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Atualização Cartográfica e Geoprocessamento no

Mapeamento do Uso do Solo do Município de Lucas do


Rio Verde - MT

Fevereiro de 2006

Programa de Conservação das Savanas Centrais


SRTVS, Quadra 701, Conj. D, Bloco A, Edifício Brasília Design Center, Sala 246
Asa Sul, Brasília (DF), CEP 70340-907 — Telefone: 61 3421-9100
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Lucas do Rio Verde - MT

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Município de Lucas do Rio Verde - MT

Equipe Senografia:

Coordenação Administrativa
Paulo César Folle

Coordenação Técnica Geral


Dimas Clemente

Responsável Técnico
Daniel Humberto Saavedra Alvarado

Coordenação Técnica do Projeto


Ariane Cristina de Almeida

Equipe Técnica
Ariane Cristina de Almeida
Carlos Augusto Fernandes Jr.
Claudia Antonietto
Daniel H. Saavedra Alvarado
João Muniz Macedo Jr.
Juliano Pereira Kapeller
Melissa Kawata

Relatório Técnico
Ariane Cristina de Almeida
Daniel H. Saavedra Alvarado

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Sumário
RESUMO ............................................................................................................................07
RELATÓRIO TÉCNICO .....................................................................................................08
1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................08
2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE TRABALHO ..........................................................09
3. JUSTIFICATIVA .............................................................................................................10
4. OBJETIVOS ...................................................................................................................11
4.1 Objetivo Geral...............................................................................................................11
4.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................11
5. MÉTODOS DE EXECUÇÃO..........................................................................................12
5.1. Processamento digital de imagens .............................................................................12
5.1.1. Planejamento............................................................................................................12
5.1.2. Execução do processamento de imagens...............................................................13
5.1.3 Produtos gerados ......................................................................................................21
5.2. Elaboração do mapa de uso do solo ..........................................................................25
5.2.1. Planejamento............................................................................................................25
5.2.2. Classes de Uso do Solo...........................................................................................26
5.2.3. Processamento das imagens...................................................................................34
5.2.4. Interpretação automática .........................................................................................34
5.2.5. Interpretação manual ...............................................................................................34
5.2.5.1. – Mapeamento das áreas de preservação permanente ......................................35
5.2.6. Levantamento em campo.........................................................................................36
5.2.7. Edição final ...............................................................................................................37
5.2.8. Layout .......................................................................................................................42
5.3 Resultados....................................................................................................................44
5.4 Produtos Gerados ........................................................................................................46
5.5. Base cartográfica digital ..............................................................................................49
5.5.1. Interpretação manual ...............................................................................................50
5.5.2 Produtos Gerados .....................................................................................................56
5.6. Cartas-imagem ............................................................................................................59
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5.7. Mapas cadastrais de propriedades rurais...................................................................59


5.7.1. Relatório de inconsistência de dados ......................................................................59
5.7.2. Descrição das Classes.............................................................................................60
5.7.3. Dados base “SEMA”.................................................................................................66
5.7.4. Dados base “Prefeitura Municipal”...........................................................................66
5.7.5. Situação / Comparação entre as bases SEMA x PREFEITURA MUNICIPAL .......67
5.8 Geração do arquivo digital das propriedades rurais....................................................69
6. Validação dos produtos..................................................................................................69
6.1. Validação manual........................................................................................................69
7. Outros produtos gerados................................................................................................70
8. Conclusão.......................................................................................................................71
ANEXO I – CENAS SPOT4 TRATADAS ...........................................................................72
ANEXO II – LAYOUTS 1:100.000 PADRÃO IBGE DO USO DO SOLO ..........................77
ANEXO III – LAYOUTS 1:50.000 DA CARTA IMAGEM SPOT4 ......................................77
ANEXO IV – MAPA DE CADASTRAMENTO 1:25.000.....................................................80
ANEXO V – BANNERS ......................................................................................................81

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Lista de Figuras

Figura 1 – Localização do Município de Lucas do Rio Verde no Estado do Mato Grosso.9


Figura 2 – Croqui de localização do Município de Lucas do Rio Verde, indicando as
cenas Spot no município. ...................................................................................................14
Figura 03 – Mosaico do município de Lucas do Rio Verde...............................................20
Figura 04 – Coordenadas UTM limítrofes do mosaico. .....................................................22
Figura 05 – Estrutura dos arquivos do banco de imagens SPOT4 no DVD1...................23
Figura 06 – Estrutura dos arquivos do banco de imagens SPOT4 no DVD2...................24
Figura 07 – Área desmatada..............................................................................................27
Figura 08 – Área remanescente.........................................................................................27
Figura 09 – Área de Preservação Permanente Desmatada e demais Áreas
Desmatadas........................................................................................................................28
Figura 10 – Agricultura Anual.............................................................................................28
Figura 11 – Agricultura Permanente ..................................................................................29
Figura 12 – Agricultura Irrigada..........................................................................................30
Figura 13 – Área urbanizada ou construída ......................................................................30
Figura 14 – Savana arborizada..........................................................................................31
Figura 15 – Savana Florestada..........................................................................................31
Figura 16 – Savana gramíneo-lenhosa..............................................................................32
Figura 17 – Corpos d’água.................................................................................................32
Figura 18 – Pecuária ..........................................................................................................33
Figura 19 – Reflorestamento..............................................................................................33
Figura 20 – Atributos do shapefile uso do solo..................................................................38
Figura 21 – Mosaico do uso do solo do município de Lucas do Rio Verde ......................40
Figura 22 – Grade 1:100.000, em vermelho, sobreposta ao município de Lucas do Rio
Verde ..................................................................................................................................41
Figura 22 – Grade 1:50.000, em azul, sobreposta ao município de Lucas do Rio Verde 41
Figura 23 – Grade 1:25.000, em verde, sobreposta ao município de Lucas do Rio Verde42
Figura 24 – Estrutura dos arquivos do mapeamento de uso do solo................................48

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Figura 25 – Malha viária atualizada sobreposta ao mosaico ............................................52


Figura 26 – Detalhe da malha viária atualizada ................................................................52
Figura 27 – Hidrografia atualizada sobreposta ao mosaico ..............................................54
Figura 28 – Detalhe da hidrografia atualizada...................................................................54
Figura 29 – Área urbanizada atualizada sobreposta ao mosaico .....................................55
Figura 30 – Detalhe da área urbanizada atualizada..........................................................55
Figura 31 – Estrutura dos arquivos da base cartográfica..................................................57
Figura 32 – Exemplo de perímetro deslocado na via de acesso ......................................61
Figura 33 – Exemplo de perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso............61
Figura 34 – Exemplo de perímetro deslocado na hidrografia ...........................................62
Figura 35 – Exemplo de perímetro sobrepondo outro perímetro ......................................62
Figura 36 – Exemplo de perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso
sobrepondo outro perímetro.............................................................................................633
Figura 37 – Exemplo de perímetro deslocado na via de acesso sobrepondo outro
perímetro ............................................................................................................................63
Figura 38 – Exemplo de perímetro deslocado na via de acesso e duplicado ..................64
Figura 39 – Exemplo de perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso e
duplicado ............................................................................................................................64
Figura 40 – Exemplo de perímetro OK ..............................................................................65
Figura 41 – Exemplo de perímetro sem avaliação ............................................................65
A

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RESUMO

O presente Relatório Técnico compreende à solicitação do Termo de Referência (TDR) da


TNC – Instituto de Conservação Ambiental / The Nature Conservancy do Brasil, por
ocasião da conclusão dos SERVIÇOS DE ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA E
GEOPROCESSAMENTO NO MAPEAMENTO DO USO DO SOLO DO MUNICÍPIO DE
LUCAS DO RIO VERDE – MATO GROSSO, conforme Contrato N° SACR-CS 02/2007.

Este Relatório Técnico apresenta de forma sucinta as técnicas utilizadas para a obtenção
dos produtos e serviços solicitados, as dificuldades encontradas, observações verificadas,
análises e conclusões obtidas durante a execução do projeto denominado de Lucas do
Rio Verde.

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RELATÓRIO TÉCNICO

1. INTRODUÇÃO

A Senografia Sensoriamento Remoto apresenta neste documento o Relatório Técnico


para a TNC – The Nature Conservancy, por ocasião da conclusão dos serviços de
atualização cartográfica e geoprocessamento no mapeamento do uso do solo do
município de Lucas do Rio Verde – MT.

Para cada trabalho solicitado, está descrita a técnica e a metodologia utilizada, bem como
os produtos e resultados obtidos.

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2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE TRABALHO

A área de trabalho da proposta executada foi o Município de Lucas do Rio Verde em sua
íntegra, localizado no centro-norte do Estado do Mato Grosso.

Um dos maiores produtores de soja, milho e algodão do país, possui uma extensão
territorial de 3632 km², ocupando aproximadamente de 0,5 % da área do Estado.

