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Democracia – O deus que falhou – Hans-

Hermann Hoppe
Democracia – o deus que falhou

 Obra mais emblemática de Hans-Hermann Hoppe e


propõe uma verdadeira revolução intelectual contra a
legitimidade da democracia como entendemos hoje. É
uma interpretação econômica e filosófica da História e
salienta os incentivos associados aos governos de
propriedade privada (monarquia) e de propriedade pública
(democracia) visando compreender o crescente
expansionismo dos governos. Este livro é uma leitura
aconselhável a todos os que perderam a fé na democracia
como vemos aplicada no mundo atual e que não toleram
mais suas falhas éticas e econômicas. Explica de maneira
lapidar a contradição entre democracia, liberdade e do
aumento do bem-estar da sociedade. O argumento moral
de Hoppe é corajoso e cuidadosamente justificado na
Primeiro Encontro - Democracia – O deus
que falhou

Páginas 1-90
Prefácio sobre a Edição Brasileira

 Este livro defende o esvaecimento total do estado - Esta


obra contrasta as monarquias tradicionais e pré-
constitucionais e os reis com as modernas democracias e
os primeiros-ministros e presidentes – trata-se de uma
tese que aparenta ser menos estranha aos ouvidos
brasileiros e portugueses contemporâneos do que aos
ouvidos dos americanos dos Estados Unidos. Mas esse
livro não é uma defesa da monarquia. Na verdade, ele
defende o completo esvaecimento dos estados – tanto os
monárquicos quanto os democráticos – e a sua sucessiva
substituição por uma sociedade de leis privadas, por uma
“ordem natural”. [Hoppe, 2001, pág.13]
Introdução

 Não defende a monarquia - Apesar do retrato relativamente


favorável à monarquia aqui apresentado, eu não sou um
monarquista, e o que se segue não é uma defesa da monarquia.
Ao invés disso, o fundamento para a tomada de uma posição em
favor da monarquia é o seguinte: se é preciso haver um estado –
definido como uma organização que exerce um monopólio
territorial da decisão final obrigatória (jurisdição) 15 e da
tributação –, então é ética e economicamente vantajoso escolher
a monarquia em vez da democracia. Mas isso deixa uma
questão em aberto: a de que o estado é ou não necessário – i.e.,
se existe uma alternativa a ambos, a monarquia e a democracia.
[Hoppe, 2001, pág.26]
Sobre a Preferência Temporal, o Governo
e o Processo de Descivilização

 Temporalidade e conhecimento técnico - A quantidade real


de bens presentes alocados para a produção de bens
futuros depende, por um lado, do conhecimento técnico de
uma pessoa. Por exemplo, sem o conhecimento de como
construir uma rede de pesca, Crusoé, obviamente, não
poderia começar a trocar bens presentes por bens futuros
– i.e., a poupar e investir. Por outro lado, dado o
conhecimento técnico de uma pessoa, a quantidade de
poupança depende única e exclusivamente do seu
suprimento de bens presentes e do seu padrão de
preferência temporal. [Hoppe, 2001, pág.39]
Sobre a Preferência Temporal, o Governo
e o Processo de Descivilização

 Quanto menor a tributação, mais produtivo os súditos -


Portanto, um proprietário privado do governo (o rei) evitará
tributar os seus súditos muito pesadamente a fim de evitar
a redução dos seus potenciais ganhos financeiros futuros
na medida em que, por exemplo, o valor presente da sua
propriedade (o seu reino) sofra declínios reais. Ao invés
disso, para manter ou até mesmo aumentar o valor da sua
propriedade pessoal, ele sistematicamente coibirá as suas
políticas tributárias, pois, quanto menor for o grau de
tributação, mais produtivos serão os súditos; e, quanto
mais produtivos serão os súditos; e, quanto mais
produtivos forem os governados (...) [Hoppe, 2001,
pág.50]
Sobre a Preferência Temporal, o Governo
e o Processo de Descivilização

