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EMPREGO DE ESCÓRIAS DE ACIARIA ELÉTRICA COMO ADIÇÃO

A CONCRETOS

Masuero, Angela Borges1, Vilela, Antonio César2, Dal Molin, Denise3


1
Eng. Civil, MSc., Professora do CPGEC/NORIE – UFRGS,
2
Eng. Metalúrgico, Dr., Professor do PPGEM - UFRGS
3
Eng. Civil, Dr., Professora do CPGEC/NORIE – UFRGS,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Av. Osvaldo Aranha, 99 - 30o Andar - Cep 90035-190 Porto Alegre - RS
Tel (51) 316-3518 - Fax: (51) 316-3321
bmasuero@cpgec.ufrgs.br

1. RESÍDUOS, PRESERVAÇÃO AMBIENTAL E CONSTRUÇÃO CIVIL


A importância das questões relativas à conservação ambiental nos segmentos da atividade
econômica e políticas governamentais vem crescendo significativamente a partir desta última
década.
As empresas vem sofrendo tanto pressões formais por parte das legislações ambientais como
por parte da sociedade e do mercado de uma forma geral. Isto vem fazendo que uma atenção
especial aos aspectos ambientais seja dada para a manutenção da competitividade das
empresas ou de um setor, tanto em âmbito regional, nacional como internacional.
A principal fonte de degradação ambiental é a geração de resíduos. Resíduos são todos os
produtos gerados dentro do processo de produção ou consumo de um outro produto,
independente do seu valor comercial (JOHN, 1996). Segundo JOHN (1997), do ponto de vista
ambiental, o principal objetivo é transformar um resíduo em um sub-produto1, uma vez que
com a reciclagem é possível reduzir o consumo energético na produção de novos produtos,
além de favorecer a dispersão de compostos contaminantes, o que não ocorre quando da
deposição dos resíduos, onde há o favorecimento de concentração de produtos.
Dentro deste contexto, a indústria siderúrgica e a da construção civil ocupam papel de
destaque. A primeira, por movimentar grandes volumes de matérias-primas e energia, tem
impacto ambiental muito importante. Observa-se que a indústria siderúrgica vem dedicando
cada vez mais investimento e tempo em equipamentos e formação de quadro técnicos capazes
de solucionarem os problemas de ordem ambiental.
A construção civil é um setor promissor para a reciclagem de resíduos. Isto se deve a uma
série de fatores. Em primeiro lugar, o déficit habitacional existente no país é bastante elevado
e o custo dos materiais tradicionais é alto para que possam ser empregados por uma grande
parcela da população. Normalmente estes custos elevados estão relacionados com alto
consumo energético. Em segundo lugar, um aumento de produção de edificações poderia
levar à escassez de alguns insumos, além de um provável aumento de preço dos mesmos. E
por último, pode-se citar as melhorias proporcionadas pela adição de alguns resíduos agrícolas
e industriais, tanto do ponto de vista de propriedades mecânicas quanto de durabilidade, aos
materiais tradicionais de construção.

1
Sub-produto é quando um resíduo adquire valor comercial (CINCOTTO, 1988)
O presente trabalho tem como objetivo mostrar a viabilidade do uso de escórias de aciaria
elétrica em materiais de Construção Civil, especificamente como adição ao concreto. Serão
apresentados, também, resultados de distintos ensaios para a avaliação da expansibilidade de
escórias siderúrgicas.

2. PRODUÇÃO DO AÇO – GERAÇÃO DE ESCÓRIAS


A produção brasileira de aço foi de 25,8 milhões de toneladas no ano de 1998 (IBS,1999).
Do processo siderúrgico, as escórias são os resíduos de maior geração (CHEHEBE, 1986).
Estima-se que sua geração situa-se entre 70 a 170 kg/ton (PEREIRA, 1994).
A geração das escórias pode se dar tanto na fusão redutora dos minérios para obtenção do
ferro gusa, como na produção do aço, resultando nas escórias chamadas de alto-forno e de
aciaria, respectivamente.
Com o uso de distintas tecnologias para o refino do ferro-gusa, escórias de diferentes
características são geradas, de forma que, para entender o comportamento destas, se faz
necessário o conhecimento dos processos de produção do aço.
Basicamente há dois métodos de produção do aço: através do gusa fundido e utilização de
oxigênio ou do refino da sucata em fornos elétricos (SANO, 1997). No primeiro caso não é
necessário inserir uma fonte de calor externa, uma vez que a energia necessária é obtida
através da oxidação do carbono, silício e ferro, ao contrário do último processo onde o calor
de combustão não é suficiente e se faz necessário a colocação de uma fonte externa.
A figura 1 mostra os principais processos de produção do aço.

