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Eficiência energética não é uma novidade no Brasil. Diversas iniciativas na área de
eficiência energética vem sendo executadas por agentes públicos e privados desde a década
de 80. A partir do final da década de noventa novos atores passaram a participar do cenário
de decisões e existem substanciais investimentos alocados para essas atividades.
Atualmente esta em curso a elaboração de um Plano Nacional de Eficiência Energética ±
PNEf, sob a liderança do Ministério das Minas e Energia ± MME. Todavia, como tem sido
organizada a infra-estrutura institucional e mais importante qual tem sido seu desempenho?
Este documento procura detalhar as informações apresentadas em ³Situación y Perspectivas
de La Eficiencia Energética en América Latina y El Caribe´ (CEPAL 2009) buscando
analisar o desempenho das instituições, mecanismos e existência de metas. O objetivo
principal deste trabalho é identificar e avaliar a infra-estrutura institucional com maior
detalhamento, mecanismos utilizados e sua efetividade para operacionalizar políticas ou
programas nacionais de eficiência energética.

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Como se pretende avaliar a institucionalidade e mecanismos operativos da ³política ou
programa´ de eficiência energética é necessário explicitar três conceitos que estão
envolvidos. Nas seções seguintes é apresentado o entendimento que se adota neste trabalho
sobre os termos: política de eficiência energética, mecanismos e programas de eficiência
energética.
A seguir é feita uma breve avaliação dos principais mecanismos e programas relacionados
com eficiência energética no país com o objetivo de subsidiar a análise da infra-estrutura
institucional feita na seqüência.
Na seção final do documento é feita uma avaliação das informações apresentadas
integrando o quadro institucional com os mecanismos apresentados, destacando os pontos
fortes e fracos da situação brasileira juntamente com as conclusões gerais da análise.

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Não podemos ainda dizer que exista uma política para EE no país, pois as diversas
iniciativas relacionadas com eficiência energética praticadas no país não configuraram uma
ação coordenada, sistemática e contínua ao longo de um período de tempo, com
investimentos programados e metas físicas integradas ao planejamento do setor energético
e, conseqüentemente à política energética nacional. Esses elementos são ingredientes
necessários para caracterizar uma política de eficiência energética nacional, segundo nosso
entendimento.
As ações atuais e praticadas no passado na área de eficiência energética são caracterizadas
por conjuntos de mecanismos e programas que contribuem para disseminar informações
sobre ³boas práticas´, facilitar e promover maior penetração de tecnologias mais eficientes
e também esforços para incentivar pesquisa e desenvolvimento. Esses mecanismos tiveram
o propósito de remover com sucesso algumas barreiras, bem como viabilizar oportunidades
de eficiência energética e intervenções que o mercado por si só não se interessaria.
Mesmo considerando que as principais iniciativas têm origem no Ministério de Minas e
Energia, não existe uma coordenação dos vários programas e mecanismos 1 , avaliações
uniformes, ou padronizadas, de custo-benefício e seu desempenho, juntamente com
designação de responsabilidades ou estratégias de implementação ao longo do tempo para
cumprir metas de energia evitada.
Consideramos mais adequado, portanto, no caso brasileiro descrever a atuação nacional na
área de EE através dos diversos mecanismos e programas que vem sendo empregados e não
através da existência de uma política de eficiência energética.
Mecanismos são instrumentos que apóiam a implementação de programas específicos e são
direcionados aos agentes que desenvolvem e implementam programas. Já programas de
eficiência energética são ações específicas realizadas por agentes que podem ser
concessionárias de energia, agências e outros com o objetivo de alterar padrões de
comportamento, ou de compras dos consumidores (Crossley, 2000). Por exemplo, o
governo estabelece uma agência para financiar investimentos em eficiência energia
(mecanismo) enquanto que uma concessionária concebe e implementa um programa de
eficiência energética com os recursos da agência (programa). Os programas possuem como
objetivo o usuário final de energia, enquanto que os mecanismos visam mobilizar os
implementadores ou desenvolvedores dos programas. Essa distinção é útil para conceber as
atividades necessárias para colocar uma política de eficiência energética em ação e também
possibilita a criação de indicadores para monitoramento e avaliação dessas ações.
É possível classificar os mecanismos para eficiência energética nas seguintes categorias
(Vine et al., 2003):