Suas coordenadas de localização são latitudes entre 12º38'69"S e 13º28'06"S, e


longitudes entre 55º51'44"W e 56º38'56"W (fonte: http://www.lucasdorioverde.mt.gov.br).

Figura 1 – Localização do Município de Lucas do Rio Verde no Estado do Mato Grosso.

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3. JUSTIFICATIVA

A TNC, em conjunto com a Prefeitura de Lucas do Rio Verde, SEMA – Secretaria do Meio
Ambiente do Mato Grosso, Promotoria de Justiça do município e empresas de
agronegócios firmaram parceria para a implantação de um projeto de atualização da base
cartográfica, mapeamento da cobertura e uso do solo e análise das bases cadastrais de
propriedades rurais do município.

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4. OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral

Elaboração do mapeamento do uso e ocupação do solo e atualização da base


cartográfica, mapeamento da cobertura e uso do solo e análise das bases cadastrais de
propriedades rurais do município de Lucas do Rio Verde.

4.2 Objetivos Específicos


Execução dos seguintes itens:
• Aquisição e processamento digital das imagens de satélite SPOT4;
• Geração da base cartográfica;
• Interpretação e quantificação das áreas de cobertura vegetal;
• Análise das propriedades rurais;
• Elaboração de mapas temáticos;
• Geração de relatórios técnicos.

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5. MÉTODOS DE EXECUÇÃO

Para os produtos entregues:


5.1. Processamento digital de imagens;
5.2. Mapa de uso do solo;
5.3. Base cartográfica;
5.4. Cartas-imagem;
5.5. Mapas cadastrais de propriedades rurais;
5.6. Relatório Técnico.

5.1. Processamento digital de imagens

As imagens Spot14 foram processadas para uma composição e formato que permitisse
sua plena utilização para a obtenção dos produtos almejados.

5.1.1. Planejamento

Para o processamento digital das imagens, as seguintes atividades foram executadas:


- aquisição;
- georreferenciamento;
- composição;
- tratamento;
- mosaicagem e recorte.

A área de imageamento coberta pelo mosaico constituído de imagens de satélite Spot4 é


de 3658,16 km², correspondente à área do município de Lucas do Rio Verde, acrescido
de uma faixa externa adicional (ou buffer) de 5 km.

1
Spot é marca registrada da Spot Image, França.
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5.1.2. Execução do processamento de imagens

Aquisição

Trata-se da aquisição propriamente dita, ou seja, a comercialização das imagens de


satélite. Para a aquisição, é elaborado um estudo geográfico com o limite do município em
questão e a sobreposição da grade de localização das imagens Spot, para o
dimensionamento da quantidade e área de cobertura das imagens. Este estudo é
executado pela Senografia e acordado pela TNC, através do envio de “Quicklooks”, um
arquivo no formato JPG de baixa resolução para verificação visual da qualidade das
imagens, presença de focos de queimadas e nuvens, e de suas datas de imageamento,
referentes ao ano 2005.

As imagens de satélite Spot4 são produzidas pelo sensor imageador temático HRVIR a
bordo de um satélite heliossíncrono e comercializadas em unidades de cenas de imagens,
com dimensão máxima de 60 X 60 km, cobrindo uma área de 3.600 km² cada uma.

A figura 2 mostra um croqui de localização do Município de Lucas do Rio Verde, em


amarelo, com as cenas Spot4 adquiridas.

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Figura 2 – Croqui de localização do Município de Lucas do Rio Verde, indicando as cenas Spot no
município.
A tabela 01 relaciona os dados das cenas SPOT4 utilizadas na execução do
projeto.
TABELA 01 – DADOS DAS CENAS SPOT4 ADQUIRIDAS
Cena
Data do imageamento Resolução Pixel
(órbita/ponto)
691/375 09/04/2005 10 metros
691/376 01/07/2005 10 metros
692/375 21/06/2005 10 metros
692/376 17/07/2005 10 metros
692/377 15/04/2005 10 metros

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Na aquisição das imagens de satélite foram feitos os exames e avaliações das mesmas
com relação à qualidade nos seguintes quesitos:

• Resolução espacial – 10 metros;


• Resolução temporal – 2005;
• Resolução espectral – imagens 8 bits por banda ao menos;
• Cobertura de nuvens – até 10% da área da cena;
• Presença ou não de ruídos e/ou falhas.

Georreferenciamento

É o processo do ajuste geométrico das imagens de satélite sobre a base cartográfica.


Este processo é necessário, visto que no momento da coleta de dados para a formação
da imagem pelo sistema sensor do satélite, perturbações e imperfeições no
posicionamento e localização do satélite insere erros de posição e deformação na futura
imagem. Neste ajuste, a imagem é ajustada ao mesmo sistema de coordenadas da base
cartográfica – Projeção UTM, datum SAD69, fuso 21 sul.

Para o presente trabalho, foi empregada a técnica de ortorretificação de imagens, que no


georreferenciamento considera a variável de altitude z, com a utilização de modelo digital
de terreno, para minimizar os efeitos das distorções no terreno, em função da qualidade
da base cartográfica utilizada.

A ortorretificação das imagens foi executada em uma estação PC - Windows, com a


utilização do software Erdas Imagine 9.02 com o módulo Leica Phototogrammetry Suíte -
LPS. O modelo matemático utilizado foi o polinomial. Foram capturados 155 pontos

2
Erdas Imagine é produto licenciado da Leica Geosystems.
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cobrindo a área dos mosaicos das imagens de satélite, amplamente distribuídos para
cada carta, sendo 28 pontos de controle e 3 pontos de checagem de erro.

Para este serviço, foi considerada a utilização da base cartográfica fornecida pela TNC,
visto que a escala de trabalho requerida é 1:100.000.

Observação: Para a utilização plena da qualidade das imagens de satélite Spot (resolução
de 10 metros, escala 1:30.000), aconselha-se para o georreferenciamento das imagens o
levantamento de pontos em campo com equipamentos de precisão melhor que 2 metros.

Foram levantados pontos de controle em campo com a utilização de um receptor GPS


Trimble GeoXM, com a coleta de 3 pontos de controle por carta, conforme solicitado pelo
Termo de Referência. Foram coletados um total de 47 pontos de controle distribuídos pela
área coberta pelo mosaico de imagens de satélite. Os dados de GPS colhidos em campo
foram processados em modo diferencial para uma base GPS fixa confiável (Rede de
Bases Comunitárias GPS do INCRA, em Cuiabá, IBGE e outras). Tais pontos levantados
em campo foram utilizados na checagem de dados georreferenciados, e ainda, para
utilização no processamento das imagens de satélite. Os mesmos pontos foram
fotografados em modo digital e as fotografias resultantes foram inseridas em um banco de
dados geográfico em formato shapefile, georreferenciadas pelos pontos coletado por GPS
para o estudo da paisagem e auxílio na verificação das imagens ortorretificadas.

Cada cena foi ortorretificada individualmente pelo método GCP (Ground Control Point),
em que pontos na imagem foram comparados a seus similares na base cartográfica
(como cruzamentos de vias, entroncamento de rios, etc.) com a utilização da base
cartográfica digital existente na escala 1:100.000, acrescida da utilização de mais 3
pontos de GPS submétrico. Também foram coletados pontos nas bordas das imagens
(áreas de sobreposição de cenas) para garantir a qualidade das imagens vizinhas e seu
correto posicionamento.

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Após o registro da imagem, foi realizada a análise do RMS – Root Mean Square ou erro
médio quadrático. O erro médio quadrático é utilizado para quantificar o erro operacional
produzido num processo de georreferenciamento. São informados três valores para o
RMS: o RMS para o eixo das abscissas (x), o RMS para o eixo das ordenadas (y) e o
RMS total, calculado para a diagonal formada pela abscissa e ordenada. A interpretação
dos RMS para os eixos x e y deve-se à identificação de um possível deslocamento
tendendo para um ou outro eixo.

Segundo Silva (1999), o RMS permitido pode ser calculado com base em três diferentes
perspectivas: a escala do mapa, a probabilidade de erro de um objetivo a ser alcançado e
ao produto final esperado.

O RMS permitido requer que 90% dos erros acidentais não devem ser maiores que 1,64%
do RMS calculado, ou o mesmo que 1,64 desvio-padrão, para uma distribuição normal
dos erros (de acordo com o formato da curva do gráfico de distribuição normal).

Para as imagens de satélite deste projeto, foi aceito um erro médio de 1,0 pixel em
correspondência à resolução espacial das bandas multiespectrais, isto é, um erro de 10 m,
acrescidos naturalmente do erro cartografia original utilizada para o georreferenciamento.

Composição

É o processo de combinação de bandas, cuja composição colorida seja a mais apropriada


para a extração de informações para a interpretação visual e geração de base
cartográfica e mapa de uso do solo.