Figura 1 – Tipos de fornos empregados no processo de produção do aço


O aço é produzido usualmente a partir de uma carga líquida ou sólida, sendo os processos de
fabricação designados pelo tipo de equipamento, isto é, conversor LD (e suas variações) e
forno elétrico de fusão
A maior parte da produção de aço, segundo dados do IBS (1999) e ILAFA (1995), é feito
através do processo de sopro por oxigênio LD, como pode ser visto nas figuras 2.

2
Produção Brasileira de Aço por Processo

30
25
20 EOF
6
10 ton 15 Oxigenio (LD)
10 Eletrico
5
0
1970
1975
1980
1985
1990
1994
1995
1996
1999
Ano

Figura 2 – Produção brasileira de aço por processo


A escória de aciaria é classificada basicamente em escória de conversor, formada quando da
transformação do ferro-gusa em aço, e escória de forno elétrico, formada quando da
transformação de sucata metálica em aço num forno elétrico (JIS A 5015 – 1992).
A escória de forno elétrico de fusão é chamado de escória de refino oxidante. O aço que sai do
forno de fusão é após conduzido para uma estação de refino secundário, que pode ser um
forno-panela. Há a formação de uma nova escória, a partir da adição de desoxidantes e de cal,
que é chamada de escória de refino redutor.

3. FENÔMENO DA EXPANSÃO DAS ESCÓRIAS DE ACIARIA


O problema da expansão é causado principalmente pela presença de óxido de cálcio livre e
óxido de mágnésio reativo (EMERY, 1977, LEE, 1974, ORMSBY, 1978), associado também
a metaestabilidade do silicato dicálcico.
Em presença de umidade, os óxidos de cálcio e magnésio não hidratados, irão hidratar-se. E
esta hidratação está associada a um aumento de volume, sendo resultante daí o problema de
expansão das escórias. O óxido de cálcio é o responsável por expansões a curtos prazos, sendo
de 1,99 a expansão volumétrica que ocorre devido a transformação da cal livre em extinta
(DAIDO STEEL, 1993). O óxido de magnésio, por suas reações serem mais lentas, é o
responsável pela expansão a longo prazo. Segundo SERSALE (1986) e SHOUSUN (1980),
não são todas as formas de óxido de magnésio que são prejudiciais, mas sim aquela em que
ele se encontra não combinado ou sob a forma livre, conhecida como periclase.
O silicato bicálcico também apresenta uma grande importância no fenômeno da instabilidade
da escória.
O silicato bicálcico ou ortossilicato de cálcio (2CaO.SiO 2 ou C2S2) ocorre sob quatro
modificações (GAO-CHAO, 1992, BENSTED et al., 1974, LEE, 1974,: α: estrutura trigonal
(estável entre 1447oC e 2130oC), α’(bredigita): ortorrômbico (estável entre 1147 oC e 830oC),
β (larnita): monoclínico (instável abaixo de 670 oC) e γ (calco-olivina): ortorrômbico (estável
até 830 oC).

2
Nomenclatura da química do cimento: C=CaO; S=SiO2

3
A forma α ocorre a temperaturas acima de 1420oC, quando as escórias estão no estado
líquido. Quando a temperatura abaixa para 670 oC, o silicato bicálcico transforma-se para
forma β que é instável e que altera-se para a modificação γ. Esta transformação é
problemática uma vez que esta transição de β para γ durante o resfriamento ou mesmo a
temperaturas ambientes, produz um aumento de volume de cerca de 12%, causando o
fenômeno de esfarelamento (LEE, 1974, BENSTED et al., 1974). No início desta
transformação há o aparecimento de manchas brancas na escória, e se o silicato estiver
presente em grandes quantidades pode ocorrer a desintegração da escória (KIRSCH, 1972).
Este aumento de volume está associado ao volume molar muito maior do γ-C2S quando
comparado com β -C2S (BENSTED, 1974). A Tabela 1 apresenta as diversas modificações do
silicato bicálcico.
COTIJO (1989) e Parker, conforme LEE (1974), colocam que a quantidade de silicato
formado não é significativo quando a quantidade de óxido de cálcio e magnésio, em relação a
óxido de silício e alumínio, se mantiver dentre de certos limites. A norma britânica BS1047
fixa estes valores através das equaçõe 1.1 e 1.2.
CaO + 0,8 MgO ≤ 1,2SiO2 + 0,4 Al2O3 + 1,75S (1.1)
CaO ≤ 0,9SiO2 + 0,6 Al2O3 + 1,75S (1.2)
Alguns países apresentam ensaios e normas específicas para avaliação, bem como limite
máximo permitido, da expansibilidade de escórias siderúrgicas. Entre eles, os mais
importantes são os preconizados pela norma japonesa, CEN, britânica e o ensaio desenvolvido
pelo Departamento de Transportes da Pensilvânia.