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-‘ Mecanismos de controle: onde as medidas adotadas são de caráter obrigatório e
nesse caso o estabelecimento de regras e sua fiscalização são fundamentais para a
efetividade dos objetivos desejados. Esses mecanismos direcionam as empresas de
eletricidade a mudanças de comportamento,
-‘ Mecanismos de fundos: fornecem recursos para outros mecanismos. São
mecanismos necessários para viabilizar programas de eficiência energética, por
exemplo, manter programas de bens públicos durante a transição de monopólios
para a competição ou programas de eficiência energética para populações de baixa
renda. Este mecanismo também pode ser utilizado para financiar negócios de
eficiência energética ou o desenvolvimento das Empresas de Serviços de Energia,
ou `nergy Service Companies (ESCOs).
-‘ Mecanismos de suporte: fornecem apoio para mudanças de comportamento dos
consumidores finais e empresas de eletricidade. Permitem a organização das
informações e o aumento da credibilidade e conhecimento das opções de eficiência
energética. O treinamento de pessoal, educação de consumidores e divulgação dos
resultados de pesquisas realizadas com recursos públicos proporcionam uma base
para desenvolvimento do mercado. A disponibilização de estudos e metodologias
com aplicação em programas e projetos fornece subsídios para a tomada de decisões
por parte dos agentes do mercado.
-‘ Mecanismos de mercado: utilizam as forças de mercado para encorajar mudanças de
comportamento dos consumidores finais e empresas de eletricidade. Instrumentos
fiscais, por exemplo, isenção de taxas para produtos eficientes, redução de taxas de
juros ou descontos, aplicação de taxas sobre energia, são alguns dos exemplos de
mecanismos de mercado.
Desse modo, é possível verificar que o país possui experiência para implementar esse
amplo espectro de mecanismos conforme é apresentado na Tabela 1. Na seção seguinte é
feita uma avaliação das iniciativas apresentadas na tabela.

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Suporte PROCEL e CONPET
Programa Brasileiro de Etiquetagem PBE
Programa Nacional de Mudanças Climáticas
Comando e controle Lei de Eficiência Energética: CGIEE
Programa da Aneel (PEE)
Uso de Energia Solar para Aquecimento de água
Mercado Informação
IPI diferenciado para produtos eficientes
Compras eficientes (setor público)
Fundos RGR
CTEnerg e PEE (Lei 9.991/2000)
RELUZ
Fundo de Aval PROESCO

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O PROCEL é o programa mais antigo de eficiência energética em operação no país (1985)
e foi criado especificamente para tratar de economias de eletricidade. É um programa
federal com sua base de operação situada na ELETROBRÁS. Mais tarde foi instituído
(1991), também por iniciativa do governo federal um programa similar para os derivados de
petróleo, o CONPET.
Se na década de 80 e início dos anos 90 o PROCEL era o principal agente das atividades
relacionadas com eficiência energética, o que se verifica especialmente nos últimos anos é
um gradual descolamento das atividades do PROCEL e CONPET das principais agências
nacionais do setor, nomeadamente MME, ANEEL, ANP e EPE.
O PROCEL, em particular perdeu muito de sua função de coordenação nacional das
atividades de eficiência energética (eletricidade) que possuía inicialmente, muito embora
continua sendo um apoio importante para algumas atividades específicas através de seus
sub-programas. O PROCEL tem mantido muitos de seus sub-programas em áreas bastante
diversas como informação, edificações, setor industrial, saneamento, entre outras.
A seguir estão listadas algumas barreiras que podem explicar a atuação do PROCEL:
-‘ Embora sendo um programa federal, o fato de estar vinculado à ELETROBRAS
sempre limitou ou dificultou a atuação e visão de médio e longo prazo sobre seu
papel na política de eficiência energética.
-‘ Sua vinculação à ELETROBRAS tem implicado que grande parte do corpo de
trabalho, e em particular do corpo gerencial pertence aos quadros da empresa. As
sucessivas mudanças na gerência da companhia tem também afetado a continuidade
de ações do PROCEL e também de seus gestores.

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-‘ Eficiência energética não é a principal atividade da ELETROBRAS e em algumas
situações pode representar conflitos de interesses ou mesmo baixa relevância para a
empresa.
As mesmas observações valem para o CONPET e seu relacionamento com a
PETROBRAS.
Além disso, as importantes modificações introduzidas na década de noventa com a criação
das agências de regulação e criação de mercados concorrenciais nas áreas de petróleo e gás
e eletricidade não motiva as empresas ELETROBRAS e PETROBRAS2 a atuarem na área
de eficiência energética.
A crescente importante dos aspectos ambientais, mudanças climáticas e o tratamento mais
sistêmico e abrangente das questões energéticas (e não mais setoriais) conferem um desafio
para as duas agências (PROCEL e CONPET) atuarem mais efetivamente em programas
conjuntos para atender aos objetivos atuais mencionados.


