federal, que foi o foco deste trabalho
acadêmico e que atende exclusivamente as companhias Shell Brasil, Chevron
Texaco e a Repsol YPF (ROCHA, 2005).
A empresa, que é uma empresa familiar, dispõe atualmente de duzentos e
oitenta funcionários. Seu organograma é de estruturação hierárquica no qual o
presidente da empresa é também o fundador. A diretoria é constituída pelos dois
filhos que são responsáveis pela diretoria comercial e administrativa (ROCHA,
2005).
Possui um gerente de recursos humanos, que também é supervisor das filiais
de Ribeirão Preto, Presidente Prudente e Campo Grande; um gerente de segurança
operacional, que também é supervisor das filiais de Goiânia, Brasília e Uberlândia;
um gerente de operações, que responde pela filial de Betim, a maior de todas as
filiais, com cerca de 60 caminhões e responsável pela linha do Jet, que é a operação
de transporte de querosene, que abastece o aeroporto de Brasília; um gerente da
filial de São José do Rio Preto, que funciona no mesmo prédio da matriz; e por fim,
um supervisor de treinamento, que ministra os vários cursos aos funcionários da
empresa.
11

Cada filial possui em gerente de operações que responde pelos assuntos da


filial e que tem como chefe direto os supervisores que respondem diretamente para
a diretoria.
A filial estudada é a filial de Brasília que possui vinte e três motoristas, um
motorista monitor, responsável pelo treinamento e acompanhamento dos motoristas
e auxilia na manutenção, quatro auxiliares administrativos que dividem as funções
de segurança e programação, faturamento e manutenção, um auxiliar de serviços
gerais, responsável pela limpeza e organização física do escritório e um gerente de
filial que é responsável pela coordenação e gerenciamento da filial.
A empresa possui várias políticas que envolvem segurança, saúde e
preservação ambiental e está sempre em busca da perfeição, tendo como normas
as regras internacionais de padrão de qualidade que são exigidas pelas companhias
nas quais presta serviços.
Na busca pela qualidade e redução de acidentes e riscos ambientais, a
empresa oferece uma variedade de treinamentos aos seus funcionários, procurando
promover a excelência na prestação do serviço, a redução de acidentes e os riscos
oferecidos ao meio ambiente, decorrentes de suas atividades e procurando
promover entre seus colaboradores internos e externos a responsabilidade social.
Em relação ao meio ambiente a empresa promove:
• Redução do volume de detritos e resíduos destinado aos lixões e
aterros;
• Preservação da fauna e flora através de monitoramentos em setores de
captação de água fluviais;
• Reciclagens de pneus garantidos pelos representantes dos fabricantes.
O objetivo da organização é manter a excelência no gerenciamento de
segurança, saúde, meio ambiente e qualidade combinando crescimento econômico
e responsabilidade social. A visão da empresa é ser a melhor no seu ramo de
atuação, conhecida por sua excelência no atendimento, agregando valor para seus
clientes. Tornando-se a única e exclusiva transportadora das companhias às quais
presta serviço (ROCHA, 2005).
Uma das grandes preocupações das empresas de petróleo e seus
administradores é a minimização dos problemas ambientais. Com o crescente
aumento da degradação ambiental, tornou-se fundamental a elaboração de técnicas
12

e processos que possam diminuir os impactos das atividades que afetam o meio
ambiente.
Com o avanço tecnológico e a necessidade de criação de programas que
reduzam a degradação ambiental, as empresas passaram a fazer estudos de
aplicações de técnicas e procedimentos estruturais, gerencias e operacionais
procurando alcançar altos níveis de qualidade com custos baixos. Entre as técnicas
utilizadas para alcançar esses programas de redução à degradação ao meio
ambiente, estão algumas das ferramentas utilizadas na área de OS&M, como o
mapeamento de processos, que são capazes de identificar os problemas e apontar
soluções.
Sendo assim, é possível melhorar a gestão dos riscos ambientais
envolvidos na atividade de carregamento, transporte e descarga em empresas
de transportes de produtos derivados de petróleo utilizando-se a ferramenta
mapeamento de processos para identificar os processos e riscos ambientais
envolvidos na atividade?

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo geral

• Mapear os processos de transporte de produtos derivados de petróleo


para facilitar a gestão dos riscos ambientais.

1.2.2 Objetivos específicos

• Levantar os processos existentes no carregamento, distribuição e


descarga de produtos derivados de petróleo;

• Identificar e classificar os riscos ambientais envolvidos no processo;

• Examinar os processos e as ações preventivas e corretivas que são


utilizadas no controle dos riscos ambientais;

• Analisar as políticas de gestão de segurança, saúde e meio ambiente da


organização.
13

1.3 Justificativa e relevância

Na sociedade atual muito se questiona sobre o desenvolvimento sustentável,


no qual as necessidades do presente devem ser atendidas, mas sem se
comprometer às necessidades futuras.
Sabe-se que uma das várias preocupações que afetam as grandes empresas
atualmente, e que afetam seus negócios, vem sendo a preocupação ecológica, que
estão ganhando um grande destaque entre a sociedade, por se tratar de um fator de
relevância que afeta diretamente a qualidade de vida da população, bem como a
continuidade do desenvolvimento sustentável.
Esta preocupação levou algumas empresas a integrar o controle ambiental
em sua gestão administrativa, no qual olhar o futuro, horizontalizar a análise e
planejar corporativamente passaram a ser o caminho natural (DONAIRE, 1999).
A proteção ao meio ambiente está cada vez mais incorporada na estrutura da
organização, interferindo diretamente nas estratégias e planejamentos da empresa,
principalmente aquelas que oferecem maior risco ao meio ambiente. Com isso, a
preocupação com o meio ambiente vem se tornando uma atividade relevante na
organização da empresa, seja nas suas normas, produto ao consumidor, serviços
oferecidos e as políticas organizacionais. A preocupação com o meio ambiente vem
sendo fator decisivo na permanência das empresas no mercado competitivo.
Por fim, a questão ambiental deixou de ser apenas uma política de proteção
para se tornar um valor da empresa, sendo uma das metas que a empresa deve
perseguir para obter sucesso no mercado em que atua.
14

2 Referencial Teórico

As preocupações com o meio ambiente, de uma produção mais limpa e a


preservação dos ecossistemas estão levando as empresas a adotarem sistemas de
gestão ambiental (SGA). Muitas delas estão trabalhando com o conceito de
excelência ambiental, que procura avaliar as empresas não só pelos processos
produtivos e financeiros, mas, também, pelo desempenho com relação ao meio
ambiente (BARBIERI 2004).
A minimização dos riscos ambientais exige das organizações uma nova
postura, novas atitudes de seus executivos, que devem considerar o meio ambiente
em suas tomadas de decisões, bem como na elaboração das estratégias de
crescimento e aumento da produtividade.
Dentre os conteúdos aprendidos em OS&M, algumas ferramentas podem ser
empregadas em diversas situações e modos variados, conforme a necessidade da
empresa, desenvolvendo processos e métodos de trabalho. Algumas das
ferramentas estruturais de qualidade, que são utilizadas para identificar e
diagnosticar problemas, apontando as causas, efeitos e conseqüências de cada
atividade foi útil no mapeamento dos processos e dos riscos ambientais.

2.1 Ferramentas estruturais de qualidade

Com o avanço da tecnologia, com a globalização e o aumento das exigências


do mercado as empresas passaram a buscar a qualidade como um diferencial em
seus produtos e serviços (BARBIERI, 2004). Melhorar os produtos e a qualidade dos
serviços passou a ser um fator determinante para manutenção e obtenção de novos
clientes. Por isso, as empresas investem em qualidade e melhoramento dos
processos e produtos.
Segundo Maximiano (2000, p. 78) “qualidade é um conjunto total das
características de marketing, engenharia, fabricação e manutenção do produto ou
serviço que satisfazem às expectativas do cliente”.
Para que haja um melhoramento dos processos é fundamental que sejam
aplicadas técnicas de controle da qualidade para obtenção dos resultados. Por meio
dessas técnicas é possível controlar os processos produtivos, prevenir os defeitos e
solucionar os problemas.
15

O controle da qualidade é um sistema que coordena esforços na busca do


desenvolvimento, manutenção e melhoramento da qualidade nos serviços e
produtos oferecidos ao consumidor (MAXIMIANO, 2000).
Para que exista o controle da qualidade é preciso à aplicação das
ferramentas estruturais da qualidade, que são capazes de identificar causas, propor
ações e analisar os processos de aprimoramento da qualidade e é sobre esse
enfoque que as ferramentas foram utilizadas neste trabalho acadêmico.