4. REAPROVEITAMENTO DAS ESCÓRIAS


As escórias de aciaria apresentam como limitante de utilização o problema de expansão
decorrente da soma de alguns fatores. Desta forma, o seu reaproveitamento passa
necessariamente pelo conhecimento do comportamento do material frente a este problema. O
uso indiscriminado, baseado apenas no empirismo, pode resultar em consequências
desastrosas, como pode ser visualizado nas Fotografias 1 a 2
A utilização das escórias de aciaria elétrica no país é bastante restrita. Dados de 1986 indicam
que quase 80 % são destinadas ao bota-fora e 20 % à pavimentação (CHEHEBE, 1986).

Fotografia 1 – Descolamento e fissuração do revestimento do piso interno devido a


problemas de expansão do substrato (uso de escória como agregado graúdo)

4
Fotografia 2 - Expansão substrato do piso extern
A grande desvantagem da escória de aciaria é que esta retém a cal virgem, que é empregada
para a produção do aço ,com a função de retirar do mesmo os elementos fósforo e enxofre,
além de proteger o ataque dos refratários. A cal virgem que ficou retida, ao ser exposta ao ar,
pode gerar reações expansivas indesejáveis (CINCOTTO, 1992).
A técnica adotada para sanar este problema, é sua armazenagem a céu aberto por períodos que
variam de quatro a seis meses (CHEHEBE, 1986). Alguns poucos autores fazem pequenas
considerações a respeito desta estocagem. CONTIJO (1989) recomenda um armazenamento
por seis meses, não podendo haver uma variação de temperatura média mensal superior a 5oC
neste período. Segundo ABREU (1994), as escórias devem ser colocadas em pilhas de
pequenas alturas e serem irrigadas durante seis meses.
Escória de aciaria é um resíduo de forma granular se caracteriza por apresentar um alto teor
de ferro, podendo ser usada na forma natural ou britada (ABREU,J., CARNEIRO, F., 1994).
Algumas gerações específicas, assim como composições químicas de escórias de aciaria
elétrica, são dadas na Tabela 1.

TABELA 1 - Composições típicas de escórias de aciaria elétrica (PEREIRA,1994)


País Geração CaO MgO SiO2 Al2O3 FeO MnO P2O5 S
kg/ton (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%)
Japão 127 40 4 25 5 19 7 0.06
Suécia 100 46 5 11 5 28 4 0.7
EUA 160 41 10 17 8 18 4 0.6 0.2
Alemanha 120 32 10 15 4 31 4 1.4 0.1
Brasil 150 33 10 18 6 30 5 0.9 0.1
Itália 120 41 8 14 7 20 6 0.9 0.1

Operações de depósito de escória, incluindo britagem, recuperação de metais, etc, estão sendo
usadas para converter escória em produtos de valor comercial. Escória de aciaria (EAF) como
um produto é aceitável em termos de meio ambiente (COMITTEE, 1994). Pesquisas
realizadas nos Estados Unidos mostram que nenhum metal pesado irá escoar da escória
quando sujeita à aprovação de testes de escoamento realizadas pelo governo; porém, de
qualquer forma, continua o problema da necessidade de grandes áreas de armazenamento.
No Japão, nas grandes siderúrgicas como NIPPON Steel, Kawasaki e Daido, os resíduos não
estão mais sendo cedidos para compradores como simples rejeitos que as empresas queiram se
ver livres, mas como insumos industriais, tratando-se assim de um enfoque novo para o

5
problema que começa a preocupar a siderurgia brasileira.(INFORME DA SIDERURGIA -
Instituto Brasileiro de Siderurgia., 1995)
As escórias de aciaria têm como destinação mais comum a de agregado, sendo empregado
tanto na pavimentação de estradas de rodagem como em lastro de ferrovias. Por suas
características de alta resistência à abrasão, são particularmente adequadas para construção de
superfícies de rolamento em rodovias de trânsito pesado (DNER, 1988)3. BRUN & YUAN
(1994) apresentam uma série de vantagens da utilização do agregado graúdo de escória de
aciaria sobre o agregado pétreo (brita), quais sejam: menor custo, uma vez que não requer
explosivos para desmonte, maior peso próprio, estrutura vesicular que permite uma perfeita
drenagem quando utilizados em drenos e lastros ferroviários, forma cúbica dos grãos que
confere uma ótima consistência e adesividade às mistura asfálticas.
Para a obtenção de um agregado com boas características, deve-se evitar o uso de diferentes
tipos de escórias, como escórias de aciaria e de alto-forno. As propriedades dos agregados
variam conforme a composição e resfriamento das escórias. O emprego de escórias ácidas
geram agregados mais densos, ao passo que as básicas propiciam a formação de uma estrutura
vesicular.
Outro campo de aplicação é a utilização de escórias em pavimentação como base, sub-base ou
revestimento asfáltico. Estudos mostram que pavimentos constituídos com uma ou mais
camadas de agregado de origem siderúrgica apresentam viabilidade econômica (BRUN &
YUAN, 1994). A característica expansiva da escória de aciaria deverá ser compatível para
cada aplicação prevista como camada do pavimento (DNER, 1988).
Segundo KRUGER (1995), as escórias de aciaria apresentam “propriedades científicas
latentes”, porém menos que as escórias de alto-forno. Para o seu emprego efetivo nesta
direção, devem ser corrigidas com alumina e submetidas a resfriamento brusco, ou seja,
granulação como nos altos-fornos.
MOURA et al (1999) e MASUERO et al (1998) encontraram excelentes resultados na
utilização da escória como adição ao concreto.