      

O Programa existe desde 1984 e é um programa de suporte e de informação ao mercado


equipamentos e eletrodomésticos. Têm o objetivo de informar os consumidores, de modo
padronizado e comparativo as características de consumo de energia de equipamentos. É
um programa de adesão voluntária dos fabricantes e possui o PROCEL e CONPET como
seus parceiros institucionais. O INMETRO 3 é a instituição ³âncora´ deste programa,
responsável técnico para determinação dos ensaios e certificações.
Os selos de eficiência ou selo PROCEL são atribuídos anualmente aos melhores
equipamentos de cada tipo. Ao longo do tempo tem havido maior rigor na concessão e nos
critérios para este selo, e tem sido um instrumento importante para o marketing de produtos
mais eficientes no mercado e também um critério para a escolha de produtos para
programas de eficiência no país.
Esse programa tem o mérito de ter tido continuidade ao longo do tempo e foi capaz de
desenvolver metodologias/protocolos de mensuração de eficiência energética para diversos
tipos de equipamentos (inclusive não-elétricos, como aquecedores solares, fogões a gás),
credenciar e equipar laboratórios em praticamente todas as regiões do país, com o apoio do
PROCEL E CONPET.
A eficácia de etiquetagem voluntária é bastante limitada e está sempre dependente do
estágio de tecnologias que são colocadas pelos fabricantes e de suas estratégias de mercado.
No entanto, tem sido uma experiência importante para estabelecer procedimentos, ajudar a


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criar infra-estrutura para viabilizar o sucesso dos padrões mandatórios estabelecidos
posteriormente pelo CGIEE, conforme apresentado adiante.

        


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O PNMC apresenta também alguns mecanismos para incentivar a eficiência energética.
Esse Plano está sob responsabilidade do MMA. Menções explícitas aparecem no PNMC a
ações de EE, embora não tenham detalhes sobre seus impactos e contribuições para
mitigação, nem necessidades de financiamento e prioridades Comitê Interministerial sobre
Mudança do Clima (2008). Na realidade o PNMC reconhece e inclui as iniciativas
existentes no país de EE e que tem relação com estabilização de emissões. São os seguintes
pontos apresentados:
-‘ Necessidade de etiquetagem e padrões voluntários4 (e padrões mandatórios mínimos
de eficiência energética) para indicar o consumo de energia (e emissões): O PNMC
é mais explícito no que se refere a veículos automotores, edifícios comerciais e
públicos, mas as considerações feitas se aplicam aos demais equipamentos que
consomem energia (eletricidade ou não) e basicamente se apóiam nos mesmos
instrumentos legais, podendo no entanto ter diferenças no que se refere a programas
de financiamento e agentes institucionais (por ex. no caso de veículos, é necessário
congregar a ANFAVEA, o CONPET, o INMETRO, além do MME e o CGIEE).
-‘ Decretos de Compras Públicas Eficientes: através desse procedimento o setor
público poderia realizar licitações de produtos e serviços segundo determinados
padrões, onde eficiência energética poderia ser um deles.
-‘ Plano Estratégico de Eficiência Energética: o PNMC menciona a oportunidade
desse plano, indicando a possibilidade de uma economia de 10% em 2030 (106
TWh), no entanto não apresenta maiores detalhes sobre o Plano e sobre o
estabelecimento da meta (provavelmente esteja se referindo a própria meta existente
no PNE 2030 atribuída à EE).

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O objetivo principal da Lei 10.295/2001 é a de garantir ao governo instrumentos para
determinar padrões mínimos de consumo energético em equipamentos e edificações. A
promulgação de padrões técnicos visa, ao longo do tempo, promover uma transformação do
mercado de equipamentos.
O Decreto Nº 4.059, neste mesmo ano, regulamentou essa lei e estabeleceu o Comitê
Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética - CGIEE5.

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Este é um importante instrumento para o planejamento energético e delineamento de uma
política de eficiência energética de médio e longo prazos. No entanto, ainda tem sido
utilizado como um instrumento ad-hoc, selecionando equipamentos pontuais sem ainda
uma avaliação de impactos na demanda nacional com a modificação das características do
estoque, custos e benefícios dos diferentes equipamentos e a vinculação dessas ações nos
planos futuros de energia elaborados pela EPE.
Após alguns anos iniciais com uma atuação modesta no número de equipamentos
submetidos a padrões mandatórios, o CGIEE tem submetido diversos novos produtos a
padrões mais rígidos de eficiência energética (Sousa et al. , 2009).