 O presidencialismo é mil vezes pior do que uma monarquia -


Adicionalmente, com a propriedade pública governamental e
com a liberdade de entrada em um governo republicano-
democrático, a política externa também se modifica. Conforme
explicado anteriormente, deve-se esperar que todos os governos
sejam expansionistas; e não há razão para supor que os desejos
expansionistas de um presidente serão menores do que os de
um rei. No entanto, ao passo que um rei pode satisfazer esse
desejo através do casamento, tal caminho está essencialmente
vedado para um presidente. Ele não é o proprietário do território
controlado pelo governo; ele, portanto, não pode anexar
contratualmente territórios separados. [Hoppe, 2001, pág.64]
Sobre a Monarquia, a Democracia e a
Ideia de Ordem Natural

 O governo é ambicioso, pode se apoderar de todas as


propriedades - Ademais, a propriedade privada do
governo implica a moderação e a visão de longo prazo
(orientada para o futuro) por uma outra razão. Toda
propriedade privada é, por definição, propriedade
exclusiva. Aquele que possui uma propriedade tem o
direito de excluir todos os outros do seu uso e do seu
gozo, tendo a liberdade de escolher com quem – caso
realmente o que queria – ele está disposto a compartilhar
a utilização dela. Normalmente, o proprietário de um
estabelecimento privado incluirá a sua família e excluirá
todos os outros, com a exceção de um convidado ou de
um funcionário pago ou contratado.[Hoppe, 2001, pág.77]
Sobre a Monarquia, a Democracia e a
Ideia de Ordem Natural

 Monarcas são mais responsáveis nas finanças - Além da


tributação e da inflação, o governo pode recorrer à dívida
para financiar as suas despesas correntes. Assim como
em relação aos impostos e à inflação, não há dúvida de
que a dívida governamental aumentou no decorrer da era
monárquica . Entretanto, como foi teoricamente
prognosticado, nesse quesito os monarcas também
demonstraram moderação e visão de longo prazo
(orientado para o futuro) significativamente maiores do
que os zeladores republicano-democráticos. Em toda era
monárquica, as dívidas governamentais eram da guerra.
Apesar de o total da dívida (…) [Hoppe, 2001, pág.90]
Segundo Encontro - Democracia – O deus
que falhou

Páginas 103-181
Sobre a Monarquia, a Democracia
e a Ideia de Ordem Natural
 Transações voluntárias entre indivíduos - O resultado natural
das transações voluntárias entre vários proprietários privados é,
decididamente, não igualitarista, hierárquico e elitista. Em
consequência da enorme diversidade de talentos humanos, em
todas as sociedades (sejam quais forem os seus graus de
complexidade) algumas pessoas rapidamente adquirem o status
de elite. Devido às suas realizações superiores em termos de
riqueza, sabedoria e coragem (havendo, inclusive, uma
combinação de ambos), alguns indivíduos chegam a possuir
uma “autoridade natural”, e as suas opiniões e os seus
julgamentos desfrutam um respeito generalizado. [Hoppe, 2001,
pág.103]
Sobre a Monarquia, a Democracia, a
Opinião Pública e a Deslegitimação

 Efeito terrível do monopólio e lobby - Como era previsível,


sob a democracia é reforçada a tendência de todo monopólio
compulsório a aumentar os preços a diminuir a qualidade.
Na condição de monopolista hereditário, o monarca
considera o território e a população sob sua jurisdição como
a sua propriedade pessoal e se engaja na exploração
monopolística da sua “propriedade”. No tocante ao governo
democrático, a exploração não desaparece. Embora
qualquer pessoa tenha o direito de obter ingresso no
governo, isso não elimina a distinção entre os governantes e
governados. O governo e o povo não são mesma entidade.
[Hoppe, 2001, pág.116]
Sobre a Democracia, a Redistribuição e
Destruição de Propriedade

Desigualdade no mundo e governo global - Imaginem um


governo mundial, eleito democraticamente de acordo com o
princípio “um homem, um voto” em uma escala global. Qual seria
o provável resultado dessa eleição? Provavelmente, formar-se-ia
um governo composto por uma coalizão chinesa e indiana. E o
que esse governo mais provavelmente decidiria realizar de modo
a satisfazer os seus eleitores e, assim, ser reeleito? Esse
governo provavelmente perceberia que o chamado mundo
ocidental é muito rico e que o resto do mundo, em especial a
China e a Índia, é muito pobre, entendendo que seria necessária
uma redistribuição sistemática de riqueza e renda. Ou imaginem
que, em seu próprio país, o direito de voto foi ampliado para as
crianças a partir dos setes anos de idade. [Hoppe, 2001,
pág.129]
Sobre a Centralização e a Secessão