5 ESTUDO EXPERIMENTAL DAS ESCÓRIAS DE ACIARIA ADIÇÃO AO


CONCRETO
Com vistas a avaliar o desempenho mecânico de concretos com adição de escória de
aciaria elétrica foram produzidas misturas com três diferentes proporções de materiais. Estes
concretos foram avaliados quanto à resistência à compressão, resistência à tração diametral e
tração na flexão em três idades distintas, quais sejam: 7, 28 e 91 dias.

5.1 Materiais
Para a confecção do concreto foram utilizados cimento, agregado miúdo, agregado
graúdo, água e adição de escória de aciaria.

5.1.1 Cimento: Foi empregado cimento Portland de alta resistência inicial CPV-ARI, uma vez
que este tipo de cimento não apresenta adições minerais. As características do cimento
utilizado estão apresentadas na tabela 2.

3
Esta recomendação de utilização está associada à cura do material por um período não inferior a seis meses, no
sentido de controlar as suas características expansivas.

6
Tabela 2 - Características físico-mecânicas do cimento

Característica
Resistência a 1 dia (MPa) 24,7
Resistência a 3 dias (MPa) 36,7
Resistência a 7 dias (MPa) 42,3
Resistência a 28 dias (MPa) 47,7
Início de pega (min.) 125
Finura 0,074 mm (%) 0,8
Superf. específica (m2/g) 1,1
Massa específica (g/cm3) 3,119

5.1.2 Agregado miúdo: Como agregado miúdo foi usado areia quartzosa, cuja procedência é o
Rio Jacuí/RS, e de características apresentadas na tabela 3.

5.1.3 Agregado graúdo: O agregado graúdo utilizado é de origem granítica, classificado


segundo a NBR 7211 como brita 1 e com dimensão máxima característica de 25 mm. A
distribuição granulométrica, bem como suas características físicas, estão apresentadas na
tabela 3.

Tabela 3 - Distribuição granulométrica e características físicas do agregado miúdo e graúdo

Agregado
Miúdo Graúdo
Abertura Peneira % Retida % Retida
(mm) Acumulada Acumulada
19 0 8,10
12.5 0 57,40
9.5 0 82,07
6.3 0 95,82
4.8 0 98,91
2,4 0 100
1,2 8,74 100
0,6 18,31 100
0,3 59,25 100
0,15 98,29 100
< 0,15 100 100
Dimensão máxima 2,4 25
característica (mm)
Módulo de finura 1,87 6,89
Massa específica - estado 2,62 3,08
solto (g/cm3)

7
5.1.4 Água: A água utilizada é proveniente da rede de abastecimento local.

5.1.5 Adições Minerais: Como adição foi utilizada escória de aciaria elétrica com idade de 2
anos e seis meses de idade. Para tanto, foi realizada uma moagem em moinho periquito, em
jarros de capacidade de 1000ml durante 20 minutos. Após, realizou-se o peneiramento na
peneira # 0,074 mm, sendo utilizado como adição o material passante nesta peneira.

a) Caracterização das Adições

Caracterização Química:

Na tabela 4 está apresentada a composição química.

Tabela 4 Composição química e massa específica da escória de aciaria elétrica


Composição Escória de
Química (%) Aciaria
SiO2 16
Al2O3 4.7
Fe2 O3 36
CaO 30
MgO 7.9
Nal2O 0.1
K2O tr
Ti O2 0.4
Cr2 O3 2.9
MnO 3.9
NiO tr
CuO Tr
ZnO tr
SrO 0.1
Zr O2 0.1
Nb2 O5 Tr
WO3 0.1
Massa 3.64
específica(g/cm3)

Caracterização Microestrutural:

Com vistas a determinação da morfologia do material, as escórias foram analisadas através da


utilização do microscópio eletrônico de varredura –elétrons secundários (MEV), conforme
pode ser visto na figura 3 .