A combinação das bandas envolveu a fusão das bandas pancromática (10 m), e
multiespectrais (RGB – 20m), gerando nova composição colorida (RGB), porém com
resolução de 10 metros, a qual permite sua ampliação em escala de zoom para até
1:30.000.

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Para a apresentação dos produtos, utilizou-se a composição 412 (infravermelho médio +


verde + vermelho), amplamente utilizada para a extração de informações para
mapeamento de uso do solo, pois esta composição agrega as bandas próprias para as
respostas espectrais da vegetação, água e solo. Porém outras combinações de bandas
poderão ser testadas e acordadas.

O quadro a seguir ilustra as características técnicas das imagens Spot4.

QUADRO 01 – CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DAS IMAGENS SPOT4

CARACTERÍSTICAS DOS IMAGEADORES HRVIR

Imageadores MULTIESPECTRAL PANCROMÁTICA


Bandas espectrais 0,50 - 0,59 (verde) 0,61 - 0,68
0,61 - 0,68
(vermelha)
0,79 - 0,89
(infravermelho)
Resolução espacial (m) 20 m 10 m
Período de revisita (nadir): 26 dias 26 dias
Período de revisita (off- 3 dias 3 dias
nadir):
Largura da faixa imageada 117 km (2X60km) 117 km (2X60km)
Tamanho da cena 60 X 60 km 60 X 60 km
Ângulo de visada lateral +/- 27º +/- 27º

Tratamento

As imagens adquiridas normalmente estão em “estado bruto”. Isto significa que as


mesmas estão em baixo contraste, isto é, possuem um aspecto visual enegrecido e

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bastante acinzentado, que não permite a extração direta de informações e a observação


de detalhes.

Para que as imagens adquiram excelente aspecto visual que permita a geração de
mapas, é necessário o tratamento das mesmas. No tratamento, foram utilizados recursos
de softwares gráficos de sensoriamento remoto, como LUT (Look Up Table), que são
tabelas de cores ou níveis de cinza, para equilibrar a coloração das imagens. Foi
empregado também o método de equalização por comparação de histogramas
(Histogram Matching), brilho e contraste manipulados, para propiciar o melhor aspecto
visual para as imagens, de modo a equilibrar tonalidade da cor, textura e iluminação de
todas as imagens componentes do trabalho.

Esta etapa foi realizada no software Erdas Imagine 9.0, o qual possui as ferramentas
adequadas para o manejo dos histogramas.

As cenas SPOT4 adquiridas tratadas encontram-se no Anexo I.

Mosaicagem e recorte

Com as imagens ajustadas tanto visualmente como geometricamente, ao final elas foram
“mosacaidas” ou unificadas para a formação de base digital contínua de imagens.

Os mosaicos foram gerados com os seguintes parâmetros de cartografia:


• Projeção Universal Transversa de Mercator;
• Meridiano de origem: 57°00’ W;
• Leitura por coordenadas geodésicas (geográficas) ou plano-retangulares (m).
• Datum SAD69.

Foram gerados outros produtos em diferentes recortes e projeções cartográficas,


conforme descrito no item 5.1.3 Produtos gerados.
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Atualização Cartográfica e Geoprocessamento
no Mapeamento do Uso do Solo do Município de
Lucas do Rio Verde - MT

Figura 03 – Mosaico do município de Lucas do Rio Verde

Ao término do processamento digital de imagens, todas as imagens foram convertidas


para o formato Geotiff, o que inclui para cada cena, banda e mosaico, dois arquivos com a
mesma nomenclatura:

• Arquivo com a extensão .TIF, contendo a imagem;

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• Arquivo com a extensão .TFW, contendo as informações sobre a geometria da


imagem, como coordenadas do canto superior esquerdo, tamanho do pixel, dentre
outros.

5.1.3 Produtos gerados

Os arquivos de mosaicos de imagens Spot4 após tratados foram recortados conforme a


lista de produtos.

• Mosaicos digitais de imagens Spot4 do município de Lucas do Rio Verde - MT –


apresentados e entregues no formato GEOTIFF e georreferenciados no sistema
de coordenada UTM Fuso 21, Datum SAD-69, e em coordenadas geográficas. Os
mosaicos no formato GEOTIFF foram gravados em CD-Rom. As coordenadas
limítrofes do mosaico são:

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Figura 04 – Coordenadas UTM limítrofes do mosaico.

• Mosaicos digitais de imagens SPOT4 ortorretificado do município de Lucas do Rio


Verde - MT – apresentados e entregues no formato GEOTIFF e georreferenciados
no sistema de coordenadas geográficas.
• Mosaico digital de imagens SPOT4 ortorretificado, composto pela união das cenas
ortorretificadas, em sistema de coordenadas UTM Fuso 21 Sul, Datum SAD-69,
num total de 11 recortes, em formato GEOTIFF.
• Arquivos digitais de imagens SPOT4 ortorretificados, recortados por cartas
topográficas (conforme mapeamento sistemático brasileiro) na escala 1:100.000
em sistema de coordenadas UTM Fuso 21 Sul, Datum SAD-69, num total de 11
recortes, em formato GEOTIFF.

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• Arquivos digitais de imagens SPOT4 ortorretificados, recortados por cartas


topográfica (conforme mapeamento sistemático brasileiro) na escala 1:250.000
na projeção Conforme de Lambert, num total de 2 recortes, em formato
GEOTIFF.
• Arquivos digitais de imagens SPOT4 ortorretificados, recortados por cartas
topográfica (conforme mapeamento sistemático brasileiro) na escala 1:250.000 no
sistema de coordenadas geográficas, num total de 2 recortes, em formato
GEOTIFF.
• Cenas das imagens de satélite SPOT4, com tratamento, ortorretificadas, em
sistema de coordenadas UTM Fuso 21 Sul, Datum SAD-69, num total de 5 cenas.
• Cenas das imagens de satélite SPOT4, brutas (sem tratamento), ortorretificadas,
em sistema de coordenadas UTM Fuso 21 Sul, Datum SAD-69, num total de 5
cenas.

Os arquivos gerados foram gravados em mídia DVD apresentando a seguinte estrutura:

DVD 1
Estrutura dos arquivos:

Figura 05 – Estrutura dos arquivos do banco de imagens SPOT4 no DVD1.

Pasta “Mosaicos”:
Mosaicos digitais de imagens SPOT4 do município de Lucas do Rio Verde ortorretificadas.

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Sub-pasta “Mosaico_geográfica”
Mosaico em coordenadas geográficas, SAD-69 no formato GEOTIFF.
Nomenclatura: lrv_geo.

Sub-pasta “Mosaico_município”
Mosaico no sistema de coordenadas UTM Fuso 21, Datum SAD-69 no formato GEOTIFF,
recortado pelo arquivo shapefile com o limite político do município de Lucas do Rio Verde
com 5 km de buffer.
Nomenclatura: lrv.

Sub-pasta “Mosaico_sad69”
Mosaico no sistema de coordenadas UTM Fuso 21, Datum SAD-69 no formato GEOTIFF.
Nomenclatura: lrv_sad69.

Pasta “Recortes_100”
Arquivos digitais de imagens SPOT4 recortados por articulação 1:100.000 no sistema de
coordenadas UTM Fuso 21, Datum SAD-69 e em coordenadas geográficas, SAD-69.
Nomenclatura: lrv_XXXX, onde XXXX corresponde ao MI da carta 1:100.000 recortada.

DVD 2
Estrutura dos arquivos:

Figura 06 – Estrutura dos arquivos do banco de imagens SPOT4 no DVD2.

Pasta “brutas_tiff_sad69”

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Arquivos brutos SPOT4 das cenas adquiridas para o projeto no sistema de coordenadas
UTM Fuso 21, Datum SAD-69 no formato GEOTIFF.
Nomenclatura: XXX-YYY, onde XXX corresponde a órbita e YYY ao ponto da cena no
momento da passagem do satélite.

Pasta “recortes_250”
Arquivos digitais de imagens SPOT4 recortado por articulação 1:250.000 na projeção
Conforme Lambert e em coordenadas geográficas, apresentado no formato GEOTIFF.
Nomenclatura: lrv_XXX, onde XXX corresponde ao MI da carta 1:250.000 recortada.

Pasta “tratadas”
Arquivos digitais das cenas SPOT4 tratadas, no formato GEOTIFF.
Nomenclatura: XXX-YYY, onde XXX corresponde a órbita e YYY ao ponto da cena no
momento da passagem do satélite..

5.2. Elaboração do mapa de uso do solo

O mapa de uso do solo é um instrumento de gestão do espaço, com a descrição da


paisagem, elaborado a partir da interpretação das imagens de satélite Spot4 adquiridas
pela contratada, dos elementos de amostras de paisagem levantados em campo e da
revisão bibliográfica do assunto.

5.2.1. Planejamento

As classes de uso do solo foram pesquisadas e definidas em conjunto com técnicos da


TNC, Prefeitura Municipal e SEMA-MT.

