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PATOLOGIA BUCAL E

ESTOMATOLOGIA
Introdução
 Patologia – Conceito: A palavra Patologia
significa o estudo das doenças
 Objetivo do estudo desta especialidade:
habilitar o profissional a reconhecer os
sinais de reparo local, as patologias bucais
e peribucais mais freqüentes e suas
possíveis seqüelas
Introdução
 Estomatologia (Diagnóstico Bucal,
Diagnóstico Oral, Medicina Bucal e
Semiologia) há que se pensar em um
novo conceito de equipe em
saúde bucal, com um
desenvolvimento e uma disseminação
do conhecimento para todos os que a
compõem.
Introdução
 Uma das habilidades a ser desenvolvida
pelo pessoal auxiliar em saúde bucal é:
“reconhecer os indivíduos com sinais
e sintomas de doenças bucais e
encaminhar para o atendimento
clínico”. Na formação do Técnico em
Higiene Dental, faz parte das suas
atribuições a identificação das estruturas
normais e alteradas da boca.
Introdução
 Mesmo que o diagnóstico seja
uma atribuição exclusiva do
Cirurgião-Dentista, a
observação das alterações
patológicas da boca pode e deve
ser feita por todos os que a
“examinam”
Participação do ASB/TSB na
Estomatologia
 Combate a doenças como o câncer,
a AIDS, as doenças auto-imunes e
infecciosas de manifestação buco-
facial;
 Processo de educação em saúde ,
as orientações sobre os fatores de
risco para algumas doenças devem ser
discutidos com a população;
Participação do ASB/TSB
 Chamar a atenção dos pacientes para os
primeiros sinais de doenças dos
tecidos moles da boca;
 Orientar o paciente a procurar
imediatamente o Cirurgião- Dentista ,
que é o profissional indicado para dar
prosseguimento aos encaminhamentos
necessários.
Nos exames de triagem, muitas
vezes desenvolvidos por TSB, e
nos procedimentos clínicos
cotidianos, o reconhecimento
das estruturas anatômicas deve
ser feito e, se identificada
qualquer alteração
estomatológica, o
encaminhamento ao Cirurgião-
Dentista deve ser feito.
Por isso o TSB precisa
conhecer as estruturas
anatômicas e as chamadas
“lesões fundamentais”.
O TSB é um apoio
imensurável na adequada
atenção aos cidadãos que
buscam os serviços de
saúde bucal.
Estruturas anatômicas a
serem observadas
1. lábio superior
2. lábio inferior
3. comissura labial
4. mucosa jugal
5. língua
6. gengiva / rebordo alveolar
Estruturas anatômicas a
serem observadas
7. assoalho da boca
8. palato
9. orofaringe
10. fundo de saco de
vestíbulo
11. trígono retro-molar
1.1 De frente para o espelho,
observe a pele do rosto e do
pescoço. Veja se encontra
algum sinal que não tenha
notado antes.

1.2 Toque, suavemente, com


as pontas dos dedos, todo o
rosto.
2.1 Puxe com os dedos,
o lábio inferior para
baixo, expondo a sua
parte interna
(mucosa).

2.2 Em seguida, palpe


todo o lábio. Puxe o
lábio superior para
cima e repita a
3.Com a ponta do dedo
indicador, afaste a
bochecha para examinar
a parte interna da
mesma. Faça isso nos
dois lados.