2.1.1 Brainstorming

É uma técnica de trabalho em equipe, cuja finalidade é levantar os principais


pontos de um determinado tema em um espaço mínimo de tempo (EME, 1996).
Ainda segundo EME (1999), brainstorming é uma técnica de geração espontânea de
idéias que apóia o processo decisório, permitindo o levantamento e o estudo de uma
gama de opções. É utilizado no planejamento do processo, na busca de soluções e
na investigação dos possíveis problemas.
1. Expor claramente a questão, o tema a ser pesquisado.
2. Registrar as idéias exatamente como foram apresentadas
3. Identificar o facilitador
4. Não criticar as idéias
5. Cada membro da equipe expõe suas idéias
6. Registrar as idéias onde todos possam ver
7. Incentivar o pensamento criativo de todos os participantes
8. Analisar os resultados
9. Juntar com a equipe para analisar as idéias que mais se identifiquem com o propósito.
Quadro - 2.1 Procedimentos Brainstorming
Fonte: Adaptado de Estado Maior do Exército (EME). Ferramentas da qualidade. 1996.

Para que se realize o brainstorming, é importante que o coordenador, antes


da reunião e com antecedência, divulgue o problema e dê um tempo para que cada
membro do grupo que participará do brainstorming possa pensar e formular suas
idéias individuais, de preferência, um dia antes da reunião, para que na hora do
brainstorming os membros participantes já tenham formulado suas proposições e
possíveis soluções para o problema apresentado.
É importante frisar que não se deve criticar nenhuma idéia, por mais absurda
que seja, e que os participantes devem ficar a vontade para expor seus
pensamentos, e o coordenador da reunião deve procurar valorizar cada idéia
sugerida. Ao final da reunião, o grupo deve entrar em consenso e escolher as
principais sugestões apresentadas na resolução do problema.
16

2.1.2 Diagrama de causa e efeito ou Diagrama de Ishikawa

É um gráfico que mostra, de forma ordenada, as causas e efeitos que


contribuem para um determinado resultado. Em EME (1996) este gráfico permite
uma rápida visualização das causas relacionadas com o problema, ou seja, os
efeitos. Já para Maximiano (2000, p. 161), “o objetivo do diagrama é organizar o
raciocínio e a discussão sobre as causas de um problema prioritário”.
Para Brassard (2004 p. 28), “o diagrama de causa e efeito foi desenvolvido
para representar a relação ente o efeito todas as possibilidades de causa”.
A estrutura do diagrama é colocada da seguinte forma: o resultado (efeito ou
problema) é colocado no quadro mais à direita e as categorias principais de causas,
agrupadas nos quadros laterais. Dentro de cada categoria principal são relacionadas
às causas especificas, conforme ilustra a figura 2.1.

Figura: 2.1 Diagramas de Causa e efeito.


Fonte: Cruz, Tadeu. Sistemas, organizações & métodos: estudo integrado das novas tecnologias
de informação. 2002.

Para construir o diagrama da causa e efeito são necessárias algumas etapas:


1. Definir o resultado (efeito) claramente e objetivamente;
2. Realizar uma seção de brainstorming, para levantar as causas do problema;
3. Identificar as categorias principais de causas ou as etapas do processo e dentro de
cada categoria identificar as causas especificas;
4. Pesquisar as causas básicas de problema;
5. Realize verificações para confirmar as causas identificadas;
6. Estabeleça ações adequadas aos propósitos.
Quadro 2.2 - Etapas diagrama de causa e efeito
Fonte: Adaptado de Estado Maior do Exército (EME). Ferramentas da qualidade. 1996.

O diagrama de causa e efeito é utilizado para demonstrar todas as causas de


um problema, determinando causas específicas que resultam em um efeito. Para
17

construir o diagrama geralmente é feito um brainstorming para gerar as idéias que


serão utilizadas no diagrama. Outros critérios de organização podem ser utilizados
dependendo do tipo de problema e da empresa.

2.1.3 Matriz de identificação de processos

A matriz de identificação de processos consiste em relacionar os processos


da organização ou área funcional. Essa matriz permite fazer interações técnicas
relacionando ações com fatores ambientais juntamente com as políticas de
segurança, saúde e meio ambiente da organização.
Segundo EME (1996, p. 17), “a abordagem de processos adota o conceito de
hierarquias de processos e detalhamento em níveis sucessivos”. A matriz de
identificação de processos correlaciona os três tipos básicos de processos:
finalísticos, de apoio e gerenciais.
Os processos finalísticos são aqueles que caracterizam as atuações da
organização e que recebe apoio de outros processos internos, que resulta num
serviço direcionado para o cliente externo. Já os processos de apoio geralmente
produzem resultados pouco percebidos pelo cliente externo, mas são essenciais
para a gestão efetiva da organização, viabilizando as políticas gerenciais da
organização e garantido suporte ao processo finalístico. O processo gerencial é o
processo de informação e decisão necessário para coordenar os processos de apoio
e finalísticos (EME, 1996).
Os processos de uma organização poderão ser identificados conforme os
tipos citados anteriormente, utilizando-se uma matriz de identificação de processos,
na qual constem o nome do processo e o tipo. Nessa matriz são relacionados os
processos da organização ou área funcional (EME, 1996), conforme o quadro 2.3.
Matriz de identificação de processos

Classificação das políticas, Classificação das praticas.


processos, tipos e ações.
Política Processo Tipo Inexistente fraca média forte
Segurança Manutenção Apoio x

Quadro 2.3 - Matriz de identificação de processos


Fonte: Adaptado de Estado Maior do Exército (EME). Ferramentas da qualidade. 1996.

Quanto à aplicabilidade, as políticas são classificadas conforme EME (1996):


18

• Inexistente: a filial não esta aplicando a política, praticamente não


existe o uso efetivo da política, não há resultados;
• Fraca: a política é aplicada, porém esporadicamente, os resultados
obtidos estão abaixo dos padrões determinados em manuais são
poucos expressivos;
• Média: a política é aplicada de forma mais intensa, porém os controles
possuem falhas e os resultados são razoáveis, podendo ser
melhorados;
• Forte: política aplicada constantemente, atende os padrões exigidos
pelas companhias, os controles são rigorosos e os resultados são
expressivos.
A matriz de identificação de processos tem a finalidade de classificar o tipo de
processo analisando o cumprimento das normas de gestão de segurança, saúde e
meio ambiente da organização, classificando o nível de atuação de cada política
dentro da empresa.

2.1.4 Fluxograma

Todo e qualquer processo tem um fluxo das operações de entrada,


processamento e saída e, por meio do gráfico do fluxograma, é possível identificar
falhas que podem se tornar fontes de problemas.
Um fluxograma é um gráfico que demonstra de forma completa uma análise
continua de um processo, seja de produtos ou serviços, segundo apresentado por
Cury (2000). Já para Brassard (2004), é uma ferramenta que expressa as várias
etapas de em processo, permitindo uma visão holística de todo o processo produtivo
ou administrativo no qual ele seja aplicado.
Segundo Ascensão (2001, p.110), “fluxograma é um técnica de representação
gráfica que se utiliza de símbolos previamente convencionados, permitindo a
descrição clara e precisa do fluxo ou seqüência de um processo, bem como sua
análise e redesenho”, conforme o quadro 2.4.
Já para Cury (2000, p.329), “é a representação gráfica de fenômenos
quaisquer, traduzindo, de um ponto de vista, um raciocínio esquematizado, cujo
objetivo é facilitar a compreensão da exata tramitação de certo fluxo de trabalho, de
um formulário ou de uma rotina”.
19

Existem três tipos principais de fluxogramas que são utilizados para analisar
os processos e métodos da organização. Segundo Rebouças (2005), são eles:
• Fluxograma vertical: destinado à representação de rotinas simples, no
qual o processamento é analítico e realizado em uma unidade
específica da empresa. .
• Fluxograma parcial ou descritivo: é mais utilizado para rotinas, o qual
possibilita fazer levantamentos e descrever o curso da ação e dos
trâmites dos documentos.

