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TRATAMENTO DE ENFERMAGEM OU PROCESSO DE

ENFERMAGEM

HISTÓRICO

•Investigar a história de saúde, que pode revelar uma gama de sintomas


sutis relatados pelo paciente antes que o problema seja detectado pelo
exame físico.

•Investigar a história de saúde passada, se já acorreu algum episódio de


esquecimento.

•Investigar a história de saúde familiar, se alguém da família já teve caso


de DA.

•Ouvir o paciente,suas queixas principais que geralmente sao relatos de


esquecimento

•Verificação de exames anteriores.

•A descrição dos primeiros sinais de anormalidade que foram


detectados: data, tipo etc.

•A evolução dessas anormalidades, tempo de duração, ocorrências


importantes descrição detalhada das alterações atuais;

•Doenças pregressas especialmente AVC, cardiopatias, diabetes,


depressão e doenças neurológicas;

•Ocorrências mal definidas do passado: desmaios, convulsões, quedas


com contusão craniana, quedas suspeitadas não testemunhadas etc.

•Medicação utilizada anteriormente, no presente momento e os


resultados obtidos.
Memória

O paciente está com dificuldades? Encontra desculpas poucos razoáveis para


os problemas que vêm enfrentando com a memória?

Comportamento

Explosões de raiva sem motivo relevante? Mudanças bruscas de


comportamento? Tem estado deprimido? Desinteressado? Agressivo?Houve
mudança marcante na personalidade prévia? Procede anti-socialmente?
Comportamento sexual inadequado?Sente-se perseguido? Roubado? Tem
visões? Ouve vozes?

Comunicação e Autonomia

Tem dificuldade para encontrar palavras?Problemas nas tarefas cotidianas?


Recados telefônicos, vestir, controle do saldo bancário, banhar-se?

Orientação

Dificuldades na orientação têmporo-espacial. Confunde dias e horários? Já se


perdeu? Parece não saber onde está?

Hábitos

Que hábitos mantêm ou manteve: álcool, fumo, drogas ilícitas, atividade física,
alimentação, contato profissional com tóxicos, padrão de sono, promiscuidade
sexual etc.
DIAGNÓSTICO

Uma das dificuldades em realizar um diagnóstico de Doença de


Alzheimer é a aceitação da demência como consequência normal do
envelhecimento.

O diagnóstico de Doença de Alzheimer é feito através da exclusão


de outras doenças que podem evoluir também com quadros demenciais

Risco de lesão relacionado à falta de atenção quanto a perigos


ambientais. Confusão Crônica relacionada à incapacidade de avaliar a
realidade, secundária à degeneração dos neurônios cerebrais.

Mobilidade Física Prejudicada relacionada à instabilidade da marcha.


Risco de Processos Familiares Interrompidos relacionado aos efeitos da
condição sobre os relacionamentos, as responsabilidades do papel e as
finanças.

Manutenção do Lar Prejudicada relacionada à incapacidade/dificuldade


para cuidar de si/da casa ou indisponibiladade/inadequação do cuidador.

Negligência Unilateral relacionada a (especificar o local) secundária à


patologia neurológica.

Déficit no Autocuidado (especificar) relacionado a (especificar).

Conflito de Decisão relacionado à colocação da pessoa em uma


instituição de cuidadores.

Tensão do papel de Cuidador relacionada às múltiplas necessidades de


cuidados e à insuficiência de recursos.

Perambulação relacionada à função cerebral prejudicada, secundária à


doença de Alzheimer.
PLANEJAMENTO E METAS

Para facilitar no cuidado de enfermagem é necessário estabelecer


algumas rotinas para o portador da DA, tais como:

• Estabeleça rotinas, mas mantenha a normalidade: uma rotina


pode facilitar as atividades que você deverá fazer e, ao mesmo tempo,
estruturar um novo sistema de vida. A rotina pode representar
segurança para o portador; porém, embora ela possa ajudar, é
importante manter a normalidade da vida familiar; procure tratar o
portador da mesma forma como o tratava antes da doença;

• Incentive a independência: é necessário que o portador receba


estímulos à sua independência. Faça com ele e não por ele, respeite e
preserve sua capacidade atual de realizar atividades de vida diária.
Supervisione, auxilie e faça por ele apenas quando não houver
nenhuma capacidade para execução de determinada tarefa. Isto o
ajudará a manter a auto-estima, o respeito próprio e,
conseqüentemente, diminuirá a ansiedade do familiar;

• Ajude o portador a manter sua dignidade: lembre-se que a


pessoa de quem você cuida é ainda um indivíduo com sentimentos. O
que você ou outros familiares fazem ou falam em sua presença pode
perturbá-lo. Evite discutir sobre as condições do portador na sua
presença;

• Evite confrontos: qualquer tipo de conflito pode causar estresse


desnecessário em você e/ou no portador. Evite chamar atenção e
mantenha a calma de maneira que a situação não piore. Lembre-se que
por mais que pareça proposital, é a doença que ocasiona momentos de
agitação, agressividade, etc. NÃO é culpa do portador. Tente identificar
qual ou quais fatores podem ser responsáveis pela alteração
apresentada e, a partir daí, trabalhe para eliminá-los;

• Faça perguntas simples: mantenha uma conversa simples, sem


incluir vários pensamentos, idéias ou escolhas; as perguntas devem
possibilitar respostas como “sim” ou “não”; perguntar “você quer
laranja?” é melhor do que “que fruta você gostaria de comer?”.

