Inteligência Artificial. Literalmente, uma inteligência forjada. Algo que
possa entender como “racional”. Mas primeiro, o que é inteligência? O homem, que se autoconsidera inteligente, criou essa definição, ou algo parecido com isso: “Capacidade mental de aprender, planejar e resolver problemas através do raciocínio e lógica”. Logo, o grau de inteligência está relacionado com o quanto o homem será capaz de aprender, quais e como resolver problemas e planejar ações futuras, tudo isso através da lógica. Em uma grande cartada da evolução, ganhamos a argumentação dialética e começamos a inventar. Logo, voltando ao problema inicial, se quisermos criar uma máquina dotada de “inteligência”, teremos que fazê-la de tal modo que ela pense por si mesma, em que após a criarmos, ela terá total isento de suas ações, proporcionando assim um “individualismo”. É possível encontrar facilmente uma “espécie” de inteligência artificial em quase todo lugar: a chamada “Inteligência Artificial Fraca”. Ela é a capacidade lógica de uma máquina, mas sem a capacidade argumentativa. Um jogo de xadrez no computador é um bom exemplo. Você faz a jogada, o computador responde com outra jogada proporcional a sua “Inteligência”, ou o que seria seu nível de dificuldade. Também há os programas na Internet que “respondem” a suas perguntas. Porém, as respostas foram programadas dentro do Script do programa. Se alguém perguntar algo que não está nas raízes desse programa, não há como o programa responder, e provavelmente jogará uma resposta automática para situações como essa. Essa é a idéia básica da IA Fraca: um robô sem capacidades argumentativas. A máquina não toma conhecimento de si mesma. O que o ser humano tenta investigar seria a Inteligência Artificial Forte. Essa sim faria com que o robô tomasse conhecimento de si mesmo e de tudo ao seu redor, sendo dotado de faculdades lógico-argumentativas. Mas o sonho sempre é encoberto pela névoa. Primeiro e provavelmente pergunta mais óbvia: Como criar uma IA Forte? A inteligência humana é proveniente do orgânico e do animal. Transportar essa inteligente para uma base artificial seria então teoricamente impossível, pois teríamos que recriar toda essa base natural e irracional em uma forma de metal. Novamente, seria teoricamente tentar fazer uma maçã usando farinha e vários instrumentos de cozinha. Provavelmente, a melhor forma de contornar esse problema seria recriar a forma neuronial do cérebro, mas antes teríamos que levar em conta a completa compreensão destes. Finalmente compreendendo a dimensão do “Artificial”, falta o mais importante: a compreensão da “Inteligência”. Se usarmos a hipótese de que só usamos 30% de nosso cérebro conscientemente como verdadeira, então significa que ainda não compreendemos a nossa própria capacidade cognitiva. Precisamos, antes de poder transmitir o que sabemos para uma máquina, saber o que nós sabemos. Os limites só são transponíveis quando estes são conhecidos e levados ao limite. Abdicando da explicação morfológica superior, ou seja, ignorando Deus em justificativa à natureza, a ciência conseguiu quebrar o paradigma inicial da criação do homem, e entrou em rumo a uma evolução que a natureza não proporciona. Inteligência Artificial é a prova de que o homem não foi criado com uma “centelha de vida”, e de que ele é tão máquina como vários elementos ao nosso redor. Mas não por isso iremos ignorar a presença de uma força superior ao nosso redor. Mesmo que seja em um plano desconhecido, talvez recriando a definição de inteligência poderemos finalmente entrar em contato com essa força maior, e finalmente entender o que é Deus.