8
Figura 3 - Micrografia de uma escória de aciaria (MEV – elétrons secundários –
aumento 99 vezes)

Caracterização Mineralógica .

Empregou-se difração de raios-X (DRX) como técnica de análise para determinação do estado
físico das escórias (cristalino ou amorfo), assim como identificação e determinação das
quantidades relativas das fases presentes. Os difratogramas típicos podem ser visto na figura
4.

O difratograma indica um número excessivo de picos cristalinos. Foram identificados os


seguintes compostos: Periclase (MgO), Wustita (FeO), Larnita, Wollastonita (CaSiO 3), Óxido
de Cálcio (CaO), Larnita (Ca2SiO4) e Clinocloro (Mg,Al,Fe)4 O10(OH)8.

FiFi
Figura 4 – Difratograma da escória de aciaria

9
5.2 Dosagem
Para a determinação dos traços utilizados, empregou-se a metodologia de dosagem do
IPT/EPUSP (HELENE, 1992). Estabeleceu-se como parâmetros de dosagem a obtenção de
um abatimento pelo tronco cone, de no mínimo 60mm.
O teor de adição usado foi de 20 % em relação a massa do cimento. Este valor foi adotado em
função de apresentar o melhor comportamento do ponto de vista mecânico em um estudo
preliminar realizado em argamassas com diferentes teores de adição.
O teor de argamassa determinado foi de 49%.
A Tabela 5 apresenta os traços em massas utilizados na moldagem dos corpos-de-prova de
concreto, com seus respectivos consumos de cimento por m3.

Tabela 5 - Traços utilizados para confecção dos concretos.


Mistura Água/ Cimento Agregado Agregado Consumo de
(cimento + Miúdo Graúdo Cimento(kg/m3)
adição)
0,4 1 1,36 2,46 480
CPV-ARI 0,5 1 2,04 3,16 368
0,6 1 2,7 3,9 304
0,42 1 1,36 2,46 467
ACI (20%) 0,49 1 2,04 3,16 361
0,60 1 2,7 3,9 299

5.3 Moldagem e Cura

A confecção do concreto foi realizada em betoneira de eixo vertical, sendo o concreto


misturado em duas betonadas para cada traço.
Foram moldados 18 corpos de prova, em formas metálicas (10x20 cm), para cada uma das
misturas, sendo destinado 50 % dos corpos-de-prova para serem ensaiados à resistência à
compressão na idade de 7, 28 e 91 dias e 50 % para o ensaio de resistência à compressão
diametral, nas mesmas idades.
Para avaliação da resistência à tração por flexão foram moldados 3 corpos-de-prova de
dimensão 4 x 4 x 16 cm.
O processo de adensamento foi feito com vibrador de imersão. Após a moldagem, os corpos-
de-prova foram cobertos e mantidos no ambiente de laboratório por aproximadamente vinte e
quatro horas. Ao retirar as formas (24 horas após a moldagem), os corpos de prova foram
colocados na câmara úmida com umidade relativa superior a 98% e temperatura de (23 ± 2°C)
até a data da ruptura, sendo então retirados da cura úmida.

6 ENSAIOS DE EXPANSIBILIDADE
Em função do problema de expansão inerente às escórias de aciaria, é de fundamental
importância que se realize ensaios que avaliem esta característica, para que tenhamos
segurança que o uso das mesmas não comprometerão o desempenho do material no qual serão
adicionadas.
Foram realizados quatro ensaios para avaliação da expansibilidade da escória empregada
como adição ao concreto: agulhas Le Chatelier, Método de Ensaio de Dilatação em Água ,
ensaio em autoclave e método das barras.

10
6.1 Agulhas Le Chatelier
Este ensaio foi realizado conforme norma MB-3435/1991 que prescreve a determinação da
expansibilidade a quente e a frio da pasta de cimento.
Para a realização do ensaio foi utilizado uma pasta de cimento com 50 % de substituição de
escória de aciaria. Esta proporção foi adotada em virtude de que desejava-se verificar
fundamentalmente o comportamento das escórias à expansão e de que era necessário uma
quantidade mínima de cimento, devido a seu poder aglomerante. Foi analisada
expansibilidade a frio e a quente. No primeiro caso as medidas foram verificadas após
imersão dos corpos de prova em água durante 7 dias. Para o ensaio de expansibilidade à
quente, os corpos de prova, após a cura inicial de 24 horas, ficam submersos em água
fervente no mínimo 2 horas, quando é feita a primeira medida da abertura das agulhas, e
permanecem nestas condições até as aberturas das agulhas permaneçam constantes. A
expansibilidade é dada pela diferença entre as medidas inicial e final, em milímetros.