• Mantenha seu senso de humor: procure rir com (e não rir do) o
portador de DA. Algumas situações podem parecer engraçadas para
você, mas não são para ele. Mantenha um humor saudável e
respeitoso, ele ajuda a diminuir o estresse.

•Torne a casa segura: a dificuldade motora e a perda de memória


podem aumentar a possibilidade de quedas. Por isso, você deve trazer
o máximo de segurança para sua casa: verifique tapetes, mesas de
centro, móveis com quina, objetos de decoração, escadas, banheiras,
janelas, piscinas.

•Encoraje o exercício e a saúde física: em alguns casos, o


exercício físico pode colaborar para que o portador mantenha suas
habilidades físicas e mentais por um tempo maior. O exercício
apropriado depende da condição de cada pessoa. Consulte o médico
para melhores informações.

•Ajude a manter as habilidades pessoais: algumas atividades


podem incentivar a dignidade e o respeito próprio, dando propósito e
significado à vida. Uma pessoa que antes foi uma dona de casa, um
motorista, um professor ou um executivo pode ter maior satisfação
usando algumas das habilidades relacionadas ao seu serviço anterior.
Lembre-se, entretanto, que a DA é progressiva e os gostos ou
habilidades das pessoas acometidas pela doença fatalmente mudarão
com o tempo. Conhecer estes detalhes exigirá de você,
familiar/cuidador, maior observação para que, dessa forma, seja
possível um planejamento de atividades compatíveis com o grau de
dependência apresentado pelo portador.

•Mantenha a comunicação: com o avanço da doença, a


comunicação entre você e o portador pode tornar-se mais difícil. As
seguintes dicas poderão ajudá-lo:- tenha certeza de que a atenção do
portador não está sendo prejudicada por outros fatores; fale clara e
pausadamente, frente a frente e olhando nos seus olhos; demonstre
amor através do contato físico; preste atenção na linguagem corporal –
pessoas que perdem a comunicação verbal, comunicam-se muito com
os gestos; procure identificar as lembranças ou palavras-chave que
podem ajudá-lo a comunicar-se efetivamente com o portador.

• Use artifícios de memória: para alguns portadores, o uso de


artifícios de memória pode ajudá-lo a lembrar de ações cotidianas e
prevenir confusões como, por exemplo: mostre fotografias dos
familiares com seus nomes para ajudá-lo a reconhecer quem é quem no
ambiente familiar, coloque placas indicativas nas portas identificando o
quarto, o banheiro, etc. Lembre-se, porém, que com o avançar da
doença estes artifícios não mais terão o resultado esperado.
PRESCRIÇÕES.

Ao tratamento dos aspectos comportamentais. Nesta vertente,


além da medicação, convém também contar com orientação de
diferentes profissionais de saúde;

Ao tratamento dos desequilíbrios químicos que ocorrem no


cérebro. Há medicação que ajuda a corrigir esses desequilíbrios e que é
mais eficaz na fase inicial da doença, mas, infelizmente, tem efeito
temporário. Por enquanto, não há ainda medicação que impeça a
doença de continuar a progredir
EVOLUÇÃO

Conforme a doença avança aumentam as dificuldades para os


familiares que se vêem tendo que cuidar, acompanhar e ajudar no
tratamento de um familiar que não mais reconhece as pessoas e
depende a maior parte do tempo do auxílio de alguém, até para realizar
suas necessidades fisiológicas mais básicas. Os cuidadores são
fundamentais para o tratamento do idoso com Alzheimer no ambiente
domiciliar, mas nem todos os familiares estão preparados física e
psicologicamente para conviver e cuidar de alguém que não os
reconhece nem valoriza seus esforços. Por isso é importante o acesso
às informações sobre a patologia e apoio psicosocial aos cuidadores. E
o cuidador de paciente com Alzheimer frequentemente tem que lidar
com irritabilidade, agressividade, mudanças de humor e de
comportamento.

É recomendado a participação do cuidador em programas de


cuidado ao idoso com Alzheimer para esclarecer dúvidas sobre a
doença, acompanhar o tratamento, dar apoio psicológico e social para
atenuar o esgotamento e o estresse gerados pela convivência com uma
pessoa que a cada dia vai precisar de mais cuidado e atenção no
ambiente domiciliar.

Os cuidadores são responsáveis pela manutenção da segurança


física, redução da ansiedade e agitação, melhoria da comunicação,
promoção da independência nas atividades de autocuidado,
atendimento das necessidades de socialização e privacidade,
manutenção da nutrição adequada, controle dos distúrbios do padrão
de sono e transporte para serviços de saúde além das inúmeras
atividades diárias de cuidado com o lar.
CONCLUSÃO

No decorrer de todo o trabalho tivemos a base de como um


paciente com alzaimer precisa de um cuidado
diferenciado,estimular suas funçoes e memorias tambem sao
muito importantes para que os efeitos da doença sejam
minimizados e que a propria familia pode ajudar a pessoa a
suportar essa mudança.

Aos cuidadores fica claro como o carinho,atençao,respeito


e dedicaçao podem fazer toda diferença entre um paciente com
DA com uma vida mais proxima da normalidade,e por ser uma
doença que nao tem cura,que o paciente possa viver o mais
normal possivel ate que suas lembranças,memorias e vida fiquem
no mais completo esquecimento

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