A operacionalização do fluxograma parcial é efetuada mediante a interligação


de seus símbolos.
O fluxograma global ou de coluna permite demonstrar, com maior clareza, o
fluxo de informações e documentos, dentro e fora das unidades organizacionais,
propondo uma descrição das rotinas e procedimentos (OLIVEIRA, 2005).
Por meio do fluxograma é possível apresentar o real funcionamento de todos
os componentes de um método ou processo administrativo, possibilitando uma
visualização integrada dos processos e uma análise simples ou profunda de
qualquer método administrativo.
Para Rebouças (2005, p. 255), “o fluxograma possibilita a identificação mais
fácil e rápida dos pontos fortes e fracos do método administrativo”. Para melhor
visualização, a figura 2.2 apresenta a representação de um fluxograma.

Figura 2.2 - Fluxograma de Processos


Fonte: Ascensão, Luiz Carlos M. D. Organização, sistemas e métodos: análise, redesenho e
informatização de processos administrativos. 2001.
20

Os fluxogramas procuram mostrar o modo pelo quais as coisas são feitas


conforme os manuais e procedimentos da organização. Portanto, é uma fotografia
exata de uma situação real em foco.

2.1.5 Matriz de macro processos

Segundo Andersen (apud SANTOS, 2005, p.188), “mapeamento é uma


ferramenta geral e analítica de comunicação que tem intenção de melhorar os
processos existentes ou implementar novos processos”. Pode ser utilizada para
descrever situações atuais de riscos ambientais descrevendo uma visão futura dos
processos.
Como macro processos entende-se o conjunto de processos fundamentais,
críticos para o cumprimento da missão que se inter-relacionam diretamente com
fornecedores, clientes no atendimento das expectativas (SANTOS, 2005).
A matriz de macro processos possibilita a classificação de duas categorias à
identificação que corresponde à atividade ou serviço da companhia, descrevendo
todos os aspectos ambientais que correspondem a cada atividade e listando os
impactos ambientais que cada atividade provoca, além de verificar a importância que
a freqüência com que ocorrem os impactos e a severidade a que eles pertencem
como ilustra o quadro 2.4.
IDENTIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO
Atividade / Aspectos Impactos Freqüência
Severidade
Operação Ambientais Ambientais Probabilidade

Quadro 2.4 - Matriz de macro processos


Fonte: Adaptado de Seiffert, Mari Elizabete Bernadini. ISO 14001 sistemas de gestão ambiental:
implantação objetiva e econômica. 2006.

A parte de verificação da importância analisa a freqüência do impacto,


indicando a quantidade de vezes em que o impacto ocorre em uma unidade de
tempo, estando diretamente relacionada com os danos ambientais acumulados. A
moneclatura utilizada para essa classificação é: baixa; média e alta.
Na parte severidade, é analisado o grau de gravidade do impacto ambiental,
estando este ligado ao conceito de dano ao meio ambiente e a suas abrangências,
utilizando os critérios de crítico, moderado e desprezível para efetuar a classificação.
21

2.2 Sistema de gestão ambiental - ISO 14001

Segundo Donaire (1999, p. 116), International Organization for


Standardization (ISO) “é uma organização internacional, fundada em 23 de fevereiro
de 1947, sediada em Genebra na Suíça, que elabora normas internacionais”. No
Brasil a certificação da ISO é feita por meio da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), sociedade sem fins lucrativos fundada em 1940, reconhecida pelo
governo brasileiro como o Fórum Nacional de Normatização.
A ISO 14000, para Castro (1998, p.84), “é um grupo de normas que fornece
ferramentas e estabelece um padrão de sistemas de gestão ambiental”. Assim, a
empresa pode sistematizar a sua gestão mediante uma política ambiental que vise à
melhoria continua em relação ao meio ambiente.
Antes das ISO 14001, as empresas eram acompanhadas apenas no
momento de seu licenciamento de projeto, de instalação e, depois, de operação, que
eram realizadas por meio de fiscalizações periódicas dos órgãos ambientais. Para
Castro (1998, p. 85)

As normas de sistema de gerenciamento ambiental tentam estabelecer um


conjunto de procedimentos e requisitos que relacionam e meio ambiente
com: planejamento, implementação e operação, verificação, análise pela
administração e política ambiental.

A série ISO 14001 tem por objetivo contribuir para a melhoria da qualidade
ambiental diminuindo a poluição e a degradação do meio ambiente, procurando
integrar os sistemas produtivos da organização, na busca da otimização os recursos
naturais.
Já segundo Donaire (1999, p. 117), “a norma ISO 14001 tem por objetivo
prover as organizações os elementos de um sistema de gestão ambiental eficaz,
passível de integração com os demais objetivos da organização”.
Segundo Castro (1998, p. 85), a ISO 14000 “é um conjunto de procedimentos
e técnicas sistêmicas que visam dotar uma organização dos meios que permitam
definir sua política ambiental”. Esse sistema de gerenciamento oferece várias
vantagens às empresas, como mostra a figura 2.3 e o quadro 2.5.
22

Figura 2.3 - Desdobramentos dos subsistemas da norma ISO 14001


Fonte: Seiffert, Mari Elizabete Bernadini. ISO 14001 sistemas de gestão ambiental: implantação
objetiva e econômica. 2006.

Acesso a novos mercados


Redução de acidentes ambientais e custos de remediação
Conservação de energia e recursos naturais
Racionalização de atividade
Redução de perdas e desperdícios e maior economia
Produtos e processos mais limpos
Gestão racional do uso da energia
Redução da poluição global
Quadro 2.5 - Vantagens do SGA
Fonte: Adaptado de Castro, Newton. A questão ambiental e as empresas. 1998.

A implementação de um SGA deve estar integrada à gestão global da


organização, promovendo a redução dos custos internos e aumentando a
competitividade dos produtos e serviços da empresa, procurando minimizar os
impactos ambientais e desenvolvendo uma economia sustentável.

2.3 Legislações que tratam das atividades de transporte

As legislações que regulam o transporte de produtos derivados de petróleo e


cargas perigosas são: a Resolução nº. 420/2004, o Decreto nº. 6044/88 e a Norma
Brasileira (NBR) 7500/2005, que descrevem todos os procedimentos de transporte
de produtos perigosos. Especificam e classificam o armazenamento e transporte
desses produtos.
23

A classificação dos produtos perigosos adotada pela legislação brasileira é


estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) que agrupa em nove
classes de riscos conforme descrito no quadro 2.6:
CLASSE PRODUTO CLASSE PRODUTO
1 Explosivos 6 Substancias Tóxicas
2 Gases 7 Materiais Radioativos
3 Líquidos Inflamáveis 8 Corrosivos
4 Sólidos Inflamáveis 9 Substancias perigosas diversas
5 Substancias Oxidantes
Quadro 2.6 - Classificação dos produtos perigosos
Fonte: Adaptado de Real, Márcia Valle. Controle de riscos no transporte rodoviário de produtos
perigosos no Brasil - uma proposta. 2000.

Para transportar produtos derivados de petróleo, segundo o Decreto nº. 6044


de 1988, os veículos utilizados deverão portar documento fiscal que deve apresentar
o número ONU, nome do produto, classe de risco, declaração de responsabilidade
do expedidor de produtos perigosos, ficha de emergência (FISPQ), envelope de
transporte, certificado de capacitação para o transporte de produtos perigosos à
granel, certificado de conclusão do curso de movimentação de produtos perigosos
(MOPP) e equipamento de proteção individual (EPI).
A ficha de emergência deve conter informações sobre a classificação do
produto perigoso, risco que apresenta e procedimentos em caso de emergência,
primeiros socorros e informações ao médico. Já o envelope para transporte
apresenta os procedimentos genéricos para o atendimento emergencial, telefones
úteis e identificação da empresa transportadora e expedidora do produto perigoso.
O certificado de capacitação para o transporte de produtos perigosos à granel
é um documento expedido pelo Instituto de Metrologia ou empresa por ele
credenciada, que comprova a aprovação do veículo (caminhão, caminhão trator e
chassis porta contêiner) ou equipamento (tanque, vaso para gases, etc.) para o
transporte de produtos perigosos a granel (sem embalagem).
O MOPP somente é obrigatório quando o campo de observações da Carteira
Nacional de Habilitação (CNI) não apresentar a informação "Transportador de Carga
Perigosa". Esta informação deve ser inserida no ato da renovação do exame de
saúde do condutor.
E, por fim, os EPIs, que são constituídos de óculos, luva e capacete e
conjunto de equipamentos para situações de emergência indicado pelar NBR 9735
ou, na inexistência desta, o recomendado pelo fabricante do produto, devendo a sua
24

adequação para o transporte a que se destina ser atestada pelo Instituto Nacional de
Metrologia e Normatização e Qualidade Industrial (INMETRO).
Os veículos que transportam produtos perigosos devem portar painéis de
segurança de 400 mm de base e 300 mm de altura, pintados com tinta reflexiva na
cor laranja, os quais devem se manter legíveis no mínimo por 15 minutos, quando
envolvidos pelo fogo, como mostram a figura 2.4.

