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Portaria nº 8 601
Tendo sido submetido à aprovação do Governo o estatuto de agremiação desportiva resultante da fusão
dos clubes «The St. Vincent C.V.I. Golf and Lawn Tennis Club» e «Clube de Golf de S. Vicente», com
sede na cidade do Mindelo da ilha de S. Vicente;
É aprovado o estatuto do clube desportivo «Clube Anglo-Português de Golf de S. Vicente» que, junto
a esta portaria, baixa assinado pelo Presidente do Conselho Provincial de Educação Física.
Cumpra-se.
Os clubes desportivos The Saint Vincent C.V.I. Golf and Lawn Tennis Clube e o Clube de Golf de S.
Vicente, ambos com sede nesta ilha de S. Vicente, realizando os seus fins o primeiro através do Alvará
nº 3, de 24 de Junho de 1993 (Boletim Oficial nº 25/933), e o segundo através dos estatutos aprovados
por portaria nº 2 157, de 6 de Abril de 1940, tendo considerado a conveniência da sua fusão de forma a
melhor puderem desempenhar a sua missão, após a necessária aprovação em assembleia gerais
realizadas ambas em 5 de Junho de 1969, resolveram fundir-se, instituindo em seu lugar um novo
clube que se regerá pelos seguintes
E STATU TO S
TÍTULO I
Art. 1º. O clube denominar-se-á Clube Anglo- Português de Golf de S. Vicente, visará, principalmente,
a prática e desenvolvimento do golf em íntima colaboração com as instituições de turismo da
província de Cabo Verde e não poderá exercer quaisquer actividades de carácter politico ou religioso.
Art. 2º. Além do golf constitui objecto do clube proporcionar aos seus associados a prática de outras
modalidades desportivas, nomeadamente o ténis e o cricket, para o que poderá adquirir campos e
instalações próprios.
TITULO II
CAPITULO I
Das categorias de sócios
Art. 4º. O Clube Anglo-Português de Golf de S. Vicente compõe-se de sócios fundadores, ordinários,
honorários e beneméritos.
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§ 1º Fundadores, são todos aqueles que se encontrarem inscritos à data da aprovação destes
estatutos em qualquer dos clubes ora fundidos;
§ 4º Beneméritos, todos aqueles que doarem ao clube uma quantia não inferior a cinco mil
escudos.
CAPITULO II
Dos direitos dos sócios
§ único. Não são considerados ausentes, para efeitos do nº 5), os sócios cujos filhos menores sem
economia própria continuem frequentando o clube.
Art. 7º. Poderão ser sócios do clube todos os indivíduos de nacionalidade portuguesa ou estrangeira,
em pleno gozo dos seus direitos políticos, civis e estatutários.
Art. 8º. O sócio entra em pleno gozo dos seus direitos desde que efectue o pagamento da jóia
estabelecida.
CAPITULO III
Dos deveres dos sócios
Art.10º. A qualidade de sócio será reconhecida pelo cartão do clube que será entregue mediante o
pagamento duma importância fixada anualmente pela Direcção com a aprovação do Conselho Fiscal.
§ único. O cartão deverá expressamente designar a categoria de sócio.
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Art.11º. Perde a qualidade de sócio todo aquele que:
1) Por participação escrita fizer constar à Direcção que não pretende continuar a ser sócio;
2) Estiver nas condições expressas na letra do artigo 45º.
§ único. Aquele que deixar de ser sócio ao abrigo do presente artigo será dispensado do pagamento
de nova jóia se vier a readquirir aquela qualidade.
CAPITULO IV
Dos sócios honorários
Art.12º. A proposta para sócio honorário deverá ser feita pela Direcção ou ser subscrita por quinze
sócios e aprovada pelo mínimo de dois terços da Assembleia Geral, expressamente convocada para tal
fim.
§ único. O sócio honorário goza, gratuitamente, de todos os direitos enquadrados nos números 1), 2),
3) e 4) do artigo 5º.