 Cultura e processo de separação - Uma análise da história


ocidental é suficiente para ilustrar a validade dessa conclusão.
Por exemplo, no início desse milênio que recém findou, a Europa
consistia em milhares de unidades políticas independentes. Hoje
em dia, existem apenas algumas dezenas dessas unidades. É
certo que também existiram forças descentralizadoras. Houve a
progressiva desintegração do Império Otomano – a partir do
século XVI até após a Primeira Guerra Mundial –, culminando na
formação da Turquia moderna. O descontíguo Império
Habsburgo foi gradualmente desmembrado a partir da época da
sua maior expansão sob Carlos V até o seu pleno esvaecimento,
sendo a Áustria moderna fundada em 1918. [Hoppe, 2001,
pág.141]
Sobre o Socialismo e a Desestatização

 Separatismo e cultura - O separatismo e o crescimento


dos movimentos secessionistas e regionalistas em todo o
mundo não representam um anacronismo, mas sim,
potencialmente as forças históricas mais progressistas,
especialmente à luz do fato de que, com a queda da
União Soviética, nós nos aproximamos mais do que nunca
do estabelecimento de uma nova ordem mundial. A
secessão aumentará a diversidade étnica, linguística,
religiosa e cultural, ao passo que séculos de centralização
reprimiram e esmagar centenas de culturas distintas. A
secessão acabará com a integração forçada provocada
(…). [Hoppe, 2001, pág.151]
Sobre o Socialismo e a Desestatização

 Desburocratização - No entanto, mais importante do que a


entrada de grandes empresas – tais como as seguradoras no
setor de produção de segurança – seria o influxo de um grande
número de pequenos empreendedores, em especial da Europa
Ocidental. Enfrentando uma pesada carga tributária nos estados
de bem-estar social do Oeste Europeu, bem como sendo
sufocados por inúmeras regulações (requisições de
licenciamento; leis de proteção do trabalho; trabalho
compulsório; horas de abertura das lojas; e assim por diante),
uma desregulada economia de propriedade privada na Europa
Oriental seria praticamente uma atração irresistível. O grande
influxo de talento empresarial e de capital (…). [Hoppe, 2001,
pág.168]
Sobre a Imigração Livre e a Integração
Forçada

 Política de emigração - No tocante à política de


emigração, para um governo democrático faz pouca – ou
nenhuma – diferença se indivíduos produtivos ou
improdutivos, gênios ou vagabundos deixam o país. Todos
eles possuem um poder igual de voto. De fato, os
governantes democráticos podem muito bem ficar mais
preocupados com a perda de um vagabundo do que com
a de um gênio produtivo. Conquanto a perda deste
obviamente diminua o valor de capital do país e a perda
daquele realmente o aumente, o governo democrático não
possui a propriedade do país. No curto prazo – que é o
que importa para o governante democrático (…).[Hoppe,
2001, pág.181]
Terceiro Encontro - Democracia – O deus
que falhou

Páginas 194-272
Sobre o Livre Comércio e a Imigração
Restrita

 Política imigratória - Na medida em que uma área com altos


salários (como os Estados Unidos) se engaja em um livre
comércio sem restrições – tanto em nível internacional
(externo) quanto em nível nacional (interno; doméstico) –, a
pressão migratória dos países com baixos salários se manterá
baixa ou se reduzirá; portanto, menos urgente será a questão
sobre o que fazer em relação à imigração. Por outro lado, na
medida em que os EUA se engajam em políticas
protecionistas contra os produtos das áreas com baixos
salários e em políticas assistencialistas (de bem-estar social)
no âmbito interno (doméstico), a pressão migratória se
manterá elevada ou até mesmo (...) [Hoppe, 2001, pág.194]
Sobre a Cooperação, a Tribo, a Cidade e
o Estado

 Mises sobre o desenvolvimento - Ludwig von Mises


explicou a evolução da sociedade – da cooperação
humana sob a divisão do trabalho – como sendo o
resultado de um conjunto de dois fatores: em primeiro
lugar, da existência das diferenças entre os homens
(trabalho) e/ou das desigualdades da distribuição
geográfica dos fatores de produção ofertados pela
natureza (terra); em segundo lugar, do reconhecimento do
fato de que o trabalho realizado no âmbito da divisão do
trabalho é mais produtivo do que o trabalho realizado em
isolamento autossuficiente. Escreve ele: Se-e na medida
que – por meio da divisão de trabalho, obtém-se uma
(...)[Hoppe, 2001, pág.207]
Sobre a Cooperação, a Tribo, a Cidade e
o Estado