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O programa de EE das concessionárias de eletricidade representa atualmente o maior e
mais constante programa de investimento em eficiência energética realizado no país. São
cerca de R$ 261 milhões/ano (ref. ano 2007, 61concessionárias) investidos em programas
supervisionados pela ANEEL segundo regras estabelecidas por esta agência.
A natureza dessa regulação possibilita uma grande disseminação geográfica de atividades
em melhoria de eficiência energética no país, uma vez que a aplicação desses recursos é
feita pelas diversas concessionárias que estão operando no país.
Durante muitos anos os investimentos das concessionárias supervisionados pela ANEEL
sofreram constantes mudanças no seu formato, prioridades e regras de implementação. A
ausência de transparência e rigor com relação à avaliação do desempenho dos programas
colocou em dúvida a validade dos investimentos realizados. A ausência de uma política
nacional de eficiência energética não permitiu otimizar esses investimentos no sentido de
melhor explorar os potenciais de menor custo e maiores impactos no consumo nacional.
Desde 2003 vem ocorrendo investimentos maciços em programas destinados a
consumidores de baixa renda (cerca de 50% dos investimentos totais) em decorrência de
regulação específica.
Os recursos desse programa poderiam ser utilizados com a estratégia de alavancarem outros
recursos do próprio mercado, propiciando uma oportunidade para programas mais
ambiciosos e com contrapartidas do mercado e setor privado (Jannuzzi et al., 2001), mas
não existem ainda indicações nessa direção. Ainda, os programas de baixa renda poderiam
ser acoplados a uma estratégia de minimizar os subsídios atualmente oferecidos à tarifa
social, destinada a consumidores de baixa renda6.

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Em 2008, foi reformulado o Manual da ANEEL que orienta a concepção e execução dos
programas das concessionárias procurando dar maior ênfase aos aspectos relacionados a
qualidade e desempenho dos programas. A nova visão prioriza aspectos de avaliação dos
impactos em termos de kWh e kW conservados e que possam ser verificados segundo
metodologias de monitoramento e verificação. Além disso, procura dar maior flexibilidade
para as concessionárias submeterem e executarem seus programas, facilitando diversos
procedimentos burocráticos. No entanto, ainda não é possível afirmar que existam
progressos significativos em termos de procedimentos de M&V sendo praticados pelas
concessionárias de maneira consistente e rigorosa.

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Algumas cidades brasileiras começam a introduzir legislação mandatória para a instalação
de sistemas de aquecimento de água utilizando energia solar. Já são cerca de 30 municípios
com leis aprovadas e outros 50 municípios estão tramitando projetos de lei nas suas
respectivas câmaras em 2009.
É notável o rápido crescimento no interesse e no número de projetos de lei aprovados a
partir de 2007, após a provação da Lei no município de São Paulo.
Isso representa um avanço para maior disseminação de aquecedores solares e substituição
de eletricidade para essa finalidade. No entanto, já começam a aparecer discussões
demonstrando impactos que não haviam sido cuidados na elaboração das especificações
técnicas da lei, como tem sido o aumento no consumo de água.


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Os mecanismos mais importantes aplicados no país referem-se a programas de informação
desenvolvidos principalmente pelo PROCEL (por exemplo, o subprograma
PROCELINFO 7 ) e os selos de qualidade (Selo PROCEL) que indicam os melhores
produtos no mercado sob o ponto de vista de eficiência energética.
Programas de treinamento e educação têm também sido executados por concessionárias e
também pelo PROCEL e geralmente são destinados a públicos mais específicos e atuantes
nos segmentos do setor comercial e industrial. Esses programas também tem sido acoplados
a outras iniciativas como programas de substituição de equipamentos para a população de
baixa renda, onde são oferecidas informações sobre os equipamentos e boas práticas.
Programas de informação são necessários, mas insuficientes para que sozinhos promovam
grandes impactos em termos de conservação e uso eficiente de energia.
Os esforços realizados pelo PROCEL e também por várias concessionárias tem tido
importantes para principalmente divulgar boas práticas para consumidores residenciais e
comerciais.

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Embora seja um mecanismo aplicado em diversos países somente no ano 2009 houve uma
preocupação de revisar a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de
modo a refletir os diferentes índices de eficiência dos eletrodomésticos da linha branca Goy
et al. (2009).