CAPITULO V
Da admissão de sócios ordinários
Art.15º. Será considerada como rejeitada toda a proposta que obtiver um terço ou mais de votos
desfavoráveis relativamente ao total dos membros da Direcção presentes na reunião em que a proposta
for apresentada.
TÍTULO III
Dos corpos gerentes
CAPÍTULO I
Da Assembleia Geral
Art. 17º. A Assembleia Geral, em que residem todos os poderes do clube, é composta por todos os
sócios fundadores e ordinários em pleno uso dos seus direitos associativos.
Art. 18º. As decisões da Assembleia Geral são o modo natural e tradicional da expressão da vontade do
clube.
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Art. 19º. As decisões da Assembleia Geral são adoptadas desde que esta funcione nas condições
exigidas no artigo 22º., por maioria de votos dos sócios presentes.
§ único. Considera-se em pleno uso dos seus direitos associativos o sócio que tenha pago
integralmente a sua jóia e esteja com as suas cotas em dia.
Art.21º. A reunião da Assembleia Geral é anunciada com a antecedência de, pelo menos, oito dias, por
meio de convocatória levada ao conhecimento dos sócios e na qual se indicarão os assuntos a tratar.
Art.22º. A Assembleia Geral ficará constituída à hora indicada nas convocatórias, estando a metade
dos sócios convocados.
§ 1º. Não havendo o número legal de sócios para a Assembleia funcionar à hora para que haja sido
convocada, deverá a mesma reunir meia hora depois com qualquer número e serão válidas todas as
resoluções tomadas.
§ 2º. É vedado à Assembleia Geral deliberar sobre assuntos não expressos na convocatória.
Art.24º. A Assembleia Geral extraordinária reunirá por iniciativa do seu presidente, da Direcção, do
Conselho Fiscal e quando a sua convocação seja pedida, pelo menos por um terço dos sócios em pleno
uso dos direitos associativos.
§ único. O pedido dos sócios para a reunião da Assembleia Geral extraordinária deverá indicar
claramente o assunto a tratar.
Art.25º. Para que qualquer deliberação de uma assembleia geral seja anulada ou alterada é necessário
que outra assembleia geral, expressamente convocada para esse fim o decida, exigindo-se para este
efeito a mesma maioria, expressa em percentagem, pela qual foi tomada a deliberação anulada.
4) Resolver sobre qualquer alteração aos estatutos e regulamentos internos, quando convocada
expressamente para esse fim;
5) Em geral exercer a soberania do clube, nos termos da lei e dos presentes estatutos;
6) Deliberar sobre a admissão de sócios honorários.
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3) Investir nos respectivos cargos, juntamente com a Direcção cessante, os novos corpos gerentes
eleitos, assinando, com estes, o auto de posse, o que será feito depois da eleição ter sido
aprovada e publicada no Boletim Oficial desta província;
4) Ter voto de qualidade, excepto nas votações por escrutínio secreto;
5) Manter a ordem durante as sessões.
Art.29º. Compete ao secretário da Assembleia Geral prover ao expediente da Mesa, lavrar as actas e
autos de posse, comunicar a quem deva as resoluções da Assembleia Geral e assumir a presidência da
mesma nos termos do § único do artigo 20º
Art.30º. Sempre que um sócio deseje fazer discutir qualquer assunto não incluído na convocatória da
assembleia deverá requere-lo ao presidente da Mesa, antes ou no decorrer da mesma, não podendo, em
caso algum, tal assunto ser tratado antes de cumprida a ordem dos trabalhos, nem sobre ele recairá
deliberação da assembleia.
CAPÍTULO II
Da Direcção
Art.33º. Os membros da Direcção são solidariamente responsáveis por todos os actos em que
tenham tido intervenção.
§ único. A responsabilidade de Direcção cessará logo que a Assembleia Geral aprove os actos e
as contas da sua gerência.