Figura 2.4 - Caminhão de combustível


Fonte: NBR 7500/2005

Os produtos derivados de petróleo estão classificados na classe 3, líquidos


inflamáveis. O painel de segurança deve conter o número da classe que o produto
pertence, o código do produto que esta sendo transportado e o rótulo de risco que
identifica o tipo de produto e o risco que ele oferece. A classificação das simbologias
dos produtos é estabelecida por legislação brasileira que, por sua vez, são
determinadas pela ONU. Neste trabalho são analisados somente os produtos
transportados pela empresa, como mostra a tabela 2.1.

Tipo de Produto Número da ONU Numero de Risco


Álcool (etílico ou hidratado) 1170 30
Diesel 1202 30
Gasolina 1203 33
Querosene 1223 30
ISOPP (Aditivo) 1203 31
Tabela 2.1 - Classificação derivados de petróleo
Fonte: Adaptado a partir de (FISPQ Shell Brasil, 2006)
25

Os veículos que transportam produtos derivados de petróleo a granel devem


ser revisados periodicamente e certificados por órgão competente e devidamente
autorizado nacionalmente, devendo ser inspecionado, certificado e testado antes de
entrar em operação.

2.4 Impactos ambientais

Segundo Barbieri (2004, p.253), “para efeito do Estudo de Impacto Ambiental


(EIA), entende-se por impacto ambiental qualquer mudança no ambiente natural e
social decorrente de uma atividade ou de um empreendimento proposto”.

Já para a resolução nº. 1 de 1986 do Conselho Nacional do Meio Ambiente


(Conama), que estabeleceu os critérios básicos e as diretrizes para uso e a
implementação do EIA, considera impacto ambiental qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer
forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as
atividades sociais e econômicas, as condições estéticas e sanitárias do meio
ambiente e a qualidade dos recursos ambientais.
Os produtos derivados de petróleo são classificados como altamente
poluentes ao meio ambiente, pois são capazes de alterar física, química e
biologicamente o meio ambiente provocando danos à ao ecossistema geral. Cada
produto derivado de petróleo agride o meio ambiente de forma diferente, por causa,
da composição química de cada produto. Os produtos derivados de petróleo
analisados foram somente os transportados pela empresa e baseados nos dados da
FISPQ, SHELL (1999).
Diesel: flutua na água. Evapora parcialmente da água e da superfície do solo,
porém uma quantidade significativa permanecerá depois de um dia. Grandes
volumes podem penetrar no solo e contaminar lençóis freáticos. Não é
biodegradável. Persiste mesmo sobre condições anaeróbicas. Oxida-se rapidamente
por reações fotoquímicas no ar. Tem potencial para bioacumulação. Pode causar
infecções a peixes e crustáceos.
Álcool: os vapores emitidos são prejudiciais ao meio ambiente. O composto
do álcool, o etanol, é totalmente solúvel na água, podendo provocar grandes danos
à fauna e flora aquáticas. A mistura derramada ao solo pode per colar e contaminar
o lençol freático.
26

Gasolina: prejudicial aos organismos aquáticos. Pode causar efeitos


adversos de longo prazo. Grandes volumes podem penetrar o solo e contaminar os
lençóis freáticos. Contém componentes que permanecem no meio ambiente. Tem o
potencial de bioacumulação.
ISOPP (Aditivo): prejudicial aos organismos aquáticos. Pode causar efeitos
adversos de longo prazo ao meio ambiente. Grandes volumes podem penetrar no
solo e contaminar lençóis freáticos. Não é facilmente biodegradável. É
bioacumulativo e persistente mesmo em condições anaeróbicas.
Querosene: poluente para a água. Pode possuir frações solúveis. Seus
componentes aromáticos são, geralmente, os mais tóxicos. Pode causar mortalidade
aos organismos aquáticos e transmitir qualidades indesejáveis a água. Pode afetar o
solo e, por percolação, degradar a qualidade das águas e do lençol freático.
27

3 Metodologia da Pesquisa

A pesquisa tem como objetivo estabelecer compreensões no sentido de


descobrir respostas para indagações e questões que existem em todos os ramos do
conhecimento humano (OLIVEIRA, 2002).
A metodologia utilizada foi baseada na classificação abordada por Vergara
(2006). Trata-se de uma pesquisa aplicada, metodológica e campo. Aplicada porque
procura resolver ou amenizar os impactos ambientais nas atividades de
carregamento, transporte e descarga de produtos derivados de petróleo, aplicando
os estudos no dia a dia da empresa. Segundo Vergara (2006, p. 47), a pesquisa
aplicada “é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas
concretos, mais imediatos, ou não, tendo a finalidade prática”.
Quanto à pesquisa metodológica, foi utilizada no estudo dos procedimentos e
rotinas de trabalho da organização, aplicando as ferramentas da qualidade total para
avaliar e classificar os riscos ambientais existentes na empresa. Segundo Vergara
(2006, p. 47), “é o estudo que se refere aos instrumentos de captação ou de
manipulação da realidade. Está, portanto, associada a caminhos, formas, maneiras,
procedimentos para atingir determinado fim”.
E pesquisa de campo porque será feito uma investigação nos locais onde o
risco ambiental ocorre. Segundo Vergara (2006, p. 47), “é a investigação empírica
realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos
para explicá-lo”. Por se tratar de atividades que agregam riscos ambientais este
projeto tem o caráter de propor um mapeamento dos processos que oferecem riscos
ao meio ambiente procurando diminuir os impactos ambientais
A pesquisa também é classificada como documental porque é realizado em
documentos de trabalho, mais precisamente, o manual RT-SSMAQ_MS Case hemp
e da Transportadora, que descreve os processos, classificação e periodicidade dos
riscos ambientais. Segundo Vergara (2006, p. 48), “pesquisa documental é realizada
em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer
natureza, ou com pessoas, registros, anais, regulamentos circulares, ofícios entre
outros documentos internos”.
28

3.1 Seleção do sujeito

Sujeito da pesquisa, segundo Vergara (2006, p.53), ”são as pessoas que


fornecerão os dados de que você precisa”. Às vezes, podem ser confundidos com
“universo e amostra”, quando são relacionados com pessoas.
Neste estudo os sujeitos foram os integrantes do comitê de segurança local,
que é composto pelos administrativos (4 funcionários), um motorista monitor, um
motorista que representa todos os motoristas e o gerente da filial. O comitê de
segurança local é definido no manual de normas e procedimentos da empresa.
Todos os integrantes conhecem e participam das atividades da organização de
carregamento, transporte e descarga de produtos derivados de petróleo.

3.2 Instrumentos de coleta de dados

Os dados foram coletados por meio de:


• Brainstorming: é uma técnica de trabalho em equipe, empregada para
levantar todos os aspectos de um tema, em curto espaço de tempo (EME, 1996).
Consistiu em uma série estruturada de votações ou coleta de opiniões e teve como
objetivo reduzir uma longa lista de itens, a um número possível de ser trabalhado,
para concentrar a análise sobre os mais importantes.
Por meio de brainstorming, foi possível levantar, identificar e definir, na visão
do comitê de segurança local, os principais impactos ambientais decorrentes das
atividades de carregamento, distribuição e descarga de produtos derivados de
petróleo.
• Observação pessoal participante: é uma técnica na qual o pesquisador
faz parte do grupo ou da situação em estudo interagindo com o processo, pessoas
ou atividades que estão sendo pesquisadas (VERGARA, 2006). Para Roesch (1999,
p. 148), “é utilizada para entender como indivíduos usam seu tempo em situação de
trabalho, para estudar e revisar a alocação de recursos ou para calcular a freqüência
de atrasos”.
Por meio da observação pessoal foi possível identificar, classificar e analisar
os processos existentes da organização, bem como formular, por meio das
ferramentas de qualidade total, novos instrumentos para análise das políticas e
mapeamento dos processos, permitindo uma classificação e análise detalhada das
rotinas de trabalho e dos processos existentes em toda a empresa. Foram
29

levantados, também, todos os riscos e impactos ambientais que existem no


processo de carregamento, transporte e descarga de produtos derivados de
petróleo.