A listagem de classes de uso do solo foi remetida ao TNC para avaliação, e retornada à
Senografia, para novas sugestões.

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Durante o processo de interpretação surgiu a necessidade de uma nova classe


denominada de “Cerrado - Savana Gramíneo – Lenhosa”, composta pelas áreas com a
presença de vegetação de campina, seca ou úmida.

5.2.2. Classes de Uso do Solo

As classes de uso do solo listadas a seguir tiveram sua legenda definida em conjunto com
a TNC, baseando-se na conformidade com o Sistema Brasileiro de Classificação da
Vegetação, publicações do IBGE (Manual de Uso da Terra, 1999; Manual da Vegetação
Brasileira, 1992), classificações das fitofisionomias do Cerrado, de Ribeiro e Walter (1998)
e Projeto RADAM.

Área Desmatada e Remanescentes em 2005


A classe Área Desmatada foi possível através da soma das classes onde há a presença
de atividades antrópicas e ausência de vegetação primária. A classe Remanescentes
contém as áreas remanescentes, ou áreas com a presença da floresta primária e a
secundária em regeneração.

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Figura 07 – Área desmatada

Figura 08 – Área remanescente.

Área de Preservação Permanente Desmatada e Demais Áreas Desmatadas


São as áreas, dentro dos polígonos das áreas de preservação permanente (APP), que
possuem áreas antropizadas próximos à beira de corpos d´água, ultrapassando os limites
de devastação e ocupação impostos pelo Código Florestal Brasileiro, em seu Artigo 2°.

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Figura 09 – Área de Preservação Permanente Desmatada e demais Áreas Desmatadas.

Agricultura Anual
Áreas de cultivo de agricultura com ciclos anuais, como a soja e o milho, normalmente
ocorrendo em áreas extensas e planas a moderadamente planas, onde se permita a
mecanização. Apresenta textura regular e homogênea, com áreas de geometria bem
definidas com lados de divisas retas.

Figura 10 – Agricultura Anual.

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Agricultura Permanente
Pequenas áreas de cultivo, normalmente atribuído a pequenas propriedades familiares,
para uso sustentável. São auto-suficientes e normalmente não provocam grandes danos
ambientais. Podem representar dificuldades em sua interpretação nas imagens de
satélite, refletindo áreas de geometria bem definida como a agricultura anual, porém com
dimensões bastante reduzidas se comparadas a esta classe.

Figura 11 – Agricultura Permanente

Agricultura Irrigada
Prática agrícola em áreas de relevo planos e suaves, em que há a condução de água por
canais artificiais de irrigação e uso de pivôs de irrigação. Aparecem em imagens de
satélite como áreas de característica visual de alto contraste e formas geométricas
definidas.

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Figura 12 – Agricultura Irrigada


Área urbanizada ou construída
Áreas representadas por atividades antrópicas, urbanizadas (cidades, vilas, distritos e
comunidades) ou não (áreas degradadas e áreas de mineração) e áreas de infra-estrutura
rural (áreas abertas e edificadas em parte, para a implementação de equipamentos de
produção agrícola, como sedes de propriedades, silos, armazéns e outros equipamentos
de porte), desde que identificáveis nas imagens de satélite.

Figura 13 – Área urbanizada ou construída

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Cerrado – Savana Arborizada


Áreas de campo cerrado com vegetação entrefechada, trata-se de uma vegetação de tipo
arbóreo, já que consiste principalmente de árvores.

Figura 14 – Savana arborizada


Cerradão – Savana Florestada
O Cerradão encontra-se confinado às encostas de serras com maior teor de umidade ou
então em áreas pedologicamente mais favoráveis, locais estes quase sempre protegidos
da interferência humana, por serem normalmente de difícil acesso.

Figura 15 – Savana Florestada

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Cerrado – Savana Gramíneo – Lenhosa


Corresponde às porções campestres, sem nenhuma cobertura arbórea, a não ser as
florestas de galeria que se confinam nos vales.

Figura 16 – Savana gramíneo-lenhosa


Corpos d´água
Áreas ocupadas por rios extensos (representados por margem dupla), lagos, lagoas,
barragens, represas, açudes, em que há a predominância de reflectância da água, e cujas
dimensões permitem sua representação na forma de polígonos, excluindo-se desta os
rios na forma de elementos lineares (presentes na base cartográfica digital).

Figura 17 – Corpos d’água

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Pecuária
Áreas extensas de campos naturais ou artificiais para a prática de criação de animais,
com a presença de estratos herbários, gramíneos e a presença de árvores ou pequenos
grupos isolados de árvores e arbustos, ocorrendo em diversos tipos de relevo.

Figura 18 – Pecuária
Reflorestamento
Áreas antrópicas, ocupadas principalmente com Eucalytus spp. e Pinus spp ou com a
presença de espécies exóticas, cultivadas para fins econômicos.

Figura 19 – Reflorestamento

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Interpretação das imagens de satélite

O mapa de uso e ocupação do solo é resultado da interpretação das imagens de satélite,


combinado com observações levantadas em campo, e da revisão bibliográfica do assunto.

Embora o produto solicitado pelo TDR para o mapa de uso do solo seja nas escalas
1:100.000, 1:50.000 e 1:25.000, a proponente gerou o uso do solo final na escala
1:25.000, para melhor aproveitamento do potencial das imagens escolhidas pela
contratante.

5.2.3. Processamento das imagens

As imagens SPOT4 na resolução de 10 metros foram submetidas a tratamento


radiométrico, combinadas segundo a composição de bandas 412 e mosaicadas,
recortadas por área e distribuídas para a equipe de intérpretes.

5.2.4. Interpretação automática

A interpretação das imagens deu-se por técnicas mistas de interpretação automática e


visual.

A interpretação automática das imagens foi executada nos softwares Spring (INPE). Esta
interpretação foi executada por classificação não-supervisionada, utilizando técnicas de
segmentação de imagens, sendo fornecidos as variáveis definidoras para os padrões de
uso das classes a serem mapeadas.

Os polígonos resultantes do processo de classificação automática foram generalizados


para a suavização das formas dos polígonos, visto que os dados resultantes das
classificações por computador apresentam um aspecto visual serrilhado e grotesco, com

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muitos vértices, impróprio para atividades manuais. A generalização foi executada de


modo automático, utilizando o algoritmo de Douglas-Peucker, na plataforma de software
ArcGis3 ArcInfo, em uma única estação PC, promovendo a suavização cartográfica e a
adequação dos polígonos resultantes para a escala de trabalho.

5.2.5. Interpretação manual

A interpretação manual é o refinamento e o ajuste final das imagens previamente


interpretadas pelo modo automático.

Na interpretação visual preliminar, utilizou-se a camada de informações de polígonos


extraídos da classificação automática, foi executada na tela do monitor com uso do mouse
(técnica conhecida como hand-up digitizing), no software ArcGis ArcView, com a imagem
de satélite georreferenciada e tratada para a extração de informações. Nesta fase,
polígonos foram associados ou recortados, e classes de uso identificadas sobre estes.

Para a interpretação visual, foram utilizadas as chaves de interpretação do sensoriamento


remoto, como cor (separação da água e da vegetação), tonalidade (diferenciação entre
reflorestamento e matas), textura (separação de áreas de cultivo, florestas e áreas
urbanas), forma (separação entre matas nativas e ocupações agrícolas), localização
(ocorrência em proximidade de rios e áreas de inundação), estrutura (compartimentação
do relevo) e sombra (serras e planícies).

5.2.5.1. – Mapeamento das áreas de preservação permanente

Para a interpretação das áreas de preservação, a técnica de geoprocessamento de


operador de distância – “buffer” foi utilizado. Este operador gera um polígono ao redor do
evento solicitado (neste caso os corpos d´água representados pelos rios e lagos)
conforme uma distância especificada. Os valores dos “buffers” para áreas de preservação

3
ArcGis, ArcView e ArcInfo são produtos registrados da ESRI – Environmental Systems Research, Inc.
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e nascentes foram extraídos do Código Estadual do Meio Ambiente – Lei Complementar


n°. 38, de 21 de novembro de 1995, o qual estabelece o seguinte:

• Para corpos d´água com largura de até 50 metros – buffer de 50 metros.


• Para corpos d´água com largura de 50 a 200 metros – buffer de 100 metros.
• Para corpos d´água com largura de 220 a 600 metros – buffer de 200 metros.
• Para corpos d´água com largura superior a 600 metros – buffer de 500 metros.
• Para nascentes de rios e ao redor de lagos e reservatórios (naturais ou artificiais),
buffer de 100 metros.

Tais polígonos de buffer simulando as APPs foram unificados em uma camada única de
dados. Em seguida, os polígonos do uso do solo foram cruzados com os polígonos das
áreas de preservação permanente, gerando uma nova camada, com os polígonos de uso
do solo recortados pelas áreas de APPs sua análise (busca das áreas degradadas) e sua
quantificação.