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É reconhecido no país o papel importante que as comprar do setor público podem ter para
induzir transformações importantes no mercado nacional. Essa iniciativa consta de diversos
discursos e planos (por ex, o Plano Nacional de Mudanças Climáticas), mas ainda não tem
sido operacionalizado na esfera federal. O principal argumento utilizado é a Lei de
Licitações e Contratos da Administração Pública, Lei nº 8.666, de 1993, que privilegia o
menor preço no ato da compra. Alguns estados, no entanto, como São Paulo e Rio de
Janeiro conseguiram introduzir modificações nos seus procedimentos de compras de modo
a poder especificar equipamentos eficientes e viabilizar essas compras.

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A RGR é um dos encargos recolhidos das empresas de eletricidade desde 1957 e é
responsável em grande parte pelo financiamento das atividades do PROCEL . Esse encargo
tem sua vigência estendida até 2010, através da Lei nº 10.438/2002. Refere-se a um valor
anual estabelecido pela ANEEL, pago mensalmente em duodécimos pelas concessionárias,
com a finalidade de prover recursos para reversão e/ou encampação dos serviços públicos
de energia elétrica, como também para financiar a expansão e melhoria desses serviços. Seu
valor anual equivale a 2,5% dos investimentos efetuados pela concessionária em ativos
vinculados à prestação do serviço de eletricidade e limitado a 3,0% de sua receita anual.
Sua gestão fica a cargo da ELETROBRÁS.
No ano de 2007 cerca de 74% dos recursos aplicados pelo PROCEL vieram da RGR
(ELETROBRAS/PROCEL 2007). É, portanto, uma fonte de recursos disponível para
financiar atividades de EE no país que embora significativa (um total de R$ 1,3 bilhões em
2007) não é garantida e deve competir com inúmeras outras destinações anualmente, como
serviços de universalização, RELUZ, e também à própria expansão do setor elétrico.
Além disso, se não houver prorrogação esse encargo deverá ser extinto em Dezembro/2010.

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O CTEnerg foi criado pela Lei 9.991/2000 e tem como objetivo realizar investimentos em
programas de P&D e eficiência energética de interesse do setor de energia. O Documento
de Diretrizes do fundo 8 deixa claro o tipo de atividades que poderiam ser financiadas
incluindo projetos de P&D para desenvolvimento de tecnologias e processos mais

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eficientes que possuam interesse público e complementem os investimentos realizados pelo
mercado e pelas concessionárias de eletricidade (programa da PEE da ANEEL).
No passado o CTEnerg financiou o aparelhamento de diversos laboratórios de metrologia, e
mais recentemente fez encomenda a universidades para o desenvolvimento de metodologias
de monitoramento e avaliação de projetos de EE e um novo levantamento de campo para
determinação de potencial de eficiência para os setor industrial, comercial e de serviços.
Os recursos para o CTEnerg vem de parcela da receita anual líquida das empresas de
eletricidade e em 2007 embora sua arrecadação fosse de mais de R$ 200 milhões, apenas
houve a liberação de R$ 66 milhões para investimentos9. A origem dos recursos é a mesma
que financia os programas de P&D e EE das concessionárias, ou seja, são recolhidas dos
consumidores de eletricidade.
O CTEnerg tem sofrido contínuo contingenciamento de seus recursos e tem mantido uma
política irregular de aplicações. No caso específico de EE, tem havido descontinuidade nos
investimentos e nenhuma avaliação dos resultados. Recentemente houve uma retomada de
interesse em EE, mas ainda não foram liberados os recursos (quase R$ 5 milhões) e nem
contratados os estudos.


 
O RELUZ é um programa de eficiência energética para iluminação pública iniciado no ano
2000. É um programa que fornece financiamento em até 75% do valor total do projeto, com
24 meses de carência, juros de 5%/ano e taxa de 1,5% de administração. Ele se destina a
modernização dos sistemas existentes e expansão dos serviços de iluminação pública.
Esse programa tem conseguido transformar praticamente o estoque de tecnologias de
iluminação do país durante esses últimos 10 anos.

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O PROESCO foi criado em 2006 pelo BNDES e um total de R$ 100 milhões foi
disponibilizado para esse programa. As operações do fundo podem ser realizadas
diretamente com o BNDES ou então através de instituições financeiras credenciadas
mediante repasse ou mandato específico, independente do valor do pedido do
financiamento.
O PROESCO financia projetos que contribuem para a economia de energia em diversas
áreas de usos finais: iluminação, motores, otimização de processos, ar comprimido,
bombeamento, ar-condicionado e ventilação, refrigeração e resfriamento, produção e
distribuição de vapor, aquecimento, automação e controle, distribuição de energia e
gerenciamento energético. Poucas empresas estão se utilizando desse fundo.