4.Com a ponta do dedo


indicador, percorra toda a
5. Introduza o
dedo indicador por
baixo da língua e
o polegar da
mesma mão por
baixo do queixo e
procure palpar
6.1 Incline a cabeça para
trás e abrindo a boca o
máximo possível,
examine atentamente o
céu da boca.
6.2 Palpe com o dedo
indicador todo o céu da
boca.
6.3 Em seguida diga
ÁÁÁÁÁ... e observe o
7.1 Ponha a língua para fora e
observe a parte de cima.
7.2 Repita a observação com a
língua levantada até o céu da
boca.
7.3 Em seguida, puxando a
língua para esquerda, observe
o lado direito da mesma.
7.4 Repita o procedimento
para o lado esquerdo puxando
a língua para a direita.
8. Estique a língua
para fora,
segurando-a com um
pedaço de gaze ou
pano, palpe em toda
sua extensão com os
dedos indicadores e
9.1 Examine o pescoço.
Compare os lados direito e
esquerdo e veja se há
diferença entre eles.
9.2 Depois, palpe o lado
esquerdo do pescoço com a
mão direita.
9.3 Repita o procedimento
para o lado direito,
palpando com a mão
10. Finalmente,
introduza um dos
polegares por
debaixo do queixo
e palpe
suavemente todo
o seu contorno
Principais fatores de risco
para o Câncer da Boca
• Fatores culturais e
socioeconômicos; doenças
crônico-degenerativas possuem
riscos comuns, relacionados às
condições de vida e de
proteção relacionados ao
“modus vivendi”, que são
presentes também nas doenças
bucais, em especial no câncer;
•Fumo: o alcatrão é um
potente agente cancerígeno,
assim como substâncias
químicas utilizadas no seu
cultivo. A exposição
contínua ao calor
desprendido pela combustão
do fumo é um fator de
promoção nesse processo;
ESTOMATITE NICOTÍNICA
•Álcool: pode causar imuno-
depressão, queda de
resistência e, também,
desidratação das mucosas,
fatores que podem levar à
ação dos agentes
carcinogênicos. O uso crônico
de álcool (principalmente os
destilados) e tabaco
associados potencializa
drasticamente o risco de
câncer bucal;
•Exposição a radiações,
como exposição
freqüente ao sol sem uso
de filtro solar;
•Agentes de irritação
crônica: traumatismos
mecânicos crônicos
causados por próteses
removíveis, dentes
fraturados e com arestas
cortantes, restaurações,
hábito de morder mucosas,
má-higiene bucal, entre
outros, são importantes
fatores de promoção,
favorecendo o
BOM INTERVALO PARA
•Fatores imunológicos: a
deficiência do sistema
imunológico está
relacionada com o
aumento de incidência
das neoplasias malignas.
A imunodeficiência pode
estar relacionada a
doenças crônicas,
infecções constantes,
•Dietas pobres em
antioxidantes, proteínas,
calorias, vitamina A, riboflavina
e cálcio, têm sido apontadas
como fator predisponente ao
câncer de boca. Estudos sobre
etiopatogenia do câncer têm
revelado o papel protetor
oferecido pelo consumo
habitual de frutas cítricas e
vegetais frescos ricos em
betacarotenos (cenoura,
mamão, abóbora, batata doce,
•Fatores ocupacionais:
indivíduos expostos às
radiações solares, ventos e
geadas por períodos
prolongados sem proteção
(como trabalhadores rurais,
de construção civil e
pescadores) estão sujeitos a
desenvolverem câncer de
lábio. O uso de chapéus e
filtros solares reduz o efeito
•Infecções por
alguns tipos de
Vírus do Papiloma
Humano (HPV 16 e
18), têm sido
relacionadas ao
incremento de risco
para desenvolver o
câncer bucal;
•Síndromes:
AIDS (Sarcoma
de Kaposi),
Xeroderma
Pigmentoso,
Plummer-Vinson.
SARCOMA DE KAPOSI
ÁREAS ANATÔMICAS DE MAIOR
PREVALÊNCIA

- 40% LABIO INFERIOR;