5.2.6. Levantamento em campo

O trabalho de campo para o mapa de uso do solo sanou as dúvidas que persistiram na
interpretação.

Ficou acordada entre as partes que seriam coletadas em campo amostra do uso do solo
somente das áreas com dúvidas na interpretação e não conforme o TDR, de no mínimo
duas amostras representativas de classes de uso do solo por folha na escala 1:100.000.

Este levantamento de dados foi executado pela equipe de técnicos da TNC em Lucas do
Rio Verde, munidos de GPS de navegação, câmera fotográfica digital, veículo e de
croquis de localização. Utilizaram impressões das imagens de satélite com a
sobreposição dos pontos de dúvida na interpretação e arquivos em formato Excel com

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dados auxiliares, como coordenadas aproximadas de cada pontos com dúvida e análise
prévia do uso do solo.

5.2.7. Edição final

A edição final compreende a finalização do mapa de uso do solo e sua preparação para o
layout de apresentação e impressão.

Nesta etapa foram realizados ajustes dos polígonos do mapa de uso do solo, após a
conferência e eliminação das dúvidas com o levantamento de campo. As informações
referentes às classes de uso do solo (classe, área, perímetro) foram depositadas em
tabelas combinadas com o arquivo gráfico da interpretação das imagens.

A tabela 2 exemplifica os atributos criados para um determinado polígono classificado.

TABELA 2 - ATRIBUTOS DO SHAPE DE USO DO SOLO


CAMPO TIPO TAMANHO EXEMPLO
CLASSE String 5 AU
DESCRIÇÃO String 50 ÁREA URBANIZADA
AREA_HA Double 19 40,2184
AREA_M2 Double 19 40184,192
PERÍMETRO Double 19 2634,7218

Descrição dos campos:


CLASSE – campo preenchido com código da classe a qual o polígono pertence, podendo
ser: AA (agricultura anual), AI (agricultura irrigada), AP (agricultura perene), AU (área
urbanizada ou construída), CD (corpos d’água), CE (cerrado – savana arborizada), CG
(cerrado – savana gramíneo – lenhosa), CR (cerradão – savana florestada), FJ (formação
justafluvial), PE (pecuária) e RE (reflorestamento).

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DESCRIÇÃO: nome por extenso da classe a qual o polígono pertence, podendo ser:
agricultura anual, agricultura irrigada, agricultura perene, área urbanizada ou construída,
corpos d’água, cerrado, cerrado gramíneo lenhosa, cerradão, formação justafluvial,
pecuária e reflorestamento.

AREA_HA – área do polígono em ha, calculado automaticamente através de rotina.

AREA_M2 – área do polígono em m², calculado automaticamente através de rotina.

PERIMETRO – perímetro do polígono, calculado automaticamente através de rotina.

Figura 20 – Atributos do shapefile uso do solo

Para a finalização, foram aplicados os seguintes processos de edição:

• Simplificação – redução da quantidade de vértices de cada polígono de uso do


solo para representação de acordo com a escala definida e melhora no
desempenho do sistema, tornando os arquivos mais leves, sobretudo ao carregar
as janelas de zoom na visualização e na elaboração de mapas para impressão.
• Suavização – mudança ou deslocamento dos vértices utilizados na elaboração
de linhas e polígonos, visando eliminar as distorções reproduzidas no processo
de vetorização e capturar as principais tendências para preservar a forma gráfica
da feição.

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• Fusão – junção de áreas contíguas de mesma característica, com a eliminação


das divisas entre elas.
• Refinamento – abandono dos elementos menos significativos, com base em
critérios de escolha por importância. Trata-se de critério de eliminação de
polígonos muito pequenos, não adequados para a escala representada.
• Fechamento de polígonos - todos os elementos do tipo área devem estar
fechados, isto é, o nó final da linha que delimita cada polígono deve coincidir
com o nó inicial. No caso de polígonos secionados pela articulação de folhas
do mapeamento topográfico sistemático, os mesmos deverão ter seus limites
fechados por um tipo de linha especial denominado delimitador, existente em
cada categoria de informação, o qual será coincidente com a linha de borda
correspondente. Não deverá haver sobreposição de folhas ou de polígonos de
uso do solo.

Após o processamento, os mapas de uso e ocupação do solo foram unificados no


software ArcGis, compondo o mosaico do uso do solo para todo o município.

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Figura 21 – Mosaico do uso do solo do município de Lucas do Rio Verde

Ao final, o mapeamento do uso e ocupação do solo foi quantificado por carta 1:25.000,
1:50.000 e 1:100.000. Para isto, foram executados:

• O cruzamento do shapefile de uso do solo com a sobreposição da grade do


mapeamento sistemático nas escalas 1:100.000, 1:50.000 e 1:25.000. Estas
grades foram construídas no ArcView com a inserção das linhas de recorte pelas
coordenadas dos cantos das folhas (Figuras 22,23,24).

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Figura 22 – Grade 1:100.000, em vermelho, sobreposta ao município de Lucas do Rio Verde

Figura 22 – Grade 1:50.000, em azul, sobreposta ao município de Lucas do Rio Verde

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Figura 23 – Grade 1:25.000, em verde, sobreposta ao município de Lucas do Rio Verde

5.2.8. Layout

Com os mapas de uso do solo recortados na escala 1:100.000, foram gerados o layout
para apresentação e impressão, ao todo 6 folhas cobrindo o município foram geradas,
denominadas conforme MI da carta 1:100.000.

A cada folha corresponde a um arquivo de configuração do ArcGis ArcView MXD,


contendo a seguinte estrutura de informações:

• Nome da Carta (conforme código do MI – Mapa Índice do IBGE);


• Articulação de cartas;
• Recorte do mapa de uso e ocupação do solo na escala 1:100.000 classificado pelo
uso;

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• Grade de coordenadas UTM;


• Fator de escala (k);
• Legenda do uso e ocupação do solo;
• Legenda de convenções cartográficas;
• Identificação da carta e da imagem de satélite utilizada;
• Data do mapeamento e do imageamento;
• Sobreposição dos elementos da base cartográfica: principais rios e estradas;
• Logomarcas da TNC, Prefeitura de Lucas do Rio Verde, SEMA-MT e do executor;
• Escala gráfica, numérica e norte de quadrícula;
• Toponímias para os municípios vizinhos, distritos, principais estradas e rios;

Para o layout foi executado um estilo de mapa semelhante ao padrão TBCD (cartas do
IBGE/DSG), porém com as devidas alterações e limitações, tais como: inserção da
logomarca do projeto, logomarca da executora, alteração na legenda para identificação da
cor da classe com o respectivo uso.

O tamanho do layout por folha executada foi de 63,5 X 74 cm, cobrindo área de 30’ X 30’.

Além dos arquivos de layout no formato MXD (ArcGis), também foram gerados layout no
formato PDF4 (Portable Document Format).

O layout criados a partir do uso do solo e recortados para a folha 1:100.000 para o MI
1974 encontra-se no Anexo II.

4
PDF é marca registrada da Adobe Corporation.
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5.3 Resultados

Na tabela 3 são apresentadas as somas em hectares (ha) por classe interpretada para o
mapeamento da cobertura e uso do solo, na qual constata-se a predominância dos tipos
de agricultura, com 65,90% da área, que corresponde a aproximadamente 239.369,68 ha.

TABELA 3 – DADOS DO USO DO SOLO


DESCRIÇÃO ÁREA (ha) %

Agricultura anual 237.178,77 65,30


Agricultura irrigada 1.833,73 0,50
Agricultura permanente 293,32 0,08
Cerrado – Savana Arborizada 9.736,12 2,68
Cerrado- Savana Gramíneo - Lenhosa 1.627,23 0,45
Cerradão – Savana Floresta 46.144,42 12,71
Corpo d’água 558,26 0,15
Formação Justafluvial 55.115,69 15,18
Pecuária 9.173,07 2,53
Reflorestamento 120,73 0,03
Área urbana ou construída 1.408,24 0,39
TOTAL 363.189,59 100,00

O gráfico 1 ilustra os dados apresentados na tabela 3.

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GRÁFICO 1 – DISTRIBUIÇÃO DAS ÁREAS POR CLASSES DE USO DO SOLO

Agricultura anual

Agricultura irrigada

Agricultura permanente

Cerrado - Savana
Arborizada
Cerrado - Savana
Gramíneo - Lenhosa
Cerradão

Corpo d´água

Formação Justafluvial

Pecuária

Reflorestamento

Área urbanizada

Analisando por áreas desmatadas e remanescentes, tem-se 68,73% da área (município de


Lucas do Rio Verde) desmatada e 31,02 % remanescente.

