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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JUIZ DE FORA

CURSO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO

O ECOSSISTEMA EMPREENDEDOR:
UM ESTUDO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS NEGÓCIOS NA CIDADE DE JUIZ DE FORA/MG

Rodrigo Ferreira Rodrigues


Orientadora: Profª Drª Débora Marques

Juiz de Fora
2017
Introdução

 Campos de estudo do empreendedorismo;


 Impacto do empreendedor na economia;
 Abordagem ecossistêmica empresarial;
 União de diversos elementos;
 A atividade empreendedora;
 Compreender as particularidades de cada região e trabalhar com os
diversos stakeholders;
 Modelo de ecossistema empreendedor (ISENBERG, 2011).
Justificativa

 Ações isoladas e desconexas;


 Identificação e conexão dos agentes locais;
 Diagnóstico do ecossistema empreendedor local;
 Promoção do desenvolvimento local.
Objetivos

 Avaliar o ecossistema empreendedor;


 Mapear os agentes (públicos e privados);
 Identificar a contribuição para o processo de desenvolvimento de
novos negócios.
Metodologia
 Quanto à natureza → Pesquisa aplicada;
 Com base em seus objetivos → Pesquisa descritiva;
 Procedimento de pesquisa → Estudo de caso;
 Método e forma de abordar o problema → Pesquisa quali-quantitativa.

A pesquisa foi composta por duas etapas:


1) Quali-quantitativa → Levantamento Bibliográfico → Mapeamento do
Ecossistema Empreendedor → Questionário → “Google Docs”
2) Qualitativa → Entrevistas → Roteiro de perguntas
Referencial Teórico

O empreendedorismo e o processo de empreender

 O empreendedorismo pode ser caracterizado como um fenômeno social;


 Processo de desenvolvimento econômico;
 O empreendedor é o indivíduo que está continuamente perseguindo a
geração de valor (ISENBERG, 2011);
 Importância do empreendedorismo;
 Modelo de economia empreendedora;
 Processo de desenvolvimento econômico.
Referencial Teórico

O ecossistema empreendedor (Cohen, 2006; Isenberg, 2011;


Mineiro et al., 2016)

 Do ponto de vista biológico;


 Ecossistema empreendedor;
 Babson College;
 Ecossistema inteiro de variáveis.
Referencial Teórico
Figura 1 - Domínios do ecossistema empreendedor de Isenberg (2011)

Fonte: The entrepreneurship ecosystem strategy as a new paradigm for economic policy: principles for cultivating entrepreneurship (ISENBERG, 2011).
Análise dos Resultados
Mapeamento dos agentes empreendedores
 Para 51% dos respondentes, os modelos regulatórios da cidade não são
favoráveis;
 Avaliação regular, 63%, para a capacidade disponível de capital financeiro;
 Visto como positiva por 80%, sendo um dos pontos de destaque, com contribuição
das histórias de sucesso locais como inspiração;
 71% dos respondentes ressaltaram a boa disponibilidade de instituições e de
ações de incentivo ao empreendedor;
 Gap entre o que a academia forma e o que mercado demanda;
 Potencial de crescimento do mercado local.
Análise dos Resultados
Mapeamento dos agentes empreendedores
Em qual parte do ecossistema, você se encaixa?
0.00% 2.00% 4.00% 6.00% 8.00% 10.00% 12.00% 14.00% 16.00% 18.00% 20.00%

Instituições públicas 12.60%


Instituto de Pesquisas 7.87%
Legislação facilitadora de investimento 0.79%
Cliente de empresas empreendedoras 7.09%
Rede de empreendedores 7.87%
Sou um empreendedor 18.11%
Tenho uma startup 4.72%
Quero desenvolver um novo negócio 6.30%
Mão de obra para empreendedores 8.66%
Capacitação para empreendedores 12.60%
Infraestrutura 0.00%
Profissional de apoio 3.15%
Instituição de apoio ao empreendedorismo 1.57%
Empresa de eventos pró-empreendedorismo 2.36%
Empreendedor de sucesso na região 2.36%
Investidor anjo 1.57%
Fundo de venture capital 0.79%
Fornecedor de microcrédito 0.00%
Outros 1.57%

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).


Análise dos Resultados
Diagnóstico do ecossistema empreendedor
 Para 60% dos entrevistados, existem poucas ações de incentivo ao desenvolvimento do
empreendedorismo;
 Visto por 80%, foi percebido que na questão financeira, as ações não ocorrem em
densidade e em quantidades suficientes para atender à demanda;
 80% dos entrevistados avaliam positivamente a cultura empreendedora;
 70% dos respondentes destacam que a rede de apoio empreendedora contribui para o
desenvolvimento do empreendedorismo na cidade;
 80% relataram formação de mão de obra contínua, porém escassa em algumas áreas,
como o caso de profissionais de Tecnologia da Informação (TI);
 90% mencionaram desconhecer e/ou avaliaram negativamente a interação entre grandes
empresas e startups.
Análise dos Resultados
Diagnóstico do ecossistema empreendedor
Principais lacunas do ecossistema
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Gap no conhecimento 30%

Falta de profissionais especializados em novos negócios 40%

Desconfiança sobre as pessoas que falharam 50%

Burocracia e falta de informações 50%

Poucos incentivos ao empreendedorismo 70%

Falta de investimento 80%

Ações isoladas e descontinuadas 80%

Falta de interação entre os agentes 90%

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).