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Outra linha de crédito do BNDES ± o PROCOPA Turismo Hotel Sustentável ± visa
financiar a construção, reforma, ampliação e modernização de hotéis que obtenham
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outra certificação de construção sustentável reconhecida por entidade de credenciamento
acreditada dentro do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade. Outra linha mais
específica do BNDES ± PROCOPA é o ProCopa Turismo ± Hotel Eficiência Energética
que tem o objetivo de Financiar a construção, reforma, ampliação e modernização de hotéis
que obtenham    
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   dentro do Programa de
Eficiência Energética nas Edificações - PROCEL Edifica.

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Conforme dito anteriormente não se tem ainda no país uma Política ou Programa Nacional
de Eficiência Energética. Algo nesse sentido (o PNEf) está ainda sendo elaborado e não são
públicas ainda suas metas e mecanismos de operação. Nesta seção são analisados o quadro
institucional e os componentes dos mecanismos de operação existentes no país e
apresentados anteriormente. O PNEf é comentado também nesta seção.

     
O país possui uma extensa rede de instituições públicas, privadas, sem fins lucrativos que
atuam em atividades relacionadas com eficiência energética. A Figura 1 apresenta um
esquema contendo as principais instituições e setores. Embora não seja um mapeamento
exaustivo das instituições envolvidas em EE ela apresenta as instituições mais relevantes e
atualmente envolvidas em EE.
É possível notar as seguintes características:
-‘ Larga abrangência de tipos de instituições que se dedicam a essas atividades
-‘ Existem recursos e mecanismos regulatórios para financiar e orientar atividades
-‘ Marco regulatório favorável para iniciativas mais ambiciosas e perenes
-‘ Representatividade de diversos setores econômicos, agentes públicos e privados, e
usuários de energia, capturando o potencial de transversalidade de ações para EE
-‘ Forte presença do setor público nessas atividades e possibilidade de orientação
política através de comando do CNPE e operacionalização por intermédio do MME
(PNEf), agências de regulação, EPE e demais ministérios
As instituições públicas são as que mais lidam regularmente com a busca de ganhos de
eficiência energética no Brasil, sendo o Ministério de Minas e Energia (MME) a principal
delas. Existem empresas, como a Eletrobrás, através do Programa Procel; a Petrobrás,
através do Programa Conpet; a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), através do
Programa de Eficiência Energética das Concessionárias Distribuidoras de Energia Elétrica
(PEE), regulado pela Agência; as próprias concessionárias distribuidoras; o Instituto

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Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), através do
Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE); e algumas grandes empresas industriais, que
possuem programas internos de conservação de energia. Existem no país em associações de
classe e organizações sem fins lucrativos com atuação relevante em eficiência energética e
que estão representadas nessa figura. Há outras que lidam com o tema de forma transversal
ou mesmo esporadicamente. Deve-se ressaltar o papel do CNPE 10 em determinar a
orientação de ações relacionadas com eficiência energética.
Ao longo do tempo as diversas instituições foram iniciando seus programas e atividades de
EE motivadas por interesses e necessidades próprias. Mecanismos foram sendo criados,
juntamente com regulações e inclusive fundos específicos para essas atividades.
A percepção de necessidade de coordenação institucional para melhor haver convergência
de resultados, economias de escala e da oportunidade de elaboração de uma política
nacional de eficiência energética já existe há algum tempo entre os especialistas e técnicos
do setor. E está em curso um Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEf), coordenado
pelo MME que possui o objetivo de oferecer esse tipo de orientação11.

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Até o momento a única meta para economias de energia que aparece nos discursos oficiais
referem-se ao que está contido no Plano Nacional de Energia 2030 Brasil (2007). Esse
plano estima a possibilidade de induzir maior eficiência energética (além do que o próprio
mercado se encarregaria de atingir) na faixa de 10% em relação a um de seus cenários. Não
são oferecidos nenhum detalhe usos finais (tecnologias) e custos envolvidos. Pode-se
observar que o PNE 2030 em seu cenário progresso autônomo, por exemplo, estima um
total de energia conservada de 35,2 x 106 tep12, ou 8,7% do consumo de energia projetado
para 2030 para o referido cenário. Dessas economias, cerca de 48% seriam realizadas no
setor de transportes e 39% no setor industrial. Essas economias são resultantes da evolução
normal de renovação de estoques. Já no caso da eletricidade o PNE 2030 assume medidas
adicionais de incentivo à eficiência energética (progresso induzido) conseguindo uma
redução total de 10,6% do consumo projetado (incluindo aquelas do cenário progresso
autônomo) (Guerreiro, 2009).
Esses números são difíceis de serem tomados como referência mesmo porque o PNE não
propõe programas para setores ou tecnologias específicas indicando prioridades baseadas
em custos de oportunidade (vis a vis custos de fornecimento de energia) e impactos na
demanda nacional. Do mesmo modo, nenhuma ação pode ser identificada em ações do
governo procurando comprovar o cumprimento dessas metas. Não houve preocupação de se
estabelecer um conjunto de indicadores de referência, programas ou projetos de eficiência
para acompanhar o progresso seja autônomo ou induzido, conforme a terminologia utilizada
no PNE 2030.