Art.34º. As deliberações da Direcção são tomadas por maioria de votos e não podem as suas
sessões funcionar com menos de quatro membros.
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§ único. Ficam isentos de responsabilidade pelos actos da Direcção os membros que reprovarem
qualquer deliberação, com declaração expressa na acta, e os que tiverem protestado por qualquer
modo autentico contra as deliberações da maioria antes de lhes ser exigida a competente
responsabilidade.
3) No impedimento de qualquer dos membros da Direcção, substitui-lo nas funções que lhe
tenham sido distribuídas.
CAPÍTULO III
Do Conselho Fiscal
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Art.41º. Compete ao Conselho Fiscal:
1) Examinar, sempre que entender, o movimento financeiro do Clube;
2) Requerer a convocação da Assembleia Geral sempre que o julgar conveniente;
3) Apresentar, no fim do ano, à Assembleia Geral, o seu parecer sobre as contas e relatório da
Direcção;
4) Fazer-se representar em todas as reuniões da Assembleia Geral;
5) Dar parecer em todos os assuntos que forem postos à sua consideração.
§ único. Quando qualquer dos membros se ausentar o facto deve ser comunicado à Assembleia
Geral que convocará uma reunião para a eleição respectiva.
TÍTULO IV
Das penalidades
Art.43º. O sócio que deixar de cumprir qualquer disposição estatutária ou regulamentar será advertido
pela primeira vez, podendo, em caso de reincidência, ser-lhe aplicada qualquer das restantes
penalidades, conforme a gravidade da falta cometida.
Art.44º. Será aplicada a pena do nº 2) do artigo 42º ao sócio que:
1) Desatender, por reincidência, a observações feitas pela Direcção;
2) Promover tumultos durante as reuniões da Assembleia Geral ou for reconhecido como
elemento perturbador da boa ordem das sessões;
3) Influir no animo dos sócios por forma a prejudicar as deliberações da Direcção ou da
Assembleia Geral, quando se prove que tal facto possa resultar em prejuízo, descrédito ou
dissolução do clube.
Art.45º. Será aplicada a pena do nº 3) do artigo 42 a todo o sócio que tiver mais de três meses de cotas
em atraso, se não regularizar a sua situação no prazo de trinta dias depois de notificado para o efeito.
Art.47º. O sócio que sofrer qualquer das penalidades citadas não terá direito a nenhuma indemnização.
Art.48º. A aplicação das penas referidas nos números 1), 2), e 3) do artigo 42º. Compete
exclusivamente à Direcção e a do nº 4) à Assembleia Geral pela Direcção que a justificará.
TÍTULO V
Das eleições
Art.50º. As eleições para os corpos gerentes do clube serão feitas por escrutínio secreto e por meio de
listas das quais constem os cargos e os nomes dos sócios a eleger.
§ 1º. Só tem o direito de voto o sócio que tiver a jóia integralmente paga e as cotas em dia.
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§ 2º. É permitido adoptar outro processo de votação proposto pelo presidente da Mesa da
Assembleia Geral e aceite por esta.
Art.51º. A eleição para os cargos directivos incidirá sobre listas apresentadas à votação, exigindo-se
para ela a maioria simples de votos.
Art.52º. Quando a Assembleia dispensar qualquer sócio do cargo para que foi eleito será preenchida a
vaga pelo sócio que na votação tenha obtido o número de votos imediatamente a seguir.
Art.53º. Além de portugueses e ingleses, podem ser eleitos os corpos gerentes sócios estrangeiros, não
podendo o seu número exercer um terço do número global.
Art.54º. Compete à Mesa da Assembleia Geral oficiar aos sócios dando-lhes conhecimento da sua
eleição para os corpos directivos. O ofício servirá de título para o exercício da respectiva função desde
que haja sido satisfeita a exigência prevista no nº. 3) do artigo 27º destes estatutos.