 Criminalidade - Sob auspícios monopolísticos, a lei


invariavelmente se transformará em legislação. Em
consequência de um interminável processo de redistribuição de
renda e de riqueza em nome da justiça racial, social e/ou sexual,
a própria ideia da justiça como princípios universais e imutáveis
de conduta e de cooperação será corroída e finalmente
destruída. Ao invés de ser considerada algo pré-existente (algo,
portanto, a ser descoberto), a lei é cada vez mais considerada
legislação governamental. Assim, não só se agrava a
insegurança jurídica, mas também, em resposta a isso, aumenta
a taxa social de preferência temporal – i.e., as pessoas, em
geral, se tornarão mais orientadas para o presente (...) [Hoppe,
2001, pág.220]
Sobre o Conservadorismo e o
Libertarianismo

 Protecionismo econômico - Eu não desejo explicar aqui o


absurdo econômico da ideia suplementar de Buchanan e
dos seus teóricos de promover políticas protecionistas
(cujo propósito seria proteger os salários dos americanos).
Se eles estivessem certos, o argumento em favor do
protecionismo econômico equivaleria a uma crítica
acusatória de todas as trocas comerciais e a uma defesa
da tese de que todos (todas as famílias) estariam em
melhor situação caso deixassem de comercializar com
todos os demais. É certo que, nessa situação, ninguém
perderia o seu emprego; é certo que o desemprego em
virtude da concorrência “desleal”(…) [Hoppe, 2001,
pág.233]
Sobre o Conservadorismo e o
Libertarianismo

 Welfare state - O estado de bem-estar social moderno, em larga


medida, retirou dos proprietários privados o direito de exclusão
implícito no conceito de propriedade privada. A discriminação é
proibida. Os empregadores não podem contratar quem eles
desejam. Os proprietários não podem alugar a quem eles
queiram. Os vendedores não podem vender para quem deseja-
rem; os compradores não podem adquirir de quem eles queiram
comprar. E os grupos de donos de propriedades privadas não
estão autorizados a pactuar qualquer contrato restritivo que
acreditem ser mutuamente benéfico. O estado, portanto, privou
os indivíduos de uma grande parte da sua proteção pessoal (...)
[Hoppe, 2001, pág.246]
Sobre os Erros do Liberalismo Clássico e
o Futuro da Liberdade

 Erros do liberalismo - Ainda que se consideram absurdas


as aspirações hegelianas dessa interpretação – segundo
a qual o liberalismo significa apenas uma fase transitória
da evolução em direção ao homem social democrático
completamente desenvolvido -, os liberais ainda devem
sentir-se desconfortáveis com a mera aparência de
verdade da filosofia neoconservadora. Nem podem ele
sentir-se consolados com o conhecimento do que a social-
democracia está fadada ao colapso econômico. Eles
sabiam que o comunismo naufragaria; porém, quando isso
ocorreu, não se inaugurou num renascimento liberal
(...)[Hoppe, 2001, pág.259]
Sobre os Erros do Liberalismo Clássico e
o Futuro da Liberdade

 Planos para que o liberalismo dê certo - Caso o liberalismo


deseje ter algum futuro, é necessário, portanto, que ele repare o
seu erro fundamental. Os liberais terão de reconhecer que (1)
nenhum governo pode ser contratualmente justificado; que (2)
todo governo destrói aquilo que eles desejam preservar; e que
(3) a proteção e a produção de segurança somente podem ser
legítima e efetivamente ofertadas por um sistema de
fornecedores concorrentes (competitivos) de segurança. Ou seja,
o liberalismo terá de se transformar na teoria do anarquismo de
propriedade privada (ou da sociedade de leis privadas), a qual foi
esboçada pela primeira vez, há quase cento e cinquenta anos,
por Gustave de Molinari e, em nosso próprio tempo, completa e
plenamente elaborada por Murray N. Rothbard. [Hoppe, 2001,
pág.272]
Quarto Encontro - Democracia – O deus
que falhou