3.3 Análise de dados

Para a análise dos dados foram utilizados dois métodos de abordagem: o


quantitativo e o qualitativo.
No método quantitativo, por meio da técnica de observação das rotinas e
processos existentes na empresa, observou-se o cumprimento e a execução das
atividades desenvolvidas para classificar e analisar as políticas existentes da
organização, bem como mostrar o gerenciamento das operações existentes.
Conforme descreve Roesch (1999, p. 148), “a técnica de observação em
pesquisa quantitativa é a amostra de atividade, que é aplicada ao estudo do trabalho
e ao gerenciamento de operações”.
O método quantitativo é muito utilizado em pesquisas onde se procura
descobrir e classificar a relação entre variáveis, assim como na investigação da
relação de causalidade entre os fenômenos: causa e efeito (OLIVEIRA, 1999). As
principais técnicas de coleta de dados são a entrevista, o questionário, os testes e a
observação.
Já na abordagem qualitativa, a coleta de dados é apropriada para a avaliação
formativa dos dados quando se trata de melhorar a efetividade de um programa.
Segundo Oliveira (1999, p.117), “tem como objetivo situações complexas ou
estritamente particulares”.
Os estudos apresentados puderam descrever detalhadamente, por meio das
ferramentas da qualidade, os processos existentes nas atividades da empresa,
analisando a relação de riscos e impactos ambientais pertinentes ao tipo de
atividade da organização, procurando melhorar o desempenho da empresa quanto à
degradação ambiental a qual ela está exposta e envolvendo o comitê de segurança
local na discussão do tema.
As pesquisas de caráter qualitativo possuem a facilidade de poder descrever
a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisando a interação
de certas variáveis, compreendendo e classificando processos dinâmicos,
apresentando contribuições no processo de mudança, criando ou formando opiniões
30

de determinados grupos e permitindo um maior grau de profundidade (ROESCH


1999).
A análise dos dados se deu por meio das ferramentas da qualidade total
aplicadas e dos conteúdos apresentados, observando detalhadamente os fatores
que geram risco ao meio ambiente e os processos existentes em cada rotina de
trabalho, fazendo uma correlação dos dados apresentados e das ferramentas
aplicadas.
31

4 Apresentação e Análise dos Resultados

Este capítulo apresenta a análise dos resultados oriundos das pesquisas


documental e bibliográfica, por meio das ferramentas da qualidade total estudadas,
observando detalhadamente todos os processos e políticas de trabalho existentes
nas atividades de carregamento, transporte e descarga de produtos derivados de
petróleo a granel.
Os dados apresentados foram analisados de forma diferente da organização
em estudo, porque a empresa não possui instrumentos próprios de avaliação e
classificação dos riscos e impactos ambientais. Todos os documentos pertinentes a
essa avaliação que a empresa realiza são fornecidos pela Shell por meio do manual
de transportes.
Quanto às ferramentas da qualidade total, a empresa possui apenas um
fluxograma de processos, bem simples, pois descreve a rotina de carregamento,
transporte e descarga de produtos derivados de petróleo a granel de uma forma
resumida, unindo as três rotinas em um único fluxograma.
Este estudo procurou mapear de forma detalhada, por meio das ferramentas
da qualidade total, como o brainstorming, diagrama de causa e efeito, matriz de
macro processos, matriz de identificação de processos e os fluxogramas os
processos existentes em cada atividade descrita, procurando relacionar as rotinas
com os aspectos e riscos ambientais existentes.
Com a pesquisa do referencial teórico houve a possibilidade de aplicação
das ferramentas da qualidade como resultado da pesquisa documental descrita no
capitulo anterior e da utilização das técnicas de brainstorming e observação como
instrumentos de coleta de dados. Este capítulo apresenta os resultados das
pesquisas utilizadas, por meio das ferramentas da qualidade total descritas nesse
trabalho.

4.1 Brainstorming

O brainstorming foi realizado com o comitê de segurança local da filial


estudada, que é composto por sete membros. Este comitê, durante três horas,
discutiu os principais impactos ambientais decorrentes da atividade de
carregamento, transporte e descarga de produtos derivados de petróleo a granel,
32

conforme apêndice A. Segundo os estudos realizados na construção do referencial


teórico, o brainstorming tem a finalidade de levantar os principais pontos de um
determinado tema em um espaço mínimo de tempo.

Os dados extraídos do brainstorming possibilitaram identificar os riscos


ambientais existentes no processo, segundo a opinião dos membros do comitê,
podendo correlacionar os dados levantados em outra ferramenta: a matriz de macro
processos, que identifica e classifica os riscos e os impactos ambientais de forma
mais detalhada. Os dados levantados no brainstorming foram:

• Contaminação do ar
• Contaminação do solo
• Contaminação de rios e nascentes
• Risco de explosão e incêndio
• Destruição da fauna
• Emissão de gases poluentes
• Danos à saúde humana
• Contaminação de lençóis freáticos
• Contaminação das galerias de águas pluviais
• Destruição da flora
• Poluição da camada de ozônio
• Morte ou lesão grave das pessoas

4.2 Matriz de macro processos

A matriz de macro processos possibilitou descrever o tipo de atividade /


operação relacionando os aspectos ambientais com os impactos ambientais,
classificando os aspectos quanto à freqüência / probabilidade e o impacto quanto à
severidade.
Para o preenchimento da matriz foi utilizada a pesquisa documental no
manual RT-SSMAQ_MS Case hemp da empresa, e aplicado à técnica do
brainstorming.
Com os aspectos ambientais listados e identificados, iniciou-se o processo de
classificação do aspecto, no qual primeiro foram classificados quanto à freqüência /
probabilidade. A classificação dos aspectos ambientais foi realizada conforme o
quadro 4.1.
33

Freqüência Descrição
Baixa Ocorre menos de uma vez/ mês
Média Ocorre mais de uma vez / mês
Alta Ocorre diariamente
Quadro 4.1 - Enquadramentos de freqüência / probabilidade aspectos ambientais
Fonte: Adaptado de Seiffert,Mari Elizabete Bernadini. ISO 14001 sistemas de gestão ambiental:
implantação objetiva e econômica. 2006.

Os impactos ambientais foram classificados quanto à severidade. Segundo


Seiffert (2006, p.115), classificados quanto a:

• Desprezível: em função de suas características, devem ser definidas ações


de prevenção/mitigação como parte dos controles operacionais relacionados.

• Moderado: devem ser definidas ações de prevenção/mitigação através da


elaboração de procedimentos associados a Planos de Atendimento de
Emergência (PAE) e/ou simples controles operacionais.
• Crítico: são considerados inaceitáveis, devendo-se tomar ações imediatas
para gerenciamento do risco e modificação do sistema. Deve-se propor
medidas visando ao reenquadramento da situação nas categorias moderado
e desprezível.
A matriz de macro processos possibilitou identificar e classificar os riscos
ambientais envolvidos no processo, permitindo correlacionar os aspectos ambientais
com os impactos ambientais. Identificando de forma detalhada cada aspecto e cada
impacto ambiental, conforme apêndices B, C e D.
Os resultados apresentados nessa matriz mostram que apesar de se tratar de
uma atividade de alta periculosidade, a freqüência desses aspectos e impactos é
baixa em se tratando das atividades de carregamento e transporte dos produtos,
conforme apêndices B e C. Porém, na atividade de descarga, a freqüência dos
aspectos varia entre média e baixa, conforme apêndice D, gerando, como
conseqüência, maior número de impactos ambientais.
Também foi possível perceber que a maioria dos impactos ambientais está
classificada no nível moderado e crítico, sendo que os classificados no nível
moderado, nas três atividades, estão relacionados com a contaminação do ar e
emissão de CO². No nível crítico estão relacionados a contaminação do solo, da
água, da fauna e flora, incêndio e explosões. Já no nível desprezível, estão
relacionados apenas os impactos referentes à emissão de vapores nas três
atividades descritas, como apresentado nos apêndices B, C e D.
34

Com a análise da matriz de macro processos foi possível constatar que os


treinamentos e controles atuais dos aspectos ambientais existentes na empresa são
mais evidenciados nas atividades de carregamento e transporte dos produtos, pois
apresentaram nestas duas atividades melhor desempenho quanto à freqüência /
probabilidade, sendo classificados, ambos, como baixos. Já na atividade de
descarga, a matriz evidenciou que alguns aspectos ambientais estão ocorrendo com
mais freqüência, ocasionando um alto grau de impacto ambiental em níveis críticos e
moderados.
A matriz de macro processos foi escolhida por se tratar de uma ferramenta
simples e de fácil aplicação, proporcionando identificar e classificar os riscos e
impactos ambientais.