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TABELA 4 – ÁREAS DESMATADAS E REMANESCENTES


DESCRIÇÃO ÁREA (ha) %
Desmatado 250.007,86 68,84
Remanescente 112.623,46 31,01
Corpos d’água 558,26 0,15

TOTAL 363.189,59 100,0

Analisando o shapefile das áreas de preservação permanente após cruzado com o uso do
solo finalizado, temos:

TABELA 5 – ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DESMATADAS E REMANESCENTES


DESCRIÇÃO ÁREA (ha) %
Desmatado 2.178,84 6,95
Remanescente 27.720,16 88,44
Corpos d’água 1.443,94 4,61

TOTAL 31.342,94 100,0

5.4 Produtos Gerados

A seguir estão relacionados os produtos adquiridos a partir de interpretação do uso do


solo do município.

• Arquivo no formato shapefile do uso do solo contínuo, no sistema de coordenadas


UTM Fuso 21 Sul, Datum SAD-69;

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• Arquivo no formato shapefile do uso do solo contínuo, em coordenadas


geográficas – SAD69;
• Arquivos no formato ArcView MXD com a estrutura para impressão de mapa da
cobertura do solo no padrão IBGE na escala 1:100.000 no sistema de
coordenadas UTM Fuso 21S, Datum SAD-69, 8 arquivos MXD;
• Arquivos digitais no formato PDF do layout criado a partir do MXD, item anterior,
para impressão no padrão IBGE para a escala 1:100.000 do mapeamento da
cobertura e uso do solo, 8 PDF foram gerados;
• Arquivos digitais do uso do solo em formato shapefile recortados conforme
articulação 1:25.000 no sistema de coordenadas UTM Fuso 21, Datum SAD-69,
foram gerados 44 shapefiles;
• Arquivos digitais do uso do solo em formato shapefile recortados conforme
articulação 1:25.000 em coordenadas geográficas, foram gerados 44 shapefiles;
• Arquivos digitais do uso do solo em formato shapefile recortados conforme
articulação 1:50.000 no sistema de coordenadas UTM Fuso 21, Datum SAD-69,
foram gerados 16 shapefiles;
• Arquivos digitais do uso do solo em formato shapefile recortados conforme
articulação 1:50.000 em coordenadas geográficas, foram gerados 16 shapefiles;
• Arquivos digitais do uso do solo em formato shapefile recortados conforme
articulação 1:100.000 no sistema de coordenadas UTM Fuso 21, Datum SAD-69,
foram gerados 8 shapefiles;
• Arquivos digitais do uso do solo em formato shapefile recortados conforme
articulação 1:100.000 em coordenadas geográficas, foram gerados 8 shapefiles.

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CD 3 – MAPEAMENTO DA COBERTURA DO SOLO

Estrutura dos arquivos:

Figura 24 – Estrutura dos arquivos do mapeamento de uso do solo

Pasta “Contínuo”
Arquivo digital contínuo da cobertura e uso do solo no sistema de coordenadas UTM Fuso
21, Datum SAD-69 e em coordenadas geográficas SAD-69 no formato shapefile.
Nomenclatura: uso

Pasta “mxd”
Layouts criados no formato MXD do ArcMap para impressão de mapa da cobertura e uso
do solo no padrão IBGE na escala 1:100.000.
Nomenclatura: XXXX, onde XXXX corresponde ao MI da carta 1:100.000.

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Pasta “PDF_100”
Arquivos digitais no formato PDF do layout criado a partir dos MXD, item 4, criados
anteriormente para impressão no padrão IBGE para a escala 1:100.000 do mapeamento
da cobertura e uso do solo.
Nomenclatura: XXXX, onde XXXX corresponde ao MI da carta 1:100.000.

Pasta “Recorte_25”
Arquivos digitais do uso do solo recortado na escala 1:25.000 no sistema de coordenadas
UTM Fuso 21, Datum SAD-69 e em coordenadas geográficas, SAD-69.
Nomenclatura: XXXX_X_XX, onde XXXX corresponde ao MI da carta 1:25.000 recortada.

Pasta “Recorte_50”
Arquivos digitais do uso do solo recortado na escala 1:50.000 no sistema de coordenadas
UTM Fuso 21, Datum SAD-69 e em coordenadas geográficas, SAD-69.
Nomenclatura: XXXX_X, onde XXXX corresponde ao MI da carta 1:50.000 recortada.

Pasta “Recorte_100”
Arquivos digitais do uso do solo recortado na escala 1:100.000 no sistema de
coordenadas UTM Fuso 21, Datum SAD-69 e em coordenadas geográficas, SAD-69.
Nomenclatura: uso_XXXX, onde XXXX corresponde ao MI da carta 1:100.000 recortada.

5.5. Base cartográfica digital

A base cartográfica digital é parte integrante do layout do mapeamento do uso do solo e


foi extraída a partir da interpretação das imagens de satélite Spot4 com resolução de 10
metros adquiridos.

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Os layers extraídos para a base cartográfica digital foram:

TABELA 6 – LAYERS DA BASE CARTOGRÁFICA DIGITAL


Tema Feições Tipologia
Vias Rodovias, vias secundárias, estradas vicinais. Linhas
Áreas Perímetros de áreas urbanas, distritos, vilas e Polígonos
Urbanizadas povoados identificáveis.
Hidrografia Rios, lagos, lagoas, represas, açudes e Linhas, Polígonos
barragens.

Observação: conforme confirmado pela equipe TNC na região não há presença de


unidades de conservação nem de áreas indígenas.

A contratada disponibilizou a base cartográfica na escala 1:100.000 com camadas de


hidrografia e vias, porém desatualizada e com problemas de inconsistências (falta de
elementos, junção entre cartas, etc.). A base cartográfica atualizada digital foi executada
do zero, a partir do mosaico ortorretificado do município de Lucas do Rio Verde no
sistema de coordenadas UTM 21S, SAD-69.

5.5.1. Interpretação manual

A atualização dos elementos de malha viária, hidrografia e área antropizadas foram


executadas de forma visual na escala 1:25.000 na projeção UTM 21S – SAD-69, a partir
do mosaico das imagens de satélite Spot4 ortorretificadas na mesma projeção, pela
técnica “hand-up digitizing”, que consiste na digitalização em tela pelo uso do mouse dos
elementos constituintes da base.
Para a atualização da base cartográfica foram criados os seguintes arquivos shapefiles:

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Malha viária – criou-se um shapefile denominado de “vias” com os seguintes atributos:

TABELA 7 – ATRIBUTOS DO SHAPEFILE VIAS


CAMPO TIPO TAMANHO
SIGLA String 18
EXTENSAO String 19
ADMINIST Double 20

Descrição:
Sigla – identificação das rodovias conforme sistema nacional, BR, MT...
Extensão – calculado através de rotina, em metros.
Administ – administração da via, se Federal, Estadual e outros.

A figura 25 mostra o mosaico do município ortorretificado com o shapefile das vias


atualizadas sobrepostas, em UTM 21S, SAD-69.

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Figura 25 – Malha viária atualizada sobreposta ao mosaico

Figura 26 – Detalhe da malha viária atualizada

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Hidrografia - criaram-se dois shapefiles denominados de “hidrografia” e “lagos” com os


seguintes atributos:

Hidrografia
TABELA 8 – ATRIBUTOS DO SHAPEFILE HIDROGRAFIA
CAMPO TIPO TAMANHO
NOME String 50
EXTENSAO String 19
LARGURA Double 10

Descrição:
Nome – nome dos principais rios capturados da base cartográfica ao milionésimo
disponibilizada pelo IBGE;
Extensão – calculado automaticamente através de rotina, em metros.
Largura – subdividida em três classes, até 10metros, de 10 a 50 metros e de 50 a
200 metros.

Lagos
TABELA 9 – ATRIBUTOS DO SHAPEFILE LAGOS
CAMPO TIPO TAMANHO
AREA Double 10

Area – calculada automaticamente através de rotina, em metros quadrados.

A figura abaixo mostra o mosaico do município ortorretificado com o shapefiles da


hidrografia e lagos atualizados sobrepostas, em UTM 21S, SAD-69.

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Figura 27 – Hidrografia atualizada sobreposta ao mosaico

Figura 28 – Detalhe da hidrografia atualizada

Área urbanizada – criou-se um shapefile denominado de “area_urb” sem atributos.


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A figura 29 apresenta o mosaico do município ortorretificado com o shapefile da área


urbanizada atualizada sobreposta, em UTM 21S, SAD-69.

Figura 29 – Área urbanizada atualizada sobreposta ao mosaico

Figura 30 – Detalhe da área urbanizada atualizada

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Limite político – o limite político utilizado do município de Lucas do Rio Verde foi o enviado
pela TNC, que corresponde ao do IBGE, com os seguintes atributos:

TABELA 10 – ATRIBUTOS DO SHAPEFILE VIAS


CAMPO TIPO TAMANHO
AREA Double 19
NOMEMUNICP String 50
NOMEUF String 50
REGIÃO String 12

Descrição:
AREA – calculado através de rotina, em quilômetros quadrados.
NONEMUNICP – nome do município;
NOMEUF – nome do estado ao qual o município pertence;
REGIÃO – região do Brasil ao qual o estado pertence.