- 20% BORDA LATERAL DE
LÍNGUA;
- 16% ASSOALHO BUCAL;
- 6% REBORDO GENGIVAL.
LEUCOPLASIA
CARCINOMA DE LÁBIO INFERIOR
CARCINOMA DE LÍNGUA
CARCINOMA DE PALATO
Inflamação e Reparo
 As lesões são causadas por agentes biológicos,
químicos ou físicos e distúrbios metabólicos,
execução de procedimentos odontológicos
rotineiros (exodontias, gengivectomias,
biópsias).
 Inflamação é a resposta imediata e localizada do
corpo a uma injúria, visa destruir e remover o
agente irritativo e seus subprodutos do
organismo e reparar os tecidos destruídos.
(...)
 A inflamação se caracteriza pela seqüência
de fenômenos irritativos, vasculares,
exsudativos, degenerativos e reparativos.
 São sinais que caracterizam a inflamação:
DOR, CALOR, RUBOR E TUMOR (EDEMA)
e são causados pelo aumento da
vascularização da área afetada.
INFLAMAÇÃO
(...)
 Reparo – Cicatrização (por 1ª. Intenção ou 2ª.
Intenção)
 1ª. Intenção – bordas são aproximadas (sutura)
– cicatrização rápida
 2ª. Intenção – impossível unir as bordas (ferida
aberta) – cicatrização mais demorada
 Cicatrização: após Biópsia, após Exodontia, após
Gengivectomia, etc
 Biópsia: manobra cirúrgica para remover tecido
do organismo com finalidade de observá-lo ao
microscópio e formular um diagnóstico
VIDEO DRENAGEM DE ABSCESSO
LESÕES DA MUCOSA BUCAL POR AGENTES
FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS
 Físicos
- Ulcera traumática
- Hiperplasia Fibrosa inflamatória
- Granuloma piogênico
- Fibroma ossificante periférico
- Lesão periférica de células gigantes
- Queilite actínica
 Químicos
- Ácido acetilsalicílico
- Hipérplasia gengival dilantínica
- Tatuagem por amálgama
 Biológicos
- Herpes simples
- Úlcera aftosa recorrente
- Varicela e hérpes zóster
- Candidíase ou candidose
- Tuberculose
- Paracoccidiodomicose
ÚLCERA TRAUMÁTICA
HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA
GRANULOMA PIOGÊNICO
FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO
LESÃO PERIFÉRICA
DE CÉLULAS
GIGANTES
QUEILITE ACTÍNICA
 Biológicos
- Herpes simples
- Úlcera aftosa recorrente
- Varicela e hérpes zóster
- Candidíase ou candidose
- Tuberculose
- Paracoccidiodomicose
HERPES SIMPLES
HERPES SIMPLES
ÚLCERA
AFTOSA
RECORRENTE
HERPES
ZÓSTER
CANDIDÍASE
 A Candida Albicans é o fungo responsável
na maioria das vezes
 O fungo vive como comensal na mucosa
de uma parte da população e tem
afinidade por lugares úmidos, quentes e
com pouca luminosidade
 As lesões surgem devido a
imunosupressão ou alteração local (HIV,
medicamentos, Próteses)
FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DO FUNGO

 Candidíase pseudomembranosa
 Candidíase eritematosa
 Queilite angular
CANDÍDIASE
PSEUDOMENBRANOSA
CANDÍDIASE ERITEMATOSA
QUEILITE ANGULAR
TUBERCULOSE
paracoccidioidomicose
PATOLOGIA ÓSSEA
 Osteomielite
 Alveolite
 Osteorradionecrose
 Cisto Radicular
 Cisto Dentíger
 Exostose e tórus
OSTEOMIELITE
ALVEOLITE
OSTEORRADIONECROSE
CISTO RADICULAR
Cisto dentígero
EXOSTOSE (MANDÍBULA)
TORUS PALATINO (MAXILA)
NEOPLASIAS BENIGNAS DA
MUCOSA
 Papiloma
 Fibroma
 Hemangioma
 Nevo Pigmentado
PAPILOMA
FIBROMA
HEMANGIOMA
LESÕES MALIGNAS E PRÉ-
MALIGNAS DA BOCA
 Leucoplasia
 Eritoplasia
 Carcinoma Epidermóide
LEUCOPLASIA
ERITROPLASIA
CARCINOMA EPIDERMÓIDE
CARCINOMA EPIDERMÓIDE
TUMORES ODONTOGÊNICOS
 Ameloblastoma
 Cementoma – Displasia Cementossea
Focal
 Odontoma
AMELOBLASTOMA
CEMENTOMA
ODONTOMA
ODONTOMA
PATOLOGIA DAS GLÂNDULAS
SALIVARES
 Mucocele
 Rânula
 Adenoma Pleomórfico
MUCOCELE
RÂNULA
ADENOMA PLEOMÓRFICO
ESTOMATODERMATOLOGIA
 Líquen plano
 Lúpus
 Penfigóide Benigno da Mucosa ou
Penfigóide cicatricial
 Pênfigo vulgar
LÍQUEN PLANO
LÚPUS
ERITEMATOSO
PÊNFIGO VULGAR
DISTÚRBIOS DO DESENVOLVIMENTO
DOS MAXILARES
 Micrognatia
 Macrognatia
 Fenda Palatina
MICROGNATIA
MACROGNATIA
FENDA PALATINA
BLOG DO PROF. ROGÉRIO SPÍNOLA
http://rogerioms.blogspot.com

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