4.3 Matriz de identificação de processos

A matriz de identificação de processos possibilitou de forma ordenada


analisar as políticas de gestão de segurança, saúde e meio ambiente da empresa
separadamente, dando suporte para analise de ações corretivas e preventivas
utilizadas no controle dos aspectos e riscos ambientais.
A matriz foi preenchida por meio de pesquisa documental nos Manuais de
Procedimentos da Transportadora Veronese (PTV), e sua classificação foram dadas
utilizando a técnica de observação.
As políticas da organização foram divididas em três matrizes, uma para a
política de segurança, outra para a política de saúde e outra para a política de meio
ambiente, conforme apêndices E, F e G. Cada política apresentada foi classificada
quanto ao processo pertencente e tipo de política. A classificação de aplicabilidade
foi dividida em: inexistente, fraca, média e forte.
O campo processo descreve as ações tomadas que caracterizam cada
política. Já no tipo de política apresenta a classificação da política quanto ao tipo:
apoio, gerencial ou finalístico.
A matriz de identificação de processos possibilitou analisar as políticas de
gestão da organização examinando os processos e analisando a utilização de cada
uma no controle de aspectos e impactos ambientais que são descritos nas normas
da empresa, bem como a aplicação das políticas no dia a dia da organização.
Os resultados apresentados na matriz de identificação demonstraram que,
apesar da empresa possuir políticas de gestão em saúde, segurança e meio
35

ambiente, nem todas estão sendo aplicadas e algumas se encontram em níveis


fraco e médio, podendo ser melhoradas.
Na política de segurança observou-se que dos dezenove processos
existentes, seis se encontram no nível forte, representando 31,58% dos processos,
sendo um deles do tipo gerencial e os outros cinco de apoio. Oito se encontram no
nível médio, representando 42,11%, sendo todos do tipo apoio. Quatro no nível fraco
representando 21,05%, sendo dois do tipo gerencial e dois do tipo apoio, e um no
nível inexistente, representando 5,26%, sendo esse do tipo gerencial.
Com isso, pode-se concluir que dos processos de segurança apenas 31,58%
deles atendem aos padrões exigidos pelas companhias, sendo os outros processos
somados num total de 68,42%, dos quais a maioria pertence a ações preventivas e
precisam ser melhorados ou reformulados, conforme apêndice E.
Já na política de saúde, observou-se que dos dezessete processos existentes
seis se encontram no nível forte representando 35,29% dos processos, sendo um do
tipo gerencial e cinco do tipo apoio, seis no nível médio representando 35,29%,
sendo três do tipo gerencial e um do tipo apoio, quatro no nível fraco representando
23,54%, sendo três do tipo apoio e um do tipo gerencial e um no nível inexistente
representando 5,88% dos processos sendo do tipo gerencial, conforme apêndice F.
Pode-se observar que dos processos existentes na política de saúde 35,29%
se encontram no nível forte, ou seja, atendem as exigências das companhias sendo
os outros processos somados num total de 64,71%, pertencentes às ações
preventivas necessitam de melhorias ou reformulações.
Quanto à política de meio ambiente, dos dez processos existentes, seis se
encontram no nível forte, representando 60% dos processos sendo quatro do tipo de
apoio e dois do tipo gerencial, três no nível médio representando 30% sendo dois do
tipo apoio e um do tipo gerencial, um no nível fraco representando 10% do processo
sendo esse do tipo de apoio e nenhum processo no nível inexistente, conforme
apêndice G.
Com isso, pode-se afirmar que 60% dos processos existentes na política de
meio ambiente satisfazem as exigências das companhias, sendo os outros
processos somados num total de 40% pertencentes às ações preventivas que
necessitam de melhorias ou reformulações.
A matriz de identificação de processos permitiu constatar que atualmente na
organização os processos pertencentes à política de meio ambiente são as mais
36

aplicadas, pois 60% dos processos pertencentes a ela se encontram no nível forte,
ou seja, grande parte desses processos estão obtendo resultados expressivos.
Porém, nos processos pertencentes à política de saúde, constatou-se que 70,58%
deles estão no nível médio e fraco, ou seja, os resultados não são expressivos e os
controles possuem falhas. Já nos processos pertencentes à política de segurança
constatou-se que 68% delas se encontram no nível forte, ou seja, nesta política os
controles são falhos e os resultados estão abaixo do esperado.
A matriz de identificação de processos foi utilizada para analisar as políticas
de gestão de segurança, saúde e meio ambiente da organização, relacionando os
processos pertencentes a cada política e analisando a aplicabilidade delas no
processo de gerenciamento dos aspectos e riscos ambientais decorrentes da
atividade fim da empresa.

4.4 Diagrama de causa e efeito ou Diagrama de Ishikawa

Conhecido como diagrama de Ishikawa ou espinha de peixe, este gráfico


mostrou, de forma ordenada, os principais eventos e ameaças que contribuem na
formação de aspectos ambientais que, como conseqüência, geram impactos
ambientais. Para cada aspecto ambiental existem eventos e ameaças, que
organizados neste gráfico, permitiu visualizar melhor as possibilidades de ações
preventivas e/ou corretivas.
Para analisar os dados coletados foi preciso:
1) Definir os aspectos ambientais gerados no processo;
2) Após, realizar uma pesquisa documental no manual de avaliações e risco
da empresa, o RT-SSMAQ_MS Case hemp, para levantamento das principais
ameaças e eventos que geram os aspectos ambientais;
3) Com os dados relacionados foi possível identificar as causas principais e
as causas secundárias no processo, conforme quadro 4.2;
4) Por fim, com os dados pesquisados no manual da empresa e com o quadro
contendo o levantamento das causas elaborado, foi construído o diagrama de causa
e efeito, conforme apêndice H.
37

Preparação do diagrama de causa e efeito:


Aspectos ambientais
Efeito:
(derrame, vazamento, incêndio ou explosão).
CAUSAS PRINCIPAIS: CAUSAS SECUNDÁRIAS:
-Condições físicas e psicológicas do motorista
-Consumo de álcool / drogas
-Consumo de medicamentos
1° Falha humana -Sono / cansaço
-Problemas pessoais
-Falta de atenção
-Ultrapassagem em local proibido
-Quebra de componentes elétricos ou mecânicos
do veículo
-Acoplamento cavalo-carreta mal executado
-Estouro / furo de pneu
2° Falha mecânica
-Falha nas válvulas de fundo e fecho rápido do
caminhão
-Mangotes e descarga selada com defeito
-Eletricidade estática
-Chuva intensa / enchente
-Vendaval / temporal granizo
3° Condições climáticas -Queimada / fumaça
-Neblina
-Noite
-Parada do veículo em local perigoso
-Trafegar com faróis desligados
-Oferecer carona
-Não utilizar o cinto de segurança
4° Quebra de procedimentos -Consumir álcool ou drogas
-Estouro da jornada de trabalho
-Trafegar com o veículo em horários proibidos
por lei
-Uso inadequado dos EPI´S
-Via de mão dupla
-Cruzamentos mal sinalizados
-Desnível e buracos na pista
5° Condições das vias e rodovias
-Animais da pista
-Trafego de veículo intenso
-Pista sem acostamento
Quadro 4.2 - Levantamentos das causas
Fonte: Adaptado de EME. Ferramentas da qualidade. 1996.