6.2 Método de Ensaio de Dilatação em Água para Escória Siderúrgica - JIS 5015-1992
Este ensaio, descrito pela JIS 5015, consiste em moldar e instrumentar três corpos de prova de
escória, colocados em reservatório d’água equipado com três resistências de sobreborda de
imersão de 1850W cada.
A granulometria preconizada pela norma para a escória a ser ensaiada é dada pela tabela 6:
Tabela 6 - Granulometria do material a ser empregado no ensaio de dilatação, conforme norma
JIS 5015
# (mm) 26.5 13.2 4.75 2.36 0.425 0.075
% Retida 2.5 27.5 22.7 12.3 15 14

A quantidade de água necessária para mistura da escória deve ser determinada de acordo com
a norma NBR 7182/1986 – Ensaio de Compactação, que prescreve o método para determinar
a relação entre o teor de umidade e a massa específica aparente seca de solos quando
compactados.
Para moldagem dos três corpos de prova utilizou-se uma amostra de 30 kg. Foi adicionada
água o suficiente para que a amostra atingisse a umidade ótima determinada no ensaio, no
caso 9%. Após, a amostra foi mantida por 24 horas em repouso, em recipiente
hermeticamente fechado para evitar a perda de de umidade.
Após moldagem dos corpos de prova, os mesmos foram colocados no reservatório com água e
submetidos a ciclos de seis horas diárias de aquecimento à temperatura de 80o C. Tanto o
aquecimento até 80oC quanto o resfriamento à temperatura ambiente eram realizados em uma
hora.
A medição da deformação em cada corpo de prova é feita através de um relógio comparador
com precisão de centésimo de milímetro acoplado na parte superior de cada molde.
Após o período de dez dias a expansão deve ser inferior a 5 %.

6.3 Método das Barras


Este ensaio foi baseado no método acelerado proposto pela NBRI (National Building
Research Institute). Consiste em moldar barras, conforme NBR 9773, de dimensões (2,5 x 2,5
x 28) cm de argamassa de traço 1:2,25. Os corpos de prova são desmoldados após 24 horas e,
depois de realizada a verificação do comprimento inicial, são colocadas em água à 80o C.

11
Leituras diárias são realizadas durante 12 dias, devendo a expansão ser inferior a 0,11 % no
final deste período. Foi utilizado uma substituição de 50 % da massa de cimento por igual
volume de escória

6.4 Ensaio de Autoclave


Este ensaio consiste em moldar corpos de prova de pasta de cimento de dimensões (2.5 x 2.5
x 28.5) cm, os quais após 24 horas são colocados em autoclave. Os mesmos permanecem 3
horas na autoclave após atingir a pressão de 2 Mpa. Depois deste período as amostras devem
ser removidas, resfriando-as de modo a chegar a temperatura de 23o C em 15 min e
permanecer por mais 15 min nesta temperatura. As leituras são realizadas antes das barras
serem colocadas na autoclave e após às condições descritas acima.
Para este ensaio foi utilizado uma substituição de 50 % da massa de cimento por igual volume
de escória.

7 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

7. 1 PROPRIEDADES MECÂNICAS
Os resultados obtidos nos ensaios de resistência à compressão de 3 corpos de prova rompidos
aos 7, 28 e 91 dias, estão apresentados nas tabela 7, respectivamente e podem ser visualizados
nas figuras 5, 6 e 7.

Tabela 7 – Resultados de resistência à compressão aos 7, 28 e 91 dias

Mistura Relação Tensão Coeficiente Tensão Coeficiente Tensão Coeficie


água/ Média de variação Média de variação Média nte de
(cimento+ 7 dias (%) 28 dias (%) 91 dias variação
adição) (MPa) (MPa) (MPa) (%)
0,4 32.93 3.51 38.66 4.31 43.32 3.84
Ref 0,5 23.99 1.67 28.13 2.6 32.93 1.86
0,6 18.13 3.37 22.00 1.82 24.13 2.53
0,4 39.06 3.13 43.86 9.36 53.99 7.07
ACI 0,5 32.53 4.65 36.66 1.26 42.92 4.20
0,6 21.86 4.22 28.26 3.56 31.06 6.48
Ref: Concreto de Referência
ACI: Concreto com Adição de 20 % de escória de Aciaria elétrica

12
Resistência à Compressão
45,0 y = 129,25e-2,9022x
40,0 R2 = 0,9564
35,0
30,0

(MPa)
25,0 Ref
20,0 ACI
y = 8,5832x-1,4704
15,0
R2 = 0,9997
10,0
5,0
0,0
0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Relação água/aglomerante