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Muito embora tenha havido progresso na área de avaliação de atividades de eficiência
energética através do PROCEL iniciando um esforço para avaliar alguns de seus
subprogramas e a ANEEL (ver, por exemplo, ELETROBRAS/PROCEL 2008) orientando
as concessionárias a introduzir metodologias de M&V em seus programas ANEEL (2008) ,
ainda é muito frágil e praticamente inexistente a cultura de acompanhamento dessas
atividades, a nível macro (programas, impactos de políticas) ou micro (projetos) no país.
Uma atividade importante do setor público é a atuação do CGIEE e ainda não se tem uma
avaliação sistemática dos impactos no mercado e no planejamento de longo prazo de suas
ações e mesmo uma avaliação ex-ante de oportunidades prioritárias relacionadas a
equipamentos para estabelecimento de padrões técnicos de eficiência.
Essa atividade - de avaliação (ou acompanhamento, monitoramento) ± deve fazer parte da
concepção de políticas de eficiência energética. A política de eficiência energética deve
também estabelecer metas realistas, amparadas de planos operacionais com mecanismos
explícitos e distribuição de responsabilidades entre as instituições pertinentes.

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Esse plano está sendo preparado pelo MME com consultas aos mais variados agentes
atuantes em atividades de EE13, tem o objetivo principal de organizar e orientar as políticas
públicas para conseguir maior sinergia e eficácia das instituições e ações de eficiência
energética no país. Ainda não existe uma versão pública14 desse documento para que se
possa incluir sua análise no presente trabalho.
O fato de haver um plano nacional nesse sentido é um sinal positivo para o estabelecimento
de uma ação coordenada, com metas e mecanismos. No entanto, é fundamental que exista
uma validação e suporte político do mesmo através do CNPE, no nosso entendimento. Os
benefícios da EE não se restringem ao MME (energia), mas existem também ganhos do
ponto de vista ambiental, de competitividade e qualidade industrial e outros de interesse dos
diversos ministérios representados no CNPE, e para a sociedade em geral. Isso já é
percebido pelas instituições, uma vez que existem iniciativas delas próprias conforme
ilustrado na Figura 1. O respaldo do CNPE seria necessário para dar ao MME a relevância
para liderar os esforços de coordenação, ou então para delegar esse papel à outra
instituição.
O PNEf deverá conter os ingredientes básicos do que entendemos ser necessário para
definir uma política de eficiência energética, tal como mencionamos no início deste
documento, ou seja, deverá contemplar uma ação coordenada, sistemática e contínua ao
longo de um período de tempo, com investimentos programados e metas físicas integradas
ao planejamento do setor energético e, conseqüentemente à política energética nacional.

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Os pontos fortes do caso brasileiro estão relacionados com:
-‘ Grande expertise na implementação de uma gama ampla de mecanismos de
eficiência energética. Existe competência institucional estabelecida durante as
últimas décadas para conceber e executar programas específicos e de abrangência
nacional. Existe inclusive experiências de sucesso na implementação de programas
de transformação de mercados (RELUZ, por exemplo).
-‘ Além disso, foi possível criar uma rede de laboratórios, leis e regulação, que
oferecem suporte para programas. Ao longo dos anos foi possível ampliar o
financiamento de atividades de EE a agentes privados (BNDES) e a regulação
compulsória criou um fluxo constante de recursos que por sua vez auxiliou a