5.5.2 Produtos Gerados

A seguir estão relacionados os produtos adquiridos a partir da atualização da base


cartográfica:
• Arquivos no formato shapefile da base cartográfica digital contínua (malha viária,
hidrografia, lagos, área urbanizada, limite político) no sistema de coordenadas
UTM Fuso 21, Datum SAD-69;
• Arquivos no formato shapefile da base cartográfica digital contínua (malha viária,
hidrografia, lagos, área urbanizada, limite político) em coordenadas geográficas –
SAD69;
• Arquivos digitais da base cartográfica em formato shapefile recortados conforme
articulação 1:100.000 no sistema de coordenadas UTM Fuso 21, Datum SAD-69,
totalizando 27 shapefiles;

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• Arquivos digitais da base cartográfica em formato shapefile recortados conforme


articulação 1:100.000 em coordenadas geográficas, Datum SAD-69, foram 27
shapefiles.

DVD 4 – BASE CARTOGRÁFICA

Estrutura dos arquivos:

Figura 31 – Estrutura dos arquivos da base cartográfica

Os produtos da base cartográfica estão distribuídos em duas pastas:


PASTA “CONTÍNUA”
Nesta pasta encontram-se os shapefiles das camadas da base cartográfica no sistema de
coordenadas UTM, Fuso 21S, Datum SAD-69 e em coordenadas geográficas em SAD69.
Nomenclatura UTM Æ
AREA_URB – área urbanizada ou construída;
HIDROGRAFIA – hidrografia;
LAGOS – lagos;
LIMITE_LRV – limite do município de Lucas do Rio Verde;
VIAS – sistema viário.
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Nomenclatura GEOGRÁFICA Æ
AREA_URB_GEO – área urbanizada ou construída;
HIDROGRAFIA_GEO – hidrografia;
LAGOS_GEO – lagos;
LIMITE_LRV_GEO – limite do município de Lucas do Rio Verde;
VIAS_GEO – sistema viário.

PASTA “RECORTE 100”


Nesta pasta encontram-se os shapes das camadas da base cartográfica no sistema de
coordenadas UTM, Fuso 21S, Datum SAD-69 e em coordenadas geográficas em SAD69,
recortadas pela articulação 1:100000.

Nomenclatura UTM Æ
AREA_URB_XXX – área urbanizada ou construída;
HIDROGRAFIA_XXXX – hidrografia;
LAGOS_XXXX – lagos;
LIMITE_LRV_XXXX – limite do município de Lucas do Rio Verde;
VIAS_XXXX – sistema viário.

Nomenclatura GEOGRÁFICA Æ
AREA_URB_GEO_XXXX – área urbanizada ou construída;
HIDROGRAFIA_GEO_XXXX – hidrografia;
LAGOS_GEO_XXXX – lagos;
LIMITE_LRV_GEO_XXXX – limite do município de Lucas do Rio Verde;
VIAS_GEO_XXXX – sistema viário.

Onde: XXXX - corresponde ao MI da carta 1:100000.

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5.6. Cartas-imagem

Com as imagens de satélite preparadas, foram gerados o layout para apresentação e


impressão na escala 1:50.000

O layout utilizado é o mesmo utilizado na execução dos mapas de cadastramento das


propriedades rurais na escala 1:25.000, que foi acordado entre ambas as partes e
entregues em formato MXD e PDF, executados na projeção UTM, 21S – SAD69.

Uma articulação foi criada para a geração dos mapas das cartas-imagem SPOT4, a qual
é apresentada na legenda. A “Folha 4” gerada encontra-se no Anexo III.

5.7. Mapas cadastrais de propriedades rurais

Para os mapas cadastrais de propriedades rurais, serão apresentados produtos de


relatório de inconsistências e arquivos digitais gráficos.

5.7.1. Relatório de inconsistência de dados

Análise de todos os perímetros das propriedades rurais georreferenciadas pela


Prefeitura Municipal e das propriedades em processo de regularização ambiental na
Secretaria de Meio Ambiente do estado do Mato Grosso, em formato shapefile enviados
pelo cliente, utilizando o mosaico SPOT-4 ortorretificado a partir da base cartográfica
1:100.000 cedida para subsidiar as análises quanto às divergências do mapeamento
existente com os dados atualizados.
Através da sobreposição dos perímetros “Prefeitura” e “SEMA” sobre o mosaico de
imagens de satélite Spot4. O mosaico de imagens foi ortorretificado com a utilização da

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base cartográfica cedida pela TNC composta por vias e hidrografia na 1:100.000, na
projeção UTM 21S- SAD69. Ambos os arquivos de perímetro de propriedades rurais
foram projetados para compatibilização com a base atualizada na projeção UTM 21S-
SAD69. As diferenças na visualização entre o mosaico e os perímetros de propriedades
rurais georreferenciadas pela Prefeitura Municipal e as em processo de regularização
ambiental na Secretaria de Meio Ambiente do estado do Mato Grosso, foram apontados e
classificados na escala 1:25.000 com base na listagem a seguir.

• perímetro deslocado na via de acesso;


• perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso;
• perímetro deslocado na hidrografia;
• perímetro sobrepondo os adjacentes (sobrepondo os perímetros de propriedades
adjacentes);
• perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso e sobrepondo adjacente
(sobrepondo os perímetros de propriedades adjacentes);
• perímetro deslocado na via de acesso e sobrepondo adjacente (sobrepondo os
perímetros de propriedades adjacentes);
• perímetro deslocado na via de acesso / polígono duplicado;
• perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso / polígono duplicado;
• perímetro OK (ou perímetro correto);
• sem avaliação.

5.7.2. Descrição das Classes

As classes do item 5.5.1 são descritas a seguir:

• perímetro deslocado na via de acesso: o perímetro da propriedade rural está


deslocado da imagem SPOT4 nas vias de acesso.

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Figura 32 – Exemplo de perímetro deslocado na via de acesso

• perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso: o perímetro da propriedade


rural está deslocado da imagem SPOT4 na hidrografia e nas vias de acesso.

Figura 33 – Exemplo de perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso

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• perímetro deslocado na hidrografia: o perímetro da propriedade rural está deslocado


da imagem SPOT4 na hidrografia.

Figura 34 – Exemplo de perímetro deslocado na hidrografia

• perímetro sobrepondo os adjacentes: o perímetro da propriedade rural está


sobreposto a outro perímetro adjacente.

Figura 35 – Exemplo de perímetro sobrepondo outro perímetro

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• perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso e sobrepondo adjacente: o


perímetro da propriedade rural está deslocado da imagem SPOT4 na hidrografia e
nas vias de acesso e está sobreposto a outro perímetro.

Figura 36 – Exemplo de perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso sobrepondo outro


perímetro
• perímetro deslocado na via de acesso e sobrepondo adjacente: o perímetro da
propriedade rural está deslocado da imagem SPOT4 nas vias de acesso e está
sobreposto a outro perímetro adjacente.

Figura 37 – Exemplo de perímetro deslocado na via de acesso sobrepondo outro perímetro

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• perímetro deslocado na via de acesso / polígono duplicado: o perímetro da propriedade


rural está deslocado da imagem SPOT4 nas vias de acesso e o polígono está duplicado.

Figura 38 – Exemplo de perímetro deslocado na via de acesso e duplicado

• perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso / polígono duplicado: o


perímetro da propriedade rural está deslocado da imagem SPOT4 na hidrografia e
nas vias de acesso e o polígono está duplicado.

Figura 39 – Exemplo de perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso e duplicado

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• perímetro OK: o perímetro da propriedade rural não apresenta deslocamentos na


escala 1:25.000.

Figura 40 – Exemplo de perímetro OK

• sem avaliação: não foi possível avaliar o polígono devido a não localização do
perímetro na imagem.