Figura 5 – Resistência à compressão simples de concretos sem e com 20 % de adição


de escória de aciaria elétrica a 7 dias de idade
Resistência à Compressão

50,0 -2,1978x
y = 107,08e
45,0 2
40,0 R = 0,9888
35,0
30,0
(MPa)

Ref
25,0
20,0 -1,3917
ACI
y = 10,776x
15,0 2
R = 0,9998
10,0
5,0
0,0
0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Relação água/aglomerante

Figura 6 – Resistência à compressão simples de concretos sem e com 20 % de adição


de escória de aciaria elétrica a 28 dias de idade
Resistência à Compressão

-2,7644x
60,0 y = 165,71e
2
50,0 R = 0,9905

40,0
(MPa)

Ref
30,0
ACI
20,0 -1,4353
y = 11,796x
2
10,0 R = 0,9911
0,0
0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Relação água/aglomerante

Figura 7 – Resistência à compressão simples de concretos sem e com 20 % de adição


de escória de aciaria elétrica a 91 dias de idade

Os resultados obtidos nos ensaios de resistência à compressão diametral de 3 corpos de prova


rompidos aos 7, 28 e 91 dias, estão apresentados nas tabela 8, respectivamente e podem ser
visualizados nas figuras 8, 9 e 10.

13
Tabela 8 – Resultados de resistência à compressão diametral aos 7, 28 e 91 dias

Mistura Relação Tensão Coeficiente Tensão Coeficien Tensão Coeficien


água/ Média de variação Média te de Média te de
(cimento+ 7 dias (%) 28 dias variação 91 dias variação
adição) (MPa) (MPa) (%) (MPa) (%)
0,4 3.1 9.68 3.90 6.78 4.43 6.89
Ref 0,5 2.63 5.8 3.23 6.44 3.53 4.32
0,6 1.97 10.58 2.93 7.10 3.10 6.45
0,4 3.93 8.93 5.03 6.07 5.20 10.18
ACI 0,5 3.3 10.50 3.93 8.93 4.47 9.32
0,6 2.47 12.39 3.43 8.90 3.77 10.05
Ref: Concreto de Referência
ACI: Concreto com Adição de 20 % de Escória de aciaria elétrica

4,5
-2,3221x
Resistência à Compressão

4,0 y = 10,142e
2
3,5 R = 0,98
Diametral (MPa)

3,0
2,5
2,0 -2,2668x
y = 7,8373e
1,5 2
Ref
R = 0,9755
1,0 ACI
0,5
0,0
0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Relação Água/ aglomerante

Figura 8 – Resistência à compressão diametral de concretos sem e com 20 % de


adição de escória de aciaria elétrica a 7 dias de idade

6,0
Resistência à Compressão

y = 2,0834x-0,9502
5,0 R2 = 0,9885
Diametral (MPa)

4,0

3,0 Ref
y = 2,0152x-0,7104 ACI
2,0
R2 = 0,9848
1,0

0,0
0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Relação Água/ aglomerante

Figura 9 – Resistência à compressão diametral de concretos sem e com 20 % de


adição de escória de aciaria elétrica a 28 dias de idade

14
6,0 -1,6079x
y = 9,9244e

Resistência à Compressão
2
5,0 R = 0,9988

Diametral (MPa)
4,0

3,0 -0,8855
y = 1,9501x
2
R = 0,9905 Ref
2,0
ACI
1,0

0,0
0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Relação Água/ aglomerante

Figura 10 – Resistência à compressão diametral de concretos sem e com 20 % de


adição de escória de aciaria elétrica a 91 dias de idade

Os resultados obtidos nos ensaios de resistência à tração na flexão de 3 corpos de prova


rompidos aos 7 e 28 dias, estão apresentados nas tabela 9, respectivamente e podem ser
visualizados nas figuras 11 e 12.
Não foram rompidos os corpos-de-prova com idade de 91 dias, devido a problemas no
equipamento.

Tabela 9 – Resultados de resistência à tração por flexão aos 7 e 28 dias

Mistur Relação Tensão Coeficiente Tensão Coeficiente


a água/ Média de variação Média de variação
(cimento+ 7 dias (%) 28 dias (%)
adição) (MPa) (MPa)
0,4 3.84 6.9 4.56 11.32
Ref 0,5 2.67 17.37 3.34 18.67
0,6 1.63 12.01 2.97 7.95
0,4 3.66 14.5 4.69 31.11
ACI 0,5 2.95 15.71 3.98 11.65
0,6 2.16 12.30 2.91 13.69
Ref: Concreto de Referência
ACI: Concreto com Adição de 20 % de Escória de aciaria elétrica
Resist6encia à Tração na