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consolidação de algumas ESCOs, mercado para produtos mais eficientes (em
particular refrigeradores e lâmpadas compactas fluorescentes).
-‘ A indústria nacional tem se mostrado capaz de rapidamente prover equipamentos de
boa qualidade e eficiência e em muitos segmentos (motores, compressores,
refrigeradores) tem exportado produtos atendendo a exigências mais rigorosas de
outros mercados.
-‘ O país tem uma boa infra-estrutura e abrangência nacional de meios de
comunicação para disseminar boas práticas e informações para consumidores.
-‘ As universidades possuem uma reserva técnica suficiente para dar suporte a
iniciativas mais ambiciosas nas diversas componentes necessárias para a elaboração,
execução e avaliação de política de eficiência energética. Essa competência tem
sido utilizada parcialmente por algumas agências do governo (PROCEL, MME,
ANP, ANEEL, EPE, entre outras) e poderia se estender com maior profundidade
para dar suporte às políticas públicas seja nos aspectos tecnológicos, ou de
concepção de mecanismos financeiros e econômicos, estratégicos de curto, médio e
de longo prazo, e em particular nos aspectos tão necessários para estabelecer
metodologias de avaliação das ações.
-‘ É cada vez maior a percepção da relação entre EE e a redução de impactos
ambientais provocados pelo setor energético. Isso tem facilitado a adesão de outros
agentes públicos e privados em atividades de EE.

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-‘ Historicamente, o MME não tem conseguido coordenar os diversos programas de
eficiência energética vigentes no país. A fragmentação das iniciativas sem uma
liderança e coordenação tem sido a maior dificuldade para melhor aproveitar o
potencial de eficiência energética, realizar programas com maior sucesso e menor
custo. Ainda é um mercado incipiente e necessita melhor atenção do setor público
para promover constante atualização tecnológica e renovação de estoque de
tecnologias obsoletas.
-‘ A abordagem praticada até o momento pelos órgãos públicos tem sido setorial o que
pode ser observado através dos dois principais programas ainda existentes no país: o
PROCEL e o CONPET. Para se aproveitar ao máximo os esforços e os
investimentos envolvidos nos programas de eficiência energética, eles precisam
englobar tanto energia térmica como energia elétrica, e isso ainda não ocorre15.

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-‘ Além disso, é possível afirmar que não existe conhecimento suficiente sobre o
comportamento do consumidor e das firmas16 com relação às questões de eficiência
energética. Isso limita as considerações sobre os efeitos de diversos mecanismos e
persistência das economias17, resultado prático disso é a manutenção do alto grau de
incertezas sobre os resultados de programas (e seu planejamento) e das políticas de
EE no médio e longo prazo.
-‘ Muito embora o PROCEL tenha avançado nos esforços de avaliar ações e exista
uma crescente preocupação da ANEEL em obter informações sobre os programas
de EE das concessionárias, é ainda modesta a qualidade e confiabilidade dos
resultados dos programas e mecanismos adotados para incentivar EE no país. Essa
ausência de referência e credibilidade não permite inclusive a consideração de EE
nos planos energéticos do país elaborados pela EPE. A ausência de metodologias
para acompanhar o desempenho dos programas é ainda algo patente.

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No caso brasileiro, apesar de toda a tradição e complexa rede de instituições criada ao
longo do tempo, ainda faltam três elementos fundamentais para caracterizar uma política de
eficiência energética:
1.‘ O estabelecimento de metas dentro do planejamento energético para conservação de
energia (eletricidade e combustíveis). Essas metas devem ser feitas de modo
desagregado (usos finais ou tecnologias) possibilitando avaliar o seu impacto na
demanda global (priorização) e definição dos programas necessários para atingi-las.
2.‘ Avaliação das necessidades de investimentos. Definição de mecanismos operativos
e/ou programas para serem implementados.
3.‘ Criação de linhas de base e indicadores de acompanhamento e avaliação de
resultados.

 
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Penso que a criação de uma agência, vinculada ao MME, com o objetivo de gerenciar os
programas do governo federal relacionados à eficiência energética poderia ser uma solução
para a situação atual. A aprovação de um plano como o PNEf com seu devido respaldo
político poderia ser a principal incumbência dessa ageência.
Possivelmente a inclusão de programas relacionados com estabilização de emissões de
gases estufa e ao fomento de fontes renováveis de energia poderia muito bem aumentar a
sinergia entre programas de energia com contribuições para o desempenho nacional frente

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ao problema de mudanças climáticas e eventuais compromissos internacionais que o país
venha a assumir nessa área.
O governo, através de seus ministérios, se concentraria na formulação de políticas públicas
nesta área, na avaliação e revisão periódica do PNEf, na definição de diretrizes para a
elaboração do plano decenal e plano de longo prazo, pela Empresa de Pesquisa Energética
(EPE), incluindo um ³planejamento pelo lado da demanda´.


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