O diagrama de causa e efeito possibilitou identificar e analisar as ameaças e


conseqüências que geram os aspectos ambientais envolvidos no processo,
permitindo formular medidas de controle ou prevenção dos riscos, bem como
analisar se existem políticas na empresa que façam esse controle ou prevenção,
conforme mostrado na matriz de identificação de processos.
O diagrama de causa e efeito expôs de forma objetiva as principais ameaças
e conseqüências ambientais que afetam o processo, relacionando as causas mais
relevantes e as causas mais específicas que geram os aspectos e riscos ambientais
foram discutidas e analisadas nas matrizes de identificação e macro processos.
38

4.5 Fluxogramas

O fluxograma, como apresentado no referencial teórico, são representações


gráficas de um processo administrativo (REBOUÇAS, 2005), e as atividades de
carregamento, transporte e descarga de produtos derivados de petróleo foram
representadas graficamente por meio da seqüência operacional de cada atividade
de forma analítica, caracterizando os responsáveis ou setores envolvidos e
identificando os aspectos e impactos ambientais envolvidos no processo.
O fluxograma parcial ou descritivo demonstra o fluxo das rotinas que
envolvem poucas unidades organizacionais. Neste trabalho foram utilizados em
duas atividades: a de transporte e descarga de produtos. Essas atividades foram
escolhidas porque melhor se adaptaram ao estudo e por envolver apenas um setor e
um ou dois responsáveis.
O fluxograma global ou de coluna demonstra o fluxo de carregamento de
produtos derivados de petróleo, e os órgãos responsáveis aparecem de forma de
coluna. O fluxograma se adaptou ao trabalho no fluxo de carregamento, que envolve
dois setores.
Por meio dos check lists de carregamento, transporte e descarga de produtos,
que traz passo a passo o roteiro de procedimentos para realização de cada atividade
constante no Manual de Transportes Rodoviários (MTR) – Shell – At 09
acompanhamento de motoristas, e da observação das rotinas existentes na filial,
elaborou-se a ordem de cada processo existente nas atividades mencionadas. Após,
foram elaborados os fluxogramas, conforme apêndices I, J e L.
No fluxograma de carregamento, observou-se que o risco ambiental ocorre na
ilha de carregamento quando começa a transferência do produto dos tanques para o
caminhão e que existem medidas corretivas de combate aos aspectos ambientais,
tanto da base de carregamento quanto do motorista do caminhão, onde a base é
fechada até a contenção do produto e controle dos aspectos e riscos ambientais,
conforme apêndice I.
Já no fluxograma de transporte, observou-se que os principais aspectos e
riscos ambientais estão relacionados com a condução do caminhão tanque e que o
aspecto nesta atividade pode gerar riscos ambientais críticos, sendo que para
controle do aspecto ou do risco ambiental é necessária a ajuda da equipe de
emergência para controle dos mesmos. Cabe ressaltar que os aspectos ambientais
39

só não ocorreram se o motorista dirigir de forma defensiva e atenção redobrada,


conforme apêndice J.
No fluxograma de descarga foi observado que os riscos ambientais efetivos
só ocorrem no momento da transferência do produto do caminhão para o tanque do
cliente, podendo ocorrer derrame, vazamento ou transbordo do tanque gerando
riscos ao meio ambiente e que nesta situação o motorista pode efetuar a contenção
do produto e realizar a limpeza do local sem a ajuda da equipe de emergência,
conforme apêndice L.
Nos fluxogramas de carregamento, transporte e descarga foram possíveis
mapear e levantar detalhadamente os processos existentes, permitindo visualizar os
processos que geram aspectos e riscos ambientais descritos nas outras ferramentas
aplicadas.
A análise dos resultados obtidos por meio das ferramentas da qualidade total
permitiram chegar as conclusões e recomendações desse trabalho.
40

5 Conclusões e Recomendações

Esse capítulo abordará as conclusões e recomendações do estudo


apresentado conforme a análise dos resultados oriundos das pesquisas documental
e bibliográfica, por meio das ferramentas da qualidade total estudadas.
Por meio da técnica de observação, da pesquisa documental e do
conhecimento das rotinas de trabalho existentes na Transportadora Veronese,
verificou-se a necessidade de um estudo que promovesse o mapeamento dos
processos existentes no carregamento, transporte e descarga de produtos derivados
de petróleo a granel, identificando de forma clara os principais aspectos e riscos
ambientais e as políticas de gerenciamento do controle dos impactos ambientais.
O estudo tomou como base a administração de sistema e métodos por meio
das ferramentas da qualidade total. Também foram utilizados estudos sobre o SGA,
as leis e resoluções que regulamentam e fiscalizam o transporte de produtos
perigosos e os riscos e impactos ambientais que os derivados de petróleo causam a
natureza.
O estudo ficou delimitado a Transportadora Veronese, mais precisamente a
filial de Brasília, envolvendo a atividade fim da filial que é o carregamento, transporte
e descarga de produtos derivados de petróleo.
Para realização do mapeamento, levantamento, análise, identificação e
classificação dos processos existentes nas atividades aplicaram-se as ferramentas:
brainstorming, diagrama de causa e efeito, matriz de macro processos, matriz de
identificação de processos, os fluxogramas de coluna ou global e o fluxograma
parcial ou descritivo.

5.1 Conclusão

Por meio do brainstorming foi possível constatar que nenhuma informação


adicional foi acrescentada, além das já estudadas e pesquisadas nos documentos
da empresa. Este serviu para reafirmar os principais impactos ambientais
demonstrando que a parte administrativa tem conhecimento dos riscos e impactos
ambientais decorrentes da atividade fim da empresa.
Já a matriz de macro processos permitiu observar que as atividades de
carregamento e transporte possuem um bom desempenho, pois a freqüência/
41

probabilidade em que ocorrem os aspectos ambientais são baixos e a severidade


dos impactos estão nos níveis críticos e moderados, sendo apenas dois impactos
classificados no nível desprezível na atividade de carregamento.
Porém a matriz identificou que na atividade de descarga o desempenho da
filial se encontra razoável, porque vários aspectos ambientais estão classificados no
nível médio, sendo esses de severidade crítico e moderado e que apenas um
impacto está classificado no nível desprezível.
A matriz de identificação de processos analisou as políticas de gestão da
organização mostrando que na política de segurança apenas 31,58% dos processos
estão no nível forte, atendendo perfeitamente as exigências das companhias, ou
seja, possuem resultados expressivos e que apenas 5% dos processos se
encontram no nível inexistente. Já na política de saúde os resultados demonstrados
revelaram que 35,29% dos processos se encontram no nível forte e médio,
apresentando resultados pouco expressivo e atendendo parcialmente as exigências
das companhias.
Na política de meio ambiente constatou-se que é uma das políticas mais bem
aplicadas da filial, pois 60% dos processos estão no nível forte, ou seja, os
resultados são expressivos, atendendo perfeitamente as exigências das companhias
e nenhum processo está classificado no nível inexistente.
O diagrama de causa e efeito apresentou de forma ordenada às ameaças e
conseqüências que geram os aspectos ambientais que levam aos riscos ambientais.
Foi possível visualizar as cinco causas principais e as causas secundárias
correspondentes a cada causa principal, que são: condições climáticas, condições
das vias e rodovias, falha humana, quebra de procedimentos e falha mecânica.
Os fluxogramas permitiram mapear e levantar os processos existentes nas
atividades propostas, descrevendo de forma ordenada passo a passo os processos
existentes, apresentando em cada atividade onde há maior risco ambiental, quais
aspectos ambientais podem ocorrer e quais são as medidas tomadas para o controle
do aspecto ambiental, caso venha ocorrer. Os fluxogramas demonstraram os
processos existentes na rotina de trabalho, proporcionando a visualização e a
dimensão de cada atividade realizada.
42

5.2 Recomendações

A partir dos estudos realizados e dos resultados apresentados por meio das
ferramentas da qualidade total, surge a proposta de adequação a aplicação das
ferramentas apresentadas como instrumentos de controle e análise dos riscos e
impactos ambientais, no controle dos riscos, já que a organização não possui
instrumentos próprios para tais análises.
As sugestões para curto prazo são para que a filial atue de forma mais
intensa em relação aos aspectos ambientais na atividade de descarga, que
apresentou um nível de freqüência / probabilidade média, que poderão ser
realizados com mais freqüência os acompanhamentos de motoristas com o
motorista monitor, uma maior revisão e manutenção dos equipamentos de descarga
e substituição de equipamentos com defeito.
Poderá, também, abordar nas reuniões mensais de segurança o
preenchimento da ficha de descarga segura, sugerir as companhias que os clientes
pintem as tampas dos tanques de acordo com as especificações dos produtos, que
sejam colocados em cima dos compartimentos de descarga do caminhão adesivos
explicativos contendo as cores correspondentes a cada produto e que o motorista,
antes de descarregar o produto, solicite ao gerente do posto que marque com um giz
o tanque e o produto a ser descarregado. Por fim, que os administrativos
intensifiquem a fiscalização dos controles e preenchimento da ficha de descarga
segura junto aos motoristas.
Em relação às políticas de gestão de segurança, saúde e meio ambiente, a
filial deverá intensificar a aplicação das políticas por meio de controles mais
rigorosos e cumprimento de todos os processos, promovendo treinamento e
ferramentas de trabalho adequadas, bem como adequação do ambiente de trabalho
aos fatores climáticos e ergonômicos.
É recomendado, também, que as políticas que se encontram nos níveis
médio, fraco ou inexistente recebam prioridade em suas execuções e que seja
criado um plano de ação no qual se apontem os responsáveis por cada política e
prazo para adequação das mesmas.
E, por fim, redistribua as atividades pertencentes a cada funcionário
administrativo, promovendo uma política de cargos e salários atrelada a uma
43

avaliação de desempenho com uma remuneração por produtividade e controle dos


processos separadas do salário mensal.
Por envolver procedimentos técnicos, normativos e financeiros é apresentada
como sugestões de longo prazo a adequação da empresa na lei de qualidade total a
ISO 14001 que certifica a organização em relação ao controle de riscos e impactos
ambientais, promovendo um maior gerenciamento das políticas organizacionais,
maior produtividade dos funcionários e uma maior abrangência dos controles
existentes.
A implementação da ISO 14001 possibilitará analisar o processo produtivo do
serviço em sua trajetória completa, desde a aplicação das políticas de
gerenciamento a até a execução das atividades fim da empresa.
44

Referências Bibliográficas

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redesenho e informatização de processos administrativos. São Paulo: Atlas, 2001.