5,0

4,0 y = -7,5x + 6,6733


2
R = 0,9991
Flexão

3,0
2,0 Ref
-4,2845x
y = 21,779e ACI
1,0 R2 = 0,9924
0,0
0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Relação Água/ aglomerante

Figura 11 – Resistência à tração na flexão de concretos sem e com 20 % de adição de


escória de aciaria a 7 dias de idade

15
Resist6encia à Tração na
5,0 y = -8,9x + 8,31
2
4,0 R = 0,9865

Flexão
3,0 -1,0699
y = 1,6727x
2,0 2 Ref
R = 0,9615
ACI
1,0
0,0
0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Relação Água/ aglomerante

Figura 12 – Resistência à tração na flexão de concretos sem e com 20 % de adição de


escória de aciaria a 28 dias de idade

7. 2 EXPANSIBILIDADE

7.2.1 Agulhas Le Chatelier


Não foi verificado nenhuma abertura nas agulhas tanto no ensaio à quente como a frio para
todas as escórias ensaiadas.

7.2.2 Método de Dilatação em Água


A evolução da expansão da escória ao longo do tempo submetida ao ensaio de dilatação em
água, pode ser visualizado na figura 13.

Ensaio de Expansibilidade - JIS A 5015


Escória de Aciaria Curada

5,0%
4,5%
4,0%
Ex
pan 3,5%
si 3,0% CP1
on CP2
(%) 2,5%
CP3
2,0%
Avera
1,5% ge
1,0%
0,5%
0,0%
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0
Days

Figura 13 – Evolução da deformação ao longo do tempo. Escória de aciaria curada

16
7.2.3 Método das Barras
Na figura 14 pode ser visto o comportamento dos corpos de prova de argamassa com e
sem adição de escória submetido ao ensaio das barras. A expansibilidade medida neste
ensaio foi bastante baixa, porém apresentou alta variabilidade nos resultados, não
conseguindo-se ajustar uma curva que represente efetivamente o comportamento do
fenômeno.
Método das Barras

0,50

0,45

0,40

0,35

0,30
Expansão

0,25
REF
0,20
EAC
0,15 y = 0,0077x + 0,0072
R2 = 0,6911
0,10

0,05

0,00
0 2 4 6 8 10 12
Dias

Figura 14 – Expansão ao longo do tempo de corpos de prova de argamassa


submersos em água à 80 o C – método das barras

7.2.4 Ensaio da Autoclave


O valor de expansão obtido neste ensaio foi de 0,02 %, valor este considerado ínfimo. A
ASTM C 150 especifica para os cimentos tipo I a IV uma expansão em autoclave inferior a
0,8 %.

8 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


Para todas as propriedades mecânicas avaliadas, os resultados obtidos para os concretos com
adição de 20 % de escória de aciaria foram superiores aos dos concretos sem adição. No
ensaio de resistência à compressão, o ganho de resistência alcançou a ordem de 30 %.
Além do ganho de resistência, tem-se uma redução de consumo de cimento para todos os
traços, chegando-se a uma diminuição de até 11 kg de cimento por m3.
Do ponto de vista de expansibilidade, nos quatro ensaios realizados, verificou-se que esta
escória não apresenta problemas de expansão. Os valores obtidos nos distintos ensaios foram
muito baixos, alguns desprezíveis (caso de autoclave) ficando sempre muito abaixo dos
preconizados pelas distintas normas.

9 CONCLUSÕES
Poucas são as pesquisas existentes, em âmbito nacional como internacional, a respeito da
utilização e caracterização de escórias de aciaria em materiais de construção.
Os resultados obtidos nos ensaios experimentais mostraram o excelente comportamento das
escórias de aciaria como adição ao concreto.
Entretanto, dois aspectos são de suma importância de serem levados em consideração:

17
Em primeiro lugar, dependendo do processo de fabricação do aço tem-se escórias com
características muito diferenciadas umas das outras. De forma que se faz necessário a
caracterização e o estudo de cada escória específica antes de seu uso.
Em segundo lugar, precisa-se verificar a estabilidade da escória , através da realização de
ensaios de determinação de expansibilidade preconizados em norma ou recomendados em
bibliografia.

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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261, Jan.Feb. 1974.
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principais gerados pela aciaria elétrica. Seminário da disciplina MTMD99- Tópicos especiais-
Resíduos industriais siderúrgicos: caracterização e aproveitamento. PPGEMM, UFRGS, 34p.,
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ILAFA- Instituto LatinoAmericano del Fierro y el acero. Reciclaje de escorias de aciaria.
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1980. VII, p.25-30.

11 AGRADECIMENTO
Agradecemos a SOBREMETAL pelo fornecimento das escórias de aciaria elétrica
para desenvolvimento deste trabalho.

19

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