TÍTULO VI
Da secção desportiva
Art.55º. Compete ao Clube Anglo-Portugues de Golf de S. Vicente desenvolver o golf e outros ramos
desportivos como o ténis e o cricket e tomar parte nas provas oficiais e particulares em que se
inscreva.
Art.57º. Anualmente será nomeado pela Direcção um capitão para cada modalidade.
Art.60º. Quando for necessária a deslocação de qualquer equipa para fora da cidade do Mindelo o
respectivo capitão deve acompanhá-la e, na impossibilidade de o fazer, poderá propor à Direcção o seu
substituto.
Art.61º. O capitão da equipa fica obrigado, no prazo de dez dias a contar do regresso, a apresentar à
Direcção um relatório circunstanciado de tudo quanto se passou e prestar conta das despesas que
devera ser afixada na sede para conhecimento de todos os associados.
Art.62º. O Clube Anglo-Português de Golf de S. Vicente, logo que as circunstancias o permitam, terá o
seu medico privativo para acudir às necessidades dos seus associados e, bem assim, um posto sanitário
com apetrechamento que permita a realização de exames médicos e actos de enfermagem.
TÍTULO VII
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Dos fundos do clube
Art.65º. À Direcção cabe a administração dos fundos do clube e a distribuição das receitas de forma a
prover, com equidade, as despesas normais.
TÍTULO VIII
Disposições gerais
Art.68º. Na Assembleia Geral em que for dado conhecimento ou for aprovada a dissolução do clube,
será nomeada uma comissão liquidatária.
§ 1º. Se não for eleita comissão liquidatária nem esta for nomeada pela autoridade competente,
procederá à liquidação a Direcção que estiver em exercício nessa data.
§ 2º. Os bens do Clube resultantes da dissolução, se os houver, serão entregues à entidade que for
designada pela Assembleia Geral reunida nos termos do artigo 67º. Destes estatutos.
Art.69º. são dispensados do pagamento da jóia filhos dos sócios que pretendem adquirir esta
qualidade, se forem economicamente dependentes dos pais.
Art.70º. O sócio que voluntariamente e sem prévia comunicação escrita deixar de pertencer ao club,
perderá todos os direitos que tinha e só será readmitido mediante pagamento de nova jóia.
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Art.71º. A Direcção tem a faculdade de contratar pessoas estranhas à massa associativa para a
prestação de serviços ao clube, designadamente um auxiliar de secretaria, mediante remuneração a
ajustar entre as partes.
Art.72º. Os regulamentos internos emanados da Direcção ou da Assembleia Geral serão, para todos os
efeitos, considerados leis do clube e servirão de complemento a estes estatutos.
Art.75º.Os oficiais das forças armadas portuguesas e inglesas ou de outra nacionalidade, bem como
entidades civis qualificadas, em visita ou de passagem por esta ilha, poderão praticar, como
convidados do Clube, qualquer ramo desportivo a que o mesmo se dedique, e frequentar a sede
durante a sua estadia.
Art.76º. Qualquer individuo apresentado por um sócio ou ainda forasteiros de reconhecida idoneidade
poderão praticar nas instalações do Clube qualquer das modalidades a que o mesmo se dedique
mediante o pagamento de uma taxa a estabelecer nos regulamentos internos.
Art.77º. Os casos omissos nos presentes estatutos serão resolvidos pela Direcção, pela Assembleia
Geral ou nos termos da lei, conforme as circunstâncias.
Conselho Provincial de Educação Física, na Praia, 30 de Julho de 1969.- O presidente, João Gomes
Barbosa, Júnior.
PR OVI N C IA D E CABO VE R D E
E STATU TO S
DO
CLUBE DESPORTIVO
«CLUBE ANGLO-PORTUGUÊS
DE GOLF DE S. VICENTE»
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Aprovados pela Portaria nº. 8 601,
Publicada no Suplemento ao Boletim
Oficial nº. 31, de 4 de Agosto de 1969.
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