Páginas 285-363
Sobre o Governo e a Produção Privada de
Segurança

 Segurança privada - Eu gostaria de


analisar mais a fundo – e de
esclarecer de forma sistemática – esta
sugestão: proteção e defesa são um
seguro, podendo ser oferecidas por
agências seguradoras. Para chegar a
esse objetivo, duas questões precisam
ser abordadas. Em primeiro lugar, não
é possível fazer um seguro contra
Sobre o Governo e a Produção Privada de
Segurança

 Seguradoras - Ademais, as seguradoras também ficariam


bastante interessadas em colher informações sobre
crimes potenciais e sobre agressores potenciais (crimes
ainda não cometidos e criminosos ainda não
reconhecidos);e isso conduziria a uma revisão e a uma
melhora nas atuais estatísticas – estatais – de
criminalidade. Para prever a incidência futura de crimes –
e para, assim, calcular o seu preço atual (apólice)-, as
seguradoras relacionariam a frequência, a descrição e o
caráter dos crimes e dos criminosos com o ambiente
social em que ocorressem e operassem; elas
desenvolveriam- e, sob pressão (…) [Hoppe, 2001,
pág.298]
Sobre a Impossibilidade do Governo
Limitado e as Perspectivas para a
Revolução
 Nada mudou da monarquia para a república na questão de
tributação - A Constituição substituiu um rei não eleito por um
presidente e um parlamento popularmente eleitos, mas nada
modificou em relação ao poder estatal de tributar e de legislar.
Pelo contrário: ao passo que o poder do rei inglês de tributar
sem o consentimento dos tributados era apenas admitido em
vez de explicitamente concedido – podendo tal poder, assim,
ser questionado 9 –, a Constituição expressamente conferiu
esse poder ao Congresso. Além disso, ao passo que os reis –
em teoria, até mesmo os reis absolutos – não eram
considerados os criadores das leis, mas apenas os intérpretes
e os aplicadores do direito preexistente e imutável – i.e., eles
(...) [Hoppe, 2001, pág.310]
Sobre a Impossibilidade do Governo
Limitado e as Perspectivas para a
Revolução
 Seguradora e desigualdade social - Assim, é possível garantir-
se contra o risco de morte ou de incêndio, por exemplo, mas
não é possível garantir-se contra o risco de cometer suicídio
ou contra o risco de incendiar a própria casa. Similarmente, é
impossível garantir-se contra o risco de insucesso empresarial
e de desemprego; de não tornar-se rico, de não se sentir
disposto a se levantar da cama e dela sair de manhã ou de
nutrir aversão a vizinhos, companheiros ou superiores, pois
em cada uma dessas situações o indivíduo possui um controle
total ou parcial sobre o caso em questão. Ou seja, o indivíduo
pode afetar a probabilidade do risco. Por sua própria natureza,
a prevenção (...) [Hoppe, 2001, pág.324]
Sobre a Impossibilidade do Governo
Limitado e as Perspectivas para a
Revolução
 Guerra Civil Americana - A primeira secessão
americana foi significativamente facilitada pelo fato de
que, no centro do poder da Grã-Bretanha, a opinião
pública sobre os secessionistas dificilmente se
encontrava unificada. Com efeito, muitos britânicos
proeminentes – como Edmund Burke e Adam Smith,
por exemplo – abertamente se alinhavam com os
separatistas. Desconsiderando-se as razões puramente
ideológicas, que raramente afetam mais de um
punhado de mentes filosóficas, essa falta de oposição
unificada aos separatistas americanos na opinião
pública britânica pode ser atribuída a dois fatores
complementares. Por um lado, existia uma variedade
Conclusão

 Se – e somente se – nós formos bem-sucedidos nesse


esforço; se nós, em seguida, procedermos à devolução
de todos os bens públicos para as mãos de
proprietários privados e adotarmos uma nova
“constituição” que declare ilegal todo tipo de imposto e
de legislação; se nós, finalmente, permitirmos que
agências de seguros façam o que elas estão
destinadas a fazer, poderemos realmente sentir orgulho
novamente – e os Estados Unidos justificarão a sua
alegação de que são um exemplo para o resto do
mundo. [Hoppe, 2001, pág.350]
FIM

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