Figura 41 – Exemplo de perímetro sem avaliação

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5.7.3. Dados base “SEMA”

O shapefile da Secretaria de Meio Ambiente do estado do Mato Grosso é


composto por 151 perímetros e distribuídos pelas classes da seguinte forma:

TABELA 11 – INCONSISTÊNCIAS DOS DADOS DA SEMA


QUANTIDADE
INCONSISTÊNCIA DE %
PERÍMETROS
perímetro OK 1 0,7
perímetro deslocado na hidrografia 1 0,7
perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso 101 66,9
perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso / polígono duplicado 4 2,6
perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso e sobrepondo adjacente 23 15,2
perímetro deslocado na via de acesso 8 5,3
perímetro deslocado na via de acesso / polígono duplicado 4 2,6
perímetro deslocado na via de acesso e sobrepondo adjacente 5 3,3
perímetro sobrepondo os adjacentes 3 2,0
sem avaliação 1 0,7

TOTAL 151 100,0

5.7.4. Dados base “Prefeitura Municipal”


O shapefile da Prefeitura Municipal de Lucas do Rio Verde – MT é composto por
692 perímetros e distribuídos pelas classes da seguinte forma:

TABELA 12 – INCONSISTÊNCIAS DOS DADOS DA PREFEITURA MUNICIPAL


QUANTIDADE DE
INCONSISTÊNCIA %
PERÍMETROS

Perímetro OK 60 8,7
perímetro deslocado na hidrografia 88 12,7
perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso 424 61,3
perímetro deslocado na via de acesso 119 17,2
sem avaliação 1 0,1

TOTAL 692 100,0


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5.7.5. Situação / Comparação entre as bases SEMA x PREFEITURA MUNICIPAL

As comparações e análises efetuadas estão descritas na tabela de atributos para cada


um dos arquivos analisados, da Prefeitura Municipal de Lucas do Rio Verde e da
Secretária de Meio Ambiente do estado do Mato Grosso, no campo “inconsistência” os
quais serão entregues como item do produto.
Portanto, a tabela demonstra esta comparação:

TABELA 13 – COMPARAÇÃO ENTRE AS BASES SEMA X PREFEITURA MUNICIPAL


% PERÍMETROS - % PERÍMETROS -
INCONSISTÊNCIA SEMA PREFEITURA

perímetro OK 0,7 8,7


perímetro deslocado na hidrografia 0,7 12,7
perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso 66,9 61,3
perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso / polígono
duplicado 2,6 0,0
perímetro deslocado na hidrografia e na via de acesso e
sobrepondo adjacente 15,2 0,0
perímetro deslocado na via de acesso 6,0 17,2
perímetro deslocado na via de acesso / polígono duplicado 2,6 0,0
perímetro deslocado na via de acesso e sobrepondo adjacente 2,6 0,0
perímetro sobrepondo os adjacentes 2,0 0,0
sem avaliação 0,7 0,1

TOTAL 100,0 100,0

O gráfico abaixo demonstra o comportamento dos dados da tabela 13:

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GRÁFICO 2 COMPARAÇÃO SEMA x PREFEITURA MUNICIPAL

80

70
SEMA
PREFEITURA
60

50
%

40

30

20

10

0
perímetro OK perímetro perímetro perímetro perímetro perímetro perímetro perímetro perímetro sem avaliação
deslocado na deslocado na deslocado na deslocado na deslocado na deslocado na deslocado na sobrepondo os
hidrografia hidrografia e na hidrografia e na hidrografia e na via de acesso via de acesso / via de acesso e adjacentes
via de acesso via de acesso / via de acesso e polígono sobrepondo
polígono sobrepondo duplicado adjacente
duplicado adjacente

Com base nos dados apresentados acima constatamos que a base cadastral de
propriedades georreferenciadas pela Prefeitura Municipal de Lucas do Rio Verde está
mais completa, com maior quantidade de perímetros, apresenta maior quantidade de
“perímetros OK” e não apresenta polígonos duplicados nem sobrepostos.
A análise foi executada com base na comparação de arquivos de propriedades
rurais e na utilização de imagem de satélite Spot 4 ortorretificada na qualidade de escala
1:100.000, no entanto, é necessária uma investigação em campo, com a visita e o
levantamento de tais divisas de propriedades, com equipamentos de mensuração como
GPS submétrico, com freqüência L1 ou L1/L2 para a averiguação e posterior correção.
Ressaltamos que os dados originais das propriedades rurais da Prefeitura
Municipal de Lucas do Rio Verde apresentam o datum WGS 1984, projeção UTM, fuso
21S e os dados da Secretaria de Meio Ambiente do estado do Mato Grosso – SEMA

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estão no datum SAD-69 em coordenadas geográficas e que não sabemos qual o tipo de
GPS utilizado na execução das bases de propriedades fornecidas.

5.8 Geração do arquivo digital das propriedades rurais

Nesta etapa gerou-se o arquivo digital no formato MXD e PDF contendo o cadastramento
das propriedades rurais na escala 1:25.000, no formato shapefile, executados na projeção
UTM 21S – SAD69.

Uma articulação foi criada para a geração dos mapas das propriedades rurais, a qual é
apresentada na legenda. A “Folha 11” gerada encontra-se no Anexo IV, foram gerados 20
arquivos MXD e 20 arquivos PDF.

6. Validação dos produtos

A validação consiste na varredura de informações, de modo a procurar e corrigir as


inconsistências nas bases de dados produzidas. As validações foram executadas em
processos manuais, para as bases de dados contínuas (mosaicos de uso do solo, base
cartográfica e base cadastral de propriedades rurais) e para as cartas individuais.

6.1. Validação manual

Os seguintes processos manuais de validação dos dados foram executados:

Deslocamento dos elementos interpretados sobre as imagens de satélite – verificação do


deslocamento geométrico das feições e precisão do mapeamento através da
sobreposição das camadas do mapa de uso do solo e a base cartográfica com as bandas
das imagens de satélite, utilizando ferramentas de transparência e zoom de ampliação
para a visualização.

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Classes incorretamente classificadas – pela verificação de cada carta, pela sobreposição


das camadas do mapa de uso do solo em comparação com as bandas das imagens de
satélite. O mesmo procedimento foi aplicado para a base cartográfica digital.

Campos incorretamente preenchidos – uma vez que as informações qualitativas estarão


inseridas nas tabelas dos arquivos shapefile, também os campos serão verificados.
Dentre os principais aspectos, serão dados como área, perímetro, nome da feição e
classe. Lembrando que área e perímetro serão calculados automaticamente pelo sistema.

Conferência final – após os ajustes aplicados às cartas de uso do solo e da base


cartográfica digital já recortada conforme o mapeamento sistemático nas escalas
1:50.000, 1:100.000 e 1:250.000 efetuou-se a conferência final, de forma manual, pela
carga e visualização de cada carta, para o fechamento dos processos de geração do
material. O mesmo foi aplicado como processo final na revisão dos arquivos das
propriedades rurais.

7. Outros produtos gerados

A partir dos dados obtidos da execução do projeto, geraram-se os seguintes banners:


• Carta imagem do município de Lucas do Rio Verde;
• Desmatamentos e Remanescentes;
• Uso do solo do município;
• Propriedade fictícia, com quatro cenas: carta imagem Spot4, carta imagem ASTER,
uso do solo e desmatamento / remanescente;
• Malha fundiária – com a base da Prefeitura Municipal.

Segue no Anexo V uma ilustração de cada banner executado.

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8. Conclusão

Com a finalização deste projeto concluímos de um modo geral que os produtos


executados cumpriram sua finalidade quanto ao TDR.
Analisando individualmente, as imagens Spot4 com resolução de 10 metros adquiridas e
ortorretificadas, apresentaram uma ótima qualidade para a execução do trabalho.
Para o mapeamento da cobertura do solo conclui-se que o município de Lucas do Rio
Verde possui a maior área de Agricultura, com 65,30%, e as demais classes distribuídas
da seguinte forma: Cerrado – Savana Arborizada com 2,68%, Cerrado – Savana
Gramíneo – Lenhosa com 0,45%, Cerradão – Savana Floresta com 12,71%, Corpo
d’água com 0,15%, Formação Justafluvial com 15,18%, Pecuária com 2,53%,
Reflorestamento com 0,03%, Área urbana ou construída com 0,39%, totalizando 68,84%
da área como Desmatada e 31,01% Remanescente, com 0,15% Corpos d’água.
Com relação às áreas de Preservação Permanente os dados apontam que 6,95% das
áreas dentro dos polígonos de APP estão desmatadas e 88,44% são remanescentes,
com 4,61% em corpos d’água.
A atualização da base cartográfica foi executada com facilidade, pois as cenas adquiridas
praticamente não apresentam áreas de nuvens, somente em algumas áreas névoas
espalhadas.
Para a análise das bases de propriedades rurais cadastradas pela Secretaria do Meio
Ambiente do estado de Mato Grosso e pela Prefeitura Municipal de Lucas do Rio Verde,
concluímos que a da Prefeitura está mais completa e com menos inconsistências, estas
inconsistências foram classificadas da maneira mais fácil possível, para que o usuário que
irá à campo entenda cada uma.

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ANEXO I – CENAS SPOT4 TRATADAS

CENA 691/375 - DATA 09/04/2005

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CENA 691/376 - DATA 01/07/2005

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CENA 692/375 - DATA 21/06/2005

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CENA 692/376 - DATA 17/07/2005

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CENA 692/377 DATA 15/04/2005

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ANEXO II – LAYOUTS 1:100.000 PADRÃO IBGE DO USO DO SOLO


FOLHA 1974

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ANEXO III – LAYOUTS 1:50.000 DA CARTA IMAGEM SPOT4


FOLHA 04

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ANEXO IV – MAPA DE CADASTRAMENTO 1:25.000

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ANEXO V – BANNERS

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