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administração: guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertação e estudo de
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militares do exército brasileiro, tendo como estudo de caso o campo de
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VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração.


7 ed. São Paulo: Atlas, 2006.
46

APÊNDICE A

BRAINSTORMING
DATA: 26_/10_/_2006
LOCAL: _Filial de Brasília, sala de reuniões

SETOR: administrativo comitê de segurança local

PARTICIPANTES

NOME: ASSINATURA:

01. Aline Nunes


02. Messias Alves
03. Marcos Andrey
04. Déborah Oliveira
05. Osmar Tiburcio
06. Irisnaldo Alves
07. José Valdeir

Problema: Principais impactos ambientais decorrentes da atividade de


carregamento, distribuição e descarga de produtos derivados de petróleo

IDÉIAS LEVANTADAS E DISCUTIDAS

1.Contaminação do ar
2. Contaminação do solo
3. Contaminação de rios e nascentes
4. Risco de explosão e incêndio
5.Destruição da fauna
6. Emissão de gases poluentes
7.Danos a saúde humana
8. Contaminação de lençóis freáticos
9. Contaminação das galerias de águas pluviais
10. Destruição da flora
11.Poluição da camada de ozônio
12.Morte ou lesão grave das pessoas
47

APÊNDICE B

MATRIZ DE MACRO PROCESSOS “CARREGAMENTO”

IDENTIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO


Atividade / Operação Aspectos Ambientais Impactos Ambientais Freqüência
Probabilidade Severidade
Alteração da qualidade do ar Baixa Moderado
liberação hidrocarbonetos
Derrame Contaminação do solo Baixa Crítico
Incêndio / Explosão Baixa Crítico
Liberação de vapores Baixa Desprezível
Carregamento de combustíveis Contaminação do solo Baixa Crítico
líquidos a granel claros Vazamento Contaminação do ar emissão de co2 Baixa Moderado
Incêndio / Explosão Baixa Crítico
Liberação de vapores Baixa Desprezível
Transbordamento Contaminação do ar emissão de co2 Baixa Moderado

Contaminação do solo Baixa Crítico


Perda de contenção Incêndio / Explosão Baixa Crítico
48

APÊNDICE C

MATRIZ DE MACRO PROCESSOS “TRANSPORTE”

IDENTIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO


Atividade / Operação Aspectos Ambientais Impactos Ambientais Freqüência
Probabilidade Severidade
Contaminação do solo Baixa Crítico
Contaminação de lençóis freáticos e Baixa Crítico
nascentes de rios
Acidente/ derrame Destruição da fauna e flora Baixa Crítico
Incêndio / Explosão Baixa Crítico
Transporte de combustíveis líquidos a Contaminação do ar Baixa Moderado
granel claros Contaminação do solo Baixa Crítico
“Viagem” Perda de contenção Contaminação do ar Baixa Moderada

Contaminação do solo Baixa Crítico


Contaminação de lençóis freáticos e Baixa Crítico
Vazamento nascentes de rios
Destruição da flora Baixa Crítico
Contaminação do ar Baixa Moderado
Centelha Incêndio / Explosão Baixa Crítico
49

APÊNDICE D

MATRIZ DE MACRO PROCESSOS “DESCARGA”

IDENTIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO


Atividade /Operação Aspectos Ambientais Impactos Ambientais Freqüência
Probabilidade Severidade
Contaminação do solo Média Crítico
Alteração da qualidade do ar Média Moderado
Derrame liberação hidrocarbonetos
Destruição da flora Média Crítico
Centelha Incêndio / Explosão Baixa Crítico
Contaminação do produto Exposição de vapores Média Desprezível
Descarga de combustíveis líquidos a Contaminação do solo Baixa Crítico
granel claros Vazamento Contaminação da rede Pluvial Baixa Crítico

Transbordo da tancagem Contaminação do solo Baixa Crítico


do cliente Contaminação da rede Pluvial Baixa Crítico
50

APÊNDICE E
MATRIZ DE IDENTIFICAÇÃO DE PROCESSOS “POLÍTICA SEGURANÇA”

Matriz de identificação de processos

Classificação das políticas, processos e tipos Classificação das práticas


Política Processo Tipo Inexistente Fraca Média Forte
Reunião mensal de segurança Gerencial X
Inspeção de caminhão tanque Apoio X
Aplicação do bafômetro Apoio X
Acompanhamento de motorista Apoio X
Análise de disco tacógrafo Apoio X
Analise de computador de bordo Apoio X
Rotograma Apoio X
Treinamento plano de emergência Apoio X
Segurança Treinamento de combate a incêndio Apoio X
Treinamento de primeiro socorros Apoio X
Revisão kit de emergência Apoio X
Treinamento de indução e reciclagem Apoio X
Visitas a agregados Gerencial X
Informações mensais de segurança Apoio X
Programa de readaptação Apoio X
Consulta de pontuação CNH Apoio X
Diálogo semanal de segurança Apoio X
Treinamento de direção econômica Gerencial X
Treinamento segurança começa em casa Gerencial X
51

APÊNDICE F
MATRIZ DE IDENTIFICAÇÃO DE PROCESSOS “POLÍTICA SAÚDE”

Matriz de identificação de processos

Classificação das políticas, processos e tipos Classificação das práticas


Política Processo Tipo Inexistente Fraca Média Forte
Prevenção dos riscos físicos Apoio X
Prevenção dos riscos biológicos Apoio X
Prevenção dos riscos químicos Apoio X
Prevenção dos riscos ergonômicos Apoio X
Prevenção dos riscos de acidente Apoio X
Norma de utilização dos EPI´S Gerencial X
Atualização e cumprimento do PPRA Gerencial X
Exames médicos periódicos Apoio X
Avaliação psicológica anual Apoio X
Saúde Teste de drogas Apoio X
Controle da jornada de trabalho Apoio X
Controle de horas extras e descanso Apoio X
semanal
Teste de sono e fadiga Apoio X
Avaliação de riscos a saúde Gerencial X
Avaliação dos riscos e da exposição dos Gerencial X
empregados
Comitê da CIPA Gerencial X
Atualização do HEMP Gerencial X
52

APÊNDICE G
MATRIZ DE IDENTIFICAÇÃO DE PROCESSOS “POLÍTICA MEIO AMBIENTE”

Matriz de identificação de processos

Classificação das políticas, processos e tipos Classificação das práticas


Política Processo Tipo Inexistente Fraca Média Forte
Manutenção de caminhão Apoio X
Aferição e capacitação dos caminhões Apoio X
Política de descarte de pneus Gerencial X
Uso de explosimetro Apoio X
Controle de desegaficação Gerencial X
Controle de descarte de resíduos de óleo motor Apoio
Meio ambiente X
Controle de lavagem e lubrificação Apoio X
Redução do volume de detritos e resíduos Apoio
destinado aos lixões e aterros X
Preservação da fauna e flora através de Apoio
monitoramentos em setores de captação de água
fluviais X
Reciclagens de pneus garantidos pelos Gerencial X
representantes dos fabricantes
53

APÊNDICE H
DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO OU ISHIKAWA
54

APÊNDICE I
FLUXOGRAMA DE CARREGAMENTO
55

APÊNDICE J
FLUXOGRAMA DE TRANSPORTE
56

APÊNDICE L
FLUXOGRAMA DE DESCARGA

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