Análise dos Resultados
Análise do ecossistema empreendedor local

 Cada ecossistema empreendedor é único e complexo;


 Emergência de um ecossistema empreendedor;
 Superar obstáculos para o empreendedorismo inovador;
 Falta de financiamento e iniciativas de investimento decorrem principalmente do
setor público;
 Os empreendedores, por meio de suas redes, estão aprimorando a articulação;
 O que resultou na criação organizada de um ecossistema empreendedor,
intitulado “Zero40”.
Análise dos Resultados
Análise do ecossistema empreendedor local
 A cidade ainda não colocou em prática ações ou políticas públicas de atratividade e
crescimento do ecossistema empreendedor;
 Os empreendedores antes isolados, hoje estão se formalizando em redes
empreendedoras;
 Com respeito aos jovens empreendedores, foi visto que tem começado a ser
disseminada a cultura do empreendedorismo;
 A respeito das instituições de suporte, foi visto que, no ecossistema local, existem
várias delas;
Se antes havia uma atuação isolada das instituições de suporte, das redes
empreendedoras e do poder público, hoje já há uma conexão maior, ainda que careça de
maior articulação.
Análise dos Resultados
Análise do ecossistema empreendedor local

 Mão de obra numerosa, porém com pouca especialização, tanto dos profissionais
especialistas como dos profissionais de apoio;
 A respeito das condições de infraestrutura: a logística é um diferencial; na questão
energética existem alguns gargalos pra grandes empresas; as condições de internet
e de telefonia, foram vistos por 70 % como fatores limitantes;
 Entre os questionamentos levantados, uma das principais críticas é o Aeroporto
Regional, por se tratar de um local afastado, com difícil acesso e falta de voos
regulares.
Considerações Finais
 Os principais resultados permitiram avaliar o ecossistema empreendedor, o
ecossistema emergente e os principais gargalos apresentados sob a
perspectiva dos agentes desse ecossistema;

 Na cidade existem os seis elementos capazes de gerar e impulsionar novos


negócios, porém ainda não se encontrem conectados com o ecossistema;

 O ecossistema de empreendedorismo encontra-se ainda em estágio inicial e


faltam elementos para complementá-lo, tais como aceleradoras e investidores.
Considerações Finais
 É necessário que Juiz de Fora delineie estratégias em conjunto entre
todos os agentes do ecossistema;
 Apenas com ações articuladas entre todo o ecossistema a cidade
pode elevar seus indicadores econômicos;
 A partir da formalização do ecossistema, é esperado que este consiga
desenvolver ações para resolver os gaps;
 Com objetivo de colocar Juiz de Fora como ótima e atrativa opção
para o empreendedorismo, assim, promovendo o desenvolvimento
econômico local.
Considerações Finais

 A despeito das limitações de pesquisa, a primeira delas está


relacionada à amostra analisada e seu caráter não probabilístico; a
segunda subjetividade no momento de escolha os entrevistados;

 Como sugestão de estudos futuros, pode-se avaliar a contribuição de


outros ecossistemas no processo de desenvolvimento de novos
negócios, comparar as peculiaridades das regiões e, até mesmo,
comparar os processos de emergência de diferentes ecossistemas.
Referências
COHEN, B. Sustainable valley entrepreneurial ecosystems. Business strategy and the environment, vol. 15, no. 1, p. 1-14, 2006.

DOS SANTOS, D. A. G; SCHMIDT, V. K; ZEN, A. C. A emergência de um ecossistema de empreendedorismo: o caso do Armazém da


Criatividade e a cidade de Caruaru, Pernambuco, Brasil. In: 26ª CONFERÊNCIA ANPROTEC, 2016, Fortaleza. Anais... Fortaleza:
Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores, 2016, p. 985-1000.

FUNDAÇÃO DOM CABRAL. O Ecossistema Empreendedor Brasileiro de Startups: Uma análise dos determinantes do
empreendedorismo no Brasil a partir dos pilares da OCDE. Nova Lima, 2013.

ISENBERG, D. J. The big idea: how to start an entrepreneurial revolution. Harvard Business Review, vol. 88, no. 6, p. 40–50, 2010.

______. The entrepreneurship ecosystem strategy as a new paradigm for economic policy: Principles for cultivating
entrepreneurship. Institute of International European Affairs, Dublin, Ireland, 2011.

MINEIRO, A. C; CORREIO, B. P. M; OTTOBONI, C; PASIN, L. E. Investigação do potencial de um polo de inovação para a criação de uma
rede de investidores anjos a partir de seu ecossistema empreendedor. RACEF - Revista de Administração, Contabilidade e Economia da
FUNDACE, Ribeirão Preto, v. 7, n.1, p. 71-83, 2016.

NECK, H. M; MEYER, G. D; COHEN, B; CORBETT, A. C. An entrepreneurial system view of new venture creation. Journal of Small
Business Management, vol. 42, no. 2, p. 190-208, 2004.

SCHUMPETER, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico: Uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico.
São Paulo: Nova Cultural, 1997.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamentos e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

ZAHRA, S. A; WRIGHT, M; ABDELGAWAD, S. G. Contextualization and the advancement of entrepreneurship research. International Small
Business Journal, vol. 32, no. 5, p. 479-500, 2014.
OBRIGADO!!

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