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AlbaNir Faleiros Machado Neto

Cientista Social
Máster Internacional de Comunicación y Educación – Univesitat Autònoma de Barcelona - Espanha. Pós-
Graduando em Políticas Públicas pela Universidade Federal de Goiás
Semeandocidadaos.blogspot.com

Contaminação, contaminador, contaminado!

Não é de hoje que desastres naturais vem ocorrendo por todo planeta. Atualmente um vulcão Finlandês
par ou os aeroportos de toda Europa, causando transtornos por todo mundo. A alguns meses ocorreu um
terremoto no Haiti, matando dezenas e dezenas de pessoas. Posteriormente no Chile. Tudo isso há de fazer
pensar no quanto somos pequenos em relação a potência da natureza e o quanto fazemos contra ela.
Infelizmente, hoje, vendo o que acontece com o meio ambiente, faz-se necessário falar dos desastres naturais
causados pelo homem.
Diversos crimes contra a natureza já foram causados pelo Homem, o que acaba sendo, de certa forma,
um “tiro no pé”, pois, além de afetar obviamente o ar, as terras e as aguas, afeta também aqueles que necessitam
deste meio ambiente para viver, ou seja, nós. Neste momento, em muitos lugares, situações agresivas contra o
meio ambiente acontece.Um dos mais importantes é o desmatamento na grande floresta amozônica, que apesar
dos esforços do governo federal, ainda perciste. Temos também as pequenos atitudes diárias, as micro agressões
contra a natureza, que ocorre em diversas localidades e que é difícil de se chegar ao conhecimento público, e que
a solução pode se dar somente através da educação e de uma maior presença do estado nestas localidades,
proporcionando também condições básicas de manter uma vida decente para as populações destas áreas. Um
bom exemplo é lixo na rua e sua relação com um bem estar social. O lixo na rua torna a cidade mais poluida,
mais feia e acaba por trazer transtornos a todos, seja ela visual, de saúde pública ou mesmo para facilitar a
dissipação das chuvas , ou seja, as pessoas acabam por não desfrutar de um ambiente mais limpo, mais saudável
e porque não, mais seguro.
Estes são alguns pontos da destruição causada no dia a dia, mas, a questão fundamental que quero tratar
aqui, não são destes “pequenos delitos”, e sim dos grandes crimes ambientais que é praticado por grandes
corporações ou mesmo por uma nação. Considero esse tema tem a sua relevancia, os “delitos” do dia a dia tem
patologia conhecida e como rémedio educação juntamente com intervenções do estado, com saneamento básico,
saúde etc, agora os grandes crimes ambientais, apesar de também terem patologia conhecida, possuem grandes
dificuldades de encontrarem uma cura. Trata-se dos grandes crimes ecológicos que destruiram incríveis
ecossistemas, mudaram toda uma forma de vida local e tirou vidas humanas e de muitos outros animais.
Alguns crimes se tornaram memoráveis na história. O primeiro, foram as duas bombas Atômicas jogadas
pelos Estados Unidos em Hiroshima e Nagazaki, no japão em 1945, matando quase 200 mil pessoas como
também destruindo todo ecossistema local, deixando uma “nuvem” de poluição por décadas na região afetada,
matando posteriormente outros tantos por doenças derivadas da radiação. Um outro acidente radiotativo,
marcado na historia, foi o acidente na Usina Nuclear de Chernobyl, na Ucrânia afetando milhares de quilômetros
de florestas alem de matar aproximadamente 10 mil pessoas. Também temos o derramamento de óleo no Alasca,
em 1989 que contaminou uma grande faixa de vida marinha, terrestre e tirando a vida de uma grande quantidade
de pássaros. Não pode-se esquecer também o que foi considerado o mais severo desastre químico da história, o
vazamento de gases tóxicos ocorrido em Bhopal, na Indía em 1984. E agora, enfim, no ultimo 20 de abril deste
ano tivemos o inicio do vazamento de petróleo no Golfo do México, podendo ser considerado, talvez, um
desastre sem precedentes na história. O problema maior nesse caso é o vasamento que não cessa. Está sendo
jorrados mais de um milhão de litros de petróleo diariamente no fundo do mar e toda tecnologia disponível não
surte grandes efeitos no vasamento. O governo americano demorou a agir e o problema até o presente momento
não foi solucionado.
Para os que pensam que estamos muito longe do problema, que não somos atingidos ou atingíveis, vale
lembrar que mais de 80% do petróleio extraido no Brasil, vem de águas profundas, através das plataformas em
alto mar. A poucos dias houveram algumas explosões nas plataformas P-36, P-34 da petobrás, tirando a vida de
funcionário e ferindo outros Felizmente, não houve vasamento de resíduos. Isto, pode nos dizer uma coisa,
temos a obrigação de ficar ligados em tais problemas, o Ministério de Minas e Energia há de ficar atento na
maneira como estão sendo desenvolvidos os trabalhos de perfuração e extração de petróleo em alto mar,
fiscalizar e manter sempre cuidado com o que está sendo feito, é uma obrigação. Desenvolvimento, sim,
progresso, no bom sentido da palavra, sim! Mas deve-se buscar sempre a sustentabilidade para que no futuro,
não tenhamos aqui no Brasil, uma situação como a existente neste instante no Golfo do México. Devemos dar
um basta, o mundo é um só, se estragarmos este, não há outro. Deve-se começar pelo pequeno, do simples, na
nossa casa, no nosso bairro, na nossa comunidade para termor a consciência suficientemente completa para
cobrar dos outros.
Ter cuidado com o meio ambiente é pensar somente no que os outros fazem. Deve-se partir do principio,
pnesar no que “Eu” faço. É ter e fazer consciência de que cada um tem o dever de fazer sua parte para um
amanhã melhor. Quando formos pensar em desastres ecológicos, contaminação, poluição, deve-se pensar antes
de mais nada em quem os cometeu, deve-se pensar no que antecede o feito, porque mal, já está. Deve-se buscar
soluções, pensar no contaminador, no poluidor no causador do problema, e estes muitas vezes, somos nós em
pequenas atitudes. “Nosso” professor Isaac Newton deixou a dica em sua terceira Lei: “toda ação tem uma
reação, contrária e de mesma intensidade”. Em algum momento tudo volta, contaminação, contaminado,
contaminador. Já acontece.

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